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Tratamento farmacológico das anemias

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Cadu – 8°β / TIII 
FISIOLOGIA 
ERITROPOIESE 
- ELEMENTOS ESSENCIAIS 
• Eritropoietina. 
 
• Fe. 
 
• Vit. B12. 
 
• Folato. 
 
• Medula óssea funcionante. 
 
• Maturação celular efetiva. 
 
- REGULAÇÃO 
• Rins detectam alterações sanguíneas e 
secretam eritropoietina. 
 
• Eritropoietina estimula a eritropoiese na 
medula óssea. 
 
 
Fe 
• Absorção através da mucosa do intestino 
delgado. 
- Armazenado, no fígado, na forma de ferritina ou 
transportado no plasma pela transferrina. 
- Hepcidina regula a exportação de Fe pela 
transferrina. 
 
• Chega à medula óssea. 
- Associa com o grupo heme e Hb para s síntese de 
eritrócitos. 
 
• Eritrócitos que atingem sua vida útil são 
destruídos no baço. 
- Liberação da Hb e da Bb. 
- Hepcidina regula o retorno de Fe para o plasma. 
 
 
• Bb é metabolizada no fígado. 
- Metabólitos eliminados nas fezes e na urina. 
 
 
 
ETIOLOGIAS 
FALTA DE SÍNTESE 
• Doenças crônicas 
- Doenças inflamatórias. 
- Infecção. 
- Neoplasia. 
 
• Invasão de medula óssea 
- Leucemia. 
- Linfoma. 
- Mieloma. 
- Fibrose. 
 
• Redução do tecido hematopoiético 
- Anemia aplástica. 
- Toxina. 
- Medicação. 
 
 
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO 
DAS ANEMIAS 
Cadu – 8°β / TIII 
• Carências nutricionais 
- Fe. 
- Vit. B12. 
- Folato. 
 
• Falta de eritropoietina 
- Doença renal crônica. 
 
 
EXCESSO DE DESTRUIÇÃO 
• Defeito na hemácia 
- Hemoglobinopatias. 
- Talassemias. 
- Doenças da membrana. 
- Eritroenzimopatias. 
 
• Agressão à hemácia 
- Parasitismo. 
- Toxinas. 
- Autoimunidade. 
 
 
HEMORRAGIA 
• Aguda 
- Aumento dos reticulócitos como mecanismo de 
compensação. 
 
• Crônica 
- Reticulócitos reduzidos devido espoliação de Fe. 
 
 
TIPOS 
MICROCÍTICA 
• VCM < 80. 
 
• HCM < 28. 
- Hipocromia. 
 
 
- POR HERANÇA GENÉTICA OU DOENÇA 
CRÔNICA 
• Doença crônica. 
- Reticulócitos < 2%. 
 
• Anemia sideroblástica. 
- Reticulócitos > 2%. 
 
• Talassemia. 
- Reticulócitos > 2%. 
 
- POR DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS 
• Anemia ferropriva. 
- Reticulócitos < 2%. 
 
NORMOCÍTICA 
• Anemia aguda por hemorragia. 
 
• Anemia hemolítica. 
 
• Insuficiência medular. 
 
 
MACROCÍTICA 
• VCM > 98. 
 
• Reticulócitos < 2%. 
 
• Neutrófilos hipersegmentados. 
 
• Macro - ovalócitos. 
- Eritrócitos macrocíticos ovais. 
 
• Normocromia ou falsa hipercromia. 
 
- POR HERANÇA GENÉTICA OU DOENÇA 
CRÔNICA 
• Anemia por hepatopatia. 
 
• Anemia por alcoolismo. 
 
- POR DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS 
• Anemia megaloblástica. 
 
 
Cadu – 8°β / TIII 
FLACIFORME 
• Hereditária. 
 
 
ANEMIA FERROPRIVA 
 
TRATAMENTO 
• Depende da causa. 
 
- REPOSIÇÃO ORAL DE Fe 
- Sulfato ferroso. 
 
• Posologia variável. 
- Adolescente, adulto e idoso: 1 – 4cp / dia. 
 
 
 
 
• 1 – 2h antes das refeições. 
- Junto com vit. C. 
- Com refeição apenas se intolerância gástrica. 
 
• Até ferritina de 30. 
 
• EA 
- Anorexia. 
- Náusea. 
- Gosto amargo na boca. 
- Pirose. 
- Dor abdominal. 
- Constipação intestinal. 
- Diarreia. 
- Escurecimento das fezes. 
- Agravamento de problemas prévios no TGI. 
 
