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Nesta aula, apresentaremos os conceitos e de�nições que permeiam a pneumonia, ou seja, uma infecção
aguda que acomete o parênquima pulmonar e que ocupa o terceiro lugar como causa de mortalidade na
população de forma geral (Corrêa et al., 2018). 
Como pro�ssional, esta aula auxiliará você na realização do raciocínio clínico sobre a �siopatologia dessa
doença, assim como suas manifestações clínicas, os tipos de pneumonia, como deve ser o seu tratamento e
Nesta aula, apresentaremos os conceitos e de�nições que permeiam a pneumonia, ou seja,
uma infecção aguda que acomete o parênquima pulmonar e que ocupa o terceiro lugar como
causa de mortalidade na população de forma geral (Corrêa et al., 2018). 
29 minutos
 Aula 1 - Assistência de enfermagem ao
paciente com pneumonia
 Aula 2 - Assistência de enfermagem ao
paciente com pneumotórax e derrame
pleural 
 Aula 3 - Assistência de enfermagem ao
paciente com hipertireoidismo e
hipotireoidismo 
 Aula 4 - Assistência de enfermagem ao
paciente com distúrbios dermatológicos 
 Aula 5 - Revisão da unidade
 Referências
163 minutos
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as medidas preventivas, a �m de que possa promover um cuidado de enfermagem holístico, individualizado
e direcionado, por meio do processo de enfermagem.
Portanto, se você pretende ser um enfermeiro que executa o cuidado de enfermagem com base em
evidências de qualidade, o conhecimento desta aula torna-se indispensável para a aplicação das melhores
práticas clínicas no cuidado com o paciente com pneumonia. 
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A pneumonia é de�nida como uma doença respiratória infecciosa aguda que afeta, principalmente, o
parênquima pulmonar, atingindo os alvéolos pulmonares, presentes ao �nal dos bronquíolos, assim como o
interstício pulmonar (Norris, 2021; Correa et al., 2018). Segundo os dados epidemiológicos fornecidos pelo
Data SUS (2022), essa doença atinge mais de 600 mil pessoas ao ano no Brasil e é responsável por uma alta
taxa de morbimortalidade em todas as faixas etárias, principalmente nos extremos de idades, ou seja, na
primeira infância e em idosos, com maior incidência até os 5 anos de vida e menor incidência entre os 15 e
25 anos. Outro grupo mais propenso a adquirir pneumonia é o de pessoas imunodeprimidas e pessoas
residentes em países subdesenvolvidos, devido às más condições de higiene e nutrição (Sociedade Brasileira
de Pneumologia e Tisiologia, 2018).  
No começo do século XX, a pneumonia era considerada uma das principais causas de óbito, representando
incidência de morbimortalidade de aproximadamente 30%, contudo, a partir da descoberta do antibiótico,
pelo médico pesquisador Alexander Fleming, em 1928, a inserção das políticas de vacinação e o avanço da
ciência e das tecnologias em saúde, esses índices foram sendo gradativamente reduzidos. Outro ponto
associado à melhoradesses índices é o acesso ao sistema de saúde, principalmente em âmbito nacional,
devido ao funcionamento do Sistema Único de Saúde (SUS) (Sociedade Brasileira de Pneumologia e
Tisiologia, 2018). 
A doença pode ser classi�cada de diversas formas, como pela área do pulmão afetada (pneumonia lobar;
broncopneumonia e pneumonia intersticial) e pelo agente causador/etiológico (bacteriana, pneumonia viral,
pneumonia fúngica, pneumonia por infecção por protozoário, pneumonia por infecção por helminto e
pneumonia química). Na infância, especi�camente, essa classi�cação tem como base a gravidade dos sinais
e sintomas, recebendo a denominação de não grave, grave ou muito grave (Norris, 2021; Sociedade
Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, 2018). 
No entanto, a forma mais comum de classi�cação é pelo formato de aquisição (adquirida na comunidade
(PAC); pneumonia nosocomial ou hospitalar; pneumonia do hospedeiro imunocomprometido e pneumonia
por aspiração), logo, vamos conhecer uma pouco melhor essa classi�cação: 
•  Pneumonia adquirida na comunidade: é a pneumonia que ocorre fora do ambiente hospitalar ou é
desenvolvida nas primeiras 48 horas após a internação. O micro-organismo de maior prevalência nesse tipo
de pneumonia é o Streptococcus pneumoniae, seguido do Staphylococcus aureus e Haemophilos in�uenzae
(Corrêa et al., 2018). 
•  Pneumonia nosocomial ou hospitalar: é de�nida como a pneumonia que surge após 48 horas ou mais de
uma internação hospitalar ou até 15 dias após a alta do paciente, sendo subdividida em pneumonia
adquirida no hospital (PAH) e pneumonia associada à ventilação mecânica (PAV). Ela apresenta como fatores
predisponentes desse quadro infeccioso: tempo prolongado de hospitalização, pacientes que residem em
casa de repouso e pacientes que utilizaram antibioticoterapia endovenosa recentemente ou em uso de
quimioterapia nos últimos 30 dias da infecção atual (Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, 2007).
•  Pneumonia do hospedeiro imunocomprometido: é a pneumonia que acomete pessoas imunodeprimidas,
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causada por agentes etiológicos incomuns, apesar de ser causada, também, pelos patógenos prevalentes na
pneumonia adquirida na comunidade (Corrêa et al., 2009).
•  Pneumonia por aspiração: é o processo in�amatório que, posteriormente, torna-se infeccioso, causado
pela aspiração de secreções da orofaringe ou estomacal. Pacientes com rebaixamento do nível de
consciência ou alterações neurológicas apresentam maior propensão ao desenvolvimento desse quadro
(Norris, 2021). 
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Para entender essa patologia, conhecer a �siopatologia, as manifestações clínicas, os fatores de risco, os
diagnósticos e o tratamento torna-se fundamental.
Com relação à �siopatologia da pneumonia, esta é desencadeada pela penetração de um agente infeccioso
ou irritante nos alvéolos, que pode ser de etiologia típica (bacteriana, viral, fúngico ou um alérgeno) ou
atípica (protozoário e helmintos) (Corrêa et al., 2018). A partir desse contato, inicia-se uma resposta imune
ao processo in�amatório infeccioso local, com a migração de células de defesa macrófagos e neutró�los, o
que gera o aumento da produção de exsudato in�amatório, mais conhecido como muco. A liberação de
mediadores químicos relacionados à in�amação, como a prostaglandina, que ativa o hipotálamo, eleva a
resposta imune e a temperatura corporal, levando a hipertermia (Norris, 2021; Corrêa et al., 2018).
A penetração desses agentes na via respiratória inferior ocorre, em sua maioria, por aspiração do micro-
organismo presente na orofaringe, por aspiração de gotículas e aerossóis de saliva ou secreção
contaminados de terceiros, por disseminação hematogênica, penetração exógena, devido a ferimento
torácico, ou intubação orotraqueal e broncoaspiração (Norris, 2021; Corrêa et al., 2018).
Quanto aos fatores de risco, estes podem ser classi�cados em modi�cáveis e não modi�cáveis. Entre os
modi�cáveis, encontramos: tabagismo (pelo processo in�amatório causado pelos componentes tóxicos do
cigarro); colonização da orofaringe; etilismo (interferência no sistema imunológico e na �ora microbiana da
orofaringe); dé�cit nutricional; imunossupressão; alguns fatores ambientais; e a não adesão a condutas de
prevenção/vacinação (Norris, 2021; Corrêa et al., 2018).  Já entre os não modi�cáveis, a mudança brusca de
temperatura torna-se um fator agravante para o desenvolvimento da pneumonia, principalmente na época
do inverno. Há comprometimento da ação dos pelos nasais responsáveis pela �ltragem do ar inspirado,
aumentando a exposição aos micro-organismos. Além disso, outros fatos contribuem nesse aspecto, como a
idade (primeira infância ou idade acima dos 65 anos), doença obstrutiva crônica, insu�ciência cardíaca
(devido ao aumento do �uido alveolar) e alteração do estado neurológico (broncoaspiração) (Norris, 2021;
Corrêa et al., 2018; Gomes, 2001).
Devido a todas as alterações �siológicas desencadeadas, as manifestações clínicas surgem, sendo as mais
prevalentes e típicas: dor torácica em “pontada”, dispneia e taquipneia, insu�ciência respiratória, tosse com
expectoração de muco purulento, febre, prostração, hipoxemia e hipercapnia (Norris, 2021; Corrêa et al.,
2018). Em relação ao tratamento, este estará diretamente relacionado à etiologia principal da pneumonia,
portanto, controlar os fatores de risco modi�cáveis é uma boa estratégia para iniciar o tratamento do
paciente. Para a infecção em si, poderão ser administradas medicações como antimicrobianos (antibióticos e
antifúngicos); no caso de pneumonias bacterianas, a administração precoce poderá evitar que o paciente
desenvolva um quadro de sepse; já para o controle dos sinais e sintomas, poderão ser administrados:
hidratação, oxigenoterapia, antitérmicos, mucolíticos, broncodilatadores, entre outros (Corrêa et al., 2018).
