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Olá, estudante! Nesta aula, abordaremos a assistência de enfermagem ao paciente com anemia, leucopenia
e trombocitopenia, distúrbios hematológicos que afetam a composição e o funcionamento do sangue.
Compreender esses distúrbios e fornecer assistência adequada é fundamental para a segurança e bem-
estar dos pacientes. A enfermagem desempenha um papel crucial na identi�cação precoce, monitoramento,
administração de terapias, cuidados integrados e suporte emocional e educativo. Ao adquirir conhecimentos
nesta área, você estará preparado para atuar de forma competente e empática, melhorando a qualidade de
Nesta aula, abordaremos a assistência de enfermagem ao paciente com anemia, leucopenia e
trombocitopenia, distúrbios hematológicos que afetam a composição e o funcionamento do
sangue.
25 minutos
 Aula 1 - Assistência de enfermagem ao
paciente com distúrbios hematológicos
(anemia, leucopenia, trombocitopenia)
 Aula 2 - Assistência de Enfermagem ao
paciente com leucemia
 Aula 3 - Assistência de Enfermagem ao
paciente oncológico  
 Aula 4 - Assistência de enfermagem ao
paciente em cuidados paliativos 
 Aula 5 - Revisão da unidade
 Referências
143 minutos
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vida dos pacientes que apresentam essas condições. 
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Para compreender os distúrbios hematológicos, é imprescindível de�nir hematologia, que abrange a função
e os distúrbios dos elementos formados a partir do sangue, como as hemácias (glóbulos vermelhos),
leucócitos (glóbulos brancos) e plaquetas (geradas na medula óssea), bem como os fatores que controlam a
hemostasia (Carmo, 2021). O estudo desses elementos é fundamental para diagnosticar e tratar diversas
condições de saúde.
A pode ser de�nida como qualquer distúrbio em que há redução da quantidade total de glóbulos
vermelhos em um indivíduo. A massa de glóbulos vermelhos é medida pela quantidade de hemoglobina
(Hb), que é responsável pela tonalidade avermelhada no sangue. Também pode ser utilizado a porcentagem
de hematócritos, que é a proporção de hemoglobinas na corrente sanguínea (Paula, [s. d.]).
Podemos classi�car essa condição de acordo com as alterações na produção de hemácias, seja quando a
taxa de produção diminui ou nos distúrbios que resultam na destruição ou perda de hemácias. O tipo mais
comum de anemia é a ferropriva, diagnosticada geralmente em crianças, e pode causar efeito no
crescimento e desenvolvimento de habilidades cognitivas, comportamentos, de linguagem e capacidades
motoras (Carmo, 2021).
Embora a de�ciência de ferro seja responsável por cerca de 50% dos casos de anemia, a etiologia da
condição geralmente é multifatorial, envolvendo fatores como desnutrição, carências nutricionais (folato,
vitaminas B12 e A), processos in�amatórios, alguns tipos de câncer e doenças hereditárias (Carmo, 2021).
Dessa forma, é importante categorizar os três mecanismos principais que podem causar anemia: perda de
sangue excessiva, produção inadequada de glóbulos vermelhos e destruição excessiva de glóbulos
vermelhos (Braunstein, 2022).
Tabela 1 | Valores laboratoriais para o diagnóstico de anemia, estabelecendo os níveis de hemoglobina e hematócritos considerados
normais para mulheres ehomens:
 
< 12 g/dL < 13 g/dL
< 35% < 41%
Fonte: adaptada de Mariath et al. (2006).
Nas hemácias, encontra-se presente uma proteína denominada hemoglobina, cuja função é transportar o
oxigênio dos pulmões para as demais partes do corpo. Em casos de redução no número de hemácias, como
ocorre na anemia, o sangue não é capaz de transportar uma quantidade su�ciente de oxigênio, o que
resulta nos sintomas característicos da anemia devido à falta de oxigenação adequada nos tecidos.
Portanto, a diminuição do número de hemoglobina também pode ser um indício de anemia (Braunstein,
2022).
A apresentação dos sintomas da anemia pode variar de acordo com a gravidade e a rapidez do
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desenvolvimento da condição, sendo fortemente in�uenciada pelo estilo de vida, idade e histórico clínico e
de saúde do indivíduo. Enquanto algumas pessoas podem ser assintomáticas, outras podem experienciar
fadiga, fraqueza, palidez, tontura, desfalecimento e dispneia. Adicionalmente, sintomas como palpitações
cardíacas, di�culdade de concentração, irritabilidade, unhas frágeis e quebradiças, boca seca, língua inchada
e úlceras orais também são comuns. Assim, é de suma importância proporcionar um atendimento em saúde
adequado, a �m de não negligenciar quaisquer achados clínicos que sejam decisivos para o tratamento
(Braunstein, 2022).
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A é caracterizada como a redução do número de leucócitos no sangue. Existem dois tipos
principais de leucócitos: os linfócitos, responsáveis pela produção de anticorpos e pela imunidade das
células, e os fagócitos, que fagocitam e destroem microrganismos (Brasil, 2010).
Os níveis de leucócitos variam de 4.000 a 11.000/mm³. Indivíduos de raça negra ou negroide podem
apresentar a “falsa leucopenia”, com nível de leucócitos em torno de 3.000/mm³ (Silveira et al., 2014). O
primeiro passo é determinar qual tipo de célula está diminuída: neutró�los (neutropenia), um tipo de
fagócito, ou linfócitos (linfopenia), para determinar o tratamento adequado (Brasil, 2010).
Podemos classi�car a causa da leucopenia entre dois fatores (Silveira et al., 2014):
• Leucopenia ocupacional: corresponde a uma das causas mais frequentes de leucopenia, e é comum em
trabalhos que envolvem substâncias químicas, ingeridas, manuseadas e/ou inaladas, como gasolina,
inseticida, querosene, tintas etc., ou agentes físicos, como radiação ionizante.
• Leucopenia racial/constitucional: os valores considerados normais são diferentes para as diferentes etnias,
portanto, deve haver um parâmetro próprio para cada indivíduo. Desse modo, caso a leucometria normal
do indivíduo seja desconhecida, consideramos "constitucional" toda leucopenia persistente e constante que,
mesmo após ampla investigação, nenhuma causa relativa tenha sido apontada como justi�cativa.
As leucopenias também podem ser causadas por infecções (rubéola, varicela, parvovírus, Epstein-Barr,
citomegalovírus, leptospirose, hepatites virais, HIV e tuberculose); hiperesplenismo; doenças
reumatológicas; de�ciência nutricional/endocrinopatias e doenças renais, e uso de medicamentos. Entre as
causas, também está a quimioterapia ou radioterapia, transplante de medula, uso de esteroides, fatores
genéticos e doenças autoimunes (TelessaúdeRS-UFRGS, 2021).
Os sintomas vão estar relacionados à doença e/ou às manifestações clínicas, que são diretamente a causa
do distúrbio plaquetário. Na maioria dos casos, não é observado sintoma especí�co algum (Silveira et al.,
2014).
Quanto à , podemos classi�cá-la como um distúrbio hematológico que ocorre quando a
medula óssea produz um número reduzido de plaquetas (trombócitos) ou quando uma quantidade elevada
de plaquetas são destruídas ou se acumulam dentro do baço aumentado (Kuter, 2022).
As plaquetas constituem a primeira linha de defesa contra hemorragias, responsáveis pelo processo de
adesão e agregação plaquetária, portanto, sua diminuição pode acarretar problemas como hemorragias
(Paiva, 2019). A diminuição da produção de plaquetas na medula óssea, devido a condições como leucemia,
é uma das causas desse distúrbio (Kuter, 2022).
Infecções virais, como hepatite C, HIV e Epstein-Barr, também podem causar trombocitopenia. Além disso,
certas condições médicas, transfusões maciças de glóbulos vermelhos, distúrbios que levam ao aumento do
baço e o uso de certos medicamentos podem afetar a quantidade de plaquetas no sangue (Kuter, 2022).
O sintoma mais comum para trombocitopenia é a hemorragia cutânea, como pontos vermelhos (petéquias),
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nos membros inferiores. É comum também o surgimento de pequenas lesões e hematomas, e
sangramentos nas gengivas, ou fezes com presença de sangue. A gravidade da hemorragia é proporcional
ao número diminuído de plaquetas (Kuter, 2022).
