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Doenças hepáticas e não hepáticas

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Doença hepática alcoólica (DHA) e não alcoólica (DHGNA)
Referências:
A veia centrolobular vai drenar todo o sangue que passa pelos capilares do lobo hepático. Ele sai da tríade portal (artéria hepática, veia portal e ducto biliar) percorre os capilares e desemboca na veia centrolobular.
Todo sangue que passa pelo TGI vai levar os metabólitos para o fígado.
ÁCINO HEPÁTICO – é dividido em 3 zonas. A zona 1 é a mais atingida por toxinas e a mais oxigenada. 
Célula de ITO – Armazena Vit. A
Quando o fígado começa a receber estímulos de citocinas inflamatórias, fatores de crescimento, as células de ITO podem se alterar, sendo chamados de miofibroblastos ativados. Produzem colágeno que preenchem o espaço de Disse e causa degeneração.
Características dos hepatócitos que sofrem degeneração Eles ficam “balonizados” por acúmulo de água (degeneração hidrópica). Com o passar do tempo, se o estímulo agressivo não cessar esse hepatócito começa a acumular gordura, essas gotículas de gordura vão se juntando e formando grandes acúmulos (degeneração gordurosa) levando o hepatócito à necrose ou apoptose gerando inflamação, regeneração e fibrose.
Um fígado cheio de FIBROSE é chamado de CIRROSE.
O FÍGADO normal possui um aspecto úmido (esponja encharcada). Quando começam a surgir nodulações, caroços, começamos a ter um fígado fibrótico.
Hepatócitos balonizados acúmulo de água
Acúmulo de proteína Hialino de Mallory
Quando ele sofre apoptose o hepatócito fica com um aspecto diminuído e mais corado.
Doença hepática alcoólica O consumo de álcool está correlacionado com a CIRROSE HEPÁTICA. O álcool possui efeitos deletérios em vários órgãos, mas principalmente no fígado pois ele irá metabolizar cerca de 90% dos metabólitos.
O problema é a intensidade da agressão. A agressão constante aos hepatócitos.
Colestase Quando a bile sofre ESTASE, ela começa a cair na corrente sanguínea, temos bile em locais que não era para ter bile.
Sabemos que o uso do álcool casa problemas no fígado a muito tempo. No brasil é algo grave, pois temos uma das maiores produções de destilados do mundo com um preço muito acessível.
Alcoolismo possui caráter genético ENZIMA ALDH TEM DUAS ISOFORMAS:
ALDH1 (MAIOR ATIVIDADE) e ALDH2 (MENOR ATIVIDADE) 
INDIVÍDUOS COM BAIXA ATIVIDADE DA ENZIMA ALDH SOFREM MAIS OS EFEITOS DO ETANOL
É necessária uma dieta rica em proteínas e nutrientes para ser a matéria prima de precursores para conseguirmos desempenhas as funções vitais básicas do corpo.
A DESNUTRIÇÃO acaba agravando a doença hepática, por conta de uma CARÊNCIA DE NUTRIENTES, o metabolismo do álcool necessita de um aumento de nutrientes.
PATOGÊNESE
O FÍGADO será um alvo de lesão pois irá metabolizar 90% do álcool. Quando o álcool entra no hepatócito teremos 3 vias de metabolização:
1 – Sistema microssomal – através do citocromo p450
2 – Enzima álcool desidrogenase (ADH)
3 – Catalase
A molécula final será o ACETALDEIDO.
O paracetamol é processado pelo P450, não tendo P450 necessário para biotransformar o paracetamol, agredindo ainda mais o hepatócito.
Na via 2, durante a metabolização, é necessário utilizar NAD+ para fazer a redução em NADH, gerando um desbalanço entre a quantidade de NAD+ e NADH. Com isso, teremos um aumento da síntese de ácidos graxos e redução na oxidação dos ácidos graxos, levando a um acúmulo de ÁCIDO LÁTICO E ACIDOSE (acidose leva a desnaturação de proteínas, e vão se agrupando, formando os CORPUSCULOS DE MALLORY) e por consequência um aumento da produção de ESPÉCIES REATIVAS DE OXIGÊNIO.
