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PIS, COFINS e Impostos do Comércio Exterior

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WBA0646_v2.0
APRENDIZAGEM EM FOCO
PIS, COFINS E IMPOSTOS DO 
COMÉRCIO EXTERIOR
2
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Autoria: João Paulo Carniato Genta 
Leitura crítica: João Alfredo Lopes Nyegray 
A disciplina de PIS, COFINS e Impostos do Comércio Exterior possui 
diversos assuntos de grande relevância para o estudante que deseja 
entender o funcionamento das duas principais contribuições sociais 
do país e como elas, juntamente a outros tributos, influenciam o 
comercio exterior brasileiro.
No primeiro tema temos como objetivo o estudo de dois tributos 
que são classificados como contribuições sociais, o PIS e a COFINS. 
Essas contribuições são recolhidas quando uma pessoa jurídica 
aufere receita e tem o intuito de custear programas de caráter social 
em prol dos trabalhadores e da seguridade social.
Além disso, nesse tema serão abarcados o PIS-importação e a 
COFINS-importação, contribuições devidas quando ocorre a entrada 
de bens estrangeiros no território nacional, no caso de importação 
de bens ou de serviços.
Já para o segundo tema, o objetivo do estudo é a compreensão de 
aspectos mais específicos a respeito do PIS e da COFINS, tal como 
o momento e a forma com que tais contribuições são recolhidas, 
sendo que o entendimento desse assunto é primordial para evitar 
problemas de pagamentos equivocados e com valores errados.
Ainda nessa segunda parte serão abordados outros conceitos 
fundamentais para a apuração dessas contribuições, como: insumo, 
receita bruta e creditamento. Ademais, mostraremos as situações 
nas quais ocorre: a não incidência, a alíquota zero, a suspensão 
e a substituição tributária para o PIS e a COFINS. Adicionalmente, 
3
também, será trabalhado, de maneira geral, a aplicação do crédito 
presumido.
Ao entrar no terceiro tema, apresentaremos o comércio exterior, 
parte fundamental da economia, pois permite não apenas as trocas 
de mercadorias, mas a eficiência dos mercados globais, alocando 
produções de bens e de serviços de maneira mais eficiente. Logo, 
esse tema tem como objetivo apresentar o comércio exterior de 
maneira geral, assim como os conceitos gerais da área. Após isso, 
o enfoque será dado a discussão sobre a tributação no comércio 
exterior, trazendo de maneira incisiva os impostos que ocorrem na 
importação e abordando, também, a declaração de importação.
Por fim, o último tema será responsável por apresentar o conceito 
de tributo e a carga tributária incidente nas exportações brasileiras, 
estudar o funcionamento do Sistema Integrado de Comércio 
Exterior (SISCOMEX), abordando as formas de incentivo financeiro às 
exportações brasileiras.
INTRODUÇÃO
Olá, aluno (a)! A Aprendizagem em Foco visa destacar, de maneira 
direta e assertiva, os principais conceitos inerentes à temática 
abordada na disciplina. Além disso, também pretende provocar 
reflexões que estimulem a aplicação da teoria na prática 
profissional. Vem conosco!
Noções gerais sobre o PIS e a COFINS 
e sua incidência na importação 
______________________________________________________________
Autoria: João Paulo Carniato Genta 
Leitura crítica: João Alfredo Lopes Nyegray
TEMA 1
5
DIRETO AO PONTO
PIS e COFINS são tributos classificados como contribuições sociais. O 
PIS (Programa de Integração Social), criado pela Lei Complementar 
nº 07/1970 (BRASIL, 1988), incide sobre o faturamento ou receita e é 
pago pelas empresas privadas em prol de seus trabalhadores.
Com relação ao COFINS (Contribuição para o Financiamento da 
Seguridade Social), trata-se de um tributo que incide sobre a 
receita bruta de pessoas jurídicas. A COFINS foi instituída pela 
Lei Complementar 70/1991 e, atualmente, é regida pela Lei nº 
9.718/1998, que já sofreu diversas alterações.
A incidência do PIS e da COFINS ocorre sempre que uma empresa 
aufere receitas e o recolhimento dos referidos tributos deve ser feito 
até o dia 25 do mês subsequente ao fato gerador.
O fato gerador, conforme define o art. 114 do Código Tributário 
Nacional (BRASIL, 1966), é “a situação definida em lei como 
necessária e suficiente à sua ocorrência”, ou seja, é o acontecimento 
da hipótese legal que acarreta a cobrança de um tributo.
O objetivo da contribuição para o Programa de Integração Social 
é custear custeio projetos governamentais como o Programa 
do Seguro-Desemprego, o Abono Salarial e, ainda, financiar 
Programas de Desenvolvimento Econômico pelo Banco Nacional de 
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
A COFINS, por sua vez, tem o escopo de subsidiar a seguridade social 
brasileira, bem como a saúde pública, a previdência social, entre 
outros programas de assistência social de caráter federal.
6
Quanto aos sujeitos envolvidos nas obrigações tributárias relativas 
ao PIS e à COFINS, destaca-se que o sujeito ativo, a quem o 
pagamento do tributo é devido, é a União.
O sujeito passivo, pessoa física ou jurídica, é obrigado ao 
recolhimento de um tributo. No caso do PIS e da COFINS é aquele 
que aufere receitas por meio da comercialização de produtos ou da 
prestação de serviços, inclusive na importação.
Contudo, é importante destacar que existem pessoas e 
circunstâncias imunes e/ou isentas do pagamento do PIS e da 
COFINS. A imunidade tributária representa uma vedação imposta 
por norma de caráter constitucional, ao legislador, que fica impedido 
de instituir a cobrança do um tributo de uma determinada pessoa 
ou situação.
A própria lei é quem concede a imunidade, ao impedir que o 
legislador institua um tributo em face de uma hipótese ou de um 
sujeito.
Na isenção tributária, o ente público (seja a União, os Estados, os 
Municípios ou o Distrito Federal) que tem o poder e a competência 
para instituir e exigir o tributo, se vale do mesmo poder para isentar 
determinada pessoa ou em situações específicas do pagamento do 
PIS e da COFINS.
Pêgas (2018, p. 135) leciona acerca das diferenças entre os termos 
isenção e imunidade, esclarecendo o significado de cada um deles:
Portanto, a ISENÇÃO emana do ente tributante que, ao instituir um 
tributo no exercício de sua competência, decide abrir mão de exigi-lo 
de determinada pessoa ou em determinada situação. Diferencia-se 
da IMUNIDADE porque esta afasta qualquer pretensão impositiva 
pelo poder tributante. Na imunidade o negócio ou operação se 
mantém integralmente fora do alcance do poder legislador, quando 
7
há imunidade objetiva ou subjetiva. A imunidade proíbe sua inclusão 
no campo incidental. A isenção, por sua vez, é a favor do ente 
poderoso, que pode se despir do direito de exigir o imposto, taxa ou 
contribuição, como pode a qualquer momento retomar a exigência.
Nesse sentido, é importante ressaltar que o PIS e a COFINS também 
incidem na importação de produtos e serviços e, nesse âmbito, são 
chamados de PIS-importação e COFINS-importação, contribuições 
que foram instituídas pela Medida Provisória nº 164/2004, com 
fundamento na Emenda Constitucional nº 42/2003.
As alíquotas de PIS-importação e COFINS-importação com relação 
aos bens são de 2,1% e 9,65%, respectivamente. Já no que concerne 
aos serviços, as alíquotas de PIS-importação e COFINS-importação 
são de 1,65% e 7,6%, respectivamente, porém, existem alíquotas 
diferenciadas previstas na Lei nº 10.865 (BRASIL, 2004) e em suas 
posteriores alterações, bem como hipóteses de imunidade e 
isenção.