Pode haver também redução nos números de hemoglobina, neutró�los e plaquetas de maneira
concomitante, ou seja, causando ao mesmo tempo condições como anemia, leucopenia e trombocitopenia,
que podem estar relacionadas a diversos problemas ligados à medula óssea, que carecem de investigação
profunda. O distúrbio hematológico que causa redução nas três categorias é denominado 
(Brasil, 2022).
Tabela 2 | Valores laboratoriais para o diagnóstico de pancitopenia
Normal
> 12 em mulheres
> 13 em homens
> 1,8 > 150
Citopenia
< 12 em mulheres
< 13 em homens
< 1,8 < 150
Fonte: Brasil (2022, p. 1).
A assistência de enfermagem desempenha um papel essencial no cuidado de pacientes com distúrbios
hematológicos, como anemia, leucopenia e trombocitopenia. Além da coleta deste exame de sangue, o
pro�ssional de enfermagem deve realizar uma boa triagem e um bom exame físico para detectar sinais e
sintomas de agravos ou achados clínicos importantes para o tratamento e recuperação do paciente (Kuter,
2022).
No caso da , o enfermeiro é responsável por realizar uma avaliação minuciosa dos sintomas e sinais
de baixa contagem de glóbulos vermelhos, bem como determinar a causa subjacente. Por meio da coleta do
histórico médico, estilo de vida e exame físico, o enfermeiro pode identi�car possíveis fatores de risco e
orientar o paciente acerca da importância da adesão ao tratamento, incluindo a suplementação de ferro e
vitaminas, bem como orientar a respeito da importância de uma mudança na alimentação, incluindo
alimentos com alta concentração de ferro, como carnes vermelhas e de aves, peixes, mariscos crus, folhas
verde-escuras, grãos integrais ou enriquecidos, castanhas e nozes, rapadura, melado de cana etc. (P�zer,
2021).
No diagnóstico de , o exame utilizado é a contagem de plaquetas e a coagulação, pelo
hemograma completo. O diagnóstico é feito por exclusão, ou seja, todos os exames realizados normais, com
exceção da contagem de plaquetas. Geralmente, o reconhecimento do distúrbio acontece com o
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hemograma quando o indivíduo apresenta hematomas ou hemorragias (Paiva, 2019).
No atendimento de enfermagem em suspeitos de trombocitopenia, é importante se atentar aos seguintes
fatores: histórica clínica e achados no exame físico e investigação de possíveis outras causas de
trombocitopenia (Carmo, 2021). Deve-se revisar todas as medicações, especialmente aquelas que podem
causar problemas de coagulação, como antiagregantes, anticoagulantes, antibióticos beta-lactâmicos,
nitratos, bloqueadores beta, antidepressivos tricíclicos e inibidores seletivos de recaptação de serotonina
(Paiva, 2019).
O tratamento dacondição varia de acordo com a causa. Em casos de trombocitopenia induzida por
medicamentos, a interrupção do medicamento costuma resolver o problema. Para a trombocitopenia
autoimune, são utilizados medicamentos como a prednisona, além de terapias para aumentar a produção
de plaquetas e, em alguns casos, a cirurgia de remoção do baço é indicada (Kuter, 2022).
Pessoas com baixa contagem de plaquetas e sangramentos anormais devem evitar medicamentos que
afetem a função plaquetária, e ter cuidado com atividades físicas. Em situações graves, pode ser necessária
a transfusão de plaquetas, embora haja o risco de destruição das plaquetas transfundidas devido ao
distúrbio subjacente (Kuter, 2022).
Olá, estudante! Con�ra o vídeo a seguir, o qual abordará de forma abrangente os conceitos-chave
relacionados aos distúrbios hematológicos discutidos nesta aula. O vídeo também explora a sintomatologia,
os tratamentos disponíveis e o prognóstico associados a esses distúrbios. Ao revisar esses pontos essenciais
do tema, você estará mais bem preparado para prestar uma assistência e�caz, de qualidade e personalizada
aos indivíduos que apresentam essas condições, atendendo às suas necessidades especí�cas.

Você sabia que muitos pacientes com distúrbios hematológicos necessitam de transfusão sanguínea? A
prática voluntária da doação de sangue pode salvar muitas vidas. Anualmente, no dia 14 de junho, é
comemorado o Dia Mundial do Doador de Sangue. Con�ra no site do Ministério da Saúde, o artigo
, sobre o que você precisa saber para conscientizar e informar a população acerca
da importância de ser um doador.
Con�ra também os diagnósticos de enfermagem mais utilizados na interpretação de distúrbios
hematológicos, no artigo 
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https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/saes/sangue
https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/saes/sangue
https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/saes/sangue
http://faef.revista.inf.br/imagens_arquivos/arquivos_destaque/50IavFWR43hRnpg_2019-11-12-21-30-27.pdf
http://faef.revista.inf.br/imagens_arquivos/arquivos_destaque/50IavFWR43hRnpg_2019-11-12-21-30-27.pdf
http://faef.revista.inf.br/imagens_arquivos/arquivos_destaque/50IavFWR43hRnpg_2019-11-12-21-30-27.pdf
http://faef.revista.inf.br/imagens_arquivos/arquivos_destaque/50IavFWR43hRnpg_2019-11-12-21-30-27.pdf
http://faef.revista.inf.br/imagens_arquivos/arquivos_destaque/50IavFWR43hRnpg_2019-11-12-21-30-27.pdf
http://faef.revista.inf.br/imagens_arquivos/arquivos_destaque/50IavFWR43hRnpg_2019-11-12-21-30-27.pdf
Olá, estudante! A leucemia é uma forma de câncer que afeta os tecidos responsáveis pela produção de
sangue, incluindo a medula óssea. Essa doença apresenta diversos tipos e sintomas associados. Para que o
pro�ssional enfermeiro possa prestar uma assistência adequada ao paciente, é fundamental aprofundar
seus conhecimentos acerca da patologia. Isso inclui compreender como a doença se desenvolve, identi�car
os fatores de risco envolvidos, reconhecer os sintomas característicos de cada tipo de leucemia e conhecer
as diferentes opções de tratamento disponíveis para cada caso. Ao adquirir esse conhecimento, você estará
mais preparado para atuar de forma e�caz e compassiva no cuidado e suporte aos pacientes com leucemia.
Sua dedicação em aprender esse tema é essencial para ofertar um cuidado de qualidade e contribuir
positivamente no enfrentamento dessa condição clínica desa�adora.
A leucemia é uma forma de câncer que afeta os tecidos responsáveis pela produção de
sangue, incluindo a medula óssea.
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A leucemia é uma doença que afeta os glóbulos brancos e tem como principal característica o acúmulo de
células doentes, substituindo as células normais na medula óssea. É dentro da medula óssea que as células-
tronco se dividem e amadurecem para formar as células sanguíneas. Durante esse processo, as células
podem se tornar linfócitos (glóbulos brancos) ou então células mieloides, que dão origem aos glóbulos
vermelhos, glóbulos brancos (exceto linfócitos) ou plaquetas (ACS, 2018). 
Na leucemia, uma célula sanguínea imatura sofre uma mutação genética que a torna uma célula cancerosa.
Essa célula anormal não funciona de forma adequada, multiplicando-se rapidamente. Desse modo, as
células sanguíneas saudáveis vão sendo substituídas pelas células anormais e cancerosas (Brasil, 2022).
Quadro 1 | Os quatro tipos mais comuns de leucemia
Leucemia Linfocítica Aguda (LLA)
Causa danos às células linfoides e tem evolução
rápida. É o tipo mais comum em crianças.
Leucemia Linfocítica Crônica (LLC)
Lesiona células linfoides e tem progresso demorado.
Afeta principalmente pessoas com idade acima de
55 anos.
Leucemia Mieloide Aguda (LMA)
Acomete as células mieloides é de progresso rápido,
ocorrendo em crianças e em adultos. A incidência
aumenta com a idade. É o tipo mais comum.
