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PNSS, PNSE e PNSA

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PNSA – PLANO NACIONAL DE SANIDADE AVÍCOLA 
O PNSA foi instituído no âmbito da Secretaria de Defesa Agropecuária pela Portaria nº 193, de 19 de setembro de 
1994. Dentre os principais objetivos do PNSA destacam-se os seguintes: 
• Prevenir e controlar as enfermidades de interesse em avicultura e saúde pública 
• Definir ações que possibilitem a certificação sanitária do plantel avícola nacional 
• Favorecer a elaboração de produtos avícolas saudáveis para o mercado interno e externo 
As principais doenças de controle oficial pelo PNSA são: 
• Influenza aviária – País na condição de livre em aves comerciais (identificada apenas em aves silvestres) 
• Doença de Newcastle – País livre, com últimas ocorrências em 2006 (aves de subsistência) 
• Salmonelas – Salmonella Gallinarum, Salmonella Pullorum, Salmonella Enteritidis, Salmonella Typhimurium 
e salmonelas monofásicas 
• Micoplasmas – Mycoplasma gallisepticum, Mycoplasma synoviae e Mycoplasma melleagridis (perus) 
Estabelecimentos avícolas de controles permanentes: granjas de seleção genética de reprodutoras primárias 
(linhas puras), granjas bisavoseiras, granjas avoseiras, granjas matrizeiras, granjas de aves reprodutoras livres de 
patógenos específicos (SPF) e os incubatórios destes estabelecimentos. 
Estabelecimentos avícolas de controles eventuais: estabelecimentos avícolas produtores de ovos comerciais, de 
frango de corte, de exploração de outras aves silvestres, e/ou ornamentais, e/ou exóticas ou não, e os incubatórios 
destes estabelecimentos. 
MICOPLASMOSE 
Micoplasmoses são enfermidades que causam, principalmente, problemas respiratórios crônicos, redução da 
eficiência alimentar e diminuição do crescimento e da produção de ovos. 
A disseminação do agente pode ocorrer horizontalmente por contato direto, fômites e ovos. As aves podem ficar 
assintomáticas por meses e o período de incubação é variável. 
Existem três micoplasmas de importância econômica na produção avícola, o Mycoplasma gallisepticum, 
Mycoplasma synoviae, Mycoplasma meleagridis, sendo que todos esses agentes podem causar enfermidade 
subclínica ou clínica nas aves. 
INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 44, DE 23 DE AGOSTO DE 2001 - aprova as Normas Técnicas para o Controle e a 
Certificação de Núcleos e Estabelecimentos Avícolas para a Micoplasmose Aviária (Mycoplasma gallisepticum, 
synoviae e melleagridis). 
Estas normas definem as medidas de monitoramento da micoplasmose em estabelecimentos avícolas de controles 
permanentes e eventuais (exceto postura comercial, frango de corte e ratitas), que realizam o comércio ou a 
transferência nacional e internacional de seus produtos, destinados à reprodução e produção de aves e de ovos 
férteis, ficando os mesmos obrigados a realizarem o monitoramento de seus plantéis, obedecendo as diretrizes do 
PNSA. 
Para realizar o comércio internacional, o estabelecimento avícola deverá estar certificado como livre de 
micoplasmose aviária (Mycoplasma gallisepticum, Mycoplasma synoviae e Mycoplasma melleagridis). 
Para atender ao PNSA, os estabelecimentos avícolas de controles permanentes e eventuais deverão: 
• Obter registro e habilitação junto a DFA. 
• Ser assistido por RT registrado na DFA. 
• Fornecer mensalmente um cronograma de nascimento, de importação e as datas das colheitas rotineiras de 
material. 
CERTIFICAÇÃO 
Certificação dos núcleos ou estabelecimentos avícolas para linhas puras, bisavós e avós: 
• Livres de Mycoplasma gallisepticum e Mycoplasma synoviae para galinhas. 
• Livres de Mycoplasma gallisepticum, Mycoplasma synoviae e Mycoplasma melleagridis para perus. 
Certificação dos núcleos (estabelecimentos avícolas de matrizes): 
• Livre de Mycoplasma gallisepticum para galinhas. (sob vigilância e acompanhamento para Mycoplasma 
synoviae para galinhas). 
• Livre de Mycoplasma gallisepticum, Mycoplasma synoviae e Mycoplasma melleagridis para perus. 
A vacina de qualquer natureza contra a micoplasmose aviária, em estabelecimentos de controles permanentes e 
eventuais é PROIBIDA, pois ela “suja” o lote e inviabiliza a certificação de estabelecimento livre. 
Também é proibida qualquer droga, para a qual exista evidência científica, que possa interferir nos resultados dos 
testes sorológicos ou dificultar o isolamento dos micoplasmas, no período de três semanas antecedentes às provas 
laboratoriais. 
PROVAS LABORATORIAIS 
Provas laboratoriais utilizadas no monitoramento e no diagnóstico laboratorial, nas diferentes etapas do processo: 
Diagnóstico imunológico - triagem: 
• Aglutinação rápida em placa, com soro ou gema de ovos embrionados. 
• Aglutinação lenta em soro (SAL) ou gema de ovos embrionados. 
• Inibição da hemaglutinação (HI). 
• Ensaio imunoenzimático (ELISA). 
Diagnóstico micoplasmológico: 
• Isolamento em meios de cultura – único conclusivo! 
• Reação em cadeia da polimerase (PCR). 
Identificação da cultura: 
• Imunofluorescência indireta (IFI); 
• Imunofluorescência direta (IFD); 
• Inibição do metabolismo (IM); 
• Inibição do crescimento (IC); 
• Reação em cadeia da polimerase (PCR). 
A realização e a interpretação dos testes acima citados obedecerá os critérios estabelecidos em normas e 
regulamentos técnicos específicos do MA. As provas laboratoriais somente serão aceitas quando realizadas em 
laboratório oficial e/ou credenciado pelo MA, identificando o antígeno, o número da partida e a quantidade utilizada. 
COLHEITA DE AMOSTRAS 
As colheitas para a monitoramento oficial somente serão aceitas quando executadas por MV oficial, todo material 
destinado às provas laboratoriais deverá, obrigatoriamente, vir acompanhado de formulário de colheita padronizado 
pelo DDA/SDA, devidamente preenchido, assinado pelo RT e MV oficial. 
A colheita oficial do material deverá ser aleatória e ocorrerá entre os diferentes galpões do mesmo núcleo, com 
colheitas aleatórias em duplicata, no mínimo anual, sendo posteriormente encaminhadas à análise em laboratórios 
oficiais ou credenciados. 
Os custos devidos ao pagamento das colheitas oficiais e do envio para análises pelos laboratórios, credenciados, 
serão de responsabilidade da empresa interessada na certificação. 