• CI 
- Doenças que cursam com acúmulo de Fe: 
hemocromatose, talassemia, hemossiderose. 
 
• CAUTELA 
- Úlcera péptica. 
- Colite ulcerativa. 
 
 
- REPOSIÇÃO PARENTERAL DE Fe 
- Sacarato de hidróxido férrico 100mg. 
 
• EV. 
- IM não recomendada, visto dor, absorção lenta e 
incompleta, além de risco de acúmulo no local da 
aplicação. 
 
• INDICAÇÕES 
- Intolerância oral. 
- Refratariedade à VO. 
- Reposição imediata. 
- Doença inflamatória intestinal. 
- SD de má absorção duodenojejunal. 
- HPP cirurgia gastrointestinal. 
- IRC. 
- CA. 
 
• POSOLOGIA 
- Individualizada, pois depende da Hb do paciente. 
- 1 – 2 ampolas 3x / semana. 
- 1 ampola: infusão em pelo menos 15min. 
- 2 ampolas: infusão em pelo menos 30min. 
- 3 ampolas: infusão em pelo menos 90min. 
 
• EA 
- Náusea. 
Cadu – 8°β / TIII 
- Alteração do paladar. 
- Hipotensão. 
- Hipertensão. 
- Reação local. 
- Anafilaxia: principalmente se HPP de atopia. 
- Se extravasamento: dor, inflamação e manchas na 
pele. 
 
 
ANEMIA DA DOENÇA CRÔNICA 
• O tratamento deve ter como foco a doença em 
si, visto que a anemia geralmente é discreta e 
não necessita ser tratada. 
- Aporte de Fe ou eritropoietina apenas se o 
tratamento da doença não for suficiente ou se a 
anemia desenvolvida for intensa. 
 
REPOSIÇÃO DE ERITROPOIETINA 
- Alfaepoetina / eritropoetina. 
 
• Necessidade de cerca de 10 dias para início 
dos efeitos que duram até 3 semanas. 
 
• EV ou SC. 
 
 
• Em entrada no protocolo nunca será feiro uso 
ao mesmo tempo de eritropoietina e Fe. 
 
- CIRTÉRIOS DE INCLUSÃO NA HEMODIÁLISE 
- Se início do tratamento com sacarato, avaliar se 
necessidade de EPO em reavaliação. 
 
• Hb ≤ 10. 
- Redução de 25% da dose: Hb 12 – 12,99 em 
reavaliação. 
- Suspender: Hb ≥ 13 em reavaliação. 
 
E 
 
• Ferritina > 200. 
 
E 
 
• IST > 20%. 
 
- CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO 
• Hipersensibilidade. 
 
• Hipertensão arterial não controlada. 
 
• Anemia de outras etiologias. 
 
- EA 
• Hipertensão. 
 
• IAM. 
 
• Dor torácica. 
 
• AVE isquêmico transitório. 
 
• Fadiga. 
 
• Cefaleia. 
 
• Febre. 
 
• Convulsão. 
 
• Plaquetopena. 
 
• Neutropenia. 
 
• Edema. 
 
• Artralgia. 
 
• Hipersensibilidade, dor e irritação no local da 
aplicação SC. 
 
- CI 
• HAS não controlada. 
 
• Gestação. 
 
• Amamentação. 
 
 
APORTE DE FERRO 
- Sacarato de hidróxido férrico. 
 
• DRC estágios 3 – 5. 
 
- CRITÉRIOS DE INCLUSÃO NA HEMODIÁLISE 
- Entrada no protocolo / 1° avaliação. Em reavaliação, 
e uso de eritropoietina, são analisados apenas ferritina 
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(200 – 500) e IST (20 – 30) dos tratamentos de ataque 
ou manutenção. 
- Se inclusão, avaliar qual tratamento realizado. 
 
• Hb ≤ 10. 
 
E 
 
• Ferritina < 500. 
- > 500 e em uso, suspender. 
 
E 
 
• IST < 20%. 
 
- CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO 
• Ferritina > 500. 
 
• IST > 30%. 
 
• Hemocromatose. 
 
• Hemossiderose. 
 
• Anemia hemolítica. 
 
• Hipersensibilidade. 
 
- TRATAMENTO NA HEMODIÁLISE SE 
DEFICIÊNCIA ABSOLUTA 
• Ferritina < 200. 
 
