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TECNOLOGIAS APLICADAS A SEGURANÇA PUBLICA modulo 1

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As “Soluções tecnológicas do SINESP” são ferramentas 
produzidas pelo MJSP, voltadas ao cumprimento da missão 
do SINESP. 
Neste módulo trataremos destas soluções. De forma geral, 
elas possuem o nome de “SINESP” + “nome da solução 
específica”. Ou seja, cada solução tecnológica trata, em 
geral, de apenas um problema em particular da segurança 
pública. 
Figura 20: Soluções tecnológicas fornecidas pelo 
MJSP
Fonte: Sinesp 
 
 
Estas soluções são mantidas e hospedadas em ambiente 
adequado para suportar o volume e a criticidade de tais 
dados. Além disso, conta com sistemas de segurança e 
auditoria planejados para o uso da segurança pública, 
entregando as informações de forma facilitada aos agentes. 
Figura 21: Implantações das soluções 
Sinesp.
Fonte: DGI/Sinesp. 
 
 
Custos das soluções É importante destacar que tais soluções apresentam custo elevado, 
tanto para desenvolvimento e manutenção quanto para hospedagem. No entanto, tais 
custos são suportados pelo governo federal, sem nenhum tipo de cobrança para os entes 
que se utilizam de tais sistemas. 
 
 
 
Saiba mais 
 
IMPORTANTE! 
Não confunda “Soluções tecnológicas do Sinesp” com SINESP! 
O SINESP, em sua concepção original é um sistema - na sua compreensão mais 
abrangente - que visa ordenar o conjunto de ações, políticas, recursos e informações 
relacionadas à segurança pública. Neste módulo abordamos o SINESP para que todos 
possam compreender o conjunto das ações e, assim, entender melhor o papel de cada 
um nos processos. 
 
 
SINESP (Lei 12.681/2012) x Sinesp (Lei 13.675/2018) 
O Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública, Prisionais, de 
Rastreabilidade de Armas e Munições, de Material Genético, de Digitais e de Drogas 
(Sinesp) é um sistema utilizado no Brasil para coletar e fornecer dados e informações, 
bem como disponibilizar serviços relacionados à segurança pública. Seus primórdios 
remetem a Lei nº 12.681, de 2012, a qual foi a responsável por instituir o Sistema 
Nacional de Informações de Segurança Pública, Prisionais e sobre Drogas - SINESP no 
âmbito nacional, estabelecendo as diretrizes gerais do sistema e definindo as 
informações que seriam disponibilizadas aos órgãos de segurança pública e aos 
cidadãos. No entanto, a Lei 13.675, de 2018, também conhecida como a “Lei do Susp”, 
revogou a “Lei do SINESP” do Artigo 1º ao 8º, e instituiu o “Sinesp” no seu Artigo 35. 
A Lei nº 13.675, de 2018 (Susp), trouxe algumas modificações e aprimoramentos ao 
instituir o Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública, Prisionais, de 
Rastreabilidade de Armas e Munições, de Material Genético, de Digitais e de Drogas 
(Sinesp). Essa lei alterou dispositivos da lei anterior e ampliou as possibilidades de 
consulta e acesso às informações pelo sistema. Além disso, ela estabeleceu a 
obrigatoriedade de integração entre os órgãos de segurança pública para o 
compartilhamento de dados e informações. 
A Lei do Susp também trouxe a previsão de que o acesso ao Sinesp poderia ser 
estendido a outros órgãos públicos e entidades privadas, desde que fosse de interesse da 
segurança pública. 
Em resumo, a Lei nº 12.681, de 2012, foi a responsável por instituir o “SINESP”, 
enquanto a Lei nº 13.675, de 2018 o revogou e instituiu o “Sinesp”, trazendo alterações 
e ampliações ao sistema, permitindo um acesso mais amplo às informações de 
segurança pública e estabelecendo a obrigação de integração entre os órgãos de 
segurança. 
 
 
1.1 OBJETIVOS DO SINESP 
De acordo com o Artigo 36 da Lei do Susp, os objetivos do 
Sinesp são: 
 
1.1 OBJETIVOS DO SINESP 
De acordo com o Artigo 36 da Lei do Susp, os objetivos do 
Sinesp são: 
Realizar a coleta, análise, atualização, sistematização, integração e interpretação de dados 
e informações relacionados às políticas de segurança pública e defesa social: 
Esse objetivo estabelece a importância do Sinesp como um sistema 
abrangente e centralizado para coletar, analisar e interpretar dados e 
informações relevantes às políticas de segurança pública e defesa social. O 
objetivo é fornecer subsídios para o desenvolvimento e aprimoramento dessas 
políticas, bem como para a formulação de estratégias eficazes de combate à 
criminalidade e promoção da segurança na sociedade. 
Através da coleta e análise desses dados, o Sinesp busca gerar informações 
atualizadas e sistematizadas que possam ser interpretadas e utilizadas de 
forma inteligente na tomada de decisões, no planejamento e no 
acompanhamento das políticas de segurança pública e defesa social. Isso 
contribui para uma atuação mais eficiente e embasada dos órgãos e 
instituições responsáveis por essas áreas, visando à proteção da população e 
à promoção de um ambiente seguro no país. 
 
Disponibilizar estudos, estatísticas, indicadores e outras informações para auxiliar na 
formulação, implementação, execução, monitoramento e avaliação de políticas públicas: 
Esse objetivo legal destaca a importância do Sinesp como um 
sistema que visa disponibilizar informações relevantes para a 
formulação, implementação, execução, monitoramento e 
avaliação de políticas públicas relacionadas à segurança. O 
sistema tem a finalidade de fornecer estudos, estatísticas, 
indicadores e outras informações que possam subsidiar a tomada 
de decisões e o desenvolvimento de estratégias eficazes na área 
da segurança pública. 
Ao disponibilizar essas informações, o Sinesp contribui para o 
embasamento das políticas públicas, permitindo que sejam 
desenvolvidas com base em dados concretos e atualizados. Isso 
facilita o acompanhamento e a avaliação dos resultados dessas 
políticas, auxiliando na identificação de medidas bem-sucedidas e 
na correção de eventuais problemas ou desafios enfrentados. 
Em resumo, o objetivo do Sinesp é não apenas coletar e analisar 
informações, mas também disponibilizá-las de forma acessível 
para que sejam utilizadas na formulação de políticas públicas 
mais efetivas e embasadas, contribuindo para a melhoria da 
segurança e defesa social no país. 
Promover a integração das redes e sistemas de dados e informações de segurança pública 
e defesa social, criminais, do sistema prisional e sobre drogas: 
Este objetivo enfatiza a importância do Sinesp como um 
sistema que busca a integração das redes e sistemas de 
dados e informações relacionados à segurança pública, 
defesa social, questões criminais, sistema prisional e 
informações sobre drogas. 
A integração das redes e sistemas é essencial para garantir 
o compartilhamento eficiente e seguro de informações 
entre os diferentes órgãos e entidades responsáveis pela 
segurança pública. Ao promover essa integração, o Sinesp 
facilita o acesso e a troca de informações relevantes, 
proporcionando uma visão mais abrangente e completa das 
questões relacionadas à segurança, crime, sistema 
prisional e drogas. 
Essa integração também permite uma atuação mais 
coordenada e sinérgica dos órgãos e instituições 
envolvidos, facilitando a identificação de padrões, a análise 
de tendências e o desenvolvimento de estratégias 
conjuntas para enfrentar os desafios nessas áreas. 
Em resumo, o objetivo do Sinesp é promover a integração 
das redes e sistemas de dados e informações relacionados 
à segurança pública, defesa social, sistema prisional, 
questões criminais e drogas, visando aprimorar a 
cooperação entre os órgãos e a eficácia das ações e 
políticas de segurança no país. 
Figura 22: Soluções por público-alvo 
 
 
Garantir a interoperabilidade dos sistemas de dados e informações, conforme os padrões 
definidos pelo conselho gestor: 
Esse objetivo ressalta a importância de assegurar a 
interoperabilidade dos sistemas de dados e informações 
dentro do âmbito do Sinesp. A interoperabilidade refere-se 
à capacidade dos sistemas e redes de compartilhar e trocar 
dados de forma eficiente e integrada, independentemente 
das suas estruturas ou plataformas tecnológicas. 
O objetivo é estabelecer padrões e diretrizes definidos peloconselho gestor do Sinesp para garantir a compatibilidade 
e a interconexão dos diversos sistemas de dados e 
informações relacionados à segurança pública, prisional, 
rastreabilidade de armas e munições, material genético, 
digitais e drogas. 
Essa interoperabilidade é fundamental para viabilizar a 
troca ágil e precisa de informações entre os diferentes 
órgãos e instituições envolvidos no âmbito do Sinesp. Ela 
permite uma visão mais abrangente e integrada dos dados, 
facilitando a análise, o compartilhamento de 
conhecimentos, a tomada de decisões e a formulação de 
políticas públicas mais eficazes no campo da segurança. 
Ao garantir a interoperabilidade dos sistemas de dados e 
informações, o Sinesp busca superar barreiras técnicas e 
promover a colaboração entre os diversos atores 
envolvidos na segurança pública, possibilitando uma 
atuação mais coordenada e eficiente no enfrentamento dos 
desafios relacionados à segurança e defesa social. 
 
