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RELAÇÃO JURÍDICA TRIBUTÁRIA57

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RELAÇÃO JURÍDICA TRIBUTÁRIA: É um recurso de memorização, visando sistematizar a relação jurídica 
tributária no tempo.Estudando esta relação, tornam-se claros os momentos essenciais da relação 
tributacional, traduzindo-se em uma ordem cronológica, facilmente compreensível. 
HIPOTESE DE INCIDÊNCIA. Abstrato. Representa o momento abstrato, previsto em lei hábil a deflagrar a 
relação jurídico tributária. É a escolha feita pelo legislador de fatos quaisquer, propensos a ensejar uma 
relação tributária. 
CONCEITO: É descrição que a lei faz de um fato tributário que, quando ocorrer, fará nascer a obrigação 
tributária. 
Ex: Imposto sobre importação. Art. 19. O imposto, de competência da União, sobre a importação de produtos 
estrangeiros tem como fato gerador a entrada destes no território nacional. 
Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que 
não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente 
vinculada. 
Art. 4º A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação, 
sendo irrelevantes para qualificá-la: 
I - a denominação e demais características formais adotadas pela lei; II - a destinação legal do produto da 
sua arrecadação. 
Obrigação Tributária 
 Art. 113. A obrigação tributária é principal ou acessória. 
§ 1º A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o pagamento de tributo 
ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente. 
 § 2º A obrigação acessória decorre da legislação tributária e tem por objeto as prestações, positivas ou 
negativas, nela previstas no interêsse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos. 
 § 3º A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em obrigação principal 
relativamente à penalidade pecuniária. 
Fato Gerador 
 Art. 114. Fato gerador da obrigação principal é a situação definida em lei como necessária e suficiente à 
sua ocorrência. 
 Art. 115. Fato gerador da obrigação acessória é qualquer situação que, na forma da legislação aplicável, 
impõe a prática ou a abstenção de ato que não configure obrigação principal. 
Art. 118. A definição legal do fato gerador é interpretada abstraindo-se: 
I - da validade jurídica dos atos efetivamente praticados pelos contribuintes, responsáveis, ou terceiros, bem 
como da natureza do seu objeto ou dos seus efeitos; 
II - dos efeitos dos fatos efetivamente ocorridos. 
FATO GERADOR: fato imponível. É a materialização da hipótese de incidência representando o momento 
concreto de sua realização, que se opõe ahipótese de incidência, que é apenas a previsão legal. 
O Fato gerador ganha significativa importância, pois, define a lei que será aplicada no momento da cobrança 
do tributo em abono ao princípio constitucional da irretroatividade tributária. (art. 150, III, “a”, da CF) é 
vedado aos entes tributantes cobrar tributos em relação a fatos geradores ocorridos antes de 
vigência da lei que houver instituído ou aumentado.Ou seja,em uma atuação fiscal tem que se basear 
em lei que antecede os fatos geradores, sob pena de ferir o principio acima citado. 
Em resumo temos hipótese de incidência é a situação descrita em lei, recortada pelo legislador entre 
inúmeros fatos do mundo fenomênico, a qual, uma vez concretizada no fato gerador, enseja o 
surgimento da obrigação principal. 
A principal diferença é que a hipótese é a descrição fática, e o fato gerador a efetiva ocorrência do fato 
legalmente previsto. 
O tributo deve incidir sobre situações licitas, e de igual modo aquelas consideradas ilícitas ou 
imorais.PECUNIA NON OLET – O tributo não tem cheiro. 
O direito tributário preocupa-se em saber tão somente sobre a relação econômica relativa ao determinado 
negocio jurídico. 
Sujeito Ativo 
 Art. 119. Sujeito ativo da obrigação é a pessoa jurídica de direito público, titular da competência para exigir 
o seu cumprimento. 
Art. 120. Salvo disposição de lei em contrário, a pessoa jurídica de direito público, que se constituir pelo 
desmembramento territorial de outra, sub-roga-se nos direitos desta, cuja legislação tributária aplicará até 
que entre em vigor a sua própria. 