No que se refere à base de cálculo na importação, quando há a 
entrada de bens estrangeiros em território nacional, a base será o 
valor aduaneiro.
Na importação de serviços, a base de cálculo será o valor pago, 
creditado, entregue, empregado ou enviado para o exterior, antes 
mesmo da retenção do Imposto de Renda, acrescido, ainda, do 
Imposto sobre Serviços de qualquer Natureza (ISS) e do valor das 
próprias contribuições.
Além de observar a alíquota a ser aplicada e a base de cálculo 
utilizada, ao recolher o PIS e a COFINS, o contribuinte deve observar 
que tais tributos podem ser cobrados tanto de forma cumulativa, 
quanto não cumulativa. 
8
A cobrança cumulativaé aquela em que verifica a incidência do 
tributo, no caso PIS e COFINS, em todas as etapas de uma cadeia 
produtiva e/ou de comercialização de um determinado bem. 
No caso de importação, as pessoas jurídicas que se valarem do 
método não-cumulativo na apuração do PIS e da COFINS poderão 
deduzir os créditos relativos às importações que sofreram a 
incidência do PIS-Importação e da COFINS-Importação, nos casos 
de aquisição de produtos para revenda e serviços considerados 
insumos na produção de bens ou na prestação de serviços.
Já o recolhimento não cumulativo permite que o tributo (PIS e 
COFINS), na etapa subsequente de um processo produtivo e/ou de 
comercialização, seja descontado, ou seja, há o desconto PIS e da 
COFINS recolhidos na etapa anterior.
Figura 1 – Esquema de Tributação PIS/COFINS
Fonte: elaborada pelo autor.
9
Referências bibliográficas
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, DF: 
Presidência da República, [1988]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: 9 abr. 2021.
BRASIL. Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966. Dispõe sobre o Sistema 
Tributário Nacional e institui normas gerais de direito tributário aplicáveis à 
União, Estados e Municípios. Brasília, DF: Presidência da República, [1998]. 
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l5172compilado.htm. 
Acesso em: 29 jun. 2021.
BRASIL. Lei nº 9.718, de 27 de novembro de 1998. Altera a Legislação 
Tributária Federal. Brasília, DF: Presidência da República, [1998]. Disponível em: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9718compilada.htm. Acesso em: 29 
jun. 2021.
BRASIL. Lei nº 10.865, de 30 de abril de 2004. Dispõe sobre a Contribuição 
para os Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do 
Servidor Público e a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social 
incidentes sobre a importação de bens e serviços e dá outras providências. 
Brasília, DF: Presidência da República, [2004]. Disponível em: http://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2004/lei/l10.865.htm. Acesso em: 29 
jun. 2021.
PÊGAS, P. H. Pis e Cofins. 5. ed. Rio de Janeiro: Atlas, 2018. 
PARA SABER MAIS
As empresas no Brasil podem optar por regimes tributários 
diferentes, tal como Simples Nacional, Lucro Presumido e Lucro 
Real. 
No regime Simples Nacional, a arrecadação, a cobrança e a 
fiscalização de tributos aplicável às Microempresas e Empresas de 
Pequeno Porte são compartilhadas por todos os entes da federação 
(União, Estados, Distrito Federal e Municípios), uma vez que referido 
regime é administrado por um Comitê Gestor composto por oito 
integrantes: quatro da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), 
dois dos Estados e do Distrito Federal e dois dos Municípios.
10
Uma das características do Simples Nacional é que ele abrange 
diversos tributos (como IRPJ, CSLL, PIS/Pasep, COFINS, IPI, ICMS, ISS 
e a Contribuição para a Seguridade Social destinada à Previdência 
Social a cargo da pessoa jurídica (CPP)), os quais serão recolhidos 
por um único documento único de arrecadação, que é chamado de 
DAS.
Ocorre que, as importadoras de produtos enquadrados no sistema 
monofásico de PIS e COFINS optantes pelo Simples Nacional devem 
recolher referidas contribuições em DARF próprio e não juntamente 
com o DAS, se quiserem manter seus tributos em dia.
Isso porque, no sistema monofásico, o importador dos produtos 
incluídos em tal sistema é responsável pelo recolhimento do PIS e da 
COFINS em uma única etapa, uma vez que em tal sistema se atribui 
a um determinado contribuinte, a responsabilidade pelo pagamento 
de um tributo que incide sobre a cadeia de produção de um produto 
ou serviço.
Desse modo, quando for apurar seus tributos, o importador optante 
pelo Simples Nacional deve segregar as receitas oriundas de vendas 
de produtos listados do sistema monofásico de PIS e COFINS, para 
não calcular a parcela destinada as essas contribuições e recolhê-las 
vias DARF.
Como exemplos de produtos do sistema monofásico de PIS 
e COFINS, pode-se citar: máquinas e veículos, gasolinas, óleo 
diesel, gás liquefeito de petróleo (GLP), álcool hidratado para fins 
carburantes; produtos de perfumaria, de toucador ou de higiene 
pessoal; pneus novos de borracha; autopeças, águas; refrigerantes e 
cervejas sem álcool.
11
TEORIA EM PRÁTICA
O PIS e a COFINS podem ser cobrados das duas maneiras, 
cumulativa e não-cumulativa, a depender do regime tributário do 
contribuinte. Se for cobrado de forma cumulativa, eles incidirão em 
todas as etapas de uma cadeia produtiva e/ou de comercialização 
de um determinado bem. Entretanto, quando a cobrança ocorre 
de forma não cumulativa, na etapa subsequente do processo 
produtivos e/ou de comercialização, há o desconto do tributo 
recolhido na etapa anterior. 
Diante disso, responda: qual método de cálculo é utilizado no 
recolhimento do PIS e da COFINS por empresas no Lucro Real e por 
empresas no Lucro Presumido? Quais são as alíquotas e as bases de 
cálculo para cada caso?
Para conhecer a resolução comentada proposta pelo professor, 
acesse a videoaula deste Teoria em Prática no ambiente de 
aprendizagem.
LEITURA FUNDAMENTAL
Prezado aluno, as indicações a seguir podem estar disponíveis 
em algum dos parceiros da nossa Biblioteca Virtual (faça o log 
in por meio do seu AVA), e outras podem estar disponíveis em 
sites acadêmicos (como o SciELO), repositórios de instituições 
públicas, órgãos públicos, anais de eventos científicos ou 
periódicos científicos, todos acessíveis pela internet. 
Indicações de leitura
12
Isso não significa que o protagonismo da sua jornada de 
autodesenvolvimento deva mudar de foco. Reconhecemos 
que você é a autoridade máxima da sua própria vida e deve, 
portanto, assumir uma postura autônoma nos estudos e na 
construção da sua carreira profissional. 
Por isso, nós o convidamos a explorar todas as possibilidades da 
nossa Biblioteca Virtual e além! Sucesso!
Indicação 1
Para compreender melhor a aplicação dos métodos de apuração 
do PIS e da COFINS, cumulativo e o não cumulativo, que foram 
conceituados na Leitura Digital desta disciplina, bem como a 
incidência do PIS-importação e da COFINS-importação, recomenda-
se a leitura do Capítulo 4 da obra indicada a seguir.
MEURER, Alison Martins. Contabilidade tributária. Curitiba: 
Contentus, 2020, p. 64-82.