REALIZAÇÃO DAS PROVAS LABORATORIAIS 
• Quando se tratar de aves vivas ou mortas, serão usadas as técnicas sorológicas e/ou micoplasmológicas. 
Pode-se utilizar soro ou swab de traquéia. 
• Quando se tratar de ovos (reposição de plantéis avícolas), poderá ser utilizada aglutinação de gema de ovos 
embrionados e as provas micoplasmológicas 
*controle periódico a cada 3 meses. 
MONITORAMENTO 
Em aves reprodutoras de 12 (doze) semanas: em galinhas - SAR de no mínimo 300 amostras para Mycoplasma 
gallisepticum e 100 amostras para Mycoplasma synoviae, selecionadas aleatoriamente, com representação de cada 
galpão e/ou box por núcleo complementada, quando reagentes, com a HI ou ELISA. 
Em aves reprodutoras em início de produção, com cerca de 5% de postura: SAR 150 amostras por núcleo, para 
Mycoplasma gallisepticum e 75 para Mycoplasma synoviae. 
Quando positivos no HI ou ELISA, colher swabs de traquéia e soros de 10-20 aves para confirmação por cultivo e/ou 
PCR em laboratório credenciado ou oficial, a critério do serviço oficial. 
Repetições a cada três meses de intervalo, até a eliminação do lote. 
INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS E ADOÇÃO DE MEDIDAS DE BIOSSEGURANÇA E DE CONTROLE 
SANITÁRIO 
• Positivo: MAPA e estabelecimento avícola são comunicados 
• Negativo: estabelecimento avícola é notificado pela DFA local. 
Em aves ou ovos férteis de linhas puras, bisavós e avós importadas ou nascidas no Brasil: positivo para 
Mycoplasma gallisepticum, Mycoplasma synoviae e Mycoplasma melleagridis (perus) = sacrifício/abate do núcleo. 
Matrizes: constatando-se positividade para Mycoplasma gallisepticum em galinhas ou Mycoplasma galisepticum, 
Mycoplasma synoviae ou Mycoplasma melleagridis em perus, sacrifício e abate do núcleo e destruição de todos os 
ovos incubados ou não, deleprovenientes. 
Constatando-se positividade para Mycoplasma synoviae em galinhas, esses núcleos poderão ser tratados com 
antibiótico e retestados após o período de eliminação de resíduos de antibióticos. 
Os núcleos que forem considerados sob vigilância e acompanhamento para Mycoplasma synoviae não poderão ser 
comercializados internacionalmente, devendo a produção e a incubação do núcleo ficar sob vigilância e 
acompanhamento, até o final do ciclo produtivo. 
Os estabelecimentos considerados sob vigilância e controlados deverão adotar um reforço nas medidas de 
biossegurança, tais como: 
• Estar protegido por cercas de segurança e com um único acesso, dotado de sistema de lavagem e 
desinfecção dos veículos. 
• Possuir critérios para o controle rígido de trânsito e de acesso de pessoas (portões, portas, portarias, muros 
de alvenaria e outros). 
• Ter as superfícies interiores das instalações construídas de forma que permitam limpeza e desinfecção 
adequadas. 
• Dispor de meios devidamente aprovados pelo MA e dos órgãos competentes de controle ambiental para 
destinação dos resíduos da produção (aves mortas, estercos, restos de ovos, embalagem etc.) e outros. 
• Ter isolamento entre os diferentes setores de categoria de idade, separados por cercas e/ou cortina de 
árvores não-frutíferas, com acesso único restrito, com fluxo controlado, com medidas de biossegurança, 
dirigido à área interna, para veículos, pessoal e material. 
• Permitir entradas de pessoas, veículos, equipamentos e materiais nas áreas internas dos estabelecimentos 
somente quando cumpridas rigorosas medidas de biossegurança. 
• Deverão ser adotadas medidas de controle de efluentes líquidos, através de fossas sépticas, observados os 
afastamentos de cursos d`água e lençóis freáticos, para evitar contaminações. 
• Controle físico-químico e microbiológico da água realizado em laboratório público. 
O estabelecimento avícola que obtiver o certificado de estabelecimento livre estará habilitado a proceder ao comércio 
de aves ou ovos férteis de todos os núcleos. 
O estabelecimento avícola que tiver núcleo sob vigilância e acompanhamento para Mycoplasma synoviae não poderá 
realizar o comércio internacional de seus produtos (ovos férteis e pintos oriundos ao referido núcleo). 
Será emitido pela DFA, no Estado onde se localiza o estabelecimento avícola, após a realização mínima de três 
testes, um Certificado Sanitário, em modelo padronizado pelo MA, para os estabelecimentos ou núcleos livres ou sob 
vigilância e acompanhamento para os agentes tratados nesta norma. 
Mesmo tendo sido obedecidas todas as exigências anteriores, havendo mortalidade elevada nos primeiros dias do 
lote, o estabelecimento avícola deverá encaminhar material contendo cerca de trinta aves refugos ou agonizantes 
para laboratório oficial ou credenciado, para isolamento de micoplasmas ou PCR. Havendo confirmação do 
diagnóstico, será determinado o sacrifício das aves do núcleo quando se tratar de linhas puras, bisavós e avós, 
seguindo-se a investigação epidemiológica pelo serviço oficial. 
As colheitas para o monitoramento e certificação serão aceitas quando executadas pelo RT junto ao MA e pelo 
serviço oficial, sendo que as colheitas oficiais são exclusivas do fiscal federal agropecuário, do médico veterinário 
oficial ou quando fiscalizadas e supervisionadas por um deles. 
 
SALMONELOSE 
As salmonelas pertencem ao gênero Salmonella, família Enterobacteriaceae, sendo que, morfologicamente, são 
bastonetes Gram negativos, com várias subespécies. Em 99% das infecções em humanos, ela é entérica. 
As aves podem apresentar as seguintes enfermidades: 
• Pulorose, causada pela Salmonella Pullorum – espécie especifica. 
• Tifo aviário, causado pela Salmonella Gallinarum – espécie especifica. 
• Paratifo aviário, causado pela Salmonella Enteritidis e Salmonella Typhimurium – zoonose! 
A salmonelose é uma zoonose e, ainda, de maior importância na indústria avícola. Sua detecção é difícil e nem 
mesmo no abate há sinais da presença das mesmas, o que torna os produtos de origem destes animais potenciais 
fontes de toxinfecções alimentares. A maioria dos casos de gastroenterites em humanos que são causadas por 
Salmonella sp. (S. Enteritidis, principalmente) de origem alimentar (96%). 
A salmonela pode ser encontrada em carnes, ovos, leite, vegetais, frutas, répteis, água, animais silvestres e pasta de 
amendoim. 
