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2
UNIP
Projeto Integrado Multidisciplinar
Cursos Superiores de Tecnologia
CONSULTORIA SOBRE O SISTEMA CADÚNICO COM ÊNFASE NA PROTEÇÃO DE DADOS
UNIP EaD
2020
UNIP
Projeto Integrado Multidisciplinar
Cursos Superiores de Tecnologia
CONSULTORIA SOBRE O SISTEMA CADÚNICO COM ÊNFASE NA PROTEÇÃO DE DADOS
Matheus Beda de Ornelas Pereira 0559238
Efrain de Oliveira Santos 0553255
Lazaro Kauê Navarro Gonzaga Nascimento 2079690
Renzo Franco Barros 2094405
Erick Muniz Vieira de Melo 0572924
Segurança da Informação
1º Semestre
UNIP EaD
2020
RESUMO
Será analisada a estrutura do sistema de cadastro único do governo federal o CADÚNICO, como também as leis que regem a proteção de dados no brasil, visando a segurança das informações cadastradas. Portanto baseando-se nessa prerrogativa, iremos observar a proteção das informações sobre uma perspectiva ética e do cumprimento das leis, onde os usuários do sistema tanto os colaboradores do governo quando os próprios cidadãos precisão se adequar e atender. Pois o sistema obtém inúmeras informações que identificam, caracterizam e filtram o cidadão tais como nome completo, data de nascimento, endereço, estado civil e renda per capta familiar, com essas informações pode se identificar um cidadão e segmentar um melhor programa ou qual ele pode se adequar como por exemplo o bolsa família, minha casa minha vida, tarifa social de energia elétrica entre outros programas sociais disponibilizados de forma gratuita pelo governo. A ética e as leis de proteção de dados estão diretamente vinculadas aos programas do CADÚNICO e iremos apresentar uma conduta moral para o bom uso do sistema e prevenção de vazamento de dados e reduzir as fraudes.
Palavras-chave: CadÚnico, Ética, Código de conduta, Sistema de informação, Programas Sociais.
ABSTRACT
The structure of the federal government's unique registration system, CADÚNICO, will be analyzed, as well as the laws governing data protection in Brazil, aiming at the security of the registered information. Therefore, based on this prerogative, we will observe the protection of information from an ethical and law-abiding perspective, where the system's users, both government employees and citizens themselves, need to adapt and meet. Because the system obtains numerous information that identify, characterize and filter the citizen such as full name, date of birth, address, marital status and income per family, with this information can identify a citizen and segment a better program or which it can adapt as for example the family grant, my home my life, social electricity tariff among other social programs provided free of charge by the government. Ethics and data protection laws are directly linked to CADÚNICO's programs and we will present a moral conduct for the proper use of the system and prevention of data leakage and reduce fraud.
Keywords: CadÚnico, Ethics, Code of Conduct, Information System, Social Programs.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO..................................................................................................6
2. SISTEMA DE INFORMAÇÃO...........................................................................7
2.1 DEFINIÇÃO DE SISTEMA DE INFORMAÇÃO...........................................7
2.2 PRINCIPAIS TIPOS DE SISTEMA DE INFORMAÇÃO..............................7
 2.2.1 ERP – ENTERPRISE RESOURCE PLANNING................................7
 2.2.2 CRM – CUSTOMER RELATIONSHIP MANAGEMENT....................7
 2.2.3 SCM – SUPPLY CHAIN MANAGEMENT..........................................7
 2.2.4 SIG – SISTEMA DE INFORMAÇÃO GERENCIAL............................8
3. SISTEMA DE CADASTRO ÚNICO DO GOVERNO FEDERAL......................8
3.1 DEFINIÇÃO, OBJETIVO E REQUISITOS..................................................8
3.2 PERFIS E ATRIBUIÇÕES DOS USUÁRIOS DO SISTEMA.......................8
3.3 CADASTRO DE USUÁRIOS DO SISTEMA................................................9
3.4 ARMAZENAMENTO DAS INFORMAÇÕES DO SISTEMA......................13
4. ÉTICA, DIREITOS E CONDUTAS DO CADASTRO ÚNICO..........................13
4.1 ANÁLISE GERAL......................................................................................14
 4.1.1 PORTARIA MDS Nº 10 – NORMAS PREVISTAS...........................15
4.2 LEIS DE AMPARO À COLETA DE DADOS.............................................15
4.3 DECORRENCIAS DA FALTA DE ÉTICA.................................................17
4.4 CÓDIGO DE CONDUTA EMPRESARIAL................................................18
5. CONCLUSÃO.................................................................................................20
6. REFERÊNCIAS...............................................................................................21
7. GLOSSÁRIO...................................................................................................23
INTRODUÇÃO
	O projeto prevê o desenvolvimento a partir dos conhecimentos apresentados em Sistemas de Informação, Ética e Legislação e Metodologia Científica. A empresa PIM formula soluções para dispor um projeto de consultoria sobre o sistema CADÚNICO com ênfase na proteção de dados. 