O tratamento multipro�ssional, com a atuação do �sioterapeuta, auxiliará na expansão e na expectoração
de secreção pulmonar, a partir dos exercícios respiratórios próprios para cada caso, re�etindo na melhora
da oxigenação do paciente. A retenção de muco torna-se um fator agravante na pneumonia pelo fato de
ocupar o espaço alveolar, di�cultando a troca gasosa, e por se tornar um meio de cultura para a proliferação
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bacteriana, portanto, a expectoração é de extrema importância (Corrêa et al., 2018). Já o enfermeiro deverá
estar atento às necessidades de cuidado desse paciente, tema que será aprofundado no próximo bloco
desta aula.
Por �m, quanto à prevenção, o controle dos fatores de risco modi�cáveis apresenta-se como uma estratégia
para a prevenção da pneumonia, como a higienização das mãos, a não aglomeração e o não contato com
pessoas sabidamente infectadas. Aliás, a vacinação para in�uenza e pneumococos pode reduzir a gravidade
do quadro de gripe e pneumonia (Corrêa et al., 2018; Gomes, 2001).
O pro�ssional enfermeiro, como membro da equipe multipro�ssional em saúde, tem como atribuição o
atendimento individualizado e holístico do paciente com pneumonia. Entre essas atribuições, é de grande
relevância a educação em saúde, a qual ocorre desde as orientações e intervenções educativas baseadas no
nível de letramento em saúde do paciente até o acompanhamento da adesão das medidas preventivas
dessa infecção (Barros et al., 2022; Galavote et al., 2016).
Suprir as necessidades de cuidado com foco na melhoria da saúde e da qualidade de vida desse paciente é
um dos principais objetivos no momento de tratamento, seja na atenção primária, seja na atenção terciária(Barros et al., 2022; Galavote et al., 2016). 
Para isso, o processo de enfermagem, como forma de sistematizar a assistência de enfermagem (SAE),
torna-se uma das principais ferramentas do cuidado e um grande aliado dos enfermeiros (Barros et al.,
2022). Segundo Barros e Lopes (2010) a SAE instrumentaliza e favorece a prática clínica do enfermeiro e tem
como base o conhecimento, o raciocínio crítico e a tomada de decisão fundamentada nas melhores
evidências cientí�cas.
Na etapa inicial da SAE, no histórico de enfermagem, o enfermeiro deve focar a coleta de dados do paciente,
atentando-se às queixas principais, história pregressa, antecedentes de saúde, antecedentes familiares,
entre outros, bem como questionar o paciente sobre a presença dos fatores de risco da pneumonia, como a
adesão às vacinas de prevenção gripal e de pneumonia.
Para o exame físico, a investigação ocorrerá seguindo-se o sentido céfalo podálico, priorizando o exame
torácico e pulmonar, por meio das 4 técnicas básicas da semiologia: inspeção, ausculta, palpação e
percussão (Barros et al., 2022). 
Após o levantamento das necessidades de cuidado obtidas a partir do histórico de enfermagem, o
enfermeiro deve proceder com a etapa do Diagnóstico de Enfermagem (DE), em que pode utilizar um
sistema de linguagem padronizado, como o North American Nursing Diagnosis Association (NANDA-I), a
nomenclatura padronizada de DE mais utilizada em âmbito internacional (NANDA, 2021; Barros et al., 2022). 
Os diagnósticos são elencados com base no caso especí�co de cada paciente, porém alguns podem ser
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citados como de maior prevalência nessa população, entre eles (Alves et al., 2015; Queiroz et al., 2020;
NANDA, 2021): 
•  Troca de gases prejudicada.
•  Padrão respiratório ine�caz. 
•  Desobstrução de vias aéreas ine�caz. 
•  Ventilação espontânea prejudicada.
•  Risco de infecção.
•  Termorregulação ine�caz.
Na etapa do planejamento de enfermagem, serão determinados os resultados que se pretende alcançar, a
partir das intervenções de enfermagem que serão prescritas e implementadas. Para se elencar os
resultados, o enfermeiro pode utilizar o Nursing Outcomes Classi�cation (NOC) (Moorhead et al., 2018), e
para as intervenções de enfermagem, o Nursing Interventions Classi�cation (NIC) (Bulechek et al., 2016).
Como exemplo de resultado de enfermagem para o DE Padrão Respiratório Ine�caz, segundo a NOC, tem-se
o estado respiratório: permeabilidade de vias aéreas, com os seguintes indicadores (Canto; Almeida, 2013;
Moorhead et al., 2018):
•  Estado respiratório: permeabilidade de vias aéreas.
•  Equilíbrio eletrolítico e ácido-base.
•  Gravidade da infecção.
•  Estado cardiopulmonar.
•  Estado respiratório.
•  Estado respiratório: ventilação.
Já como exemplos de intervenções de enfermagem para o DE Padrão Respiratório Ine�caz, temos:
monitorização respiratória, monitorização de sinais vitais, assistência ventilatória, aspiração de vias aéreas,
entre outros (Bulechek et al., 2016).
A partir da implementação das intervenções pela equipe de enfermagem, o enfermeiro na etapa da
avaliação deve monitorar a evolução do paciente, adaptando as intervenções sempre que necessário,
conforme a demanda clínica dele (Barros et al., 2022). 
Após a leitura deste material teórico, convidamos você a re�etir sobre essa temática assistindo ao vídeo que
abordará a síntese dos pontos mais relevantes sobre o conteúdo aqui apresentado. Neste vídeo, trataremos
dos principais tipos de pneumonia, da �siopatologia, de manifestações clínicas e da importância da
aplicação da sistematização da assistência de enfermagem para o sucesso do cuidado ao paciente com
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pneumonia. Até lá!
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Para complementar os seus estudos, indicamos a leitura das Recomendações para o manejo da
pneumonia adquirida na comunidade 2018.
Olá, estudante. 
Convidamos você a explorar o tema desta aula, que apresentará, de forma integral, os conceitos e as
de�nições que permeiam o quadro de derrame pleural e pneumotórax. Tais distúrbios que acometem o
espaço pleural são classi�cados como adversidades secundárias a diversas patologias primárias, nas quais
iremos nos aprofundar para conhecer um pouco mais.
Perante esses quadros clínicos, que, em muitos momentos, representam uma emergência médica, o
pro�ssional enfermeiro deve estar apto a intervir utilizando as melhores práticas e evidência. Logo, esta aula
contribuirá para a execução do raciocínio clínico sobre a �siopatologia dessa alteração clínica, suas
manifestações clínicas, os tipos de pneumotórax e derrame pleural e seu tratamento. Para tanto, torna-se
indispensável o conhecimento desta aula para quem visa aplicar o cuidado de enfermagem baseado em
evidências de qualidade ao paciente com pneumotórax e derrame pleural. 
Convidamos você a explorar o tema desta aula, que apresentará, de forma integral, os
conceitos e as de�nições que permeiam o quadro de derrame pleural e pneumotórax.
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https://www.scielo.br/j/jbpneu/a/9S7zVZvTdSw5DBs7nC3JV5J/?lang=en
https://www.scielo.br/j/jbpneu/a/9S7zVZvTdSw5DBs7nC3JV5J/?lang=en
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A pleura é uma membrana serosa formada por células mesoteliais e composta de duas camadas: uma que
reveste internamente a parede torácica, o mediastino e o diafragma e outra que reveste o parênquima
pulmonar. O folheto que recobre a parede interna do tórax, o mediastino e o diafragma recebe o nome de
pleura parietal, já a lâmina serosa que recobre o tecido pulmonar recebe o nome de pleura visceral
(Andrade Filho; Campos; Haddad, 2006).
Entre essas duas pleuras, existe um espaço virtual, denominado cavidade pleural ou espaço pleural, que é
lubri�cado por uma pequena quantidade de �uido seroso produzido pelas túnicas, o líquido pleural. O seu
principal objetivo é reduzir o atrito entre o parênquima pulmonar e a parede intratorácica durante os
movimentos ventilatórios, mas esse espaço virtual também propicia a troca de líquido e células com o tecido
pulmonar, bem como ajuda a manter a pressão negativa, que varia de -3 a -12 mmHg durante a respiração,
um importante mecanismo para que ocorra a expansão pulmonar (Genofre; Chibante; Macedo, 2006;
Andrade Filho; Campos; Haddad, 2006).
Alguns distúrbios que acometem o equilíbrio clínico desse espaço podem acarretar acúmulo de líquido ou
ar, levando à alteração da pressão negativa intrapleural e impedindo a expansão adequada do parênquima
pulmonar. Entre esses distúrbios, ressaltamos o pneumotórax e o derrame pleural (Genofre; Chibante;
Macedo, 2006; Andrade Filho; Campos; Haddad, 2006).
O termo pneumotórax vem do grego pneumo: ar e thorax: peitoral, caracterizando-se por uma emergência
médica devido à presença de ar livre no espaço pleural. Esse distúrbio é causado pela ruptura da pleura,
dando acesso à entrada de ar nesse espaço, levando ao colapso pulmonar e desencadeando sinais clínicos
graves, podendo ser classi�cado como pneumotórax espontâneo ou pneumotórax adquirido (Andrade Filho;
Campos; Haddad, 2006; Hopkins et al., 2011).
