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APG 26 Fígado e vesícula biliar

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1 
 
APG 26 
 
APG 26 O pecado da gula 
Há 10 anos Júlio foi submetido à retirada da vesícula. 
Semana passado foi convidado para a feijoada da 
Atlética Fanática. Ao chegar em casa, sentiu-se mal e 
diz que seu fígado não é mais o mesmo. 
 
1. Compreender a morfofisiologia do fígado 
(digestão). 
2. Estudar a morfofisiologia da vesícula biliar. 
3. Relacionar o fígado com o metabolismo de 
biomoléculas (lipoproteínas). 
 
FÍGADO 
 
 É um órgão grande, localizado na parte 
superior direita do nosso corpo, logo abaixo do 
diafragma 
 
É um órgão importantíssimo para o nosso 
corpo e realiza inúmeras funções como: 
armazenamento de fontes de energia (glicose 
em forma de glicogênio), armazena ferro, 
vitaminas, gorduras e produz algumas 
proteínas plasmáticas como a albumina e 
fatores de coagulação, atua no metabolismo 
de toxinas e fármacos, é um órgão DETOX, 
vai inativar grande parte de componentes 
tóxicos 
 
Função Digestória – produção da bile Bile é 
uma substância produzidas pelos hepatócitos 
(células do fígado) O Fígado tem 2 grandes 
lobos principais – direito e esquerdo de cada 
lobo vem um ducto que vai direcionar a bile 
para o duodeno Ducto hepático direito e 
esquerdo – se unem em um único ducto, o 
ducto hepático comum - > que se une ao ducto 
cístico que vem da vesícula biliar -> os dois 
juntos formam o ducto colédoco -> esse ducto 
vai se unir ao ducto pancreático formando a 
AMPOLA HEPATOPANCREÁTICA – local de 
mistura da bile com o suco pancreático que 
serão despejados no duodeno 
 
BILE – líquido amarelo esverdeado composto 
por água, sais biliares, colesterol, fosfolipídio 
lecitina, pigmentos biliares e alguns íons 
É produzida pelo fígado e armazenada na 
vesícula biliar 
Os sais biliares são importantes na 
emulsificação de gordura dos triglicerídeos 
Transforma as moléculas de gordura em 
partes menores, facilitando a ação do suco 
pancreático 
A bile vai ajudar na absorção desses 
triglicerídeos depois que forem digeridos 
Pigmentos Biliares – BILIRRUBINA (resultado 
da degradação das hemácias que ocorrem lá 
no fígado 
 
O fígado é o maior órgão interno e a 
glândula mais pesada do corpo. Situa-se 
inferiormente ao diafragma e ocupa a maior 
parte do hipocôndrio direito e parte do 
epigástrio. 
 A vesícula biliar é uma bolsa piriforme 
localizada na face inferior do fígado. 
 
O fígado é quase totalmente coberto por 
peritônio visceral e por uma capsula de 
tecido conjuntivo denso não modelado 
situado profundamente ao peritônio. O fígado 
é dividido em 2 lobos – lobo direito grande 
e lobo esquerdo menor – através do 
ligamento falciforme, uma prega peritoneal 
que vai do peritônio parietal até o peritônio 
visceral. A margem livre do ligamento 
falciforme é o ligamento redondo do fígado. 
 
VESÍCULA BILIAR 
 
 A vesícula biliar está localizada logo abaixo 
do fígado -> ducto cístico que se junta ao 
ducto hepático comum formando o ducto 
colédoco 
 
Existe um esfíncter em torno da ampola 
hepatopancreática que se fecha quando o 
intestino delgado está vazio, dessa maneira a 
bile que vai sendo produzida vai retornando e 
armazenada na vesícula biliar 
Localizado no quadrante superior direito do 
abdômen -> Hipocôndrio direito e epigástrio 
 
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Lobo Direito e Lobo Esquerdo 
Vesícula Biliar – deitada sobre o leito hepático 
 
Órgão pesado e maciço 
• Ligamento Triangular direito 
• Ligamento Coronário 
• Ligamento Triangular esquerdo 
• Ligamento Falciforme (divide entre 
os lobos direito e esquerdo) 
• Ligamento Redondo 
 
Sulcos -> Sulco da VCI 
 
Peritônio que recobre o fígado 
Peritônio visceral – Cápsula de Glisson 
 
FÍGADO 
 
O fígado e a vesícula biliar são dois órgãos 
acessórios do trato gastrointestinal, que 
desempenham várias funções, ajudando a 
digestão e a homeostase. O fígado possui 
vários lóbulos e recebe o seu fornecimento 
sanguíneo principalmente através da veia 
porta hepática. Este órgão também 
desintoxica o corpo. A vesícula biliar 
encontra-se inferiormente ao fígado, estando 
envolvida no armazenamento e libertação 
da bile para o duodeno. 
 
