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METODOLOGIA DO FUTEBOL E DO FUTSAL Patrick da Silveira Gonçalves Aprendizagem motora aplicada ao futebol e ao futsal Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: � Identificar os programas de intervenção motora para a aprendizagem de habilidades específicas do futebol e do futsal. � Desenvolver técnicas específicas para a aprendizagem das habilidades motoras do futebol e do futsal. � Planejar atividades de intervenção para a aprendizagem de determi- nada habilidade motora aplicada ao futebol e ao futsal. Introdução Assim como grande parte dos esportes coletivos, o futebol e o futsal exigem diferentes habilidades motoras específicas para o êxito da equipe durante um jogo. Quando os domínios das habilidades não se demons- tram eficazes, tornam-se necessários programas de intervenção motora que busquem aprimorá-los. Assim, neste capítulo, abordaremos alguns dos princípios que regem os programas de intervenção motora para a aprendizagem das habilida- des específicas do futebol e do futsal, elencando atividades que podem ser desenvolvidas com indivíduos iniciantes ou ser adaptadas para aqueles com maior experiência nessas modalidades. Programas de intervenção motora para a aprendizagem de habilidades específicas do futebol e do futsal Tanto o futebol quanto o futsal são dois dos esportes mais praticados no Brasil. Com frequência, são objetos de ensino em muitas das instituições escolares públicas e privadas, nos clubes esportivos, além de ocuparem algumas horas de muitos dos brasileiros como lazer, seja praticando esses esportes com amigos, seja assistindo a partidas de futebol e futsal em ginásios e estádios destinados à expressão de rendimento. Geralmente, em cada um desses espaços, é possível reconhecer a atuação de profissionais de Educação Física, tanto como uma maneira de transmitir os saberes sobre o esporte, proporcionando sua reflexão crítica, quanto como um modo de promover o aperfeiçoamento técnico para o desenvolvimento da prática corporal de forma segura, ampliando as possibilidades de que seus praticantes sigam na carreira esportiva. Assim, com as inúmeras possibilidades de proporcionar a aprendizagem motora, o profissional de Educação Física deve buscar técnicas diagnostiquem seus alunos quanto às habilidades motoras que devem ser ampliadas. Ao atribuir a intencionalidade ao seu trabalho, a fim de atingir objetivos específicos, o profissional, pautado por planos, estratégias e fins específicos, desenvolve uma prática pedagógica. Vale ressaltar que o conceito de prática pedagógica, e da própria pedagogia, é bastante amplo, encontrando sentidos e significados para diferentes teóricos. No entanto, podemos conceituar a prática pedagógica, a partir das palavras de Fernandes (2008, p. 159), como: A prática intencional de ensino e aprendizagem não reduzida à questão didá- tica ou às metodologias de estudar e de aprender, mas articulada à educação como prática social e ao conhecimento como produção histórica e social, datada e situada, numa relação dialética entre prática-teoria, conteúdo-forma e perspectivas interdisciplinares. Uma das possibilidades de desenvolver a prática pedagógica consiste em desenvolver programas com o objetivo de atender às necessidades motoras de um ou mais sujeitos para que possa(m) desenvolver um esporte ou uma atividade física específica. A essas propostas, damos o nome de programas de intervenção motora. Aprendizagem motora aplicada ao futebol e ao futsal2 A intervenção motora, então, pauta-se pelo conjunto de estratégias criadas por profissionais, buscando atender a capacidades específicas. Por exemplo, pode ser utilizada com crianças que se desenvolvem abaixo do esperado para sua idade, na recuperação de atividades de vida diária de indivíduos idosos que perderam suas capacidades e, no caso do futebol e do futsal, no aperfeiçoamento das habilidades motoras que integram essas modalidades esportivas. No campo do ensino dos esportes, a intervenção motora como forma intencional e dirigida para as habilidades motoras que se efetivam durante as situações de jogos é bastante nova e atinge um público bem delimitado. Ainda que possamos encontrar tais propostas em atletas de alto rendimento, a intervenção motora se dá com maior ênfase em crianças e adolescentes. E os motivos para isso são claros: nessas fases, as dimensões cognitivas, afetivas, sociais e físicas estão em formação e o esporte encontra probabilidades maiores de auxiliar em seu desenvolvimento humano. De modo geral, a intervenção motora se baseia em modos de avaliar a coordenação motora e aplicar tarefas direcionadas ao aperfeiçoamento dos padrões motores, além de uma avaliação, após o programa de exercícios, para aferir a eficácia