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Autoras: Profa. Isabel C. O. Navarro Espinosa Profa. Valéria de Carvalho Colaboradores: Profa. Márcia Vieira Profa. Mirtes Mariano Prof. Daniel Scodeler Raimundo Cálculo Integral de uma Variável Professoras conteudistas: Isabel C. O. Navarro Espinosa / Valéria de Carvalho Isabel Cristina de Oliveira Navarro Espinosa Graduada em Matemática pela Faculdade Oswaldo Cruz e mestre em Educação Matemática pela Pontifícia Universidade Católica (PUC – SP), leciona no Ensino Superior desde 1981. É professora do curso de pós-graduação lato sensu em Educação Matemática das Faculdades Oswaldo Cruz e da Universidade Paulista (UNIP), nas modalidades Presencial e EaD – Educação a Distância. Coautora dos seguintes livros: Geometria analítica para computação, editora LTC; Álgebra linear para computação, editora LTC; Matemática: complementos e aplicações nas áreas de ciências contábeis, administração e economia, editora Ícone. Valéria de Carvalho Especialista em Matemática pelo IMECC (Instituto de Matemática Estatística e Computação Científica), mestre e doutora em Educação Matemática pela Faculdade de Educação – Unicamp, e professora do Ensino Superior desde 1988. Trabalhou com temas que abrangem Tecnologias da Informação e da Comunicação (TICs) em projetos de Educação Continuada, envolvendo docentes de Matemática, no LEM (Laboratório de Ensino de Matemática – IMECC) e na Faculdade de Educação, ambos na Unicamp, sempre como professora colaboradora. Atuou como professora da UNIP e coordenadora do curso de Matemática na modalidade EaD. Possui publicações em anais de congressos fora do Brasil e capítulos de livros em nossa língua, pensando o trabalho docente, a educação matemática crítica e a sociedade. © Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma e/ou quaisquer meios (eletrônico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada em qualquer sistema ou banco de dados sem permissão escrita da Universidade Paulista. Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) E77c Espinosa, Isabel Cristina de Oliveira Navarro Cálculo Integral de uma Variável / Isabel Cristina de Oliveira Navarro Espinosa, Valéria de Carvalho. – São Paulo: Editora Sol, 2023. 160 p., il. Nota: este volume está publicado nos Cadernos de Estudos e Pesquisas da UNIP, Série Didática, ISSN 1517-9230. 1. Conceito de derivada. 2. Cálculo de integrais. 3. Máxima. I. Carvalho, Valéria de. II. Título. CDU 517 U517.15 – 23 Profa. Sandra Miessa Reitora Profa. Dra. Marilia Ancona Lopez Vice-Reitora de Graduação Profa. Dra. Marina Ancona Lopez Soligo Vice-Reitora de Pós-Graduação e Pesquisa Profa. Dra. Claudia Meucci Andreatini Vice-Reitora de Administração e Finanças Prof. Dr. Paschoal Laercio Armonia Vice-Reitor de Extensão Prof. Fábio Romeu de Carvalho Vice-Reitor de Planejamento Profa. Melânia Dalla Torre Vice-Reitora das Unidades Universitárias Profa. Silvia Gomes Miessa Vice-Reitora de Recursos Humanos e de Pessoal Profa. Laura Ancona Lee Vice-Reitora de Relações Internacionais Prof. Marcus Vinícius Mathias Vice-Reitor de Assuntos da Comunidade Universitária UNIP EaD Profa. Elisabete Brihy Profa. M. Isabel Cristina Satie Yoshida Tonetto Prof. M. Ivan Daliberto Frugoli Prof. Dr. Luiz Felipe Scabar Material Didático Comissão editorial: Profa. Dra. Christiane Mazur Doi Profa. Dra. Ronilda Ribeiro Apoio: Profa. Cláudia Regina Baptista Profa. M. Deise Alcantara Carreiro Profa. Ana Paula Tôrres de Novaes Menezes Projeto gráfico: Prof. Alexandre Ponzetto Revisão: Elaine Fares Amanda Casale Sumário Cálculo Integral de uma Variável APRESENTAÇÃO ......................................................................................................................................................7 INTRODUÇÃO ...........................................................................................................................................................8 Unidade I 1 CONCEITO DE DERIVADA .................................................................................................................................9 1.1 Notações de derivada ............................................................................................................................9 1.2 Regras de derivação ............................................................................................................................ 10 1.3 Ampliando seu leque de exemplos................................................................................................ 18 2 INTEGRAL – PRIMEIROS CONCEITOS ....................................................................................................... 20 2.1 Primitiva ou antiderivada ................................................................................................................. 21 2.2 Integral indefinida ............................................................................................................................... 22 2.3 Integral imediata .................................................................................................................................. 23 2.4 Ampliando seu leque de exemplos................................................................................................ 30 3 MÉTODOS PARA O CÁLCULO DE INTEGRAIS (NÃO IMEDIATAS) ................................................... 33 3.1 Integração por substituição ............................................................................................................. 33 3.2 Integração por partes ......................................................................................................................... 38 3.3 Integração de algumas funções trigonométricas ................................................................... 41 3.4 Ampliando seu leque de exemplos................................................................................................ 