O pneumotórax espontâneo é subdividido em primário, quando não há uma patologia pulmonar detectada,
e secundário, relacionado a complicações de doenças pulmonares já diagnosticadas, como Doença
Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC); obstrução de vias aéreas relacionadaà rolha de secreção, asma, entre
outras. Estudos demonstram que o pneumotórax espontâneo primário ocorre com uma maior incidência
em homens tabagistas, com idade entre 20 e 40 anos (Sahn; He�ner, 2000; Hopkins et al., 2011).
Já o pneumotórax adquirido é subdividido em iatrogênico, traumático e barotrauma. O pneumotórax
iatrogênico está relacionado a acidentes na assistência à saúde, como em casos de punções de veias
centrais, em biópsias transtorácicas e transbrônquicas, por toracocentese, drenagem torácica inadequada e
cirurgia laparoscópica; já o pneumotórax traumático ocorre por trauma fechado ou trauma penetrante; por
�m, o pneumotórax por barotrauma vincula-SE ao aumento excessivo da pressão intrapulmonar e ruptura
dos alvéolos (Sahn; He�ner, 2000; Hopkins et al., 2011).
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O derrame pleural é caracterizado pelo acúmulo excessivo de �uido entre as pleuras, relacionado a
alterações que levam ao desequilíbrio entre a produção e absorção desse líquido. O seu volume no espaço
pleural é de, aproximadamente, 0,2 ml/Kg, em uma taxa de produção de 0,6 ml/h, formando-se o derrame
em caso de alteração na dinâmica de produção e absorção desse líquido (Genofre; Chibante; Macedo, 2006).
O derrame pleural pode ser classi�cado de acordo com o tipo de líquido presente no espaço pleural
(Genofre; Chibante; Macedo, 2006):
• Transudato: (maior incidência no desequilíbrio de produção e absorção do líquido pleural e processos
in�amatórios).
• Exsudato (pus): Empiema (maior incidência em casos de infecção do sistema respiratório).
• Conteúdo hemático: Hemotórax (maior incidência em casos de traumas).
• Lipídios: Quilotórax (maior incidência em casos de obstrução dos vasos linfáticos da pleura).
• Urina: Urinotórax (condição rara, em casos de obstrução urinária).
A manifestação clínica-pneumotórax e derrame pleural está intimamente relacionada à gravidade do
quadro, mas o paciente apresenta com maior frequência: dispneia; taquipneia; dor torácica progressiva e
intensa, principalmente durante a ventilação; tosse seca; cianose labial e de extremidades; fraqueza
generalizada; hipoxemia; hipercapnia; sonolência; confusão mental; e, em casos mais graves, parada
respiratória seguida de parada cardíaca (Andrade Filho; Campos; Haddad, 2006; Genofre; Chibante; Macedo,
2006).
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Faz parte do processo de diagnóstico dessas adversidades a investigação da história clínica a partir da
anamnese direcionada e detalhada, com coleta da história pregressa e atual e presença de fatores de risco
seguida do exame físico completo, com con�rmação por exame de imagem e laboratorial (em caso de
derrame pleural) (Andrade Filho; Campos; Haddad, 2006; Genofre; Chibante; Macedo, 2006).
Como os sinais clínicos do pneumotórax e do derrame pleural são semelhantes, o exame de imagem
possibilitará maior esclarecimento do quadro, possibilitando uma avaliação mais global do paciente e a
determinação mais adequada do tratamento que será proposto (Sahn; He�ner, 2000; Hopkins et al., 2011).
Um dos métodos de diagnóstico diferencial é o exame de imagem, especialmente a radiogra�a de tórax
anterior posterior, posterior anterior e lateral, com o paciente na posição ereta (Genofre; Chibante; Macedo,
2006; Hopkins et al., 2011).
Na Tomogra�a Computadorizada (TC), o pneumotórax também será visualizado com essas características,
porém, nesse método de imagem, a extensão do pneumotórax consegue ser estimada de forma mais
�dedigna.  Entre 25 e 40% dos casos de pneumotórax não detectados em uma radiogra�a simples são
visualizados por meio da tomogra�a computadorizada (Sahn; He�ner, 2000; Hopkins et al., 2011).
Segundo a British Thoracic Society, pneumotórax como borda abaixo de 2 cm entre a do pulmão e a parede
torácica pode ser classi�cado como pequeno, já os iguais ou acima de 2 cm são classi�cados como grandes.
A ultrassonogra�a pulmonar tem alta sensibilidade para detectar o pneumotórax de incidência traumática;
como uma das complicações mais graves desse quadro clínico, o pneumotórax hipertensivo pode acometer
cerca de 1 a 2% dos casos de pneumotórax, com desvio de traqueia e mediastino (Genofre; Chibante;
Macedo, 2006).
Nos casos de derrame pleural, independentemente da sua etiologia e do conteúdo líquido presente entre as
pleuras, os exames de imagem são os mesmos indicados para os casos de pneumotórax. A toracocentese
com coleta do líquido para análise clínica em laboratório vem como um método diagnóstico para con�rmar
a presença e as características do líquido intrapleural.
Alguns exames laboratoriais que podem ser realizados no líquido pleural são: lactato desidrogenase (LDH),
proteína no líquido pleural, contagem de eritrócitos, níveis de colesterol, culturas para se avaliar se há
crescimento de micro-organismos, presença de marcadores tumorais (em caso de suspeita de câncer),
procalcitonina, entre outros, de acordo com a suspeita clínica (Genofre; Chibante; Macedo, 2006).
O objetivo inicial do tratamento desses distúrbios é melhorar os sinais clínicos do paciente em sofrimento
respiratório, principalmente se estiver em uma emergência clínica, em risco de vida. Diante disso, serão
realizadas medidas medicamentosas e, em alguns casos, medidas invasivas, como a administração
cautelosa de oxigenoterapia, analgesia, medidas de controle de distúrbios ácido-básico (hipercapnia), acesso
venoso de amplo calibre, entubação orotraqueal, entre outros, de acordo com o quadro clínico do paciente
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(Genofre; Chibante; Macedo, 2006; Andrade Filho; Campos; Haddad, 2006).
Outro ponto importante é a reversão dos fatores primários que estão levando o paciente às intercorrências
clínicas; para isso, o diagnóstico é de extrema importância. A toracocentese pode ser utilizada pelo médico
para realizar o esvaziamento da cavidade pleural e aliviar os sinais e sintomas pulmonares e de desconforto
respiratório, em caso de pequena quantidade de líquido (Genofre; Chibante; Macedo, 2006; Andrade Filho;
Campos; Haddad, 2006; Hopkins et al., 2011). Já a drenagem torácica, com inserção do dreno de tórax, é um
método de tratamento frequentemente utilizado tanto no pneumotórax quanto no derrame pleural. Esse
dispositivo invasivo, que será apresentado no próximo tópico, tem como principal objetivo remover o
conteúdo que está presente no espaço pleural e restabelecer a pressão negativa, propiciando a manutenção
da função cardiorrespiratória e a estabilidade hemodinâmica (Genofre; Chibante; Macedo, 2006; Kusahara;
Chanes, 2011; Hopkins et al., 2011).
A assistência de enfermagem direcionada ao paciente com pneumotórax e derrame pleural inicia-se a partir
do primeiro contato com o paciente e do levantamento das suas necessidades de cuidado. Para isso, o
pro�ssional enfermeiro pode colocar em prática uma importante ferramenta, a Sistematização da
Assistência de Enfermagem (SAE) (Barros et al., 2022).
Como mencionado anteriormente nesta aula, o cuidado de enfermagem despendido a esse per�l de
paciente está intimamente relacionado à gravidade do quadro clínico, às condições primárias que levaram o
paciente a desenvolver esse distúrbio respiratório e, também, às medidas de tratamento delimitadas (Barros
et al., 2022).
No histórico de enfermagem, a atenção será voltada à coleta de informações, principalmente nas queixas
principais, história pregressa, antecedentes de saúde, antecedentes familiares, entre outros; já durante o
exame físico, o foco será dado ao exame torácico e pulmonar (Barros et al., 2022). Na fase do Diagnóstico de
Enfermagem (DE), serãoselecionados, com base em um sistema de linguagem padronizado, como o North
American Nursing Diagnosis Association (NANDA-I), os diagnósticos mais acurados para cada caso. A seguir,
apresentaremos alguns diagnósticos de enfermagem de maior prevalência em casos de pacientes com
pneumotórax e derrame pleural (NANDA, 2021): 
• Troca de gases prejudicada.
• Padrão respiratório ine�caz.
• Desobstrução de vias aéreas ine�caz.
• Ventilação espontânea prejudicada.
• Dor Aguda.
No planejamento de enfermagem, inicialmente, deve-se determinar os resultados a serem alcançados junto
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às intervenções de enfermagem a partir do Sistema de linguagem padronizado, que pode direcionar o
enfermeiro nessa etapa, como o Nursing Outcomes Classi�cation (NOC), para a determinação dos
resultados de enfermagem (Moorhead et al., 2018) e o Nursing Interventions Classi�cation (NIC), para as
intervenções de enfermagem (Bulechek et al., 2016).