Há dois tipos de Sujeitos Ativos: Direitos: São os entes Tributantes- União, Estados, Municípios e Distrito 
Federal (art. 41 C.C) – São detentores de competência tributária, ou seja, do poder legiferante de instituição 
de tributo. Indireto: são os entes parafiscais- CREA, CRM, CRC, detentores de capacidade tributária ativa, 
do poder de arrecadação e fiscalização de tributo. Assim não se pode confundir a atribuição constitucional 
de competência para instituir o tributo (competência tributária) com a possibilidade de figurar no polo ativo 
da relação jurídico-tributária. A primeira é indelegável, e segunda é passível de delegação. Art. 7º CTN. 
Sujeito Passivo 
Art. 121. Sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao pagamento de tributo ou penalidade 
pecuniária. 
Parágrafo único. O sujeito passivo da obrigação principal diz-se: 
 I - contribuinte, quando tenha relação pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo fato 
gerador; 
 II - responsável, quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorra de disposição 
expressa de lei. 
Art. 122. Sujeito passivo da obrigação acessória é a pessoa obrigada às prestações que constituam o seu 
objeto. 
Art. 123. Salvo disposições de lei em contrário, as convenções particulares, relativas à responsabilidade 
pelo pagamento de tributos, não podem ser opostas à Fazenda Pública, para modificar a definição legal do 
sujeito passivo das obrigações tributárias correspondentes. 
capacidade Tributária 
 Art. 126. A capacidade tributária passiva independe: I - da capacidade civil das pessoas naturais 
II - de achar-se a pessoa natural sujeita a medidas que importem privação ou limitação do exercício de 
atividades civis, comerciais ou profissionais, ou da administração direta de seus bens ou negócios; 
III - de estar a pessoa jurídica regularmente constituída, bastando que configure uma unidade econômica ou 
profissional. 
Responsabilidade Pessoal. É quando o contribuinte é excluído totalmente, dando ensejo a 
responsabilidade pessoal –atribuída por lei e por meio do qual se desvia o foco da exigibilidade – sobre a 
terceira pessoa (responsável), vinculado ao fato gerador. Tal deslocamento faz com que o contribuinte não 
responda por mais nada. Art. 128 CTN.Art. 128. Sem prejuízo do disposto neste capítulo, a lei pode atribuir 
de modo expresso a responsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa, vinculada ao fato gerador da 
respectiva obrigação, excluindo a responsabilidade do contribuinte ou atribuindo-a a êste em caráter 
supletivo do cumprimento total ou parcial da referida obrigação. 
 Responsabilidade subsidiária: O contribuinte é excluído parcialmente, dando ensejo a responsabilidade 
subsidiária ou supletiva. Ou seja, o responsável responderá pela parte, ou pelo todo que o contribuinte deixar 
de cumprir.Art. 134. Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo 
contribuinte, respondem solidàriamente com êste nos atos em que intervierem ou pelas omissões de que 
forem responsáveis i- os pais, pelos tributos devidos por seus filhos menores; II - os tutores e curadores, 
pelos tributos devidos por seus tutelados ou curatelados; III - os administradores de bens de terceiros, pelos 
tributos devidos por estes; IV - o inventariante, pelos tributos devidos pelo espólio; V - o síndico e o 
comissário, pelos tributos devidos pela massa falida ou pelo concordatário; VI - os tabeliães, escrivães e 
demais serventuários de ofício, pelos tributos devidos sôbre os atos praticados por êles, ou perante êles, 
em razão do seu ofício; VII - os sócios, no caso de liquidação de sociedade de pessoas. 
Parágrafo único. O disposto nesteartigo só se aplica, em matéria de penalidades, às de caráter moratório. 
Art. 135. São pessoalmente responsáveis pelos créditos correspondentes a obrigações tributárias 
resultantes de atos praticados com excesso de podêres ou infração de lei, contrato social ou estatutos: 
I - as pessoas referidas no artigo anterior; II - os mandatários, prepostos e empregados; III - os diretores, 
gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado. 
Responsabilidade por substituição: Quando a lei determina que o responsável (substituto) ocupe o lugar 
do contribuinte (substituído), desde a ocorrência do fato gerador, de tal sorte que, desde o nascimento da 
obrigação tributária, o responsável, já é o sujeito passivo. 