do programa interventivo e decidir novas metas. Baterias de testes motores Existem diferentes formas de buscar identificar o nível de aptidão motora nos indivíduos. A avaliação do comportamento motor é fundamental para os profissionais que atuam com o desenvolvimento humano, tornando possível identificar, a partir de protocolos, atrasos no desenvolvimento, comparar resultados para verificar alterações e obter algumas pistas capazes de orientar os processos de intervenção (DE ROSE JR., 2009). Existem muitos testes de avaliação que seguem critérios rígidos de aplicação, publicados e validados por meio de instituições de renome. Também existem instrumentos avaliativos que mais informais e que en- fatizam alguns aspectos específicos do comportamento motor. Assim, o desafio do profissional que lida com o futebol e o futsal é eleger um teste adequado para os elementos que deseja mensurar e que esteja de acordo com o público-alvo em questão. O teste escolhido deve permitir que o profissional de Educação Física responda às seguintes perguntas: o que eu estou avaliando? Que estratégias proporcionarei para as aprendizagens específicas? Os resultados alcançados foram satisfatórios ou precisarei executar uma nova proposta de intervenção? 3Aprendizagem motora aplicada ao futebol e ao futsal Em relação à escolha do instrumento de avaliação motora, o profissional de Educação Física deve se pautar pela necessidade de desenvolvimento de habilidades motoras por parte de seus alunos e pelas características do programa de intervenção. De modo geral, um bom instrumento de avaliação deve apresentar confiabi- lidade, validade e objetividade, isto é, o teste deve ser utilizado para mensurar apenas o que é destinado a medir, apresentar consistência nas medições (sem que fatores diversos possam modificar os resultados coletados), produzir resultados consistentes quando usado por diversos testadores e não depender de uma única pessoa. Entre os testes motores mais utilizados, estão o EDM, o TGMD-2 e a MABC-2 (DE ROSE JR., 2009). O EDM (Escala de Desenvolvimento Motor) compreende uma bateria de testes brasileira que busca avaliar a motricidade fina, a motricidade global, o equilíbrio, o esquema corporal, a organização espacial, a organização temporal e a lateralidade em relação à idade biológica. Ao final do teste, obtém-se a idade motora dos indivíduos. O TGMD-2 (Test of Gross Movement Development) é uma bateria que en- globa 12 padrões motores fundamentais básicos. Entre as tarefas de locomoção estão a corrida, o galope, o saltito, o pulo, o salto horizontal e o deslizamento lateral. Nas tarefas de movimentos de controle e manejo de objetos, estão a rebatida, o drible, a recepção, o chute, o arremesso (por cima) e o rolamento (por baixo). Em específico, esse teste permite verificar se uma criança tem algum atraso no desenvolvimento de algum padrão fundamental e compará-la com outra criança da mesma idade. A MABC-2 (Movement Assessment Battery for Children) foi organizada de acordo com as faixas etárias de 3 a 6 anos, 7 a 10 anos e 11 a 16 anos, na qual cada uma tem seu próprio formulário de registro e contém um total de oitotarefas envolvendo habilidades de equilíbrio estático e dinâmico, destreza manual e lançar/receber. Essas tarefas foram originalmente escolhidas por representarem aspectos de controle motor e coordenação similares aos de atividades do cotidiano de crianças e adolescentes. Aprendizagem motora aplicada ao futebol e ao futsal4 Habilidades motoras específicas do futebol e do futsal Muitos dos protocolos de avaliação motora tendem a apresentar escores ge- rais de praticantes de atividades físicas. No caso dos esportes, em especial o futebol e o futsal, algumas das habilidades motoras não são avaliadas em muitos dos testes. Nesses casos, o profissional de Educação Física deve buscar a observação constante de seus atletas e o registro contínuo das ações motoras de modo a coletar informações sobre o desempenho destes frente às tarefas exigidas pelas modalidades. De modo geral, tanto o futebol quanto o futsal demandam de seus praticantes as mesmas habilidades motoras. Voser, Guimarães e Ribeiro (2006) e Freire (2006) elencam as habilidades motoras que fundamentam as modalidades do futebol e do futsal, elaborando algumas características que as definem, descritas a seguir. � Finalização: consiste no ato de fazer com que a bola atinja a meta, com o pé, a cabeça, o peito ou até mesmo a barriga. Nessa ação, as habilidades de apoiar-se, correr, saltar e chutar são mais incidentes. � Passe: compreende o ato de entregar a bola a um colega de equipe, também podendo ser feito com os pés, a cabeça, o peito ou qualquer outra parte do corpo, com exceção dos membros superiores. A exceção está a cargo dos goleiros, que