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Evolução da COVID-19 no sul do Brasil decretos e indicadores no estado de Santa Catarina

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HELENA MARTINEZ FARIA BASTOS RÉGIS HUGHES 
 
 
 
 
 
 
 
 
EVOLUÇÃO DA COVID-19 NO SUL DO BRASIL: DECRETOS 
E INDICADORES NO ESTADO DE SANTA CATARINA 
 
 
 
 
 
 
Trabalho apresentado à Universidade 
Federal de Santa Catarina como requisito 
para a conclusão do Curso de Graduação 
em Medicina. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Florianópolis Universidade Federal de Santa 
Catarina 
2021 
 
ii 
 
Helena Martinez Faria Bastos Régis Hughes 
 
 
 
 
 
 
EVOLUÇÃO DA COVID-19 NO SUL DO BRASIL: DECRETOS 
E INDICADORES NO ESTADO DE SANTA CATARINA 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho apresentado à Universidade 
Federal de Santa Catarina como requisito 
para a conclusão do Curso de Graduação 
em Medicina. 
 
 
 
 
 
Presidente do Colegiado: Prof. Dr. Aroldo Prohmann de Carvalho 
Professor Orientador: Profª. Drª. Ana Luiza de Lima Curi Hallal 
 
 
 
Florianópolis Universidade Federal de Santa 
Catarina 
2021 
 
iii 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
iv 
 
DEDICATÓRIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico esse trabalho à todas as vidas de algum modo atingidas pela pandemia de COVID-19. 
Em especial, aos profissionais da saúde, que deixaram suas famílias para cuidar de outras em 
necessidade; àqueles que partiram e não puderam dizer adeus, e aos que recém chegaram e 
foram privados do carinho e do calor de toda sua família; e a tantos outros que bravamente 
puderam ser luz nesse momento obscuro da nossa história. 
 
 “Apesar de você amanhã há de ser outro dia” 
 Chico Buarque, Apesar de Você 
 
 
v 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
 
À minha orientadora Prof.ª Ana Curi, cuja dedicação e paixão pela ciência me inspiraram 
durante toda confecção desse trabalho, bem como me acompanhará pelo resto de minha carreira; 
À coautora Prof.ª Danúbia Hillesheim, que tão humildemente partilhou conhecimentos, suporte 
e risadas, fazendo leve esse processo; 
À coautora e colega Raquel Alencastro, que em tantos momentos me guiou durante a confecção 
desse trabalho, com incontáveis ligações fora de hora e conselhos; 
A todos os Professores que já tive e que me ensinaram muito além de simples conteúdo, mas a 
cultivar a curiosidade, a amar o conhecimento e a acreditar na ciência; 
À minha família, que me moldou confiante em minha capacidade e patrocinou a melhor herança 
que poderiam me deixar: cultura, conhecimento e empatia; 
Aos meus amigos, que sempre me encorajaram e tão pacientemente sempre se dispuseram a 
ouvir meus anseios; 
À minha esposa e melhor amiga, cujo suporte e incentivo incondicional tornou possível esse 
trabalho. 
 
 
 
 
 A todos que contribuíram para 
minha jornada, direta ou indiretamente: obrigada! 
 
 
 
 
1 
 
ARTIGO CIENTÍFICO 
 
Evolução da COVID-19 no sul do Brasil: decretos e indicadores no estado 
de Santa Catarina 
 
 
RESUMO 
 
Objetivo: Descrever a evolução dos decretos estaduais e dos indicadores relacionados a 
COVID-19 em Santa Catarina, Brasil, até a Semana Epidemiológica (SE) 35 de 2020. 
Métodos: Estudo ecológico no qual foram analisados: números e taxas de casos novos e de 
óbitos, taxa de transmissibilidade ajustada (Rt), número de municípios com casos e óbitos, bem 
como os decretos estaduais que regulam o distanciamento social como medida de 
enfrentamento da emergência de saúde pública. O conteúdo dos decretos foi agrupado em 
categorias: Ensino Presencial; Comércio de Bebidas e Alimentos Não Essenciais; Transporte 
de Pessoas; Rede Hoteleira; Comércio de Produtos; Comércio de Alimentos Essenciais; 
Permanência em Praças e Locais Públicos; Cultos Religiosos e Aglomeração de Pessoas. A 
repercussão dos decretos foi classificada em: Restrição; Manutenção e Flexibilização. 
Resultados: Foram registrados 179 443 casos e 2 183 óbitos no período. Os meses de julho e 
agosto registraram o maior número de casos novos e óbitos, respectivamente 87 143 e 947. 
Foram emitidos 15 decretos estaduais com repercussão no distanciamento social nas categorias 
analisadas. No mês de agosto, quando se observa a maior taxa de mortalidade, verifica-se que 
todas as categorias, com exceção de uma, haviam sido flexibilizadas por decretos anteriores, 
sendo que não houve decreto restritivo no referido mês. 
Conclusões: Houve crescimento do número de casos, óbitos e das taxas de incidência e 
mortalidade por COVID-19 no período estudado. Os decretos que flexibilizaram as medidas de 
2 
 
distanciamento social foram emitidos precocemente e em desacordo com o momento 
epidemiológico no estado de Santa Catarina até a 35ª SE de 2020. 
 
Palavras-chave: Infecções por Coronavirus; COVID-19; Mortalidade; Decretos; Legislação. 
 
 
 
 
3 
 
INTRODUÇÃO 
 
Em janeiro de 2021, o Brasil ocupava a terceira posição entre os países com maior 
número de casos confirmados para COVID-19 e a segunda posição em número de óbitos, com 
8 638 249 casos e 212 831 mortes causadas pela doença (1). Resultados de um estudo que 
analisou retrospectivamente todos os pacientes adultos hospitalizados entre as semanas 
epidemiológicas 8 e 33 de 2020; apontam que a mortalidade hospitalar brasileira por COVID-
19 foi elevada, mesmo em pacientes com menos de 60 anos, e agravada pelas disparidades 
regionais existentes no sistema de saúde (2). 
A Organização Mundial da Saúde (OMS) orienta que as políticas públicas e sociais 
possuem papel crítico para limitar a transmissão e diminuir as mortes por COVID-19. Destaca, 
ainda, a necessidade de monitoramento regular dos indicadores e de ajuste contínuo das medidas 
ao nível de transmissão de cada país e região. Os indicadores de saúde, juntamente com a 
capacidade de resposta do sistema de saúde, devem ser a base para a adequação e avaliação do 
impacto, bem como guia para mudanças futuras (3,4). Dentre as intervenções para o controle 
da pandemia de COVID-19, as normas de promoção do distanciamento social fazem parte das 
medidas não farmacológicas recomendadas aos países para o controle da pandemia (5,6,7). 
No Brasil, o caráter emergencial da pandemia necessitava de atuação rápida, cooperativa 
e solidária das esferas governamentais. No entanto, o Poder Executivo Federal manteve uma 
postura negacionista, com banalização da pandemia e seus efeitos e com sistemáticas tentativas 
de obstrução às normas promovidas por outros atores, em particular o Congresso Nacional e os 
governos locais (8,9,10,11). Com a regulação da Lei Federal 13 979 (12) (L13979) — que, entre 
outros conteúdos, autorizou a promoção de medidas emergenciais de distanciamento social por 
4 
 
meio de decretos — Governadores e Prefeitos tornaram-se protagonistas na produção de atos 
normativos relacionadas à pandemia de COVID-19 em seus territórios (13). 
Em Santa Catarina, segundo estado mais ao sul do país, de acordo com os dados oficiais, 
houve 549 579 casos confirmados e 5 988 óbitos causados pela da COVID-19 no início de 
janeiro de 2021 (14). Quando comparado aos outros estados brasileiros, Santa Catarina se 
destaca no que tange ao elevado número de casos novos e quanto à mortalidade, o estado 
encontra-se entre aqueles com a menor taxa (15). Um estudo realizado no município de 
Florianópolis, capital do Estado de Santa Catarina, analisou a relação entre o potencial de 
propagação do SARS-CoV-2 e as tomadas de decisão do governo municipal quanto ao 
distanciamento social até 14 de julho de 2021. Os resultados apontaram divergência entre as 
medidasde distanciamento e os indicadores epidemiológicos no momento da decisão política 
(16). 
Assim, considerando o impacto da pandemia da COVID-19 no Brasil, as importantes 
diferenças regionais, e que não foram encontrados estudos que tenham avaliado a coerência 
entre os decretos em nível estadual e os indicadores epidemiológicos, justificamos o presente 
estudo; que tem como objetivo descrever a evolução dos decretos estaduais e dos indicadores 
relacionados a COVID-19 em Santa Catarina, Brasil, até a Semana Epidemiológica 35 de 2020. 
 
MATERIAIS E MÉTODOS 
 
Trata-se de um estudo ecológico, sendo a unidade de análise o estado de Santa Catarina. 
O período estudado foi entre a primeira e a trigésima quinta semana epidemiológica de 2020. 
Foram analisados os casos e óbitos confirmados laboratorialmente para COVID-19 em 
residentes no estado. 
5 
 