Responsabilidade por transferência: Quando por expressa previsão legal, a ocorrência de um fato, 
posterior ao surgimento da obrigação, transfere a um terceiro a condição de sujeito passivo da obrigação 
tributária, que até então era ocupada pelo contribuinte. 
SUBSTITUIÇÃO REGRESSIVA: Ocorre nos casos que as pessoas ocupantes das posições anteriores nas 
cadeias de produção e circulação são substituídas, no dever de pagar tributo, por aquelas que ocupam as 
posições posteriores nessas cadeias. 
SUBSTITUIÇÃO PROGRESSIVA: é a antecipação do recolhimento do tributo cujo o fato gerador ocorrerá 
(se ocorrer) em um momento posterior, com lastro em base de calculo presumida. Pessoas ocupantes das 
posições posteriores das cadeias de produção e circulação são substituídas, no dever de pagar o tributo, 
por aquelas que ocupam as posições anteriores nessas mesmas cadeias. 
Domicílio Tributário 
Art. 127. Na falta de eleição, pelo contribuinte ou responsável, de domicílio tributário, na forma da legislação 
aplicável, considera-se como tal: 
I - quanto às pessoas naturais, a sua residência habitual, ou, sendo esta incerta ou desconhecida, o centro 
habitual de sua atividade; 
 II - quanto às pessoas jurídicas de direito privado ou às firmas individuais, o lugar da sua sede, ou, em 
relação aos atos ou fatos que derem origem à obrigação, o de cada estabelecimento; 
III - quanto às pessoas jurídicas de direito público, qualquer de suas repartições no território da entidade 
tributante. 
 § 1º Quando não couber a aplicação das regras fixadas em qualquer dos incisos dêste artigo, considerar-
se-á como domicílio tributário do contribuinte ou responsável o lugar da situação dos bens ou da ocorrência 
dos atos ou fatos que deram origem à obrigação. 
 § 2º A autoridade administrativa pode recusar o domicílio eleito, quando impossibilite ou dificulte a 
arrecadação ou a fiscalização do tributo, aplicando-se então a regra do parágrafo anterior. 
Pode dividir em: 
.Regra Geral: aplica-se o domicilio de eleição: Local de preferência do contribuinte; 
.Na ausência de eleição: aplica-se o art. 127 inc. I,II,II do CTN; 
.Na impossibilidade de aplicação dos incisos citados ou na recusa fundada pela Administração quanto ao 
domicílio de eleição quando impossibilite ou dificulte a fiscalização: aplica-se o art. 127 §1ªdo CTN. 
Constituição de Crédito Tributário 
Art. 142. Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo lançamento, 
assim entendido o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da 
obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar 
o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível. 
Parágrafo único. A atividade administrativa de lançamento é vinculada e obrigatória, sob pena de 
responsabilidade funcional. 
CREDITO TRIBUTÁRIO: HI + FG= OT + lançamento=Crédito tributário. Representa o momento de 
exigibilidade da relação jurídica-tributária. 
MODALIDADES DE LANÇAMENTO. O lançamento é ato ou procedimento privativo do fisco. O que pode 
ocorrer, em seu processamento, é um auxilio maior ou menor do contribuinte no ato de constituição do 
crédito tributário.Lançamento direito, de ofício ou ex ofício: Lançamento misto ou por declaraçã :Por 
homologação ou autolançamento. 
Art. 144. O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se pela lei então 
vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada. 
Suspensão do Crédito Tributário Art. 54. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário: 
1. Moratória (artigo 152 a 155, CTN): é a prorrogação ou concessão de novo prazo para cumprimento da 
obrigação tributária. Ela é classificada em Geral ou Individual e ambas dependem de lei ordinária. A 
moratória Geral é aquela concedida sem a necessidade de despacho da autoridade administrativa. As 
moratórias de caráter geral subdividem-se em moratória Autônoma (concedida pelo competente do 
respectivo tributo. Por exemplo, a moratória do IPTU é concedida pelo Município) e moratória Heterônoma 
(concedida pela União sobre os tributos de competência de outros entes federados. É de caráter excepcional 
e condicional). Já a moratória individual é um ato vinculado cuja concessão depende de despacho da 
autoridade administrativa, desde que cumpridos os requisitos legais. 