Indicação 2
Conforme trabalhado no conteúdo fornecido na Leitura Digital, o PIS 
e a COFINS são contribuições que foram unificadas principalmente 
pelo fato do recolhimento de ambas ocorrem no mesmo espaço 
de tempo. Contudo, a unificação das aludidas contribuições pode 
acarretar consequências, como explica Kiyoshi Harada, no artigo 
Possíveis Consequências da Unificação do PIS/COFINS.
HARADA, Kiyoshi. Possíveis Consequências da Unificação do PIS/
COFINS. Harada advogados, 25 jan. 2015. 
13
QUIZ
Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a 
verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber 
Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes neste 
Aprendizagem em Foco.
Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão 
elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em Foco 
e dos slides usados para a gravação das videoaulas, além de 
questões de interpretação com embasamento no cabeçalho 
da questão.
1. No que se refere às empresas importadoras optantes pelo 
Simples Nacional, marque a alternativa que indica como elas 
deverão proceder com o recolhimento do PIS e da COFINS 
oriundos de produtos listados no sistema monofásico. 
a. Devem recolher todos os tributos via DARF próprio e não mais 
via DAS.
b. Devem recolher referidas contribuições via DAS, juntamente 
com os demais tributos abarcados pelo Simples Nacional.
c. Devem recolher referidas contribuições via DARF e os demais 
tributos abarcados pelo Simples Nacional por meio do DAS.
d. Devem recolher referidas contribuições via DAS, sem segregar 
as receitas oriundas de vendasde produtos listados em tal 
sistema.
e. Devem recolher referidas contribuições via DARF, sem 
segregar as receitas oriundas de vendas de produtos listados 
em tal sistema. 
14
2. O PIS-importação e da COFINS-importação foram instituídos 
pela Lei nº 10.865 (BRASIL, 2004). Pela referida Lei, são fatos 
geradores do PIS-importação e da COFINS-importação:
a. Exportação de produtos e serviços de origem brasileira.
b. Exportação de produtos brasileiros e importação serviços de 
origem externa.
c. Importação de produtos externos e exportação de serviços 
brasileiros.
d. Importação de produtos e serviços de origem brasileira.
e. Importação de produtos e serviços para o território nacional. 
GABARITO
Questão 1 - Resposta C
Resolução: “Devem recolher referidas contribuições via DARF 
e os demais tributos abarcados pelo Simples Nacional por 
meio do DAS”, porque quando for apurar seus tributos, o 
importador optante pelo Simples Nacional deve segregar as 
receitas oriundas de vendas de produtos listados do sistema 
monofásico de PIS e Cofins, para não calcular a parcela 
destinada a essas contribuições e recolhê-las vias DARF. 
Questão 2 - Resposta E
Resolução: A alternativa correta é “Importação de produtos e 
serviços para o território nacional”, uma vez que o art. 1º da Lei 
Nº 10.865/2004 diz que são fatos geradores do PIS-importação 
e da COFINS-importação: Importador de Bens Estrangeiros ou 
Serviços do Exterior. 
Definições e conceitos específicos a 
respeito do PIS e da COFINS
______________________________________________________________
Autoria: João Paulo Carniato Genta 
Leitura crítica: João Alfredo Lopes Nyegray
TEMA 2
16
DIRETO AO PONTO
O fato gerador do PIS e da COFINS, tributos classificados como 
contribuições sociais, é o auferimento de receita por pessoas 
jurídicas, cuja base de cálculo é a totalidade de tais receitas.
Diante disso, tem-se que sempre que uma empresa aufere receitas 
durante um mês, ela deve efetuar o recolhimento do PIS e da 
COFINS até o dia 25 do mês seguinte.
As pessoas jurídicas optantes pelo Lucro Presumido ou Lucro 
Arbitrado farão o recolhimento pelo método cumulativo de cálculo, 
que é aquele em que não ocorre a apropriação de créditos relativos 
a tributos pagos na aquisição de insumos e serviços oriundos de 
terceiros.
As alíquotas, no referido método, são de 0,65% para o PIS e de 
3,00% para a COFINS, de modo que, para calcular o PIS e a COFINS 
cumulativos, deve-se multiplicar o valor da receita bruta auferida 
pela empresa contribuinte, pelo percentual da alíquota do tributo a 
ser recolhido.
Quanto às empresas optantes pelo Lucro Real, o método a ser 
utilizado é o não-cumulativo, a dedução de tributos pagos sobre 
aquisição de insumos e sobre serviços prestados por terceiros ao 
contribuinte, do valor dos tributos incidentes sobre a receita bruta 
por ele auferida. Nesse caso, as alíquotas são de 1,65% para o PIS e 
de 7,60% para a COFINS.
17
Tabela 1 – Alíquotas de tributação
Fonte: elaborada pelo autor.
Desse modo, temos que para calcular o valor do PIS e da COFINS 
não-cumulativo é indispensável conhecer o conceito de insumo e de 
receita bruta, pois, somente assim as deduções serão realizadas de 
maneira correta e o valor recolhido será aquele realmente devido.
Sendo assim, destaca-se que o insumo abarca todos os bens e 
serviços considerados essenciais e relevantes ao processo produtivo 
ou a prestação de serviço realizada pelo contribuinte.
Quanto à receita bruta, o conceito, segundo o Supremo Tribunal 
Federal (2016, [s.p.]) é o seguinte:
[...] a receita bruta e o faturamento, para fins de definição da base de 
cálculo para a incidência do PIS e da COFINS, são termos sinônimos 
e consistem na totalidade das receitas auferidas com a venda de 
mercadorias, de serviços ou de mercadorias e serviços, referentes ao 
exercício das atividades empresariais 
Para creditar do PIS e da COFINS relativos aos insumos, o 
contribuinte deverá evidenciar (por meio de demonstrativos, 
planilhas, laudos etc.) essencialidade ou relevância de um 
determinado bem ou serviço, no desenvolvimento do seu objeto 
social, ou seja, da sua atividade econômica.
Porém, a legislação (art. 3º da Leis nº 10.637/2002 e da Lei nº 
10.833/2003) também elenca alguns insumos que geram direito ao 
creditamento.
18
No que concerne ao recolhimento de PIS e a COFINS, existe a 
possibilidade de substituição tributária, mecanismo do qual se 
atribui a um contribuinte, a responsabilidade pelo recolhimento de 
um tributo que é devido em toda a cadeia de produção de um bem 
ou de prestação de um serviço.
A respeito das hipóteses em que o tributo não é recolhido, além da 
isenção e da imunidade, existem ainda os casos de não incidência e 
de alíquota zero. Quando não há incidência, segundo Mazza (2020, 
p. 297): “o tributo é indevido porque não ocorreu o seu fato gerador. 
Trata-se de fato tributariamente atípico, ou seja, não enquadrado na 
hipótese de incidência tributária.”
A alíquota zero, por sua vez, ocorre quando se “elimina a tributação 
sobre determinado item, zerando a alíquota incidente sobre a 
base de cálculo de modo a excluir qualquer valor devido pelo 
contribuinte” (MAZZA, 2020, p. 297).
A suspensão tributária, que também libera o contribuinte do 
pagamento do PIS e da COFINS, se verifica quando a legislação 
permite que o recolhimento não seja realizado, mesmo diante do 
fato gerador, pois ficará condicionado a um evento posterior, que 
será previsto pela própria legislação.
Por fim, quanto ao crédito presumido, que também se aplica ao PIS 
e a COFINS, em situações específicas será conferido ao contribuinte 
para que ele possa se creditar de um valor, o que geralmente é 
calculado através da aplicação de uma alíquota determinada por 
lei para tal finalidade, para reduzir o montante devido a título de 
tributos.
