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Bruno Conceição de Agostinho Leal 
Direitos Humanos e educação
Salvador 
março/2023
Bruno Conceição de Agostinho Leal 
Direitos humanos e educação
Trabalho apresentado para avaliação na disciplina de Educação em Direitos Humanos do Curso Superior de Tecnologia em Segurança Pública, da Universidade Jorge Amado. 
			
Salvador 
março/2023
INTRODUÇÃO
A Carta da ONU é o tratado que estabeleceu as Nações Unidas. 
Em Junho de 1941, Londres era a sede de nove governos exilados por ocasião da Segunda Guerra Mundial. A capital britânica já havia experimentado 22 meses de guerra. No dia 12 de junho de 1941, por meio da Declaração do Palácio de St. James, diversos governos reafirmavam sua fé na paz e esboçavam o futuro pós-guerra. No dia 14 agosto de 1941 foi publicada a Carta do Atlântico, mais um passo para o estabelecimento de uma organização mundial. No dia primeiro de janeiro de 1942, representantes de 26 países que lutavam contra o Eixo Roma-Berlim-Tóquio decidiram apoiar a Declaração das Nações Unidas. Em 1943, os marcos principais foram as conferências de Moscou e de Teerã. Neste ano, todas as principais nações aliadas estavam comprometidas com a vitória e, posteriormente, com uma tentativa de criar um mundo fundamentado na paz e na segurança internacionais. Em 1944 e 1945, propostas foram elaboradas nos encontros de Dumbarton Oaks e lalta. 
A Carta das Nações Unidas foi elaborada pelos representantes de 50 países presentes à Conferência sobre Organização Internacional, que se reuniu em São Francisco de 25 de abril a 26 de junho de 1945. No dia 26 de junho, último dia da Conferência, foi assinada pelos 50 países a Carta, com a Polônia – também um membro original da ONU – a assinando dois meses depois. As Nações Unidas, entretanto, começaram a existir oficialmente em 24 de outubro de 1945, após a ratificação da Carta por China, Estados Unidos, França, Reino Unido e a ex-União Soviética, bem como pela maioria dos signatários. O 24 de outubro é comemorado em todo o mundo, por este motivo, como o Dia das Nações Unidas. 
A Carta da ONU é o documento mais importante da Organização, como registra seu artigo 103: “No caso de conflito entre as obrigações dos membros das Nações Unidas, em virtude da presente Carta e as obrigações resultantes de qualquer outro acordo internacional, prevalecerão as obrigações assumidas em virtude da presente Carta”. 
A Carta das Nações Unidas foi assinada em São Franscisco, a 26 de junho de 1945, após o término da Conferência das Nações Unidas sobre Organização Internacional, entrando em vigor a 24 de outubro daquele mesmo ano. O Estatuto da Corte Internacional de Justiça é parte integrante da Carta. A 17 de dezembro de 1963, a Assembleia Geral aprovou as emendas aos artigos 23, 27 e 61 da carta, as quais entraram em vigor a 31 de agosto de 1965. Uma posterior emenda ao artigo 61 foi aprovada pela Assembleia Geral a 20 de dezembro de 1971 e entrou em vigor a 24 de setembro de 1973. A emenda do artigo 109, relacionada com o primeiro parágrafo do referido artigo, estipula que uma Conferência Geral de Estados-membros, convocada com a finalidade de rever a Carta, poderá efetuar-se em lugar e data a serem fixados pelo voto de dois terços dos membros da Assembleia Geral e pelo voto de nove membros quaisquer (anteriormente sete) do Conselho de Segurança. O parágrafo 3 do artigo 109, sobre uma possível revisão da Carta durante a décima sessão da Assembleia Geral, mantém-se em sua forma original, quando se refere a um “voto de sete membros quaisquer do Conselho de Segurança”, havendo o referido parágrafo sido aplicado em 1955 pela Assembleia Geral durante sua décima sessão ordinária e pelo Conselho de Segurança.