45 4 INTEGRAL DE RIEMANN ............................................................................................................................... 47 4.1 Partição ..................................................................................................................................................... 48 4.2 Soma de Riemann ................................................................................................................................ 49 4.3 Integral definida ou integral de Riemann .................................................................................. 49 4.4 Teorema Fundamental do Cálculo Integral (TFCI) ................................................................... 50 4.5 Ampliando seu leque de exemplos................................................................................................ 53 Unidade II 5 APLICAÇÕES DA INTEGRAL DEFINIDA ..................................................................................................... 68 5.1 Cálculo de áreas .................................................................................................................................... 68 5.2 Comprimento de arco ......................................................................................................................... 74 5.35.3 Ampliando seu leque de exemplos ......................................................................................... 76 6 SÓLIDOS DE REVOLUÇÃO ............................................................................................................................. 78 6.1 Área de sólidos de revolução (rotação) ....................................................................................... 79 6.2 Volume de sólidos de revolução (rotação) ................................................................................. 81 6.3 Ampliando seu leque de exemplos................................................................................................ 85 Unidade III 7 USANDO O MAXIMANO CÁLCULO INTEGRAL .................................................................................... 98 7.1 Maxima: o software, a instalação e os recursos básicos ...................................................... 98 8 TÓPICOS DE CÁLCULO .................................................................................................................................126 8.1 Recursos básicos do Maxima envolvendo conceitos de cálculo .....................................126 8.2 Maxima aplicado ao estudo de integrais indefinidas ..........................................................127 8.3 Maxima aplicado ao estudo de integrais definidas ..............................................................141 7 APRESENTAÇÃO Caros alunos, Iniciaremos nosso estudo apresentando o conceito de derivada, que é a operação inversa da integral. O estudo das integrais de funções de uma variável é o principal foco nesta disciplina. Na unidade I, serão apresentados os conceitos de derivadas e de integral com antiderivada. Teremos também a apresentação das primeiras regras para o cálculo de integrais indefinidas, que são consideradas integrais imediatas. Ainda nessa unidade, estudaremos a resolução de integrais por substituição e por partes. Abordaremos a noção de partição, a soma de Riemann, o Teorema Fundamental do Cálculo e as integrais definidas. Na unidade II, apresentaremos algumas aplicações de integral definida para estudo, dentre elas, o cálculo de áreas de regiões e o cálculo de áreas e volumes de sólidos de revolução. Por fim, na unidade III, você encontrará uma introdução ao software Maxima e algumas aplicações no cálculo integral. Ao final de cada tópico há uma série de exemplos para fundamentar, facilitar e apoiar seus estudos presentes e futuros. Esperamos que você seja capaz de identificar os conhecimentos e aplicações matemáticos, de forma bem embasada, relativos à temática “integração de funções de uma variável” e necessários para que se torne um bom profissional de Ensino Fundamental, Médio ou Superior. Esteja sempre atento aos usos e ao papel social da matemática na função profissional que desempenhará. Em seu estudo, procure sempre identificar e superar suas dificuldades e limitações individuais, buscando maneiras de aprender a aprender que viabilizem seu desenvolvimento pessoal e profissional e possibilitem a você prosseguir os seus estudos de forma fundamentada. Você deve se focar em ser um profissional capaz de trabalhar de forma integrada com os professores de sua área e de outras, de apoiar-se em pacotes computacionais livres para aprender, ensinar e fazer matemática. Procedendo assim, certamente irá contribuir de maneira efetiva com avanços na proposta pedagógica de seu futuro local de trabalho. Esperamos ainda que se torne um professor que saiba reconhecer as dificuldades individuais de seus alunos e consiga sugerir e implementar caminhos alternativos de aprendizagem que permitam a eles desenvolver e prosseguir os estudos. 8 INTRODUÇÃO Nesta disciplina, estudaremos as noções básicas de derivadas, mas não abordaremos neste momento a definição formal, apoiada em limites. Faremos nossos estudos e cálculos utilizando as regras de derivação. Além disso, faremos o estudo de integrais indefinidas, imediatas, por substituição e por partes; outros métodos de integração não serão objeto desta disciplina. O conceito de soma de Riemann, integrais definidas e o Teorema Fundamental do Cálculo também são foco de estudo e aprendizagem; somam-se ainda aos assuntos centrais de interesse da disciplina as aplicações de integral definida, bem como o cálculo de áreas, o comprimento de arco e as áreas e volumes de sólido de revolução. Conforme já dissemos, apresentaremos, na última unidade, o software Maxima e algumas aplicações no estudo de integrais. 9 CÁLCULO INTEGRAL DE UMA VARIÁVEL Unidade I O foco de nosso estudo são as integrais, mas para isso é necessário que você saiba trabalhar com derivadas. Assim, iniciaremos esta unidade trabalhando com o conceito de derivadas. Faremos o cálculo de derivadas utilizando as regras de derivação. 