 
Produzir dados sobre a qualidade de vida e a saúde dos profissionais de segurança pública 
e defesa social: 
Essa adição à lei enfatiza a importância de monitorar e produzir 
dados sobre a qualidade de vida e a saúde dos profissionais que 
atuam na área de segurança pública e defesa social. Reconhece-
se que esses profissionais enfrentam desafios específicos e 
podem estar expostos a riscos e situações que afetam sua saúde 
e bem-estar. 
Produzir dados nessa área permite obter informações relevantes 
sobre aspectos como condições de trabalho, saúde mental, 
estresse ocupacional, acidentes de trabalho e demais fatores que 
impactam a qualidade de vida desses profissionais. Esses dados 
podem subsidiar a implementação de ações e políticas voltadas 
para a melhoria das condições de trabalho, a prevenção de 
doenças e a promoção da saúde e bem-estar dos profissionais de 
segurança pública. 
Ao incluir esse objetivo, o Sinesp amplia seu escopo para além 
das questões criminais e da segurança em si, reconhecendo a 
importância de cuidar e acompanhar a saúde dos profissionais 
que atuam nessa área fundamental para a sociedade. 
Essa adição demonstra o compromisso com o bem-estar dos 
profissionais de segurança pública e defesa social, buscando não 
apenas garantir a segurança da população, mas também 
promover condições adequadas de trabalho e cuidado com a 
saúde dos servidores que desempenham um papel essencial na 
proteção da sociedade.   
 
Produzir dados sobre a vitimização dos profissionais de segurança pública e defesa social, 
inclusive fora do horário de trabalho: 
Essa adição à lei ressalta a importância de coletar e 
produzir dados sobre a vitimização dos profissionais que 
atuam na área de segurança pública e defesa social. 
Reconhece-se que esses profissionais podem ser alvo de 
violência e vitimização, tanto no exercício de suas funções 
quanto em momentos fora do horário de trabalho. 
Produzir dados nessa área permite obter informações 
relevantes sobre a incidência de violência e vitimização 
enfrentadas pelos profissionais de segurança pública. 
Esses dados podem subsidiar a implementação de ações e 
políticas voltadas para a prevenção da vitimização, o 
fortalecimento das medidas de proteção e o suporte 
adequado aos profissionais que sofreram violência. 
Essa adição reforça o compromisso com a segurança e 
bem-estar dos profissionais de segurança pública, 
reconhecendo os riscos e desafios que eles enfrentam no 
exercício de suas atividades. Ao produzir dados sobre a 
vitimização, o Sinesp busca fornecer subsídios para a 
implementação de medidas efetivas de proteção, 
aprimoramento das condições de segurança e atendimento 
adequado aos profissionais que foram vítimas de violência. 
Dessa forma, o Sinesp amplia seu escopo para além das 
estatísticas de criminalidade, contemplando também a 
realidade da vitimização dos próprios profissionais de 
segurança pública e defesa social. 
 
 
Produzir dados sobre os profissionais de segurança pública e defesa social com deficiência 
em decorrência de vitimização na atividade: 
Essa adição à lei ressalta a importância de coletar e 
produzir dados sobre os profissionais de segurança pública 
e defesa social que adquiriram deficiência em decorrência 
de vitimização durante o exercício de suas atividades. 
Reconhece-se que esses profissionais podem sofrer lesões 
ou desenvolver deficiências físicas, mentais ou sensoriais 
como resultado de eventos violentos ou traumáticos 
relacionados ao trabalho. 
Produzir dados nessa área permite obter informações 
relevantes sobre a ocorrência de deficiências em 
decorrência da vitimização dos profissionais de segurança 
pública. Esses dados podem subsidiar a implementação de 
ações e políticas voltadas para a prevenção de vitimização, 
o fortalecimento das medidas de proteção, a reabilitação e 
o suporte adequado aos profissionais com deficiência. 
Reforça o compromisso com a segurança, bem-estar e 
inclusão dos profissionais de segurança pública que 
sofreram vitimização e adquiriram deficiência como 
resultado disso. Ao produzir dados sobre os profissionais 
com deficiência em decorrência da vitimização, o Sinesp 
busca fornecer subsídios para a implementação de 
medidas efetivas de prevenção, proteção e apoio aos 
profissionais que passaram por essa situação. 
Dessa forma, o Sinesp amplia seu escopo para contemplar 
a realidade das pessoas com deficiência que atuam na 
segurança pública e defesa social, levando em 
consideração suas necessidades específicas e 
promovendo a inclusão e a garantia de direitos desses 
profissionais. 
 
 
Produzir dados sobre os profissionais de segurança pública e defesa social que sejam 
dependentes químicos em decorrência da atividade: 
Destaca a importância de coletar e produzir dados 
sobre os profissionais de segurança pública e defesa 
social que desenvolvem dependência química em 
decorrência das atividades relacionadas ao trabalho. 
Reconhece-se que esses profissionais podem estar 
sujeitos a situações de estresse, traumas e pressões 
que podem levar ao uso abusivo de substâncias 
químicas. 
Produzir dados nessa área permite obter 
informações relevantes sobre a ocorrência de 
dependência química entre os profissionais de 
segurança pública. Esses dados podem subsidiar a 
implementação de ações e políticas voltadas para a 
prevenção do uso abusivo de substâncias, a 
promoção da saúde mental, o tratamento e o suporte 
adequado aos profissionais que desenvolveram 
dependência química. 
Demonstra o reconhecimento dos riscos específicos 
que os profissionais de segurança pública enfrentam 
em relação à dependência química e ressalta a 
importância de oferecer suporte adequado a esses 
profissionais. Ao produzir dados sobre os 
profissionais dependentes químicos em decorrência 
da atividade, o Sinesp busca fornecer subsídios para 
a implementação de medidas de prevenção, 
tratamento e acompanhamento para aqueles que 
necessitam de apoio nesse sentido. Dessa forma, o 
Sinesp amplia seu escopo para além das questões 
de segurança e criminalidade, contemplando 
também a saúde mental e a dependência química 
dos profissionais que atuam na segurança pública e 
defesa social. Essa inclusão visa garantir o bem-
estar e o cuidado com a saúde dos profissionais, 
oferecendo as medidas adequadas para lidar com a 
dependência química que possa surgir em 
decorrência da atividade. 
 
 
Produzir dados sobre transtornos mentais e comportamento suicida dos profissionais de 
segurança pública e defesa social: 
Essa adição à lei ressalta a importância de coletar e produzir 
dados sobre os transtornos mentais e o comportamento suicida 
dos profissionais de segurança pública e defesa social. 
Reconhece-se que esses profissionais podem estar sujeitos a 
altos níveis de estresse, traumas e desafios emocionais 
decorrentes do trabalho, o que pode levar ao desenvolvimento de 
transtornos mentais e ao risco de comportamento suicida. 
Produzir dados nessa área permite obter informações relevantes 
sobre a prevalênciae as características dos transtornos mentais, 
bem como sobre o comportamento suicida entre os profissionais 
de segurança pública. Esses dados podem subsidiar a 
implementação de medidas e políticas de prevenção, promoção 
da saúde mental, suporte psicológico e intervenção adequada 
para aqueles que estejam enfrentando essas situações. 
Esse objetivo reflete a preocupação em garantir o bem-estar e a 
saúde mental dos profissionais de segurança pública e defesa 
social. Ao produzir dados sobre transtornos mentais e 
comportamento suicida, o Sinesp busca fornecer subsídios para a 
implementação de ações de prevenção, detecção precoce, 
tratamento e suporte psicossocial, a fim de melhorar a qualidade 
de vida e reduzir os riscos enfrentados por esses profissionais. 
Dessa forma, o Sinesp amplia seu escopo para incluir a saúde 
mental dos profissionais que atuam na segurança pública e 
defesa social, reconhecendo os desafios específicos que eles 
enfrentam em relação a transtornos mentais e comportamento 
suicida. A coleta de dados nessa área possibilita uma 
compreensão mais abrangente das necessidades desses 
profissionais e contribui para a implementação de políticas e 
práticas que visam à promoção da saúde mental e à prevenção 
do suicídio. Além dos objetivos do Sinesp definidos na Lei do 
Susp, ao analisar todo o conteúdo do marco legal depreende-se a 
amplitude de ação do Sinesp, que engloba desde coleta e 
tratamento de dados para auxiliar na formulação e avaliação das 
políticas de segurança pública, até mesmo a integração das 
informações de segurança pública de forma operacional. 
 
1.2 FINALIDADES DO SINESP 
A Lei nº 13.675, de 11 de junho de 2018, estabelece a criação do Sistema 
Nacional de Informações de Segurança Pública, Prisionais, de Rastreabilidade 
de Armas e Munições, de Material Genético, de Digitais e de Drogas (Sinesp). 
O artigo 35 da referida lei institui o Sinesp com o objetivo principal de 
armazenar, tratar e integrar dados e informações que auxiliem na formulação, 
implementação, execução, acompanhamento e avaliação de políticas 
relacionadas às seguintes áreas: 
I 
II 
III 
IV 
V 
Segurança pública e defesa social; 
Sistema prisional e execução penal; 
Rastreabilidade de armas e munições; 
Banco de dados de perfil genético e digitais; e 
Enfrentamento do tráfico de drogas ilícitas. 
 