Visando uma metodologia de pesquisa qualitativa básica, foram utilizados na pesquisa, livros e artigos. Uma pesquisa descritiva sobre os processos de criação do planejamento de soluções aqui documentadas.
Ao final espera-se trazer de forma clara e simples os possíveis problemas que a falta de ética, e das leis de proteção de dados podem ocasionar quando não observados e utilizados para padronização do uso de um sistema com dados sensíveis.
2 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
2.1 DEFINIÇÃO DE SISTEMA DE INFORMAÇÃO
Sistemas de informação, expressão que descreve um sistema, seja manual ou computadorizado, que coletam, armazenam, processam, transmitem e disseminam dados que representam informações para o usuário/cliente.
Todo sistema que manipula dados e gera informações, independente de utilizar ou não recursos de tecnologia computacional, pode ser considerado um sistema de informação.
2.2 PRINCIPAIS TIPOS DE SISTEMA DE INFORMAÇÃO
2.2.1 ERP – ENTERPRISE RESOURCE PLANNING
O sistema ERP, ou sistema de gestão integrada, é um software que integra diferentes processos e dados em uma empresa, reunindo-os em um único local. Esse sistema auxilia o gestor da empresa a integrar atividades de diferentes setores e melhorar os processos internos, trazendo mais agilidade na gestão, produção e tomada de decisões.
2.2.2 CRM – CUSTOMER RELATIONSHIP MANAGEMENT
Já o sistema CRM, ou sistema de gestão do relacionamento com o cliente, é um método de gestão que tem como objetivo manter um bom relacionamento com o cliente e conhecê-los profundamente, podendo se antecipar às suas necessidades e surpreendendo-os positivamente, mantendo-os e conquistando potenciais novo clientes.
2.2.3 SCM – SUPPLY CHAIN MANAGEMENT
O sistema SCM, ou sistema de gestão da cadeia de fornecimento, é um sistema que integra diversos processos relativos aos fornecedores de produtos e serviços, fabricantes e demais parceiros externos em uma empresa. Através do sistema SCM, empresas entregam seus produtos e serviços aos consumidores, cumprindo prazos, fiscalizando indicadores de performance e integrando os fluxos de informações.
2.2.4 SIG – SISTEMA DE INFORMAÇÃO GERENCIAL
Por fim, o SIG, sistema de informação gerencial, é um sistema voltado ao apoio da tomada de decisões.
Os sistemas SIG atuam em níveis táticos, estratégicos e operacionais. O sistema SIG abrange pessoas, softwares, bancos de dados, procedimentos e dispositivos que fornecem informações rotineiras aos gestores. O principal foco de um sistema SIG é a eficiência operacional. Mas além disso, o SIG oferece suporte as finanças, marketing, produção e demais áreas funcionais.
3 SISTEMA DE CADASTRO ÚNICO DO GOVERNO FEDERAL
3.1 DEFINIÇÃO, OBJETIVO E REQUISITOS
O Sistema de Cadastro Único – CadÚnico – é uma das ferramentas mais importantes para programas sociais do Governo Federal, com um objetivo simples,incluir socialmente as famílias brasileiras pobres (baixa renda) em diversos programas federais. Com a unificação de todos esses dados, conseguimos identificar as necessidades dos mais pobres e vulneráveis, a realidade socioeconômica das famílias de baixa renda, suas características, e também onde estão localizados.
Perpetua nesse programa social, as famílias de baixa renda, que são aquelas famílias com renda familiar mensal de até meio salário mínimo por pessoa ou com uma renda familiar mensal de até 3 salários mínimos.