Com relação a uma das principais intervenções, os cuidados de enfermagem com o dreno de tórax são
essenciais para o tratamento e a melhora clínica desse per�l de paciente. Esse dispositivo é composto de um
tubo rígido, radiopaco, com múltiplas fenestras e de diversos calibres (Kusahara; Chanes, 2011; Masukawa;
Vieira; Klein, 2018; Cavalcanti et al., 2021); aliás, ele possui quatro estruturas: dreno distal, conector
intermediário, tubo de extensão e câmara de coleta.
Entre as condutas de enfermagem relacionadas aos cuidados com dreno de tórax, podemos citar (Brasil,
2013; Masukawa; Vieira; Klein, 2018; Cavalcanti et al., 2021):
• Aplicação de técnicas assépticas, com a �nalidade de prevenir infecções vinculadas à assistência à saúde.
• Trocar o sistema de drenagem: antissepsia das mãos e utilização de luvas de procedimento, limpeza da
extensão e do exterior do frasco com álcool 70%; pinçar a extensão, abrir o frasco do dreno, esvaziar o
débito e observar as características do conteúdo, bem como confeccionar novo selo d´água com água
destilada, de modo que a coluna interna do dreno �que submersa 2 cm do selo d´água.
• Quanti�car e anotar o débito do dreno (volume e características do conteúdo).
• Realizar o curativo da inserção do dreno de forma estéril, observando os aspectos desse local (integridade
dos pontos e da pele ao redor do dreno, se há exteriorização do dreno ou saída de secreção).
• Ordenhar o dreno no caso de obstrução.
• Cuidar do dreno durante o transporte do paciente, para não haver exteriorização acidental.
Orientação do paciente com relação ao posicionamento correto do frasco do dreno (abaixo do nível do
tórax).
Com base neste material teórico, convidamos você a complementar o seu conhecimento assistindo ao vídeo
que sumariza os principais pontos deste conteúdo. O vídeo trará em destaque tópicos importantes sobre o
pneumotórax e o derrame pleural, como a de�nição, manifestação clínica, tratamento e a importância da
aplicação da sistematização da assistência de enfermagem para o sucesso do cuidado desse paciente. Até
lá! 
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Para complementar os seus estudos, indicamos a leitura das Boas práticas – dreno de tórax, do
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https://portal.coren-sp.gov.br/sites/default/files/dreno-de-torax.pdf
https://portal.coren-sp.gov.br/sites/default/files/dreno-de-torax.pdf
https://portal.coren-sp.gov.br/sites/default/files/dreno-de-torax.pdf
Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo.
Esta unidade tem como principal objetivo explorar com você os conceitos e as de�nições relacionadas aos
distúrbios de um órgão de essencial importância para o equilíbrio hormonal �siológico: a tireoide. 
Tais distúrbios tireoidianos são disfunções que comprometem a atividade adequada dessa glândula,
acarretando o mau funcionamento do organismo como um todo. Conforme a Sociedade Brasileira de
Endocrinologia e Metabologia, cerca de 60% dos brasileiros podem vir a desenvolver distúrbios da tireoide
em algum momento da vida.
Assim, o conteúdo desta aula auxiliará você no desenvolvimento do raciocínio clínico, principalmente
voltado à �siopatologia, suas manifestações clínicas, métodos diagnósticos e tratamento, direcionando-o na
realização da Sistematização da Assistência de Enfermagem. Portanto, o conhecimento desta aula torna-se
indispensável para quem busca atuar no cuidado de enfermagem com qualidade, baseando-se nas
melhores práticas voltadas ao paciente com hipertireoidismo ou hipotireoidismo. 
A tireoide é a primeira glândula endócrina a ser formada durante o período embrionário, por volta do
vigésimo quarto dia de gestação. Trata-se de uma glândula única, em um formato anatômico que se
assemelha ao de uma borboleta, composta de dois lobos ligados por um istmo (Nunes, 2003).
No homem, essa glândula pode chegar a pesar 25 gramas, localizando-se na face anterior da traqueia, entre
a cartilagem cricoide e a incisura supraesternal, na altura da 5ª vértebra cervical e a 1ª torácica. A sua ação
está relacionada a diversas atividades corporais, atuando em todo o organismo, como na homeostase,
termogênese e atividades metabólicas celulares, relacionadas diretamente ao aumento da transcrição de
genes. Portanto, quanto maior a produção de hormônios tireoideanos, maior o metabolismo celular. No
sistema cardiovascular, produz os efeitos cronotrópico e inotrópico positivo, aumentando o �uxo sanguíneo,
Esta unidade tem como principal objetivo explorar com você os conceitos e as de�nições
relacionadas aos distúrbios de um órgão de essencial importância para o equilíbrio hormonal
�siológico: a tireoide. 
27 minutos
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a frequência cardíaca, débito e a força contrátil do miocárdio (Nunes, 2003). 
Entre os hormônios metabolicamente ativos produzidos pela tireoide, a Tiroxina (T4) corresponde a 93%
dessa produção; já a Triiodotironina (T3), somente 7%. A síntese desses hormônios é mediada,
especi�camente, pelo hormônio estimulante da tireoide (TSH), produzido pela hipó�se anterior, e os
distúrbios na produção e liberação dos hormônios T3 e T4 podem estar relacionados à de�ciência de iodo,
ingerido por meio da alimentação, ou aos autoanticorpos, que atuam em locais especí�cos da glândula
(Nunes, 2003).
A alteração da produção desses hormônios, tanto para mais quanto para menos, altera drasticamente o
metabolismo basal. Na redução da síntese e liberação da secreção tireoidiana, o metabolismo pode decair
de 40 a 50% do normal, já em seu excesso, pode chegar a aumentar de 60 a 100% (Nunes, 2003).
Quando há o excesso de síntese de hormônios tireoidianos, esse distúrbio recebe o nome de
hipertireoidismo, caracterizado pela hiperatividade da tireoide, que desencadeia a aceleração das funções
vitais do corpo. As principais causas do hipertireoidismo estão relacionadas à doença de Graves (causa mais
comum de hipertireoidismo), ao bócio multinodular tóxico tireoidite e ao nódulo tóxico individual.
A doença de Graves é um distúrbio autoimune hereditário que ativa a hiperprodução hormonal na tireoide,
ocasionando o aumento da tireoide em alguns casos (Maia et al., 2013).  Já no Bócio multinodular tóxico ou
doença de Plummer, há a presença de vários nódulos, que podem começar a secretar hormônios
tireoidianos de forma excessiva. No caso do nódulo tóxico da tireoide, este é caracterizado por um
crescimento celular anormal e benigno, mas que também altera a função de síntese e liberação dos
hormônios tireoidianos, independentemente do estímulo do TSH. Outras causas que podem levar ao
hipertireoidismo é a tireoidite, ou seja, a in�amação da tireoide, que também pode levar à hipersecreção
dos hormôniostireoidianos, porém de forma temporária e de fácil reversão, com o uso de alguns
medicamentos e, em casos raros, a hiperestimulação da tireoide, devido à ativação excessiva da hipó�se
(Maia et al., 2013).
Ao contrário do hipertireoidismo, no hipotireoidismo ocorre a diminuição da produção e excreção dos
hormônios tireoidianos, e esse distúrbio ocorre com maior frequência e prevalência em mulheres idosas. O
hipotireoidismo pode ser classi�cado em primário e secundário, sendo o mixedema a forma mais grave
desse distúrbio (Sgarbi et al., 2013).
No hipotireoidismo primário a causa está relacionada diretamente ao declínio da função da tireoide, como
na tireoidite de Hashimoto, à tireoidite, ao tratamento para hipertireoidismo, para câncer de tireoide ou, até
mesmo, à de�ciência de iodo.  Já no hipotireoidismo secundário, a causa está relacionada à falha de
funcionamento da hipó�se, em secretar o TSH (Sgarbi et al., 2013).
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As manifestações clínicas dos distúrbios da tireoide estão diretamente relacionadas a sua forma e
gravidade. No hipertireoidismo, pode-se observar a presença de bócio, devido ao aumento da glândula, dor
e sensibilidade nessa região e aumento metabólico das funções orgânicas, como taquicardia, hipertensão
arterial, arritmias, sudorese, tremores �nos, insônia, perda de peso, acompanhado de aumento da fome,
alteração na menstruação, entre outros (Maia et al., 2013; Sgarbi et al., 2013).
Na doença de Graves, é comum observar as alterações cutâneas e oculares, como espessamento da pele do
tipo “casca de laranja”, edemas periorbitário, exoftalmia, fotofobia e lacrimejamento excessivo, devido à
in�amação das órbitas e dos músculos que movem os olhos, tornando a movimentação mais vagarosa,
causando, ainda, a diplopia (MAIA et al., 2013).