Foram considerados casos ou óbitos confirmados aqueles que possuem confirmação 
laboratorial para SARS-CoV-2, com teste por biologia molecular, imunológico, ou pesquisa de 
antígeno; independente dos sinais ou sintomas (17). 
A fonte dos dados utilizada foi a plataforma de dados abertos do estado (18), consultada 
no dia 11/09/2020. As informações sobre a população residente foram obtidas no site do 
departamento de informática do Sistema Único de Saúde do Brasil (DATASUS), consultando-
se a projeção da população de Santa Catarina estimada para 2020. As estimativas da taxa de 
transmissibilidade (Rt) são oriundas do painel da Rede CoVida Ciência, Informação e 
Solidariedade (19), coletadas para o primeiro dia de cada mês. Os decretos utilizados no estudo 
foram identificados na plataforma de dados abertos do estado de Santa Catarina (18) e foram 
extraídos em inteiro teor do Diário Oficial do Estado de Santa Catarina. 
As variáveis analisadas foram: número de casos novos (segundo data de início dos 
sintomas), número de óbitos nas última 24 horas (segundo data do óbito), taxa de mortalidade, 
taxa de incidência, taxa de transmissibilidade ajustada (Rt), número de municípios com casos e 
de municípios com óbitos. Os dados foram descritos de acordo com os meses do calendário. 
As taxas de incidência e de mortalidade foram obtidas dividindo-se o número de casos 
e óbitos nas últimas 24 horas, respectivamente, pela população residente, por 100 000 mil 
habitantes. Os dados foram analisados no software Stata, versão 14. 
Foram analisados os Decretos do Estado de Santa Catarina que regulam matéria 
relacionada à lei 13 979/2020 (12), sendo coletadas as seguintes informações: número do 
decreto, data da publicação, data da entrada em vigor, medida de distanciamento social 
implementada e repercussão sobre a categoria em relação à normativa anterior. A análise 
teve por objetivo avaliar medidas de distanciamento social, sendo criadas nove categorias de 
agrupamento de atividades, a saber: A. Ensino Presencial; B. Comércio de Bebidas e Alimentos 
6 
 
não Essenciais; C. Transporte de Pessoas; D. Rede Hoteleira; E. Comércio de Produtos; F. 
Comércio de Alimentos Essenciais; G. Permanência em Praças e Locais Públicos; H. Cultos 
Religiosos e I. Aglomeração de Pessoas. 
A. Ensino Presencial: Incluídos todos os níveis educacionais, desde básico à 
universidade, bem como educação de jovens adultos, ensino técnico e capacitação 
pública; 
B. Comércio de Bebidas e Alimentos não Essenciais: Incluídos restaurantes, bares 
e demais estabelecimentos que fornecem alimentos e bebidas não essenciais; 
C. Transporte de Pessoas: Incluídos transporte aéreo, terrestre ou aquaviário; 
D. Rede Hoteleira: Incluídos hotéis, pousadas, ou qualquer forma de hospedagem 
onerosa; 
E. Comércio de Produtos: Incluído comércio de produtos não alimentícios e não 
essenciais em geral; 
F. Comércio de Alimentos Essenciais: Incluídos supermercados, mercados, 
mercearias, padarias, açougues e peixarias; 
G. Permanência em Praças e Locais Públicos: Incluídos espaços públicos de uso 
coletivo como praias, parques e praças; 
H. Cultos Religiosos: Incluído culto de caráter religioso e missas; 
I. Aglomeração de Pessoas: Incluída qualquer regulação sobre a matéria, 
especificada ou não pelo redator, desde que haja menção literal do termo. 
 
A repercussão dos decretos sobre as categorias de agrupamentos foi classificada em três 
categorias: (a) Restrição; (b) Manutenção; (c) Flexibilização. 
 
 
7 
 
a. Restrição: Repercussão provocada por decreto cujo texto apresenta medidas 
restritivas iniciais para a categoria ou medidas cujos efeitos restritivos superam aqueles 
em vigor anteriormente ao decreto. Para fins de superação, considerou-se o impacto da 
medida e não o prazo de vigência. 
b. Manutenção: Considerou-se quando novo decreto prorroga o prazo de vigência 
de medidas restritivas de decretos anteriores, com produção de iguais efeitos; 
c. Flexibilização: Categoria destinada a decretos cujo impacto do teor restritivo 
percebe-se diminuído em relação ao decreto anterior; ou ao decreto que transcorre o 
prazo de vigência do anterior, sem adicionar novas restrições na categoria. 
Considerando que os dados utilizados no presente estudo são de domínio público e sem 
identificação dos participantes, o presente estudo não foi submetido à avaliação do Comitê de 
Ética em Pesquisa com Seres Humanos, conforme resolução nº 510, de 7 de abril de 2016 do 
CNS. 
RESULTADOS 
 
 Foram registrados 179 443 casos confirmados laboratorialmente para a COVID-19 em 
residentes do estado de Santa Catarina e 2 183 óbitos até o final da semana epidemiológica 35 
de 2020. Os meses de Julho e Agosto registraram o maior número de casos novos e de óbitos 
no período, respectivamente 87 143 e 947. A taxa de incidência passou de 20,4 casos a cada 
100 000 habitantes no mês de março para 1 201,6 em julho e 642,2 em agosto. No mês de 
agosto, observou-se a maior taxa de mortalidade do período, correspondente a 13,1 óbitos a 
cada 100 000 habitantes (Tabela 1). 
No primeiro dia do mês de abril, uma pessoa infectante produziu, em média, 3 infecções 
secundárias (Rt=3). Nos meses subsequentes observou-se que este indicador foi de 1,2. No mês 
8 
 
de agosto de 2020, todos os municípios do estado já possuíam casos notificados da doença, 
enquanto os óbitos estavam presentes em 69,8% deles (Tabela 1). 
 
<Inserir Tabela 1> 
 
No período analisado, foram emitidos 31 decretos estaduais, sendo três legislativos e 
28 executivos. Dentre os 31 decretos estaduais, 15 emitiram medidas que restringiam, 
flexibilizaram ou mantiveram o distanciamento social das categorias de agrupamento de 
atividades analisadas. 
No mês de março de 2020 foram emitidos seis decretos, todos com efeitos restritivos ou 
de manutenção da restrição. Em abril, foram emitidos quatro decretos com sete repercussões de 
flexibilização nas categorias analisadas; a saber: Comércio de Bebidas e Alimentos não 
Essenciais, Rede Hoteleira, Comércio de Produtos, Permanência em Praças e Locais Públicos, 
Cultos Religiosos e Aglomeração de Pessoas. No mês de junho, foi emitido um decreto que 
produziu flexibilização das medidas no Ensino presencial, Transporte de pessoas e 
Aglomeração de pessoas. Nos meses de julho e agosto, foram emitidos três e um decretos, 
respectivamente, cujas principais características foram a manutenção das flexibilizações de 
medidas e a restrição para municípios de regiões classificadas como risco gravíssimo, segundo 
a Matriz de Risco Potencial divulgada pela Secretaria de Estado da Saúde. No mês de agosto, 
todas as categorias, com exceção de uma, haviam sofrido flexibilizações e não houve decretos 
restritivos no referido mês (Quadro 1). 
 
<Inserir Quadro 1> 
 
9 
 
A Figura 1 apresenta a evolução temporal do número de casos novos de COVID-19 e 
dos decretos estaduais em Santa Catarina. No mês de abril, observam-se os primeiros decretos 
com flexibilizações do distanciamento social nas categorias analisadas,sendo que entre os dias 
11 de abril e 1o de junho foram emitidos os decretos de números 554, 587 e 630, que resultaram 
na flexibilização de todas as categorias de agrupamento de atividades analisadas, com exceção 
da categoria Comércio de Alimentos Essenciais. Entre os decretos de números 554 e 630, houve 
um aumento de 1 805% no número de novos casos por dia. Após este período, o primeiro 
decreto apresentando restrições de atividades, incidiu sobre municípios de regiões classificadas 
como risco gravíssimo, segundo a Matriz de Risco Potencial divulgada pela Secretaria de 
Estado da Saúde (20) (Figura 1). 
 
<Inserir Figura 1> 
 
 A Figura 2 apresenta a evolução temporal do número de óbitos nas últimas 24 horas pela 
COVID-19 e dos decretos estaduais em Santa Catarina. Os primeiros cinco decretos que 
restringiram atividades, 507, 509, 515, 521 e 525, foram emitidos quando não haviam óbitos 
registrados pela COVID-19 no estado. Nos meses de maio, junho, julho e agosto de 2020, em 
contraste com o crescimento do número de óbitos, não foram emitidos decretos restritivos, com 
exceção do de número 724 referente somente aos municípios de regiões classificadas como 
risco gravíssimo, segundo a Matriz de Risco Potencial divulgada pela Secretaria de Estado da 
Saúde (20) (Figura 2). 
 
<Inserir Figura 2> 
 
DISCUSSÃO 
10 
 
 A taxa de transmissibilidade ajustada (Rt) em Santa Catarina iniciou em 3, no mês de 
abril, e manteve-se em 1,2 até o final da 35ª semana epidemiológica de 2020. Tais achados são 
consistentes com às taxas nacionais encontradas em estudo sul-americano, que aponta Rt inicial, 
após 14 dias da primeira infecção no território nacional, de 3,4 e de 1,2 após 90 dias (21). 
Neste período, foram emitidos 15 decretos estaduais que impactaram no distanciamento 
social das categorias de agrupamento de atividades analisadas. O primeiro decreto sobre a 
matéria foi emitido em 16 de março de 2020, quando não havia ocorrido nenhum óbito e havia 
520 casos confirmados. Sob o decreto número 507, modestamente inaugurou-se medidas de 
distanciamento social na categoria de Ensino Presencial. 
O decreto número 509, regula novamente sobre a mesma categoria apenas um dia após 
as primeiras restrições. Dessa vez, no entanto, as restrições estenderam-se às unidades das redes 
públicas e privadas de ensino municipal, estadual e federal, com suspensão total do ensino 
presencial. No mesmo decreto, ainda é regulada a categoria Aglomeração de Pessoas, a fim de 
suspender eventos e atividades de qualquer natureza com previsão de “grande aglomeração”. 
Nesse sentido, há definição do conceito para grande aglomeração, correspondendo a mais de 
100 pessoas em ambiente fechado e 200 em espaços abertos. Por fim, também foi estabelecida 
a distância mínima de 1,5 metro entre as mesas para estabelecimentos de Comércio de Bebidas 
Não Essenciais, iniciando as regulações à categoria. 
Publicado no mesmo dia do 509, o decreto de número 515 apresenta novas restrições a 
cinco categorias de interesse. Destacam-se, entre elas, a suspensão total de atividades das 
categorias Comércio de Bebidas e Alimentos Não Essenciais e Cultos Religiosos. 
Sob o nº 521, o próximo decreto modifica o anterior, 515, com a finalidade de aumentar 
a restrição à categoria de Transporte de Pessoas. De modo que, pela primeira vez, os efeitos da 
11 
 