2. Depósito do Montante Integral: trata-se depósito realizado em dinheiro ou cheque pelo sujeito passivo 
e ocorre tanto na via administrativa como na judicial. Para que haja suspensão da exigibilidade do crédito 
tributário, é necessário que o montante em depósito inclua todos os valores tidos como devidos pelo Fisco 
até a data do depósito. Dessa maneira, depósitos efetuados após o vencimento serão passíveis de cobrança 
de juros, multas e demais encargos. 
3. Reclamações e Recursos Administrativos (art. 145, I, CTN): modo de suspensão do crédito tributário 
pela via administrativa por meio de impugnações e recursos administrativos realizadas pelo sujeito passivo. 
Através da revisão administrativa, é possível alterar-se o lançamento tributário sem que seja necessário 
depósito prévio para a admissibilidade de recurso administrativo, conforme aduz a Súmula vinculante 21 do 
STF. 
 4. Concessão de Liminar em Mandado de Segurança ou Tutela Antecipada em outras ações judiciais 
(art. 151, IV e V, CTN): tratam-se de ordens judiciais não definitivas que podem ser cassadas ou revogadas 
a qualquer momento. Elas suspendem a exigibilidade do crédito tributário, mas não impede as atividades de 
fiscalização e lançamento. Segundo a Súmula 405 do STF, a revogação de liminar retroage seus efeitos à 
data de sua concessão, sendo considerado o tributo devido por todo o tempo de vigência da liminar, ou seja, 
haverá cobrança de juros e mora. 
5. Parcelamento (artigo 155-A, CTN): constitui forma parcelada de pagamento de débitos tributários 
vencidos, acrescidos de multas e juros. O parcelamento é ato discricionário da autoridade administrativa, a 
qual o concede por meio de solicitação do sujeito passivo. 
Parágrafo único. O disposto neste artigo não dispensa o cumprimento das obrigações acessórias 
dependentes da obrigação principal cujo crédito seja suspenso, ou dela consequentes. 
Exclusão do Crédito Tributário Art. 175. Excluem o crédito tributário: 
I - a isenção; II - a anistia. 
Parágrafo único. A exclusão do crédito tributário não dispensa o cumprimento das obrigações acessórias, 
dependentes da obrigação principal cujo crédito seja excluído, ou dela consequente. 
Art. 176. A isenção, ainda quando prevista em contrato, é sempre decorrente de lei que especifique as 
condições e requisitos exigidos para a sua concessão, os tributos a que se aplica e, sendo caso, o prazo de 
sua duração. Parágrafo único. A isenção pode ser restrita a determinada região do território da entidade 
tributante, em função de condições a ela peculiares. 
Art. 177. Salvo disposição de lei em contrário, a isenção não é extensiva: 
I - às taxas e às contribuições de melhoria; II - aos tributos instituídos posteriormente à sua concessão. 
Art. 178. A isenção, salvo se concedida por prazo certo e em função de determinadascondições, pode ser 
revogada ou modificada por lei, a qualquer tempo, observado o disposto no inciso III do art. 104. (Redação 
dada pela LC 24/75) 
Art. 179. A isenção, quando não concedida em caráter geral, é efetivada, em cada caso, por despacho da 
autoridade administrativa, em requerimento com o qual o interessado faça prova do preenchimento das 
condições e do cumprimento dos requisitos previstos em lei ou contrato para sua concessão. 
§ 1º Tratando-se de tributo lançado por período certo de tempo, o despacho referido neste artigo será 
renovado antes da expiração de cada período, cessando automaticamente os seus efeitos a partir do 
primeiro dia do período para o qual o interessado deixar de promover a continuidade do reconhecimento da 
isenção. § 2º O despacho referido neste artigo não gera direito adquirido, aplicando-se, quando cabível, o 
disposto no artigo 155. 
Art. 180. A anistia abrange exclusivamente as infrações cometidas anteriormente à vigência da lei que a 
concede, não se aplicando: 
I - aos atos qualificados em lei como crimes ou contravenções e aos que, mesmo sem essa qualificação, 
sejam praticados com dolo, fraude ou simulação pelo sujeito passivo ou por terceiro em benefício daquele; 
II - salvo disposição em contrário, às infrações resultantes de conluio entre duas ou mais pessoas naturais 
ou jurídicas. 