E (entrada no protocolo) / OU (reavaliação) 
 
• IST < 20%. 
 
- Faz dose de ataque: esquema 10 – 2 – 2 – 2 – 2 – 
2. 1° mês faz 10 ampolas divididas em 3x / semana (3 
– 3 – 3 – 1), 2° - 6° mês faz 1 ampola a cada 15 dias. 
- Uma nova dose de ataque só pode ser realizada 
após no mínimo 90 dias após uso das 10 ampolas no 
primeiro mês. 
 
- TRATAMENTO NA HEMODIÁLISE SE 
DEFICIÊNCIA RELATIVA 
• Ferritina 200 – 500. 
E (entrada no protocolo) / OU (reavaliação) 
 
• IST 20 – 30% 
 
- Faz dose de manutenção: esquema 2 – 2 – 2 – 2 – 
2 – 2. 1 ampola a cada 15 dias durante 6 meses. 
 
 
ANEMIA MEGALOBLÁSTICA 
• Deficiência de vit. B12 e / ou folato ou má 
absorção de vit. B12. 
- Vit. B12: 160 – 925. 
- Folato: 3 – 15. 
 
 
APRESENTAÇÕES 
- CLÍNICA 
• Neuropatia periférica. 
- Formigamento. 
- Fraqueza. 
- Ataxia. 
 
• Hiperpigmentação cutânea. 
 
• Queilite angular. 
 
- LABORATORIAL 
• Vit. B12 < 160 e folato normal ou limítrofe. 
 
• Folato < 3 e vit. B12 normal ou alta. 
 
 
TRATAMENTO 
• Depende da causa. 
 
- REPOSIÇÃO DE VIT. B12 
- Presente em carnes, ovos e no leite. 
 
• Se < 200. 
- Até correção se por má absorção. 
Cadu – 8°β / TIII 
- Por toda a vida se anemia perniciosa. 
 
• Sem risco de EA ou intoxicação. 
 
• Profilaxia VO em idosos, veganos e 
vegetarianos. 
 
• VO 
- Assintomáticos. 
- Deficiência leve – moderada. 
- Absorção normal do TGI. 
- Dietas deficientes. 
 
• IM 
- Sintomáticos. 
- Comprometimento neurológico ou psiquiátrico. 
- Crianças. 
- Gestantes. 
- Dificuldade de absorção no TGI. 
- Anemia perniciosa. 
- Bariátrica. 
- Gastrectomia. 
- Idosos com gastrite atrófica ou hipocloridria. 
- Doenças intestinais. 
 
• ESQUEMA 
- AssintomáticosVO: 1000mcg / dia até correção. 
- Assintomáticos IM: 1000mcg / semana até 
correção. 
- Sintomáticos IM: 1000mcg de 48 / 48h na 1ª e na 2ª 
semanas e depois de 30 / 30 dias com 
cianocobalamina ou de 60 / 60 dias com 
hidroxicobalamina. 
 
• ANEMIA PERNICIOSA 
 
• RESPOSTA 
- Hematológica: aumento dos reticulócitos na 1ª 
semana e correção de 6 – 8 semanas. 
- Neurológica: melhora com 1 semana e resolução 
em até 6 meses. 
 
 
- RESPOIÇÃO DE ÁC. FÓLICO / VIT. B9 
- Presente no fígado, vegetais verdes e leveduras. 
- Sofre ação do cozimento. 
 
• Duração depende da causa base. 
 
• Necessita de metabolismo hepático. 
- Forma ativa é o ác. folínico. 
 
• Profilaxia em gestantes e dialíticos. 
 
• Doses altas podem aumentar os sintomas 
neurológicos da deficiência de vit. B12. 
 
• ESQUEMA 
- Dose inicial: 1mg / dia. 
- Manutenção: 5mg / dia por 4 meses ou até 
eliminação da causa base. 
- SD de má absorção: 15mg / dia. 
 
• EA 
- Confusão mental. 
- Insônia. 
- Irritabilidade. 
- Anorexia. 
- Náusea. 
- Vômito. 
- Distensão abdominal. 
- Flatulência. 
- Rubor. 
- Rash. 
- Prurido. 
 
 
NÃO MEGALOBÁSTICA 
• Alcoolismo. 
 
Cadu – 8°β / TIII 
• Hepatopatia. 
 
• Hipotireoidismo. 
 
• Medicação.

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