suspensão dessa categoria estendem-se aos veículos de fretamento. Ainda, são apresentadas 
restrições iniciais à categoria Permanência em Praças e Locais Públicos. 
No período entre os decretos de número 521 e 525, dia 20 de março de 2020, o Governo 
Federal adotou a Medida Provisória (MP) 926/2020 (22), que, entre outros conteúdos, alterou 
a lei 13 979 a fim de limitar a competência de governadores e prefeitos na expedição de 
decretos, conferindo apenas à União o direito de decidir sobre certas restrições. Destaca-se que 
nesse momento, a L13979 já vigorava há 14 dias, sendo que todos os 27 estados brasileiros já 
haviam expedido decretos regulando-a (23). A proposta de alteração da MP foi, em seguida, 
alvo de Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI), protocolada no dia 23 de março de 2020, 
sob o nº 6 341 (24). No dia 24 de março de 2020, o Supremo Tribunal Federal deferiu em parte 
um pedido de liminar proposto na ADI 6 341, a fim de reconhecer a competência concorrente 
entre estados, municípios e União na tomada de providências normativas e administrativas no 
combate ao coronavírus (25). Dessa forma, a dispor da intercorrência, estados e municípios 
tiveram assegurados seu direito constitucional de legislar sobre saúde pública. 
Em 23 de março de 2020, o decreto de número 525 regulamentou quase todas as 
categorias de interesse, à exceção de Aglomeração de Pessoas. Efetivamente, sete categorias 
foram mantidas, havendo restrições aplicadas apenas à categoria de Comércio de Alimentos 
Essenciais — reduzindo a capacidade de atendimento a 50% e estabelecendo a distância 
mínima de 1,5 metros entre cada pessoa. 
Cabe destacar que a categoria Comércio de Alimentos Essenciais foi alvo de apenas 
uma normativa restritiva, cujos efeitos mantiveram-se em vigor, sem flexibilização ou restrições 
posteriores. Isso ocorre porque, ainda que existam alterações dentre os serviços classificados 
como essenciais no decorrer do período estudado; supermercados, mercados, mercearias, 
12 
 
padarias e peixarias mantiveram-se dentro dessa categorização desde o decreto de nº 515 até o 
final da 35ª semana epidemiológica. 
O período entre 24 de março e 10 de abril de 2020, possui apenas dois decretos de 
interesse expedidos pelo estado de Santa Catarina , os de números 535 e 550. Ambos não 
oferecem novas restrições ou flexibilizações, apenas mantendo restrições previstas 
anteriormente. 
O decreto de número 554 é o único decreto misto dentre os estudados, com 
flexibilização e restrição do distanciamento social em diferentes categorias. Para a categoria 
Rede Hoteleira, há flexibilização de todas as restrições, sem retorno até o final do período 
estudado. Também flexibilizada, a categoria Comércio de Bebidas e Alimentos Não Essenciais, 
passa a poder operar com sistema de tele-entrega ou retirada no estabelecimento. A única 
categoria que sofre restrição é a de Aglomeração de Pessoas, com a retirada do quesito de 
“grande aglomeração” estabelecido no decreto 509. A nova medida prevê que “fica proibida a 
aglomeração de pessoas em qualquer ambiente, seja interno ou externo, conforme regras 
sanitárias emitidas pelo COES da SES”. O decreto não estabelece um número mínimo ou 
máximo de pessoas que constituam aglomeração. 
O decreto seguinte, de número 562 não apresenta mudanças efetivas, com modificação 
apenas da ordem de redação dos artigos. Já o decreto de número 587, trouxe mudanças 
consideráveis no que se refere às medidas de distanciamento social no estado, sendo o segundo 
de três decretos de flexibilização. Efetivamente, houve flexibilização de cinco das categorias de 
interesse, com manutenção das restrições anteriores em outras três. O terceiro dos decretos de 
flexibilização é o de número 630, emitido após pouco mais de um mês desde o último decreto 
com impacto nas categorias estudadas. Esse decreto flexibiliza três das quatro categorias que 
ainda apresentavam medidas restritivas. 
13 
 
No dia oito de maio de 2020, foi publicada a lei estadual 17 940 (L17940) que, entre 
outros conteúdos, insere tal categoria dentro de atividades essenciais (26). De acordo com a 
legislação brasileira, decretos são hierarquicamente inferiores às leis ordinárias e não podem 
contrariá-las. Dessa forma, com a aprovação da L17940, o poder legislativo limita os poderes 
do poder executivo em propor restrições à categoria Cultos Religiosos. No entanto, no estado 
de Santa Catarina, a categoria já se encontrava completamente flexibilizada no pelo decreto 
587. Dessa forma, diferente do ocorridoem outros estados (9), a expedição da L17940 não se 
deu com a intenção de limitar o governador do estado de Santa Catarina, mas sim de impedir 
que prefeitos pudessem suspender, ou regular a categoria. 
Passados 46 dias desde o último decreto, de 1º de junho até 17 de julho de 2020, verifica-
se a emissão do decreto número 724. Esse, ainda que reintroduza restrições a duas categorias 
de interesse — Transporte de Pessoas e Permanência em Praças e Locais Públicos —, somente 
incide sobre regiões com risco potencial gravíssimo, segundo a Matriz de Risco Potencial 
divulgada pela Secretaria de Estado da Saúde (20). 
Os decretos seguintes, de números 740 e 762, mantêm a normativa anterior realizando 
apenas as alterações necessárias a fim de atualizar as regiões de saúde classificadas em risco 
gravíssimo no momento da expedição do decreto. Por fim, no decreto de número 792, último 
de interesse expedido dentro do período estudado, autoriza a atualização das regiões 
classificadas em risco gravíssimo de forma automática, segundo a Matriz de Risco Potencial 
divulgada pela Secretaria de Estado da Saúde (20). 
Um estudo brasileiro sobre o tema, que caracterizou as medidas de distanciamento 
social implementadas pelas Unidades da Federação brasileiras, concluiu que na maioria delas, 
as medidas de distanciamento social foram implementadas de maneira precoce, considerando a 
fase da curva de crescimento exponencial de casos e de óbitos por COVID-19. No referido 
14 
 
estudo, o estado de Santa Catarina foi classificado na categoria intermediário quando 
considerado o momento epidemiológico em que cada Unidade da Federação brasileira 
implementou as categorias de medidas de distanciamento social segundo número de casos 
confirmados de COVID-19 (23). 
O momento da expedição de decretos é tão importante quanto seus conteúdos para 
desaceleração do número de casos e óbitos por COVID-19 (6,27). Dentre os impactos dos 
decretos emitidos pelo estado de Santa Catarina entre a primeira e trigésima quinta semanas 
epidemiológicas, as flexibilizações requerem especial atenção dado o momento de sua 
implementação. Entre os dias 11 de abril e 1 de junho de 2020, foram expedidos os três decretos 
de flexibilização estudados, os de números 554, 587 e 630. Concomitantemente ao 
crescimento de 1 804,8% no número absoluto de novos casos da doença. 
No que se refere ao momento de flexibilização de medidas de distanciamento, é 
considerada prematura a flexibilização das restrições antes do alcance da taxa de 
transmissibilidade (Rt) abaixo de 1 (28). Dessa forma, as todas as flexibilizações decretadas 
pelo estado de Santa Catarina, seja na emissão dos decretos de números 554, 587 ou 630, 
ocorram de forma precoce, uma vez que o Rt encontrado nesses momentos era de 1,2 (19). 
Soma-se a isso, o fato de que a flexibilização de medidas no estado se deu de forma abrupta, 
em desacordo com o que preconizado na literatura (27,29,30). Efetivamente, sete das nove 
categorias de interesse foram flexibilizadas no período de 32 dias entre os decretos de números 
587 e 630. Todas as categorias de atividades, exceto Comércio de Alimentos Essenciais, foram 
prematuramente flexibilizadas até primeiro de junho. Tais achados são consistentes com outros 
estudos brasileiros que encontraram inadequações no relaxamento de medidas de 
distanciamento social em relação aos dados epidemiológicos (16,31,32). 
15 
 
 Este estudo apresenta potenciais limitações inerentes ao desenho epidemiológico e às 
fontes dos dados adotadas. A escolha pela utilização de dados secundários, tanto para 
identificação dos casos quanto de óbitos por Covid-19, submete os resultados à influência da 
disponibilidade de testes para o diagnóstico laboratorial em Santa Catarina ao longo do 
período; a qualidade do preenchimento das fichas de investigação; e a abrangência dos sistemas 
de informação envolvidos na notificação de casos ambulatoriais e hospitalizados, — a saber e-
SUS VE e o Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (SIVEP-Gripe). 
Além disso, decretos municipais e outras formas de legislação não foram objetos de análise do 
presente estudo. 
 
CONCLUSÕES 
Houve crescimento do número de casos e óbitos por COVID-19, bem como das taxas 
de incidência e de mortalidade até a Semana Epidemiológica 35 de 2020, acompanhado de 
elevação nas taxas de incidência e mortalidade ao longo do estudo. Os decretos que 
flexibilizaram as medidas de distanciamento social, recomendadas para limitar a transmissão e 
reduzir a morbidade e mortalidade por COVID-19, foram emitidos precocemente e em 
desacordo com o momento epidemiológico no estado de Santa Catarina. 
 
 
16 
 
REFERÊNCIAS 
 
1. COVID-19 Map - Johns Hopkins Coronavirus Resource Center [Internet]. Johns Hopkins 
Coronavirus Resource Center. 2021 [citado em 26 jan 2021]. Disponível em: 
https://coronavirus.jhu.edu/map.html 
 
2. Ranzani O, Bastos L, Gelli J, Marchesi J, Baião F, Hamacher S et al. Characterisation of 
the first 250 000 hospital admissions for COVID-19 in Brazil: a retrospective analysis of 
nationwide data. The Lancet Respiratory Medicine. 2021;15:S2213-2600(20)30560-9. 
https://doi.org/10.1016/S2213-2600(20)30560-9 
 
3. World Health Organization. (2020). Considerations for implementing and adjusting public 
health and social measures in the context of COVID-19: interim guidance, 4 November 2020. 
World Health Organization. https://apps.who.int/iris/handle/10665/336374. License: CC BY-
NC-SA 3.0 IGO 
 
4. Santos A, Lopes L,. Coleção COVID-19: Competências e Regras. 1st ed. Brasília: 
Conselho Nacional de Secretários de Saúde - CONASS; 2021 Janeiro. Gestão Estadual do 
SUS: Avaliação da Transparência; p. 188-207. Disponível em: 
https://www.conass.org.br/biblioteca/volume-3-competencias-e-regras/ 
 
5. OPAS. Organização Pan-Americana de Saúde. Medidas Não Farmacológicas para a 
Redução da Disseminação do Vírus. Disponível em: 
https://opascovid.campusvirtualsp.org/covid-19/medidas-nao-farmacologicas-para-reducao-
da-disseminacao-do-virus. Acessado em 21 jan 2021. 
 
6. Lai S, Ruktanonchai N, Zhou L, Prosper O, Luo W, Floyd J et al. Effect of non-
pharmaceutical interventions to contain COVID-19 in China. Nature. 2020;585(7825):410-
413. https://doi.org/10.1038/s41586-020-2293-x 
 
7. Jarvis C, Van Zandvoort K, Gimma A, Prem K, Klepac P, Rubin G et al. Quantifying the 
impact of physical distance measures on the transmission of COVID-19 in the UK. BMC 
Medicine. 2020;18(1). https://doi.org/10.1186/s12916-020-01597-8 
 
8. Conectas. Direitos Humanos. Boletim Direitos na Pandemia nº 4. Disponível em: 
https://www.conectas.org/publicacoes/download/boletim-direitos-na-pandemia-no-4. 
Acessado em 26 jan 2021. 
 