Localização 
O fígado é um órgão intraperitoneal localizado 
inferiormente ao diafragma e profundamente 
às costelas 7 a 11. A localização do fígado é 
tão extensa que é impossível que você não o 
veja, já que ele ocupa três regiões 
abdominais: hipocôndrio 
direito, epigástrica e hipocôndrio esquerdo. 
 
Anatomia 
O fígado tem duas superfícies: diafragmática 
e visceral. As suas superfícies mostram 
diversas fissuras, que em conjunto com os 
ligamentos dividem o fígado em quatro lobos: 
• Lobos direito e esquerdo, separados 
pelo ligamento falciforme. 
• Lobos caudado e quadrado, 
delimitados pelas fissuras da superfície 
visceral. 
O fígado também pode ser dividido 
funcionalmente em oito segmentos de acordo 
com o fornecimento sanguíneo portal e a 
drenagem biliar. 
A anatomia microscópica do parênquima 
hepático é representada pelos lóbulos 
hepáticos. Eles consistem em cordões de 
hepatócitos rodeando uma veia central. Os 
sinusóides e as tríades portais também fazem 
parte dos lóbulos hepáticos. 
 
 
 
A superfície diafragmática é coberta pela 
camada visceral do peritônio em toda a sua 
extensão, exceto posteriormente na ‘área 
nua’. A área nua está em contacto direto com 
o diafragma. Esta área contém um sulco para 
a veia cava inferior, que a suporta à medida 
que ela viaja do abdome em direção 
ao tórax e ao coração. 
A superfície visceral do fígado também é 
coberta por peritônio exceto na fossa para a 
vesícula biliar e na porta hepática. Esta 
superfície contém três fissuras que juntam 
criam a forma de uma letra ‘H’: 
• Fissuras sagitais direita e esquerda 
• Fissura transversa (porta hepática) 
 
 
Função 
O fígado tem funções 
metabólicas, exócrinas e endócrinas. Ele 
sintetiza proteínas do plasma que são 
responsáveis por manter a pressão osmótica, 
transportar micronutrientes e ajudar na 
coagulação do sangue. As vitaminas A, D e K, 
o ferro e o glicogénio são alguns dos 
nutrientes metabólicos importantes 
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/figado
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/vesicula-biliar
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/duodeno
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/diafragma
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/regioes-do-abdomen
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/regioes-do-abdomen
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/figado
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/torax
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/coracao
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armazenados no fígado. Eles são libertados 
para a corrente sanguínea quando 
necessário. O fígado também é responsável 
por modificar a ação de várias hormonas 
endócrinas e por sintetizar a bile que é depois 
armazenada na vesícula biliar. 
 
VESÍCULA BILIAR 
 
Anatomia 
 
A vesícula biliar é um pequeno órgão 
oco intraperitoneal. Está localizada na 
superfície visceral do fígado entre os lobos 
direito e quadrado. A parte superior do 
duodeno, a flexura hepática e a parte proximal 
do cólon transverso são posteriores a este 
órgão. 
A vesícula biliar pode ser dividida em três 
partes anatómicas. De lateral para medial: 
 
• Fundodirigido inferoanteriormente. 
Ele projeta-se para a parede abdominal 
anterior na interseção da 9ª costela 
com a margem lateral do músculo reto 
abdominal. 
• Corpo que se localiza na fossa da 
vesícula biliar do fígado. 
• Colo (infundíbulo) com pregas da 
mucosa em espiral 
 
Função 
A principal função da vesícula biliar é 
armazenar e concentrar a bile, que depois 
é transportada até ao duodeno através 
do trato biliar. Enquanto se ingere uma 
refeição, a presença de gorduras e proteínas 
nos intestinos estimula a libertação 
de colecistocinina. Esta hormona peptídica 
causa simultaneamente a contração do corpo 
e o relaxamento do colo da vesícula biliar. 
Quando a pressão dentro do trato biliar 
aumenta, o esfíncter de Oddi relaxa. De 
seguida, a bile flui do trato biliar diretamente 
para o duodeno. 
 