1 CONCEITO DE DERIVADA O conceito de derivada está ligado ao conceito de taxa de variação, de valor aproximado. Neste texto não utilizaremos a definição para o cálculo de derivadas, faremos uso das propriedades e das regras de derivação. Saiba mais Para saber mais sobre a definição de derivadas, acesse o site: Disponível em: http://ecalculo.if.usp.br/. Acesso em: 8 jan. 2012. Clique no botão “Derivadas” e selecione o tema “Derivada de uma função em um ponto do domínio”. Ainda na página “Derivadas”, recomendamos visitar e estudar os demais temas apresentados após terminar o estudo do conceito de derivada aqui apresentado. 1.1 Notações de derivada Dada uma função y = f(x), podemos escrever a sua derivada em um ponto qualquer: y ou f’ ’(x) ou dy dx ou df(x) dx 10 Unidade I Quando queremos escrever a derivada da função em um ponto particular x0 escrevemos: y x ou f x ou dy dx x ou df x dx ’( ) ’( ) ( ) ( ) 0 0 0 0 Veremos agora algumas regras para calcular a derivada de uma função, cada uma delas vem acompanhada de exemplos para que você entenda como utilizá-las. 1.2 Regras de derivação 1) y c y = ⇒ =’ 0 , c é constante Exemplos: a) y y = ⇒ =5 0 ’ b) f(x) = a + 4 Note que f é função de x, então (a+4) é constante e a derivada de f(x) = a + 4 deve ser calculada pela regra 1, f ’ (x) = 0. 2) y x y = ⇒ =’ 1 y k x y k = ⇒ =’ Exemplos: a) y = 3 x A função é formada por uma constante multiplicada pela variável, assim sua derivada será igual à constante, logo: y’ = 3 b) y = - 2 x Novamente a função é formada por uma constante multiplicada pela variável, assim sua derivada será igual à constante, logo: y’ = - 2 11 CÁLCULO INTEGRAL DE UMA VARIÁVEL c) y = 1,5 x Outra função formada por uma constante multiplicada pela variável, assim sua derivada será igual à constante, logo: y’ = 1,5 3) y c x y c n xn n = ⇒ = ’ . . -1, c é constante Exemplos: a) y x y x x = ⇒ = =2 2 12 2’ .- b) y x y x x = ⇒ = = −- ’ - . . -2 2 4 84 4 1 3 c) y x y x x = ⇒ = =3 3 2 62 2 1 3- - - -’ . (- ) . - d) f x a x( ) ( - ) = 1 5 Note que f é função de x, então o termo (a – 1) é constante e deverá ser considerado como o c da regra 3, assim a derivada de f(x) = (a – 1) x 5 será: f‘(x) = (a -1) . 5 . x5 – 1 = 5 (a – 1) x4 Observação Esta regra muitas vezes é chamada de regra do tombo, pois “derrubamos o expoente”. 4) y e y ex x= ⇒ = ’ y c e y c ex x= ⇒ = ’ , c constante y a a y a ax x= ≠ ⇒ =, ’ ln 0 Exemplos: a) y e x= − 4 A função é formada por uma constante e pela exponencial, temos então que sua derivada será igual a y e ex x’ ( )’= − = − 4 4 12 Unidade I b) y x= 4 Temos agora a derivada de uma função exponencial e, como a base não é igual a e, você deve utilizar a 2ª regra da exponencial, assim a derivada da função será igual a: y Lnx’ .= 4 4 c) y x= 2 5 . Novamente a função é uma exponencial com base diferente de e, agora multiplicada por uma constante. Vamos utilizar a 2ª regra da exponencial, assim a derivada será a constante multiplicada pela derivada da exponencial, isto é, y Lnx x’ . ’ .= ( )2 5 2 5 5 = 5) y x y x = ⇒ =ln ’ 1 Exemplos: a) y = 2 ln x A função é formada por uma constante multiplicada pelo ln x, assim a derivada da função será a constante multiplicada pela derivada do ln x, isto é, y Ln x x ’ . ’ .= ( ) =2 2 1 b) y = - 3 ln x A função é formada por uma constante multiplicada pelo ln x, assim a derivada da função será a constante multiplicada pela derivada do ln x, isto é, y Ln x x x ’ - . ’ - . -= ( ) = = 3 3 1 3 y x x x ’ - . ( ln )’ - .= = = − 5 5 1 5 6) derivada da soma e da diferença y f x g x y f x g x= + ⇒ = +( ) ( ) ’ ’( ) ’( ) y f x gx y f x g x= ⇒ =( ) - ( ) ’ ’( ) - ’( ) 13 CÁLCULO INTEGRAL DE UMA VARIÁVEL Observação Esta regra pode ser generalizada para um número qualquer de parcelas, bastando calcular a derivada de cada parcela e depois efetuar a soma ou subtração dos resultados. Exemplos: a) y x x= +3 2 A função é formada pela soma de duas outras, f(x) = x3 e g(x) = 2 x. Você vai encontrar a derivada de y utilizando a regra apropriada para cada parcela, a regra 3 para f(x) e a regra 2 para g(x). Assim teremos: y x x x’ ’ ’= ( ) + ( ) = +3 22 3 2 b) y x x ex= − + 2 34 2- - A função é formada pela soma de três outras: f(x) = - 2 x4, g(x) = 3 x –2 e h(x) = – ex. Você vai encontrar a derivada de y utilizando a regra apropriada para cada parcela. Neste exemplo, usaremos a regra 3 para f(x) e g(x) e a regra 4 para h(x). Assim teremos: y x x ex’ ’ ’ ’-= −( ) + ( ) − ( ) 2 34 2 y x ex’ - -� � �� � �� . 4 . x + 3 . 2 24 1 2 1 y x ex’ = − −− x - 6 8 3 3 c) y x x= − + 3 53 1- Novamente temos a função formada pela soma de outras duas, f(x) = -3 x3 e g(x) = 5 x -1. Utilizando a regra 3 para f e g, temos: y x x’ ’ ’-= −( ) + ( ) 3 53 1 y x x’ . . . (- )- - -= − + 3 3 5 13 1 1 1 y x x’ - = − −9 52 2 14 Unidade I 7) derivada do produto y f x g x y f x g x f x g x= ⇒ = +( ) . ( ) ’ ’( ) . ( ) ( ) . ’( ) ou y u v y u v u v = ⇒ = +. ’ ’ . . ’ Exemplos: a) y x x x= +( ) . ( - )2 2 3 Queremos calcular a derivada do produto das funções u x x x e v x x ( ) ( ) ( ) . ( - )= + =2 2 3 Para isso calcularemos as derivadas separadamente e depois as substituiremos na regra 7. Calculando a derivada das funções u e v, temos: u x x’( ) .= +1 2 v x’( ) = − =2 0 2 Substituindo na regra, temos: y u v u v u v x x x’ ( . )’ ’ . . ’ ( )’ . ( - )= = + = + 2 2 3 + +( ) . ( - )’x x x2 2 3 y x x x x’ ( ) . ( - ) ( ) . ( )= + + +1 2 2 3 22 Utilizando a propriedade distributiva, temos: y x x’ = − −6 2 32 b) y x x x= + +( ) . ( )5 3 12 Queremos calcular a derivada do produto das funções u x x x ( ) ( )= +5 3 2 e v x x ( ) . ( )= + 1 , Para isso calcularemos as derivadas separadamente e depois as substituiremos na regra 7. Calculando a derivada das funções u e v, temos: u x x’( ) .= +5 6 v x’( ) =1 15 CÁLCULO INTEGRAL DE UMA VARIÁVEL Substituindo na regra, temos: y u v u v u v x x x’ ( . )’ ’ . . ’ ( )’ . (= = + = + + 5 3 12 )) ( ) . ( )’ + + +5 3 12x x x y x x x x’ ( ) . ( ) ( ) .