9. Conectas. Direitos Humanos. Boletim Direitos na Pandemia nº 10. Disponível em: 
https://www.conectas.org/publicacoes/download/boletim-direitos-na-pandemia-no-10. 
Acessado em 26 jan 2021. 
 
10. The Lancet. COVID-19 in Brazil: “So what?”. The Lancet. 2020;395(10235):1461. 
 
11. Santos A, Lopes L,. Coleção COVID-19: Reflexões e Futuro. 1st ed. Brasília: Conselho 
Nacional de Secretários de Saúde - CONASS; 2021 Janeiro. A Pandemia De Covid-19 No 
17 
 
Brasil: Consequências De Um Novo Futuro Para A Sociedade Brasileira; p. 84-101. 
Disponível em: https://www.conass.org.br/biblioteca/volume-6-reflexoes-e-futuro/ 
 
12. Brasil. Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro de 2020. Dispõe sobre as medidas para 
enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do 
coronavírus responsável pelo surto de 2019. Disponível em: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2020/lei/l13979.htm 
 
13. Santos A, Lopes L,. COLEÇÃO COVID-19: Competências e Regras. 1st ed. Brasília: 
Conselho Nacional de Secretários de Saúde - CONASS; 2021 Janeiro. Legislação Para O 
Enfrentamento Da Covid-19: Leis E Atos Administrativos; p. 248-268. Disponível em: 
https://www.conass.org.br/biblioteca/volume-3-competencias-e-regras/14. Santa Catarina. Boletim Epidemiológico do estado. 20 de janeiro de 2021. Disponível em: 
http://www.coronavirus.sc.gov.br/wp-content/uploads/2021/01/boletim-epidemiologico-20-
01-2021.pdf. Acessado em 20 jan 2021. 
 
15. Brasil, Ministério da Saúde. COVID-19 no Brasil. Painel. Disponível em: 
https://susanalitico.saude.gov.br/extensions/covid-19_html/covid-19_html.html. Acessado em 
3 nov 2020. 
 
16. Garcia L, Traebert J, Boing A, Santos G, Pedebôs L, d'Orsi E et al. O potencial de 
propagação da COVID-19 e a tomada de decisão governamental: uma análise retrospectiva 
em Florianópolis, Brasil. 2020;23:E200091. http://dx.doi.org/10.1590/1980-549720200091. 
 
17. Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina. Secretaria do Estado de Saúde 
(SES). Manual de orientações da COVID-19 (vírus SARS-CoV-2). Disponível em: 
https://www.saude.sc.gov.br/coronavirus/arquivos/Manual_23-10-atualizado.pdf. Acessado 
em 3 nov 2020. 
 
18. Gerência de Transparência e Dados Abertos. Portal de dados abertos do estado de Santa 
Catarina. Disponível em: http://dados.sc.gov.br. Acessado em 9 nov 2020 
 
19. PAINEL - Rede CoVida [Internet]. Painel.redecovida.org. 2021 [citado em 26 jan 2021]. 
Disponível em: https://painel.redecovida.org/brasil. 
 
20. Gestão da Saúde – Coronavírus [Internet]. Avaliação do Risco Potencial para COVID19. 
Coronavirus.sc.gov.br. 2021 [citado em 26 jan 2021]. Disponível em: 
http://www.coronavirus.sc.gov.br/gestao-da-saude/ 
 
21.Valcarcel B, Avilez J, Torres-Roman J, Poterico J, Bazalar-Palacios J, Vecchia C. The 
effect of early-stage public health policies in the transmission of COVID-19 for South 
American countries. Revista Panamericana de Salud Pública. 2020;44:1. 
https://doi.org/10.26633/RPSP.2020.148 
 
22. Brasil. Medida Provisória nº 926, de 20 de março de 2020. Altera a Lei nº 13.979, de 6 de 
fevereiro de 2020, para dispor sobre procedimentos para aquisição de bens, serviços e 
18 
 
insumos destinados ao enfrentamento da emergência de saúde pública de importância 
internacional decorrente do coronavírus. Disponível em: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2020/Mpv/mpv926.htm 
 
23. Silva L, Lima A, Polli D, Razia P, Pavão L, Cavalcanti M et al. Medidas de 
distanciamento social para o enfrentamento da COVID-19 no Brasil: caracterização e análise 
epidemiológica por estado. 2020;36:e00185020. http://dx.doi.org/10.1590/0102-
311x00185020 
 
24. Brasil. Supremo Tribunal Federal. Consulta de processos. Disponível em: 
http://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=5880765. 
 
25. Brasil. Supremo Tribunal Federal. Notícias STF. STF reconhece competência concorrente 
de estados, DF, municípios e União no combate à Covid-19. Quarta-feira, 15 de abril de 2020. 
Disponível em: http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=441447 
 
26. Santa Catarina. Lei nº 17.940, de 8 de maio de 2020. Reconhece a atividade religiosa 
como essencial para a população de Santa Catarina em situações de calamidade pública, de 
emergência ou de epidemia. Disponível em: 
http://leis.alesc.sc.gov.br/html/2020/17940_2020_lei.html 
 
27. Ferguson NM, Laydon D, Nedjati-Gilani G, Imai N, Ainslie K, Baguelin M, et al. Report 
9: Impact of non-pharmaceutical interventions (NPIs) to reduce COVID19 mortality and 
healthcare demand [Internet]. 2020 Mar 16 [citado em 19 mar 2020]. 
https://spiral.imperial.ac.uk:8443/bitstream/10044/1/77482/14/2020-03-16-COVID19-Report-
9.pdf 
 
28. Prem K, Liu Y, Russell T, Kucharski A, Eggo R, Davies N et al. The effect of control 
strategies to reduce social mixing on outcomes of the COVID-19 epidemic in Wuhan, China: 
a modelling study. The Lancet Public Health. 2020;5(5):e261-e270. 
https://doi.org/10.1016/S2468-2667(20)30073-6 
 
29. Alfano V, Ercolano S. The Efficacy of Lockdown Against COVID-19: A Cross-Country 
Panel Analysis. Applied Health Economics and Health Policy. 2020;18(4):509-517. 
https://doi.org/10.1007/s40258-020-00596-3 
 
30. McGrail D, Dai J, McAndrews K, Kalluri R. Enacting national social distancing policies 
corresponds with dramatic reduction in COVID19 infection rates. PLOS ONE. 
2020;15(7):e0236619. https://doi.org/10.1371/journal.pone.0236619 
 
31. Ferrante L, Steinmetz W, Almeida A, Leão J, Vassão R, Tupinambás U et al. Brazil’s 
policies condemn Amazonia to a second wave of COVID-19. Nature Medicine. 
2020;26(9):1315-1315. https://doi.org/10.1038/s41591-020-1026-x 
 
32. Santos A, Lopes L,. Coleção COVID-19: Reflexões e Futuro. 1st ed. Brasília: Conselho 
Nacional de Secretários de Saúde - CONASS; 2021 Janeiro. O Mundo Pós-covid: As 
19 
 
Implicações Para A Saúde Coletiva; p. 64-83. Disponível em: 
https://www.conass.org.br/biblioteca/volume-6-reflexoes-e-futuro/ 
 
 
 
 
 
20 
 
TABELAS, QUADROS E FIGURAS 
 
 
Tabela 1. Indicadores da COVID-19 segundo mês de ocorrência. Santa Catarina, 1ª a 35 
Semana Epidemiológica de 2020. 
 
Mês Casos* 
n 
Óbitos** 
 n 
 
Taxa de 
Incidência 
Taxa de 
Mortalidade 
Rt 
(IC95%)*** 
Municípios 
com casos 
n (%) 
Municípios 
com óbitos 
n (%) 
Fevereiro 30 - 0,4 - - 17 (5,7) - 
Março 1.483 5 20,4 0,1 - 116 (39,3) 5 (1,6) 
Abril 2.936 49 40,5 0,7 3,0 (0,7; 7,8) 180 (61,0) 31 (10,5) 
Maio 9.698 95 133,7 1,3 1,2 (0,9; 1,5) 244 (82,7) 57 (19,3) 
Junho 31.576 229 435,4 3,2 1,2 (0,9; 1,4) 281 (95,2) 89 (30,1) 
Julho 87.143 858 1.201,6 11,8 1,2 (1,0; 1,3) 295 (100,0) 162 (54,9) 
Agosto 46.577 947 642,2 13,1 1,2 (1,0; 1,3) 295 (100,0) 206 (69,8) 
Total 179.443 2.183 2.474,2 30,1 - 295 (100,0) 295 (100,0) 
* Número de casos novos a cada mês. 
** Número de óbitos registrados a cada mês. 
*** Rt referente ao primeiro dia do mês. 
 