podem efetuar os passes também arremessando a bola aos seus companheiros de equipe. � Controle de bola ou domínio: consiste em manter a bola sob controle e em condições favoráveis para executar uma jogada. Muitas vezes, é realizado com os pés, as coxas e o peito, estando o jogador parado, em movimento ou saltando. � Desarme: principal recurso da defesa, consiste em interromper a progressão ou o controle da bola do jogador adversário, podendo ser feito também na antecipação da bola que se desloca em movimento ao jogador adversário. � Lançamento: da mesma forma que o passe, busca-se entregar a bola a um colega de equipe. No entanto, no lançamento, a trajetória da bola é longa e geralmente em fase aérea, exigindo do jogador a previsibilidade das ações adversárias, a noção de espaço e a força de membros inferiores. � Cabeceio: trata-se do ato de golpear a bola empregando a cabeça. Utilizada tanto em situações de defesa quanto de ataque. 5Aprendizagem motora aplicada ao futebol e ao futsal � Finta ou drible: ação de conduzir a bola com controle e evitando que os jogadores adversários realizem o desarme. � Condução: ato no qual um jogador, de posse da bola, se desloca de um ponto a outro do campo de jogo, com a finalidade de desenvolver um passe, uma finalização ou uma finta sobre o adversário, ao mesmo tempo que protege a bola dos desarmes adversários. A condução representa uma das principais habilidades téc- nicas do futebol, tendo em vista o tamanho do campo de jogo e as inúmeras situações em que os jogadores devem, de posse da bola, se deslocar. Apesar de compreender uma tarefa aparentemente fácil, são necessárias inúmeras atitudes para uma boa condução. No link ou código a seguir, você terá acesso a um vídeo que demonstra as principais posturas a serem adotadas durante a condução. https://goo.gl/in7f2R O profissional de educação física deve estar atento à execução das habili- dades específicas, não apenas nos momentos em que os jogos acontecem, mas também nas sessões de treinamento, identificando e corrigindo as execuções que se apresentam de maneira equivocada. Ao identificar um desempenho abaixo do esperado em uma ou mais habilidades motoras específicas por um ou mais atletas, o educador deve propor sessões de treinamento voltadas a essas habilidades, para aperfeiçoá-las. Assim, embora sejam muitas as baterias de avaliação física e motora, o profissional de Educação Física deve buscar os protocolos e procedimentos que melhor se adaptem ao público e objetivos em que aplicará determinado instrumento avaliativo, além de estabelecer intervenções condizentes com as habilidades que se almeja desenvolver e com as capacidades dos atletas em questão. Para desenvolver as estratégias de ação, são duas atualmente as formas mais utilizadas, debatidas a seguir. Aprendizagem motora aplicada ao futebol e ao futsal6 Técnicas específicas para a aprendizagem das habilidades motoras do futebol e do futsal O futebol e o futsal, apesar de suas diferenciações táticas e regulamentárias, apresentam habilidades motoras bastante comuns à sua prática. Quando em jogo, os atletas devem executar com precisão e controle uma série de movimen- tos. Por exemplo, ao chutar uma bola, a precisão dos movimentos dos membros inferiores é enfatizada, devendo-se limitá-los. Quando ação é executada de maneira coordenada, o jogador consegue responder às exigências do meio em que se encontra e o êxito entre o que pensou em realizar e o que de fato foi realizado acontece. Vários termos são usados para descrever diferentes formas, níveis e tipos de habilidades motoras. A competência motora divide-se em competência fundamental e especializada, consistindo em uma série de gestos motores realizados com exatidão e precisão. Quando combinamos uma ação organi- zada de dois ou mais seguimentos do corpo, temos uma habilidade motora fundamental, podendo ser caracterizada por movimentos de equilíbrio, loco- moção ou manipulação (girar, correr, saltar, chutar, driblar, fintar). Já quando combinamos uma habilidade motora fundamental com um gesto específico de algum esporte, temos uma competência motora específica, a qual, ainda, pode ser categorizada em movimentos de equilíbrio, locomoção e manipula- ção (p. ex., uma defesa de um goleiro) (GALLAHUE; DONNELLY, 2008). Vale dizer que as competências motoras fundamentais são desenvolvidas e melhoradas na infância, servindo de base para o desenvolvimento futuro de competências motoras especializadas, como em atividades de dança e de es- portes (GALLAHUE; OZMUN; GOODWAY, 2013; PAYNE; ISAACS, 2007). Para Pérez e Bañuelos (1997), o controle motor que permite a coordenação dos movimentos se dá por meio de um processo de reinformação, ou feed- back, no qual as inúmeras tentativas e a integração perceptiva transmitem informações a respeito das tarefas a desempenhar. Com o passar do tempo e as inúmeras exigências em uma mesma tarefa, o feedback tende a ser mais efetivo, promovendo um controle motor maior. Nem todas as tarefas motoras são iguais, já que sua complexidade depende de diversos processos. Por exemplo, as tarefas que dependem de maior ve- locidade e precisão de realização tendem a ser mais complexas que aquelas que não necessitam de velocidade. Do mesmo modo, tarefas que exigem um grande número de músculos envolvidos também tendem a ser mais complexas que aquelas que não necessitam de diferentes grupos musculares. 