No caso do hipotireoidismo, os principais sinais e sintomas são: desaceleração do metabolismo e funções
corporais; mudanças de expressão facial, em que a pessoa aparenta aborrecimento ou, até mesmo,
depressão; ptose palpebral; voz rouca e fala lenti�cada; edema facial; alopecia; ressecamento cutâneo, entre
outros. Pode, ainda, haver a apatia, ganho de peso, constipação, bradicardia e hipercolesterolemia. A
complicação de maior gravidade do hipotireoidismo, no caso de ausência de tratamento, é chamada de
Coma Mixedematoso, em que a pessoa chega a apresentar redução do nível de consciência e consequente
coma, relacionado à diminuição do �uxo sanguíneo cerebral e bradipneia. Outras complicações são anemia,
hipotermia e insu�ciência cardíaca (Sgarbi et al., 2013).
No caso dos distúrbios da tireoide, o diagnóstico é essencialmente clínico, a partir dos achados do exame
físico, anamnese e laboratorial, com a dosagem dos níveis de hormônios da tireoide e estimulantes da
tireoide no sangue. Portanto, é realizada, inicialmente, a dosagem do TSH, que estará acima dos
parâmetros, no caso do hipotireoidismo, ou abaixo, no caso do hipertireoidismo, após a dosagem dos
hormônios tireoidianos no sangue. Se houver suspeita de nódulos na tireoide, um exame de imagem, como
um ultrassom, poderá ser feito para con�rmação (Maia et al., 2013; Sgarbi et al., 2013).
• Hipertireoidismo: no caso do hipertireoidismo, o tratamento é realizado para que ocorra o controle das
causas, sinais, sintomas e complicações. O uso de betabloqueadores impedirá os efeitos causados pelo
excesso dos hormônios tireoidianos; as medicações para bloquear a síntese de hormônios tireoidianos e o
uso de iodo radioativo, para inativar parcialmente ou totalmente as funções da glândula tireoidiana ou
tireoidectomia total ou parcial, também podem ser uma opção de tratamento (Maia et al., 2013).
• Hipotireoidismo: no caso do hipotireoidismo, o tratamento é baseado na reposição hormonal, ou seja, a
administração de medicamentos orais compostos de hormônios tireoidianos. Uma opção é a utilização de
levotiroxina, forma sintética de T4 prescrita em doses que aumentam gradativamente ao longo do
tratamento, diminuindo os efeitos colaterais. Já no coma mixedematoso, as formas sintéticas de T3 e T4
podem ser administradas por via intravenosa (Sgarbi et al., 2013).
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Frente à importância das alterações clínicas relacionadas aos distúrbios da tireoide, a assistência de
enfermagem atuará, principalmente, durante o processo de tratamento clínico e cirúrgico, utilizando como
base para o delineamento a Sistematização da Assistência de Enfermagem. No histórico de enfermagem,
primeira etapa desse processo, o enfermeiro deverá atentar-se aos sinais e sintomas típicos do
hipertireoidismo/hipotireoidismo, explorando de forma direcionada a história do paciente e os seus sinais e
sintomas durante o exame físico (Barros et al., 2022).
A partir da identi�cação das necessidades de cuidado, em que a enfermagem pode intervir, haverá a
determinação dos diagnósticos de enfermagem mais acurados, com base no quadro clínico especí�co do
paciente, com posterior delineamento dos resultados a serem alcançados e intervenções a serem aplicadas
na etapa do planejamento de enfermagem (Barros et al., 2022). Já na etapa da implementação, a equipe de
enfermagem aplicará as intervenções prescritas na etapa anterior, com a posterior avaliação de
enfermagem, com o objetivo de veri�car a e�cácia das intervenções e realizar as adaptações necessárias no
processo de enfermagem (Barros, et al., 2022).
Quando olhamos especi�camente para o tratamento medicamentoso, seja no caso de hipertireoidismo, seja
no caso de hipotireoidismo, a enfermagem atuará orientando e monitorando a adesão medicamentosa, os
efeitos colaterais e o manejo dos sinais e sintomas durante as consultas de enfermagem (Leite;
Vasconcellos, 2003). Quando há indicação de tratamento cirúrgico, no caso da tireoidectomia total ou parcial
ou nos casos de biopsia da tireoide, a assistência de enfermagem deve se fazer presente em todo o período
transoperatório, com atuações no pré-operatório mediato, quando ocorre a indicação cirúrgica do
procedimento pelo médico cirurgião, orientando o paciente a respeito de toda proposta cirúrgica,
esclarecendo as possíveis dúvidas e programando o preparo cirúrgico que será realizado, como no caso dos
exames laboratoriais e de imagem (Santos et al., 2021).
No pré-operatório imediato, já em âmbito de saúde, o paciente passará por acompanhamento da equipe
multipro�ssional, em que poderá ser acolhido, com foco na redução da ansiedade comum nesse momento
e em todas as alterações e adversidades relacionadas. Haverá o direcionamento do banho pré-operatório e
a tricotomia da região cervical (se necessário) próximo ao horário da cirurgia, com a manutenção do jejum
de, no mínimo, 8 horas — pontos importantes de atuação da equipe de enfermagem (Santos et al., 2021).
Já no período intraoperatório, o paciente será recepcionado pela enfermagem, que o transportará para a
sala cirúrgica, posicionando-o adequadamente, para que o procedimento cirúrgico ocorra, garantindo um
posicionamento confortável e seguro ao paciente, além de acompanhar todo o procedimento cirúrgico,
provendo os materiais e equipamentos necessários para a realização da cirurgia (SANTOS et al., 2021). 
Tanto no pós-operatório imediato como no tardio, o monitoramento da recuperação do paciente é um
ponto crucial da assistência. Entre as principais complicações no pós-operatório de tireoidectomia total ou
parcial, encontram-se: hipocalemia; paralisia das cordas vocais (permanente ou temporária), relacionada à
lesão do nervo laríngeo; infecção; e hematoma (Lopes; Amaral, 2019).
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17 of 33 01/11/2023, 17:43Após a leitura deste material teórico, con�ra o vídeo que sumariza os principais pontos deste conteúdo. Ele
tem como principal objetivo complementar o seu aprendizado, trazendo temas importantes relacionados
aos distúrbios da tireoide, como a de�nição, manifestação clínica, tratamento e a importância da aplicação
da sistematização da assistência de enfermagem para o sucesso do cuidado desse paciente. 
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Para complementar os seus estudos, indicamos a leitura do Consenso brasileiro para a abordagem
clínica e tratamento do hipotireoidismo subclínico em adultos: recomendações do Departamento de
Tireoide, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia.
É um prazer reencontrar você na nossa última aula desta unidade. Ela tem como foco trazer ao seu
conhecimento pontos importantes, como conceitos, de�nições e manifestações clínicas relacionados a
alguns dos principais distúrbios dermatológicos, como a foliculite, a furunculose, a celulite, a erisipela e a
psoríase.
A dermatologia tem como base o estudo da pele, o maior órgão do corpo humano, que possui diversas
funções, entre elas a de proteção, de termorregulação, de mediação de sensações, entre outros. Ela re�ete
os processos patológicos, a partir de sinais clínicos, exteriorizando doenças que acometem todo o
organismo (Neto; Cucé; Reis, 2019).  
Para estar apto a desenvolver um plano de cuidado, o conhecimento cientí�co e o raciocínio clínico frente a
esses distúrbios tornam-se indispensáveis para a atuação do enfermeiro, portanto, o conteúdo desta aula
trará a base para quem busca intervir com o cuidado de enfermagem de qualidade, voltado às práticas
baseadas em evidências na área dos distúrbios dermatológicos. 
Esta aula tem como foco trazer ao seu conhecimento pontos importantes, como conceitos,
de�nições e manifestações clínicas relacionados a alguns dos principais distúrbios
dermatológicos, como a foliculite, a furunculose, a celulite, a erisipela e a psoríase.
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Como mencionado anteriormente, a pele é reconhecida como o maior órgão do corpo humano, constituída
de uma complexa estrutura, composta de diversos tipos de tecidos, células e estrutura especializados ao
longo de sua extensão. A pele representa cerca de 15% do peso corporal e possui a função de intermediar o
meio orgânico interno e externo, exercendo atividades de termorregulação, proteção o sistema imunológico
contra agentes exógenos de origem física, química ou biológica, bem como realiza a interface das sensações
e evita a desidratação (Neto; Cucé; Reis, 2019; Porto; Porto, 2013).
Com relação a sua estrutura anatômica, esta é constituída de três camadas: a epiderme, a derme e a
hipoderme. A epiderme é a estrutura mais externa ao corpo humano, formada por um tecido pavimentoso
estrati�cado, junto aos queratinócitos, que são organizados em camadas que se renovam de forma
contínua, em um ciclo de 26 dias. Sua espessura atinge cerca de 0,04 a 1,5 milímetros (Porto; Porto, 2013).
Já a derme, camada mediana da estrutura anatômica da pele, situa-se abaixo da epiderme e é formada por
estomas �broelásticos – colágeno (70-80%), elastina (1-3%) e proteoglicanos – junto à rede vascular e
nervosa. Ela possui a capacidade de elasticidade, retornando à posição de origem após sofrer estiramento, e
é composta, ainda, de diferentes células, incluindo �broblastos, macrófagos, neutró�los, eosinó�los, entre
outros, abrangendo os melanócitos, que absorvem a luz solar, gerando a liberação de melanina e a
coloração da pele (Neto; Cucé; Reis, 2019).
