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GASOMETRIA ARTERIAL RESOLUÇÃO COREN 390/2011 • Art. 1º No âmbito da equipe de Enfermagem, a punção arterial tanto para fins de gasometria como para monitorização da pressão arterial invasiva é um procedimento privativo do Enfermeiro, observadas as disposições legais da profissão. Parágrafo único • O Enfermeiro deverá estra dotado dos conhecimentos, competências e habilidades que garantam rigor técnico-científico ao procedimento, atentando para a capacitação contínua necessária à sua realização. • Volume de sangue coletado: 1 a 3 mL. • Temperatura ambiente: 30 minutos após a coleta, no máximo. • Temperatura de transporte: entre 18 e 24ºC, com tempo máximo de transporte de duas horas. • Se houver a possibilidade de atraso no processamento, recomenda-se a conservação da amostra em um recipiente com gelo e água. • Anticoagulantes: seringas específicas para coletas de gasometria preparadas com heparina de lítio jateada na parede. • Locais: artérias radial, braquial ou femoral. • A posição preferencial da seringa durante o transporte é a horizontal, pois facilita a homogeneização da amostra previamente à análise e minimiza a sedimentação das hemácias. • Antes da análise, a amostra deve ser novamente homogeneizada por pelo menos 1 minuto. TESTE DE ALLEN • Verificação da permeabilidade antes da punção da artéria radial. • Procedimento: Aplicação de uma pressão no pulso para bloquear as artérias ulnar e radial, orientando o paciente a abrir e fechar a mão cinco vezes, em média. • Em caso de palidez na mão, a pressão sobre a artéria ulnar é liberada. • Se a mão retornar à sua coloração avermelhada dentro de segundos, isso indica que a perfusão está na artéria ulnar, confirmando que é seguro puncionar a artéria radial • Compressão local Imediatamente após a coleta, deve-se aplicar uma pressão no local da punção, utilizando gaze ou algodão. • Para assegurar a parada da hemorragia e a prevenção de hematoma, deve ser aplicada pressão por pelo menos 5 minutos. • Punção na artéria femoral exige um tempo maior de compressão, cerca de 10 minutos. PARÂMETROS CONCEITOS BÁSICOS • Equilíbrio Ácido-Base / Sistema Tampão Para que as células possam desempenhar suas funções, o organismo necessita que a concentração de H+ seja mantida em níveis (pH) que oscilem entre 7,35 e 7,45. • Em condições normais há um balanço entre os componentes metabólico e respiratório, que mantém o pH estável dentro da normalidade. Este balanço é conhecido como Sistema Tampão, e é representado pelo equilíbrio entre pCO2 e HCO3. • • Componente Respiratório → CO2; • • Componente Metabólico → HCO3. • PH: Alteração sugere desequilíbrio no sistema respiratório ou metabólico Valores normais: • entre 7,35 e 7,45; • (pH < 7,35 = acidose; • pH > 7,45 = alcalose); • Faixa de pH compatível com a vida = 6,8 – 7,8. PaO2: Exprime a eficácia das trocas gasosas através da membrana alveolocapilar. Valores normais: de 80 a 100 mmHg ↓ 60 mmHg = hipoxemia severa. • PaCO2: Eficácia da ventilação alveolar Valores normais: • de 35 a 45 mmhg; • Reflete distúrbios respiratórios do pH; • (↓ PaCO2 = hiperventilação = Alcalose respiratória e • ↑PaCO2 = hipoventilação = Acidose respiratória). • HCO3: Concentração depende da função renal Valores normais: de 22 a 26mEq/l; • Reflete distúrbios metabólicos; (↓HCO3 = ↓ pH = acidose metabólica e ↑HCO3 = ↑ pH = alcalose metabólica) EXERCÍCIOS 1. pH= 7,4; pCO2 = 40 mmHg; HCO3- = 24 mEq/l os 3 valores estão normais, portanto o estado acido- básico é normal. 2. Em uma gasometria observou-se os seguintes parâmetros: pH = 7,29 (7,35 a 7,45) ; pO2 = 80 mmHg (80 a 100); pCO2 = 57 mmHg (35 a 45) HCO3 - = 24 Meq/l (22 a 26); BE = 1 O distúrbio ácido-básico encontrado denomina-se: Alternativas A Acidose metabólica B Alcalose metabólica C Alcalose respiratória D Acidose respiratória