 
 
 
 
21 
 
 
22 
 
 
 
23 
 
 
24 
 
APÊNDICE 
 
ANÁLISE DOS DECRETOS EMITIDOS PELO ESTADO DE SANTA CATARINA 
 
Dos 31 decretos estaduais emitidos no período entre as semanas epidemiológicas 1 e 35, 
três foram decretos legislativos (18 332, 18 333 e 18 334) e 28 foram executivos (507; 509; 
515; 521; 524; 525; 532; 535; 547; 548; 549; 550; 554; 562; 565; 562; 582; 587; 591; 595; 617; 
630; 651; 669; 719; 724; 740; 762; 792). Dentre eles, apenas 15 dos decretos executivos 
emitiram medidas que restringiam, flexibilizaram ou mantiveram os grupos de atividades 
analisados. A saber: 
507 - Regulou apenas sobre a categoria de Ensino Presencial de forma a suspender, em 
seu art. 4º, I: “atividades de capacitação, de treinamento ou de eventos coletivos realizados pelas 
entidades de Administração Pública Estadual Direta e Indireta”. 
509 - Em seus Arts. 1º, 2º e 11, regula-se sobre o Ensino Presencial com novas restrições 
que superam as anteriores. Isso porque, há suspensão de aulas “nas unidades das redes públicas 
e privadas de ensino municipal, estadual e federal”, excedem os efeitos restritivos anteriores 
que abrangiam apenas cursos de capacitação. Ainda no mesmo decreto, no art. 3º, regula-se 
pela primeira vez a categoria Aglomeração de Pessoas, a fim de suspender: “eventos e 
atividades de qualquer natureza com previsão de grande aglomeração”. Para isso, o redator 
apresenta o conceito de grande aglomeração como sendo: mais de 100 pessoas em ambiente 
fechado e 200 em espaços abertos. Por fim, também no art. 3º, em seu §2º, foram estabelecidas 
normas de distanciamento social com “distância mínima de 1,5 metro entre mesas” para 
estabelecimentos de Comércio de Bebidas Não Essenciais, configurando a primeira restrição da 
categoria. 
515 - No que tange ao Comércio de Bebidas e Alimentos Não Essenciais, há suspensão 
total de expediente para a categoria, no art. 2º, II, superando a norma anterior que propunha 
apenas o distanciamento de 1,5 metros entre as pessoas. No mesmo inciso, são feitas também 
as primeiras restrições à categoria de Comércio de Produtos em “... shopping centers” e em “… 
comércio em geral”. Ainda, pela primeira vez, são feitas restrições à categoria de Transporte de 
Pessoas, com a suspensão da circulação deveículos “de transporte coletivo urbano municipal, 
intermunicipal e interestadual de passageiros”, no art. 2º, I. Também suspensas pela primeira 
vez, “a entrada de novos hóspedes no setor hoteleiro”, art. 2º, IV, configurando a restrição 
25 
 
inicial para a Rede Hoteleira. Bem como a suspensão de Cultos Religiosos e a manutenção das 
restrições ao Ensino Presencial (art. 3º). Ainda, no art. 2, §1º, IV, há, pela primeira vez, a 
inclusão do comércio de gêneros alimentícios como serviço essencial, porém, não são impostas 
restrições para a categoria nesse momento. 
521 - Aumenta-se a restrição à categoria de Transporte de Pessoas em seu art. 1º, de 
modo que estendem-se os efeitos da suspensão anterior nessa categoria a "veículos de 
fretamento”. Já o art. 2º deste mesmo decreto, traz pela primeira vez a proibição da 
“permanência de pessoas em espaços públicos de uso coletivo”, inaugurando as restrições da 
categoria Permanência em Praças e Locais Públicos. 
525 - Em seu art. 7º, I, nas alíneas que seguem, garante-se a manutenção das restrições 
das categorias: “a” Comércio de Produtos e Comércio de Bebidas e Alimentos Não Essenciais; 
“c” Rede Hoteleira; “d” e “e” Transporte de Pessoas. Ainda, no mesmo art. 7º, II, mantém-se 
as restrições aos: “a” Ensino Presencial e Cultos Religiosos; “b” Permanência em Praças e 
Locais Públicos. Por fim, o art. 9º, §§ 2º, 3º, 4º e 5º, traz pela primeira vez restrições à categoria 
de Comércio de Alimentos Essenciais a fim de garantir a redução da capacidade de atendimento 
a 50% ( §4º) e garantir a “distância mínima de 1,5 metros entre cada pessoa” ( §5º). 
535 - Decreto modificante do 525, que possui como função única prorrogar prazos de 
vigência das normas estabelecidas no art. 7º, I. 
550 - Decreto modificante do 525, que possui como função única prorrogar prazos de 
vigência das normas estabelecidas no art. 7º, I. 
554 - Modificante, possui um teor de manutenção predominante, com prorrogação dos 
prazos de vigência do decreto 525 para as categorias: Ensino Presencial (art. 1º, II, “a”); 
Transporte de Pessoas (art. 1º, I, “a” e “b”); Comércio de Produtos (art. 1º, I, “c”); Comércio de 
Alimentos Essenciais (art. 2); Permanência em Praças e Locais Públicos (art. 1º, II, “b”); Cultos 
Religiosos (art. 1º, II, “a”). Na categoria Aglomeração de Pessoas (art. 1º, §1º) há nova restrição, 
uma vez que a nova norma supera os efeitos restritivos em vigor anteriormente. Isso porque, o 
redator optou por remover a limitação apresentada à categoria no decreto que tratava de “grande 
aglomeração de pessoas", cujo conceito estava descrito no mesmo decreto. Já na categoria 
Comércio de Bebidas e Alimentos Não Essenciais, há flexibilização das restrições. Isso porque, 
a norma modificada do decreto 525, trazia a redação da suspensão total de atividades para 
estabelecimentos da categoria. A nova normativa, contida no art. 1º, I, “d”, do decreto 554, 
suspende a “permanência de pessoas” nos estabelecimentos da categoria, o que é reforçado 
26 
 
pelo §2º do mesmo artigo: “Fica autorizada a comercialização de alimentos e bebidas por bares, 
cafés, restaurantes e similares somente no sistema de tele-entrega ou retirada no 
estabelecimento”. Por fim, no mesmo decreto, há flexibilização total das restrições à Rede 
Hoteleira, uma vez que há a modificação do art. 7º, I, “c”, do decreto 525, com supressão da 
alínea que regulava a nova entrada de hóspedes no setor, na nova redação. Logo, transcorre-se 
o prazo de vigência da norma anterior, acarretando em flexibilização. 
562 - Houve a manutenção das restrições previstas no 554 em sua totalidade, sem novas 
restrições ou flexibilizações, com alteração apenas da ordem e artigos. Assim, no art. 8º há 
manutenção das restrições às categorias: Transporte de Pessoas (I, “a” e “b”); Comércio de 
Produtos (I, “c”); Comércio de Bebidas e Alimentos Não Essenciais (I, d); Cultos Religiosos e 
Ensino Presencial (II, “a”); Permanência em Praças e Locais Públicos (II, “b”); Aglomeração 
de Pessoas (§1º). Já em seu art. 11, §§ 2º, 4º e 5º, a previsão das medidas de restrição à categoria 
de Comércio de Alimentos Essenciais resta mantida, finalizando a manutenção de normas para 
todas as categorias de interesse, salvo Rede Hoteleira. 
587 - Decreto modificante do decreto de nº 562 com teor mais de flexibilizar que de 
manter as normas anteriores. Efetivamente, houve manutenção de restrições para três das 
categorias de interesse, com flexibilização de cinco. São mantidas as restrições das categorias: 
Ensino Presencial (art. 1º, III); Transporte de Pessoas (art. 1º, I e II); e, Comércio de Alimentos 
Essenciais (art. 3º). Já as flexibilizações ocorrem em maioria por supressão dos incisos e alíneas 
anteriores que tratavam das categorias: Comércio de Produtos; Comércio de Bebidas e 
Alimentos Não Essenciais; Permanência em Praças e Locais Públicos; e Cultos Religiosos. Por 
fim, a última das flexibilizações aparece de forma sutil, mas traz efeitos substanciais para a 
categoria Aglomeração de Pessoas. Isso porque há alteração do texto do art. 8º, §1º, do Decreto 
de nº 562, com a substituição da palavra “proibida” para “limitada", na redação do art. 1º, 
Parágrafo Único, do Decreto 587. Destaca-se que não houve imposição ou qualificação de 
limites pelo redator. 
630 - Prevê a manutenção das normas somente na categoria de Comércio de Alimentos 
Essenciais e flexibilizações, que ocorrem nas categorias: (1) Transporte de Pessoas (art. 1º, I), 
em cuja redação suprime e, dessa forma, deixa de regular sobre a circulação de veículos de 
transporte coletivo urbano municipal e intermunicipal de passageiros, bem como a circulação 
de veículos de transporte interestadual e internacional e de fretamento no território estadual, 
mantendo-se as restrições apenas para o “ingresso no território catarinense”; (2) Ensino 
27 
 
Presencial (art. 1º, §§ 1º e 2º), na qual há retorno dos “estágios obrigatórios e atividades práticas 
presenciais curriculares nos laboratórios de cursos superiores”; e, por fim, Aglomeração de 
Pessoas sobre sua flexibilização final, com total supressão do parágrafo que dessa tratava. 
724 - Primeiro a trazer restrições após todas as flexibilizações, mas somente às 
categorias Transporte de Pessoas e Permanência em Locais Públicos e incidindo apenas sobre 
as regiões de saúde em risco gravíssimo, classificadas segundo matriz de risco epidemiológico-
sanitário da Secretaria de Estado da Saúde (disponível em 
http://www.coronavirus.sc.gov.br/gestao-da-saude/). Modificante do decreto de nº 562, para 
acrescentar o art. 8º-A, restringindo a aplicação das normas aos municípios pertencentes a tais 
regiões. Em seu inciso I, há restrição à categoria de Transporte de Pessoas, com suspensão da 
“circulação de veículos de transporte coletivo urbano municipal e intermunicipal de 
passageiros”. Importante mencionar, que ainda que modificante do decreto 562, cuja última 
modificação relevante a esse estudo fora feita no decreto de nº 630, a nova redação assemelha-
se muito mais à restrição inicial à categoria de Transporte de Pessoas, disposta no art. 2º, I, do 
decreto de nº 515. Ou seja, não há restrições ao ingresso de veículos no território catarinense, 
uma vez que o decreto 724 não se aplica a todo território estadual, somente aos municípios sob 
risco gravíssimo. A segunda das restrições impostas pelo decreto 724 foi deliberada no inciso 
II, no qual há suspensão da “concentração e permanência de pessoas em espaços públicos de 
uso coletivo”, trazendo o texto original do decreto 562 e restringindo novamente a categoria de 
interesse Permanência em Praças e Locais Públicos. Por fim, o redator adiciona o §1º ao art. 8º-
A a fim de citar as regiões consideradas em risco gravíssimo à época, para as quais se aplicariam 
as normas. 
740 - Mantém a normativa anterior realizando apenas as alterações necessárias para que 
haja atualizaçõesdas regiões de saúde que se encontravam em risco gravíssimo no momento da 
expedição do decreto (24 de julho de 2020). 
762 - Mantém a normativa anterior realizando apenas as alterações necessárias para que 
haja atualizações das regiões de saúde que se encontravam em risco gravíssimo no momento da 
expedição do decreto (31 de julho de 2020). 
792 - Autoriza a automatização da aplicação dos efeitos da norma anterior (decreto 724) 
a fim de que não seja necessário novo decreto toda vez que houver nova classificação de regiões 
de saúde em risco gravíssimo. Isso se dá pela adição do §3º ao art. 8º-A que autoriza a aplicação 
28 
 
do ato normativo às regiões de saúde automaticamente àquelas informadas por meio de portaria 
(ato normativo ministerial, não do poder executivo). 
 