19
Referências bibliográficas
BRASIL. Lei n° 10.637, de 30 de dezembro de 2002. Dispõe sobre a não-
cumulatividade na cobrança da contribuição para os Programas de Integração 
Social (PIS) e de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep), nos casos 
que especifica; sobre o pagamento e o parcelamento de débitos tributários 
federais, a compensação de créditos fiscais, a declaração de inaptidão de 
inscrição de pessoas jurídicas, a legislação aduaneira, e dá outras providências. 
Brasília, DF: Presidência da República, [2002]. Disponível em: http://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10637.htm Acesso em: 19 abr. 2021
BRASIL. Lei nº 10.833, de 29 de dezembro de 2003. Altera a Legislação 
Tributária Federal e dá outras providências. Brasília, DF: Presidência da 
República, [2003]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/
leis/2003/l10.833.htm. Acesso em: 19 abr. 2021
MAZZA, A. Manual de direito tributário. 6. ed. São Paulo: Saraiva, 2020.
STF. Supremo Tribunal Federal (Primeira Turma). Agravo Regimental em 
Recurso Extraordinário 936107. Relator: Edson Fachin, Julgado em: 15/03/2016. 
Diário da Justiça Eletrônico, Brasília, 12 abr. 2016. 
PARA SABER MAIS
Sabe-se que, entender o conceito de insumo para a apuração do PIS 
e do COFINS é indispensável para as empresas optantes pelo Lucro 
Real, que se valem do método não-cumulativo, no recolhimento de 
tais tributos.
Isso porque, o valor do PIS e da COFINS que recaem sobre aquilo 
(bens ou serviços) que é considerado insumo e pode ser deduzido 
do PIS e da COFINS incidentes sobre a receita bruta, fazendo com 
que o valor a ser recolhido pelo contribuinte seja reduzido.
Além dos produtos e serviços descritos na lei, considera-se insumo 
os itens que são essenciais e relevantes ao processo produtivo ou a 
prestação de serviço realizada pelo contribuinte.
20
À vista disso, questiona-se, o que se entende por essencial e 
relevante para a caracterização de um insumo?
A resposta para a referida pergunta foi dada pelo Superior Tribunal 
de Justiça, no julgamento do Recurso Especial 1.221.170, que 
ocorreu em maio de 2018. No voto da Ministra Regina HelenaCosta, 
que acompanhou o voto do relator, o Ministro Napoleão Nunes Maia 
Filho, constou as definições de essencial e relevante que tem sido 
utilizada nos demais tribunais e pelos doutrinadores, como se pode 
ver: 
Demarcadas tais premissas, tem-se que o critério da essencialidade 
diz com o item do qual dependa, intrínseca e fundamentalmente, o 
produto ou o serviço, constituindo elemento estrutural e inseparável 
do processo produtivo ou da execução do serviço, ou, quando menos, 
a sua falta lhes prive de qualidade, quantidade e/ou suficiência.
Por sua vez, a relevância, considerada como critério definidor 
de insumo, é identificável no item cuja finalidade, embora não 
indispensável à elaboração do próprio produto ou à prestação do 
serviço, integre o processo de produção, seja pelas singularidades 
de cada cadeia produtiva (v.g., o papel da água na fabricação de 
fogos de artifício difere daquele desempenhado na agroindústria), 
seja por imposição legal (v.g., equipamento de proteção individual 
- EPI), distanciando-se, nessa medida, da acepção de pertinência, 
caracterizada, nos termos propostos, pelo emprego da aquisição na 
produção ou na execução do serviço. (STJ, 2018, [s.p.])
O entendimento citado no referido julgado tem servido de base para 
as empresas que utilizam o método não cumulativo e se valem dos 
créditos de PIS e de COFINS que recaem sobre os insumos.
21
Referências bibliográficas
STF. Supremo Tribunal Federal (Primeira Turma). Recurso Especial 1221170/PR. 
Relator: Min. Napoleão Nunes Maia Filho, Julgado em: 22/02/2018. Diário da 
Justiça Eletrônico, Brasília, 24 abr. 2018.
TEORIA EM PRÁTICA
A tributação relativa ao PIS e à COFINS ocorre de diversas formas, 
a depender de quem é o contribuinte e qual o produto ou serviço 
por ele fornecido. Contudo, há na lei institutos que fazem que 
recolhimento do PIS e da COFINS não seja efetuado, porém, cada 
um deles possui uma fundamentação diferente.
Diante disso, conceitue os institutos da não incidência e da alíquota 
zero, apontando as diferenças entre eles e um exemplo de cada um 
deles, no que concerne ao PIS e a COFINS.
Para conhecer a resolução comentada proposta pelo professor, 
acesse a videoaula deste Teoria em Prática no ambiente de 
aprendizagem.
LEITURA FUNDAMENTAL
Prezado aluno, as indicações a seguir podem estar disponíveis 
em algum dos parceiros da nossa Biblioteca Virtual (faça o log 
in por meio do seu AVA), e outras podem estar disponíveis em 
sites acadêmicos (como o SciELO), repositórios de instituições 
públicas, órgãos públicos, anais de eventos científicos ou 
periódicos científicos, todos acessíveis pela internet. 
Indicações de leitura
22
Isso não significa que o protagonismo da sua jornada de 
autodesenvolvimento deva mudar de foco. Reconhecemos 
que você é a autoridade máxima da sua própria vida e deve, 
portanto, assumir uma postura autônoma nos estudos e na 
construção da sua carreira profissional. 
Por isso, nós o convidamos a explorar todas as possibilidades da 
nossa Biblioteca Virtual e além! Sucesso!
Indicação 1
Para compreender melhor a sistemática dos créditos presumidos, 
que se trata de uma forma de incentivo fiscal, recomenda-se a 
leitura artigo indicado a seguir.
NELSON, Rocco Antônio Rangel Rosso. Um breve estudo sobre 
a dogmática jurídica dos incentivos fiscais. Revista de estudos 
tributários, Porto Alegre, v. 19, n. 109, p. 45-73, maio/jun. 2016.
Indicação 2
Quando utiliza o método de cálculo não-cumulativo, o contribuinte 
deve conhecer o conceito de insumo, que é indispensável para 
a correta apuração do valor devido a título de PIS e de COFINS. 
No artigo indicado são abordados os reflexos jurídicos da não 
cumulatividade e as consequências práticas dela.
ARAÚJO, Thaís Silveira. A não Cumulatividade da contribuição ao PIS 
e da COFINS e o conceito de insumo. Revista de Direito Tributário 
Contemporâneo, [s. l.], v. 25, jul./ago. 2020. 
23
QUIZ
Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a 
verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber 
Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes neste 
Aprendizagem em Foco.
Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão 
elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em Foco 
e dos slides usados para a gravação das videoaulas, além de 
questões de interpretação com embasamento no cabeçalho 
da questão.
1. As empresas optantes pelo Lucro Real utilizam o método não-
cumulativo para calcular o valor devido a título de PIS e COFINS. 
À vista disso, assinale a alternativa que indica corretamente a 
forma de cálculo não-cumulativa. 
a. Para calcular o valor do PIS e da COFINS não-cumulativo não 
se faz necessário conhecer o conceito de insumo e de receita 
bruta, pois, somente assim as deduções serão realizadas de 
maneira correta e o valor recolhido será aquele realmente 
devido.
b. No método não-cumulativo faz-se a dedução de tributos pagos 
sobre aquisição de insumos e sobre serviços prestados por 
terceiros ao contribuinte, do valor dos tributos incidentes da 
receita bruta por ele auferida.
c. Para calcular o valor do PIS e da COFINS não-cumulativo é 
indispensável conhecer o conceito de faturamento e de lucro 
líquido, pois, somente assim as deduções serão realizadas de 
maneira correta e o valor recolhido será aquele realmente 
devido.