DESENVOLVIMENTO
Desde o surgimento da Organização das Nações Unidas, em 1945, a discussão sobre o Direito Internacional tem ganhado mais relevo. Hoje inclusive a jurisprudência internacional e aqueles que formulam e refletem sobre a garantia de direitos defendem que o Direito Internacional se sobrepõe ao Direito Interno. O processo de incorporação dos tratados internacionais que versam sobre os direitos humanos a partir da Constituição de 1988 seguiram a lógica de recomposição da imagem do país após o período autoritário anterior, diante das acusações de violações aos direitos humanos, além de enquadrar o país nos avanços internacionais sobre o tema. Era também o início do contexto de globalização. Cabe destacarmos a Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e o seu Protocolo Facultativo de 2007. A Convenção é um exemplo de incorporação de um tratado internacional de direitos humanos ao ordenamento jurídico brasileiro com status de emenda constitucional. Após a incorporação do tratado, uma série de medidas oficiais tem sido tomadas em prol do reconhecimento e da garantia dos direitos das pessoas com deficiência. Foi a partir da Constituição Federal de 1988 que o Brasil passou a incorporar na legislação nacional os avanços com relação ao sistema internacional de proteção aos direitos humanos. Nesse contexto, o país passou a ratificar e a incorporar a legislação sobre o tema, Como coloca Flavia Piovesan, O marco inicial do processo de incorporação de tratados internacionais de direitos humanos pelo Direito Brasileiro foi a ratificação, em 1989, da Convenção contra a Tortura e Outros Tratamentos Cruéis, Desumanos ou Degradantes. A partir desta ratificação, inúmeros outros importantes instrumentos internacionais de proteção dos direitos humanos foram também incorporados pelo Direito Brasileiro, sob a égide da Constituição Federal de 1988. Assim, a partir da Carta de 1988 foram ratificados pelo Brasil: 
a) a Convenção Interamericana para Prevenir e Punir a Tortura, em 20 de julho de 1989; 
b) a Convenção sobre os Direitos da Criança, em 24 de setembro de 1990; 
c) o Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos, em 24 de janeiro de 1992; 
d) o Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais, em 24 de janeiro de 1992; 
e) a Convenção Americana de Direitos Humanos, em 2 5 de setembro de 1992; 
f) a Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher, em 27 de novembro de 1995.
A Constituição Brasileira de 1988 dispõe em seu artigo 5º, parágrafo 2 º dispõe que os direitos previstos na Constituição não são excludentes com outros que sejam incorporados por meio da assinatura de Tratados por parte do Brasil. A Emenda Constitucional nº 45 de dezembro de 2004 incluiu o 3º parágrafo ao artigo 5 º prevendo que no caso de Tratados e Convenções Internacionais sobre direitos humanos, caso sejam aprovados, em cada Casa do Congresso nacional, por 3/5 dos parlamentares, em dois turnos, serão equivalentes às emendas constitucionais, ou seja, serão incorporados à Constituição.
Em julgamento de 2008 o Supremo Tribunal Federal passou a compreender que os tratados que versam sobre os direitos humanos podem ser considerados como normais supralegais, ou seja, estão acima das leis ordinárias. O Programa Mundial da ONU, sua redação final foi produto da “Década das Nações Unidas para a Educação em matéria de direitos humanos” (1995-2004). O Programa prevê algumas etapas para a sua implementação, divididas em 4 anos por etapa, com foco em diferentes níveis da educação formal e formação de servidores/profissionais:básica e ensino médio, superior e formação de servidores, além dos profissionais de mídia e comunicação (etapa atual).
A “Década das Nações Unidas para a Educação em matéria de direitos humanos” basear-se-á nas disposições dos instrumentos internacionais de direitos humanos, particularmente nas disposições que abordam a educação em matéria de direitos humanos, incluindo o artigo 26.º da Declaração Universal dos Direitos do Homem, o artigo 13.º do Pacto Internacional sobre os Direitos Econômicos, Sociais e Culturais, o artigo 29.º da Convenção sobre os Direitos da Criança, o artigo 10.º da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres, o artigo 7.º da Convenção Internacional sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial, os parágrafos 33 e 34 da Declaração de Viena e os parágrafos 78 a 82 do seu Programa de Ação. Em conformidade com estas disposições, e para os efeitos da Década, a educação em matéria de direitos humanos será definida como os esforços de formação, divulgação e informação destinados a construir uma cultura universal de direitos humanos através da transmissão de conhecimentos e competências e da modelação de atitudes, com vista a:
I. Reforçar o respeito pelos direitos humanos e liberdades fundamentais; 
(b) Desenvolver em pleno a personalidade humana e o sentido da sua dignidade;
II. Promover a compreensão, a tolerância, a igualdade entre os sexos e a amizade entre todas as nações, povos indígenas e grupos raciais, nacionais, étnicos, religiosos e linguísticos;
III. Possibilitar a participação efetiva de todas as pessoas numa sociedade livre;
IV. Promover as atividades das Nações Unidas em prol da manutenção da paz.”
Com relação ao Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos, como já vimos, é importante lembrarmos que o Plano está dividido em cinco eixos principais: Educação não formal, educação dos profissionais do sistema de justiça e os do sistema de segurança, educação e mídia, educação básica e educação superior. O Conselho Nacional de Educação aprovou, em 2012, documento conhecido como as Diretrizes Nacionais para a Educação em Direitos Humanos, que versa sobre os parâmetros oficiais para a área.