7Aprendizagem motora aplicada ao futebol e ao futsal É preciso ainda considerar as variáveis ambientais: as tarefas podem ser classificadas como fechadas, quando desempenhadas por um mínimo de alterações ambientais, com maior previsibilidade do indivíduo que a executa; ou abertas, quando as alterações ambientais são imprevisíveis ao indivíduo que executará alguma tarefa. Para compreender melhor as diferentes formas de classificação das habilidades motoras, observe os exemplos no quadro a seguir. Forma de classificação das habilidades motoras Exemplo no futebol ou no futsal Tarefas que envolvem uma maior quantidade grupos musculares Realizar uma finta do tipo “janelinha” Tarefas que envolvem uma menor quantidade de grupos musculares Correr em direção à bola Atividades abertas Realizar um passe sob forte marcação Atividades fechadas Cobrar uma penalidade No Brasil,assim como o campo da Educação Física em geral, a intervenção motora nos esportes para ampliar o repertório motor e aperfeiçoar os gestos técnicos também atravessou diversas fases. Realizando uma retrospectiva recente, Paes e Balbino (2005) apontam que a prática pedagógica de professores de intervenção esportiva acontecia para atender a alguns objetivos, conforme visto a seguir. � Movimentos básicos do esporte: até a década de 1970, os objetivos do professor visavam ao desenvolvimento dos movimentos básicos da modalidade em seus alunos, ou seja, estes deveriam ser capazes de executar gestos motores, como passe, drible, chute, arremesso e controle do corpo. Geralmente, o modo como o trabalho era conduzido consistia na repetição das tarefas, de modo a automatizá-las. Aprendizagem motora aplicada ao futebol e ao futsal8 � Aquisição das habilidades básicas: após a década de 1970, a iniciação esportiva sofreu bastante influência da tendência desenvolvimentista. Com isso, antes de os alunos aprenderem as especificidades da mo- dalidade, deveriam aprender os movimentos e as habilidades básicas, como correr, saltar, pular, arremessar, etc. � Compreensão do gesto técnico: as tendências construtivistas trouxeram uma nova abordagem de trabalho do professor junto a seus alunos. Nessa perspectiva, a construção dos gestos motores pelos sujeitos iniciantes compreendia o foco principal de trabalho. Essas diferentes concepções de abordar o ensino dos esportes coletivos deram origem a duas grandes tendências com a proposição de ampliar as habilidades motoras, conforme observado adiante. Diversos autores buscaram descrever as principais formas de desenvolvimento das habilidades dos espor- tes coletivos, sendo criados, por consequência, vários termos. Apesar dessa grande diversidade, é possível categorizar as diferentes nomenclaturas em dois grandes grupos com abordagens metodológicas diferentes: um voltado para o aprendizado dos elementos que constituem a modalidade e outro pautado pelas aprendizagens em decorrência da experiência dos atletas em situações de jogo ou semelhantes a elas. O Quadro 1 demonstra algumas das principais abordagens interventivas. A partir do Quadro 1, é possível considerar que existem dois grupos distintos — um pauta-se pelo ensino da técnica, de maneira isolada ao jogo, e o outro por situações imprevisíveis. Certamente, não há um modelo único e perfeito nem mesmo algum totalmente reprovável. A intenção que fazemos agora não é a de atribuir um olhar maniqueísta sobre as perspectivas construídas, mas de conhecer as diversas opções possíveis de modo a refletir sobre suas implicações (SANTINI; VOSER, 2008). De maneira recorrente, os profissionais de Educação Física optam pela primeira possibilidade de aprendizagem motora, já que os objetivos se demons- tram mais evidentes e o controle sobre as variáveis ambientais e o grupo de atletas é maior. Entretanto, devemos salientar que um modelo voltado apenas à repetição de tarefas motoras bem estabelecidas apresenta aos jogadores uma falta de experiência do uso dessas mesmas habilidades em situações de jogo, nas quais a imprevisibilidade é muito maior e a exigência da criatividade e da tomada de decisões rápidas aumenta. 