 
 
29 
 
ANEXO 1 
 
NORMAS DE PUBLICAÇÃO DA REVISTA “REVISTA PAN-AMERICANA DE 
SAÚDE PÚBLICA” 
Instruções aos autores e diretrizes para apresentação de manuscritos 
1 INFORMAÇÃO GERAL 
1.1 Objetivos e leitores 
A Revista Pan-Americana de Saúde Pública/Pan American Journal of Public Health 
(RPSP/PAJPH) é uma revista científica mensal de acesso gratuito, revisada por pares. Ë a 
publicação técnica e científica oficial da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). cuja 
Sede está localizada em Washington, D.C., Estados Unidos da América. 
Sua missão consiste em servir como um importante veículo de disseminação de informação 
científica em saúde pública de relevância internacional, principalmente em áreas 
relacionadas com a missão essencial da OPAS de fortalecer os sistemas de nacionais e locais 
de saúde, bem como melhorar a saúde dos povos da Região das Américas. 
Para isso, a RPSP/PAJPH publica materiais que refletem os principais objetivos estratégicos e 
as áreas programáticas da OPAS: saúde e desenvolvimento humano, promoção e proteção da 
saúde, prevenção e controle de doenças transmissíveis e crônicas, saúde materno- infantil, 
gênero e saúde da mulher, saúde mental, violência, nutrição, saúde ambiental, administração de 
desastres, desenvolvimento de sistemas e serviços de saúde, determinantes sociais de saúde, e 
equidade em saúde. 
O objetivo da RPSP/PAJPH é fechar a lacuna existente entre os responsáveis pela formulação 
de políticas e pesquisadores, profissionais da saúde e médicos. 
1.1.2 Conteúdo 
30 
 
A RPSP/PAJPH considera as seguintes contribuições: artigos baseados em pesquisa original, 
revisões, relatos especiais, opiniões e análises, comunicações breves, temas atuais, e cartas ao 
editor. Encontra-se a seguir uma breve descrição das características específicas de cada tipo de 
contribuição e na seção 2 estão indicadas as especificações de formatação para cada tipo de 
manuscrito. 
Em geral, as seguintes contribuições não serão consideradas para publicação: relatos de casos 
clínicos, relatos episódicos de intervenções específicas, relatórios sobre estudos individuais 
propostos para publicação em série, revisões bibliográficas não críticas e descritivas, 
manuscritos com significativa sobreposição ou que apresentem diferenças mínimas de 
resultados de pesquisa anteriores e reimpressões ou traduções de artigos já publicados em outros 
periódicos — seja de maneira impressa ou eletrônica. Exceções à estas regras gerais serão 
avaliadas e poderá haver uma determinação diferente para cada caso. 
1.2.1 Artigos de pesquisa original 
Os relatos de pesquisa original se centram em estudos substanciais nos temas de saúde pública 
de interesse da Região das Américas. A pesquisa experimental ou de observação deve seguir o 
formato IMRAD (do acrônimo em inglês de Introdução, Materiais e Métodos, Resultados e 
Discussão). 
1.2.2 Revisões 
Revisões sistemáticas de prioridades e intervenções relevantes em saúde pública também serão 
consideradas. 
1.2.3 Relatos especiais 
Estes são relatos sobre pesquisa, estudos ou projetos relevantes para a Região das Américas. 
1.2.4 Opinião e análise 
Documentos de opiniões oficiais, reflexões e análises podem ser apresentados nos temas de 
interesse para o campo da saúde pública. 
31 
 
1.2.5 Comunicações breves 
As comunicações breves descrevem técnicas ou metodologias inovadoras ou promissoras, ou 
detalham os resultados preliminares de pesquisa sobre temas de especial interesse para a saúde 
pública. 
1.2.6 Temas atuais 
Estes incluem análise de iniciativas, intervenções em saúde e/ou tendências epidemiológicas 
atuais, tanto nacionais quanto regionais, relacionadas a doenças e aos principais problemas de 
saúde nas Américas. 
1.2.7 Cartas ao editor 
Esclarecimentos, pontos de discussão, ou outras observações sobre o conteúdo apresentado na 
RPSP/PAJPH são bem-vindos. Cartas com comentários sobre temas específicos em saúde 
pública também serão consideradas. 
1.3 Idioma 
Os manuscritos são recebidos em inglês, português ou espanhol. Recomenda-se firmemente que 
os autores os escrevam em sua língua materna. O domínio inadequado de um segundo idioma 
pode tornar confuso o significado do texto e, frequentemente, não condirá com a precisão 
científica que requerem os artigos de pesquisa de alta qualidade. 
Nomes formais de instituições, seja nos textos como na afiliação dos autores, não devem ser 
traduzidos, a menos que exista uma tradução oficialmente aceita. Ademais, os títulos nas 
referências bibliográficas devem ser mantidos em seu idioma original. 
1.4 Diretrizes e protocolos de pesquisa 
A RPSP/PAJPH segue os Requisitos Uniformes para Manuscritos Submetidos a Revistas 
Biomédicas, criado e atualizado pelo Comitê Internacional de Editores de Revistas Médicas 
(ICMJE, sigla em inglês), e está listada entre os periódicos que seguem esses requisitos. Essas 
diretrizes incluem considerações éticas, autoria e colaboração, avaliação por pares, conflitos de 
32 
 
interesses, privacidade e confidencialidade, proteção de seres humanos e animais, assim como 
questões editoriais e de publicação, como publicidade, publicações superpostas, referências e 
registro de ensaios clínicos. Consulte abaixo uma descrição detalhada de cada uma dessas 
diretrizes. 
A RPSP/PAJPH espera que os autores sigam os melhores protocolos de pesquisa disponíveis. 
Os protocolos de pesquisa são descritos no Centro de Recursos da Rede EQUATOR. A 
Biblioteca Nacional de Medicina (National Library of Medicine) dos Estados Unidos atualiza 
e publica uma lista completa das principais diretrizes para a apresentação de relatos em pesquisa 
biomédica. Além disso, na Seção de Recursos para Autores da RPSP/PAJPH estão descritas as 
diretrizes e boas práticas adicionais para pesquisa e redação científica. 
Com base nas recomendações da OMS e do ICMJE, a RPSP/PAJPH exige que os ensaios 
clínicos sejam inscritos em um registro público de ensaios como condição para ser considerados 
para publicação. O número inscrição do ensaio clínico deve ser publicado ao final do resumo 
com um link ao registro correspondente. A RPSP/PAJPH não estipula uma base de registro em 
particular, mas recomenda aos autores que inscrevam os ensaios 
clínicos em um dos registros certificados pela OMS e pelo ICMJE, disponíveis na Plataforma 
de Registro de Ensaios Clínicos Internacional. 
1.5 Ética 
A RPSP/PAJPH se compromete com os princípios éticos mais estritos para a condução de 
pesquisas, conforme previsto pela Declaração de Helsinque, 2013 (Espanhol) e las International 
Ethical Guidelines for Health-related Research Involving Humans de CIOMS. Quando se relata 
pesquisa realizada com seres humanos os autores devem incluir informações sobre os comitês 
de ética que aprovaram o estudo antes de seu início. Os estudos devem ser aprovados no país 
onde foram conduzidos. Se um estudo for considerado isento de revisão dos aspectos éticos, os 
autores devem fornecer a documentação para tal isenção. 
1.6 Conflito de interesses 
33 
 
Os autores devem revelar todas as informaçõessobre qualquer subvenção ou subsídio para 
cobrir os custos de pesquisa recebidos de entidades comerciais ou privadas, organização 
nacional ou internacional, ou organismo de apoio à pesquisa. Estas declarações ajudam o leitor 
a melhor compreender a relação entre os autores e as diversas entidades comerciais que tenham 
interesse na informação revelada no artigo publicado. 
A RPSP/PAJPH adere às recomendações do ICMJE para a divulgação de conflitos de 
interesses. O ICMJE solicita aos autores que informem os quatro seguintes tipos de informação: 
1. Associaçõescomentidadescomerciaisqueprestaramapoioaotrabalhoinformadono 
manuscrito apresentado; 
2. Associaçõescomentidadescomerciaisquepoderiamterinteressenomanuscrito 
apresentado; 
3. Associações financeiras que envolvam familiares; e 
4. Outrasassociaçõesrelevantesnãofinanceiras. 
Os autores são os únicos responsáveis pelos critérios expressos em seus textos, que não 
necessariamente reflitem a opinião ou a política da RPSP/PAJPH. A menção de empresas 
específicas ou produtos de certos fabricantes não implica que sejam respaldados ou 
recomendados em preferência a outros de natureza semelhante. Sempre que possível, devem 
ser utilizados nomes genéricos para medicamentos ou produtos. 
1.7 Direitos autorais 
Como condição para publicação, a RPSP/PAJPH exige que os autores forneçam informação 
indicando que o texto, ou qualquer contribuição similar, não tenha sido anteriormente publicado 
em formato impresso ou eletrônico, e que não esteja sendo simultaneamente apresentado a 
qualquer outro periódico, até que a RPSP/PAJPH chegue a uma decisão com respeito a sua 
publicação. Qualquer indicação de possível publicação prévia em qualquer outro formato deve 
ser informado por ocasião da submissão do manuscrito e deve incluir cópia ou link da 
publicação. Os autores são exclusivamente responsáveis por obter a permissão para reproduzir 
qualquer material protegido por direitos autorais contido no manuscrito submetido. O 
manuscrito deve ser acompanhado de uma carta original 
34 
 
concedendo, explicitamente, tal permissão em cada caso. As cartas devem especificar 
exatamente as tabelas, figuras ou o texto que estão sendo citados e a maneira em que serão 
utilizados, juntamente com uma referência bibliográfica completa da fonte original. 
No caso de documentos contendo traduções de material citado, ao apresentar o manuscrito é 
preciso identificar e incluir claramente um link ou cópia daquele texto no idioma original. 
Os artigos da Revista são de acesso aberto e são distribuídos sob os termos da Licença Creative 
Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 IGO License, que permite o uso, 
distribuição e reprodução em qualquer meio, desde que o trabalho original seja devidamente 
citado. Não são permitidas modificações ou uso comercial dos artigos. Em qualquer reprodução 
do artigo, não deve haver nenhuma sugestão de que a OPAS ou o artigo avaliem qualquer 
organização ou produtos específicos. Não é permitido o uso do logotipo da OPAS. 
1.8 Processo de avaliação por pares 
Os manuscritos são submetidos à seleção por meio de um processo formal de revisão por pares. 
Inicialmente, um manuscrito que satisfaça os requisitos gerais de apresentação e cumpra com o 
alcance temático da RPSP/PAJPH será revisado pelos Editores Associados para determinar se 
existe validez científica e relevância para os leitores da Revista. Se este for o caso, o artigo será 
enviado para pelo menos três diferentes revisores que realizam a avaliação por pares na 
modalidade duplo cego. Ao receber todas as revisões solicitadas, os Editores Associados 
prepararão uma recomendação ao Editor-Chefe para: (a) rejeitar o manuscrito; (b) aceitar 
condicionalmente o manuscrito (seja com observações mínimas ou importantes); ou (c) aceitar 
o manuscrito sem alterações. 
No caso de aceitação condicional, será solicitado aos autores que revisem o manuscrito para 
abordar as questões e recomendações dos pareceristas, ou para fornecer, alternativamente, uma 
justificativa detalhada das razões pelas quais estão em desacordo com tais observações. O 
manuscrito é novamente revisado pelos Editores Associados, assim como, em alguns casos, por 
novos pareceristas. Note que o texto poderá ser submetido a tantas revisões quanto forem 
necessárias, assegurando que os autores tenham abordado adequadamente todas as questões 
suscitadas. 
35 
 