� � � � �5 6 1 5 3 12 Utilizando a propriedade distributiva, temos: y x x’ � � �9 16 52 8) derivada do quociente y f x g x y f x g x f x g x g x = ⇒ = − ( ) ( ) ( ) ’ ’( ) . ( ) ( ) . ’( ) ( ) 2 Exemplos: a) y x x x = + + 2 4 5 3 - ( ) A nossa função é o quociente de duas funções: u x x x ( ) = − +2 4 5 e v (x) . (x 3) .= + Podemos calcular as derivadas de u e v separadamente e depois substituir na regra do quociente, assim: u x x’( ) . -= 2 4 v x’( ) =1 Substituindo na regra, temos: y u v u v v x x x x ’ ’ . . ’ ( )’ . ( ) - (= − ( ) = − + + − 2 2 24 5 3 44 5 3 3 2 x x x + + + ) . ( )’ ( ) Utilizando a propriedade distributiva, vem: y x x x x x ’ ( ) . ( ) - ( ) . ( ) = − + − + + 2 4 3 4 5 1 3 2 2 y x x x ’ ( ) = + − + 2 2 6 17 3 16 Unidade I b) y x x x = − 3 4 2 1 - ( ) A nossa função é o quociente de duas funções: u x x x ( ) = −3 4 e v x x ( ) ( ) .= −2 1 Calcularemos as derivadas de u e v separadamente e depois substituiremos na regra do quociente, assim: u x x’( ) . -= 3 42 v x’( ) = 2 Substituindo na regra, temos: y u v u v v x x x x ’ ’ . . ’ ( )’ . ( ) - (= − ( ) = − − − 2 3 34 2 1 44 2 1 2 12 x x x ) . ( )’ ( ) − − Utilizando a propriedade distributiva, vem: y x x x x x ’ ( ) . ( ) - ( ) . ( ) � � � � � 3 4 2 1 4 2 2 1 2 3 2 y x x x ’ ( ) � � � � 4 3 4 2 1 3 2 2 9) derivada da função composta (ou regra da cadeia) h f y y g x e h f g x h f g x= = = ⇒ =( ), ( ) ( ( )) ’ ’( ( )) . g x’( ) Lembrete Ao derivar uma função composta, você deve derivar a função de fora, isto é, f(y) e depois a função de dentro, isto é, g(x). Vejamos alguns exemplos para você entender melhor como aplicar a “regra da cadeia”. Exemplos: a) y x = +( )5 2 4 Temos uma regra para derivar a função y = x4, mas no nosso exemplo a função a ser derivada é f(u) = u4, em que u indica uma função. Assim a nossa função é composta, você tem a função g(x) = 5 x + 2 e f(u) = u4. 17 CÁLCULO INTEGRAL DE UMA VARIÁVEL Utilizando a regra 9 (regra da cadeia), temos: y x’ ( ) ’= + 5 2 4 y x x’ ( ) . ( )’� � �� 4 5 2 5 24 1 y x’ ( ) .= + 4 5 2 53 y x’ ( )= +20 5 2 3 b) y = e3x Sabemos derivar a função y = ex, mas a função que queremos derivar não tem o expoente igual a x, isto é, a função é do tipo y = eu. Devemos então utilizar a regra da cadeia, daí temos: y e x’ ’ = 3 y e x’ . = 3 3 y e x’ . = 3 3 c) y x x ou y x x = =2 2 1 2- ( - ) Sabemos derivar a função y x= 1 2 , mas a função que queremos derivar é do tipo y u= 1 2 . Assim devemos utilizar a regra da cadeia. Daí temos: y x x’ ( ) ’= − 2 1 2 y x x x x’ ( ) . ( ) ’= − − − 1 2 2 1 2 1 2 y x x x’ ( ) . ( )= − − − 1 2 2 12 1 2 Podemos ainda deixar a função de modo mais usual, isto é, colocar a expressão no denominador para que o expoente fique positivo: y x x x ou y x x ’ ( ) ( ) ’ ( )= − − = − 2 1 2 2 1 22 1 2 22 − x 18 Unidade I Vamos agora reescrever a nossa tabela de derivadas, utilizando a notação de função composta. Para facilitar o estudo da derivada destas funções, usaremos a notação u para indicar a função composta. Regras de derivação – função composta 1) y k u y k n u un n = ⇒ =. ’ . . . ’- 1 2) y e y u eu u= ⇒ = ’ ’ . y c e y c u eu u= ⇒ = ’ . ’ . , c constante 3) y u y u u = ⇒ =ln ’ ’ 4) y sen u y u u= ⇒ = ’ ’ .cos 5) y u y u sen u= ⇒ = −cos ’ ’ . 1.3 Ampliando seu leque de exemplos 1) Calcular a derivada da função y x x= − −3 4 1 Resolução: Para calcular a derivada da função, devemos observar que temos a soma de duas funções, devemos separá-las e determinar qual regra é a conveniente para cada caso. Assim: y x x’ . ’ ’= ( ) − ( )−3 4 1 y x x’ . . (- )-= − − − 3 4 14 1 1 1 Logo: y x x’ = + −12 3 2 2) Calcular a derivada da função y x x = − + 3 2 3 1 2 Resolução: Neste caso, temos que utilizar a regra do quociente para encontrar a derivada da função, isto é, y f x g x y f x g x f x g x g x = ⇒ = − ( ) ( ) ( ) ’ ’( ) . ( ) ( ) . ’( ) ( ) 2 19 CÁLCULO INTEGRAL DE UMA VARIÁVEL ou utilizando uma noção mais simples: y u v y u v u v v = ⇒ = − ’ ’ . . ’ 2 Vamos calcular a derivada de u e de v e depois substituir na regra, assim: u x u x x= − ⇒ = − =3 2 0 2 2 42 2 1 ’ . -- e v x v = + ⇒ = + =3 1 3 0 3’ Substituindo na regra, temos: y u v u v v ’ ’ . . ’= − 2 y x x x x ’ . ( ) . ( ) ( ) = −( ) + − −( ) + 4 3 1 3 2 3 3 1 2 2 Simplificando, temos: y x x x ’ ( ) = − − − + 6 4 9 3 1 2 2 3) Calcular a derivada da função y e sen xx= + 2 5 Resolução: Temos agora a soma de duas funções, uma exponencial e outra trigonométrica, devemos então utilizar as regras apropriadas. Note que ambas são funções compostas. Assim: y e sen xx’ ’ ’= + ( ) 2 5 y e x x xx’ ’ cos ( ) . ’= ( ) + ( ) 2 2 5 5 y e x xx’ .cos ( ) .= + 2 2 5 5 Note que é conveniente escrever 5 cos (5x) no lugar de cos (5x) . 5. É comum que se cometa o erro de multiplicar 5x por 5, obtendo, de forma errada, a expressão cos (25 x). 20 Unidade I Assim a resposta mais conveniente é: y e x xx’ . cos ( )= + 2 2 5 5 4) Calcular a derivada da função y Ln x= +( )2 52 Resolução: Temos novamente uma função composta, devemos utilizar a regra para Ln u, assim: y Ln x’ ( ) ’= + 2 5 2 y x x ’ ( ) ’ ( ) = + + 2 5 2 5 2 2 y x x ’ = + 4 2 52 5) Sabendo que a velocidade é uma taxa de variação, determine a velocidade de um móvel no instante t, sendo S t t t( ) = − + 2 8 Resolução: Como a velocidade é uma taxa de variação, utilizaremos a derivada de S(t) para determinar a velocidade do móvel. Calculando a derivada de S(t), temos: V t S t t t( ) ’( ) ’= = − +( ) 2 8 V t t( ) -= + 2 8 2 INTEGRAL – PRIMEIROS CONCEITOS Por vezes, conhecemos a derivada de uma função, mas precisamos determinar a função. Por exemplo, a equação da velocidade de um móvel é dada pela derivada da equação do espaço. Se você conhece a função velocidade e precisa determinar a posição do móvel em um instante t, vai utilizar a noção de antiderivação. Mas, afinal, o que é uma primitiva? 