Crescem a temperatura de 37º a 42º, crescem em alimentos refrigerados a temperatura de 2ºC e permanecem 
viáveis em produtos congelados (por longos períodos) e podem sobreviver em alimentos desidratados. 
Essa doença causa diminuição no desempenho: 
• Aves jovens: sonolência, diarréia, desidratação, diminuição da ingestão de comida, desuniformidade e 
empastamento de cloaca; 
• Aves adultas: não há sinais, ocasionalmente anorexia, diarreia e diminuição da produção de ovos. 
É uma doença de notificação obrigatória! 
INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 78, DE 3 DE NOVEMBRO DE 2003 
Os estabelecimentos avícolas de reprodução de que trata esta Instrução Normativa são aqueles de linhas puras, de 
bisavós, de avós, de matrizes, produtores de aves e ovos livres de patógenos específicos (SPF) ou de ovos 
controlados, que alojam galinhas, marrecos, patos e perus, e seus incubatórios. Devem ser registrados e ter um RT. 
Certificação dos núcleos e estabelecimentos avícolas: após 2 testes consecutivos negativos no lote com 1 ano 
de validade. 
• Livres de Salmonella Gallinarum (Tifo Aviário) e Salmonella Pullorum (Pulorose); 
• Livres ou Controlados para Salmonella Enteritidis e Salmonella Typhimurium; 
• Livres ou Controlados para S. Enteritidis e S. Typhimurium e vacinados contra S. Enteritidis ou S. 
Typhimurium. 
MONITORAMENTO 
Estabelecimentos de controle permanente: devem ser livres das 4 salmonelas; 
Estabelecimentos de controle eventual: devem ser livres de Salmonella gallinarum e Salmonella pullorum e livres ou 
controlados para Salmonella enteritidis e Salmonella typhimurium. 
Exceto postura comercial, frango de corte e ratitas! 
Para proceder ao comércio nacional e internacional e a transferência, no âmbito nacional, de seus produtos, o 
núcleo ou estabelecimento avícola deverá estar certificado como livre de Salmonella gallinarum e Salmonella 
pullorum e livre ou controlado para Salmonella enteritidis e Salmonella typhimurium. 
VACINAÇÃO 
Permite o uso de vacinas vivas e inativadas contra salmonelas paratíficas somente em matrizeiros com data 
programada e proíbe o uso de qualquer tipo de vacina contra salmonelas em estabelecimentos avoseiros, em 
bisavoseiros e em granjas de seleção genética de reprodutoras primárias (linhas puras). 
O M.V. RT do estabelecimento matrizeiro deve comunicar ao MAPA: 
• Localização do estabelecimento de criação; 
• Número de aves vacinadas; 
• Programa de vacinação; 
• Dados da vacina (nome comercial, lote e partida). 
 Fabricante ou importador da vacina: 
• Comunicação Trimestral ao MAPA (relação de usuários, número de doses da vacina e partida). 
Estabelecimento avícola participante do PNSA não poderá utilizar qualquer vacina com adjuvante oleoso, durante as 
quatro semanas que antecedem o teste ou qualquer droga que possa interferir nos resultados de testes (até 3 
semanas antes). 
PROVAS LABORATORIAIS 
Coleta de material: swabs da cama, caixa de transporte, cloaca das aves (coleta de fezes frescas) 
O material destinado para as provas laboratoriais deve ser lacrado, com formulário de colheita assinado pelo RT e 
fiscal. 
Amostras colhidas nas granjas certificadas para monitoramento somente pelo fiscal federal agropecuário ou M.V. 
oficial, com coletas de amostras em duplicatas e aleatoriamente nos galpões no mínimo 1x/ano e em qualquer tempo 
e sem aviso prévio. 
As provas utilizadas no monitoramento e diagnóstico laboratorial, nas diferentes etapas do processo, são: 
• Aglutinação Rápida em Placa - Teste de Pulorose (com sangue totalou soro) – teste de campo. TRIAGEM 
• Aglutinação Lenta em Tubos (ALT) ou Microaglutinação; TRIAGEM 
• Diagnóstico Bacteriológico. CONFIRMATÓRIO 
• Diagnóstico Molecular. CONFIRMATÓRIO 
As provas laboratoriais somente serão aceitas quando realizadas em laboratório oficial e/ou credenciado pelo MAPA. 
Aglutinação Rápida em Placa – Teste de Pulorose, é um teste de campo (só é feito com MV oficial presente), utiliza 
sangue total ou soro = mistura soro + antígeno: presença de grumos (+) e ausência de grumos (-). 
Aglutinação Lenta em Tubos (ALT) ou microaglutinação é exigido quando teste de Aglutinação rápida é (+) = soro 
testado é diluído em série em suspensão de Ag. 
Diagnóstico Bacteriológico de órgãos: fígado, baço, bursa de Fabricius, ceco. 
ADOÇÃO DE MEDIDAS DE SEGURANÇA E CONTROLE SANITÁRIO 
Em aves ou ovos férteis de linhas puras, bisavós e avós importadas ou nascidas no Brasil: positividade para 
Salmonela = Sacrifício/abate do núcleo + eliminação de todos os ovos provenientes dos núcleos afetados. 
Matrizes: 
Positivas para Salmonella gallinarum e S. pullorum = sacrifício/abate do núcleo + eliminação de todos ovos 
Positivas para Salmonella enteritidis e S. typhimurium = cancelamento da certificação de livre e o núcleo passa a ser 
controlado, desde que atenda: 
• Suspensão da incubação ovos até a obtenção de resultados (-) 
• Seus produtos não poderão ser comercializados para consumo humano 
• Antibioticoterapia específica para enterobactérias 
• Novas provas 5 dias após término do tratamento 
• Após 2 testes negativos → Certificado como controlado para SE e ST 
Matrizes positivas para Salmonella enteritidis e S. Typhimurium = 1º teste → 5 dias após finalizar antibioticoterapia e 
se positivo - repetir antibioticoterapia e esquema de testes, se negativo - retorno à incubação. 
Certificação como controlado: após 2 testes negativos consecutivos e reforço nas medidas de biosseguridade. 
Certificação livre ou controlado: tem validade 1 ano e é condicionada à situação sanitária do lote. 
Encaminhamento de resultados – formulário: 
• (-): comunica o MAPA e o estabelecimento avícola 
• (+): comunica o MAPA e faz notificação do estabelecimento 
CUIDADOS: 
• Adquirir aves livres e alojá-las em granjas livres. 
• Controle efetivo e contínuo de roedores. 
• Monitorar presença Salmonella na ração/matéria prima. 
• Limpeza intensiva e desinfecção das instalações. 
• Treinamento em biosseguridade. 
