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TEORIAS DA RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO 1 TEORIAS DA RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO PASSEI DIRETO - CONCURSOS PÚBLICOS (FELIPE CESAR) Existem várias teorias que fundamentam a responsabilidade civil do Estado, cada uma abordando de maneira distinta os critérios e as condições para que o Estado seja responsabilizado por danos causados a terceiros. As principais teorias são: 1. Teoria da Culpa Administrativa (ou Teoria Subjetiva): Nesta abordagem, a responsabilidade civil do Estado está condicionada à comprovação da culpa do agente público. A vítima deve demonstrar que houve conduta culposa, dano e nexo causal. Essa teoria, em muitos casos, é considerada ultrapassada, especialmente diante do desenvolvimento da teoria objetiva. 2. Teoria do Risco Administrativo (ou Teoria Objetiva): Esta teoria estabelece que a responsabilidade do Estado independe da comprovação de culpa, baseando-se no risco que as atividades estatais representam para a sociedade. Se um dano decorre de uma atividade administrativa, o Estado é responsável, mesmo que tenha agido com observância de todas as normas. Essa teoria é associada à responsabilidade objetiva do Estado. 3. Teoria do Risco Integral: Uma variação da teoria do risco administrativo, a teoria do risco integral vai além, considerando que o Estado seria responsável por todos os danos decorrentes de suas atividades, independentemente de qualquer excludente de responsabilidade. 4. Teoria do Risco Criado ou Desenvolvimento (ou Teoria da Causa Direta): Esta teoria estabelece que o Estado é responsável por danos causados diretamente por atividades que ele cria ou desenvolve, mesmo que essas TEORIAS DA RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO 2 atividades sejam exercidas por terceiros. A ênfase recai sobre a relação de causalidade direta entre a atividade estatal e o dano. 5. Teoria do Risco Administrativo Agravado: Alguns autores propõem uma abordagem que combina elementos das teorias do risco administrativo e do risco integral. Nessa visão, o Estado seria responsável não apenas pelos riscos normais de suas atividades, mas também por riscos excepcionais ou extraordinários. A teoria adotada em um determinado ordenamento jurídico pode variar, e muitos países utilizam uma combinação de teorias, sendo a teoria do risco administrativo ou do risco integral a mais comumente aplicada na responsabilidade civil do Estado moderna. A escolha da teoria influencia diretamente os critérios para a configuração da responsabilidade, o ônus probatório, e as possíveis excludentes de responsabilidade que podem ser invocadas pelo Estado.
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