Dentre as questões levantadas no documento, estão algumas reflexões sobre o que podemos compreender como o escopo de uma formação em educação em direitos humanos:
A Educação em Direitos Humanos tem por escopo principal uma formação ética, crítica e política. A primeira se refere à formação de atitudes orientadas por valores humanizadores, como a dignidade da pessoa, a liberdade, a igualdade, a justiça, a paz, a reciprocidade entre povos e culturas, servindo de parâmetro ético-político para a reflexão dos modos de ser e agir individual, coletivo e institucional.
A formação crítica diz respeito ao exercício de juízos reflexivos sobre as relações entre os contextos sociais, culturais, econômicos e políticos, promovendo práticas institucionais coerentes com os Direitos Humanos.
A formação política deve estar pautada numa perspectiva emancipatória e transformadora dos sujeitos de direitos. Sob esta perspectiva promover-se-á o empoderamento de grupos e indivíduos, situados à margem de processos decisórios e de construção de direitos, favorecendo a sua organização e participação na sociedade civil. Vale lembrar que estes aspectos se tornam possíveis por meio do diálogo e aproximações entre sujeitos biopsicossociais, históricos e culturais diferentes, bem como destes em suas relações com o Estado.
Uma formação ética, critica e política (in)forma os sentidos da EDH na sua aspiração de ser parte fundamental da formação de sujeitos e grupos de direitos, requisito básico para a construção de uma sociedade que articule dialeticamente igualdade e diferença (Ministério da Educação, 2012)
CONCLUSÃO 
Como previsto nos planos de educação em direitos humanos tanto em âmbito internacional quanto nacional um dos principais desafios da educação em direitos
humanos diz respeito a integração entre os esforços empreendidos em âmbito da
educação formal e também da educação não formal. O esforço dos espaços formais de educação, como as escolas, as universidades e institutos de educação, deve ser acompanhado pelo trabalho das organizações da sociedade civil, como movimentos sociais, ONGs e empresas. Em ambos os casos, é importante que a educação em direitos humanos transcenda o currículo formal das instituições, se colocando de forma transversal.
Um dos enfoques para a educação em direitos humanos é a educação para a cidadania, ou seja, para uma formação que possibilite a inserção plena dos seres humanos no convívio social, considerando todas as dimensões – cultural, social, afetiva, dentre outras – dentro de um compromisso ético.
Para isso, pressupõe um processo de ensino-aprendizagem participativo, com o aluno no centro, como sujeito ativo e pleno, tomando-se em conta as diferentes vivências e realidades.
Para que todo o processo se estabeleça de forma plena, a formação dos professores para trabalhar com o tema da educação em direitos humanos é fundamental. Em primeiro lugar, a formação deve considerar que o tema direito humanos não constitui uma disciplina e um tópico em si. Ele atravessa o processo de ensino-aprendizagem como tema transversal. Para isso, os professores devem ser capazes de compreender o que são os direitos humanos, seu histórico, sua inserção internacional e nacional. Deve ser considerada a formação para trabalhar o processo de ensino-aprendizagem com metodologias ativas, dentro dos cursos de licenciatura e de pós-graduação. Por fim, sobre a formação, devemos lembrar a importância da formação continuada dos professores. Afim de preservar as gerações vindouras do flagelo da guerra que por duas vezes, no espaço da nossa vida, trouxe sofrimentos indizíveis à humanidade, e a reafirmar a fé nos direitos fundamentais do homem, na dignidade e no valor do ser humano, na igualdade de direito dos homens e das mulheres, assim como das nações grandes e pequenas, e a estabelecer condições sob as quais a justiça e o respeito às obrigações decorrentes de tratados e de outras fontes do direito internacional possam ser mantidos, e a promover o progresso social e melhores condições de vida dentro de uma liberdade ampla. 
E para fins, praticar a tolerância e viver em paz, uns com os outros, como bons vizinhos, e unir as nossas forças para manter a paz e a segurança internacionais, e a garantir, pela aceitação de princípios e a instituição dos métodos, que a força armada não será usada a não ser no interesse comum, a empregar um mecanismo internacional para promover o progresso econômico e social de todos os povos.
REFERÊNCIAS:
https://brasil.un.org/pt-br/91220-carta-das-na%C3%A7%C3%B5es-unidas
https://www.unicef.org/brazil/carta-das-nacoes-unidas
https://brasil.un.org/pt-br/91220-carta-das-na%C3%A7%C3%B5es-unidas
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1930-1949/d19841.htm

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