21 CÁLCULO INTEGRAL DE UMA VARIÁVEL 2.1 Primitiva ou antiderivada Tomemos f como uma função real contínua em um intervalo I. Chamamos de primitiva de f no intervalo I à função F, derivável em I, tal que F’(x) = f(x), ∀ ∈x l . Assim, para determinar a integral de uma função f, você deve pensar em qual é a expressão que quando calculamos a sua derivada o resultado é f. Vejamos agora alguns exemplos para compreender melhor essa definição. Exemplos: Determinar as primitivas das funções: a) f(x) = 2x Para determinar a primitiva da função f(x) = 2x, você deve procurar a função que quando derivamos temos como resposta 2x. A função F(x) = x2 é primitiva de f(x) = 2x, pois F ’ (x) = (x2)’ = 2x. Note que: F(x) = x2 + 1 também é primitiva de f (x) = 2x, pois F’(x) = (x2 + 1)’ = 2x F(x) = x2 + 3 também é primitiva de f (x) = 2x, pois F’(x) = (x2 + 3)’ = 2x F(x) = x2 - 10 também é primitiva de f (x) = 2x, pois F’(x) = (x2 – 10)’ = 2x b) f(x) = 10 Agora você está procurando uma função que tem derivada igual a 10. A função F(x) = 10 x é primitiva de f(x) = 10, pois F’ (x) = (10 x)’ = 10. Note que: F(x) = 10 x + 1 também é primitiva de f (x) = 10, pois F’ (x) = (10x + 1)’ = 10 F(x) = 10 x – 5 também é primitiva de f (x) = 10, pois F’ (x) = (10x - 5)’ = 10 F x x( ) = +10 2 também é primitiva de f (x) = 10, pois F x x’( ) ’= +( ) =10 2 10 22 Unidade I Lembrete Uma vez determinada a primitiva de uma função f, temos uma família de funções que também são primitivas de f, diferem apenas por constantes. Assim temos: No exemplo a, a primitiva de f(x) = 2x é qualquer função do tipo F(x) = x2 + c, em que c é uma constante. No exemplo b, a primitiva de f(x) = 10 é toda função do tipo F(x) = 10 x + c, em que c é uma constante. c) f(x) = - 3 As primitivas de f(x) são do tipo F(x) = - 3 x + c. 2.2 Integral indefinida Chamamos de integral indefinida de uma função f ao conjunto das primitivas de f. Para indicar a integral indefinida da função f(x), usaremos a notação de Leibniz (mais utilizada), em que F(x) indica a primitiva de f(x), dx indica a variável em relação a qual devemos fazer a antiderivada, c é a constante de integração. O símbolo de integração será utilizado enquanto não determinamos a primitiva de f. f x dx F x c( ) ( ) = +∫ A função f(x) é chamada de integrando ou função integrada. Observação Lê-se: integral de f(x) dx. Nem sempre é fácil determinar a primitiva de uma função. Temos vários métodos para facilitar o cálculo de integrais; neste texto, estudaremos o cálculo de integrais imediatas, integrais por substituição e integrais por partes. Inicialmente vamos estudar as integrais que podem ser resolvidas diretamente por meio de regras de integração, integrais imediatas. 23 CÁLCULO INTEGRAL DE UMA VARIÁVEL 2.3 Integral imediata Para as integrais imediatas, fazemos uso de uma tabela de integrais que tem como base as propriedades e regras de derivadas. Pode-se demonstrar cada uma das regras por meio das derivadas. Vejamos algumas delas: a) integral de uma constante, y = K k dx k x c = +∫ Exemplos 1) 2 dx∫ O integrando é uma constante, assim, segundo a regra, teremos como resultado 2 x + c. Podemos escrever então: 2 2 dx x c= +∫ Note que derivando F(x) = 2x + c (primitiva), temos F’(x) = (2x + c) ’ = 2 = f(x), desta forma é possível verificar se efetuamos corretamente. Lembrete Ao resolvermos a integral, isto é, ao colocarmos a expressão da primitiva, não utilizaremos mais a notação de integral nem o símbolo nem dx. 2) −∫ 3 dx O integrando é uma constante, logo, segundo a regra, teremos como resultado -3 x + c. Podemos então escrever: − = +∫ 3 3 dx x c- Se derivarmos F(x) = - 3x + c (primitiva), teremos F’(x) = (- 3x + c) ’ = - 3 = f(x). 24 Unidade I 3) dx∫ Observe que neste caso a constante K é igual a 1, assim, segundo a regra, temos dx x c= +∫ 1. , isto é, dx x c= +∫ . b) integral da potência y = x n, ( - )n ≠ 1 x dx x n c nn n = + + ≠ + ∫ 1 1 1, ( - ) Exemplos 1) x dx3 ∫ O integrando é uma potência, assim você deve utilizar a regra de integral da potência para determinar o valor da integral da função. Assim teremos: x dx x c x c3 3 1 4 3 1 4 = + + = + + ∫ Note que se derivarmos a função F x x c( ) = + 4 4 , teremos: F x x c x x f x’( ) ( ) ’ = + = = = 4 3 3 4 4 4 , isto é, F x x c( ) = + 4 4 é a primitiva de f(x). 2) x dx−∫ 2 Novamente temos a integral de uma potência, assim: x dx x c x c− + = + + = +∫ 2 2 1 1 2 1 1 - - - - Pelas propriedades de potência, temos: x = 1 x - 1 Logo podemos escrever: x dx x c− = +∫ 2 1- 25 CÁLCULO INTEGRAL DE UMA VARIÁVEL 3) ∫ x dx3 Pelas propriedades de potência, temos: a amn m n= , assim, x x3 1 3= Reescrevendo a integral, encontramos: ∫ ∫= = + + = + = + + x dx x dx x c x c x c3 1 3 1 3 1 4 3 4 3 1 3 1 4 3 3 4 Lembrete Você usará a propriedade de potência sempre que a função tiver uma raiz. c) Integral da potência, quando n = -1, y = x -1 ∫ ∫= = +x dx x dx Ln x c - | | 1 1 d) Integral da função exponencial de base a (a > 0, a ≠ 1) ∫ ∫= + = +a dx Ln a a c ou a dx a Ln a x x x x 1 . c Exemplos: 1) 2x dx ∫ Queremos calcular a integral de uma função exponencial com base 2, assim, segundo a regra, temos: 2 1 2 2x xdx Ln c ∫ = + . Ou 2 2 2 x x dx Ln c ∫ = + 2) 5 x dx∫ Agora queremos calcular a integral de uma função exponencial com base 5. Segundo a regra, temos: 5 1 5 5x xdx Ln c ∫ = + . 