• Operários e técnicos: normas rígidas higiene. 
• Proibição de visitantes desnecessários. 
• Eliminar contato com aves silvestres/animais domésticos. 
INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº - 20, DE 21 DE OUTUBRO DE 2016 
Ficam estabelecidos o controle e o monitoramento de Salmonella spp. nos estabelecimentos avícolas comerciais de 
frangos e perus de corte e nos estabelecimentos de abate de frangos, galinhas, perus de corte e reprodução, 
registrados no SIF, com objetivo de reduzir a prevalência desse agente e estabelecer um nível adequado de proteção 
ao consumidor. 
Estabelecimentos avícolas comerciais de frangos e perus de corte devem implementar um programa de controle e 
monitoramento para Salmonella spp. 
Para estabelecimentos avícolas comerciais de frangos e perus de corte registrados no SVE, as amostras a serem 
coletadas por galpão selecionado do núcleo, obedecerão ao seguinte: 
• 2 swabs de arrasto ou propés, agrupados em um pool, umedecidos com meio de conservação, sendo que 
cada suabe ou propé deverá perfazer cinquenta por cento da superfície do galpão; ou 
• 300 amostras de fezes de aproximadamente um grama cada, preferencialmente cecais, serão coletadas em 
diferentes pontos distribuídos ao longo do galpão, reunidas em um único pool. 
• Será realizado 1 ensaio bacteriológico por galpão selecionado para a amostragem do núcleo. 
Para estabelecimentos avícolas comerciais de frangos e perus de corte não registrados no SVE, as amostras a 
serem coletadas por galpão do núcleo obedecerão ao seguinte: 
• 4 de arrasto ou propés, divididos em dois pools, contendo dois suabes de arrasto ou propés em cada, 
umedecidos com meio de conservação, sendo que cada dois suabes ou propés deverá perfazer cinquenta 
por cento da superfície do galpão; ou 
• 300 amostras de fezes de aproximadamente um grama cada, preferencialmente cecais, serão coletadas em 
diferentes pontos distribuídos ao longo do galpão, divididas em dois pools de cento e cinquenta gramas em 
cada. 
• Será realizado 2 ensaios bacteriológicos por galpão selecionado para a amostragem do núcleo. 
Para diagnóstico de salmonelas, poderão ser utilizadas as seguintes técnicas laboratoriais: 
• detecção do agente por isolamento em meio de cultura; 
• detecção do agente por métodos moleculares; 
• identificação antigênica do agente; e 
• identificação do agente por métodos moleculares. 
Os estabelecimentos avícolas comerciais de frangos e perus de corte registrados no SVE poderão escolher o 
laboratório onde serão realizados os ensaios laboratoriais para salmonelas. Ao menos uma vez a cada seis meses, 
os ensaios serão realizados em laboratórios credenciados da Rede Nacional de Laboratórios Agropecuários do 
Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (SUASA). 
Para estabelecimentos avícolas comerciais de frangos e perus de corte não registrados, os ensaios laboratoriais para 
salmonelas serão obrigatoriamente realizados em laboratórios credenciados da Rede Nacional de Laboratórios 
Agropecuários do SUASA. 
MEDIDAS SANITÁRIAS 
Para os núcleos dos estabelecimentos avícolas de frangos e perus de corte positivos para Salmonella Enteritidis, 
Salmonella Typhimurium, Salmonella Gallinarum e Salmonella Pullorum serão adotadas as seguintes ações 
sanitárias sob responsabilidade do médico veterinário que realiza o controle sanitário do estabelecimento: 
• Fermentação das camas de todos os aviários do núcleo ou outro tratamento aprovado pelo Departamento de 
Saúde Animal - DSA/SDA/MAPA, capaz de inativar as salmonelas; 
• Remoção e descarte de toda a cama e do esterco do núcleo após o tratamento previsto no inciso anterior, 
sendo proibida a reutilização no alojamento de aves; 
• Limpeza e desinfecção das instalações e equipamentos após a remoção de toda a cama e esterco do aviário; 
• Adoção de vazio sanitário de, no mínimo, de quinze dias depois de concluídos os procedimentos de limpeza 
e desinfecção dos galpões; 
• Investigação para identificar a fonte de infecção e as vias de transmissão para as aves, bem como adoção de 
um plano de ação para prevenção de novas infecções. 
Medidas de controle adotadas pelos estabelecimentos de abate = lotes de frangos ou perus de corte e galinhas 
ou perus de reprodução: 
Positivo para Salmonela spp, exceto S. Enteritidis e S. Typhimurium = abate em separado e imediata higienização 
das instalações e equipamentos; 
Positivo para S. Enteritidis ou S. Typhimurium ou salmonelas monofásicas, cujas fórmulas antigênicas sejam 
Salmonella (1,4[5],12:-:1,2) ou Salmonella (1,4[5],12:i:-) ou ainda para lotes acompanhados de boletim sanitário e 
GTA em desconformidade com a normativa = abate em separado, imediata higienização das instalações e 
equipamentos e sequestro e destinação da produção para tratamento térmico ou fabricação de carne mecanicamente 
separada. 
INFLUENZA DOENÇA DE NEWCASTLE: 
IN nº 17, de 7 de abril de 2006 – Aprova o Plano Nacional de Prevenção da Influenza Aviária e de Controle e 
Prevenção da Doença de Newcastle em todo o território nacional. 
IN nº 32, de 13 de maio de 2002 – Aprova as Normas Técnicas de Vigilância para doença de Newcastle e influenza 
aviária, e de controle e erradicação para doença de Newcastle. 
IN nº 21, de 21 de outubro de 2014 - Estabelece as normas técnicas de Certificação Sanitária da Compartimentação 
da Cadeia Produtiva Avícola das granjas de reprodução, de corte e incubatórios, de galinhas ou perus, para a 
infecção por influenza aviária e doença de Newcastle. 
 
PNSE –PROGRAMA NACIONAL DE SANIDADE DOS EQUIDEOS 
Institui o Programa Nacional de Sanidade dos Equídeos (PNSE) no âmbito do Ministério da Agricultura, Pecuária e 
Abastecimento (MAPA) através da INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 17, DE 8 DE MAIO DE 2008. 
Visa prevenir, controlar, diagnosticar e erradicar doenças que possam causar danos ao complexo agropecuário dos 
equídeos, através das seguintes atividades: 
• Educação sanitária 
• Estudos epidemiológicos 
• Controle do trânsito 
• Cadastramento, fiscalização e certificação sanitária 
• Intervenção imediata quando da suspeita ou ocorrência de doença de notificação obrigatória. 