24
d. No método não-cumulativo faz-se a dedução de tributos 
pagos sobre aquisição de insumos e sobre serviços prestados 
pelo próprio contribuinte, do valor dos tributos incidentes da 
receita bruta por ele auferida.
e. No método não-cumulativo, não há dedução de tributos 
pagos sobre aquisição de insumos e sobre serviços prestados 
pelo próprio contribuinte, do valor dos tributos incidentes da 
receita bruta por ele auferida. 
2. O mecanismo pelo qual se atribui a um contribuinte, a 
responsabilidade pelo recolhimento de um tributo que é 
devido em toda a cadeia de produção de um bem ou de 
prestação de um serviço é chamado de:
a. Crédito presumido.
b. Método cumulativo.
c. Método não-cumulativo.
d. Substituição tributária.
e. Suspensão do tributo. 
GABARITO
Questão 1 - Resposta B
Resolução: Quando o PIS e a COFINS são apurados por meio 
do método não cumulativo, do valor tributado sobre a receita 
bruta, desconta-se o PIS e a COFINS que incidiram sobre os 
insumos e serviços prestados por terceiros contribuintes. No 
método não-cumulativo, desconta-se os tributos (PIS e COFINS) 
que incidem sobre aquisição de insumos e sobre serviços 
prestados por terceiros, do valor dos tributos (PIS e COFINS) 
que pagos sobre a receita bruta por ele auferida. 
25
Questão 2 - Resposta D
Resolução: A substituição tributária simplifica o recolhimento 
e a fiscalização de tributos que incidem em várias operações 
do processo produtivo de um bem ou de um serviço, por isso, 
ela é definida como o uma forma de atribuir a apenas um 
contribuinte, a obrigação de recolher tributos como PIS/COFINS. 
Uma vez que nenhuma das outras alternativas, refere-se ao 
conceito acima que identifica o mecanismo da substituição 
tributária. 
Conceitos gerais e tributação no 
comércio exterior
______________________________________________________________
Autoria: João Paulo Carniato Genta 
Leitura crítica: João Alfredo Lopes Nyegray
TEMA 3
27
DIRETO AO PONTO
O comércio exterior da atualidade possui grande complexidade. 
A globalização e evolução tecnológica permitiu e requereu que o 
comércio se atualizasse de forma a suprir as novas demandas por 
produtos, que hoje são montados a partir de peças que podem ser 
fabricadas em diferentes partes do mundo.
Para compreender o comércio exterior é necessário entender 
alguns de seus conceitos básicos, o primeiro deles é a Importação, 
que se refere à entrada de bens e serviços oriundos do exterior. 
Em segundo lugar temos a Exportação, que representa a saída de 
bens e serviços nacionais para o exterior. Em um terceiro momento, 
conceitua-se as Divisas, que são as moedas em transações 
comerciaisou ativos convertíveis em moedas estrangeiras.
No que concerne a área financeira, os termos que são 
indispensáveis para o estudo do comércio exterior são: a Balança 
Comercial, que apresenta o saldo das transações com o exterior, 
fazendo a diferença entre o fluxo financeiro que entrou deduzido 
do fluxo que foi para o exterior. No caso de haver entrado mais 
dinheiro do que saído, temos o que é chamado de “superávit”, o que 
é favorável para o país e ocorre quando se exporta mais do que se 
importa. No caso do saldo ser negativo (sai mais dinheiro do que 
entrou) temos o chamado “déficit”, e ocorre quando se importa mais 
do que se exporta, que se for persistente pode causar danos graves 
à economia do país e comprometer a capacidade de comprar bens e 
serviços estrangeiros.
Quanto aos sistemas que são utilizados para o controle das 
atividades de comércio exterior, no Brasil, atualmente, é utilizado 
um sistema principal, o “Portal Siscomex”. O Siscomex foi criado em 
1993, com o objetivo de aumentar a eficiência do das exportações 
brasileiras. Quatro anos depois foi adicionado um módulo para 
28
importações e, mais recentemente, em 2014, foi criado pelo 
governo federal o “Programa Portal Único do Comércio Exterior - 
Portal Siscomex”, para reduzir a burocracia, tempo e custos para as 
atividades de exportação e importação no Brasil. 
No que tange à tributação, tanto na importação quanto na 
exportação de produtos estrangeiros, há a incidência de tributos, 
como o imposto de importação e imposto de exportação.
No caso da importação, o tributo aplicado é o Imposto de 
Importação, que gera o encarecimento dos produtos estrangeiros, 
para que o consumidor dê preferência aos bens produzidos dentro 
do país e, consequentemente, fomente o comércio e a indústria 
nacional.
Para orientar a tributação do comércio exterior brasileiro, criou-
se Regulamento Aduaneiro (BRASIL, 2009) - conjunto de normas 
que regulamentam a administração das atividades aduaneiras, e a 
fiscalização, o controle e a tributação das operações de comércio 
exterior -, que prevê tanto os regimes de consumo, quando importa-
se para utilização interna do produto, quanto regimes aduaneiros 
especiais, com o intuito de conceder benefícios fiscais as empresas 
exportadoras e importadoras, para aumentar sua competitividade 
no mercado.
Os tipos de regimes aduaneiros especiais são bem numerosos, entre 
eles destacam-se os regimes de Admissão Temporária, Depósito 
Afiançado, Entreposto Aduaneiro e Drawback.
A respeito do Imposto sobre a Importação (II), é importante destacar 
que se trata de um tributo federal (de competência da União), que 
foi instituído pelo Decreto-Lei nº 37/66 e é regulamentado pelas Leis 
nº 7.810/89, nº 8.035/90, nº 8.003/90, nº 8.032/90 e nº 9.449/97 e 
pelo Código Tributário Nacional (BRASIL, 1966).
29
O referido imposto é cobrado na importação. Entretanto, há 
que se destacar que, para efeito da incidência do Imposto sobre 
a Importação, considera-se estrangeira também a mercadoria 
nacional ou nacionalizada exportada, guardadas algumas exceções.
A hipótese de incidência do II é a importação de produtos 
estrangeiros, de modo que, o seu fato gerador (que é a 
concretização da hipótese de incidência) ocorre com a entrada 
desses produtos no território brasileiro e, também, com a realização 
do negócio jurídico correspondente à importação e o registro da 
Declaração de Importação na repartição aduaneira (COSTA, 2020).
O credor o II é a União e o devedor, responsável pelo seu 
recolhimento, será o importador ou a pessoa que a lei considerar 
responsável por tal obrigação.
Por último, ressalta-se que a base de cálculo para a apuração do II 
será diferente de acordo com a alíquota aplicada ao bem tributado. 
A alíquota, por sua vez, pode ser determinada pelo valor ou pela 
categoria da mercadoria importada.
Referências bibliográficas
BRASIL. Decreto nº 6.759, de 5 de fevereiro de 2009. Regulamenta a 
administração das atividades aduaneiras, e a fiscalização, o controle e a 
tributação das operações de comércio exterior. Brasília, DF: Presidência 
da República, [2009]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_
ato2007-2010/2009/decreto/d6759.htm. Acesso em: 30 jun. 2021.