26 Unidade I Ou 5 5 5 x x dx Ln c ∫ = + e) Integral de algumas funções trigonométricas: sen x dx x c = +∫ - cos cos x dx sen x c= +∫ Resumindo, temos: k dx k x c = +∫ x dx x n c nn n = + + ≠ + ∫ 1 1 1, ( - ) ∫ ∫= = +x dx x dx Ln x c - | | 1 1 ∫ = +a dx a Ln a cx x sen x dx x c = +∫ - cos cos x dx sen x c= +∫ Outras regras podem ser encontradas nos livros indicados nas referências textuais. Saiba mais Na internet, você encontrará mais regras em: Disponível em: https://bit.ly/3OvSniN. Acesso em: 8 jan. 2012. Além das integrais imediatas que vimos anteriormente, veremos também algumas propriedades. P1. A integral da soma ou da diferença de duas funções é a soma ou diferença das integrais: ( ) ( ) ( ) ( )f g x dx f x dx g x dx± = ±∫ ∫ ∫ 27 CÁLCULO INTEGRAL DE UMA VARIÁVEL Exemplo 1) ( )2 +∫ x dx Observando a função, temos que ela é formada por f(x) = 2 e g(x) = x, pela propriedade P1, temos:( )2 2+ +∫ ∫ ∫x dx dx x dx = As duas integrais são imediatas, logo, utilizando a tabela de integrais, temos: 2 2 1 dx x c= +∫ x dx x c = +∫ 2 22 Assim: ( )2 2 2 2 2 21 2 2 2 + = + = + + + = + +∫ ∫ ∫x dx dx x dx x c x c x x c Note que escrevemos a constante c apenas uma vez para representar as constantes das primitivas de f e de g. 2) ( )x sen x dx2 +∫ Observando a função, temos que ela é formada por f x x e g x sen x( ) ( )= =2 . Pela propriedade P1, temos: ( )x sen x dx x dx sen x dx2 2+ = +∫ ∫ ∫ As duas integrais são imediatas, logo, utilizando a tabela de integrais, temos: x dx x c2 3 13 = +∫ sen x dx x c = − +∫ cos 2 Assim: ( ) ( cos )x sen x dx x dx sen x dx x c x c2 2 3 13 + = + = + + − +∫ ∫ 22 3 3 = − +∫ x x ccos 3) ( )e x dxx −∫ 4 Temos as funções f x e e g x xx( ) ( )= = 4 . Pela propriedade P1, temos: 28 Unidade I ( ) -e x dx e dx x dxx x− =∫ ∫ ∫ 4 4 Utilizando a tabela de integrais (integrais imediatas), temos: e dx e cx x = +∫ 1 x dx x c4 5 25 = +∫ Assim: ( ) - -e x dx e dx x dx e x cx x x− = = +∫ ∫ ∫ 4 4 5 5 P2. A integral do produto de uma constante por uma função é o produto da constante pela integral da função: ( . ) ( ) . ( )k f x dx k f x dx =∫ ∫ Exemplo: 1) 3 . x dx∫ Observando a função, temos k = 3 e f(x) = x, assim: 3 3 . .x dx x dx= ∫∫ A integral a ser calculada é imediata, logo, pela tabela de integrais: 3 3 3 2 2 . . .x dx x dx x c= = +∫∫ 2) 5 . e dxx∫ Observando a função, temos k = 5 e f(x) = eX, assim: 5 5 5 . e dx e dx e cx x x= = +∫∫ 29 CÁLCULO INTEGRAL DE UMA VARIÁVEL 3) −∫ 1 2 3 x dx Neste caso, temos: k = − 1 2 e f(x) = x3 Assim: − = −∫ ∫ 1 2 1 2 3 3 x dx x dx Pela tabela de integrais: − = − = − + = − +∫ ∫ 1 2 1 2 1 2 4 8 3 3 4 4 x dx x dx x c x c. P3. Propriedade da linearidade (é uma junção das propriedades P1 e P2) ( ) ( ) ( ) ( ) k f k g x dx k f x dx k g x dx1 2 1 2+ = +∫ ∫ ∫ Observação Essas propriedades podem ser estendidas a um número qualquer de funções. Veremos a seguir alguns exemplos, nos quais aplicaremos as regras e as propriedades vistas até agora. Exemplos: 1) ( )x x dx−∫ 3 2 Pela propriedade P3, temos: ( )x x dx x dx x dx− = −∫ ∫ ∫3 32 2 Calculando as integrais imediatas: ( )x x dx x dx x dx x x c− = − = − +∫ ∫ ∫3 3 2 3 3 2 2 2 3 30 Unidade I Simplificando, vem: ( )x x dx x x c− = − +∫ 3 2 2 2 3 2) ( . cos )5 3 1 x x dx− −∫ Pela propriedade P3, temos: ( . cos ) cos5 3 1 5 3 x x dx x dx x dx dx+ − = + −∫ ∫ ∫∫ Calculando as integrais imediatas, temos: ( . cos )5 3 1 5 3 2 2 x x dx sen x x x c+ − = + − +∫ Vejamos agora mais alguns exemplos. Neles, você utilizará os conceitos estudados. Refaça todos, pois isso facilitará seu estudo. 2.4 Ampliando seu leque de exemplos Calcular as integrais indefinidas (imediatas). 1) −∫ 3 dx Devemos utilizar a propriedade P2 para determinar a integral desta função, assim: − =∫ ∫3 3 dx dx- Utilizando agora a tabela de integrais, temos: − = = +∫ ∫3 3 3 dx dx x c- - 2) 1 2 dx∫ Novamente vamos utilizar a propriedade P2: 1 2 1 2 dx dx=∫ ∫ Pela tabela de integrais, temos: 1 2 1 2 1 2 dx dx x c= = +∫ ∫ 31 CÁLCULO INTEGRAL DE UMA VARIÁVEL 3) 5 1 3 2 x x dx−∫ Nesta função, deveremos utilizar as propriedades P1 e P2, pois temos a soma de duas funções e elas estão multiplicadas por um número, assim: Pela propriedade P1: 5 1 3 5 1 3 2 2 x x dx x dx x dx− = −∫ ∫ ∫ Pela propriedade P2: 5 1 3 5 1 3 5 1 3 2 2 2 x x dx x dx x dx x dx x dx− = − = −∫ ∫ ∫ ∫∫ Você percebe agora que as integrais a serem calculadas são imediatas, e pela tabela de integrais temos: 5 1 3 5 3 1 3 2 2 3 2 x x dx x x c− = − +∫ 5 1 3 5 3 1 6 2 3 2 x x dx x x c− = − +∫ 4) 5 x dx ∫ Vamos inicialmente reescrever a integral dada de forma mais conveniente, isto é: 5 5 1 x dx x dx = ∫∫ . Agora você consegue identificar a propriedade a ser utilizada e a regra conveniente para essa função. Assim, pela propriedade P2: 5 5 1 5 1 x dx x dx x dx = =∫∫ ∫. Pela tabela de integrais, temos: 5 5 1 5 1 5 x dx x dx x dx Ln x c = = = +∫∫ ∫. . | | 32 Unidade I 5) e sen x dx x 2 3-∫ Novamente temos a soma de duas funções. Assim, pela propriedade P3, temos: e sen x dx e dx sen x dx x x 2 3 1 2 3- = −∫ ∫ ∫ Utilizando a tabela de integrais: c e sen x dx e x x x 2 3 1 2 3- (-cos )� � �� Utilizando a regra de sinais, podemos escrever: e sen x dx e x c x x 2 3 1 2 3- cos= + +∫ 6) Sabendo que a velocidade é uma taxa de variação, V t dS dt ( ) = , determine a equação do espaço de um móvel no instante t, sendo conhecida a equação da velocidade S t t t( ) = − + 2 8 Resolução: Como a velocidade é uma taxa de variação, utilizaremos a derivada de S(t) para determinar a velocidade do móvel. Calculando a derivada de S(t), temos: V t S t t t( ) ’( ) ’= = − +( ) 2 8 V t t( ) -= + 2 8 Saiba mais Para saber mais sobre a historia do cálculo e das integrais, acesse: Disponível em: https://bit.ly/3XpAQNn. Acesso em: 8 jan. 2012. Na sequência, estudaremos a integral de funções que não podem ser determinadas diretamente pelas regras da tabela. Embora existam vários métodos para a resolução de integrais, em nosso texto veremos apenas os métodos de substituição e partes. 33 CÁLCULO INTEGRAL DE UMA VARIÁVEL Saiba mais Saiba mais sobre esses e outros métodos de integração em: Disponível em: https://bit.ly/3i4TGch. Acesso em: 8 jan. 2012. 