Leucemia Mieloide Crônica (LMC)
Prejudica as células mieloides e tem uma evolução
lenta, no começo.
Fonte: P�zer (2020, [s. p.]).
Os sinais e sintomas da leucemia podem variar de acordo com o subtipo da doença e seu estágio de
evolução. No caso das leucemias crônicas, o indivíduo pode ser assintomático, ou seja, não apresentar
sintoma algum. Há também o risco de o paciente confundi-lo com outras doenças ou condições, portanto, é
importante reforçar a importância de procurar atendimento em saúde no caso de qualquer anormalidade
(ACS, 2018).
Os principais sintomas da leucemia acontecem devido ao acúmulo de células cancerosas na medula óssea,
prejudicando ou impedindo a produção de células sanguíneas. A leucemia também pode reduzir a produção
de glóbulos brancos, resultando em uma diminuição da imunidade, deixando o indivíduo mais suscetível a
doenças e infecções (P�zer, 2020).
Quando a redução dos glóbulos vermelhos acontece, os sintomas mais comuns são fadiga, dispneia,
palpitação, cefaleia, palidez, apatia e cansaço intenso. A diminuição de plaquetas pode provocar
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sangramentos, manchas roxas e/ou pontos roxos na pele, assim como gânglios linfáticos inchados (indolor),
nas regiões do pescoço e axilas, febre ou suores noturnos, perda de peso sem motivo, desconforto
abdominal (inchaço do baço ou fígado) e dores nos ossos e articulações. Nos casos em que o sistema
nervoso central é afetado, podem surgir dores de cabeça, náuseas, vômitos, visão dupla e desorientação
(Brasil, 2022).
A causa da leucemia ainda não pode ser totalmente de�nida, mas alguns fatores aumentam o risco de
desenvolver a doença, principalmente de alguns subtipos especí�cos. Os fatores de risco podem ser
hereditários, como síndrome de Down, quimioterapia, síndrome mielodisplásica, e outras condições que
afetam o sangue; ambientais, como radiação (radioterapia, raio-x); benzeno (substância presente na fumaça
do cigarro, gasolina e utilizado em indústrias químicas) e comportamentais, como o tabagismo (Albert
Einstein, [s. d.]).
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O diagnóstico da leucemia geralmente ocorre por meio de exames de sangue, realizados rotineiramente ou
por outros propósitos de saúde. O hemograma revela mudanças caracterizadas por baixa hemoglobina
(menor que 12 g/dl), contagem reduzida de plaquetas (< 100.000/mm³) e presença de linfoblastos igual ou
superior a 20%, detectados na aspiração do sangue periférico ou na medula óssea. A con�rmação do
diagnóstico de leucemia requer diversos exames, junto com avaliação clínica e exames físicos regulares.Além do hemograma, os testes laboratoriais padrão-ouro incluem imunofenotipagem, citogenética e
estudos de biologia molecular (Santos et al., 2019).
O mielograma, exame no qual é realizada uma punção na crista ilíaca posterior/anterior, ou no osso esterno,
é de extrema importância. O material hematopoiético é aspirado, confeccionado e corado em lâminas, de
acordo com o padrão laboratorial. Dessa forma, é feita a análise dos linfoblastos, que são a principal
alteração tanto na LLA quanto na LMA. Todos os exames são importantes para indicar o tratamento
adequado durante e após remissão da doença, assim como possível reaparecimento da condição (Sanchez,
2020).
O paciente também é orientado a submeter-se a um conjunto de avaliações, que englobam:
• Avaliação da função renal.
• Avaliação da função hepática (incluindo desidrogenase lática).
• Dosagem de ácido úrico.
• Dosagem de amilase.
• Medição dos níveis de triglicerídios e colesterol.
• Exames sorológicos abrangendo HIV 1 e 2, Hepatite B e C, HTLV 1 e 2, e sí�lis.
• Radiogra�a de tórax.
Outros exames complementares são requisitados de acordo com a necessidade clínica. Esse procedimento
visa obter informações abrangentes da saúde do paciente, proporcionando uma avaliação completa de
diferentes sistemas e funções do organismo (Santos et al., 2019).
O tratamento para a leucemia consiste em uma abordagem multivariada, levando em conta a idade do
paciente, o estágio da doença e o seu subtipo, além das especi�cidades de cada indivíduo. No geral,
podemos de�nir o tratamento como medicamentoso, como a quimioterapia, imunoterapia e/ou terapia
direcionada. Em alguns casos, o transplante de medula óssea (TMO) é indicado, assim como a radioterapia
ou cirurgias (Rodríguez et al., 2020).
O TMO não é a primeira opção de tratamento, pois essa opção é indicada para os casos em que houver
recidiva após o tratamento quimioterápico e para os indivíduos que puderem utilizar a própria medula
óssea ou que tiverem um doador compatível. Os candidatos ao TMO deverão ter sensibilidade comprovada
aos quimioterápicos e devem ter menos de 55 anos, assim como suas funções vitais preservadas (Hemorio,
2009a).
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A quimioterapia consiste na administração de medicamentos que eliminam as células cancerosas que estão
se multiplicando, mas células sadias também acabam sendo dani�cadas. Na imunoterapia, será utilizado o
próprio sistema imunológico do paciente para matar as células de câncer. Na terapia direcionada, ou
terapia-alvo, é administrado um medicamento que ataca os mecanismos biológicos inatos de uma célula
cancerosa (Emadi; Law, 2022).
As complicações da leucemia podem estar relacionadas ao fato de as células leucêmicas
ocuparem/invadirem a medula óssea, substituindo as células sadias. Essa interferência pode levar à
quantidade inadequada de glóbulos vermelhos, causando anemia; glóbulos brancos, aumentando o risco de
infecções e plaquetas, que contribui para o risco de hemorragia (Emadi; Law, 2022). Há também o risco de,
pelo número excessivo de leucócitos na corrente sanguínea, o sangue tornar-se muito espesso, favorecendo
a obstrução de vasos; com isso, há também o aumento do risco de acidente vascular encefálico (Hemorio,
2009b).
Apesar dos avanços na terapia oncológica, a leucemia ainda se apresenta como uma doença de prognóstico
relacionado ao medo da morte, sobrecarregada de con�itos que afetam não somente o indivíduo
diagnosticado, mas toda a família. Dessa forma, in�uencia negativamente o processo de aceitação da
doença. Os pro�ssionais de saúde tornam-se suporte assistencial e psicológico e, além da educação em
saúde como forma de orientar o tratamento, é importante que o enfermeiro articule conhecimento técnico
e cientí�co, contemplando afetividade para ofertar cuidado para a promoção da saúde, qualidade de vida,
conforto e o bem-estar (Oliveira et al., 2021).
A assistência de enfermagem prestada ao paciente geralmente engloba uma série de técnicas que se refere
à alimentação, higiene, administração de medicamentos e coleta de material para exames gerais. Essas
intervenções costumam: avaliar exames laboratoriais e sinais vitais; atentar para queixas de dor;
recomendar dieta hipercalórica e hiperproteica regularmente; aplicar compressa em caso de sangramento;
assegurar medidas de segurança antes, durante e após transfusão sanguínea; auxiliar nas medidas de
higiene; realizar exame físico e demais controles pertinentes; manter paciente informado acerca de medidas
terapêuticas, procedimentos e diagnósticos, bem como esclarecer qualquer dúvida que possa surgir, vinda
do paciente e sua família (Pinheiro; Silva, 2021).
Dessa forma, �ca evidente quão fundamental para o tratamento desses pacientes é o preparo que os
pro�ssionais de enfermagem devem ter. Sendo a classe pro�ssional que mais atua diretamente com o
paciente e a ciência do cuidar, é necessário que toda a equipe seja capacitada para promover cuidados de
qualidade. Além disso, os pro�ssionais devem agir para implementação e operacionalização de ações que
visem à sistematização do cuidado integral e individual ao paciente, com medidas interventivas, mas com
habilidades e cuidados humanizados, levando em conta o contexto psicossocial, mensurando a dor, o medo,
a depressão, a ansiedade e os demais sentimentos vividos (Oliveira et al., 2021).