Anatomia do Fígado e da Vesícula Biliar 
 
O fígado é quase completamente recoberto 
por peritônio visceral e é completamente 
recoberto por uma camada de tecido 
conjuntivo não modelado denso, que se 
situa profundamente ao peritônio. O fígado é 
dividido em dois lobos principais — um grande 
lobo direito e um pequeno lobo esquerdo — 
pelo ligamento falciforme, uma prega do 
peritônio. O ligamento falciforme estende-se 
da face inferior do diafragma, entre os dois 
lobos principais do fígado, até a face superior 
do fígado, ajudando a suspender o fígado na 
cavidade abdominal. Na margem livre do 
ligamento falciforme encontra-se o ligamento 
redondo do fígado, um resquício da veia 
umbilical do feto esse cordão fibroso estende-
se do fígado até o umbigo. Os ligamentos 
coronários direito e esquerdo são extensões 
estreitas do peritônio parietal que prendem o 
fígado ao diafragma. 
As partes da vesícula biliar incluem o fundo 
largo, que se projeta para baixo, além da 
margem inferior do fígado; o corpo, a parte 
central; e o colo, uma parte afilada. O corpo e 
o colo projetam-se para cima. 
 
Histologia do Fígado e da Vesícula Biliar 
 
Histologicamente, o fígado é composto por 
diversos componentes. 
 
1. Hepatócitos. Os hepatócitos são as 
principais células funcionais do fígado e 
realizam uma ampla gama de funções 
endócrinas, secretoras e metabólicas. São 
células epiteliais especializadas com 5 a 12 
lados que formam aproximadamente 80% do 
volume do fígado. Os hepatócitos formam 
arranjos tridimensionais complexos, 
chamados de lâminas hepáticas. As lâminas 
hepáticas são placas de hepatócitos, com a 
espessura de uma célula, limitadas em ambos 
os lados por espaços vasculares revestidos 
por epitélio, chamados de sinusoides he- 
páticos. As lâminas hepáticas são estruturas 
irregulares muito ramificadas. Sulcos nas 
membranas celulares entre os hepatócitos 
vizinhos fornecem espaços para os 
canalículos, nos quais os hepatócitos 
secretam bile. A bile, um líquido verde-oliva ou 
amarelo-acastanhado secretado pelos 
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hepatócitos atua tanto como produto de 
excreção quanto como secreção digestiva. 
 
2. Canalículos bilíferos. Estes são pequenos 
duetos, entre os hepatócitos, que coletam a 
bile produzida por estes. A bile entra nos 
dúctulos bilíferos a partir dos canalículos 
bilíferos e, em seguida, nos duetos bilíferos. 
Os duetos bilíferos se fundem e, finalmente, 
formam os grandes duetos hepáticos direito 
e esquerdo, que se unem e deixam o fígado 
como o dueto hepático comum (veja Figura 
24.14). O dueto hepático comum se une ao 
dueto cístico, a partir da vesícula biliar, para 
formar o dueto colédoco. A partir desse 
ponto, a bile entra no intestino delgado para 
participar da digestão. 
 
3. Sinusoides hepáticos. São capilares 
sanguíneos muito permeáveis, entre as 
fileiras de hepatócitos, que recebem sangue 
oxigenado proveniente dos ramos da artéria 
hepática e sangue desoxigenado rico em 
nutrientes dos ramos da veia porta do fígado. 
Lembre-se de que a veia porta do fígado 
transporta sangue venoso dos órgãos 
gastrointestinais e baço para o fígado. Os 
sinusoides hepáticos convergem e levam 
sangue para uma veia central. O sangue flui 
para as veias hepáticas, que drenam para a 
veia cava inferior, a partir das veias centrais. 
Em comparação com o sangue que flui para 
uma veia central, a bile flui na direção oposta. 
Além disso, encontram-se presentes nos 
sinusoides hepáticos os fagócitos fixos 
chamados de células reticuloendoteliais 
estreladas, que destroem os eritrócitos e 
leucócitos desgastados, bactérias e outras 
substâncias estranhas presentes no sangue 
venoso que drena do trato GI. 
 
Funções do Fígado 
Além de secretar bile, necessária para a 
absorção das gorduras dietéticas, o fígado 
realiza muitas outras funções vitais: 
 
• Metabolismo dos carboidratos. O fígado é 
especialmente importante na manutenção da 
concentração sanguínea normal de glicose. 
Quando a concentração sanguínea de glicose 
está baixa, o fígado converte glicogênio em 
glicose e libera a glicose na corrente 
sanguínea. O fígado também converte certos 
aminoácidos e ácido lático em glicose e 
converte outros açúcares, como frutose e 
galactose, em glicose. Quando a 
concentração sanguínea de glicose está alta, 
como ocorre imediatamente após uma 
refeição, o fígado converte glicose em 
glicogênio e em triglicerídios, para 
armazenamento. 
 