9Aprendizagem motora aplicada ao futebol e ao futsal Fonte: Adaptado de Bayer (1994), Garganta (1998), Greco (2001, 2005) e Greco e Benda (1998). Denominações das abordagens Autor Características principais Métodos tradicionais Claude Bayer Consistem na decomposição dos elementos do jogo. Por exemplo, os alunos aprendem chutes, dribles e passes de maneira individualizada, sem uma aplicação prática no jogo. Essa metodologia está ancorada na repetição e na memorização de movimentos, facilitando a “modelagem” dos movimentos corporais dos alunos ao desejo do professor. Buscam evoluir os fundamentos técnicos de modo hierárquico (do menos complexo em habilidades motoras ao mais complexo) e a própria execução do movimento em si. Essa forma de trabalho predomina em escolas e clubes de iniciação esportiva. Possibilitam uma execução técnica aprimorada. Centrada na técnica Júlio Garganta Analítico-sintética Pablo Greco Centrada no jogo Claude Bayer Diferentemente das abordagens que partem do ensino fragmentado da técnica, estas buscam criar situações de imprevisibilidades de situações já vividas, de modo que o aluno busque possibilidades de resolver problemas a partir da iniciativa, da reflexão e da criatividade. As atividades não se baseiam apenas nos movimentos repetitivos planejados pelo professor, mas também partem do interesse dos alunos. Trata-se da forma menos comum de trabalho, uma vez que o professor tem menor domínio sobre as imprevisibilidades. Oportuniza um melhor aprendizado tático, além da resposta das habilidades motoras em situações imprevisíveis. Métodos ativos Júlio Garganta Global-funcional (situacional) Pablo Greco Quadro 1. Abordagens metodológicas dos esportes coletivos Aprendizagem motora aplicada ao futebol e ao futsal10 Por sua vez, o modelo que privilegia as aprendizagens a partir de situa- ções de jogo pode apresentar um comprometimento quanto à aquisição das habilidades técnicas, uma vez que os chutes, os dribles e os passes podem ser oportunizados em menores quantidades de situações. Por exemplo, em uma proposta voltada para a aquisição de habilidades específicas, um mesmo jogador consegue executar dezenas de vezes a finalização, enquanto em uma proposta baseada nas situações de jogo as finalizações se restringirão ao número de vezes que a bola chega a determinado jogador e que, frente a uma defesa forte, pode não ter nenhuma chance de finalizar. Diante dessa dicotomia, que apresenta as vantagens e desvantagens nos dois modos de promover as habilidades específicas do futebol e do futsal, Xavier (1986) aponta para a necessidade de desenvolver um modelo misto, no qual os fundamentos técnicos, isoladamente, devem acompanhar os exercícios voltados à situação prática dos jogos. Nesse aspecto, teríamos um modelo que privilegia as duas formas de aprendizagem do futebol e do futsal, o qual não apresenta apenas vantagens diante das demais possibilidades. Devemos salientar, no entanto, que a divisão do tempo em duas propostas distintas pode levar a um aprofundamento raso nas duas possibilidades. De fato, as possibilidades de proporcionar a aprendizagem motora de- vem ser essencialmente voltadas ao desenvolvimento de todos os campos de manifestação das habilidades. No entanto, cabe destacar que o futebol e o futsal, ainda que possam promover todas as diversas habilidades, carecem do olhar atento dos profissionais de Educação Física para que estes consigam diagnosticar quais aprendizagens estão sendo atingidas e quais precisam de uma ênfase maior, direcionando atividades para o aperfeiçoamento das habi- lidades motoras específicas dessas modalidades. A seguir, vamos apresentar algumas propostas de desenvolvimento de atividades que buscam promover as habilidades motoras aplicadas ao futebol e ao futsal. Atividades de intervenção para a aprendizagem de habilidades motoras aplicadas ao futebol e ao futsal Não há dúvidas de que existem inúmeras maneiras de proporcionar a aprendi- zagem das habilidades motoras específicas do futebol e do futsal. As ênfases técnicas de intervenção dessas aprendizagens podem variar conforme as necessidades do grupo ou dos atletas, a característica tática da equipe, o nível 11Aprendizagem motora aplicada ao futebol e ao futsal de contato com o futebol ou futsal que os praticantes apresentam, as posições táticas de cada jogador em campo de jogo, entre inúmeros outros fatores. Evidentemente, ainda que os atletas apresentem uma boa técnica ao reali- zarem determinada habilidade em detrimento de outras, isso não impede que ela continue sendo aprimorada. Desse modo, é importante que o profissional de Educação Física procure elaborar propostas de intervençãoque busquem o melhor desempenho em habilidades motoras que se demonstrem ineficazes e a manutenção das habilidades já atingidas. As