Uma das possibilidades é a abordagem dos Cuidados Paliativos (CP) no paciente com câncer. O enfermeiro,
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com a equipe interdisciplinar, auxilia o paciente e a família, desde o diagnóstico até as fases terminais da
doença. Dentre seus principais gerais, o CP pode compreender: fornecer alívio para dor e outros sintomas
estressantes; rea�rmar a vida e a morte como processos naturais; integrar os aspectos psicológicos, sociais
e espirituais à condição clínica do paciente; não apressar ou adiar a morte; fornecer sistema de apoio para
famílias e para o próprio paciente, mantendo-o ativo até o ponto em que for possível, e realizar o suporte de
�nal de vida e assistência ao luto (Brasil, 2022).
No processo de cuidar do paciente, o enfermeiro deve sempre manifestar o respeito pela vida, respeitando
os valores e crenças do indivíduo e de sua família, de forma que durante todos os tratamentos, ou mesmo
no cuidado paliativo, haja dignidade humana para aquele paciente, com base na ética e no cuidado
empático, na busca do saber cientí�co e do fazer de forma correta (Ferreira, 2020).
Olá, estudante! Con�ra o vídeo a seguir, que abordará de forma abrangente os conceitos-chave relacionados
à leucemia e a doenças hemato-oncológicas discutidas nesta aula. O vídeo também explora a
sintomatologia, os tratamentos disponíveis e o prognóstico associados a essas condições. Ao revisar esses
pontos essenciais do tema, você estará mais bem preparado para prestar uma assistência de enfermagem
e�caz, de qualidade e personalizada aos indivíduos que apresentam essas doenças, atendendo às suas
necessidades especí�cas.
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Quer aprender mais a respeito da diferença entre a leucemia aguda ou crônica? Con�ra a matéria
completa no SANAR, . É muito importante saber diferenciá-los, pois os
sintomas são distintos e os tratamentos também. Além disso, é imprescindível orientar a população
para que o diagnóstico dessas doenças não seja tardio e, assim, haja mais possibilidades de
tratamenato.
Nesta aula, abordaremos a biologia molecular do câncer, a carcinogênese, as nomenclaturas
comuns e o estadiamento dos tumores.
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https://www.sanarmed.com/leucemias-agudas-e-cronicas-colunistas
Olá, estudante! Nesta aula, abordaremos a biologia molecular do câncer, a carcinogênese, as nomenclaturas
comuns e o estadiamento dos tumores. Compreender esses conceitos é fundamental para oferecer um
cuidado de qualidade e de excelência para pacientes oncológicos. Com esse conhecimento, você estará apto
para identi�car as particularidades de cada caso, ofertar tratamentos e assistência adequados e
proporcionar apoio emocional aos pacientes e suas famílias. A enfermagem oncológica é uma área
grati�cante e desa�adora, e os pro�ssionais envolvidos nesse cuidado tem grande impacto na vida e na
saúde daqueles que enfrentam o câncer. 
A biologia molecular do câncer concentra-se no estudo das alterações genéticas e moleculares que ocorrem
nas células cancerígenas. As células normais têm mecanismos regulatórios que controlam o crescimento
celular, a replicação do DNA e a morte celular programada (apoptose). No entanto, as células cancerosas
não respondem aos sinais de regulação do organismo, crescendo e se dividindo e, assim, se acumulam e
tornam-se tumores (Gale, 2022a).
As mutações podem ser hereditárias, mas a maioria delas é adquirida ao longo da vida, devido à exposição
frequente e prolongada a fatores carcinogênicos. A carcinogênese ou oncogênese refere-se ao processo
pelo qual uma célula sadia se transforma em uma célula cancerosa, proliferando até que se dê origem a um
tumor visível. A exposição a diferentes agentes carcinógenos causam efeitos cumulativos, que são
responsáveis pelo início, promoção, progresso e a inibição do tumor (Brasil, 2022).
Dentre os fatores que podem contribuir para a carcinogênese, 80% a 90% estão associados a fatores
ambientais, como a exposição a substâncias químicas tóxicas, radiação ionizante, infecções virais
persistentes e graves, estilo de vida não saudável (como tabagismo, obesidade e dieta inadequada) e
predisposição genética (Albert Einstein, [s. d.]).
Para que haja uma comunicação clara e padronizada entre os pro�ssionais de saúde, é essencial utilizar a
nomenclatura adequada para descrever os diferentes tipos de câncer. A nomenclatura do câncer é baseada
no órgão ou tipo de tecido em que o tumor maligno se originou. Os termos utilizados podem variar, mas
geralmente incluem o su�xo "-oma" para tumores benignos (por exemplo, adenoma) e as terminações
"-carcinoma" para tumores malignos de origem epitelial (por exemplo, adenocarcinoma) e "-sarcoma" para
tumores malignos de origem mesenquimal (por exemplo, adenossarcoma) (Ramos, 2020).
O estadiamento é um sistema utilizado para descrever a extensão do câncer no momento do diagnóstico,
sendo crucial para de�nir o prognóstico e o plano de tratamento mais adequado. Diversos sistemas de
estadiamento podem ser utilizados, mas um dos mais comuns é o sistema TNM (tumor, linfonodo,
metástase) desenvolvido pela American Joint Committee on Cancer (AJCC) e a União Internacional de
Controle do Câncer (UICC).
Veja, a seguir, o sistema TNM de estadiamento (Brasil, 2004):
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• T – extensão do tumor primário.
• N – ausência ou presença e a extensão de disseminação em linfonodos regionais.
• M – ausência ou presença de metástase à distância.
Tabela 1 | Sistema de estadiamento T, N e M
TX – tumor não pode ser avaliado.
T0 – não há evidência do tumor primário.
Tis (T1, T2, T3 e T4)  – descreve o tamanho e a disseminação da doença nas
proximidades.
NX – linfonodos não podem ser avaliados.
N0 – não há evidência de câncer nos linfonodos vizinhos.
Nis (N1, N2 e N3)  – descreve tamanho, localização e/ou o número de linfonodos
com a doença.
M0 – nenhuma disseminação encontrada.
M1 – metástase à distância foi encontrada.
Fonte: adaptada de Brasil (2004).
Os estágios são numerados de 0 a IV, sendo o estágio 0 associado a lesões pré-cancerosas, e o estágio IV
indicando um câncer avançado com disseminação para outras partes do corpo. Quanto maior o grau, maior
a gravidade da doença. Os procedimentos que auxiliam a avaliação das categorias TNM são o exame físico e
o diagnóstico por imagem (Brasil, 2004). 
Compreender os mecanismos moleculares envolvidos na formação do câncer e utilizar a terminologia
adequada são aspectos essenciais para a abordagem adequada e a comunicação e�caz entre os
pro�ssionais de saúde.
A quimioterapia antineoplásica é uma modalidade terapêutica essencial no tratamento do câncer, que
consiste na administração de medicamentos citotóxicos que agem no ciclo de crescimento e divisão celular,
inibindo a proliferação das células tumorais. A utilização de cateteres venosos centrais desempenha um
papel fundamental nesse processo, possibilitando o acesso venoso seguro e e�ciente para a administração
dos quimioterápicos. A assistência de enfermagem nesse contexto é de extrema importância para garantir o
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sucesso do tratamento e o bem-estar do paciente (Brasil, 2013).
Os cateteres venosos centrais são dispositivos médicos inseridos em veias de grande calibre,
proporcionando acesso contínuo e prolongado à corrente sanguínea. São três as principais categorias:
cateter totalmente implantável, cateter de inserção periférica e cateter de inserção central não implantável.
A abordagem intravenosa é a mais comum, e os cateteres venosos centrais são preferidos pela facilidade de
acesso, menor desconforto para o paciente e menor risco de extravasamento dos medicamentos (Queiroz;
Cardoso, 2021).
Nesse contexto, a assistência de enfermagem desempenha um papel crucial antes, durante e após a
quimioterapia. Antes do tratamento, o enfermeiro deve esclarecer todas as dúvidas do paciente e da família,
sendo um pro�ssional capacitado e atualizado, fornecendo informações detalhadas acerca do
procedimento, possíveis efeitos colaterais e medidas para aliviá-los. É fundamental criar um ambiente
acolhedor e empático, uma vez que o diagnóstico de câncer e o início da quimioterapia podem gerar
ansiedade e apreensão no paciente (Costa, 2020).