A camada mais interna da pele, a hipoderme, está estruturada em lóbulos de gordura, vascularização, rede
linfática e nervos. Devido a sua composição com células adiposas, tem a ação termo isolante e de absorver
choque (Neto; Cucé; Reis, 2019; Porto; Porto, 2013). Além das camadas da pele, ainda pode evidenciar os
anexos cutâneos, como as unidades pilossebáceas (responsáveis pela sustentação dos pelos e produção da
oleosidade da pele) e as glândulas sudoríparas (produção e excreção do suor) (Neto; Cucé; Reis, 2019; Porto;
Porto, 2013).
Após essa breve revisão das estruturas da pele, vamos entender os distúrbios dermatológicos.
• Piodermites: Pio= Pus; Dermato= Pele; Ite= Infecção. Trata-se de um conjunto de adversidades patológicas
causadas por infecção local cutânea, provocada por um agente etiológico bacteriano que, na maioria das
vezes, trata-se do Staphylococcus Aureus e do Streptococcus pyogenes. Essas doenças são comuns e
atingem crianças e adultos; além disso, sua classi�cação está diretamente relacionada ao agente etiológico e
à camada da pele que acomete (Azulay, 2017).
• Foliculite: são infecções que podem acometer os folículos pilossebáceos de toda a estrutura corpórea; são
causadas por Staphylococcus Aureus e se apresentam como lesões infectadas em forma de pequenas
pústulas centradas por um pelo (Azulay, 2017).
• Furunculose: semelhante à foliculite, a furunculose é uma infecção das células pilossebáceas centrada por
um pelo e causada por Staphylococcus Aureus. As principais diferenças da foliculite são o tamanho da lesão,
que se apresenta em maior dimensão, e a presença de sinais �ogísticos (Azulay, 2017).
• Celulite: trata-se de um processo in�amatório-infeccioso agudo da hipoderme que afeta o funcionamento
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do sistema linfático, tendo como principal agente etiológico o Streptococcus pyogenes (Azulay, 2017).
• Erisipela: infecção bacteriana aguda que atinge a derme, com comprometimento da rede linfática. Ela tem
como principal agente etiológico o Streptococcus beta hemolítico tipo A (Azulay, 2017).
Psoríase: Diferentemente das demais lesões apresentadas anteriormente, a psoríase não é uma doença
aguda causada por um agente etiológico; ela se caracteriza por um distúrbio crônico da pele, não
transmissível, de causa ainda desconhecida. Nesse distúrbio dermatológico, o paciente apresenta manchas
avermelhadas e planas, com escamação esbranquiçada (Azulay, 2017).
As manifestações clínicas das piodermites e da erisipela são muito semelhantes entre si, devido a ambos os
distúrbios dermatológicos estarem relacionados a algum processo in�amatório infeccioso (Neto; Cucé; Reis,
2019).
Como mencionado anteriormente, a foliculite apresenta como sinal clínico a presença de lesões em forma
de pústulas em torno de um pelo, muitas vezes, acompanhadas de prurido. Sua causa está, geralmente,
relacionada à depilação com lâminas, o que oportuniza a entrada de microrganismos e favorece o processo
infeccioso, devido a microlesões que são causadas na pele.
Na foliculite e na furunculose, por serem distúrbios que acometem a camada mais super�cial da pele,
observa-se, além da coleção de pus, sinais �ogísticos locais (dor, calor, eritema/vermelhidão e edema), já a
ocorrência de sinais e sintomas sistêmicos tem uma menor frequência (Neto; Cucé; Reis, 2019).
Tantona erisipela quanto na celulite, há o comprometimento da circulação linfática, o que agrava o edema e
di�culta a circulação dos capilares sanguíneos locais. Elas podem apresentar bolhas e, geralmente, são
unilaterais, com �lia pelos membros inferiores. As principais diferenças entre a celulite e a erisipela ocorrem
devido à localização dessas lesões (Azulay, 2017; Neto; Cucé; Reis, 2019).
Enquanto a celulite encontra-se na hipoderme, a erisipela instala-se na derme, o que apresenta uma certa
diferenciação. Na celulite, as bordas não são delimitadas e o eritema é menor, já na erisipela a lesão é
endurecida, as bordas são bem delimitadas e o eritema mais visível. A erisipela pode apresentar, ainda,
sinais sistêmicos, como febre, alteração de leucograma, sinais de sepse e choque séptico (no caso de piora
do quadro clínico) (Azulay, 2017; Neto; Cucé; Reis, 2019). 
Na psoríase, as principais manifestações clínicas são: manchas avermelhadas com liberação de escamas
esbranquiçadas e secas; manchas brancas ou acastanhadas, devido à melhora das lesões avermelhadas;
pele ressecada; prurido; queimação; e dor. Em casos mais graves, tem-se edema e rigidez nas articulações
(Azulay, 2017).
O diagnóstico desses distúrbios dermatológicos é essencialmente clínico a partir da avaliação da história do
paciente e de seu exame físico direcionado. Nos casos de maior gravidade e especí�cos, conforme a história
do paciente, o médico pode solicitar alguns exames laboratoriais, como antibiograma, hemograma,
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hemocultura, cultura e análise anatomopatológica do material coletado da lesão (Azulay, 2017; Neto; Cucé;
Reis, 2019). 
O tratamento, por sua vez, será delimitado a partir da análise de cada caso em particular. Em alguns desses
casos, de menor gravidade, a observação clínica da evolução será uma das alternativas, uma vez que o
sistema imunológico do paciente combaterá o distúrbio dermatológico sem a necessidade da introdução de
medicamentos ou terapias complementares (Azulay, 2017; Neto; Cucé; Reis, 2019). Com relação aos
distúrbios dermatológicos causados por um quadro infeccioso, em que o agente etiológico é bacteriano, o
tratamento com antibioticoterapia tópica ou sistêmica poderá ser prescrito pelo médico, bem como
medicamentos anti-in�amatórios e terapia de calor e frio. Quando houver coleção purulenta bem
delimitada, a punção do local para drenagem auxiliará no tratamento (Azulay, 2017; Neto; Cucé; Reis, 2019).
No caso da psoríase, existem alguns tipos de tratamento, a depender da gravidade do caso, porém, no geral,
é realizado tratamento tópico, fototerapia com luz ultravioleta, imunossupressores, entre outros
tratamentos sistêmicos (Azulay, 2017; Neto; Cucé; Reis, 2019).
Na hipótese de evolução desses distúrbios dermatológicos para uma lesão aberta, com descontinuidade do
tecido cutâneo, a terapia com curativo poderá ser necessária. Nesse ponto, a atuação efetiva do enfermeiro
é de extrema importância, ponto que será discutido no próximo tópico. 
A assistência de qualidade ao paciente com distúrbios dermatológicos é uma temática importante. Seu
maior impacto é percebido principalmente no campo da enfermagem, por ser a pro�ssão que se encarrega
do cuidado direto e integral ao paciente (Oliveira et al., 2016; Busanello et al., 2013).
Para tanto, o processo de enfermagem caracteriza-se como um importante instrumento para que a
Sistematização da Assistência de Enfermagem ocorra, proporcionando o acompanhamento e a avaliação
contínua do paciente (Oliveira Et Al., 2016; Busanello, et al., 2013). No histórico de enfermagem, além das
informações globais, a coleta pode ser direcionada à avaliação da necessidade de tratamento da lesão e à
prevenção de novas lesões ou complicações (Barreto, 2013; Porto; Porto, 2016). Na avaliação realizada a
partir da anamnese e do exame físico, pelas técnicas de inspeção e palpação, veri�cam-se as condições
sistêmicas que podem in�uenciar a integridade tissular e o processo de cicatrização, como dé�cit de
vascularização/irrigação sanguínea periférica; desequilíbrios nutricionais e hemodinâmicos; presença de
desidratação; �utuações da temperatura; patologias associadas/comorbidades (diabetes, doenças
imunológicas, câncer, insu�ciências vasculares, entre outras); entre outros (Barreto, 2013; Porto; Porto,
2016). 
Para uma avaliação adequada do local da ferida, além dos fatores ambientais
adequados, deve-se haver a limpeza do leito para retirada de tecido desvitalizado e de resíduos de
coberturas e produtos tópicos, devendo-se observar (Barreto, 2013; Porto; Porto, 2016):
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•  O aspecto da cobertura removida e o tempo de permanência sobre a ferida. 
•  Características e quantidade do exsudato.
•  Presença de sinais de infecção.
•  Etiologia da ferida. 
•  Localização anatômica.
•  Classi�cação: feridas simples ou complexas, aguda ou crônica. 
•  Leito da ferida. 
•  Presença de bio�lme.
•  Aspecto da borda/margem e pele periferida.
•  Tamanho e profundidade da lesão, se há a presença de túnel. 
•  Presença ou não da dor e suas características. 