• Metabolismo dos lipídios. Hepatócitos 
armazenam alguns triglicerídios; decompõem 
ácidos graxos para gerar ATP; sintetizam 
lipoproteínas, que transportam ácidos graxos, 
triglicerídios e colesterol para dentro e para 
fora das células; sintetizam colesterol; e usam 
colesterol para formar sais biliares. 
 
• Metabolismo proteico. Os hepatócitos 
fazem a desaminação [removem o grupo 
amino (NH2)] dos aminoácidos, de forma que 
os aminoácidos são usados para a produção 
de ATP ou convertidos em caiboidratos ou 
gorduras. A amônia tóxica resultante (NH3) é, 
em seguida, convertida em uréia, muito 
menos tóxica, que é excretada na urina. Os 
hepatócitos também sintetizam a maioria das 
proteínas plasmáticas, como as globulinas 
alfa e beta, a albumina, a protrombina e o 
fibrinogênio. 
 
Função e Composição da Bile 
 
A cada dia, os hepatócitos secretam entre 800 
e 1.000 mL de bile, um líquido verde-oliva ou 
amarelo-acastanhado. Possui um pH de 7,6 a 
8,6 e é composto basicamente por água, sais 
biliares, colesterol, um fosfolipídio chamado 
de lecitina, pigmentos biliares e diversos íons. 
O pigmento biliar principal é a bilirrubina. A 
fagocitose dos eritrócitos envelhecidos libera 
ferro, globina e bilirrubina (derivada da heme. 
O ferro e a globina são reciclados; a bilirrubina 
é secretada na bile e, finalmente, é 
decomposta no intestino. Um dos produtos da 
decomposição — a estercobilina — dá às 
fezes sua coloração marrom normal. 
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A bile é parcialmente um produto da excreção 
e parcialmente uma secreção digestiva. Os 
sais biliares, que são sais de sódio e sais de 
potássio de ácidos biliares (em grande parte 
ácido cólico e ácido quenodesoxicólico), 
exercem um papel na emulsificação, a 
decomposição de grandes glóbulos de lipídios 
em uma suspensão de pequenos glóbulos de 
lipídios. Estes apresentam uma área de 
superfície muito grande, o que permite à 
lipase pan- creática realizar mais rapidamente 
a dissolução (digestão) dos triglicerídios. Os 
sais biliares também auxiliam na absorção de 
lipídios após sua dissolução (digestão). 
Embora os hepatócitos liberem bile 
continuamente, aumentama produção e a 
secreção quando o sangue portal contém 
mais ácidos biliares; assim, à medida que a 
digestão e a absorção prosseguem no 
intestino delgado, a liberação de bile aumenta. 
Entre as refeições, após a maior parte de a 
absorção ocorrer, a bile flui para a vesícula 
biliar para armazenamento, porque o músculo 
esfíncter da ampola hepatopancreática (de 
Oddi) (veja Figura 24.14) fecha a entrada para 
o duodeno 
 
FÍGADO – METABOLISMO 
 
O fígado é a “central energética” do nosso 
organismo. É lá que carboidratos, proteínas e 
lipídios são degradados, sintetizados, 
oxidados e/ou endereçados. É lá também 
que metabolizamos praticamente todos os 
xenobióticos (medicamentos, agrotóxicos, 
poluentes, etc). Sem contar diversas outras 
funções, como no metabolismo de colesterol, 
degradação de hormônios, armazenamento 
de alguns micronutrientes, entre outros. 
 
Acontece que o fígado é muito responsivo 
ao nosso estilo de vida. Todas essas 
funções atuam de forma sinérgica em um 
indivíduo saudável. Entretanto, se houver 
estilo de vida inadequado, sinais bioquímicos 
são enviados de tal forma que há perturbação 
nesses ciclos. 
 
 
 
Outro fator importante é a biotransformação. 
A biotransformação é a forma com que o 
fígado metaboliza e excreta xenobióticos, 
álcool, cafeína e outros fatores. Acontece 
que várias dessas moléculas são 
metabolizadas pelas mesmas enzimas. Um 
grande exemplo é o álcool. Álcool e 
paracetamol são metabolizados pela mesma 
família de enzimas (CYP2E1). As evidências 
mostram que, caso haja ingestão 
concomitante dos dois, a enzima fica 
“saturada” metabolizando álcool, deixando 
paracetamol livre, o que gera maior risco de 
hepatotoxicidade por esse medicamento. 
Esse é o mecanismo que explica o porquê de 
não poder ingerir álcool junto a alguns 
medicamentos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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