Durante a administração da quimioterapia, a competência do enfermeiro é vital para garantir a segurança e
a e�cácia do tratamento, agindo com conhecimento técnico-cientí�co especí�cos. Este pro�ssional é
responsável por preparar, administrar e monitorar a infusão dos medicamentos, seguindo rigorosamente as
orientações de saúde e as normas de controle de infecção. O enfermeiro deve estar atento a qualquer sinal
de reação adversa, como extravasamento, di�culdades no �uxo, manutenção da punção e catéter, e sinais
de infecção, além à qualidade dos curativos (Costa, 2020).
Os cateteres venosos centrais requerem cuidados especiais para prevenir complicações, como infecções e
trombose. O enfermeiro deve fazer curativos estéreis, garantindo a limpeza e a integridade do sítio de
inserção do cateter. Além disso, é importante fazer a troca periódica dos curativos para evitar infecções
locais e seguir os protocolos estabelecidos para cada tipo de cateter e local implantado (EBSERH, 2022).
O enfermeiro deve monitorar todas as condições envolvendo o local da punção do cateter, pois todo o
tratamento do paciente pode �car extremamente comprometido caso haja di�culdade no sistema de
infusão dos agentes antineoplásicos (Rezende; Lino; Morais, 2021).
Após a sessão de quimioterapia, o enfermeiro deve seguir acompanhando o paciente, avaliando possíveis
efeitos colaterais tardios. O paciente também deve ser orientado quanto a mudanças no estilo de vida,
como iniciar uma alimentação saudável, cuidados com a pele, especialmente com o local de punção do
cateter, receber recomendação para a prática de atividades físicas(seguindo orientações médicas e
�sioterapêuticas) e reforçar a ingestão de líquidos na quantidade correta, assim como outros cuidados
adicionais que possam ser necessários, inclusive fornecendo suporte emocional, empatia e encorajamento
(Queiroz; Cardoso, 2021).
Em suma, a quimioterapia antineoplásica é uma abordagem terapêutica vital para pacientes com câncer. A
utilização de cateteres venosos centrais é essencial para garantir a e�cácia do tratamento. A assistência de
enfermagem desempenha um papel determinante ao oferecer cuidados técnicos de qualidade, garantir a
segurança do paciente e proporcionar apoio emocional para enfrentar os desa�os do tratamento
oncológico. O trabalho conjunto entre pro�ssionais de saúde, pacientes e familiares é fundamental para
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alcançar os melhores resultados possíveis no combate ao câncer e suas consequências (EBSERH, 2022).
A radioterapia consiste no uso de radiações para atacar as células tumorais, de modo localizado. Os raios
são disparados no local adequado, embora, neste processo, algumas células sadias também possam ser
afetadas. Normalmente este tipo de tratamento é indicado para tumores mais brandos e bem localizados,
ou então para tumores agressivos, que impedem o paciente de passar pelo tratamento cirúrgico. Essa
abordagem curativa ou paliativa é efetiva em diversos tipos de câncer, podendo ser combinada com cirurgia
ou quimioterapia para obter melhores resultados (Cardoso, 2022).
A radioterapia pode ser interna ou externa e ambas as formas têm suas indicações especí�cas, a escolha
entre elas vai depender do tipo de câncer, localização da lesão, estágio da doença e características
individuais do paciente. O tratamento é sempre planejado e executado por uma equipe multidisciplinar,
envolvendo, além da enfermagem, oncologistas, físicos médicos, radioterapeutas e dosimetristas (Cardoso,
2022).
A , como a radioterapia 3D e a radioterapia IMRT, é administrada por máquinas que
emitem feixes de radiação a partir do exterior do corpo, direcionando-os para a área alvo do tumor. As
doses de radiação são entregues de forma fracionada, ao longo de várias sessões, permitindo maior
precisão e minimizando danos aos tecidos saudáveis ao redor da lesão (HCor, 2018).
A , ou braquiterapia, utiliza fontes de radiação colocadas próximas ou dentro do
tumor. Esse tipo de tratamento permite administrar doses mais altas de radiação diretamente na área
afetada, reduzindo a exposição dos tecidos sadios à radiação. A braquiterapia pode ser de baixa taxa de
dose, em que a fonte permanece no paciente por um período determinado, ou de alta taxa de dose, em que
a fonte é inserida temporariamente e posteriormente removida (HCor, 2018).
A assistência de enfermagem na radioterapia oncológica é fundamental para garantir a segurança e o bem-
estar dos pacientes durante o tratamento. As principais intervenções de enfermagem incluem a realização
do exame físico e o registro do peso do paciente para monitorar possíveis alterações ao longo do
tratamento. Além disso, é essencial avaliar a área irradiada e a toxicidade presente nos tecidos, tratando as
lesões de pele com coberturas especí�cas para minimizar desconfortos e complicações (Souza, 2017).
A enfermagem também desempenha um papel crucial ao monitorar os sinais vitais e orientar as atividades
de autocuidado, visando promover a qualidade de vida durante o processo terapêutico. Prevenir
complicações e traumas, posicionar adequadamente o paciente antes da técnica radioterápica e oferecer
apoio emocional, com tratamento humanizado, são outras importantes atribuições do enfermeiro nesse
contexto (Souza, 2017).
Os efeitos adversos a este tipo de tratamento podem ser leves ou agudos, a depender da área e da condição
de saúde do paciente. No geral, o paciente pode apresentar letargia, fadiga excessiva, mucosite,
manifestações dermatológicas (eritema, prurido, descamação etc.), esofagite, pneumonite, hepatite,
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sintomas gastrointestinais (náusea, vômito, diarreia) e do trato urinário (frequência, urgência, disúria) e
supressão da medula óssea (Gale, 2022b).
Em conjunto com o tratamento radioterápico, para potencializar ou inibir a resposta do organismo, o
paciente pode ser submetido a imunoterapia, em que são usados os modi�cadores de resposta biológica,
que são substâncias/medicamentos que aumentam a e�cácia do tratamento ou reduzem seus efeitos
colaterais. A utilização de modi�cadores da resposta biológica pode aprimorar os resultados do tratamento,
tornando-o mais e�caz e seguro (Gale, 2022b).
Olá, estudante! O vídeo a seguir vai abordar os conceitos principais da assistência de enfermagem ao
paciente oncológico, assim como os diferentes tipos de tratamento e de assistência. É extremamente
importante para o pro�ssional enfermeiro saber quais são esses tratamentos, suas principais indicações e
seus efeitos colaterais, para fornecer ao paciente um tratamento especí�co, individualizado e de qualidade. 
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Con�ra a cartilha educativa , produzida pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA),
em parceria com o Ministério da Saúde. Este tipo de material auxilia tanto os pro�ssionais de saúde
que lidam com a doença no dia a dia da pro�ssão, como também orienta, de maneira dinâmica,
pacientes oncológicos e familiares.
Nesta aula abordaremos os cuidados humanizados para pacientes com doenças crônicas e/ou terminais,
focando a qualidade de vida e o alívio do sofrimento por meio do cuidado paliativo. Aprenderemos também
como a enfermagem deve ofertar conforto físico e emocional, fornecendo amparo para o paciente e seus
familiares. É importante desenvolver habilidades técnico-cientí�cas para controle da dor, praticar a
Nesta aula abordaremos os cuidados humanizados para pacientes com doenças crônicas e/ou
terminais, focando a qualidade de vida e o alívio do sofrimento por meio do cuidado paliativo.
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https://www.inca.gov.br/sites/ufu.sti.inca.local/files//media/document//publicacao-21fatos-inca-dmc2021-final-08-02-21.pdf
https://www.inca.gov.br/sites/ufu.sti.inca.local/files//media/document//publicacao-21fatos-inca-dmc2021-final-08-02-21.pdf
https://www.inca.gov.br/sites/ufu.sti.inca.local/files//media/document//publicacao-21fatos-inca-dmc2021-final-08-02-21.pdf
comunicação e o cuidado empático e holístico. O objetivo é que você, como enfermeiro, possa aprimorar as
capacidades de cuidar e reconhecer as necessidades únicas do indivíduo em cuidados paliativos, tornando-
se um pro�ssional capacitado acerca desse tema tão complexo. 