Art. 181. A anistia pode ser concedida: 
I - em caráter geral; II - limitadamente: 
a) às infrações da legislação relativa a determinado tributo; b) às infrações punidas com penalidades 
pecuniárias até determinado montante, conjugadas ou não com penalidades de outra natureza; c) a 
determinada região do território da entidade tributante, em função de condições a ela peculiares; d) sob 
condição do pagamento de tributo no prazo fixado pela lei que a conceder, ou cuja fixação seja atribuída 
pela mesma lei à autoridade administrativa. 
Art. 182. A anistia, quando não concedida em caráter geral, é efetivada, em cada caso, por despacho da 
autoridade administrativa, em requerimento com o qual o interessado faça prova do preenchimento das 
condições e do cumprimento dos requisitos previstos em lei para sua concessão. Parágrafo único. O 
despacho referido neste artigo não gera direito adquirido, aplicando-se, quando cabível, o disposto no art. 
155. 
Extinção do Crédito Tributário. Art. 156. Extinguem o crédito tributário: 
Pagamento: é a modalidade de extinção do crédito tributário por meio da quitação do débito. O 
pagamento apenas do crédito tributário, quando há multa, não é capaz de extinguir o crédito, devendo 
haver o pagamento da integralidade. É definido na legislação própria de cada tributo, mas, salvo regra em 
contrário, nos termos do art. 160 do CTN, o prazo é de 30 dias, contados da notificação do lançamento ao 
contribuinte. 
Compensação: é a modalidade de extinção do crédito tributário, por meio do qual o contribuinte tem 
valores a receber do Fisco e também tem créditos a serem exigidos. Desse modo, em vez de receber: faz-
se o chamado encontro de contas. 
Transação: é a modalidade de extinção do crédito tributário, consistente na feitura de um acordo para que 
se possa extinguir o crédito, pois a lei pode autorizar acordos, mediante concessões mútuas que importem 
em terminação. 
Remissão: é a modalidade de extinção do crédito tributário por meio do perdão do crédito, de forma total 
ou parcial, nas hipóteses de i) situação econômica do sujeito passivo desfavorável; ii) erro ou ignorância 
do sujeito passivo quanto à matéria do fato; iii) pequena importância do crédito tributário; iv) considerações 
de equidade, em relação com as características pessoais ou materiais do caso; v) condições peculiares a 
determinada região do território da entidade tributante. 
Conversão de depósito em renda: é a hipótese de extinção do crédito tributário, por meio do qual 
havendo depósito na discussão judicial e posterior improcedência da ação, o montante é convertido em 
renda em favor da Fazenda Pública, extinguindo-se o crédito tributário. 
Pagamento antecipado e homologação do lançamento: trata-se de hipótese de lançamento por 
homologação, pela qual uma vez constituído o crédito tributário e procedido ao pagamento, ter-se-á a 
extinção do crédito tributário, por meio da posterior homologação. 
Consignação em pagamento: consiste modalidade de extinção do crédito tributário por meio de depósito 
judicial, nos casos como i) recusa de recebimento ou subordinação do recebimento a outra obrigação; ii) 
subordinação do recebimento à exigência administrativa sem fundamento legal; iii) bitributação. 
Decisão administrativa irreformável/definitiva que não mais pode ser objeto de ação anulatória: é a 
decisão proferida no processo administrativo, que entende pela não existência do fato gerador, anulando o 
lançamento e por consequência extinguindo-se o crédito tributário. 
Decisão judicial passada em julgado: consiste na decisão judicial irreformável que entende pela 
extinção do crédito tributário. 
Dação em pagamento em bens imóveis: é modalidade de extinção do crédito tributário, por meio da qual 
a lei permite que seja dado como forma de pagamento do tributo um bem imóvel. 
Decadência: é o instituto de direito material que demarca o fim do prazo para se constituir o crédito 
tributário. É o lapso entre o fato gerador e o lançamento. De tal modo, o não lançamento dentro do prazo 
decadencial extingue o crédito do mundo fático, ainda que não constituído no mundo jurídico. 