atividades de intervenção podem variar quanto ao seu nível de com- plexidade. No caso de indivíduos iniciantes da prática do futebol e do futsal, o uso de tarefas fechadas pode constituir uma boa opção, já que as situações imprevisíveis são reduzidas e, consequentemente, as chances de o praticante obter o êxito aumentam, ampliando também seu engajamento na modalidade esportiva. Já no caso de atletas de alto rendimento, as propostas devem se basear em jogos situacionais, uma vez que se aproximam de modo mais efetivo das experiências que o jogador vivenciará durante um jogo. De modo geral, ao elaborar atividades de intervenção, é importante con- seguir reproduzir as situações que cada atleta experimentará durante um jogo e proporcionar o máximo de oportunidades para a realização das habilidades motoras das modalidades. Nesse sentido, Monteiro, Cardoso e Cruz Júnior (2011) elaboraram uma proposta de atividades que podem ser desenvolvidas com atletas iniciantes e, com as devidas adaptações, com atletas experientes. Os autores também explicam que elaborar atividades a partir do que os atletas já conhecem facilitam a prática e aumenta o engajamento dos jogadores. A seguir, apresentaremos algumas dessas possibilidades de atividades utilizadas como propostas de intervenção para a aprendizagem de habilidades motoras. Atividades para finalização A finalização é o ponto máximo de uma partida de futebol ou de futsal, pois, por meio dela, executam-se os gols. Uma finalização correta resulta em um gol convertido. Em situações de jogo, as oportunidades de finalização são bastante restritas aos jogadores, principalmente no futebol, em que as dimensões do campo e a quantidade de jogadores são maiores. A dinâmica do futebol ou do futsal não permite a previsão de uma oportunidade de criação de finalização. Assim, é importante que todos os jogadores, quando tal oportunidade surgir, estejam aptos a finalizar. A seguir, são apresentadas algumas atividades muito Aprendizagem motora aplicada ao futebol e ao futsal12 conhecidas por crianças e que podem ser desenvolvidas, aumentando o seu grau de complexidade à medida que os jogadores aperfeiçoam a sua capacidade de finalização. � Rebatida: jogo bastante popular entre aqueles que praticam o futebol em escolas, praças e parques. Em uma quadra com dimensões não muito grandes, os jogadores tentam fazer gols finalizando contra a meta adversária. Para tanto, os chutes devem ser fortes e precisos. Esse jogo, geralmente praticado em duplas, destaca-se pela quantidade de chutes realizados. As regras são diversas e podem ser adaptadas, como não permitir o uso das mãos para interromper a trajetória da bola e realizar chutes apenas de um local específico. � Futbeisebol: mais indicado para treinar a potência do chute, trata-se de uma adaptação do jogo de beisebol para o futebol. Consiste na de- marcação de uma área no campo com quatro lados iguais, formando a figura de um quadrado, com um aluno em cada um dos cantos. Esses quatro alunos jogam em um mesmo time e jogam contra outro aluno que, de um ponto determinado no chão, chuta a bola a maior distância possível. Enquanto um dos quatro do outro time vai buscar a bola, aquele que chutou a bola procura conquistar o maior número de bases possível (a cada verso do quadrado que ele chegar, conquista uma base). Quando o jogador que foi buscar a bola conseguir, chutando-a direto ou passando-a a um companheiro, que ela passe sobre uma das laterais do quadrado, o adversário para de marcar os pontos. Um a um, os jogadores se revezam nos chutes. Podem ser usadas várias áreas de jogo em um campo de futebol. � Levantadinha: baseia-se na cooperação de duplas contra um goleiro, que deve impedir os gols. Para efetuar as finalizações, um dos jogadores da dupla deve, controlando a bola, fazer com que assuma uma trajetória aérea em direção ao companheiro, que deverá realizar a finalização antes que ela toque o solo. � Centroavante: nesse jogo, o centroavante fica em determinado espaço da linha de ataque contra o goleiro, podendo dar no máximo dois toques na bola; dessa forma, o atacante pode finalizar de diferentes maneiras: de longe, mais próximo do gol, com bola rasteira, bola no alto, colocando a bola ou com um chute forte. 