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BMF 20-11 Anato do Fígado e Vesícula Biliar

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Fígado
É o segundo maior órgão do corpo, só perde para a pele. É a glândula mais pesada do corpo.
Localização: Principalmente no hipocôndrio direito e epigástrio. Quadrante superior direito e esquerdo. A partir do quarto espaço intercostal (lobo direito) – margem superior
E segue até a abertura torácica inferior até as últimas costelas – margem inferior
Lobo esquerdo a partir do 5° espaço intercostal – margem superior
Indivíduos com DPOC, o diafragma fica mais retilíneo, empurrando o fígado para baixo.
No momento da inspiração há um rebaixamento da cúpula diafragmática, nesse momento o diafragma empurra o fígado um pouco para baixo. No momento da expiração ocorre o contrário.
Em uma hepatomegalia, pode ocorrer o comprometimento da respiração.
Funções:
• Síntese de sais biliares: Os sais biliares são utilizados no intestino delgado durante a emulsificação e absorção de lipídios.
• Secreção de bile: Necessária para a absorção das gorduras dietéticas.
• Metabolismo de lipídios: 
- Os hepatócitos armazenam alguns triglicerídeos. 
- Clivam ácidos graxos para gerar ATP. 
- Sintetizam lipoproteínas, que transportam ácidos graxos, triglicerídeos e colesterol. 
- Sintetizam colesterol. 
- Utilizam o colesterol para produzir sais biliares
• Metabolismo de carboidratos: Manutenção de um nível normal de glicose no sangue.
- Quando a glicose no sangue está baixa, o fígado cliva o glicogênio em glicose e libera para a corrente sanguínea.
- O fígado também pode converter aminoácidos, ácido láctico, outros açúcares (frutose e galactose), ácidos graxos e glicerol em glicose.
- Quando a glicemia está elevada, como ocorre logo depois de uma refeição, o fígado converte a glicose em glicogênio e triglicerídeos para armazenamento.
• Metabolismo de proteínas: 
- Os hepatócitos desaminam (removem o grupo amino, NH2) dos aminoácidos, de modo que eles possam ser utilizados para a produção de ATP ou ser convertidos em carboidratos ou gorduras.
- A amônia (NH3) resultante é então convertida em ureia, que é muito menos tóxica e é excretada na urina.
- Os hepatócitos também sintetizam a maior parte das proteínas plasmáticas, como a alfaglobulina e betaglobulina, a albumina, a protrombina e o fibrinogênio.
• Processamento de fármacos e hormônios: 
- Desintoxica substâncias (ex: álcool etílico)
- Excreta medicamentos na bile. - Pode alterar quimicamente ou excretar hormônios tireóideos e esteroides, como estrogênio e aldosterona.
• Excreção de bilirrubina: A bilirrubina, derivada do grupo heme de eritrócitos envelhecidos, é absorvida pelo fígado a partir do sangue e secretada na bile. A maior parte da bilirrubina da bile é metabolizada no intestino delgado por bactérias e eliminada nas fezes.
• Armazenamento: Além do glicogênio, o fígado é o principal local de armazenamento de determinadas vitaminas (A, B12, D, E e K) e minerais (ferro e cobre), que são liberadas do fígado quando necessárias em outras partes do corpo.
• Fagocitose: As células estreladas (células de Kupffer) do fígado fagocitam eritrócitos envelhecidos, leucócitos e algumas bactérias. 
• Ativação da vitamina D: A pele, o fígado e os rins participam na síntese da forma ativa da vitamina D.
O Fígado é todo recoberto por peritônio – intraperitoneal (tem apenas uma pequena parte não recoberta por peritônio)
Área nua do fígado – área que não é recoberta por peritônio.
Omento menor
Dividido em 2 ligamentos:
- Hepatoduodenal
- Hepatogástrico
Tríade portal – no ligamento hepatoduodenal
Ligamento coronário. Nas laterais temos 2 ligamentos triangulares, o direito e o esquerdo.
Ligamento falciforme – fixa o fígado a parede anterior do abdômen e divide o fígado em lobo direito e lobo esquerdo.
 
O ligamento falciforme segue superiormente e torna-se o ligamento coronário, nas extensões laterais do ligamento coronário temos os ligamentos triangulares direito e esquerdo. Ambos esses ligamentos (triangulares) fixam o fígado ao diafragma.
Ligamento redondo do fígado – antiga veia umbilical enquanto feto na barriga da mãe. Vai do fígado ao umbigo.
Ligamento falciforme
Ligamento redondo do fígado
Ligamento coronário
Ligamento triangular direito
Ligamento triangular esquerdo
Ligamento venoso e ligamento redondo do fígado, vão até a veia porta
Tríade portal: a. hepática própria, v. porta e ducto hepático comum
Divisão cirúrgica – ocorre a partir do trajeto de algumas estruturas anatômicas, como veias hepáticas (drenam o fígado) verticalmente e horizontalmente a partir das veia porta, ducto colédoco e artéria hepática própria (tríade portal)
Tríade portal:
 O famoso pedículo hepático. As estruturas desta tríade estão contidas dentro do ligamento hepatoduodenal. E quais são os componentes desta tríade? Ducto colédoco, artéria hepática e veia porta. Os ramos das estruturas da tríade portal formam “mini tríades portais” no vértice de cada lóbulo hepático.
1) Um algo a mais: Em torno de 70-80% do fluxo sanguíneo do fígado é levado pela veia porta e não pela artéria hepática.
2) Outro algo a mais: a veia porta é formada pela junção da veia esplênica + veia mesentérica superior.
3) Último algo a mais (prometo): a artéria hepática da nossa tríade é mais especificamente a artéria hepática própria que vem da hepática comum que vem do tronco celíaco
A tríade portal é que divide em anterior e posterior e as veias hepáticas em medial e lateral.
O Sobotta divide o segmento 4 em a e b pois na visão posterior só vemos o 4b.
Segmento 4b seria o lobo quadrado do fígado.
Irrigação do fígado
Aorta abdominal tronco celíaco 3 ramos (artéria gástrica esquerda, artéria esplênica e artéria hepática comum). 
Para o fígado o que importa é
Hepática comum gastroduodenal e hepática própria 
Artéria hepática própria artéria hepática direita e esquerda
A vesícula biliar é suprida por um ramo da artéria hepática própria, a artéria cística. 
Drenagem do fígado
Veias hepáticas que tributam na veia cava inferior. A veia porta ela leva sangue para o fígado, ela não drena!
A veia porta leva sangue rico em nutrientes para o fígado.
A vesícula biliar é drenada pela veia cística que tributa na veia porta do fígado.
HEPATÓCITOS de formato HEXAGONA; em cada ponta com uma tríade portal
Hipertensão portal: Em situações de cirrose, fibrose, rigidez do fígado, perca de sua mobilidade, hipertrofia levam a uma compressão da tríade portal e veias hepáticas. Se vários ramos forem comprimidos a pressão na veia porta aumenta (hipertensão portal), aumentando a quantidade de sangue da veia gástrica esquerda. Isso vai levar a uma congestão nas veias esofágicas, gerando as varizes esofágicas. Elas podem romper e levar o indivíduo a óbito.
Sistema porta hepático
Vesícula Biliar
A bile preenche todo o ducto colédoco até chegar na papila maior do duodeno. 
O M. esfíncter da ampola hepatopancreática (esfíncter de Oddi) estará fechado, não permitindo a bile passar 
Como o ducto colédoco enche, há um redirecionamento da bile para o ducto cístico

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