Alguns dados são necessários para conseguir realizar o cadastro de pessoas no programa CadÚnico, sendo ela, a mais importante, ter uma pessoa responsável pela família para responder todos os questionários feitos, portanto, ela deve fazer parte do grupo familiar (parente), morar na mesma residência que todos os outros da família e ter no mínimo 16 anos de idade. Nesse caso, é necessário estar provido de seu CPF ou Título de Eleitor para fazer o cadastro. 
Além disso, é preciso apresentar pelo menos um documento de todas as pessoas que compõem essa família. Sendo elas, o próprio CPF, ou até mesmo a Certidão de Nascimento, o RG ou qualquer outro documento que comprove que está pessoa faça parte do grupo familiar. Não se esquecendo do comprovante de endereço, onde irá auxiliar no preenchimento do endereço da família.
3.2 PERFIS E ATRIBUIÇÕES DOS USUÁRIOS DO SISTEMA
No CadÚnico existem diversos tipos de usuários, com as mais variadas permissões de acesso para cada um deles, dentre os principais usuários do sistema estão o Usuário Master, responsável por cadastrar e atribuir perfil de acesso aos demais usuários do sistema, e o Usuário Final, que possui permissão para realizar consulta aos dados da família e das pessoas inscritas no CadÚnico.
Após o cadastro de todos os usuários, é obrigatório realizar um tipo de permissão, onde se atribui ao perfil de acesso de cada usuário a função de acessar o sistema. A forma de dar essa permissão é diferente para cada tipo de usuário. Para o Usuário Máster o cadastro deve ser feito pela própria CAIXA, e no caso dos Usuário Final, deve ser feito por algum Usuário Máster.
Cada perfil tem seu nível e tipo de atribuição que englobam funcionalidades de apenas consultar os dados da família, até os atributos maiores onde se pode cadastrar novas pessoas e famílias e alterar informações já registradas.
3.3 CADASTRO DE USUÁRIOS DO SISTEMA
O cadastramento e tratamento do Master é realizado através de uma Ficha de Cadastramento de Usuário Externo, o FICUS/E, em qualquer agência da CAIXA. Após a revisão de todos os dados, será encaminhado um link para o cadastramento de senha, que irá redirecionar para uma página web para realizar todo o processo. 
Figura 1 – SISUR – Cadastro de usuário Master do CadÚnico
Fonte: https://www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/.../guia_rapidoCGGPC2017.pdf
Para o cadastramento e tratamento de dados dos Usuários Finais, só poderá ser feito pelo Usuário Master, onde é feito diretamente no Sistema do CadÚnico. Segue o passo a passo:
Figura 2 – Administração de usuários do sistema CadÚnico
Fonte: https://www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/.../guia_rapidoCGGPC2017.pdf
Figura 3 – Tela de login para administração de usuários
Fonte: https://www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/.../guia_rapidoCGGPC2017.pdf
Figura 4 – Acesso ao cadastro de usuários
Fonte: https://www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/.../guia_rapidoCGGPC2017.pdf
Figura 5 – Busca de usuário por NIS
Fonte: https://www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/.../guia_rapidoCGGPC2017.pdf
Figura 6 – Informações necessárias para cadastro do usuário
Fonte: https://www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/.../guia_rapidoCGGPC2017.pdf
Figura 7 – Confirmação de cadastro do usuário
Fonte: https://www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/.../guia_rapidoCGGPC2017.pdf
Após inserir as informações do Usuário Final, é de caráter obrigatório que efetue o tipo de permissão para ele, permitindo que o usuário possa acessar todas as funcionalidades do sistema.
3.4 ARMAZENAMENTO DAS INFORMAÇÕES DO SISTEMA
O armazenamento e processamento de todos os dados do Sistema CadÚnico é realizado por computadores com altíssima capacidade e velocidade de processamento, grande capacidade de memória e super capacidade de armazenamento, máquinas com poder de manipular um gigantesco número de dados, podendo processar milhões e até trilhões de instruções e informações por segundo, contando com um sistema de alto desempenho para uso específico.
4 ÉTICA, DIREITOS E CONDUTAS DO CADASTRO ÚNICO
O CECAD disponibiliza para qualquer cidadão os dados sintéticos não identificados do Cadastro Único, que são de acesso público. O CECAD também possui uma área de acesso restrito a gestores e técnicos de órgãos e entidades públicas previamente autorizados pela Secretaria de Avaliação e Gestão da Informação, onde é possível acessar dados identificados de pessoas e famílias inscritas no Cadastro Único, gerar relatórios analíticos e extrair dados. Os Dados Precisa preservado por profissionais que tenha uma ética comportamental para que seus dados sejam preservados de forma segura.