13Aprendizagem motora aplicada ao futebol e ao futsal As atividades listadas se baseiam, predominantemente, em situações fecha- das, com pouca imprevisibilidade. Para aumentar o nível de complexidade, o professor pode adaptar as regras, inserindo um ou mais jogadores que deverão dificultar ou tentar impedir a realização das finalizações, aproximando as tarefas das situações reais de jogo. Atividades para o passe O passe consiste na principal habilidade que faz um time progredir ao ataque ou reter a posse de bola. Em situações de jogo, os espaços geralmente são reduzidos para a realização de passes e o tempo de que cada jogador dispõe para realizar esse fundamento é delimitado pela movimentação e a aproximação dos jogadores adversários. Portanto, as atividades voltadas ao passe devem privilegiar, além da quantidade de tentativas, situações nas quais se exige a tomada de decisão dos jogadores, demandando ações rápidas e precisas. Algumas atividades para essa habilidade são listadas a seguir. � Bobinho: em uma roda de jogadores, deve-se passar a bola sem permi- tir que um jogador, ao centro da roda (o bobinho), consiga interceptar o passe. O jogador que erra o passe troca de posição com o bobinho. Se este tocá-la, quem perdeu a bola vai para a roda. Para aumentar as oportunidades de efetuar o passe, recomenda-se que a roda nunca seja formada por muitos alunos. Com o domínio dessa habilidade, o professor pode propor variações que aumentem a complexidade da tarefa, como utilizar dois ou mais jogadores, delimitar o número de toques na bola dos jogadores que efetuam os passes, reduzir os espaços do jogo, etc. � Passa 10: nesse jogo, disputado entre duas ou mais equipes, o obje- tivo consiste em que os grupos de jogadores realizem determinado número de passes (geralmente dez). Ao atingir o número de passes delimitados, a equipe marca um ponto. Para aumentar a comple- xidade do jogo, o professor pode delimitar o número de toques na bola por cada jogador, o tempo de realização dos passes, a redução do espaço de jogo, etc. Aprendizagem motora aplicada ao futebol e ao futsal14 Nos últimos anos, a habilidade do passe tem se destacado no futebol. Muitas equipes vêm treinando estilos de jogo que privilegiam passes rápidos e precisos, progredindo em direção à meta adversária. Exemplo disso é a equipe inglesa do Manchester City que, durante um único jogo realizado pelo campeonato nacional em 2018, efetuou 1.015 passes, acertando 927 (o recorde da competição), promovendo um aproveitamento de 91,3% de passes corretos. Na partida em questão, a equipe do Manchester City derrotou a equipe do Chelsea, marcando um gol. Atividades para o controle de bola e domínio O controle e o domínio da bola são essenciais para os jogadores de futebol e de futsal. Se realizados de maneira efetiva, permitem o início de uma jogada, como a condução, um passe ou uma finalização. Pelo contrário, sua execução incorreta possibilita a posse de bola às equipes adversárias e, consequente- mente, o início de uma jogada, colocando sua equipe em risco. � Embaixadinha: este jogo se baseia em uma brincadeira, muitas vezes realizada de maneira individual, na qual o jogador deverá manter a bola no alto, chutando-a e com os pés, mantendo a maior parte do tempo o controle sobre esse movimento, utilizando também o peito, a coxa, a cabeça ou outras partes do corpo. Para aumentar a complexidade desse jogo, pode ser desenvolvido em duplas, quando um atleta realiza o domínio e o controle da bola, passando ao seu companheiro, sem permitirque toque o solo. � Futevôlei: variação do futebol, é disputado em uma quadra com me- didas próximas às do voleibol de areia. Nessa atividade, em duplas ou trios, cada equipe tenta fazer com que a bola toque o solo adversário, evitando que a outra equipe faça o mesmo. Em um primeiro momento, o professor pode proporcionar que a bola toque no máximo uma vez no solo, que o uso das mãos seja permitido em algumas situações e que a rede seja baixa, aumentando as chances de êxito dos jogadores. 15Aprendizagem motora aplicada ao futebol e ao futsal Atividades de desarme � Bobinho: como foi sugerido para o aperfeiçoamento da habilidade de passar, o bobinho também é uma possibilidade de atividade de desarme, já que o jogador central (o bobinho) deve realizar a intervenção da trajetória da bola ou a tomada desta dos demais jogadores. � Saída com atraso: essa atividade consiste em lançar a bola em direção ao goleiro e dois jogadores, um na condição de atacante e o outro na de defensor, devem buscar disputar a sua posse. O atacante, que sai pouco antes do defensor, deve procurar dominar a bola, conduzi-la e realizar a finalização. E o jogador defensor precisa recuperar a bola que está na posse do atacante. Como variação, podem ser utilizados mais jogadores, como dois atacantes ou dois defensores, tal como as situações reais dos jogos. Atividades de lançamento Os lançamentos são utilizados com maior intensidade no futebol, já que as dimensões do campo exigem, muitas vezes, a transição rápida da bola, o que não se dá com tanta eficácia quando utilizados passes ou a condução da bola. Apesar disso, as atividades de lançamento também devem ser promovidas no futsal, uma vez que em alguns momentos do jogo esse fundamento pode ser