ANEMIA INFECCIOSA EQUINA – AIE: causada pelo RNA vírus da família Retroviridae, gênero Lentivirus. NÃO TEM 
VACINA E NEM TRATAMENTO! Conhecida também como Febre dos Pântanos, “Swamp Fever”, Malária Eqüina, 
AIDS do cavalo, Mal do Cochilo ou Cochilão. É um infeccão viral cosmopolita e crônica. 
Sinais clínicos: febre, hemorragias puntiformes, anemia hemolítica, icterícia, edema, perda ou redução do apetite, 
depressão e hemorragia nasal. 
Cadeia de transmissão: picada de tabanídeos (Tabanus sp.) e moscas dos estábulos (Stomoxys calcitrans), 
iatrogênica devido a utilização de agulhas ou instrumentos cirúrgicos contaminados ou transfusões sanguíneas de 
animais contaminados. Além destas duas principais forma, ainda pode ser transmitido da égua para o potro durante a 
gestação/amamentação, alimento contaminado e pela inseminação artificial com sêmen contaminado. 
Características: uma vez instalado no organismo do animal, nele permanece por toda a vida mesmo quando não 
manifestar sintomas, é resistente (tempo, temperatura, luz e pH). 
• Aguda = morte súbtita 
• Crônica = ciclos de viremia intermitente 
• Inaparente = animais portadores/reservatórios* 
DIAGNÓSTICO 
Imunodifusão em Gel de Agar (IDGA) - Teste de Coggins - OIE: efetuada com antígeno registrado (Proteína - 
p26), detecta Ac a partir de 14 a 21 dias pós-infecção. 
Como interpretar: 
• Incubação por 48 horas; 
• Soro teste: anticorpos = linha de precipitação, cuidado com falso negativo 
• Migração do Ag e Ac em sentido convergente em ágar gel formandocomplexos Ag-Ac insolúveis que 
precipitam e formam linhas. 
ELISA - enzima peroxidase de raiz forte (HRPO) = cor azul 
Anticorpo AIE: 
• Antígeno P26 + HRPO = não se liga ao anticorpo monoclonal da placa = + (sem cor); 
• Antígeno P26 + HRPO = se liga ao anticorpo monoclonal da placa = - (azul) 
ELISA + = triplicate IDGA 
IDGA forte positive = em diluição 1/4 e 1/8 
• Resultado POSITIVO = comunica órgão estadual de sanidade animal (OESA), setor de saúde animal da 
Superintendência Federal de Agricultura (SFA) → Notificação obrigatória; 
• Resultado NEGATIVO é encaminhado ao MV requisitante 
Medidas adotadas no foco: 
• Interdição da propriedade do equídeo portador; 
• Investigação epidemiológica; 
• Marcação permanente dos animais portadores da AIE com ferro candente da paleta do lado esquerdo com 
um A, conforme modelo oficial – é de responsabilidade do SVO, não é obrigatória quando o abate/sacrifício 
for imediato. É obrigatória, quando for transportar para abate com parada de descanso ou alimentação 
(previamente aprovado pela defesa do UF); 
• Sacrifício ou isolamento dos equídeos portadores (normas estaduais); 
• Realização de exame laboratorial em todos os animais da propriedade; 
• Desinterdição da propriedade foco: após a realização de 2 exames com resultados negativos consecutivos 
para AIE → intervalo de 30 a 60 dias entre os exames; 
• Interdição de movimentação de equídeos na propriedade; 
• Proibição de movimentação de objetos passíveis de veiculação do vírus; 
• Proibição de participação em eventos; 
• Orientação aos proprietários do perifoco, pelo serviço veterinário official (SVO): submetam seus animais a 
exames laboratoriais para diagnóstico de AIE. 
Certificação de Propriedade Controlada para AIE: será considerada propriedade CONTROLADA para AIE quando 
não houver animais positivos em 2 exames consecutivos de diagnóstico (intervalo de 30-60 dias) com emissão do 
certificado pelo MAPA com validade de 12 meses. É feita a manutenção da propriedade controlada com resultado de 
exame negativo para AIE em todos equídeos no mínimo a cada 6 meses. Validade do resultado negativo: 180 dias 
a partir da data da coleta da amostra. 
MORMO 
Enfermidade infectocontagiosa, causada pela bactéria Burkholderia mallei. A doença pode apresentar-se de forma 
agudo ou crônico e acomete principalmente equídeos, podendo acometer os seres humanos, os carnívoros e 
eventualmente os pequenos ruminantes. Pouco resistente (luz, desinfetantes,temperatura). Esse gênero possui mais 
de 40 espécies, habitam o solo e a água, na matéria orgânica fica viável por 15 a 30 dias. 
Apresenta-se clinicamente sob as formas: aguda, crônica e inaparente → animais portadores/reservatórios*. 
• Possui alta morbidade e letalidade! 
• Está na lista da OIE como doença de importância em saúde pública 
• Zoonose - em humanos é FATAL 
• Longo período de incubação 
• Entanásia de animais de elevado valor (Hipismo) 
• É considerada como agente de bioterrorismo 
Teste sorológico de fixação de complemento (FC): 
• Prova sorológica baseada na detecção de anticorpos específicos contra a B. mallei; 
• Realizado em laboratório oficial ou credenciado pelo MAPA, o FC poderá ser utilizada apenas para a 
finalidade de trânsito internacional; 
• A sensibilidade do teste é de 97%; 
• Pode ter resultados falsos positivos → reações cruzadas com garrotilho, influenza equina e vacinação. 
ELISA 
• Semelhante ao realizado na AIE 
• Resultado diferente de negativo = teste complementar 
Testes complementares = manifestação clínica compatível com o mormo, amostra com resultado negativo 
• Western Blotting - imunoblotting (WB) 
• Maleinização - exclusivamente em equídeos com menos de 6 (seis) meses de idade e que apresentem 
sintomatologia clínica compatível com o mormo. 48 horas após aplicação – se positivo causa edema 
palpebral com bléfaro espasmo e severa conjuntivite purulenta. 
Foco de Mormo - ''Art. 14. Diante de um caso confirmado de mormo, o Serviço Veterinário Oficial (SVO) deverá: 
• Manter a interdição da(s) unidade(s) epidemiológica(s); 
• Determinar e acompanhar a eliminação do caso confirmado, a eutanásia e, a critério do SVO, a realização de 
necropsia com colheita de amostras, e posterior destruição da carcaça; 
• Realizar avaliação clínica nos equídeos do estabelecimento e colheita de amostra para investigação, 
conforme definição de caso da ficha técnica; 
• Realizar investigação epidemiológica, incluindo avaliação da movimentação dos equídeos do 
estabelecimento pelo menos nos últimos cento e oitenta dias anteriores à confirmação do caso, com vistas a 
identificar possíveis vínculos epidemiológicos; 
• Supervisionar a destruição do material utilizado para cama, fômites e restos de alimentos do animal infectado 
e orientar sobre medidas a serem adotadas para descontaminação do ambiente; 
• Notificar a ocorrência de mormo às autoridades locais de saúde pública.'' 