Para o órgão ou entidade ter acesso a área restrita do CECAD, é necessário encaminhar ofício para a Secretária de Avaliação e Gestão da Informação com a motivação e justificativa de acesso, lembrando que os dados podem ser usados apenas para formulação e gestão de políticas públicas e realização de estudos e pesquisas, conforme determina o Decreto n° 6135/2007.
4.1 ANÁLISE GERAL
	O CadÚnico é um sistema completo, que envolve, entre muitas coisas, dados pessoas dos cidadãos brasileiros, e dados são sempre sensíveis a possíveis falhas ou vazamentos, para que os riscos sejam minimizados, algumas normas, portarias e leis são declaradas e serão aqui analisadas. 
Segundo a portaria Nº 502, de 29 de novembro de 2017, o Ministro de estado do desenvolvimento social considera alguns tópicos para os artigos do Decreto nº 6135/2007
“CONSIDERANDO que o Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal, instituído pelo Decreto IV 6.135, de 26 de junho de 2007, deve ser obrigatoriamente utilizado para seleção de beneficiários e integração de programas sociais voltados ao atendimento às famílias de baixa renda; 
CONSIDERANDO a previsão de sigilo dos dados contidos no Cadastro Único, bem como as as finalidades da sua utilização, conforme disposto no art. 8° do Decreto 6.135, de 26 de junho de 2007;
CONSIDERANDO os procedimentos para a disponibilização e a utilização de informações contidas no Cadastro Único disciplinados pela Portaria MDS n° 10, de 30 de janeiro de 2012; e 
CONSIDERANDO a necessidade de consolidação de documento que formalize, no âmbito do Ministério do Desenvolvimento Social, a política de controle de acesso aos dados do Cadastro Único, para estabelecer papéis, responsabilidades e critérios quanto à concessão, revogação e análise periódica de acesso a esses dados, resolve:”
Outras medidas de controle de acesso aos dados cadastrais já estão descritas na proposta de política de controle de acesso aos dados do cadastro único para programas sociais. O capítulo 7 prevê 11 normas, ou regras para o acesso aos dados cadastrais para consulta. Dentre eles: A autorização de acesso sendo individual, e não podendo ser repassada a terceiros sem a prévia anuência da MDS; Os usuários com acesso autorizados pelo MDS, para uso e manipulação da base de dados do Cadastro Único, deverão seguir as normas previstas na Portaria MDS nº10 – falaremos mais sobre essa portaria, mais a frente.
Porém, no capítulo 8 onde decorre as medidas de segurança vemos uma falta de preparo e normas estruturais, com regras muito abrangentes e pouco especificas, o que pode causar falhas e aberturas para fraudes – que será mais comentado no capítulo sobre código de conduta empresarial.
4.1.1 PORTARIA MDS Nº 10 – NORMAS PREVISTAS
	A portaria do ministério do desenvolvimento social nº10, de 30 de Janeiro de 2012 disciplina critérios e procedimentos para a disponibilização ea utilização de informações contidas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal – CadÚnico, instituído pelo Decreto nº 6135/2007.
É composta por 15 artigos, contendo normas reguladoras importantes, tais como: 
“Art. 4º Os dados de identificação dos indivíduos e famílias registrados no CadÚnico são sigilosos e somente poderão ser utilizados para as seguintes finalidades: I - formulação e gestão de políticas públicas; e II - realização de estudos e pesquisas. 
Art. 5º Constituem dados de identificação dos indivíduos e das famílias: I – nome; II – documentos pessoais; III – endereço; IV - Número de Identificação Social - NIS; V - código da família; (Redação dada pela Portaria nº 192, de 19 de maio de 2017) VI - número de telefone fixo ou móvel; (Incluído pela Portaria nº 192, de 19 de maio de 2017) VII - observações sobre o cadastro da família; (Incluído pela Portaria nº 192, de 19 de maio de 2017) VIII - filiação; (Incluído pela Portaria nº 192, de 19 de maio de 2017) IX - endereço eletrônico; (Incluído pela Portaria nº 192, de 19 de maio de 2017) X - código da unidade consumidora indicado na conta de energia elétrica do domicilio; e (Incluído pela Portaria nº 192, de 19 de maio de 2017) XI - natureza do benefício e número do contrato de programas habitacionais. (Incluído pela Portaria nº 192, de 19 de maio de 2017)”
Fora as normas e artigos prescritos na portaria MDS nº10, há anexos de termos de responsabilidade pela utilização de dados, de compromisso de manutenção de sigilo e de recebimento. Cláusulas dos objetos, das obrigações do signatário e das penalidades.