A partir dessa disposição legal, o Sinesp é reconhecido como um 
instrumento essencial para o compartilhamento e a gestão de 
informações relevantes nessas áreas. O sistema visa integrar 
dados de diversas fontes, permitindo uma visão abrangente e 
estruturada das questões relacionadas à segurança pública, 
sistema prisional, rastreabilidade de armas e munições, perfil 
genético e digitais, bem como o combate ao tráfico de drogas. 
Ao armazenar, tratar e integrar essas informações, o Sinesp 
busca oferecer subsídios para a tomada de decisões, o 
desenvolvimento de políticas públicas mais eficazes e a avaliação 
do impacto das ações implementadas. Além disso, o sistema 
contribui para a coordenação entre os órgãos responsáveis pela 
segurança pública e justiça criminal, promovendo uma atuação 
mais eficiente e integrada no enfrentamento dos desafios nessas 
áreas. 
Passaremos a discorrer sobre alguns destes dispositivos: 
1.3 INTEGRAÇÃO E ATUAÇÃO 
OPERACIONAL DOS ÓRGÃOS DE 
SEGURANÇA PÚBLICA 
A atuação operacional recebe destaque no Plano Nacional de 
Segurança Pública e Defesa Social, sobretudo quanto a eficiência 
e integração na prestação dos serviços. 
O Art. 4º estabelece como princípio do PNSPDS a eficiência na 
prevenção, controle, e repressão das infrações penais (Inc IV, V e 
VI), bem como em emergências e desastre, além de preconizar a 
otimização de recursos (Inc. XIII). 
Já o Art. 5º estabelece como Diretriz do PNSPDS o Atendimento 
Imediato ao Cidadão (Inc. I), a atuação integrada nas ações de 
segurança pública, através da coordenação, cooperação e 
colaboração dos órgãos e racionalização dos meios (Inc IV e V), 
além da Unidade de Registro Policial (Inc. XXII) e uso do Sistema 
Integrado de Informações (Inc. XXIII). 
O Artigo 6º, por sua vez, define como objetivos do plano o 
fomento à Integração Estratégica e Operacional (Inc I) e a 
Padronização de Tecnologia dos órgãos de segurança pública 
(inc. III). 
Neste mesmo diapasão, o Art. 10 estabelece como meio para a 
integração e coordenação dos órgãos as operações integradas 
(Inc. I) e o compartilhamento e a integração das informações de 
segurança pública (Inc. IV e V cominado com § 4º). 
Por fim, cabe destacar que a PNSPDS, Artigo 14, inciso I, 
estabelece como responsabilidade do Ministério da Justiça e 
Segurança Pública disponibilizar sistema padronizado, 
informatizado e seguro que permita o intercâmbio de informações 
entre os integrantes do Susp. 
Para permitir esta importante integração operacional, ao longo 
dos anos muitos Estados investiram em Centros Integrados de 
Operações, mantendo em um mesmo espaço físico agentes, 
gestores e despachantes de diversas agências. Entretanto, nem 
sempre está integração física é possível, seja por questões 
administrativas ou de recursos. 
Desta forma, o que o PNSPDS busca é uma integração 
sistematizada por meios eletrônicos, disponibilizada pelo Sinesp, 
que seja interoperável, eficiente e transparente, permitindo aos 
órgãos integrados compartilhar informações relevantes que 
ocorrem em tempo real em suas circunscrições e arredores e 
solicitar os respectivos auxílios quando for necessário. 
Além da integração operacional, o sistema deve permitir um 
atendimento imediato ao cidadão. 
1.4 AFERIÇÃO DAS ATIVIDADES DE 
POLÍCIA OSTENSIVA E PRESERVAÇÃO DA 
ORDEM PÚBLICA 
A lei estabelece que o Ministério da Justiça e Segurança Pública 
deve aferir as atividades de polícia ostensiva e de preservação da 
ordem pública por meio de parâmetros do Sinesp: 
Art. 12. A aferição anual de metas deverá observar os seguintes 
parâmetros: 
III - as atividades de polícia ostensiva e de preservação da ordem pública serão 
aferidas, entre outros fatores, pela maior ou menor incidência de infrações 
penais e administrativas em determinada área, seguindo os parâmetros do 
Sinesp; 
 
 
Neste sentido, é necessário considerar a dualidade 
organizacional existente no Brasil, que separa as atividades de 
polícia judiciária das atividades de polícia ostensiva. Esta 
separação é refletida no registro dos eventos atinentes à 
segurança pública, tendo em vista que nem todas as ocorrências 
registradas pela polícia ostensiva são efetivamente registradas 
como boletim de ocorrência na polícia judiciária. 
Além disso, embora ainda não definidos pelo Sinesp, entre os 
outros parâmetros previstos no Art. 12, Inciso III, é inegável a 
importância de aferir as atividades preventivas da polícia 
ostensiva e de preservação da ordem pública, como abordagens, 
patrulhamentos, averiguações, entre outras. 
Desta forma, os parâmetros para definir a atividade de polícia 
ostensiva certamente devem ser balizados a partir dos dados dos 
atendimentos emergenciais realizados e registrados pela polícia 
ostensiva em suas centrais de operações. 
1.5 SEGURANÇA PÚBLICA BASEADA EM 
EVIDÊNCIAS E O PLANEJAMENTO 
OPERACIONAL 
Dentre os objetivos do Sinesp estabelecidos pela PNSPDS, o 
inciso II do artigo 36 prevê a disponibilização de estatísticas e 
indicadores para formulação e execução de políticas públicas. 
Além disso, o inciso XX do artigo 5º estabelece como diretriz a 
distribuição de efetivos através de critérios técnicos. 
Em outras palavras, os dispositivos legais preveem que seja 
realizado o planejamento operacional dos órgãos de segurança 
pública através da análise criminal com base no maior número 
possível de informações disponíveis, buscando descobrir 
tendências espaciais e temporais nos dados de criminalidade, 
para empregar os recursos disponíveis de forma eficiente para 
prevenção da ação delituosa. 
Disto tudo se depreende que o Sinesp, além de realizara coleta e tratamento dos dados 
do policiamento ostensivo, deve permitir, através da análise de dados diversos, a 
recomendação do policiamento inteligente orientado para a resolução do problema, 
através do emprego adequado dos recursos, formando um verdadeiro ciclo completo de 
informações. Ou seja, através de um Agente Policial os dados são coletados, e a própria 
solução devolve a informação através de propostas de ações de policiamento, como 
áreas a serem patrulhadas com o efetivo disponível. 
 
 
1.6 ADOÇÃO DE PADRÕES DE 
INTEGRIDADE, DISPONIBILIDADE, 
CONFIDENCIALIDADE, CONFIABILIDADE 
E TEMPESTIVIDADE DOS SISTEMAS 
INFORMATIZADOS DO GOVERNO 
FEDERAL 
O parágrafo único do Artigo 36 da Lei do Susp estabelece que o 
Sinesp deve adotar os padrões de integridade, disponibilidade, 
confidencialidade, confiabilidade e tempestividade dos sistemas 
informatizados do governo federal. 
Essa disposição ressalta a importância de garantir a segurança e 
a eficácia dos sistemas de informação utilizados pelo Sinesp. Os 
padrões mencionados, como integridade, disponibilidade, 
confidencialidade, confiabilidade e tempestividade, são critérios 
fundamentais para assegurar a qualidade e a robustez dos 
sistemas de informação governamentais.  
A adoção desses padrões implica em assegurar que os dados e 
as informações armazenadas e processadas pelo Sinesp sejam: 
 
 
precisos, completos e não sofram alterações 
indevidas (integridade), estejam acessíveis quando 
necessários (disponibilidade); 
 
sejam protegidos contra acessos não autorizados 
(confidencialidade); 
 
sejam consistentes e confiáveis (confiabilidade); e 
 
estejam disponíveis de forma oportuna para atender 
às necessidades dos usuários (tempestividade). 
 
 
Esses padrões são cruciais para garantir a 
confiabilidade e a segurança das informações no 
âmbito do Sinesp, especialmente quando se trata de 
dados sensíveis e estratégicos relacionados à 
segurança pública, prisional, rastreabilidade de 
armas, material genético, digitais e drogas. 
Ao adotar esses padrões, o Sinesp demonstra o 
compromisso em cumprir requisitos de segurança e 
confiabilidade exigidos pelo governo federal, 
contribuindo para a proteção dos dados e das 
informações e para a efetividade das políticas e 
ações relacionadas à segurança pública. 
Portanto, o parágrafo único do Artigo 36 da Lei do 
Susp enfatiza a importância de assegurar a adoção 
dos padrões adequados de segurança e 
confiabilidade nos sistemas de informação do 
Sinesp, a fim de garantir a qualidade e a proteção 
das informações e dados utilizados no âmbito desse 
sistema. 
1.7 INTEGRANTES DO SINESP 
O Artigo 37 da Lei nº 13.675, de 11 de junho de 
2018, estabelece que todos os entes federados 
devem integrar o Sinesp por meio de órgãos criados 
ou designados para esse propósito. 
Essa disposição destaca a necessidade de 
participação de todos os entes federados - União, 
estados, Distrito Federal e municípios - no Sinesp. 
Para isso, é esperado que cada ente federado 
estabeleça órgãos específicos que serão 
responsáveis por integrar e contribuir com o sistema. 
A integração de todos os entes federados no Sinesp é fundamental para promover a 
cooperação, a troca de informações e o compartilhamento de dados entre as diversas 
esferas governamentais. Isso permite uma visão mais abrangente e integrada da 
segurança pública, contribuindo para o desenvolvimento de políticas mais eficazes, a 
coordenação de ações conjuntas e a otimização dos recursos disponíveis. 
 
 
Ao estabelecer essa integração, a lei busca 
fortalecer a articulação e a cooperação entre os 
diferentes níveis de governo no que diz respeito à 
segurança pública, prisional, rastreabilidade de 
armas, material genético, digitais e drogas. Essa 
colaboração é essencial para enfrentar os desafios e 
as demandas relacionados à segurança, bem como 
para promover a eficiência e a eficácia das políticas 
e ações nessa área. 
O Artigo 37 da Lei do Susp estabelece a 
obrigatoriedade de participação de todos os entes 
federados no Sinesp, por meio de órgãos 
específicos, com o objetivo de promover a 
integração e a cooperação na área de segurança 
pública. Essa medida busca potencializar a 
efetividade das ações e o compartilhamento de 
informações entre os diferentes níveis de governo, 
visando a um sistema mais abrangente e eficiente. 
Dessa forma, o organograma do Sinesp, segundo o 
Art. 37 da Lei nº 13.675, de 11 de junho de 2018, 
está disposto da seguinte maneira: 
 
Nível Federal: 
Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP): 
Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) 
Departamento de Polícia Federal (DPF) 
Departamento de Polícia Rodoviária Federal (DPRF) 
Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen) 
Outros órgãos federais relacionados à segurança 
pública e controle de drogas. 
 
 
Nível Estadual: 
Secretaria de Segurança Pública Estadual: 
Polícia Civil 
Polícia Militar 
Corpo de Bombeiros Militar 
Departamento de Trânsito Estadual (Detran) 
Órgão de Administração Penitenciária Estadual 
Outros órgãos estaduais relacionados à segurança pública e 
controle de drogas. 
 