BRASIL. Decreto-lei nº 37, de 18 de novembro de 1966. Dispõe sobre o 
imposto de importação, reorganiza os serviços aduaneiros e dá outras 
providências. Brasília, DF: Presidência da República, [1966]. Disponível em: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del0037.htm. Acesso em: 30 
jun. 2021.
BRASIL. Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966. Dispõe sobre o Sistema 
Tributário Nacional e institui normas gerais de direito tributário aplicáveis à 
União, Estados e Municípios. Brasília, DF: Presidência da República, [1998]. 
30
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l5172compilado.htm. 
Acesso em: 29 jun. 2021.
BRASIL. Lei nº 7.810, de 30 de agosto de 1989. Dispõe sobre a redução 
de impostos na importação. Brasília, DF: Presidência da República, [1989]. 
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/lEis/1989_1994/L7810.htm. 
Acesso em: 30 jun. 2021.
BRASIL. Lei nº 8.003, de 14 de março de 1990. Altera a legislação dos impostos 
de importação e sobre produtos industrializados, da taxa de fiscalização 
instituída pela Lei nº 7.944, de 1989, da contribuição social instituída pela Lei 
nº 7.689, de 1988, e do Imposto sobre o Lucro Líquido de que trata o art. 35 da 
Lei nº 7.713, de 1988. Brasília, DF: Presidência da República, [1990a]. Disponível 
em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8003.htm. Acesso em: 30 jun. 
2021.
BRASIL. Lei no 8.032, de 12 de abril de 1990. Dispõe sobre a isenção ou 
redução de impostos de importação, e dá outras providências. Brasília, DF: 
Presidência da República, [1990b]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/leis/l8032.htm. Acesso em: 30 jun. 2021.
BRASIL. Lei nº 8.035, de 27 de abril de 1990. Revoga as Medidas Provisórias 
nºs 153 e 156, ambas de 15 de março de 1990, e dá outras providências. 
Brasília, DF: Presidência da República, [1990c]. Disponível em: http://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1989_1994/L8035.htm. Acesso em: 30 jun. 2021.
BRASIL. Lei nº 9.449, de 14 de março de 1997. Reduz o imposto de importação 
para os produtos que especifica e dá outras providências. Brasília, DF: 
Presidência da República, [1997]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/leis/l9449.htm. Acesso em: 30 jun. 2021.
COSTA, R. H. Curso de direito tributário Constituição e Código Tributário 
Nacional. 10. ed. São Paulo: Saraiva, 2020. 
PARA SABER MAIS
O dinheiro possui três propriedades básicas: meio de troca, unidade 
de conta e reserva de valor. O primeiro é a capacidade de utilizá-lo 
como instrumento de troca por outro bem ou serviço, o segundo é a 
capacidade de quantificar os preços e o terceiro é a propriedade de 
manter seu poder de compra para compras futuras. 
No entanto, a propriedade do meio de troca é altamente 
fundamental para o comércio exterior, pois, dada a distribuição 
31
internacional da produção de bens, poucos países conseguem ser 
autossuficientes em todos os bens e serviços que precisa, logo, a 
importação é uma necessidade primária de quase toda economia.
A partir disso, é possível refletir sobre a relação entre o comércio 
internacional e a propriedade meio de troca da moeda. A convenção 
de Bretton Woods de 1944 definiu a conversão fixa de 35 dólares 
por onça Troy de ouro, o equivalente a aproximadamente 27,2 
gramas do metal precioso, confirmando a dominância da moeda 
estadunidense no mundo. Assim, o dólar passa de moeda de uma 
nação para parâmetro de valor em todo o planeta, e reorganizando 
as negociações em todo o mundo para o dólar.
Após isso, diversas mudanças ocorreram, com a perda do lastro do 
ouro em Dólar, a criação do Euro, o forte crescimento chinês entre 
outros acontecimentos que modificaram as estruturas do comércio 
mundial. Contudo, o dólar segue como principal moeda. Nessesentido, dá-se a importância da manutenção de reservas em dólares 
pelos países, para que tenham capacidade de importar produtos.
Logo, é natural que para que um país disponha de dólares, ou outra 
moeda estrangeira necessária, é preciso que ele receba de outros 
países e a exportação é o modo com que os países recebem moedas 
estrangeiras, pois, ao ingressarem no país é pago aos exportadores 
pela autoridade monetária local a moeda nacional, em que a 
estrangeira fica alocada como reservas cambiais (divisas) para a 
realização das operações diárias com o exterior.
Existem alguns casos na história de países que ficaram sem reservas 
de dólares suficientes, como ocorreu com o Brasil em 1998, onde 
o governo realizou um empréstimo com o Fundo Monetário 
Internacional (FMI), devido ao baixo nível de reservas cambiais.
32
No entanto, esse tipo de operação não é indicada, pois pode ser 
muito onerosa aos cofres públicos, uma vez que os empréstimos 
em dólares são pagos em dólares e além da obrigação acordada, o 
valor da dívida pode variar e se tornar um montante muito maior 
em moeda nacional do que quando o valor foi concedido, o que 
também já ocorreu com o Brasil nos anos 1970 que, devido à grande 
exposição em contratos em dólar, a dívida do país explodiu após 
os choques do petróleo, devido ao forte aumento do preço do 
dólar, fazendo com que o Estado brasileiro ficasse em uma situação 
complicada.
TEORIA EM PRÁTICA
Ao importar um produto é preciso levar em consideração diversos 
aspectos, como câmbio, frete e, principalmente, os tributos. Assim, é 
interessante conhecer esses valores antes da compra e importação.
Diante disso, utilize o Simulador do Tratamento Tributário e 
Administrativo das Importações para verificar os impostos de 
importar um animal vivo com a NCM: 01022110 no valor de US$ 
1.000,00.
Para conhecer a resolução comentada proposta pelo professor, 
acesse a videoaula deste Teoria em Prática no ambiente de 
aprendizagem.
33
LEITURA FUNDAMENTAL
Prezado aluno, as indicações a seguir podem estar disponíveis 
em algum dos parceiros da nossa Biblioteca Virtual (faça o log 
in por meio do seu AVA), e outras podem estar disponíveis em 
sites acadêmicos (como o SciELO), repositórios de instituições 
públicas, órgãos públicos, anais de eventos científicos ou 
periódicos científicos, todos acessíveis pela internet. 
Isso não significa que o protagonismo da sua jornada de 
autodesenvolvimento deva mudar de foco. Reconhecemos 
que você é a autoridade máxima da sua própria vida e deve, 
portanto, assumir uma postura autônoma nos estudos e na 
construção da sua carreira profissional. 
Por isso, nós o convidamos a explorar todas as possibilidades da 
nossa Biblioteca Virtual e além! Sucesso!
Indicação 1
Para compreender melhor com funciona a Aduana, o Direito 
Aduaneiro e as instituições que atuam no comércio exterior 
brasileiro, então, recomenda-se a leitura do capítulo 2 do livro 
indicado.
NYEGRAY, João Alfredo Lopes. Legislação aduaneira, comércio 
exterior e negócios internacionais. Curitiba: InterSaberes, 2016.
Indicações de leitura
34
Indicação 2
Para entender a dinâmica do comércio exterior é essencial entender 
os conceitos básicos e o contexto internacional. No capítulo 1 do 
livro indicado, o autor trata sobre a visão geral do comércio exterior 
no Brasil, Balança Comercial e os reflexos das crises internacionais.
BORGES, Joni Tadeu. Financiamento ao comércio exterior: o que 
uma empresa precisa saber. Curitiba: InterSaberes, 2017. 