4.2 LEIS DE AMPARO À COLETA DE DADOS
“Para a anotação nos assentamentos do interessado, de contestação ou explicação sobre dado verdadeiro mas justificável e que esteja sob pendência judicial ou amigável, retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo e assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoas do impetrante, constantes de registro ou banco de dados de entidades governamentais ou de caráter público.”
	Assim está descrito o Art. 7º da lei nº 9507/1997 sobre a concessão de habeas data, segundo Hely Lopes Meirelles no Mandado de Segurança de 2016, “importante remédio constitucional cujo objetivo é exatamente assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa que dele se utiliza”. Por meio da ação do habeas data, o cidadão pode ter acesso às informações que constam nos bancos de dados governamentais em seu nome bem como pode exigir que tais informações sejam corrigidas.
	A ação visa a proteção do direito à informação e da proteção da intimidade da vida privada, da honra e da imagem, previstos em outros dispositivos constitucionais. Nesse sentido, pode-se utilizar o habeas data para a obtenção de registos em bancos de dados estatais, ou privados, mas de caráter público. Porém o habeas data não é absoluto, no artigo 5º da Constituição Federal autoriza o Poder Público a se recusar a fornecer informações cujo sigilo seja indispensável.
	Outras leis utilizadas no amparo à coleta de dados dos brasileiros para o cadastro único, estão descritas na Coletânea da Legislação Básica do Cadastro Único e do Programa Bolsa Família. 
No Decreto nº 6135/2007 artigo 8º, prevê que os dados de identificação das famílias dos CadÚnico são sigilosos e somente poderão ser utilizados para as finalidades de formulação e gestão de políticas públicas, e realização de estudos e pesquisas. 
Sobre a gestão das informações do CadÚnico, a portaria nº177 seção VI artigo 25º diz que: 
“Cabe à SENARC, entre outras atribuições: I – coordenar, acompanhar e supervisionar, no âmbito federal, a gestão, a implantação e a execução do CadÚnico; II – articular os processos de capacitação de gestores e de outros agentes públicos envolvidos com a operação do CadÚnico; III – autorizar o envio de formulários de coleta de dados, mediante solicitação formal feita pelo município e pelo Distrito Federal; 24 PORTARIA Nº 177 IV – avaliar a conformidade e qualidade do CadÚnico, definindo estratégias para assegurar a veracidade e aumentar a qualidade das informações nele registradas; V – fomentar o uso do CadÚnico por outros órgãos do Governo Federal, pelos Estados, Distrito Federal e Municípios, nas situações em que seu uso não for obrigatório, como ferramenta de planejamento e integração de políticas públicas voltadas à população de baixa renda; VI – emitir regulamentos e outras instruções sobre o CadÚnico para subsidiar procedimentos necessários à sua operacionalização; VII – disponibilizar atendimento aos governos locais para esclarecimentos de dúvidas referentes ao CadÚnico; VIII – adotar medidas de controle e prevenção de fraudes ou inconsistências cadastrais, disponibilizando canais para o recebimento de denúncias; IX – promover, por meio da articulação com outros setores do MDS ou com outros órgãos do Governo Federal, aperfeiçoamentos do formulário e do sistema de informações do CadÚnico, visando à melhoria da qualidade das informações coletadas; X – disponibilizar para os Estados, periodicamente, a base de dados dos municípios situados em seu território, observado o disposto no Decreto nº 6.135, de 2007, especialmente no que toca ao sigilo dos dados; XI – disponibilizar acesso às bases de dados do CadÚnico para outras secretarias e órgãos do MDS, bem como para outros órgãos do Poder Executivo Federal e terceiros, observado o disposto no Decreto nº 6.135, de 2007, especialmente no que toca ao sigilo dos dados; XII – adotar procedimentos de fiscalização e controle, com intuito de detectar falhas ou irregularidades nos dados cadastrais.”