 
Nível Municipal: 
Secretaria de Segurança Pública Municipal: 
Guarda Municipal 
Secretaria de Trânsito Municipal 
Órgão de Administração Penitenciária Municipal 
Outros órgãos municipais relacionados à segurança 
pública e controle de drogas. 
 
 
É importante destacar que os integrantes do Sinesp, previstos no Art. 37 da Lei do Susp, 
não se confundem com os integrantes do Susp, dispostos no Art. 9º do mesmo 
dispositivo. 
Portanto, embora tanto o Sinesp quanto o Susp estejam relacionados à 
segurança pública, eles possuem características distintas em termos de seus 
integrantes. O Sinesp é composto por representantes específicos de 
determinadas entidades, conforme mencionado no Art. 37, enquanto o Susp 
abrange um conjunto mais amplo de órgãos e entidades envolvidos na 
segurança pública, conforme estabelecido no Art. 9º. É fundamental 
compreender essa diferença para uma correta interpretação e aplicação das 
disposições legais relacionadas à segurança pública no Brasil. 
A Lei nº 13.675/2018, de 11 de junho de 2018, que “Disciplina a organização e 
o funcionamento dos órgãos responsáveis pela segurança pública, nos termos 
do § 7º do art. 144 da Constituição Federal; cria a Política Nacional de 
Segurança Pública e Defesa Social (PNSPDS); institui o Sistema Único de 
Segurança Pública (Susp); altera a Lei Complementar nº 79, de 7 de janeiro de 
1994, a Lei nº 10.201, de 14 de fevereiro de 2001, e a Lei nº 11.530, de 24 de 
outubro de 2007; e revoga dispositivos da Lei nº 12.681, de 4 de julho de 
2012.” 
O ponto importante desta lei, para o tema que estamos estudando, é a criação 
do Sistema Único de Segurança Pública (Susp). Esta lei reafirma que a 
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2018/lei/L13675.htm
segurança pública é dever do Estado e responsabilidade de todos, 
compreendendo a União, os Estados, o Distrito Federal e os Munícipios. Esta 
lei induz tais entes realizar integração e coordenação de esforços em prol da 
segurança pública. 
Um aspecto muito importante desta coordenação nacional é a integração e 
interoperabilidade das informações e sistemas. 
Por outro lado, produzir sistemas informatizados é custoso para o estado por 
vários motivos: 
I 
II 
III 
IV 
V 
existe um custo de concepção; 
existe um custo de criação; 
existe um custo de manutenção; 
existe um custo de hospedagem e ambiente; e 
existe um custo operacional de contratação e segurança. 
 
 
Assim, em função dos ganhos de escala no 
desenvolvimento de sistemas de alcance nacional e 
em função da necessidade de padrões de bancos de 
dados, o MJSP passou a investir na criação de tais 
soluções. 
Vamos conhecer cada uma das ferramentas 
disponíveis para os agentes e para as instituições? 
Ademais, na Aula 2, verificaremos como ocorre a 
adesão para utilização nos estadose municípios. 
1.8 SINESP SEGURANÇA 
O sistema Sinesp Segurança é uma solução 
abrangente voltada para prover serviços essenciais 
relacionados à autenticação, autorização e gestão 
de usuários, perfis e papéis, máquinas e Estruturas 
Organizacionais – EO para todas as aplicações do 
Sinesp e ferramentas integradas dos órgãos 
parceiros, com o objetivo de fornecer informações 
cruciais no contexto da segurança pública nas 
esferas administrativas federal, estadual e municipal. 
Por se tratar de um sistema de autenticação e 
autorização de usuários focado na segurança da 
informação desempenha um papel fundamental na 
proteção dos dados e sistemas do Sinesp e de 
qualquer organização, garantindo a integridade, 
confidencialidade e disponibilidade das informações. 
O serviço de autenticação forte assegura que 
apenas usuários autorizados tenham acesso aos 
dados sensíveis da organização. Isso impede que 
informações pessoais e profissionais dos usuários, 
assim como àquelas fornecidas por sistemas como o 
Sinesp Infoseg caiam nas mãos erradas. 
Já o serviço de autorização controla o que os 
usuários podem fazer após a autenticação. Isso 
evita que indivíduos não autorizados executem 
ações indevidas nos sistemas ou aplicativos 
integrados. 
Juntos os dois serviços dificultam o sucesso de 
ataques cibernéticos, como invasões por força bruta 
e tentativas de phishing, garantindo resiliência para 
os sistemas, mitigando riscos internos e externos, 
garantindo que os servidores acessem apenas os 
recursos necessários para as suas funções, evitando 
congestionamentos da infraestrutura e mantendo a 
disponibilidade de sistemas críticos, sendo, portanto, 
a primeira linha de defesa na segurança da 
informação do Sinesp, garantindo a conformidade 
com regulamentações de segurança de dados do 
Governo Federal. 
Além de prover serviços como assinatura eletrônica 
e autenticação documental para todas as aplicações 
de segurança pública que forem integradas, o 
Sinesp Segurança possibilita realizar a integração de 
qualquer sistema dos órgãos de segurança pública 
permitindo o Single Sign-On (SSO), simplificando o 
gerenciamento de autenticação e melhorando a 
experiência dos usuários. O SSO é uma 
funcionalidade que permite que os usuários 
acessem múltiplos sistemas ou aplicativos com 
apenas uma única autenticação, simplificando a 
gestão de identidades, economizando tempo e 
esforço que seriam gastos em logins repetidos, e 
proporcionando benefícios significativos em termos 
de segurança, produtividade e eficiência para as 
organizações. 
Por se tratar de uma aplicação que dispõe de uma base de dados biográficas e 
biométricas dos servidores das diversas instituições do Sistema Único de Segurança 
Pública, essa ferramenta pode ser utilizada em apoio no fornecimento e gerenciamento 
dessas informações para vários projetos e programas da Política de Segurança Pública 
como o Sistema de Gestão de Identidades Funcionais e o Programa Nacional de 
Segurança Pública com Cidadania – Pronasci. 
 
 
1.8.1 Funcionalidades Chave do Sinesp Segurança 
 
 
Autenticação e Autorização: 
O Sinesp Segurança oferece mecanismos seguros 
para autenticação de usuários, garantindo que 
apenas pessoas autorizadas tenham acesso às 
informações sensíveis. Isso é essencial para 
proteger dados críticos e garantir a integridade das 
operações realizadas nos sistemas de segurança 
pública providos pelo Sinesp. 
 
Gestão de Usuários, Perfis e Papeis: 
A plataforma permite a administração eficiente de 
usuários, perfis e papéis, garantindo que cada 
membro da equipe de segurança tenha o nível 
apropriado de acesso e responsabilidades. 
 
 
Máquinas e Estruturas Organizacionais: 
O Sinesp Segurança gerencia não apenas os usuários humanos, 
mas também máquinas e estruturas organizacionais 
(organograma das instituições), facilitando a coordenação de 
recursos e informações em grande escala. 
 
 
Assinatura Eletrônica e Autenticação Documental: 
A capacidade de assinatura eletrônica e 
autenticação de documentos é crucial para garantir a 
validade e autenticidade de registros e documentos 
utilizados nos sistemas do Sinesp ou integrados. 
 
 
Acesso a Aplicações da Plataforma Sinesp: 
O sistema oferece acesso a uma variedade de 
aplicações e serviços que apoiam as atividades de 
segurança pública, tornando-o uma ferramenta 
central para os profissionais dessa área. 
 
Integração de Sistemas: 
O Sinesp Segurança é projetado para se integrar 
perfeitamente com sistemas de órgãos de segurança 
pública em diferentes níveis administrativos, 
promovendo uma comunicação eficaz e 
compartilhamento de informações críticas. 
Single Sign-On (SSO): 
Trata-se de uma tecnologia que permite aos 
usuários fazerem login uma única vez em um 
sistema central, a partir desse ponto acessar 
diversos outros sistemas e aplicativos sem a 
necessidade de autenticação repetida. 
 
Painel de acompanhamento: 
O Sinesp Segurança disponibiliza aos gestores painéis com 
informações sobre as atividades dos sistemas integrados, 
possibilitando uma gestão eficiente dos usuários e recursos dos 
sistemas. 
 
 
1.9 SINESP CAD (CENTRAL DE 
ATENDIMENTO E DESPACHO) 
O Sinesp CAD – Central de Atendimento e 
Despacho – é uma das soluções do Sinesp, 
gerenciada pela Diretoria de Gestão e Integração 
das Informações (DGI) da Secretaria Nacional de 
Segurança Pública (Senasp). 
A solução dá suporte aos serviços públicos 
emergenciais, permitindo a integração do 
atendimento de instituições de segurança pública 
(Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros 
Militar, Polícia Rodoviária Federal, Guardas 
Municipais etc.), otimizando a gestão de recursos e 
diminuindo o tempo resposta, além da melhoria no 
planejamento operacional. 
O sistema fornece aos profissionais de segurança 
pública uma solução de tecnologia da informação 
que permite o atendimento às ocorrências 
solicitadas a partir de números tri dígitos 
emergenciais (190, 191, 192, etc) ou de outros 
canais de acionamento de atendimento ao cidadão, 
abarcando os processos de atendimento, despacho 
e fechamento dos atendimentos, além da integração 
entre as agências de segurança pública em âmbito 
nacional, estadual e municipal, promovendo uma 
gestão mais eficaz dos recursos humanos e 
operacionais disponíveis. 
Figura 24: Sinesp 
CAD
Fonte: DGI/Senasp. 
 