O cuidado paliativo (CP) é uma abordagem ativa e abrangente de saúde, direcionada a indivíduos com
doença grave, progressiva e potencialmente ameaçadora à continuidade e qualidade de vida. Seu propósito
é elevar a qualidade de vida do paciente e de seus familiares, por meio da prevenção e alívio do sofrimento,
identi�cação precoce de situações demandantes, avaliação minuciosa e tratamento de dor e outros
sintomas físicos, psicossociais e espirituais (Brasil, 2023).
O diagnóstico de doenças graves ou crônicas, além de sintomas físicos, pode intensi�car medos, separações
familiares, con�itos passados e desa�os práticos, como isolamento social e queda de renda. Lidar
integralmente com pacientes em CP requer uma equipe multipro�ssional, que inclui médicos, enfermeiros,
�sioterapeutas, psicólogos, terapeutas ocupacionais, capelães e assistentes sociais, para abordar as diversas
e complexas necessidades do paciente e família (ANCP, [s. d.]).
É inegável que os avanços tecnológicos na áreada saúde têm trazido benefícios. Entretanto, quando lidamos
com enfermidades crônicas e incuráveis, especialmente em estágios avançados, é crucial ponderar o tipo de
atendimento que é pertinente para alguém com uma expectativa de vida limitada. Diante disso, qualquer
tomada de decisão que envolva questões éticas na área da saúde deve ser precedida por uma análise dos
princípios da bioética, que são (Maiello et al., 2020):
os pacientes devem ser informados de maneira clara e completa a respeito de sua
condição médica, bem como das opções de tratamento disponíveis. Eles têm o direito de tomar decisões
informadas acerca de seu próprio cuidado, incluindo a recusa de tratamento.
 os pro�ssionais de saúde devem buscar o máximo benefício para o
paciente, aliviando o sofrimento e mantendo a dignidade, evitando causar dano adicional ou sofrimento
desnecessário.
 o acesso ao cuidado paliativo deve ser equitativo e não discriminatório, independente da condição
social, econômica ou cultural do paciente.
Além disso, é importante também considerar os aspectos jurídicos que permeiam o CP (Fromme, 2023):
 a privacidade do paciente e a con�dencialidade de suas informações
médicas devem ser respeitadas em todos os momentos.
 os pacientes devem ser tratados com dignidade, respeito e empatia. Suas crenças
religiosas, culturais e valores pessoais devem ser levados em consideração na prestação do cuidado.
 os pro�ssionais de saúde devem obter o consentimento informado do
paciente ou de seu representante legal antes de iniciar qualquer tratamento, incluindo cuidados paliativos.
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Isso envolve explicar os benefícios, riscos e alternativas de maneira compreensível.
 pacientes têm o direito de expressar suas vontades antecipadas em
relação ao tratamento médico em situações em que não possam tomar decisões por si próprios.
 os médicos podem prescrever medicamentos para aliviar a dor e o sofrimento,
mesmo que isso possa acelerar o processo de morte. As leis podem variar em relação a esse aspecto, mas
muitas jurisdições permitem o uso de medicamentos para o alívio do sofrimento.
 as leis que tratam de eutanásia (ato de conduzir o indivíduo à morte para
aliviar o sofrimento) e suicídio assistido (fornecer os meios para que alguém tire a própria vida) variam
amplamente de país para país e, em alguns casos, até de estado para estado. No Brasil, ambos os processos
são proibidos.
as decisões a respeito da suspensão ou retirada de tratamentos médicos, como
suporte de vida, podem ser tomadas desde que sejam consistentes com as vontades do paciente.
 a con�dencialidade das informações médicas dos pacientes deve ser
mantida de acordo com as leis de privacidade de dados e regulamentações de saúde.
Os distúrbios hematológicos e oncológicos representam um desa�o complexo na área da saúde, pois
frequentemente resultam em sintomas debilitantes que comprometem signi�cativamente a qualidade de
vida dos pacientes. Nesse contexto, os cuidados paliativos desempenham um papel fundamental, buscando
proporcionar conforto e dignidade aos indivíduos em uma fase delicada de suas jornadas médicas. O
manejo adequado dos sinais e sintomas associados a essas condições é essencial para alcançar esses
objetivos (INCA, 2023).
O manejo dos sinais e sintomas incluem (Maiello et al., 2020):
 o enfermeiro desempenha um papel central na avaliação da intensidade da dor, considerando escalas
de dor apropriada, e na escolha de intervenções farmacológicas (os medicamentos mais comuns são
codeína, tramadol, mor�na, metadona, oxicodona e fentanil) e não farmacológicas adequadas. Além disso, o
enfermeiro, além da administração correta desse medicamento, também deve monitorar a resposta à
terapia medicamentosa, como sinais de tolerância, dependência física, vício e fatores de risco.
a anamnese da náusea/vômito deve identi�car a intensidade, início, fatores
desencadeantes, melhorias, características e sintomas associados. O exame físico deve ter foco em buscar
por distensão abdominal, sinais de desidratação, meningismo e ascite. O manejo inclui orientações para
alívio, como optar por alimentos gelados ou em temperatura ambiente, mastigar devagar, fazer pequenas
refeições em intervalos menores e evitar alimentos gordurosos e doces, manter o ambiente arejado e livre
de odores fortes e em excesso. O tratamento farmacológico inclui metoclopramida, haloperidol e
ondansetrona, a depender da origem da náusea.
na dispneia, o enfermeiro deve atentar-se para os fatores desencadeantes, histórico de tabagismo
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e outras comorbidades, assim como mensurar o impacto na funcionalidade e na qualidade de vida do
indivíduo, abordando possíveis causas e monitorando a resposta ao tratamento. O exame físico deve ser
focado nas funções respiratórias e outras complicações relacionadas. O tratamento é direcionado à causa,
utilizando medidas farmacológicas, como broncodilatadores, corticoides, anticoagulantes, antibióticos e
antifúngicos; e medidas não farmacológicas, que podem incluir radioterapia, laser, stents, oxigenioterapia
ou ventilação não invasiva (VNI), associados a �sioterapia respiratória.
o delirium é uma síndrome cerebral aguda que causa alteração na consciência, atenção e
cognição. Fatores de risco incluem idade avançada, dé�cit cognitivo, imobilidade, demência, desnutrição,
desidratação, uso de psicofármacos e múltiplas doenças. O diagnóstico baseia-se no quadro clínico e o
instrumento utilizado é o Confusion Assessment Method, que avalia o início do quadro, nível dos distúrbios
e alterações de consciência. O tratamento aborda a causa subjacente, com medidas farmacológicas e não
farmacológicas, pela equipe de saúde multidisciplinar. O haloperidol é a droga mais comum, mas deve ser
administrada com precaução, seguindo as recomendações e com atenção para possíveis efeitos colaterais.
a hipodermóclise é uma técnica importante para a administração subcutânea de líquidos e
medicamentos em pacientes com di�culdade vascular. O enfermeiro deve estar apto a realizar essa técnica
de forma segura e e�caz, proporcionando hidratação e medicações necessárias.
a intensidade da sedação paliativa deve ser a menor possível para atingir o controle dos
sintomas, reduzindo o nível de consciência e aliviando sintomas refratários. A equipe de enfermagem deve
procurar um acesso exclusivo para infusão da sedação. Normalmente as medicações utilizadas são o
midazolam, clorpromazina ou fenobarbital. O enfermeiro deve prestar cuidados antes, durante e após a
sedação paliativa, cuidando do local do acesso, infusão e das dúvidas que possam surgir do paciente e sua
família, mantendo a monitorização e acompanhamento durante todo o tempo.
As e o ganharam
bastante reconhecimento no contexto dos cuidados paliativos para pacientes com distúrbios hematológicos
e oncológicos. Essas diretrizes proporcionam aos pacientes maiores de idade e lúcidos a oportunidade de
expressar seus desejos e preferências em relação aos cuidados médicos futuros, garantindo que suas vozes
sejam ouvidas mesmo quando a capacidade de tomar decisões estiver comprometida (Rocha et al., 2022).