essencial. � Futemão: baseia-se em receber a bola com as mãos e efetuar os lança- mentos com os pés. A trajetória da bola entre as mãos e os pés favorece a realização dos lançamentos. À exceção dessas regras, o jogo se asseme- lha ao futebol comum. Outra regra a ser elaborada são as finalizações, que poderão ser realizadas apenas com cabeceios. � Futetênis: com inspiração no tênis, esse jogo se baseia na delimitação de zonas na quadra ou no campo, no qual, por meio de lançamentos, os jogadores devem fazer com que a bola toque o local delimitado. Aprendizagem motora aplicada ao futebol e ao futsal16 Atividades para cabeceio Assim como os lançamentos, os cabeceios são empregados com maior inten- sidade no futebol. No futsal, as dimensões da quadra, o peso da bola e o estilo de jogo os tornam raros. Apesar disso, esta habilidade pode ser treinada com jogadores de futsal, uma vez que são recorrentes às vezes em que a bola, em sua fase aérea, permite ao jogador que a faça ingressar na meta adversária. � Cruzamentos com cabeceio: consiste em realizar lançamentos a uma área próxima ao goleiro, em que o jogador deve, por meio de cabeceios, fazer com que ingresse na meta. No caso de jogadores iniciantes, os lançamentos podem ser feitos com as mãos, facilitando a previsão da área na qual o cabeceio deverá ser realizado. Para aumentar a comple- xidade da tarefa, podem ser inseridos mais jogadores, exercendo tarefas diferentes, como dois jogadores tentando efetuar gols de cabeça e, ao mesmo tempo, outros dois jogadores tentando afastar a bola, também de cabeça, para uma área longe da meta. Nos jogos de futebol, o cabeceio é um importante recurso, tanto para jogadas de finalização quanto para aquelas que fazem interceptar a bola lançada pelo adversário (Figura 1). � Futevôlei de cabeça: igual ao futevôlei descrito anteriormente, porém só valem passes de cabeça. Figura 1. Cristiano Ronaldo, jogador da Seleção de Portugal, realizando um cabeceio. Fonte: Goal Brasil (2016, documento on-line). 17Aprendizagem motora aplicada ao futebol e ao futsal Atividades para finta ou drible As fintas e os dribles são jogadas individuais que visam à superação da marca- ção de um adversário. São muito importantes no futebol e no futsal, uma vez que, ao efetuar uma finta, o jogador desarma a defesa adversária, colocando o seu time em superioridade numérica. � Cada um por si: os jogadores devem se posicionar em campo. Cada dupla deve dispor de uma bola. Um dos jogadores, de posse da bola, deve impedir que o colega toque a bola por meio de dribles e fintas. � Jogo de três: variação do jogo cada um por si, neste os jogadores das duplas devem buscar, além da realização de fintas e dribles para impedir que um dos jogadores recupere a bola, efetuar a finalização em uma meta protegida por um goleiro. Atividades para condução � Zerinho: voltado para a iniciação, consiste em passar por baixo de uma corda em movimentos circulares, conduzindo a bola e evitando que a corda toque o jogador. � Pega-pega com a bola: todos os alunos deverão estar com uma bola, menos o pegador, que, ao pegar o colega, fica com a sua bola e este então passa a ser o novo pegador; esse jogo pode variar com mais de um pegador e com a condução da bola com diferentes partes do pé. Diante do exposto, podemos estabelecer atividades básicas para a aprendiza- gem das habilidades motoras específicas do futebol e do futsal. Evidentemente, ao abordar as habilidades específicas, é prudente que habilidades motoras gerais, como correr, pular e saltar, estejam bem definidas. As atividades, conforme os jogadores vão demonstrando domínio, devem avançar em com- plexidade, aproximando-se das situações vivenciadas nos jogos. Os profis- sionais de Educação Física, portanto, devem estar atentos às especificidades dos seus alunos ou atletas, buscando identificar quais as suas necessidades e potencialidades, elencando programas de intervenção motora que melhor se adaptem às necessidades de determinados jogadores ou da equipe. Aprendizagem motora aplicada ao futebol e ao futsal18 BAYER, C. O ensino dos desportos colectivos. Lisboa: Dinalivros, 1994. DE ROSE JR., D. (org.). Esporte e atividade física na infância e adolescência: uma abordagem multidisciplinar. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2009. FERNANDES, C. À procura da senha da vida-de-senha a aula dialógica? In: VEIGA, I. P. A. (org.). Aula: gênese, dimensões, princípios e práticas. Campinas: Papirus, 2008. p. 145-165. FREIRE, J. B. Pedagogia do futebol. Campinas: Autores Associados, 2006. GALLAHUE, D. L.; DONNELLY F. C. Educação física desenvolvimentista para todas as crianças. São Paulo: Phorte Editora, 2008. GALLAHUE, D.; OZMUN, J. C.; GOODWAY, J. D. 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