Para a etapa seguinte, conhecer os diagnósticos prevalentes nos pacientes com ferida é algo importante,
pois otimizará e facilitará o processo de trabalho, bem como o direcionando para um plano de cuidado mais
adequado a eles. 
Abaixo, apresentaremos o levantamento dos diagnósticos prevalentes em pacientes com feridas (Oliveira et
al., 2014; Oliveira et al., 2017; Herdman; Kamitsuru; Lopes, 2021): 
•  Risco de infecção.
•  Integridade da pele prejudicada/integridade tissular prejudicada.
•  Nutrição alterada: menor que as demandas corporais.
•  Mobilidade física prejudicada.
•  Dor aguda/crônica.
•  Ansiedade.
•  Desesperança. 
Já em relação aos resultados e intervenções de enfermagem prevalentes em pacientes com feridas, a seguir,
apresentaremos os principais em pacientes com lesões (Oliveira et al., 2016; Moorhead et al., 2016): 
•  Cicatrização de feridas: primeira intenção.
•  Cicatrização de feridas: segunda intenção.
•  Integridade tissular: pele e mucosas.
•  Estado nutricional.
•  Autocuidado: higiene.
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•  Conhecimento: regime do tratamento.
•  Controle de riscos: processo infeccioso. 
Com o levantamento dos possíveis resultados de enfermagem, as intervenções de enfermagem são o
próximo passo, sempre voltadas para cada caso, no entanto, apresentaremos algumas possíveis
intervenções que podem ser prescritas, com base em evidências trazidas em estudos publicados (Barreto,
2013; Bulechek et al., 2016). 
•  Limpeza da lesão com soro �siológico a 0,9% ou
limpador não tóxico, quando adequado.
•  Manter técnica asséptica durante a realização do curativo ao cuidar da lesão, se adequado.
•  Medir o leito da lesão, quando adequado.
•  Documentação do local, do tamanho e do aspecto da ferida.
•  Avaliações da drenagem, cor, tamanho e odor. 
•  Aplicação de curativo adequado à pele/lesão, se apropriado. 
•  Orientações sobre os procedimentos de cuidado com a ferida no domicílio. 
•  Administração de cuidados a úlceras de pele, conforme a necessidade.
Olá, estudante. 
Chegamos ao �nal de mais uma aula desta unidade. Para complementar o seu aprendizado, assista ao vídeo
que trará os pontos mais importantes desta aula. O objetivo é sumarizar os tópicos desta aula, destacando
as temáticas principais aqui expostas, relacionadas aos distúrbios dermatológicos, como a de�nição,
manifestação clínica, tratamento e a importância da sistematização da assistência de enfermagem para a
implementação de umplano de cuidado adequado, humanizado e direcionado a cada caso. 
Até lá!  
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Para complementar os seus estudos, indicamos a leitura do Consenso brasileiro de psoríase 2020.
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Esta unidade teve como foco trabalhar os pontos mais importantes dos principais distúrbios respiratórios,
metabólicos e endócrinos, propondo a discussão do raciocínio clínico, o que dá suporte à delimitação do
processo de enfermagem, base do trabalho assistencial e gerencial do enfermeiro.
Iniciamos o conteúdo discutindo sobre os distúrbios respiratórios: pneumonia, pneumotórax e derrame
pleural. A pneumonia é uma doença respiratória infecciosa aguda que afeta o parênquima pulmonar,
atingindo os brônquios e os alvéolos. Ela pode ser classi�cada de diversas formas, porém a mais comum é
pelo formato de aquisição (adquirida na comunidade-PAC): pneumonia nosocomial ou hospitalar;
pneumonia do hospedeiro imunocomprometido e pneumonia por aspiração (Norris, 2021; Corrêa et al.,
2018).
Os principais fatores de risco para a doença são: tabagismo; colonização da orofaringe; etilismo; dé�cit
nutricional; imunossupressão; mudança brusca de temperatura; idade; doença obstrutiva crônica; entre
outros. Já como manifestações clínicas típicas, observa-se a dor torácica em “pontada”, dispneia e
taquipneia, insu�ciência respiratória, tosse com expectoração de muco purulento, febre, prostração,
hipoxemia e hipercapnia (Norris, 2021; Corrêa et al., 2018), e o seu tratamento está intimamente relacionado
à etiologia da pneumonia, à adequada administração de medicamentos, �sioterapia e controle dos fatores
de risco (Corrêa et al., 2018).
Com relação ao pneumotórax, este se caracteriza por uma emergência, devido à presença de ar livre no
espaço pleural. Esse distúrbio é causado pela ruptura da pleura, dando acesso à entrada de ar nesse espaço,
que pode ser classi�cado em espontâneo ou adquirido (Andrade Filho; Campos; Haddad, 2006; Hopkins et
al., 2011). O pneumotórax espontâneo primário ocorre sem ter relação com uma patologia pulmonar, já o
secundário está relacionado a complicações de doenças pulmonares. O pneumotórax adquirido pode ser
subdividido em iatrogênico (quando está relacionado a acidentes na assistência à saúde, como nos casos de
punções de veias centrais e biópsias transtorácicas e transbrônquicas); pneumotórax traumático (em
trauma fechado ou penetrante) e pneumotórax por barotrauma (vinculado ao aumento excessivo da
pressão intrapulmonar) (Sahn; He�ner, 2000; Hopkins et al., 2011).
No caso do derrame pleural, há o acúmulo excessivo e incomum de �uido entre as pleuras. Sua classi�cação
se dá de acordo com o tipo de líquido presente no espaço pleural: transudato; exsudato (pus) – empiema;
conteúdo hemático – hemotórax; lipídios – quilotórax e urina – urinotórax (Genofre; Chibante; Macedo,
2006). Tanto para o pneumotórax quanto para o derrame pleural, as manifestações clínicas estão
relacionadas à gravidade do quadro, em que o paciente pode apresentar dispneia; taquipneia; dor torácica
progressiva; tosse seca; cianose labial e de extremidades; hipoxemia; hipercapnia; e, em casos mais graves,
parada cardiorrespiratória (Andrade Filho; Campos; Haddad, 2006; Genofre; Chibante; Macedo, 2006).
Os métodos diagnósticos mais utilizados para ambos os casos são a radiogra�a de tórax e/ou tomogra�a
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computadorizada. A toracocentese com coleta do líquido para análise clínica em laboratório também é uma
alternativa; o tratamento objetiva melhorar o quadro de emergência, em que são administradas medidas
medicamentosas e medidas invasivas, como a drenagem torácica, que, com inserção do dreno de tórax, é
um método de tratamento que consiste em remover o conteúdo que está presente no espaço pleural e
restabelecer a pressão negativa (Genofre; Chibante; Macedo, 2006; Hopkins et al., 2011).
Observa-se, dentro da prática clínica, que a assistência de enfermagem está relacionada a esse dispositivo
que é determinante para o tratamento e melhora clínica do paciente. Entre as intervenções de enfermagem,
podemos citar: aplicação de técnicas assépticas, com a �nalidade de prevenir infecções vinculadas à
assistência à saúde; troca do sistema de drenagem: antissepsia das mãos, utilização de luvas de
procedimento, limpeza da extensão e do exterior do frasco com álcool 70%; pinçamento da extensão,
abertura do frasco do dreno, esvaziamento do débito e observação das características do conteúdo,
confeccionamento de novo selo d´água com água destilada, de modo que a coluna interna do dreno �que
submersa 2 cm do selo d´água; quanti�cação e anotação do débito do dreno (volume e características do
conteúdo); realização do curativo da inserção do dreno de forma estéril, observando os aspectos desse local
(integridade dos pontos e da pele ao redor do dreno, se há exteriorização do dreno ou saída de secreção);
entre outros (Brasil, 2013; Masukawa, Vieira, Klein, 2018; Cavalcanti et al., 2021).
Após aprofundarmos um pouco mais os distúrbios respiratórios, abordamos pontos importantes
relacionados aos distúrbios da tireoide, mais especi�camente sobre o hipertireoidismo e o hipotireoidismo.
O hipertireoidismo ocorre quando há o excesso de síntese de hormônios tireoidianos, caracterizando a
hiperatividade da tireoide, e suas principais causas estão relacionadas à doença de Graves, ao Bócio
multinodular tóxico tireoidite e ao nódulo tóxico individual. Observa-se, como sinais clínicos, a presença de
bócio, dor, sensibilidade e aumento metabólico das funções orgânicas (taquicardia, hipertensão arterial,
arritmias, sudorese, tremores �nos, insônia, perda de peso, entre outros); já o seu tratamento está
vinculado ao controle das causas, sinais, sintomas e complicações, sendo essencialmente clínico, por meio
de uso de medicações, ou cirúrgico, por meio de tireoidectomia total ou parcial (Maia et al., 2013).
Já no hipotireoidismo ocorre a diminuição da produção e excreção dos hormônios tireoidianos, sendo o
mixedema a forma mais grave desse distúrbio. Os principais sinais e sintomas são: desaceleração do
metabolismo e funções corporais, mudanças de expressão facial, ptose palpebral, voz rouca e fala
lenti�cada, edema facial, alopecia, ressecamento cutâneo, entre outros. O tratamento está baseado na
reposição hormonal, ou seja, na administração de medicamentos orais compostos de hormônios
tireoidianos (Sgarbi et al., 2013). Aliás, o diagnóstico desses distúrbios é essencialmente clínico e
laboratorial, por meio da dosagem dos níveis de hormônios da tireoide e estimulantes da tireoide no sangue
(Maia et al., 2013; Sgarbi et al., 2013).