O estresse oxidativo causa danos a membrana e ao DNA, pois elas reagem diretamente com proteínas, DNA e lipídeos.
A ligação à macromoléculas leva a ativação do sistema imune gerando resposta inflamatória.
Se a lesão continuar teremos inflamação, hepatite por conta da resposta inflamatória, com a abstinência a inflamação cessa e teremos apenas esteatose.
A exposição continua ou ataques repetitivos levam a CIRROSE HEPÁTICA. Quando vira uma cirrose o processo reversível é muito dificultado
O álcool aumenta a permeabilidade entre os enterócitos
Percebe-se que a coloração não é homogênea, há áreas mais claras e um acúmulo de gordura na região mais amarelada.
Coloração específica, em azul tecido conjuntivo, percebe-se a deposição de tecido conjuntivo entre as células. O hepatócito fica com o núcleo menos evidente, as células ficam balonizadas, núcleo deslocado para a periferia. 
Hepatite = INFLAMAÇÃO
Percebe-se muitos neutrófilos. Em azul tecido conjuntivo = FIBROSE
A direita percebe-se o processo cicatricial relacionado a inflamação.
No fígado cirrótico temos a formação de macro nódulos. Tem tanto tecido conjuntivo que o parênquima hepático é espremido em nódulos.
A produção excessiva de tecido conjuntivo se da pela ativação da célula de ITO que começou a se proliferar na forma de MIOFIBROBLASTO. Produzindo muitas fibras de colágeno que irão preencher o espaço de disse.
Um fígado normal x com lesão crônica
Na lesão crônica temos um espaço de disse com alta densidade, lipócitos ativados.
Esteato-hepatite – além da gordura temos resposta inflamatória.
Essa transformação é progressiva, o fígado vai se alterado ao longo das lesões que vem sofrendo.
Praticamente todo paciente alcoólatra tem esteatose.
O paciente que tem esteatose hepática terá aumento do fígado, já na hepatite alcoólica já vai ter insuficiência hepática por conta da inflamação.
Acomete 20% da população, Relacionado á SÍNDROMES METABÓLICAS. Podem desenvolver os mesmos quadros de uma doença hepática alcoólica.
ACHADOS HISTOLÓGICOS SIMILARES À HEPATOPATIA ALCOÓLICA SEM CONSUMO DE ETANOL 
NÃO DETECTADO CLINICAMENTE!
SÍNDROMES METABÓLICAS: 
OBESIDADE 
HIPERTENSÃO 
DIABETES 
RESISTÊNCIA À INSULINA HIPERTRIGLICERIDEMIA 
DISLIPIDEMIA 
DOENÇAS CARDIOVASCULARES
Biotipo em formato de maça. Acúmulo de gordura principalmente na região do tórax e abdômen, ou seja, possui um maior acúmulo de gordura visceral, tendo uma tendência a ter um abdômen protuso.
PATOGENESE
Depois da alimentação, temos um aumento da glicose no sangue, liberando insulina. Essa insulina irá ativar um receptor, promovendo a translocação de GLUT4 para a membrana e promovendo a entrada de glicose na células.
As células beta pancreáticas encontradas nas células de Langerhans produzem insulina necessária para a absorção da glicose sérica.
Quando temos resistência insulínica na DM2, a insulina é produzida, mas não é reconhecida pelo seu receptor. Com os níveis elevados de glicose no sangue as células betas irão produzir ainda mais insulina, levando a hiperplasia e hipertrofia dessas células, sofrendo com o tempo uma hipotrofia. Como consequência o paciente terá uma hiperglicemia.
Acúmulo de glicose = acumulo da glicose na forma de ácidos graxos, hepatócitos começaram a interiorizar os ácidos graxos no seu citoplasma, há também o aumento da síntese de acido graxo dentro do hepatócito.
Na tentativa de oxidar esse acido graxo é liberado muito estresse oxidativo, danificando a célula.
Se fibrose está presente tem inflamação!
https://www.osmosis.org/learn/Non-alcoholic_fatty_liver_disease
https://www.osmosis.org/learn/Alcohol-induced_liver_disease
https://www.worldgastroenterology.org/guidelines/global-guidelines/nafld-nash/nafld-nash-portuguese

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