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RESENHA_CRÍTICA_ESTAMIRA

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UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI
JÚLIA SOARES SOUZA – RA: 125111357558
CLÍNICA AMPLIADA
RESENHA CRÍTICA DO FILME-DOCUMENTÁRIO “ESTAMIRA”
PIRACICABA – SP
2023
RESENHA
"Estamira" é um documentário que transcende a simples narrativa cinematográfica e mergulha profundamente na vida de uma personagem cativante e perturbadora. Dirigido por Marcos Prado, o filme nos apresenta Estamira, uma mulher idosa que vive em condições de extrema precariedade no Rio de Janeiro, em um aterro sanitário. O documentário evoca uma ampla gama de emoções e reflexões, levando os espectadores de um estado inicial de choque a uma profunda contemplação sobre questões sociais, saúde mental e a própria natureza da humanidade.
A obra começa de forma impactante, com imagens chocantes do aterro sanitário e a voz desconexa de Estamira. No início, somos confrontados com sua aparente loucura, mas à medida que o filme avança, somos guiados em uma jornada para compreender a complexidade dessa mulher. O choque inicial dá lugar à compaixão e ao interesse pela história de vida de Estamira, que é repleta de sofrimento, abusos, traumas e lutas. Ela se torna mais do que uma personagem; ela se transforma em um símbolo de resiliência diante das adversidades.
A força de "Estamira" reside em sua habilidade de mostrar a humanidade por trás de uma fala aparentemente incoerente. As palavras desconexas de Estamira revelam-se como uma tentativa desesperada de encontrar sentido em um mundo que muitas vezes parece absurdo. Isso nos faz refletir profundamente sobre a natureza da sanidade e da insanidade, questionando até que ponto nossos próprios padrões de normalidade são válidos.
Além disso, o documentário lança luz sobre questões sociais profundas. O Brasil, um país marcado por desigualdades sociais e econômicas, é retratado de maneira crua e implacável. A vida de Estamira expõe como pessoas marginalizadas são deixadas à própria sorte, vivendo em situações degradantes, sem acesso a serviços básicos. A falta de apoio adequado para questões de saúde mental também é um tema explorado, fazendo-nos questionar o sistema de saúde mental e os estigmas associados a ele.
No entanto, "Estamira" não é imune a críticas. Algumas pessoas podem considerar o filme excessivamente invasivo, questionando se a exposição da vida de uma pessoa vulnerável é eticamente aceitável. Além disso, a estrutura do filme, embora eficaz em criar empatia com a personagem central, pode se tornar repetitiva em alguns momentos.
Para concluir, "Estamira" o documentário desafia nossa complacência e nos obriga a encarar realidades desconfortáveis. A obra é uma experiência cinematográfica que não deixa ninguém indiferente. Seja elogiado por sua coragem em abordar um tema difícil ou criticado por suas limitações, o documentário é uma obra que merece ser discutida e debatida, pois nos força a confrontar as complexidades da condição humana e as desigualdades sociais que muitas vezes preferimos ignorar.

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