QUIZ
Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a 
verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber 
Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes neste 
Aprendizagem em Foco.
Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão 
elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em Foco 
e dos slides usados para a gravação das videoaulas, além de 
questões de interpretação com embasamento no cabeçalho 
da questão.
1. A taxa de câmbio é um fator de suma importância para a 
realização de negócios internacionais. Sobre esse fator, 
assinale a alternativa que apresenta corretamente a relação 
da taxa de câmbio com o comércio internacional. 
a. Quando há uma depreciação do real frente ao dólar, as 
empresas no Brasil ficam incentivadas a importar mais 
produtos.
35
b. O resultado da balança comercial não sofre impacto de 
variações na taxa de câmbio.
c. Quando há uma apreciação do real frente ao dólar, as 
exportações são estimuladas pois as margens de lucro ficam 
maiores.
d. O resultado da balança comercial somente sofre interferência 
quando as exportações são prejudicadas, pois as importações 
entram apenas no balanço de pagamentos.
e. Variações cambiais afetam diretamente a balança comercial, 
pois pode favorecer ou prejudicar as exportações e 
importações, pois muda os preços relativos. 
2. Os termos aduana e alfândega são frequentemente 
tratados como iguais, possuindo até origens similares, 
no entanto, existem diferenças entre esses dois termos. 
A partir disso, assinale a alternativa que apresenta 
corretamente os dois termos.
a. O termo alfândega é destinado para algo mais amplo, 
enquanto o termo aduano é restrito à parte administrativa.
b. Na alfândega são tratados apenas os aspectos jurídicos 
fronteiriços, enquanto na aduana são tratados os aspectos 
tributários.
c. A aduana é uma instituição que ultrapassa os aspectos de um 
órgão administrativo, representando uma instituição jurídica 
na totalidade de suas funções.
d. O termo aduana é utilizado apenas para postos de fronteiras 
marítimas, enquanto a alfândega é o termo para postos de 
fronteiras secas.
e. Os dois termos possuem as mesmas características, contudo, 
na alfândega existe força policial. 
36
GABARITO
Questão 1 - Resposta E
Resolução: Aumentos ou quedas no dólar influenciam 
diretamente os valores pagos e recebidos pelos agentes do 
comércio exterior, logo, o comércio depende do valor cambial e, 
consequentemente, o resultado da balança comercial. 
Questão 2 - Resposta C
Resolução: A aduana representa mais do que uma repartição 
ou órgão administrativo ela designa a instituição jurídica 
na totalidade de suas funções e múltiplos fins, enquanto a 
alfândega teria um sentido mais restrito. 
Conceitos gerais e tributação no 
comércio exterior 
______________________________________________________________
Autoria: João Paulo Carniato Genta 
Leitura crítica: João Alfredo Lopes Nyegray
TEMA 4
38
DIRETO AO PONTO
O comércio exterior de um país constitui uma maneira de uma 
economia melhorar o nível de bem-estar de sua população, já que 
possibilita a aquisição de bens que não são produzidos em território 
nacional ou que dispõem de uma oferta interna limitada. Ademais, 
torna-se possível vender mercadorias nacionais no exterior, 
incentivando a geração de emprego e renda em uma nação.
Por isso, o governo federal estimula as importações, quando são 
relevantes para o país e as suas atividades produtivas internas, e 
isentam de tributação a maior parte das exportações, para tornar 
os produtos domésticos competitivos e atraentes aos potenciais 
mercados consumidores externos. 
Nesse contexto, existe o drawback, que é um regime aduaneiro 
para suspensão, isenção e restituição dos tributos incidentes 
na importação de itens que sejam relevantes no processo de 
beneficiamento e industrialização de mercadorias brasileiras a 
serem exportadas. Desse modo, garante-se a compra de insumos 
produtivos e de outras mercadorias de forma menos onerosa aos 
empreendedores industriais e comerciais voltados à exportação.
Além disso, há, também, o Programa de Financiamento das 
Exportações que oferece apoio financeiro no processo de 
comercialização externa de mercadorias brasileiras. Os recursos 
financeiros desse programa estão orçados no Orçamento Geral 
da União de forma anual, de modo que o governo federal visa dar 
competitividade às vendas de mercadorias nacionais no mercado 
externo.Em contrapartida, embora haja a isenção tributária para as 
exportações domésticas em relação ao Imposto sobre Produtos 
39
Industrializados (IPI), à Contribuição Social para o Financiamento 
da Seguridade Social (COFINS), à Contribuição para o Programa 
de Integração Social (PIS) e ao Imposto sobre a Circulação de 
Mercadorias e Serviços (ICMS), o governo federal pode definir 
tributos obrigatórios para comercialização de mercadorias 
domésticas no exterior devido a uma política comercial. 
Assim, existe no Brasil o Imposto de Exportação (IE) para essa 
finalidade de tributação. Por exemplo, se houver falta de um bem 
para o mercado consumidor interno, as exportações podem ser 
taxadas com uma alíquota do IE, de modo a restringir a venda 
externa desse produto e diminuir a necessidade de adquiri-lo 
no exterior. Um exemplo dessa situação é o que acontece com a 
tributação de peles e de couros.
Por outro lado, o governo também pode estabelecer o IE para 
prevenir que uma mercadoria seja beneficiada com isenções 
tributárias internas e, posteriormente, regresse ao mercado interno 
de forma ilegal, como acontece com armas, cigarros, munições e 
bebidas alcoólicas. Assim, pode-se instituir o Imposto de Exportação 
em situações em que os produtos não são considerados essenciais, 
devido à política de arrecadação fiscal do governo, como ocorre com 
as bebidas alcoólicas. 
Além disso, o processo de exportação no Brasil engloba várias 
etapas. Essas etapas relacionam a inscrição e o cadastramento 
de uma empresa brasileira na atividade exportadora, por meio 
do Registro de Exportadores e Importadores (REI) e do Registro e 
Rastreamento da Atuação dos Intervenientes Aduaneiros (RADAR); 
análise mercadológica do potencial mercado consumidor em relação 
aos preços praticados no local de interesse, capacidade de consumo 
e eventuais exigências desse potencial mercado consumidor; 
realização da venda direta ou por meio de algum intermediário 
(escolha do canal de venda); negociação com o importador sobre 
40
o produto a ser exportado, preços, realização de algumas cotações 
e emissão da fatura; o fechamento do negócio; SISCOMEX e 
documentos necessários para exportação; despacho aduaneiro e 
embarque das exportações; o pós-venda e o controle documental. 
Nesse contexto, o SISCOMEX foi engendrado para colaborar 
com o andamento das transações comerciais com o exterior no 
Brasil. O SISCOMEX possui equipamentos e outras ferramentas 
de informática que registram, acompanham e controlam as 
atividades comerciais, documentais, fiscais e cambiais relacionadas à 
exportação e importação no Brasil.
Figura 1 – Documentos de Exportação do SISCOMEX
Fonte: elaborada pelo autor.
Dessa forma, o SISCOMEX auxilia os exportadores na obtenção do 
Registro de Exportação (RE), do Registro de Operação de Crédito 
41
(RC), do Registro de Exportação Simplificada (RES), da Declaração 
de Despacho de Exportação (DDE), da Declaração Simplificada 
de Exportação (DSE) e do Comprovante de Exportação (CE). Por 
fim, destacamos que esses documentos são importantes para o 
processo de despacho aduaneiro e de embarque das exportações, 
ou seja, contribuem para realização e efetivação do desembaraço 
aduaneiro (tributos) do produto e sua efetiva saída do país para o 
mercado internacional.