Temos também a portaria nº 10, já explicada anteriormente. Instrução normativa nº002/SENARC/MDS, de 26 de agosto de 2011 – que estabelece as definições técnicas e os procedimentos operacionais necessários para a utilização da versão 7 dos formulários e do sistema de Cadastro Único no âmbito da Portaria nº177. E a portaria nº 94, que dispõe sobre o processo de averiguação das informações cadastrais do Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal e dá outras providências.
4.3 DECORRENCIAS DA FALTA DE ÉTICA
	Ética e lei, são termos que devem andar juntos quando tratamos dados pessoais como informação. A falha em alguma dessas condutas resulta em sérios danos às principais normas da segurança da informação. 
	Para exemplificar quais as consequências de uma falta de ética ou quebra nas normas e leis, alguns problemas que já ocorreram em serviços do governo. Podem ocorrer vazamentos ou cadastros fraudulentos, sempre causando danos estruturais aos programas governamentais.
	Em 2019 a Polícia federal investigou fraudes no cadastro de beneficiários do Bolsa Família na Paraíba. A operação SIMBIOSE tem o objetivo de combater supostas ilicitudes que estariam ocorrendo na concessão de benefícios. Os investigados responderam pelos crimes de inserção de dados falsos nos sistemas de informação e corrupção passiva.
“O funcionário é lotado na Unidade do Cadastro Único da Secretaria de Assistência Social, e desempenha a função de cadastrar/atualizar os dados das famílias que serão contempladas ou já recebem o Bolsa Família, realizando atendimentos diários de pessoas interessadas em obter o benefício social.
Assim, valendo-se de sua condição na Secretaria Municipal de Assistência Social de Campina Grande/PB, o servidor realizava a inserção ilícita de dados falsos no Sistema ‘CadÚNICO’, com o intuito de gerar o pagamento ou majorar o valor pago do benefício daqueles contemplados no Programa, mediante cobrança de valores indevidos.”
	Em agosto de 2020 a Prefeitura de Porto Alegre identificou suspeitas de fraude no CadÚnico. A prefeitura solicitou a quem identificasse qualquer ate de fraude, que informasse aos órgãos competentes para providência. Isso facilita e ajuda as buscas por possíveis falhas no sistema como um todo. 
“Na inscrição no CadÚnico, feita no dia 7 de fevereiro deste ano, o padre declarou residir sozinho e ter renda mensal de R$ 250,00. Segundo consulta aoportal da transparência da Câmara dos Deputados, no mês passado ele recebeu R$ 1.176,77, por exercer função ou cargo em comissão, e R$ 982,29 de auxílios.”
4.4 CÓDIGO DE CONDUTA EMPRESARIAL
	O código de conduta serve como um conjunto de normas escritas que devem ser praticadas pelos funcionários no exercício de suas funções. Essas regras incluem a confidencialidade de informações, fator essencial para proteger os dados mais importantes do CECAD. As normas também orientam a forma como os colaboradores realizam negócios em nome da empresa. Deve haver um cuidado especial com situações em que os funcionários têm interesse nas duas pontas de uma conversa. Conflito de interesses é um problema sério de complacência, que deve ser severamente investigado e corrigido o quanto antes. 
Diante disso, o código de conduta é elaborado para que todos os colaboradores saibam como atuar dentro das empresas. Sem isso, cada atendimento resultaria em uma opinião muito diferente em relação ao seu negócio. É preciso seguir passo a passo do código que visa a proteger a identidade da empresa de forma mais clara e objetiva. Se não tiver uma integridade, ela acaba se tornando mal vista aos olhos de clientes, então gestores ou diretores do CECAD terão que uma vez no mês fazer uma auditoria com todos os departamentos da empresa focando na ética para que essa seja seguida e cumprida.
 Os benefícios de criar um código de ética diz respeito ao ambiente de trabalho e encoraja um relacionamento saudável entre as equipes com mais transparência e se reflete na reputação da empresa. Um código de conduta bem definido no CECAD transmitir seriedade e responsabilidade no cadastro único do governo e seguro. A segurança institucional também é um fator de peso para elaboração de código de ética para que não ocorra quebra de sigilo no cadastro único do governo.
5. CONCLUSÃO
Conclui-se este trabalho acadêmico com o objetivo de apresentar de forma clara o sistema CADÚNICO nas suas bases, mostrando como é realizado o armazenamento dos dados, também como é desenvolvido o sistema, vislumbrando as leis que amparam a proteção de dados e trazendo um código de ética para o bom uso das informações contidas nesse sistema.
