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Dor lombar: epidemiologia e abordagens de tratamento Professor: Pedro Oliveira Introdução A dor lombar é considerada um dos problemas de saúde mais comuns a nível mundial. Esse sintoma está associado a altos níveis de incapacidade, absenteísmo no trabalho e custos para os serviços de saúde. Na prática clínica, a dor lombar é muito frequente. Há dados mostrando que de cada quatro atendimentos realizados por fisioterapeutas, pelo menos um deles é destinado a pacientes com dor lombar. É comum que os pacientes tenham muitas dúvidas ao receberem o diagnóstico de dor lombar, principalmente quanto ao que possuem; por que possuem; quando/e se vão se recuperar; e o que é possível fazer para que se recuperem. O conhecimento epidemiológico sobre a dor lombar é, portanto, essencial ao fisioterapeuta, tanto para que ele tenha mais confiança e se sinta preparado para responder essas perguntas aos pacientes, como para direcionar decisões na sua prática clínica. Definição A dor lombar pode ser definida como dor/desconforto, tensão muscular ou rigidez, localizados entre as margens costais e as pregas glúteas inferiores, com ou sem irradiação para os membros inferiores DIAGNÓSTICO Estabelecer o diagnóstico de pacientes com dor lombar é fundamental na prática clínica, uma vez que possibilita verificar a presença de doenças graves de coluna, predizer o prognóstico e consequentemente direcionar o tratamento que mais se adéque às necessidades dos pacientes. Ao mesmo tempo, diagnosticar pacientes com dor lombar nem sempre é uma tarefa tão simples para os profissionais da saúde, pois a maior parte das dores lombares não possui uma causa específica. No entanto, existem algumas sugestões na literatura de como desenvolver esse diagnóstico e classificar os pacientes em grupos que direcionem melhor a abordagem clínica. AVALIAÇÃO Utilizaremos como base para discutir esse tópico a abordagem de triagem diagnóstica proposta por Waddell, aliada a referências atuais sobre diagnóstico da dor lombar na atenção primária de saúde. A sugestão inicial da triagem diagnóstica se baseia na condução de uma boa avaliação clínica, que inclua a história do paciente e o exame físico dentro de um processo lógico. Avaliação Tratamento Existem várias possibilidades de intervenções para o tratamento de pacientes que apresentam dor lombar. Para escolher a intervenção mais apropriada a cada paciente é importante identificar primeiro a duração da dor e o diagnóstico/classificação que mais se aproximem do real quadro clínico do paciente. Isto porque o tratamento, da mesma forma que o prognóstico, se modifica de acordo com essas características. Nesta seção serão apresentadas as principais intervenções para o tratamento de pacientes com dor lombar não específica, por ser o tipo de dor mais prevalente entre os pacientes. GERENCIAMENTO DE PACIENTES COM DOR LOMBAR AGUDA evitarem repouso prolongado; manterem-se ativos na medida do possível, tanto nas suas atividades diárias em casa, quanto em atividades de trabalho e lazer; não associarem o movimento da coluna com danos estruturais. Além disso, essas diretrizes recomendam que os profissionais informem aos seus pacientes que a dor lombar não específica não se trata de um problema grave de saúde e que expliquem resumidamente os mecanismos da neurociência da percepção da dor e o prognóstico da dor, utilizando estratégias que evitem o medo e a catastrofização em relação à dor. Quanto às intervenções clínicas, as diretrizes recomendam manipulação ou mobilização vertebral para os pacientes que apresentam déficits de mobilidade, programas de tratamento multidisciplinar e o uso relaxantes musculares e anti-inflamatórios GERENCIAMENTO DE PACIENTES COM DOR LOMBAR CRÔNICA terapia cognitivo-comportamental associada ao tratamento multidisciplinar; breve intervenção educacional (por exemplo, uso de cartilha, uma ou duas sessões de orientação), a fim de que os pacientes sejam encorajados a manterem-se ativos e reduzirem o nível de preocupação com a dor; manipulação ou mobilização articular; massagem (curta duração); terapia térmica (curta duração); acupuntura; métodos que objetivam minimizar o estresse (por exemplo, meditação e Yoga); antidepressivos e opioides. Obrigado! .MsftOfcThm_Accent1_Fill_v2 { fill:#C89785; } .MsftOfcThm_Accent1_Stroke_v2 { stroke:#C89785; }
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