Prescrição: é o instituto de direito material que versa sobre o direito de o Fisco exigir o pagamento do 
crédito tributário regularmente constituído, de modo que o decurso do prazo leva à perda de direito 
material de cobrança do crédito. 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, 
ao Distrito Federal e aos Municípios: 
I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça; II - instituir tratamento desigual entre contribuintes 
que se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional 
ou função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou 
direitos; III - cobrar tributos: 
a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou 
aumentado; b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou 
aumentou; c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu 
ou aumentou, observado o disposto na alínea b; 
IV - utilizar tributo com efeito de confisco; 
V - estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou 
intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público; 
VI - instituir impostos sobre: 
a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros; 
b) templos de qualquer culto; 
c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais 
dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os 
requisitos da lei; 
d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão. 
e) fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo obras musicais ou 
literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por artistas brasileiros bem como os 
suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham, salvo na etapa de replicação industrial de 
mídias ópticas de leitura a laser. 
Imunidade tributária: O que são imunidades tributárias? As imunidades tributárias nada mais são do que 
limitações, impostas pela Constituição, ao poder de tributação dos entes públicos. Elas sugerem que 
certos entes não devem ser obrigados a recolher tributos, devido à atividade que exercem. 
Dentro dos tipos de imunidade tributária,existem alguns que podem ser mencionados facilmente: 
imunidade religiosa. imunidade de Entidades Sindicais. imunidade sem fins lucrativos. 
(IMPOSTOS) 
- Competência tributária: Art. 7º A competência tributária é indelegável, salvo atribuição das funções de 
arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria 
tributária, conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra, nos termos do § 3º do art. 18 da 
Constituição. 
- Crédito tributário:O que é crédito tributário? O crédito tributário é o valor que o sujeito ativo tem direito a 
receber do sujeito passivo em razão do não pagamento ou pagamento insuficiente de um tributo. Esse 
crédito é lançado pelo sujeito ativo, que calcula o montante devido e notifica o sujeito passivo para efetuar 
a quitação 
 (isenção ou anistia extinguem o crédito tributário) 
- Tributo tem caráter de sanção/penalidade? Não 
- Multa tem caráter educativo 
- Hipóteses de extinção, suspensão e exclusão do crédito tributário: há situações em que ele pode ter sua 
exigibilidade suspensa, como no caso da concessão de liminares em mandado de segurança; ou pode ser 
extinta, como no caso do pagamento da dívida; ou pode ainda haver a sua exclusão, como na isenção, a 
qual dispensa o contribuinte do seu pagamento. 
- Imposto de Renda: De acordo com as regras da Receita Federal, estão obrigados a declarar todos os 
contribuintes que tiveram um rendimento anual superior ao teto de R$ 28.559,70. Esse valor representa 
uma média mensal de R$ 2.379,97, incluindo não só o salário, como eventuais rendas extras. 
Em relação ao IRPF, a Lei 14.663/23 subiu a faixa de isenção para R$ 2.112 a partir de 1º de maio de 
2023 – antes era de R$ 1.903,98. A isenção pode chegar ao valor bruto de até R$ 2.640 mensais se o 
desconto simplificado ao mês, criado pela lei, for maior que as deduções mensais permitidas. 
O Imposto de Renda é uma tributação federal cobrada a cada ano sobre os ganhos de uma pessoa física 
ou jurídica. O valor que precisa ser pago se dá conforme a renda declarada, consistindo em uma 
porcentagem do valor total. Dessa forma, as pessoas com renda mais elevada pagam mais impostos. 
- Domicílio tributário: O domicílio tributário é de eleição do contribuinte dentre os possíveis domicílios 
definidos pela legislação civil, ressalvada a recusa fiscal quando a escolha impossibilite ou dificulte a 
arrecadação ou a fiscalização do tributo, bem como o princípio da autonomia do estabelecimento que faz 
de cada filial uma unidade independente, quando se trata de fatos geradores individualizados. 
 
Assim, optar por estabelecer a matriz (centro de direção e administração) em determinado lugar, implica 
eleger ali, em princípio, seu domicílio tributário.

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