O Editor-Chefe toma a decisão final sobre a aceitação ou rejeição de manuscritos. Todas as 
decisões são comunicadas por escrito ao autor correspondente. 
O tempo necessário para processar um manuscrito varia, dependendo da complexidade da 
matéria e da disponibilidade dos pareceristas adequados. 
Os documentos aceitos estão sujeitos à revisão editorial. Vide seção 2.10, "Correção do 
manuscrito", para maiores informações. 
1.9 Disseminação 
A RPSP/PAJPH é publicada em formato eletrônico no website da Revista. Ademais, está 
indexada nas principais bases de dados bibliográficas. 
A RPSP/PAJPH deposita uma versão completa dos manuscritos aceitos para publicação em 
formato eletrônico no Repositório Institucional da OPAS para Intercâmbio de Informações, na 
coleção Saúde Pública SciELO, PubMed e em outras bases de dados científicas 
relevantes. Os usuários podem se registrar no website da Revista para receber o índice dos 
artigos publicados. 
Os links contidos nos metadados das base de dados levam diretamente ao texto completo dos 
artigos publicados. 
Os manuscritos da Revista também são disseminados através de uma lista de e-mails e da conta 
de Twitter da Revista. 
2 DIRETRIZES PARA A APRESENTAÇÃO DE MANUSCRITOS 
2.1 Critérios gerais para a aceitação de manuscritos 
A seleção do material para publicação na RPSP/PAJPH se baseia nos seguintes critérios: 
• • Adequação quanto ao alcance temático da Revista; 
• • Validade científica, originalidade, relevância e atualidade da informação; 
• • Aplicabilidade fora de seu lugar de origem e na Região das Américas como um todo; 
• • Cumprimento das normas da ética médica que rege a pesquisa conduzida com seres 
36 
 
humanos e animais; 
• • Cumprimento de protocolos específicos para a apresentação de informação de 
pesquisa; 
• • Coerência entre o projeto e a metodologia de pesquisa; 
• • Necessidade de atingir um certo equilíbrio na cobertura temática e geográfica. 
Os manuscritos devem cumprir com as especificações delineadas nessas Instruções e 
Diretrizes para serem aceitos. Os autores devem ler cuidadosamente todas as seções 
antes de apresentar os documentos no sistema on-line, para assegurar que o documento 
satisfaça as condições para publicação. 
Os manuscritos que não seguem o formato padrão da RPSP/PAJPH serão devolvidos 
aos autores imediatamente. O periódico pode, também, negar a publicação de qualquer 
manuscrito cujos autores não respondam satisfatoriamente ao questionamento editorial. 
O Editor-Chefe tomará a decisão final de aceite ou não do manuscrito com base nas 
recomendações decorrentes do processo de avaliação por pares, descrito na seção 1.8. 
2.2 Especificações para os manuscritos 
Os manuscritos devem ser redigidos em software de processamento de texto em espaço duplo, 
em uma coluna, na fonte Times New Roman ou Arial, tamanho 12 pontos. 
Para figuras e tabelas, deve-se usar o Microsoft Excel®, Power Point® ou outro software de 
gráficos. As figuras podem aparecer coloridas ou em preto e branco, e eles devem ser 
apresentados em um formato editável. 
Uma vez que artigos sejam aceitos para publicação, é possível que seja solicitado aos autores 
que enviem figuras e tabelas em formatos mais claros e legíveis. 
2.3 Requisitos para formatação 
A formatação geral para as diversas seções da RPSP/PAJPH é a seguinte: 
37 
 
 
2.4 Título 
O título do manuscrito deve ser claro, preciso e conciso, e incluir todas as informações 
necessáriaspara identificar o alcance do artigo. Um bom título é o primeiro ponto de acesso 
para o conteúdo do artigo e facilita sua recuperação em bases de dados e motores de busca. 
Os títulos não podem exceder 15 palavras. Palavras ambíguas, jargão e abreviações devem ser 
evitados. Títulos separados por pontos ou divididos em partes também devem ser evitados. 
2.5 Autoria 
A RPSP/PAJPH define autoria de acordo com as diretrizes do Comitê Internacional de Editores 
de Revistas Médicas (ICMJE) [sigla em inglês], recomendando que a autoria seja baseada nos 
quatro seguintes critérios: 
(1) Contribuições substanciais à concepção ou ao projeto do trabalho; ou à aquisição, à análise 
ou à interpretação de dados para o trabalho; E 
38 
 
(2) Redação do trabalho ou revisão crítica do conteúdo intelectual relevante; E (3) Aprovação 
final da versão a ser publicada; E 
(4) Manifestar concordância em assumir responsabilidade por todos os aspectos do trabalho, 
assegurando que as perguntas relacionadas com precisão ou integridade de qualquer parte do 
estudo sejam apropriadamente investigadas e resolvidas. Os autores devem declarar, na carta 
de apresentação, a extensão da contribuição de cada autor. 
A inclusão de outras pessoas como autores por motivos de amizade, reconhecimento, ou outra 
motivação não científica constitui uma violação da ética em pesquisa. 
Nos casos em que um grande grupo multicêntrico tenha realizado o trabalho, o grupo deve 
identificar os indivíduos que aceitam assumir responsabilidade direta pelo manuscrito. Os 
nomes de instituições não devem ser traduzidos, a menos que exista uma tradução oficial. 
Colaboração se refere à supervisão geral de um grupo de pesquisa ou apoio geral administrativo; 
e assistência em redação, revisão técnica, revisão linguística e verificação final. 
2.6 Página de resumo e palavras-chave 
O resumo é o segundo ponto de acesso a um artigo e deve permitir que os leitores determinem 
a relevância do artigo e decidam se lerão ou não todo o texto. 
Os artigos de pesquisa original ou revisões sistemáticas devem ser acompanhados de um resumo 
estruturado de não mais de 250 palavras, subdividido nas seguintes seções: (a) Objetivos, (b) 
Métodos, (c) Resultados, e (d) Conclusões. 
Os outros tipos de contribuições também devem ser acompanhados por um resumo informativo 
de não mais de 250 palavras. 
O resumo não deve incluir nenhuma informação ou conclusões que não apareçam no texto 
principal. Este deve ser escrito na terceira pessoa e não deve conter notas de rodapé, 
abreviaturas desconhecidas nem citações bibliográficas. 
39 
 
As palavras-chave, extraídas do vocabulário dos DeCS (Descritores em Ciências da Saúde), da 
BIREME/OPAS/OMS e/ou, MeSH (Medical Subject Headings), da Biblioteca Nacional de 
Medicina dos Estados Unidos (NLM), incluindo traduções em português e espanhol, estão 
disponíveis para que os autores as selecionem ao apresentar o manuscrito. Seu emprego facilita 
e torna mais específica a busca e recuperação do artigo em bases de dados e motores de busca. 
2.7 Corpo do artigo 
Artigos de pesquisa original e revisões sistemáticas são, geralmente, organizados segundo o 
formato IMRAD (Introdução, Materiais e métodos, Resultados e Discussão). 
Embora subtítulos possam ser necessários ao longo do artigo, de maneira geral, o parágrafo que 
dá início ao manuscrito não precisa ser intitulado “Introdução”, visto que este título é 
normalmente removido durante o processo de revisão. No entanto, o objetivo do artigo deve ser 
claramente declarado ao final da seção introdutória. 
As seções “Resultados e Discussão” podem requerer subtítulos. No caso das “Conclusões”, as 
quais devem estar incluídas ao final da seção “Discussão”, também podem ser identificadas 
mediante um subtítulo. 
Os artigos de revisão são frequentemente estruturados de modo semelhante aos artigos de 
pesquisa original, mas devem incluir uma seção descrevendo os métodos usados para 
selecionar, extrair e sintetizar os dados. 
As comunicações breves seguem a mesma sequência dos artigos originais, porém, 
normalmente, omitem títulos de subdivisão. 
Outros tipos de contribuições não seguem nenhuma estrutura pré-definida e podem utilizar 
outras subdivisões, em função de seu conteúdo. 
Quando são usadas abreviações, estas devem ser definidas utilizando o termo por extenso por 
ocasião de sua primeira utilização no texto, seguido da abreviatura ou sigla entre parênteses. Na 
medida do possível, as abreviações devem ser evitadas. Em termos gerais, as abreviações devem 
40 
 
refletir a forma extensa no mesmo idioma do manuscrito, com exceção das abreviaturas 
reconhecidas internacionalmente em outro idioma. 
As notas de rodapé são esclarecimentos ou explicações à margem que interromperiam o fluxo 
natural do texto, portanto, seu uso deve restringir-se ao mínimo. Notas de rodapé são numeradas 
sequencialmente e aparecem ao final da página na qual são citadas. Links ou referências a 
documentos citados devem ser incluídos na lista de referências. 
As citações são essenciais ao manuscrito e devem ser relevantes e atuais. Servem para 
identificar as fontes originais dos conceitos, métodos e das técnicas aos quais se referem, 
decorrentes de pesquisa, estudos e experiências anteriores. Também apoiam fatos e opiniões 
expressos pelo autor e apresentam ao leitor a informação bibliográfica necessária para consultar 
as fontes primárias. 
A RPSP/PAJPH segue os Requisitos Uniformes do ICMJE para a Preparação de Manuscritos 
Submetidos a Revistas Biomédicas para referências (conhecidos como "Estilo de Vancouver"), 
que se baseia, em grande parte, no estilo do Instituto Americano de Normas Nacionais adaptado 
pela Biblioteca Nacional de Medicina dos Estados Unidos para as suas bases de dados. Os 
formatos recomendados para uma variedade de documentos e exemplos estão disponíveis em 
Citing Medicine, segunda edição e neste link. 
Exemplo: 
Rabadán-Diehl C, Safdie M, Rodin R;Trilateral Working Group on Childhood Obesity. 
Canada-United States-Mexico Trilateral Cooperation on Childhood Obesity Initiative. Rev 
Panam Salud Publica. 2016;40(2):80–4. 
As referências devem ser numeradas consecutivamente, na ordem em que são mencionadas pela 
primeira vez no texto, e identificadas por algarismos arábicos entre parênteses no texto, nas 
tabelas e legendas. 
Exemplos: 
“Observou-se (3, 4) que...” 
41 
 