Os distúrbios hematológicos e oncológicos frequentemente apresentam desa�os clínicos complexos e uma
jornada de tratamento muitas vezes imprevisível. Nesse cenário, as DAV desempenham um papel crucial ao
permitir que os pacientes determinem antecipadamente o tipo de tratamento que desejam ou não desejam
receber. Isso é particularmente relevante em situações em que a progressão da doença pode resultar em
decisões difíceis a respeito de intervenções médicas agressivas versus cuidados focados na qualidade de
vida e no alívio dos sintomas (Nunes, 2016).
As DAV podemabordar uma ampla gama de tópicos, desde a preferência por medidas de suporte, como
ventilação mecânica ou ressuscitação cardiopulmonar, até questões especí�cas relacionadas à terapia
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oncológica, como a participação em ensaios clínicos ou a recusa de certos tratamentos, devido a
preocupações com a qualidade de vida. Ao discutir e documentar essas preferências, os pacientes
capacitam suas equipes de saúde a tomar decisões informadas e alinhadas com seus valores e objetivos
(Governo do Distrito Federal, 2018).
Além das DAV, o planejamento avançado de cuidados envolve uma abordagem mais ampla e holística para o
cuidado do paciente. Isso inclui discussões acerca de metas de tratamento, controle de sintomas, suporte
psicossocial e cuidados espirituais. No contexto dos distúrbios hematológicos e oncológicos, o PAC pode
desempenhar um papel fundamental na gestão de sintomas debilitantes, como dor, fadiga e dispneia, além
de abordar as necessidades emocionais e psicológicas do paciente e de seus entes queridos (Albuquerque,
2021).
A equipe de saúde desempenha um papel crucial na facilitação das DAV e do PAC. É fundamental que os
pro�ssionais de saúde estejam bem-informados a respeito dessas questões e tenham as habilidades
necessárias para conduzir conversas sensíveis e compassivas com os pacientes, com empatia e sem
julgamentos. Essas discussões devem ocorrer de forma contínua ao longo do curso da doença, permitindo
que as preferências do paciente adaptem-se às mudanças nas circunstâncias médicas e pessoais (Brasil,
2022).
É importante reconhecer que as DAV e o PAC não são apenas relevantes para pacientes em estágios
avançados da doença. Mesmo no diagnóstico inicial, os pacientes podem se bene�ciar ao começar a
considerar suas preferências e valores em relação aos cuidados futuros. O incentivo à comunicação aberta e
honesta desde cedo pode fortalecer a relação médico-paciente e melhorar a tomada de decisões ao longo
do tempo (Cobbs; Blackstone; Lynn, 2021).
Portanto, é imprescindível que o enfermeiro atuante em cuidados paliativos se empenhe para compreender,
se atualizar e aplicar corretamente as diretivas antecipadas de vontade e o planejamento avançado de
cuidados, trazendo humanização para o processo de morte e morrer, ao enfatizar e promover a autonomia
do paciente em decisões terminais. Além da implementação dessas práticas, a promoção de CP, combate à
dor crônica, apoio social, emocional e espiritual nos serviços de saúde são cruciais para uma prestação
adequada de cuidados. Os pro�ssionais de saúde têm obrigação de honrar a dignidade de seus pacientes,
proporcionando um atendimento de qualidade em todos os estágios da jornada de tratamento (Miname;
Santos; Santana, 2023).
Olá, estudante! Con�ra no vídeo os principais conceitos desta aula, para que você saiba como ofertar
cuidados de modo integral aos pacientes em cuidados paliativos. É importante que o enfermeiro esteja
atualizado em relação ao assunto e conheça os aspectos éticos e jurídicos do CP, o manejo correto dos
sintomas e, além disso, saiba o que são e para que servem as Diretivas Antecipadas de Vontade e o
Planejamento Avançado de Cuidados. 
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No início da década de 1990 foram criadas as primeiras iniciativas de cuidados paliativos. Atualmente,
em 2022, o SUS incluiu a prática em serviços de oncologia. Saiba mais a respeito dos cuidados paliativos
no Brasil e ao redor do mundo, na reportagem 
Olá, estudante! Você teve acesso às condutas e competências necessárias para reconhecer, prestar
assistência adequada e avaliar as condições de saúde envolvendo os distúrbios hematológicos. Nesta
unidade, mergulhamos nos conceitos fundamentais que constituem a base dos campos da hematologia,
oncologia e cuidados paliativos, fornecendo uma compreensão sólida para a sua futura prática como
pro�ssional de enfermagem.
A anemia, leucopenia e trombocitopenia são desordens que impactam a constituição sanguínea. A anemia
se caracteriza pela redução de glóbulos vermelhos; leucopenia, pela diminuição de glóbulos brancos; e
trombocitopenia, pela baixa contagem de plaquetas. Compreender tais conceitos é essencial para identi�car
seus sintomas clínicos e planejar uma adequada assistência de enfermagem (Carmo, 2021).
É crucial considerar os sintomas especí�cos e os fatores de risco associados a cada condição. O cuidado de
enfermagem envolve a condução de avaliações físicas regulares, monitorização de sinais vitais e colaboração
na administração de tratamentos, como transfusões sanguíneas, além de uma frequente supervisão dos
níveis dos componentes sanguíneos por meio do hemograma (Brasil, 2022a).
Na leucemia, uma célula sanguínea jovem passa por uma mutação genética que a transforma em uma célula
cancerosa. Essa célula modi�cada não desempenha sua função de maneira adequada, se multiplicando de
forma rápida e substituindo as células sanguíneas saudáveis (Brasil, 2022b).
Os sintomas variam de acordo com o tipo e estágio da doença. Leucemias crônicas podem não apresentar
sintomas e serem confundidas com outras condições, destacando a importância de buscar cuidados
médicos (ACS, 2018). Em contraste, nas leucemias agudas, a progressão e o surgimento dos sintomas
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https://www.cnnbrasil.com.br/saude/o-que-sao-cuidados-paliativos-quem-precisa-deles-e-como-devem-ser-feitos/
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https://www.cnnbrasil.com.br/saude/o-que-sao-cuidados-paliativos-quem-precisa-deles-e-como-devem-ser-feitos/
podem ser mais rápidos e agressivos. O acúmulo de células cancerosas na medula óssea prejudica a
produção de células sanguíneas, resultando em menos glóbulos brancos e, consequentemente, afetando a
imunidade (P�zer, 2020).
A assistência de enfermagem engloba a análise de exames, acompanhamento dos sinais vitais, gestão da
dor, práticas de higiene, administração de transfusões, orientação ao paciente e à família, bem como apoio
emocional (Pinheiro; Silva, 2021).
A biologia molecular do câncer investiga as mudanças genéticas que conduzem ao crescimento desenfreado
das células. A carcinogênese abrange mutações que ativam oncogenes e desativam genes supressores de
tumores, dando início ao processo maligno. O estadiamento TNM é um sistema que categoriza a extensão
da doença (Gale, 2022).
Na quimioterapia, medicamentos antineoplásicos combatem as células cancerosas. Cateteres venosos
centrais facilitam a administração segura e e�caz desses agentes, minimizando prejuízos aos tecidos e vasos
periféricos. A assistência de enfermagem engloba a observação de efeitos colaterais tardios, assistência aos
cuidados de saúde diretos e indiretos e apoio emocional (Queiroz; Cardoso, 2021; Brasil, 2013).
A radioterapia utiliza radiações ionizantes para eliminar localmente as células cancerosas. Modi�cadores da
resposta biológica otimizam a ação da radiação. Pro�ssionais de enfermagem desempenham um papel
essencial no preparo do paciente, monitorização de reações adversas e orientação sobre cuidados após o
tratamento (Cardoso, 2022).
Os cuidados paliativos buscam aprimorar a qualidade de vida de pacientes portadores de enfermidadesgraves, atenuando manifestações físicas e emocionais (Brasil, 2023). Considerações éticas e legais garantem
o respeito à independência do paciente e a colaboração nas decisões. A gestão dos sintomas engloba
abordagens multidisciplinares para gerir dor, vômito, dispneia e delírio. A hipodermóclise provê hidratação
subcutânea. A sedação paliativa controla sintomas refratários (Fromme, 2023).