 
1.9.1 Funcionalidades Chave do Sinesp Segurança 
Otimizar sistematicamente, por meios eletrônicos, todos os passos do fluxo de 
atendimento emergencial, desde o chamado do solicitante até o atendimento 
da demanda em campo, buscando a redução do tempo de resposta; 
Integrar os serviços de notificação de uma demanda 
emergencial de segurança pública, seja através dos 
tri dígitos nas centrais telefônicas (190, 191, 193, 
181, etc.), ou por meio de aplicativo mobile voltado 
ao cidadão com esta finalidade, ou ainda através de 
dispositivos automatizados de notificação, como 
centrais de alarme de incêndio, câmeras de 
reconhecimento de placa veicular e facial, sistemas 
de alerta de redes sociais e montadoras de 
automóveis etc; 
Padronizar o atendimento ao cidadão nas Centrais 
de Atendimento e Despacho, definindo através de 
protocolos os critérios de prioridade e de agências a 
serem envolvidas conforme árvore de perguntas e 
respostas para cada tipo de natureza; 
 
Gerenciar, em nível local regional e nacional, a força de trabalho 
da segurança pública, permitindo o empenho dos recursos mais 
eficazes para cada demanda solicitada; 
 
Integrar, por meio eletrônico, órgãos e agências envolvidos nas 
emergências de segurança pública, mesmo que não estejam 
vinculadas à mesma Central de Atendimento e Despacho, 
permitindo o compartilhamento de informações e solicitações de 
apoio via sistema; 
 
Simplificar, padronizar e desburocratizar o atendimento de 
ocorrências policiais, descentralizando, sempre que possível, o 
atendimento de forma a torná-lo menos formal, mais célere,econômico e eficiente, priorizando a resolução no local do fato; 
 
Registrar o atendimento através de banco de dados unificado e 
integrado, permitindo o envio de documentos e métodos para os 
órgãos envolvidos no fluxo da persecução penal de maneira 
interoperável; 
 
Disponibilizar dados mensuráveis para aferir a qualidade de cada 
etapa do fluxo do atendimento emergencial, desde o chamado 
pelo solicitante, passando pelo registro único da ocorrência e 
consultando de forma interoperável os procedimentos 
decorrentes da intervenção do estado na emergência; 
 
Propor emprego de recursos eficiente para 
prevenção criminal, através de planejamento 
operacional baseado em análise preditiva 
automatizada. 
 
1.10 SINESP PPE (PROCEDIMENTOS 
POLICIAIS ELETRÔNICOS) 
O ordenamento jurídico brasileiro fundamenta os 
procedimentos policiais na legislação vigente, 
notadamente no Código de Processo Penal (CPP), 
que estabelece as diretrizes para a atuação da 
polícia na investigação e esclarecimento de crimes. 
O Artigo 6º do CPP atribui à autoridade policial o 
dever de apurar a materialidade e autoria das 
infrações penais. 
No contexto da confecção de boletins de ocorrência, 
instrumento essencial para comunicar à autoridade 
policial a ocorrência de fatos relevantes, o CPP 
prevê a competência da polícia judiciária para sua 
elaboração, conforme expresso no Artigo 167. Esses 
boletins são cruciais não apenas para iniciar a ação 
penal pública, mas também para documentar 
diversas situações como crimes, acidentes e perdas 
de documentos. 
Figura 25: Sinesp 
PPE
Fonte: DGI/Senasp. 
 
 
O Sinesp PPE é uma das soluções de entrada e 
produção de dados (registro de ocorrências e 
demais procedimentos eletrônicos) para o Sistema 
Nacional de Informações de Segurança Pública – 
Sinesp, seu desenvolvimento, manutenção e 
evoluções são totalmente custeados pelo Ministério 
da Justiça e Segurança Pública e desenvolvidos 
pela empresa Serviço Federal de Processamento de 
Dados - SERPRO. 
Essa solução tecnológica desempenha um papel 
fundamental ao criar boletins de ocorrência e 
procedimentos eletrônicos de maneira simples e 
intuitiva. O Sinesp PPE utiliza recursos digitais para 
agilizar e facilitar a elaboração de boletins e 
procedimentos, proporcionando maior celeridade no 
registro de ocorrências seja pela sua interface 
amigável ao usuário quanto pela sua integração com 
diversas bases de dados. 
Ao integrar o Sinesp PPE aos processos eletrônicos 
de sua instituição, os usuários poderão se beneficiar 
de uma plataforma moderna que não apenas otimiza 
o tempo dedicado à elaboração de boletins de 
ocorrência, mas também contribui para a eficácia 
das investigações ao consolidar dados de maneira 
organizada e acessível. 
Além do registro de boletins o sistema abrange uma 
vasta gama de procedimentos eletrônicos tais como: 
Termos Circunstanciados de Ocorrência, Boletins de 
Ocorrência Circunstanciados, Inquéritos Policiais, 
Autos de Prisão em Flagrante, Auto de Investigação 
Administrativa Interna e Auto de Apreensão em 
Flagrante de Adolescente Infrator. 
A utilização das soluções Sinesp pelas forças da 
polícia civil, polícia militar, corpo de bombeiros 
militar, guarda municipais e demais integrantes do 
Sistema Único de Segurança Pública – Susp, em 
especial do Sinesp PPE possibilita a padronização 
de uma metodologia de registro a nível nacional, por 
meio de parametrizações de tabelas corporativas, 
tabelas de naturezas de fatos típicos e atípicos 
permitindo a obtenção de um dado de altíssima 
qualidade. 
A diversidade e ampla gama de cobertura de 
atuação das forças de segurança evidenciam o 
impacto positivo do Sinesp PPE na coleta, 
tratamento e integração de dados nacionais para o 
aprimoramento das políticas de prevenção da 
violência e combate à criminalidade, proporcionando 
uma abordagem mais eficaz no enfrentamento dos 
desafios relacionados à segurança pública. 
1.11 SINESP DEVIR (DELEGACIA VIRTUAL) 
O Código de Processo Penal (CPP) estabelece as 
diretrizes para a atuação da polícia na investigação 
e esclarecimento de crimes. O Artigo 6º do CPP 
atribui à autoridade policial o dever de apurar a 
materialidade e autoria das infrações penais, sendo 
o boletim de ocorrência o instrumento adequado 
para comunicação de infrações penais à autoridade 
policial. 
Figura 26: Sinesp 
DEVIR
Fonte: DGI/Sinesp 
 
 
A Delegacia Virtual - DEVIR do Ministério da Justiça 
e Segurança Pública, é uma das soluções SINESP 
que foi desenvolvida com o objetivo de facilitar a 
comunicação entre o cidadão e a autoridade policial, 
permitindo a confecção de boletins de ocorrência por 
meio da internet. 
Figura 27: tela inicial da Delegacia 
Virtual.
Fonte: DGI/Sinesp. 
 
 
Os boletins de ocorrência são registros que não só 
desempenham um papel fundamental no início da 
ação penal, mas também na documentação de uma 
variedade de situações, incluindo crimes, acidentes 
e extravios de documentos. 
Com um layout simples, moderno, intuitivo e 
interface responsiva, permite que qualquer cidadão, 
registre a comunicação de um crime ou fato que 
necessite atendimento policial, bastando o acesso à 
rede mundial de computadores, seja através de um 
computador ou mesmo por dispositivo móvel 
(smartphones, tablets etc.). 
A Delegacia Virtual - DEVIR é nativamente integrada 
com as soluções Sinesp, em especial ao sistema 
Procedimentos Policiais Eletrônicos - PPE, 
ferramenta de registro de Boletins de Ocorrência e 
Procedimentos Policiais, contudo, desde sua 
concepção inicial, pretendeu-se desenvolver uma 
solução que permitisse a sua integração com 
quaisquer sistemas de registro de boletim de 
ocorrência da Polícia Judiciária, de forma que sua 
utilização não esteja restrita apenas ao uso do 
Sinesp PPE. 
Figura 28: tela de comunicação de ocorrência na 
DEVIR.
Fonte: DGI/Sinesp. 
 
 
O sistema encontra-se em condições para utilização imediata nos estados que aderiram 
ao uso do Sinesp PPE, bem como aos demais entes federados que utilizam sistema 
próprio para registro de boletim de ocorrência e/ou procedimentos eletrônicos, neste 
último caso, sendo necessário a execução de ações voltadas para integração entre estes 
sistemas e a Delegacia Virtual - DEVIR. 
 
 
O sistema é composto por dois módulos, sendo o 
primeiro o próprio Portal de acesso público através 
da url: https://delegaciavirtual.sinesp.gov.br/portal/, 
onde serão registradas as comunicações de fato e, o 
https://delegaciavirtual.sinesp.gov.br/portal/
segundo, módulo de validação, responsável pela 
recepção das comunicações geradas a partir do 
Portal, com acesso restrito a servidores previamente 
cadastrados e habilitados para função de avaliação 
das comunicações. 
Além de estar plenamente em acordo com a 
legislação em vigor, oferece uma estratégia mais 
efetiva na abordagem dos obstáculos ligados à 
segurança pública. Seu desenvolvimento, 
manutenção e evoluções são totalmente custeados 
pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública e 
desenvolvidos pela empresa Serviço Federal de 
Processamento de Dados – SERPRO. 
1.12 SINESP INFOSEG 
O Sinesp Infoseg é uma plataforma que integra 
diversas bases de dados relacionadas à segurança 
pública no Brasil. Esse sistema permite o acesso a 
informações relevantes para profissionais da área de 
segurança, justiça, fiscalização e órgãos de controle. 
Figura 29: Sinesp 
Infoseg
Fonte: DGI/Sinesp. 
 