PNSS – PLANO NACIONAL DE SANIDADE DE SUÍDEOS 
As atividades do PNSS estão voltadas para a prevenção de doenças, para o reconhecimento, manutenção e 
ampliação de zonas livres de doenças e na certificação e monitoramento de granjas de reprodutores suídeos 
(GRSC). Estas atividades estão descritas no Regulamento Técnico do PNSS, aprovado pela Instrução Normativa nº 
47, de 18/6/2004. 
Principais enfermidades na lista da OIE: 
• Peste suína clássica (PSC) - vem implementando zona livre desde 1982 
• Doença de Aujeszky (DA) - estratégia = regionalização = voluntária 
• Peste suína africana (PSA) - Erradicada no Brasil desde 1981 – surto em 2018 na china 
• Síndrome respiratória e reprodutiva suína (PRRS) - Nunca diagnosticadas no Brasil- Vírus da Diarreia 
Epidêmica dos Suínos (PEDv) 
• Brucelose suína 
• Gastroenterite transmissível (TGE) - Nunca diagnosticadas no Brasil - Vírus da Diarreia Epidêmica dos 
Suínos (PEDv) 
PESTE SUINA CLÁSSICA (PSC): ZOONOSE, NOTIFICAÇÃO IMEDIATA A OIE. 
Doença de notificação obrigatória causada por um vírus do gênero: Pestivirus, família: Flaviviridae, RNA envelopado. 
Distribuição mundial, conhecida como febre suína ou cólera dos porcos. Infectocontagiosa = sistema linfático e 
circulatório. 
 Alta morbidade e alta letalidade, causa hemorragias e problemas reprodutivos. 
Acomete suídeos, período de incubação: 7 a 10 dias e nas instalações 15 dias, sobrevive por 24 hs nas fezes e urina 
expostas ao sol, resistente a pH de 3 a 10, não inativa por rigor mortis (refrigerada > ativo por 1 mês e congelada > 
ativo por 4 meses), sensível a solventes orgânicos (éter) e desinfetantes (Formalina, cresol, detergentes...). 
Prejuízos econômicos e sanitários: embargo à exportação de produtos e subprodutos e elevada mortalidade em 
animais jovens (100%). 
Vacinação é proibida em todo território nacional = exceto em decisão do DDA → risco eminente de disseminação 
após confirmação de Foco de PSC. 
Imunidade: persistência do vírus (Até 10 meses) = desenvolvimento tardio, causa infecção uterina e forma crônica 
nos portadores, imunossupressão por estresse. 
https://www.gov.br/agricultura/pt-br/arquivos-programas-sanitarios/2004IN47PNSS.pdf
https://www.gov.br/agricultura/pt-br/arquivos-programas-sanitarios/2004IN47PNSS.pdf
Transmissão: urinas e fezes, ferimentos na pele, secreções conjuntivais, secreções nasais, sêmen, via 
oral/aerógena, transplacentária, colostro/leite. 
IN 01 de 04 de janeiro de 2001 = proíbe entrada na zona livre de suídeos, seus produtos, e subprodutos 
presumíveis veiculadores do vírus da PSC, principalmente reprodutores. 
Forma hiperaguda = morte leitões 5 dias, sintomas: apatia, dispneia, conjuntivite e hemorragias cutâneas. 
Forma guda: 
• Febre alta (41°C) 
• Lesões hemorrágicas 
• Conjuntivite purulenta 
• Cianose (extremidades) 
• Sinais nervosos =Ranger dentes, Dificuldade de locomoção 
• Vômito e diarréia 
• Anorexia 
• Aborto 
• Diarreia sanguinolenta 
• Convulsão 
Forma crônica: 
• Anorexia e depressão 
• Febre 
• Infecções bacterianas secundárias 
• Nascimento de leitões debilitados (tremor) 
IN 27, 20 de abril de 2004 = PLANO DE CONTINGÊNCIA PARA PESTE SUÍNA CLÁSSICA 
Procedimentos operativos: 
• Notificação de suspeita 
• Atenção à notificação 
• Visita à propriedade com suspeita de PSC 
• Determinação das zona afetada 
DIAGNÓSTICO 
Identificação do agente 
• Prova de imunofluorescência direta 
• Isolamento viral em cultivo celular - refrigeradas (amídalas, gânglios linfáticos, baço, rins, íleo distal, sg 
animais vivos) 
Detecção do RNA viral = RT-PCR 
Teste sorológico 
• ELISA 
• Teste de Neutralização (VN) - resultados suspeitos ou positivos 
COLHEITA DO MATERIAL 
Soro Límpido, sem hemólise, congelados (3ml) 
Órgãos de animais suspeitos sacrificados: 
• Mínimo 20g por órgão 
• Sacos separados e identificados 
• Refrigerado (envio imediato) ou congelado (impossível chegada até 48hs da colheita) 
LAPA -Recife/PE 
ESTRATÉGIAS - IN 6, 09 de março de 2004 
• Vigilância sanitária 
• Notificação obrigatória e imediata da ocorrência ou suspeita de ocorrência de PSC 
• Assistência imediata aos focos 
• Controle do trânsito de suídeos, seus produtos e subprodutos, material de multiplicação animal, produtos 
patológicos e biológicos possíveis veiculadores do vírus da PSC e dos recintos de concentrações de suídeos; 
• Controle da desinfecção de veículos, equipamentos e ambientes 
• Sacrifício sanitário de suídeos acometidos ou suspeitos de estarem acometidos de PSC e seus contatos 
• Proibição da utilização de vacinas contra a PSC em todo o Território Nacional, exceto em zonas definidas 
pelo Departamento de Defesa Animal – DDA 
• Controle da produção e fiscalização da comercialização de vacinas 
• Restrição à manipulação do vírus da PSC, exceto em laboratórios de diagnóstico ou de produção de vacinas 
oficialmente autorizados. 
FOCO 
Animais acometidos e contatos diretos: 
• Sacrifício sanitário no próprio local→ no máximo 24hs - Incineração ou enterramento 
• Suídeos contato indireto = avaliação de risco (sacrifício sanitário ou abate sanitário) 
• Destruição do material suspeito (alimentos, excretas, chorume...) 