As diretivas antecipadas de vontade facultam aos pacientes expressar suas preferências quanto a
tratamentos futuros. O planejamento avançado de cuidados abarca discussões relativas a objetivos e
aspirações, garantindo uma abordagem global e adaptada (Maiello et al., 2020).
O vídeo abordará os pontos mais importantes que tratam dos distúrbios hematológicos, oncológicos e não
oncológicos. Exploraremos desa�os clínicos, diagnóstico precoce e abordagens terapêuticas. Discutiremos
os conceitos principais, sintomas debilitantes, tratamentos de qualidade e individualizados e qualidade de
vida, assim como o papel da enfermagem em cada etapa do tratamento desses distúrbios. 
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Imagine-se como um enfermeiro atuante no setor oncológico de um grande hospital. Hoje, você se depara
com uma situação desa�adora envolvendo um paciente com câncer em estágio avançado.
Paciente:
Joana, 60 anos, foi diagnosticada com câncer de mama metastático e está em tratamento de quimioterapia
há alguns meses. Ela tem lidado bravamente com os efeitos colaterais, mas nas últimas semanas, tem
apresentado uma deterioração signi�cativa de seu estado geral de saúde. Joana está enfrentando fadiga
extrema, náuseas persistentes e perda de peso considerável.
Dilema:
A família de Joana está profundamente preocupada com sua condição e procura sua orientação como
enfermeiro. Eles desejam saber se o tratamento de quimioterapia deve ser continuado, considerando os
efeitos colaterais prejudiciais e a aparente falta de melhora, ou se é hora de considerar uma abordagem
mais focada em cuidados paliativos, para melhorar a qualidade de Joana e, consequentemente, também de
toda a família.
Desa�os:
Decisão de continuar a quimioterapia: como enfermeiro, você precisa avaliar cuidadosamente os prós e
contras da continuação da quimioterapia para Joana. Isso envolve considerar não apenas os aspectos
médicos, mas também o impacto emocional e físico da terapia agressiva em seu bem-estar geral.
Abordagem de cuidados paliativos: ao mesmo tempo, você deve discutir as opções de cuidados paliativos
com a família, explicando como essa abordagem pode melhorar o conforto e a qualidade de vida de Joana.
Você também deve esclarecer que os cuidados paliativos não signi�cam desistir da luta contra o câncer, mas
sim direcionar o foco para o alívio dos sintomas e o suporte emocional.
Sua tarefa:
Agora é sua vez de entrar em ação como o enfermeiro responsável por essa situação. Considere as
informações apresentadas, aplique seus conhecimentos de quimioterapia, cuidados paliativos, comunicação
sensível e tomada de decisão compartilhada. Com base nisso, 
. Lembre-se de considerar tanto os
aspectos �siológicos quanto os emocionais ao tomar sua decisão. Sua habilidade em avaliar
cuidadosamente as opções e comunicá-las de maneira compreensível e compassiva será fundamental para
orientar Joana e sua família nesse momento crucial.
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Diante da complexa situação envolvendo a paciente Joana, é crucial aplicar as estratégias discutidas
anteriormente para tomar uma decisão informada e compassiva. Ao analisar o cenário, você verá que a
avaliação abrangente de Joana é o ponto de partida. Isso implica conversar diretamente com ela para
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compreender a extensão de seus sintomas e o impacto em sua qualidade de vida.
Em seguida, você analisará a importância de conduzir uma discussão sensível com a família. Durante
essa conversa, é essencial apresentar os detalhes médicos de forma compreensível, destacando os
desa�os que Joana enfrenta com a quimioterapia e os benefícios possíveis dos cuidados paliativos.
Lembre-se: o objetivo é empoderar a família a participar da tomada de decisão.
Ao elaborar o plano de ação, você se concentrará nas escolhas disponíveis. Se a decisão for manter a
quimioterapia, você colaborará com a equipe médica para ajustar o tratamento e monitorar Joana
atentamente. No entanto, caso optem pelos cuidados paliativos, será crucial destacar que essa
abordagem não signi�ca desistir, mas sim buscar qualidade de vida e conforto.
Por �m, re�ita a respeito da importância contínua do suporte emocional. Sua capacidade de estar
presente, responder a dúvidas e fornecer apoio emocional constante é fundamental para ajudar Joana
e sua família a enfrentar esse momento desa�ador. Lembre-se de que o foco é aprimorar a qualidade
de vida de Joana e tomar decisões que estejam alinhadas com suas metas de cuidado. Suas ações
solidi�carão a importância de uma abordagem compassiva e informada diante de situações complexas.
Diante da situação delicada envolvendo Joana e sua família, como enfermeiro, sua abordagem deve ser
guiada pela busca do equilíbrio entre o tratamento de quimioterapia e os cuidados paliativos, priorizando a
qualidade de vida e o bem-estar emocional de Joana.
Comunicação sensível:
Deve-se ter uma conversa franca e compassiva com Joana e sua família. É necessário explicar, de maneira
clara, os detalhes de seu atual estado de saúde, incluindo os possíveis efeitos colaterais da quimioterapia. É
essencial estabelecer um ambiente acolhedor que permita à família expressar suas preocupações e ouvir
suas expectativas em relação ao tratamento, sem nenhum tipo de julgamento.
Avaliação dos efeitos colaterais e benefícios da quimioterapia:
Em colaboração com a equipe multidisciplinar, deve-se avaliar a resposta de Joana à quimioterapia até o
momento, os benefícios alcançados, como a redução do tumor, em relação aos efeitos colaterais
signi�cativos que ela está enfrentando. Essa análise objetiva deve ser compartilhada com Joana e sua
família, para que eles possam tomar uma decisão informada.
Exploração das opções de cuidados paliativos:
É preciso destacar os benefícios dos cuidados paliativos, incluindo o alívio dos sintomas, o suporte
emocional e a melhoria da qualidade de vida. Essa abordagem busca proporcionar conforto e dignidade,
independentemente do tratamento direcionado ao câncer. O pro�ssional deve se certi�car de que Joana e
sua família compreendem que os cuidados paliativos são complementares e não excludentes à busca da
cura.
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Tomada de decisão compartilhada:
Deve-se apoiar Joana e sua família na tomada de decisão compartilhada. Eles devem ser incentivados a
expressar seus desejos e valores, levando em consideração a opinião médica e as informações fornecidas. A
responsabilidade do enfermeiro é fornecer informações claras e apoiar emocionalmente a família,
independentemente da escolha feita.
Planejamento de cuidados individualizados:
Caso a decisão seja continuar com a quimioterapia, a equipe deve desenvolver estratégias de manejo dos
efeitos colaterais, como náuseas e fadiga, minimizando o impacto na qualidade de vida de Joana. Se a família
optar por cuidados paliativos, deve-se garantir uma transição suave, coordenando com a equipe de
cuidados paliativos para criar um plano individualizado que atenda às necessidades de Joana.
Essa abordagem holística e centrada no paciente visa garantir que Joana e sua família tenham as
informações necessárias para tomar uma decisão informada, e que a escolha feita leve em consideração
não apenas o tratamentomédico, mas também a qualidade de vida e o conforto emocional de Joana
durante sua jornada.
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https://aps-repo.bvs.br/aps/qual-a-abordagem-inicial-de-um-paciente-com-leucopenia/
https://aps-repo.bvs.br/aps/qual-a-abordagem-inicial-de-um-paciente-com-leucopenia/
https://aps-repo.bvs.br/aps/qual-a-abordagem-inicial-de-um-paciente-com-leucopenia/
https://aps-repo.bvs.br/aps/qual-a-abordagem-inicial-de-um-paciente-com-leucopenia/
https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/hematologia-e-oncologia/abordagem-ao-paciente-com-anemia/etiologia-da-anemia
https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/hematologia-e-oncologia/abordagem-ao-paciente-com-anemia/etiologia-da-anemia
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https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/hematologia-e-oncologia/leucopenias/vis%C3%A3o-geral-da-leucopenias
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https://www.einstein.br/especialidades/oncologia/tipos-cancer/leucemia
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