 
O Infoseg do MJSP disponibiliza dados em 
diferentes categorias, incluindo: 
 Pessoas: Fornece informações sobre pessoas, 
como Interpol, índice Nacional, Receita Federal 
CPF e CNPJ, condutores registrados no BNMP 
(Cadastro Nacional de Monitoramento de 
Prisões), SUS (Sistema Único de Saúde), MTE 
(Ministério do Trabalho e Emprego), e SISME 
(Sistema de Informações do Mercosul). 
 Veículos: Oferece informações sobre veículos 
como SINIVEM (Sistema Nacional de 
Informações de Veículos), SISME (Sistema de 
Informações do Mercosul)e outros dados 
relacionados a veículos. 
 Armas: busca no Sinarm. 
O Infoseg é uma ferramenta importante para auxiliar 
as atividades de polícia ostensiva, preservação da 
ordem pública e investigação criminal, permitindo o 
acesso a informações cruciais para as autoridades 
de segurança pública. 
É importante observar que o acesso ao Infoseg é 
restrito aos profissionais de segurança pública e 
demais órgãos autorizados, visando garantir a 
confidencialidade e a segurança das informações 
disponíveis no sistema. 
O Sinesp INFOSEG ou Sistema Nacional de 
Informações de Segurança Pública, Prisionais e 
sobre Drogas, desempenha um papel crucial no 
cenário da segurança pública brasileira. Essa 
plataforma, mantida pelo Ministério da Justiça e 
Segurança Pública, representa um avanço 
significativo na gestão de informações relacionadas 
à segurança, sistema prisional e controle de drogas 
no país. Aqui, vamos explorar mais profundamente 
como o Sinesp INFOSEG funciona e seu impacto na 
comunidade de segurança pública. 
1.12.1 Missão do Sinesp INFOSEG 
A missão do Sinesp INFOSEG vai além de ser 
apenas um banco de dados; ele atua como uma 
ponte vital entre diversas entidades, como polícias, 
instituições judiciárias, Ministério Público e outras. 
Sua missão central é integrar e disponibilizar 
informações relevantes para melhorar a gestão e a 
eficácia das atividades relacionadas à segurança e 
justiça no Brasil. Isso resulta em um 
compartilhamento de informações estratégicas que 
ajuda a fortalecer as operações de segurança 
pública em todo o país. 
 
Saiba mais 
 
Auxílio na Luta Contra o Crime: 
Uma das principais funções do Sinesp INFOSEG é auxiliar na investigação e combate 
ao crime. Com acesso a um amplo conjunto de informações, as autoridades podem 
traçar conexões entre suspeitos, veículos e armas, o que torna a resolução de casos mais 
eficaz. Além disso, o sistema contribui para a formulação de políticas públicas de 
segurança e fornece dados para a produção de estatísticas e análises sobre a 
criminalidade e a segurança pública no país. 
Um destaque notável é a integração de Boletins de Ocorrência (BOs) de todos os 
estados, o que amplia a capacidade das autoridades de acessar informações cruciais para 
suas investigações. 
 
 
1.12.2 Funcionalidades do Sinesp Infoseg 
O Sinesp Infoseg é uma plataforma ágil e eficaz que 
permite a busca de informações e análise de 
vínculos relacionados a indivíduos, veículos e 
armas. Sua interface moderna oferece acesso a 
painéis de gestão de órgãos e usuários bem como 
auditoria. Além disso, a geração de relatórios 
dinâmicos segue os padrões estabelecidos pela 
Doutrina Nacional de Inteligência de Segurança 
Pública (DNISP). As consultas podem ser realizadas 
com até dez parâmetros simultâneos, permitindo 
uma análise detalhada e rápida das informações. 
1.12.3 Acesso Restrito para a Segurança Pública 
É crucial destacar que as informações do Sinesp 
Infoseg são restritas a agentes de segurança pública 
e órgãos conveniados da União, estados e 
municípios. Isso garante que as informações 
sensíveis sejam usadas apenas para fins legais e 
atividades operacionais, investigativas e de 
produção de conhecimentos estratégicos. 
1.12.4 Impacto e Reconhecimento 
O impacto do Sinesp Infoseg foi reconhecido por sua 
premiação no Concurso Inovação no Setor Público, 
promovido pela Escola Nacional de Administração 
Pública (Enap). Isso demonstra a importância da 
ferramenta na modernização e melhoria dos serviços 
de segurança pública no Brasil. 
1.12.5 Resultados Concretos 
Desde sua ampla disponibilização, em abril de 2017, 
o Sinesp Infoseg alcançou resultados 
impressionantes, com mais de 160 mil usuários. Isso 
superou significativamente o desempenho da antiga 
ferramenta, a Rede Infoseg, evidenciando seu 
impacto positivo e eficácia na comunidade de 
segurança pública. 
Em resumo, o Infoseg e sua evolução para o Sinesp 
Infoseg representam avanços significativos na área 
de segurança pública no Brasil. Essas ferramentas 
modernas e eficientes têm se mostrado essenciais 
no combate ao crime, na investigação de casos e na 
formulação de políticas de segurança, contribuindo 
para tornar o país mais seguro e preparado para 
enfrentar os desafios do século XXI. 
Por fim, é importante saber que o Infoseg 
compartilha diversas de suas bases de busca com o 
Sistema Córtex do MJSP (essa ferramenta será 
tratada na AULA 3 desse módulo). 
1.13 SINESP AUDITORIA 
Um dos grandes problemas em segurança é 
identificar quem ou o que causou algo. Essa 
identificação é possível pela gravação e manutenção 
de uma trilha de ações realizadas no sistema, 
chamadas trilhas de auditoria. 
Auditoria em software significa um conjunto de 
funções de um sistema, pela gravação e 
manutenção de uma trilha de ações realizadas no 
sistema e, posteriormente, pela análise ou 
visualização desta, ou seja, o sistema mantém os 
registros de tudo o que foi feito nele de forma que, 
em caso de problema de segurança, alguém possa 
identificar o que causou. 
Portanto a auditoria é fundamental para o 
levantamento de rastros/vestígios e após análise 
tida, poderão tornar-se evidências importantes em 
apurações administrativas e à produção de provas. 
Um dos grandes desafios da Auditoria é o respeito a 
privacidade dos usuários, sem comprometer o uso 
adequado do sistema. A LGPD, em sua seção II, em 
seu Artigo 50, estabelece algumas boas práticas e 
governança sobre as normas de segurança, padrões 
técnicos, mecanismos internos de supervisão e 
mitigação de riscos e outros aspectos relacionados 
ao tratamento de dados pessoais. 
O Decreto nº 9.489, de 30 de agosto de 2018, em 
seu art.18 §4º diz que: 
O fornecimento de dados dos usuários, de acessos e consultas do Sistema 
Nacional de Informações de Segurança Pública, Prisionais, de Rastreabilidade 
de Armas e Munições, de Material Genético, de Digitais e de Drogas ficará 
condicionado à instauração e à instrução de processos administrativos ou 
judiciais, observados, nos casos concretos, os procedimentos de segurança da 
informação e de seus usuários. 
 
 
Posto isso, infere-se que o decreto protege os 
usuários dos Sistemas Sinesp, seus acessos e 
consultas. Concluindo que as auditorias nos 
sistemas que visa fornecer os dados dos usuários e 
os acessos, bem como as consultas nos sistemas, 
precederão de instauração ou a instrução de 
processos administrativos ou judiciais. 
Um dos princípios relacionados com a segurança da 
informação e comunicação previstos na Portaria 
MJSP nº 2, de 28 de janeiro de 2022, que Instituiu o 
Sistema de Governança do Ministério da Justiça e 
Segurança Pública, é a auditoria. Competindo sua 
execução, segundo a Resolução 
CONSINESP/MJSP Nº 1, DE 17 DE JUNHO DE 
2021, privativamente à Diretoria de Gestão e 
Integração da Informação, a manutenção dos 
registros e atividades junto ao Infoseg, promovendo 
as auditorias necessárias no referido sistema. 
Em razão disso, foi criada como uma das soluções 
de sistemas de informação desenvolvidos para o 
Sinesp, o Sinesp Auditoria, desenvolvido com o 
objetivo de fornecer insumos para subsidiar as 
auditorias dos projetos integrantes da solução 
Sinesp, não só do sistema Infoseg. Permitindo 
reportar os acessos a recursos e sua utilização pelos 
usuários das organizações. 
Portanto para se manter um sistema com nível alto 
de segurança, além do controle de acesso, é 
necessário também a Auditoria dos sistemas, com o 
intuito de identificar usuários mal-intencionados, 
considerando a privacidade do usuário, fornecendo 
às autoridades solicitantes de auditoria elementos 
para instruções processuais relacionados aos usos 
das Soluções Sinesp, quando solicitado respeitando 
os preceitos legais. 
1.14 SINESP INTEGRAÇÃO 
O Sinesp Integração é uma solução que tem o 
propósito de integrar informações provenientes de 
boletins de ocorrência de todo o país. Esta 
integração é obrigatória para todas as UFs e ocorre 
em no máximo1 hora após o fato. 
O boletim de ocorrência (BO) é um documento oficial 
elaborado pelas autoridades policiais para registrar 
informações sobre um incidente, crime ou evento 
que requer a intervenção ou o acompanhamento das 
forças de segurança. O BO é usado para 
documentar detalhes importantes, como a data, 
hora, local e natureza do incidente, além de 
informações sobre as partes envolvidas e 
testemunhas, quando aplicável. 
Figura 30: Sinesp 
Integração
Fonte: 
DGI/Sinesp 
 
 
A elaboração do boletim de ocorrência é uma etapa 
fundamental no processo de investigação policial e é 
usada para diversos fins, incluindo: 
Investigação: O BO serve como ponto de partida 
para as investigações policiais. Ele contém 
informações iniciais que podem ajudar os policiais a 
entenderem o que aconteceu e a coletar evidências 
relevantes. 
Registro legal: Um BO fornece uma base legal para 
o registro formal de um incidente ou crime. Isso pode 
ser importante em casos de litígio ou para fins de 
seguro. 
 
Estatísticas criminais: Os BOs são usados para criar 
estatísticas criminais que ajudam as autoridades a 
entenderem e analisar tendências criminais em uma 
determinada área. 
 
Solicitação de medidas legais: Em casos de crimes, como 
roubos, agressões ou vandalismo, as vítimas muitas vezes 
precisam de um BO para solicitar medidas legais, como ordens 
de restrição, indenizações ou prisões. 
 