ou: 
“Vários estudos (1-5) mostraram que...” 
As referências citadas somente em legendas de tabelas ou figuras devem ser numeradas de 
acordo com a sequência estabelecida mediante a primeira menção da tabela ou figura em 
particular, no corpo do texto. 
Os títulos dos periódicos referidos devem ser abreviados segundo o estilo usado na Base de 
Dados de Revistas, criada e atualizada pela Biblioteca Nacional de Medicina dos Estados 
Unidos. 
A lista de referências deve ser numerada sequencialmente e deve ser iniciada em nova folha ao 
final do manuscrito. Todas as referências eletrônicas devem incluir a data de acesso. 
2.8 Tabelas e figuras 
As tabelas apresentam informação — geralmente numérica — em uma disposição de valores 
ordenada e sistemática em linhas e colunas. A apresentação deve ser de fácil compreensão para 
o leitor, complementando sem duplicar a informação do texto. Informações estatísticas em 
excesso podem ser, também, difíceis de interpretar. As tabelas devem ser transferidas em 
separado dos arquivos de texto e apresentadas em formato editável (preferencialmente arquivos 
Excel), e não como objetos extraídos de outros arquivos ou inseridos em documentos Word. 
Cada tabela deve conter um título breve, porém completo, indicando lugar, data e fonte da 
informação. Os títulos de colunas, também, devem ser os mais breves possíveis e indicar a 
unidade de medida ou a base relativa (porcentagem, taxa, índice etc.). 
Informação que falta deve ser indicadapor uma elipse (...). Se os dados não se aplicam, a célula 
deverá indicar "NA" (não se aplica). Se algum desses mecanismos, ou ambos, for utilizado, seu 
significado deve ser indicado com uma nota de rodapé da tabela. 
As tabelas não devem ser separadas por linhas verticais, devendo apresentar três linhas 
completas horizontais no total: uma abaixo do título, uma segunda sob os títulos da coluna, e a 
terceira, ao final da tabela, acima das notas de rodapé. 
42 
 
As notas de rodapé de uma tabela devem ser indicadas com letras minúsculas sobrescritas, em 
ordem alfabética: a, b, c, etc. As letras sobrescritas no corpo da tabela deverão seguir uma 
sequência de cima para baixo e da esquerda para a direita. 
Os autores devem se certificar de incluir “chamadas” — pontos de referência no texto a todas 
as tabelas do texto. 
Tabelas ou dados de outra fonte publicada ou inédita devem ser reconhecidos e os autores 
devem obter permissão prévia para inclui-los no manuscrito. Vide seção 1.8, "Direitos 
Autorais", para mais detalhes. 
As figuras incluem gráficos, diagramas, desenhos, mapas e fotografias. Devem ser usadas para 
destacar tendências e ilustrar comparações de forma clara e exata. As figuras devem ser de fácil 
compreensão e devem adicionar informação, em vez de repetir informação anterior do texto ou 
tabelas. As legendas devem ser breves, porém completas, devendo incluir lugar, data e fonte da 
informação. 
As figuras devem ser enviadas em arquivo separado, em seu formato original editável, seguindo 
os padrões dos programas de software mais comuns (Excel, Power Point, Open Office ou 
arquivos .eps). 
Havendo espaço suficiente, a legenda de um gráfico ou mapa deve estar incluída como parte da 
própria figura. Caso contrário, deve ser incluída em seu título. Em mapas e diagramas deve ser 
indicada a escala em unidades do SI (veja abaixo). 
Se a figura ou tabela procede de outra publicação, a fonte deve ser identificada, e deve ser obtida 
permissão por escrito para reprodução deve ser obtida do titular dos direitos autorais da 
publicação original. Vide seção 1.8, "Direitos Autorais", para mais informação. 
Quando unidades de medida forem utilizadas, os autores devem usar o Sistema Internacional 
de Unidades (SI), com base no sistema métrico e organizado pelo Comitê Internacional de Pesos 
e Medidas (Bureau International des Poids et Mesures). 
43 
 
As abreviaturas das unidades não são pluralizadas (por exemplo, usar 5 km, não 5kms), nem 
são seguidas de um ponto (escrever 10 mL, não10mL.), exceto ao final de uma oração. Os 
algarismos devem ser agrupados de três em três à esquerda e à direita da vírgula decimal nos 
manuscritos em espanhol e português (ponto decimal nos manuscritos em inglês), sendo cada 
grupo de três algarismos separdo por um espaço em branco. 
Estilo correto: 
12 500 350 
1 900,05 (artigos em espanhol e em português) 1 900.05 (artigos em inglês) 
Estilo incorreto: 
12,500,350 1.900,05 
Poderá ser usada uma calculadora para converter as unidades, os títulos e outras medidas ao 
Sistema Internacional. 
2.9 Sumissão do manuscrito 
Os manuscritos devem ser apresentados exclusivamente por meio do sistema online de gestão 
de manuscritos da Revista. 
Os autores serão notificados por e-mail do recebimento de seu manuscrito, e poderão ver o 
status dos seus manuscritos em qualquer momento a partir de sua conta na seção Author Center, 
em qualquer etapa do processo. 
Todos os manuscritos devem ser acompanhados de uma carta de apresentação que inclua: 
• • Informação sobre todos os relatos e apresentações anteriores; 
• • Possíveis conflitos de interesses; 
• • Permissão para reproduzir material anteriormente publicado; 
• • Confirmação de que o manuscrito foi lido e aprovado por todos os autores, incluindo 
a contribuição de cada autor; 
44 
 
• • Informação adicional que possa ser útil aos Editores Associados e ao Editor-Chefe. 
A carta de apresentação deve ser incluída em um arquivo separado do restante do 
manuscrito. Nomes e afiliação dos autores não devem ser incluídos em nenhuma parte 
do documento principal (documento em Word; favor não enviar documentos em PDF), 
no momento da submissão. 
Favor examinar os arquivos e os aspectos mencionados nessas instruções antes do envio 
de seu manuscrito, certificando-se de que esteja cumprindo todas as Condições para a 
Publicação, caso seu artigo seja aceito para publicação. 
2.10 Correção do manuscrito 
Os manuscritos são aceitos na condição de que a editora se reserva o direito de efetuar correções 
necessárias em questão de uniformidade, clareza e conformidade com o estilo da RPSP/PAJPH. 
Os manuscritos aceitos para publicação serão submetidos à correção de estilo e, depois, serão 
enviados ao autor correspondente para que responda às indagações do editor, e para aprovar 
quaisquer correções. Se, durante esta etapa, o autor não responder satisfatoriamente às 
indagações do editor, a Revista se reserva o direito de não publicar o manuscrito. A fim de 
evitar atraso na publicação do número correspondente, solicita-se aos autores que devolvam o 
manuscrito corrigido, com sua aprovação, até a data indicada na mensagem que o acompanha. 
A versão definitiva em PDF será enviada ao autor correspondente para aprovação antes da 
publicação online. Os artigos serão publicados nos formatos HTML e PDF. 
 
45 
 
ANEXO 2 
 
ARTIGO ORIGINAL ENVIADO PARA A REVISTA, EM LINGUA INGLESA 
 
 
Original Research Article 
 
Title of the manuscript in English: Evolution of COVID-19 in southern Brazil: decrees and 
indicators in the state of Santa Catarina. 
 
Title of the manuscript in Portuguese: Evolução da COVID-19 no sul do Brasil: decretos e 
indicadores no estado de Santa Catarina. 
 
Title of the manuscript in Spanish: Evolución del COVID-19 en el sur de Brasil: decretos e 
indicadores en el estado de Santa Catarina. 
 
Summarised title in English: Evolution of COVID-19 in Santa Catarina, Brazil 
 
Authors: 
1. Helena Martinez Faria Bastos Régis Hughes 
Universidade Federal de Santa Catarina 
Florianópolis, SC, Brasil 
ORCID: https://orcid.org/0000-0001-5718-2173 
E-mail: helena.r.hughes@gmail.com 
 
46 
 
2. Raquel Alencastro Veiga Domingues Carneiro 
Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, SC, Brasil. 
Florianópolis, SC, Brasil 
Número ORCID: https://orcid.org/0000-0002-0770-9771 
E-mail: raquel.alencastro5@gmail.com 
 
3. Danúbia Hillesheim 
Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, SC, Brasil. 
Florianópolis, SC, Brasil 
Número ORCID: https://orcid.org/0000-0003-0600-4072 
E-mail: nubiah12@yahoo.com.br 
 
4. Ana Luiza Curi Hallal 
Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, SC, Brasil. 
Florianópolis, SC, Brasil 
Número ORCID: https://orcid.org/0000-0003-4761-0001 
E-mail: anacuri@gmail.com 
 
Corresponding author: Danúbia Hillesheim. Campus Reitor João David Ferreira Lima. Rua 
Delfino Conti, s/n. CEP 88040-900. E-mail: nubiah12@yahoo.com.br. Telefone: (48) 99982-
5726. 
Abstract number of words: 236. 
Text number of words: 3 173. 
 
47 
 
ABSTRACT 
 
Objective: To describe the evolution of state decrees and epidemiological indicators related to 
COVID-19 in Santa Catarina, Brazil, between the first and the 35th Epidemiological Weeks 
(EW) of 2020. 
Methods: Ecological study which analysed the: numbers and rates of new cases and deaths, 
rate of adjusted temporal transmissibility (Rt), number of cities presenting with cases and 
deaths, as well as state decrees that regulated social distancing measures. The decrees’ content 
was grouped into On-Site Teaching; Food and Drink Hospitality; Transport; Hotels and Stays; 
Non-Essential Shopping; Essential Food Shopping; Use of Public Spaces; Religious Assembly; 
and Gathering. The repercussions of the decrees were classified into Restriction; Maintenance

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