• Desinfecção das instalações, equipamento e veículos 
• Vazio sanitário (mín. 10 dias) e introdução de suídeos sentinelas 
(susceptíveis – 60 dias de idade) = 5% da pop. que existia. Comprovar a ausência do vírus (controle 
sorológico)→ após 15 e 30 dias no local. A limpeza, desinfecção e vazio sanitário não garantem 
totalmente a destruição do vírus da PSC 
• Repovoamento → após 2 resultados de sorologia NEGATIVOS 
• Desinsetisação e desratização 
Art. 22. No caso da constatação de PSC em matadouros, recintos de exposições, feiras, leilões e outras 
aglomerações de suídeos, todo o recinto será considerado foco e serão aplicadas, no que couber, as medidas 
sanitárias estabelecidas no Capítulo IV desta Norma. Art. 23. Fica proibido o uso, na alimentação de suídeos, de 
restos de alimentos que contenham proteína de origem 
 animal de qualquer procedência, salvo quando submetidos a tratamento térmico que assegure a inativação do vírus 
da PSC. 
§ 1º A inativação do vírus da PSC, a que se refere este artigo, ocorre numa temperatura mínima de 90ºC por 60 
minutos, com agitação contínua. 
§ 2º Fica proibida a permanência de suídeos em lixões, bem como o recolhimento e a utilização de restos de comida 
destes locais para alimentação dos animais. 
PORTARIA Nº 264, DE 10 DE DEZEMBRO DE 2019 - INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 10, DE 6 DE ABRIL DE 2020: 
Autoriza o uso da vacina contra Peste Suína Clássica (PSC) na Zona não Livre da doença, de acordo com o Plano 
Estratégico Brasil Livre de Peste Suína Clássica. 
DOENÇA DE AUJESKY (SHV-1) – DA 
Doença de notificação obrigatória causada por um Herpesvírus (OIE) pelo decreto 24.548/1934. Pseudo raiva ou 
peste de coçar 
Hospedeiros: suídeos (reservatório e hospedeiro natural), leitões são mais susceptíveis, suínos selvagens são muito 
resistentes, infecção latente → disseminador da doença. Acomete ruminantes, caninos, felinos → doença é fatal 
(pseudoraiva). 
Provoca graves prejuízos econômicos = 100% de mortalidade em leitões, redução do desempenho reprodutivo → 
abortos, não há tratamento, NÃO É ZOONOSE. 
Transmissão (direta e indireta) 
• Secreções nasais (respiratória) 
• Saliva (oral) 
• Excretas 
• Leite 
• Mucosa vaginal e prepucial 
• Aerossóis 
• Fômites 
• Água e alimentos contaminados 
• Transplacentária 
• Restos de parto e abortos 
• Veículos e pessoas 
• Portadores latentes** 
Patogenia 
Vias de infecção: Respiratória/Oral 
Período de incubação de 2-6 dias 
O vírus multiplica-se inicialmente no epitélio respiratório: 
• Forma nervosa→ leitões 
• Forma nervosa e respiratória → adultos 
• Forma reprodutiva → Porcas gestantes 
• Inaparente = fêmeas gestantes ou leitões 
Sinais Clínicos 
Forma nervosa: atravessa o epitélio da nasofaringe e tonsilas e através dos nervos olfatórios chega ao bulbo 
olfatório e ao SNC. 
Típica de animais jovens: 
• Febre (até 41ºC); 
• Paralisia do terço posterior; 
• Tremores; 
• Hipersalivação; 
• Incoordenação motora; 
• Marcha circular; 
• Movimentos de pedalagem. 
Em neonatos taxa de mortalidade é de aproximadamente de 100% e em animais desmamados e fica entre 10-50%. 
Forma respiratória: o vírus atravessa o epitélio nasofaringe e tonsilas passando para os linfonodos regionais e 
chega à corrente sanguínea, através da qual atinge vários órgãos do animal. 
• Febre 
• Espirros e descarga nasal, devido a rinite 
• Infecção bacteriana secundária 
• Tosse rouca 
• Falta de ar 
A taxa de mortalidade é de aproximadamente 10% para animais emcrescimento e terminação e 2% para 
reprodutores. 
Forma reprodutiva: o vírus atravessa a barreira placentária e infecta os embriões. Infecção que ocorre no segundo e 
terceiro terço da gestação podem ocorrer aborto, infecção ocorrer no primeiro terço de gestação, ocorrerá reabsorção 
fetal. 
• Inicialmente, os animais podem desenvolver sinais respiratórios 
• aborto (sintoma mais característico) 
IN nº 8, de 03 de abril de 2007 
Art. 1º Aprovar as Normas para o Controle e a Erradicação da Doença de Aujeszky (DA) em suídeos domésticos, a 
serem observadas em todo o território nacional, na forma do Anexo I da presente Instrução Normativa. 
Art. 2º Aprovar o Plano de Contingência para a DA em suídeos domésticos, na forma do Anexo II da presente 
Instrução Normativa, especificando as medidas a serem adotadas em todo o território nacional no caso da ocorrência 
da doença em suídeos, visando à sua imediata eliminação. 
Vacinação dos Suídeos para a DA: é permitido somente o uso de vacinas (inativadas ou viva atenuada) com 
ausência da glicoproteína viral gE 
Permitida: propriedades com diagnóstico laboratorial positivo para a DA, propriedade-foco ou sob risco de infecção. 
Necessário eelatório com o nome dos proprietários e o volume de vacinas utilizadas no seu âmbito de atuação. 
Diagnóstico de DA: 
Os exames são realizados apenas em Laboratório Credenciado ou Oficial (MAPA): 
• Provas sorológicas de Ensaio Imunoenzimático 
• ELISA triagem 
• ELISA diferencial para glicoporteína viral gE - Diferencia anticorpos vacinais e decorrentes de infecção = 
glicoproteína viral gE (vacina) -> dentificação de anticorpos contra a glicoproteína viral gE (específica) 
• Teste de Neutralização 
• Teste confirmatório = amostras de cérebro, baço, pulmão e fetos abortados • Isolamento viral ou provas 
moleculares (PCR) 
Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de Pedro Leopoldo - LFDA/MG. 
Normas para Controle e Erradicação da DA: 
• Plano de Adesão voluntária = estados com interesse em ser considerados livres de DA SC: 2001 → foi 
instituído um Programa de Erradicação da DA em suínos - Erradicada desde 2004 
• Plano de Contingência = Medidas a serem tomadas em todo o território nacional em caso de foco de DA 
 
 
 
Estratégias de atuação em focos de DA 
Estratégias de Atuação do Serviço Veterinário Oficial (SVO): 
• Interdição do estabelecimento de criação 
• Investigação soroepidemiológica = coleta de amostras e encaminhamento ao laboratório credenciado/oficial 
→ Raio mínimo de 5 km a partir do foco/Outras propriedades 
• Despovoamento das granjas com diagnóstico positivo (FOCO) - Sacrifício ou abate sanitário 
• Controle de trânsito 
• Vazio sanitário → mínimo 30 dias - Limpeza e desinfecção 
• Poderá ser orientada a vacinação imediata -Ex: SC (Programa de erradicação) 
• Repovoamento da criação com reprodutores oriundos apenas de GRSC 
PESTE SUÍNA AFRICANA 
DNA fita dupla = à família Asfarviridae, não acomete o homem, exclusiva de suídeos domésticos e asselvajados, 
notificação obrigatória para órgãos oficiais nacionais e internacionais, não existe vacina ou tratamento. 