3 MÉTODOS PARA O CÁLCULO DE INTEGRAIS (NÃO IMEDIATAS) 3.1 Integração por substituição Quando temos a integral de uma função que não é elementar (isto é, tabelada), precisamos modificar a função para recair numa integral imediata. Para podermos utilizar o método de substituição, é necessário que a função a ser integrada possa ser dividida em uma função u(x) e sua derivada u’(x). Usaremos a notação u du dx ’ = para indicar a derivada de u. Para decidir qual será a expressão de u, devemos verificar se du dx está na expressão a ser integrada. Você deve estar curioso para saber como decidir se devemos resolver a integral por substituição ou se ela é imediata. Para saber isso, você deve primeiro verificar se alguma das regras se aplica à função a ser integrada, isto é, se ela é imediata. Caso não seja imediata, devemos verificar se é possível transformar a expressão em uma integral imediata, substituindo parte dela por uma letra auxiliar, geralmente u. Vejamos a seguir alguns exemplos em que as funções a serem integradas são parecidas com as que encontramos na tabela com as regras de derivação, porém são funções compostas. Exemplos: 1) ∫ 2 .e 2 x dx Note que na tabela temos ∫ ex dx (função elementar), mas no nosso exemplo o expoente é 2x. Devemos então resolver a integral por substituição, chamemos o expoente de u, isto é, u = 2x. 34 Unidade I Calculando a derivada de u: u = 2x. du dx = 2 , isto é, du = 2 dx. Substituindo no enunciado, temos: ∫ 2 .e 2 x dx u du Figura 1 Assim: ∫ 2 .e 2 x dx = ∫ e u du Essa integral é imediata (está na tabela). Temos então: ∫ 2 .e 2 x dx = ∫ e u du = e u + c Voltando à variável original (do enunciado), temos: ∫ 2 .e 2 x dx = e 2 x + c 2) ( ) .x x dx 2 53 2+∫ Note que conhecemos x dx5 ∫ Devemos, então, fazer a substituição de modo a chegar numa função deste tipo. Tomemos u = x 2 + 3, du dx = 2x, isto é, du = 2 x dx. Substituindo no enunciado, temos: ( ) .x x dx u du u c 2 5 5 6 3 2 6 + = = +∫∫ 35 CÁLCULO INTEGRAL DE UMA VARIÁVEL Voltando à variável do enunciado, temos: ( ) . ( ) x x dx x c 2 5 2 6 3 2 3 6 + = + +∫ 3) x xdx . cos ( )2∫ Conhecemos cos x dx∫ , assim a substituição a ser feita é u = x2. Encontramos, então, du dx = 2 x, isto é, du = 2 x dx. Como o número 2 não está na função a ser integrada, devemos escrever du x dx 2 = e substituir no enunciado. u = x 2 du dx = 2 x, isto é, du x dx 2 = Assim: x x dx u du u du cos( ) cos cos2 2 1 2 = =∫ ∫ ∫ Resolvendo a integral imediata: x x dx sen u c cos( )2 1 2 = +∫ Voltando para a variável do enunciado: x x dx sen x c cos( )2 2 1 2 = +∫ 4) ∫ + 1 3 1x dx Da tabela de integrais sabemos calcular ∫ 1x dx no nosso exemplo, porém, o denominador agora é igual a 3 x + 1. Chamaremos esse denominador de u, isto é, u = 3 x + 1. Calculando a derivada de u: u = 3 x + 1 du dx = 3 , isto é, du dx 3 = Como 3 não está na função a ser integrada novamente, devemos isolar dx, assim dx du= 3 . 36 Unidade I Substituindo na integral, temos: 1 3 1 1 3 1 3 1 x dx u du u du + = =∫ ∫ ∫ Resolvendo a integral imediata: 1 3 1 1 3x dx Ln u c + = +∫ | | Voltando para a variável do enunciado: 1 3 1 1 3 3 1 x dx Ln x c + = + +∫ | | 5) ∫ − 3 12 x x dx Tomemos u = x 2 – 1 Assim du dx x= 2 Então: u = x2 – 1 du dx x= 2 , isto é, du x dx 2 = Substituindo dx na integral, temos: 3 1 3 1 3 22 2 x x dx x x dx x u du x− = − =∫ ∫ ∫ Simplificando: 3 1 3 1 2 3 2 1 2 x x dx u du u du − = =∫ ∫ ∫ Resolvendo a integral imediata em u: 3 1 3 22 x x dx Ln u c − = +∫ | | 37 CÁLCULO INTEGRAL DE UMA VARIÁVEL Voltando para a variável original: 3 1 3 2 12 2x x dx Ln x c − = − +∫ | | 6) 5 2x dx+∫ Pela propriedade de potência, temos: 5 2 5 2 1 2x x+ = +( ) ’ Assim: 5 2 5 2 1 2x dx x dx+ = +∫∫ ( ) Como a função a ser integrada é uma potência, tomaremos a base como u, isto é, u = 5 x + 2. Então: du dx = 5 Novamente vamos isolar dx, assim du dx 5 = u = 5 x + 2. du dx = 5 , isto é, du dx 5 = Substituindo no enunciado, temos: 5 2 5 2 5 1 5 1 2 1 2x dx x dx u du u+ = + = =∫∫ ∫ ( ) 11 2 du ∫ Calculando a integral imediata: 5 2 1 5 1 5 1 2 1 1 5 1 2 1 2 1 3 x dx u du u c u+ = = + + =∫ ∫ + 22 3 2 + c Retornando à variável original: 5 2 1 5 2 3 5 2 2 15 5 3 2x dx x c+ = + + =∫ . . ( ) . ( xx c + +2 3 2) 38 Unidade I 3.2 Integração por partes Nem sempre é possível utilizar o método da substituição para o cálculo da integral de uma função. Se tivermos a integral de um produto de funções em que uma das parcelas não é a derivada da outra, deveremos utilizar a integração por partes. A fórmula da integração por partes é: f x g x dx u dv u v v du( ) . ( ) . . - . = = ∫∫∫ Este método consiste em separar o produto f por g em duas partes: uma chamaremos de u e outra de dv: • u é a parte que será derivada. • dv é a parte que será integrada. Veremos a seguir algumas funções cujas integrais não são imediatas e também não podem ser resolvidas por substituição. Exemplos: 1) x e dxx .∫ Temos duas funções f(x) = x e g(x) = e x. Observe que não é uma integral imediata e não é possível resolver por substituição. Vamos resolver então por partes. Inicialmente devemos escolher quem chamaremos de u e quem chamaremos de dv. Geralmente verificamos de qual função conhecemos a integral e a chamamos de dv. Neste caso, conhecemos a integral das duas funções. Quando isso acontece, o mais conveniente é chamarmos de u a função f(x) = x. Tomemos u = x e dv = e x dx. Devemos agora derivar a função u e integral dv, isto é, u = x dv = ex dx du dx = 1 ∫ dv = ∫ ex dx du = dx v = ex 39 CÁLCULO INTEGRAL DE UMA VARIÁVEL Substituindo na fórmula u dv u v v du . . - .= ∫∫ temos: x e dx x e e u x dv u x v x v � ��� � � �. . -=∫ ∫ ddx I du � ( ) Calculando a integral imediata, temos: e dx e cx x = +∫ Substituindo na expressão (I), vem: x e dx x e e cx x x . . - = +∫ Colocando a expressão ex em evidência, temos: x e dx e x cx x . ( - ) = +∫ 1 Caso tivéssemos escolhido u = ex e dv = x dx, o que aconteceria com a nossa integral? Será que é indiferente a ordem de escolha? Para podermos responder a esta questão, vamos refazer o exemplo, agora utilizando u = e x e dv = x dx e ver o que acontece com a integral. Refazendo o exemplo, temos: u = ex dv = x dx du dx ex= ∫ dv = ∫ x dx du = ex dx v = x 2 2 Substituindo na fórmula u dv u v v du . . - .= ∫∫ temos: e x dx e x xx u dv x u v � ��� �� � � . . -=∫ ∫ 2 2 2 22 v x du e dx � ��� �� Note que a integral x e dxx 2 2 ∫ a ser calculada agora não é imediata e é mais complicada que a original. 40 Unidade I Não fizemos uma boa escolha. Devemos então recomeçar, fazendo outra escolha para u e dv. 2) x x dx cos∫ Novamente devemos decidir quem é u e quem é dv. Tomemos u = x e dv = cos x dx. u = x dv = cos x dx du dx = 1 ∫ dv = ∫ cos x dx du = dx v = sen x Substituindo na fórmula u dv u v v du . . - .