Documentação: Um BO pode servir como documento de 
referência para as partes envolvidas, como vítimas, testemunhas 
e suspeitos, e pode ser usado em processos judiciais. 
 
Os estados da federação têm duas formas de 
enviarem os boletins de ocorrência. Podem enviar 
através do WebService do Sinesp Integração ou 
usar o sistema Sinesp PPE. Os boletins gerados 
pelo Sinesp PPE (Procedimentos Policiais 
Eletrônicos) são integrados automaticamente ao 
Sinesp Integração. 
O Sinesp Integração desempenha um papel central 
na consolidação dos boletins de ocorrência de todo 
o país. Além disso, ele disponibiliza uma tabela 
corporativa que desempenha um papel crucial na 
padronização do preenchimento desses boletins, o 
que, por sua vez, simplifica a inclusão das seguintes 
categorias de informações: 
 Lista de Municípios 
 Lista de Unidades da Federação 
 Lista de Países 
 Lista de Profissões 
 Lista de Tipos de Documento 
 Lista de Tipos de Local 
 Lista de Subgrupos de Local 
 Lista de Calibres de Armas 
 Lista de Marcas de Armas 
 Lista de Modelos de Armas 
 Lista de Espécies de Armas 
 Lista de Armas 
 Lista de Tipos de Objeto 
 Lista de Grupos de Objeto 
 Lista de Subgrupos de Objeto 
 Lista de Subgrupos de Unidade 
 Lista de Meios Empregados 
 Lista de Naturezas da Ocorrência 
 
 
 
Saiba mais 
 
A Portaria Nº 845, de 19 de novembro de 2019, estabelece os critérios para adesão e 
classificação de adimplência dos estados e do Distrito Federal. Conforme o Artigo 3º, 
Parágrafo 2º, apenas os participantes que mantiverem a consistência no envio de dados e 
informações para o (Sinesp) serão considerados aderentes efetivos ao Sinesp Integração 
e/ou ao Sinesp PPE. 
 
 
O integrante aderente que deixar de fornecer ou 
atualizar seus dados e informações no Sinesp não 
poderá receber recursos, nem celebrar parcerias 
com a União para financiamento de programas, 
projetos ou ações de segurança pública e defesa 
social e do sistema prisional. 
A integração de informações de boletins de 
ocorrência é uma ferramenta poderosa para as 
autoridades de segurança pública. Primeiramente, 
possibilita a identificação de padrões de 
criminalidade em nível nacional, revelando áreas 
com maiores índices de crimes, tipos de delitos mais 
comuns e características dos criminosos. Essa 
análise profunda das estatísticas é essencial para 
orientar as estratégias de policiamento e prevenção, 
permitindo uma alocação mais eficiente dos recursos 
e a implementação de ações direcionadas. 
Outro benefício crucial é a capacidade de prevenir crimes. O uso da análise de dados 
integrados possibilita a identificação de fatores de risco associados à criminalidade. 
Essas informações são cruciais para o desenvolvimento de políticas públicas de 
prevenção, como programas educacionais e de assistência social, que visam abordar as 
raízes da criminalidade e criar ambientes mais seguros para a comunidade. 
 
 
1.15 SINESP DW ANÁLISE 
Trata-se de uma solução do tipo Business 
Intelligence (BI), isto é, consiste em um ambiente 
que permite a visualização e a extração de dados 
dos boletins de ocorrência integrados. 
O Sinesp DW utiliza a plataforma MicroStrategy, a 
qual oferece recursos interativos para a criação de 
dashboards personalizados para visualização de 
dados e a transmissão de informações complexas 
por meio de suas ferramentas de apresentação. 
O Sinesp DW tem com fonte de dados o Sinesp 
Integração que integra de forma eletrônica os 
Boletins de Ocorrência (BOs) de todas as Unidades 
Federativas, tanto aqueles registrados no Sinesp 
PPE (solução do pacote Sinesp para registro de 
procedimentos policiais eletrônicos), quanto aqueles 
registrados em sistemas próprios dos órgãos de 
segurança. Após passarem por um processo de ETL 
(Transformação e Estruturação de Dados) esses 
boletins são armazenados na Base de Dados do 
Serviço Federal de Processamento de Dados – 
SERPRO, passando a estar disponíveis para 
consulta. 
Além disso, o Sinesp DW é disponibilizado de forma 
online, sem necessidade de instalação de software. 
A solução recebe nova carga de dados diariamente, 
sempre refletindo as informações até o dia anterior 
(D-1) e é disponibilizada para os usuários de 
https://www.cnnbrasil.com.br/tecnologia/business-intelligence/
https://www.cnnbrasil.com.br/tecnologia/business-intelligence/
segunda a sexta, das 07h às 22h. Em 
funcionamento, comporta até 100 usuários 
conectados simultaneamente. 
Para acesso à ferramenta, um perfil de acesso deve 
ser atribuído ao usuário com base em três 
características: 
 Utilização do Sistema: 
Básico (apenas visualização de dados e dashboards) 
Avançado (consulta, edição e criação de dashboards). 
Perfil geografico 
Federal (acesso a consulta de dados em nível 
nacional) 
Estadual (acesso a consulta de dados em nível 
estadual). 
Dados sensiveis 
Estatística (acesso anonimizados) 
Inteligência (acesso a dados sensíveis e suscetíveis 
a identificação). 
 
Atualmente, o Sinesp análise possui um total de 171 
usuários cadastrados, representando a abrangência 
de todas as Unidades Federativas do país. A 
inclusão de novos usuários está condicionada a 
solicitação de um gestor estadual. 
Principais Características: 
 
https://eadsegen.mj.gov.br/pluginfile.php/2161557/mod_resource/content/173/modulo5/index.html#home
 Ferramenta web. 
 Base de dados originária do Sinesp Integração, podendo consumir 
população pelo 
 IBGE e veículos pelo DETRAN. 
 Aceita 12GB de utilização de dados externos. 
 Atualização diária com informações do dia anterior (D-1); 
 Disponibilidade de acesso por 15h nos 5 dias uteis, das 07h às 22h; 
 Estimativa de transações com o banco de dados 240 consultas/hora; 
 Aceita 100 usuários no sistema logados simultaneamente; 
 Tem-se 556 atributos e 65 métricas para análise; 
 Público-Alvo: o acesso à ferramenta é de uso exclusivo para profissionais 
do Sistema Único de Segurança Pública (Susp). 
 
 
Assim, o Sinesp Análise se consolida como a 
solução responsável por fornecer aos gestores e 
demais interessados os meios apropriados para a 
construção de estudos e estatísticas nacionais de 
segurança pública, além de apoiar os processos de 
investigação e inteligência. 
1.16 SINESP AGENTE DE CAMPO 
Figura 31: Sinesp Agente de 
Campo
Fonte: DGI/Sinesp. 
 
 
Aplicativo gratuito, disponível para dispositivos 
móveis com sistema operacional Android ou iOS, 
destinado para os integrantes dos órgãos da 
segurança pública (Polícias Militar e Civil, Corpo de 
Bombeiros Militares,Guarda Municipal, Defesa Civil, 
entre outros). Nele, os profissionais podem acessar 
informações em tempo real, ganhando mais 
agilidade e rapidez no atendimento à população, na 
oferta de serviços públicos efetivos de segurança e 
na elucidação de crimes. 
Figura 32: Telas demonstrativas do Sinesp Agente 
de 
Campo.
Fonte: DGI/Sinesp. 
 
 
1.17 SINESP CIDADÃO 
O Sinesp Cidadão é um aplicativo móvel do Sistema 
Nacional de Informações de Segurança Pública 
(Sinesp) que oferece ao cidadão brasileiro acesso 
direto a serviços do Ministério da Justiça e 
Segurança Pública relativos à segurança pública. 
Figura 33: Sinesp 
Cidadão.
Fonte: 
DGI/Sinesp. 
 
 
O aplicativo está disponível para os sistemas 
operacionais Android, através da loja de aplicativos 
Google Play, e para iOS na Apple App Store. Após a 
instalação do aplicativo Sinesp Cidadão, o usuário 
tem acesso a diversos módulos, que consultam 
diferentes bases de dados relacionadas à 
Segurança Pública. Confira abaixo os módulos do 
aplicativo: 
 
 Veículos: 
https://eadsegen.mj.gov.br/pluginfile.php/2161557/mod_resource/content/173/modulo5/index.html#home1
 O módulo de veículos permite ao cidadão 
realizar consultas de placas veiculares e 
verificar dados básicos como marca e modelo 
dos veículos, parte do número do chassi e se o 
veículo possui ou não restrições. Os dados 
provêm da base de dados de veículos do 
Senatran, combinados com informações de 
outros sistemas como o Sinesp CAD. É possível 
consultar placas de quaisquer veículos para 
verificar restrições de furto e roubo. Para 
veículos de propriedade do cidadão é possível 
consultar todos os detalhes do cadastro junto à 
Senatran. 
É importante ressaltar que o próprio cidadão 
pode registrar uma restrição a veículos. Ao 
vincular a um veículo do qual é proprietário, o 
cidadão pode reportar ocorrências de roubo e 
furto. A restrição permanece por um período de 
72 horas e pode perdurar por mais tempo caso 
o proprietário registre um Boletim de Ocorrência 
informando o fato à autoridade policial). 
 
 Mandados de Prisão: 
 Este módulo permite consultar mandados de 
prisão que ainda não foram cumpridos, com o 
intuito de comunicar à polícia. As informações 
são consultadas diretamente no Banco Nacional 
de Mandados de Prisão do Conselho Nacional 
de Justiça – BNMP/CNJ. 
 Mais Procurados: 
https://eadsegen.mj.gov.br/pluginfile.php/2161557/mod_resource/content/173/modulo5/index.html#menu11
https://eadsegen.mj.gov.br/pluginfile.php/2161557/mod_resource/content/173/modulo5/index.html#menu12
 Aqui, é exibida a lista dos mais procurados 
nacionais, que inclui líderes criminosos com 
atuação nacional e, eventualmente, 
internacional. As informações são inseridas e 
atualizadas por meio do Sistema de Gestão de 
Procurados, gerido pela Senasp. 
 