PARA SABER MAIS
Os países que integram o Mercosul entenderam que seria relevante 
a criação e adoção de um sistema para a classificação fiscal das 
mercadorias intrabloco. Nesse sentido, os membros-fundadores 
do Mercosul, representados pelo Brasil, Argentina, Paraguai e o 
Uruguai, desejavam com a criação desse sistema de classificação 
fiscal das mercadorias a obtenção de vantagens e benefícios mútuos 
relacionados à retirada gradual de direitos alfandegários e de 
restrições de natureza não tarifária. 
Além disso, eles visavam também normatizar as políticas comuns 
que aplicariam às importações oriundas de países não associados 
ao Mercosul, além de acelerar a integração econômica entre seus 
países-membros por meio da Tarifa Externa Comum (TEC). Essa 
tarifa é aplicável às importações realizadas por países-membros do 
Mercosul que sejam procedentes de economias não integradas ao 
bloco.
Dessa forma, as importações oriundas de países não integrantes 
do Mercosul estão submetidas às mesmas alíquotas do imposto de 
importação, assegurando condições competitivas semelhantes para 
42
os empreendedores industriais e comerciais em cada país intrabloco 
econômico. 
Contudo, em virtude de aspectos econômicos e políticos, a Tarifa 
Externa Comum permite algumas exceções para determinas 
mercadorias dos segmentos de bens de capital, informática e 
telecomunicações, de modo que o seu ajuste às normas dessa tarifa 
intrabloco ocorra de maneira gradual.
Nesse contexto, a Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM) foi 
engendrada em 1995 e passou a vigorar a partir de janeiro de 
1996. A NCM apresenta oito dígitos, isto é, possui e segue oito 
códigos para classificação fiscal das mercadorias transacionadas 
intrabloco. Esses códigos obedecem à seguinte ordem: capítulo, 
posição, subposição, item e subitem. Assim, por exemplo, o código 
6203.11.00 se refere ao produto ternos, de uso masculino, de lã ou 
de pelos finos:
a. Capítulo 62 - Vestuário e seus acessórios, exceto de malha.
b. Posição 6203 - Ternos (Fatos*), conjuntos, paletós (casacos*), 
calças, jardineiras, bermudas e shorts (calções) (exceto de 
banho), de uso masculino.
c. Subposição 6203.11 – Ternos (Fatos*).
d. Item e subitem 6203.11.00 - De lã ou de pelos finos.
TEORIA EM PRÁTICA
Ao exportar um produto é preciso levar em consideração diversos 
aspectos, principalmente a sua classificação fiscal na Nomenclatura 
Comum do Mercosul (NCM). Assim, é interessante conhecer o 
significado dos códigos da NCM para identificar o capítulo, posição, 
subposição, item e subitem do produto a ser exportado.
43
Diante disso, utilize o Portal Único Siscomex para identificar e 
escrever/apresentar separadamente o capítulo, posição, subposição, 
item e subitem dos códigos 9001.20.00, 5702.31.00 e 0902.10.00 da 
NCM.
Para conhecer a resolução comentada proposta pelo professor, 
acesse a videoaula deste Teoria em Prática no ambiente de 
aprendizagem.
LEITURA FUNDAMENTAL
Prezado aluno, as indicações a seguir podem estar disponíveis 
em algum dos parceiros da nossa Biblioteca Virtual (faça o log 
in por meio do seu AVA), e outras podem estar disponíveis em 
sites acadêmicos (como o SciELO), repositórios de instituições 
públicas, órgãos públicos, anais de eventos científicos ou 
periódicos científicos, todos acessíveis pela internet. 
Isso não significa que o protagonismo da sua jornada de 
autodesenvolvimento deva mudar de foco. Reconhecemos 
que você é a autoridade máxima da sua própria vida e deve, 
portanto, assumir uma postura autônoma nos estudos e na 
construção da sua carreira profissional. 
Por isso, nós o convidamos a explorar todas as possibilidades da 
nossa Biblioteca Virtual e além! Sucesso!
Indicação 1
Para compreender melhor a logística, seguro internacional, modais 
de transporte e a cotação do frete internacional e do frete rodoviário 
Indicações de leitura
44
nacional e internacional das exportações, sugere-se a leitura do 
capítulo 10 do livro indicado. 
FONTES, Kleber. Exportação descomplicada: o seu produto além 
das fronteiras brasileiras. São Paulo: Labrador, 2020.
Indicação 2
Para entender melhor a dinâmica da tributação das importações e 
exportações brasileiras, recomenda-se a leitura do capítulo 2 do livro 
indicado.
BROGINI, Gilvan. Tributação e benefícios fiscais no comércio 
exterior. Curitiba: InterSaberes, 2013. 
QUIZ
Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a 
verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber 
Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes neste 
Aprendizagem em Foco.
Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão 
elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em Focoe dos slides usados para a gravação das videoaulas, além de 
questões de interpretação com embasamento no cabeçalho 
da questão.
1. Os impostos sobre as transações comerciais podem ser 
utilizados para incentivar as exportações e importações, 
quando elas são importantes para comercialização externa de 
45
mercadorias brasileiras. Sobre esse fator, assinale a alternativa 
que apresenta corretamente as três modalidades do regime 
aduaneiro drawback. 
a. Suspensão, isenção e despachante.
b. Isenção, retribuição e equalização.
c. Variação, compensatório e beneficiamento.
d. Suspensão, isenção e restituição.
e. Substituição, cumulativo e financiamento. 
2. O governo federal utiliza alguns programas para incentivar 
e financiar as exportações brasileiras, como o Programa 
de Financiamento das Exportações (PROEX) na modalidade 
Financiamento à Produção Exportável (PROEX FPE). Nesse 
contexto, assinale a opção que apresenta corretamente o 
grupo de empresas que podem se candidatar ao PROEX FPE.
a. Micro e pequenas empresas.
b. Micro, pequenas e médias empresas.
c. Empresas de grande porte.
d. Empresas brasileiras multinacionais.
e. Empresas brasileiras e estrangerias com filiais no Brasil. 
GABARITO
Questão 1 - Resposta D
Resolução: O drawback corresponde a um regime aduaneiro 
disponível nas modalidades isenção, suspensão ou restituição 
dos tributos incidentes e que está voltado para o ingresso 
no Brasil de matérias-primas, bens, partes e peças e outras 
46
mercadorias que sejam relevantes para o beneficiamento e 
industrialização dos produtos nacionais a serem exportados. 
Questão 2 - Resposta A
Resolução: O Programa de Financiamento das Exportações 
(PROEX) na modalidade Financiamento à Produção Exportável 
(PROEX FPE) se destina às exportadoras do grupo de micro 
e pequenas empresas, em virtude do perfil operacional e da 
capacidade econômica e financeira desse tipo de empresas. 
Em geral, as micro e pequenas empresas têm dificuldades 
para atender os requisitos exigidos pelo sistema bancário para 
concessão de financiamentos de sua produção exportável. 
BONS ESTUDOS!
	Apresentação da disciplina
	Introdução
	TEMA 1
	Direto ao ponto
	Para saber mais 
	Teoria em prática
	Leitura fundamental
	Quiz
	Gabarito
	TEMA 2
	Direto ao ponto
	Para saber mais
	Teoria em prática
	Leitura fundamental
	Quiz
	Gabarito
	TEMA 3
	Direto ao ponto
	Para saber mais
	Teoria em prática
	Leitura fundamental
	Quiz
	Gabarito
	TEMA 4
	Direto ao ponto
	Para saber mais
	Teoria em prática
	Quiz
	Gabarito
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