Apareceu na África no início do século 20 e na Europa em 1957 com restos de alimentos servidos em aviões 
contendo produtos derivados de suínos contaminados com PSA. 
TRANSMISSÃO: contato direto e Ingestão de produto 
Vírus é estável (temperaturas), não é inativado pela refrigeração e nem pela maturação da carne. 
Infeccioso: 11 dias nas fezes, meses na medula óssea, por 15 semanas na carne refrigerada e congelada, e entre 3 e 
6 meses em presuntos e embutidos curados não cozidos ou defumados. 
SINAIS CLÍNICOS - período de incubação = 4 a 19 dias 
• Hiperaguda: morte súbita 
• Aguda: febre alta, anorexia, letargia, fraqueza, decúbito, eritema, manchas cianóticas (orelhas, rabo, 
membros e coxa), diarreia (mucoide/sanguinolenta), constipação, dor abdominal, hemorragia (epistaxis e 
hemorragias na pele), sinais respiratórios (incluindo dispneia), descargas nasais e conjuntivais, sinais 
neurológicos, aborto 
• Subaguda: aguda com sinais clínicos menos severos 
• Crônica: febre baixa intermitente, perda de apetite e depressão 
 
DIAGNÓSTICO 
• Linfonodo, rim, baço, pulmão, sangue e soro por técnicas moleculares = imunofluorescência direta, teste de 
hemadsorção e PCR 
• Teste de triagem pelo plano nacional = ELISA 
PREVENÇÃO DE ENTRADA NO BRASIL: diagnóstico, cuidado com fronteira e importação = produtos agrícolas e 
alimentos, não alimentar suínos com restos alimentares 
Em caso de surto: abate sanitário, eliminação adequada das carcaças, limpeza e desinfecção completas das 
instalações, controle de movimento e trânsito 
Granjas de Reprodutores de Suídeos: manter nível sanitário adequado nas granjas que comercializam, distribuam 
ou mantenham reprodutores suínos para multiplicação animal = evitar disseminação de doenças e assegurar níveis 
desejáveis de produtividade. 
IN nº 19 em 15 de fevereiro de 2002 = alterada pela IN nº 11, de 06 de abril de 2020 
IN 19, 15 de fevereiro de 2002 aprova normas a serem cumpridas para a CERTIFICAÇÃO de Granjas de 
Reprodutores Suídeos: a comercialização/distribuição de suídeos, material de multiplicação e a participação em 
exposições, feiras e leilões, somente serão permitidos àqueles procedentes de Granjas Certificadas. 
Livres = Peste Suína Clássica, Doença de Aujeszky, Brucelose, Tuberculose, Sarna 
Livre ou Controlada = Leptospirose 
• Para obter Certificação – 2 exames negativos no intervalo de 2-3 meses 
• Monitoramento da Certificação – 6/6 meses (semestral) 
• **As granjas já certificadas que não cumprirem integralmente as condições acima mencionadas perderão a 
condição de GRSC 
Práticas de Biossegurança 
• Livro de visitas 
• Possuir banheiro, chuveiro e vestuário 
• Cerca periférica com entrada única 
• Sistema de desinfecção 
• Pessoas, veículos e materiais 
• Lavagem e desinfecção de caminhões transportadores de suídeos 
• Acompanhamento oficial efetivo das atividades sanitárias adotadas da GRSC 
• Controle e fiscalização do trânsito de suídeos, seus produtos e subprodutos 
• Controle de vetores e roedores 
TUBERCULOSE 
Zoonose causada pela bactéria do gênero Mycobacterium, serviço de inspeção de carnes no abate dos suínos 
aponta baixa prevalência da doença 
Sinais: 
• Tosse, pneumonia 
• Emagrecimento 
Certificação – diagnóstico de 6/6 meses: 
Teste Cervical Comparativo → Reprodutores machos e fêmeas = Tuberculina PPD bovina e aviária → leitura após 48 
h 
Granja infectada → Certificação é SUSPENSA 
BRUCELOSE 
Zoonose causada pela bactéria do gênero Brucella, levantamentos sorológicos em reprodutores em algumas regiões 
do Brasil e nas granjas GRSC apontam baixa prevalência da doença 
Sinais: 
• Aborto em porcas 
• Orquite e infertilidade nos machos 
• Claudicação 
Certificação – diagnóstico de 6/6 meses: 
• Antígeno Acidificado Tamponado 
• 2-Mercaptoetanol 
• Fixação de Complemento 
Granja infectada: certificação suspensa, sacrifício de animais positivos, reteste no plantel após 30 dias, persistindo a 
positividade → granja PERDE a certificação 
LEPTOSPIROSE 
Zoonose causada por bactérias do gênero Leptospira ordem espiroqueta, leptospiras são eliminadas na urina de 
suínos infectados e roedores (reservatórios) 
Sinais: 
• Anorexia 
• Infertilidade, abortos 
• Nascimento de leitões fracos 
Certificação – diagnóstico de 6/6 meses: Teste de Microaglutinação 
Sorovares L. canicola, L. grippothyphosa, L. hardjo, L. icterohaemorrhagiae, L. pomona, L, bratislava 
Controle e Erradicação: medidas de biossegurança, controle de roedores e vacinação das matrizes e cachaços 
(plantel de risco) 
Granjas Reprodutoras consideradas Controladas para Leptospirose, pelo uso de vacina: Certificado → “Granja 
Vacinada para leptospirose” 
SARNA 
Sinais: 
• Prurido intenso 
• Formação de crostas na pele 
• Perda de cerdas 
• Emagrecimento 
• Otite e infecções secundáriasCertificação: 2 exames de raspado de pele negativos intervalo de 2 a 3 meses 
6/6 meses = 5 reprodutores e 5 suínos de terminação 
 Tratamento medicamentoso para erradicação da doença → acaricidas 
Doenças de Certificação Opcional - 6/6 meses 
• Rinite Atrófica Progressiva 
• Pneumonia Micoplásmica 
• Pleuropneumonia Suína 
• Disenteria Suína 
Por amostragem 
Classificação das granjas em 4 níveis: 
• Nível 1: livre das quatro doenças opcionais; 
• Nível 2: livre de pelo menos duas doenças opcionais; 
• Nível 3: livre de uma doença opcional; 
• Nível 4: sem doença opcional certificada.

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