 Desaparecidos: 
 O módulo de desaparecidos permite ao cidadão 
pesquisar pessoas que foram registradas como 
desaparecidas. As informações vêm de registros 
de ocorrências de desaparecimentos feitos 
pelas Polícias Civis dos Estados e enviados ao 
Sinesp Integração. 
O processo de coleta de informações de 
desaparecidos segue o fluxo abaixo: 
1. Registro da Ocorrência: O indivíduo vai à 
delegacia comunicar o desaparecimento de uma 
pessoa, onde é registrado um boletim de 
ocorrência em que a pessoa desaparecida 
figura como vítima de uma das naturezas de 
desaparecimentos do SINESP; 
2. Integração do BO: O BO é enviado de forma 
automática para o Sinesp Integração BO, 
ficando disponível para ser consumido através 
de um banco de dados virtual (VDB); 
3. Cadastro/Atualização de Desaparecido: A 
cada hora um script busca boletins de pessoas 
desaparecidos e localizados, selecionando 
dados de cada registro e atualizando o banco 
de dados de desaparecidos hospedado no 
Ministério da Justiça; 
4. Disponibilização para Consulta: Os dados do 
https://eadsegen.mj.gov.br/pluginfile.php/2161557/mod_resource/content/173/modulo5/index.html#menu13
desaparecido ficam disponíveis no módulo 
desaparecidos do Sinesp Cidadão; caso exista 
um BO de localizado da pessoa considerada 
desaparecida o registro deixa de ser exibido no 
Sinesp Cidadão; 
5. Vinculação e Atualização de Desaparecido: 
Por meio do aplicativo Sinesp Cidadão, o 
cidadão pode vincular um desaparecido a sua 
pessoa e inserir novas informações sobre o 
desaparecido, seja imagens ou o informe de 
localização; 
6. Emergência: um novo módulo de Emergência 
será adicionado ao aplicativo Sinesp Cidadão. 
Este módulo permitirá ao cidadão se comunicar 
diretamente com as centrais de atendimento, 
permitindo novos meios de interação como a 
capacidade de enviar mensagens de texto, 
áudio e imagens. 
1.18 SINESP JC/VDE 
A Senasp já vinha empregando esforços na coleta 
de dados e informações de interesse da segurança 
pública desde o ano de 2001, visando a 
implementação de ações e políticas públicas mais 
qualificadas. 
A coleta informatizada de dados teve origem na 
implantação do Sistema Nacional de Estatística de 
Segurança Pública e Justiça Criminal - SinespJC, 
em 2004 (substituído em 2023 pelo Sinesp VDE). A 
solução reunia dados AGREGADOS oriundos das 
Unidades da Federação, permitindo a elaboração de 
relatórios e indicadores estatísticos. Seu conteúdo 
era gerado a partir dos boletins de ocorrência 
registrados pelas Polícias Civis dos Estados e 
Distrito Federal, reunindo assim, informações sobre 
o número de ocorrências, natureza do fato 
registrado, perfil da vítima, perfil do autor, meios 
empregados, dentre outras. 
A partir de 2012, com a instituição do Sistema 
Nacional de Informações de Segurança Pública, 
Prisionais e sobre Drogas - SINESP, por meio da Lei 
n º 12.681/12, iniciaram-se os projetos para a coleta 
automatizada de dados e a integração dos sistemas 
estaduais de registro de ocorrências policiais. Em 
dezembro de 2014, após a conclusão da primeira 
etapa de planejamento e desenvolvimento da 
plataforma Sinesp, foi implementado o Boletim 
Nacional de Ocorrências Policiais - Sinesp PPE 
(Procedimentos Policiais Eletrônicos) no estado de 
Roraima, dando início à coleta de dados de registros 
de ocorrência em tempo real. Posteriormente, a 
solução foi implantada em outras Unidades da 
Federação. 
Neste cenário, em 2015, foi desenvolvido e 
disponibilizado às UFs o Sinesp Integração (ver 
tópico específico sobre isso), solução destinada à 
consolidação de dados e informações de múltiplas 
fontes em uma única Base Nacional, permitindo, 
dentre outras atividades, a análise de microdados e 
a produção de estatísticas e relatórios mais 
qualificados. 
1.18.1 Sinesp VDE 
Em maio de 2023 o MJSP lançou oficialmente o 
novo Sistema Nacional de Informações de 
Segurança Pública Validador de Dados Estatísticos 
(Sinesp VDE), plataforma usada pelos agentes de 
segurança pública dos estados para reportar crimes 
e outras ocorrências. 
Esta versão substituiu o antigo Sinesp JC e amplia o 
painel de indicadores de segurança pública dos nove 
atuais para 28 dados e mudando a frequência, 
passando de 90 para 30 dias de atraso. 
Outra importante mudança é que o novo sistema 
apresentará os indicadores a partir do número de 
vítimas e não apenas de ocorrência, o que possibilita 
dados mais minuciosos, como gênero, raça e idade. 
Consiste numa das soluções da Plataforma Sinesp 
desenvolvida para inserção, consolidação, consulta 
e homologação dos Dados Nacionais de Segurança 
Pública. Essa ferramenta é composta por 28 
indicadores, conforme estabelecido pela Resolução 
CONSINESP Nº 06 de 08 de novembro de 2021, 
que abrangem diversas informações relevantes para 
a segurança pública, tais como: homicídio doloso, 
roubo seguido de morte (latrocínio), lesão corporal 
seguida de morte, tentativa de homicídio, 
feminicídio, morte de agente do estado, morte a 
esclarecer, morte no trânsito ou decorrente dele, 
morte por intervenção de agente do Estado, suicídio, 
suicídio de agente do Estado, estupro, roubo e furto 
de veículos,roubo a instituição financeira, roubo de 
carga, tráfico de drogas, apreensão de cocaína, 
maconha e armas de fogo, pessoas desaparecidas e 
localizadas, mandados de prisão cumpridos, 
atendimento pré-hospitalar, busca e salvamento, 
combate a incêndios, emissão de alvarás de licença 
e realização de vistorias. 
O sistema permite que o Ministério da Justiça e 
Segurança Pública (MJSP) tenha dados nacionais 
oficiais validados até o décimo quinto dia do mês 
subsequente, possibilitando sua divulgação no prazo 
máximo de 30 (trinta) dias, otimizando os subsídios 
para as tomadas de decisões e implementação de 
políticas públicas, assim como para a produção e 
para a publicação de estatísticas criminais em 
âmbito nacional 
Os gestores de estatística são os responsáveis por 
classificar os usuários do Sinesp VDE em diferentes 
perfis, de acordo com as permissões de acesso 
necessárias para desempenhar suas atividades no 
sistema. Conforme os seguintes perfis: 
 
Visualizador: 
perfil com acesso restrito às informações, limitado a consultas 
nas bases de dados. 
 
Cadastrador: 
recebe permissões específicas, este usuário pode inserir dados 
no sistema, consolidar informações já existentes e realizar 
consultas abrangentes sobre todos os dados disponíveis.  
 
Homologador: 
sua função primordial envolve a minuciosa 
conferência e homologação dos dados. Além disso, 
possui a prerrogativa de inserir e consolidar novas 
informações, bem como realizar consultas no 
sistema. Por fim, é responsável pela gestão do 
acesso dos usuários locais, garantindo a integridade 
e a confiabilidade do banco de dados. 
 
Os 28 Dados Nacionais de Segurança Pública estão 
organizados em nove formulários, distribuídos 
conforme sua categorização. A classificação dos 
formulários é a seguinte: 
 
Os dados nacionais de Segurança Pública serão 
acessíveis ao público por meio do portal oficial do 
Ministério da Justiça e Segurança Pública, sendo 
regularmente atualizados em intervalos mensais. 
Essa prática assegura a transparência e a 
oportunidade de acesso constante a informações 
cruciais, fortalecendo a comunicação eficaz entre as 
autoridades e a sociedade. 
Atualmente, o Sinesp VDE conta com um total de 
169 usuários registrados, representando a 
abrangência de todas as Unidades Federativas do 
país. 
1.19 SINESP GEOINTELIGÊNCIA 
O Sinesp Geointeligência é uma ferramenta web, 
concebida pela Senasp em parceria com a 
Universidade Federal do Ceará, para a visualização 
de eventos e “manchas criminais” destinada aos 
órgãos integrantes do SUSP aderentes ao Sinesp. 
Figura 35: tela demonstrativa do Sinesp 
Geointeligência
Fonte: 
DGI/Sinesp. 
É uma ferramenta para análise de eventos espaço-
temporais relacionados com ações delituosas. 
Permite a criação de manchas criminais dinâmicas 
geoespaciais e rotas que podem ser utilizadas para 
inúmeras finalidades, por exemplo, o policiamento 
ostensivo e comunitário. Esse sistema de 
geolocalização indica quando e onde aconteceu um 
crime, através de representações gráficas. 
A principal fonte de dados da ferramenta é o Sinesp 
Integração, solução que integra bases de dados de 
boletins de ocorrência de todo o país, tenham sido 
eles produzidos por outra solução do pacote Sinesp, 
ou outro sistema legado das Unidades Federativas, 
desde que válidos. Além disso, a solução permite o 
carregamento de dados externos do tipo ponto e/ou 
polígonos (como por exemplo limites de municípios e 
áreas de policiamento ou pontos de interesse, como 
unidades policiais, agências bancárias etc.). 
As principais funcionalidades do Sinesp 
Geointeligência envolvem a criação de cenários e a 
utilização de modelos de análise espaço-temporais 
pré-definidos, a nível municipal, entre as quais 
destaca-se: 
I 
II 
III 
IV 
V 
Plotagem de pontos (eventos criminais georreferenciados);

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