Portanto se faz necessário implantar um código de ética em toda empresa que trabalha com dados sensíveis ou não dos cidadãos, pois qualquer informação pode ser usada para possíveis fraudes.
Todavia as Leis de proteção de dados atualmente estão mais rigorosas para quem armazena, manipula e descarta informações seja de civis ou ainda pessoas jurídicas, com isso, trazendo um papel ético e uma visão de segurança para toda e qualquer transação usando informação pública de pessoas pelos órgãos governamentais.
6. REFERÊNCIAS
Coletânea da legislação básica do cadastro único e do programa bolsa família. Ministério do desenvolvimento social, 2020. Disponível em: <http://www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/bolsa_familia/Cadernos/Coletanea_LegislacaoBasica.pdf>. Acesso em 17/11/2020
Como estabelecer um código de conduta empresarial. MXM sistemas, 2018. Disponível em: 
<https://www.mxm.com.br/blog/como-e-por-que-estabelecer-um-codigo-de-conduta-empresarial/>. Acesso em 17/11/2020
Iris Rezende, LEI Nº 9507/1997. planalto.gov.br, 2020, Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9507.htm>. Acesso em 17/11/2020
MEIRELLES, Hely Lopes. Mandado de Segurança. 29. ed. São Paulo: Malheiros Editores, 2006.
NIS – Saiba tudo sobre o número de identificação social. Pravaler, 20 set 2020. Disponível em: 
< https://www.pravaler.com.br/nis-saiba-tudo-sobre-o-numero-de-identificacao-social/ >. Acesso em 21/11/2020
Polícia federal investiga fraudes. pf.gov.br, Campina Grande , 22 out 2020. Disponível em: <http://www.pf.gov.br/imprensa/noticias/2019/10/policia-federal-investiga-fraudes-no-cadastro-de-beneficiarios-do-bolsa-familia-na-paraiba>. Acesso em 17/11/2020
PORTARIA MDS Nº10, DE 30 DE JANEIRO DE 2012. Disponível em:<http://www.mds.gov.br/webarquivos/legislacao/acesso_informacao/portaria/portaria10_30012012.pdf>. Acesso em 17/11/2020
PORTARIA MDS Nº 502, DE 29 DE NOVEMBRO DE 2017. Disponível em: :<http://www.mds.gov.br/webarquivos/legislacao/cadastro_unico/portarias/2017/portaria_502_29112017.pdf>. Acesso em 17/11/2020
Elisandra Borba. Prefeitura identifica suspeita de fraude no cadúnico. Porto Alegre, 17 ago 2020 – Disponível em: <https://www.prefeitura.poa.br/gp/noticias/prefeitura-identifica-suspeita-de-fraude-no-Cadunico>. Acesso em 17/11/2020
Programas e benefícios sociais utilizam o Cadastro Único. 2020, Disponível em: <https://www.caixa.gov.br/cadastros/cadastro-unico/Paginas/default.aspx>. Acesso em 17/11/2020.
GLOSSÁRIO
CADÚNICO – Cadastro único, programa do governo federal para centralizar as informações do cidadão e cadastrar a população nos programas sociais existentes.
NIS – É o numero de identificação social, registro relacionado a pessoas que recebem ou não programas sociais do governo como por exemplo bolsa família, ele também garante os direitos do trabalhista do cidadão como Seguro- Desemprego e fundo de garantia por tempo de serviço (FGTS).
CECAD - É a ferramenta de Consulta, Seleção e Extração de Informações do Cadastro Único.
ERP - A sigla ERP significa “Enterprise Resource Planning”, ou sistema de gestão integrado.
CRM - A sigla CRM é a sigla usada para Customer Relationship Management e se refere ao conjunto de práticas, estratégias de negócio e tecnologias focadas no relacionamento com o cliente.
SCM – A sigla SCM é a sigla usada para Supply Chain Management, que quer dizer Gestão da Cadeia de Suprimentos que é um conjunto de soluções usadas para gerenciar os fluxos de bens, serviços, informações e finanças de uma cadeia produtiva, entre a produção até a entrega ao cliente final. 
SIG – A sigla SIG (SIG), também conhecido como GIS (acrónimo/acrônimo inglês de geographic information system), é um sistema de hardware, software, informação espacial, procedimentos computacionais e recursos humanos que permite e facilita a análise, gestão ou representação do espaço e dos fenômenos que nele ocorrem.

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