Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1. Resumo O caráter do respectivo trabalho, é elucidar o leitor a respeito das configurações que os dois filmes tratam suas perspectivas e percepções a respeito da loucura, cada um dos filmes apresentam peculiaridades importantes sobre o debate, para isso, tentarei incluir o que mais presumi de importante, para dar luz aos assuntos tratados através dos dramas psicológicos que cada filme exibe. 2. Síntese– Nise o coração da Loucura: Produção: Lorena Bondarovsky, Rodrigo Letier Diretor: Roberto Berliner Ano e Local de Produção: 2015 (Brasil) O filme, é uma história baseados em fatos reais, os autores contam um pouco sobre a vida de Nise Magalhães da Silveira (1905-1999), em seu contexto vivido no Centro Psiquiátrico Nacional Pedro II, localizado no Rio de Janeiro, Nise enfrenta vários dilemas nesse Hospital, como por exemplo: Condições sub-humanas nos tratamentos aos pacientes, a generalização de tratamentos, o caráter desumano no trato, má estrutura física do local, além do machismo que compunha o corpo médico. Nise da Silveira administrou a Seção de Terapêutica Ocupacional entre os anos de 1946 a 1974 e foi nesse ambiente que ela conseguiu se desprender das técnicas médicas tradicionais da época, aplicando sua experiencias e vivencia aos pacientes através das artes como a pintura e modelagens, suas técnicas refutaram diretamente as teorias Psiquiátricas de sua época. O filme Conclui que Nise, foi uma das precursoras do movimento da Reforma Psiquiátrica Brasileira. Inovadora, inspiradora e batalhadora, provou suas técnicas e revolucionou um sistema desumano, demonstrando que é possível encontrar alternativas humanas no combate à “loucura”. 3. Síntese – Um estranho no ninho: Produção: Michael Douglas, Saul Zaents Diretor: Miloš Forman Ano e Local de Produção: 1975 (EUA) O filme conta a história de Randall McMurphy, um homem que decide fingir ter tormentos mentais para fugir da prisão e ir para um Hospital Psiquiátrico, imaginando ter um tratamento melhor. Porém o que ele vive lá dentro, não é tão bom quanto esperava, por isso ele acaba chefiando uma rebelião contra a opressão sofrida naquele ambiente, seus atos de liberdade, lhe custaram a vida. 4. Abordagem da loucura: A Loucura é algo que não pode ser definido tão facilmente, ao longo dos anos ela teve muitos nomes e interpretações diferentes para sua determinada época. Na perspectiva de (M. Foucault, 1975, “Doença Mental e Psicologia”, p.34) a doença mental é um fenômeno Psicológico e Cultural, sendo assim o doente mental é aquele que é des-culturado, ou aquele que não cria uma personalidade individual através das interações culturais que representam a sociedade em que o indivíduo habita, esse processo desumaniza e cria uma ruptura com a natureza humana. Os dois Filmes mostram a realidade vivida pelos “Loucos” em centros psiquiátricos de suas épocas e campos geográficos, vale ressaltar o teor em que os tais filmes abordam a questão da loucura. No filme Nise O Coração da Loucura, temos uma história baseado em fatos reais, o filme é um drama e também uma biografia de uma das mulheres mais revolucionarias no tratamento da Loucura. O filme um estranho no ninho, é de gênero fictício, com críticas severas ao sistema de tratamento psiquiátricos que imperavam em sua época, este, porém, é carregado de momentos de humor. A partir do ponto de vista de Focault para a Loucura, observo que os dois filmes trabalham uma mesma percepção sobre olhar para os “Loucos”, um olhar Psicológico e Social, um olhar humanizado, levando de forma clara ao telespectador que procedimentos que os excluam da sociedade, e que não levem em considerações suas percepções e sentimentos, não apresentam melhorias, antes os tornam seres humanos cada vez mais desumanizados através de procedimentos que lhe causam dor, sofrimentos e perturbações ainda mais severas psicologicamente. 5. Considerações Finais: Diante das condições estudadas e apresentadas pelos filmes, compreendo que devemos observar a loucura, não somente como um fenômeno da Psique, mas também como um fenômeno Social, sendo social, a loucura estará sempre em constante evolução, assim como toda a nossa sociedade, a atenção aos doentes mentais e a luta pelas melhorias em tratamentos técnicos e pessoais de forma humanizada, é uma luta de todos que pretendem trabalhar com a Psicologia. 6. Referencias: FOUCAULT, Michel. Doença Mental e Psicologia. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1975 FRAYZER-PEREIRA, João. O que é loucura. Abril Cultural: Brasiliense, 1985 https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-98932002000100014
Compartilhar