Ao �nal da unidade, �zemos um apanhado sobre os distúrbios dermatológicos: piodermites, foliculite
furunculose celulite, erisipela e psoríase.
• Piodermite: infecção local cutânea provocada por um agente etiológico bacteriano, em sua prevalência,
pelo Staphylococcus Aureus e o Streptococcus pyogenes (Azulay, 2017).
• Foliculite: infecções que acometem os folículos pilossebáceos causadas por Staphylococcus Aureus.
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Apresentam-se como pequenas pústulas centradas por um pelo. Sua causa está, geralmente, relacionada à
depilação com lâminas (Azulay, 2017).
• Furunculose: infecção das células pilossebáceascentrada por um pelo e causada por Staphylococcus
Aureus. Esse tipo de lesão apresenta-se em maior dimensão (Azulay, 2017).
• Celulite: infecção aguda localizada na hipoderme que afeta o funcionamento do sistema linfático causada,
geralmente, por Streptococcus pyogenes (Azulay, 2017).
• Erisipela: infecção aguda que atinge a derme com comprometimento da rede linfática, causada,
geralmente, por Streptococcus beta hemolítico tipo A (Azulay, 2017).
• Psoríase: doença crônica não infecciosa, não transmissível e de causa ainda desconhecida. O paciente
apresenta manchas avermelhadas, com liberação de escamas esbranquiçadas e secas; manchas brancas ou
acastanhadas, devido à melhora das lesões avermelhadas; pele ressecada; prurido; queimação; e dor. Em
casos mais graves, apresenta edema e rigidez nas articulações (Azulay, 2017).
O diagnóstico desses distúrbios dermatológicos é principalmente clínico, a partir da avaliação da história e
do exame físico do paciente (Azulay, 2017; Neto; Cucé; Reis, 2019).  No tratamento de casos em que há
infecção bacteriana, são prescritos antibioticoterapia tópica ou sistêmica, medicamentos anti-in�amatórios e
terapia de calor e frio. Na presença de coleção purulenta, a punção para drenagem auxiliará no tratamento
(Azulay, 2017; Neto; Cucé; Reis, 2019). Para a psoríase, no geral, é realizado tratamento tópico, fototerapia
com luz ultravioleta, imunossupressores, entre outros (Azulay, 2017; Neto; Cucé; Reis, 2019).
Independentemente dos distúrbios aqui explanados, o enfermeiro tem como atribuição o atendimento
individualizado e holístico do paciente. Entre essas atribuições, faz-se de grande relevância a educação em
saúde, desde as orientações e intervenções educativas, baseada no nível de letramento em saúde do
paciente (Barros et al., 2022; Galavote et al., 2016). Para isso, o processo de enfermagem, como forma de
Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE), torna-se uma das principais ferramentas do cuidado e
um grande aliado dos enfermeiros (Barros et al., 2022).
No histórico de enfermagem, o enfermeiro deve focar a coleta de dados do paciente, atentando-se às
queixas principais, à história pregressa, aos antecedentes de saúde, aos antecedentes familiares, entre
outros. Para o exame físico, a investigação deve ocorrer seguindo o sentido céfalo-podálico, utilizando-se
das 4 técnicas básicas da semiologia: a inspeção, ausculta, palpação e percussão (Barros et al., 2022).
Após o levantamento das necessidades de cuidado obtidas a partir do histórico de enfermagem, o
enfermeiro procederá com a etapa do Diagnóstico de Enfermagem (DE), com base em que um sistema de
linguagem padronizado, como o North American Nursing Diagnosis Association (NANDA-I) (Herdman,
Kamitsuru, Lopes, 2021).
Na etapa do planejamento de enfermagem, serão determinados os resultados que se pretende alcançar, a
partir das intervenções de enfermagem que serão prescritas e implementadas. Para se elencar os
resultados, o enfermeiro pode utilizar o Nursing Outcomes Classi�cation (NOC) (Moorhead et al., 2018), e
para as intervenções de enfermagem, o Nursing Interventions Classi�cation (NIC) (Bulechek et al., 2016).
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A partir da implementação das intervenções pela equipe de enfermagem, o enfermeiro na etapa da
avaliação deve monitorar a evolução do paciente, adaptando as intervenções sempre que necessário,
conforme a demanda clínica do paciente (Barros et al., 2022).
Chegamos ao �nal desta unidade, e, para concluí-la, nada melhor do que assistir aos vídeos, a �m de �xar o
conteúdo e aprimorar o seu aprendizado. A aula de revisão será composta de dois vídeos: no primeiro,
trabalharemos a resolução do estudo de caso apresentado, trazendo os pontos mais importantes, que
valem ser ressaltados; já no segundo, realizaremos a síntese do conteúdo desta unidade, fazendo um
apanhado dos pontos-chave desta unidade. Faça um bom proveito deste conteúdo e até mais.
 paciente D.Q., sexo masculino, 54 anos, motorista de ônibus, casado.
 paciente chega para atendimento na Unidade de pronto-atendimento em um serviço hospitalar,
onde será atendido inicialmente no setor de classi�cação de risco. Ele refere a você, enfermeiro responsável
pela classi�cação de risco, a queixa de cansaço aos pequenos esforços, com piora progressiva há um dia,
acompanhado de dispneia e dor torácica à direita, bem como relata ter sofrido uma queda da própria altura
há 1 dia e, a partir disso, o aparecimento de tais sinais e sintomas. 
 hipertensão arterial sistêmica (não faz uso de medicamentos).
 tabagismos de 1 maço/dia por 30 anos.
 pressão arterial: 140/80 cmHg; pulso: 88 batimentos por minuto; temperatura: 36,5 C;
frequência respiratória: 26 respirações por minuto (parâmetro normal: 16-20 respirações por minuto);
saturação de oxigênio: 83% (parâmetro normal: 100-90%).
• Estado nutricional: eutró�co.
• Nível de consciência:
• Pele, mucosa e anexos: hidratado, corado, cianose labial.
• Face, crânio, olhos, ouvidos, nariz, boca: sem alterações.
• Toráx: expansibilidade torácica limitada à direita, murmúrios vesiculares diminuídos à direita; presença de
crepitação de terceiro e quarto arco costal, sinalizando possível fratura.
• Abdomem: globoso, �ácido, ruídos hidroaéreos presentes, indolor a palpação.
• Genitourinário: não refere alterações.
• Membros: sem alterações na mobilidade; pulsos palpáveis e rítmicos, tempo de enchimento capilar
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adequado.
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Você é o enfermeiro responsável pela classi�cação de risco na unidade de pronto atendimento,
portanto, precisa ter um raciocínio clínico rápido e ser ágil, para direcionar o atendimento adequado ao
paciente. Com base no caso, qual é a hipótese diagnóstica clínica do paciente? Para o direcionamento
assistencial do cuidado de enfermagem, determine 2 diagnósticos de enfermagem, resultados e
intervenções de enfermagem para esse caso.
Isso aí, estudante. Se a sua resposta foi pneumotórax secundário a um trauma, você conseguiu realizar
adequadamente o raciocínio clínico sobre esse caso.
Os principais sinais clínicos que nos fazem chegar a essa hipótese são: verbalização de cansaço aos
pequenos esforços com piora progressiva, dispneia e dor torácica à direita. História de queda da própria
altura há 1 dia, frequência respiratória: 26 respirações por minuto (parâmetro normal: 16-20 respirações por
minuto); saturação de oxigênio: 83% (parâmetro normal: 100-90%); expansibilidade torácica limitada à
direita, murmúrios vesiculares diminuídos à direita; presença de crepitação de terceiro e quarto arco costal,
sinalizando possível fratura. 
•  Diagnósticos de enfermagem: padrão respiratório ine�caz; dor aguda; troca de gases prejudicada;
ventilação espontânea prejudicada; risco de infecção.
•  Resultados de enfermagem: estado respiratório: permeabilidade de vias aéreas; estado respiratório:
ventilação.
•  Intervenções de enfermagem: monitorização respiratória, monitorização de sinais vitais, assistência
ventilatória, assistência no procedimento de drenagem de tórax (quando indicado), cuidados com dreno de
tórax, entre outros.
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ALVES, J. C. F. et al. Pneumonia nosocomial: diagnóstico e intervenções de enfermagem. 
[S. l.], v. 6, n. 1, p. 103-114, 2015. Disponível em:
www.jmphc.com.br/jmphc/article/view/238/Pneumonia%20nosocomial. Acesso em: 15 ago. 2023.
BARROS, A. L. B. L. et al. guia para a prática. 2 ed. São Paulo: COREN-SP, 2022.
BARROS, A. L. B. L.; LOPES, J. L. A legislação e a sistematização da assistência de enfermagem. 
, [S. l.], v. 1, n. 2, p. 63-65,

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