= ∫∫ temos: x x dx x sen x u dv u v � � �� �� � ���. cos .= -∫ ∫ sen x dx v du ��� � ( I ) Calculando a integral imediata, temos: sen x dx x c = +∫ - cos Substituindo na expressão (I), vem: x x dx x sen x u dv � � �� ��. cos . - (- cos= x c) +∫ x x dx x sen x x c . cos . cos= + +∫ 3) Ln x dx ∫ Note que não conhecemos a integral de Ln x, isto é, ela não é imediata. Assim, só temos uma opção a escolher: u = Ln x e dv = dx u = Ln x dv = dx du dx x = 1 ∫ dv = ∫ dx 41 CÁLCULO INTEGRAL DE UMA VARIÁVEL du = 1 x dx v = x Substituindo na fórmula u dv u v v du . . - .= ∫∫ temos: ∫ ∫= Ln x dx Ln x x u dv u v � � ��� �. . - xx x dx v d u � ��� �� 1 ( I ) Calculando a integral imediata, temos: ∫ ∫= = + x x dx dx x c 1 Substituindo na expressão (I), vem: ∫ = + Ln x dx Ln x x x c u dv � �. . - Colocando x em evidência, temos: ∫ = +Ln x dx x Ln x c . ( - ) 1 3.3 Integração de algumas funções trigonométricas Inicialmente vamos listar algumas identidades trigonométricas que serão úteis em nossos exercícios: 1) sen2 x + cos2 x = 1 2) sen2 x = 1 - cos2 x 3) cos2 x = 1 - sen2 x 4) cos2 x = 1 2 2 + cos( )x 5) sen2 x = 1 2 2 − cos( )x 6) tg2 x = sec2 x – 1 7) cotg2 x = cossec2 x – 1 Nos próximos exemplos, teremos integrais de funções trigonométricas que só poderão ser resolvidas se utilizarmos as identidades citadas para transformar a expressão em uma integral imediata ou que possam ser resolvidas por substituição ou por partes. 42 Unidade I Exemplos: 1) Vamos utilizar um artifício que será usado sempre que o expoente for par. Utilizaremos a identidade trigonométrica 4. cos2 x = 1 2 2 + cos( )x Vamos então reescrever nossa integral: cos cos( )2 1 2 2∫ ∫= + x dx x dx Para resolver essa integral, você vai separar a fração em duas partes: cos cos( ) cos( )2 1 2 2 2 1 2 1 2 2∫ ∫ ∫= + = +x dx x dx x dx Pelas propriedades de integral, podemos separar a função em duas integrais, uma imediata e outra que deve ser resolvida por substituição: cos cos( ) cos( )2 1 2 1 2 2 1 2 1 2 2∫ ∫ ∫ ∫= + = +x dx x dx dx x dx (a) Resolvendo a integral trigonométrica por substituição, temos: u = 2x du dx = 2 du dx 2 = cos cos ( ) cos cos2 1 2 2 1 2 2 1 4 x dx x dx u du u du= = =∫ ∫ ∫ ∫ Calculando a integral imediata: 1 2 1 4 cos u du sen u c� �� Voltando para a variável do enunciado: 1 2 2 1 4 2 cos ( ) ( )x dx sen x c= +∫ Calculando a integral imediata e substituindo o resultado anterior em (a): cos ()2 1 2 1 4 2 x dx x sen x c= + +∫ 43 CÁLCULO INTEGRAL DE UMA VARIÁVEL 2) ∫ tgx dx Sabemos que tg x sen x x = cos , então podemos reescrever a função do enunciado ∫ ∫=tgx dx sen xx dx cos A nova integral deve ser resolvida por substituição. u = cos x du dx sen x= - du = - sen x dx Temos então: ∫ ∫ ∫= =tgx dx sen xx dx u du cos -1 Calculando a integral imediata: ∫ ∫ ∫= = = − +tgx dx sen xx dx u du Ln u c cos - | | 1 Voltando para a variável original: ∫ = − +tgx dx Ln x c | cos | Utilizando as propriedades de logaritmos, podemos escrever: ∫ = − + = +−tgx dx Ln x c Ln x c | cos | | (cos ) |1 Podemos escrever também: ∫ = +tgx dx Ln x c | sec | 3) ∫ sen3 x dx Vamos utilizar um artifício que será usado sempre que o expoente for ímpar. Devemos fatorar o integrando e aplicar a identidade 2. sen2 x = 1 - cos2 x 44 Unidade I Fatorando o integrando: sen3 x = sen2 x . sen x Agora você deve aplicar a identidade 2 e depois a distributiva: sen3 x = (1 - cos2 x) . sen x sen3 x = sen x - cos2 x . sen x Substituindo na integral do enunciado: ∫ sen3 x dx = ∫ (sen x - cos2 x . sen x) dx Pela propriedade de integral, podemos separar a função e calcular duas integrais, assim: ∫ sen3 x dx = ∫ sen x dx - ∫ cos2 x . sen x dx (1) A primeira integral é imediata e a segunda deve ser resolvida por substituição. Vamos inicialmente resolver a segunda integral, utilizando o que já sabemos do método de substituição: ∫ cos2 x . sen x dx = - ∫ u 2 . du = - u 3 3 + c = - cos 3 3 x + c u = cos x du dx sen x= - du = - sen x dx Substituindo em (1), vem: ∫ sen3 x dx = ∫ sen x dx - ∫ cos2 x . sen x dx = - cos x + cos 3 3 x + c Saiba mais Para saber mais sobre métodos de integração, acesse o site a seguir, clique em “Integrais” e depois em “Técnicas de Primitivação”. Lá você encontrará exemplos e exercícios de Integração (ou Primitivação) por substituição, por partes e por frações parciais. Bons estudos e boa navegação! Disponível em: http://ecalculo.if.usp.br. Acesso em: 8 jan. 2012. Porém, primeiro você deve estudar os exemplos a seguir. 45 CÁLCULO INTEGRAL DE UMA VARIÁVEL 3.4 Ampliando seu leque de exemplos Veremos agora uma nova leva de integrais para que você possa estudar e esclarecer suas dúvidas. Nesses exemplos teremos integrais imediatas, por substituição e por partes. Lembrete É importante que você estude os exemplos e depois tente refazê-los, isso o auxiliará em seus estudos. Calcule as integrais: a) ∫ +2 cos x dx Pelas propriedades de integral, podemos dividir a função em duas partes e calcular a integral de cada uma delas. ∫ ∫∫+ = +2 2 cos cosx dx dx x dx Resolvendo cada uma das integrais pela regra de integração conveniente, temos: ∫ ∫∫+ = + = + +2 2 2cos cos x dx dx x dx x sen x c b) ∫ +3 2x dx Novamente você vai dividir a função em duas e calcular a integral de cada uma: ∫ ∫∫+ = +3 32 2 x dx dx x dx Agora você tem duas integrais imediatas: ∫ + = + +3 3 3 3 x dx 2 x x c c) ∫ x x dx ( - )2 65 Essa integral deve ser resolvida por substituição, vamos então chamar x2 – 5 de u: u = x2 - 5 du = 2 x dx Logo, dx du x = 2 46 Unidade I Substituindo no enunciado: ∫ ∫=x x dx x u dux ( - ) ( ) 2 6 65 2 Simplificando: ∫ ∫=x x dx u du ( - ) ( )2 6 65 12 Calculando a integral imediata: � �� � �x x dx u du u c ( - ) .2 6 6 7 5 1 2 1 2 7 Retornando ao enunciado original: ∫ = +x x dx x c ( - ) ( - )2 6 2 7 5 5 14 d) ∫ + x x dx 2 3 210( ) Vamos resolver a integral novamente por substituição, sendo u = (x3 + 10), u = x3 + 10 du = 3 x2 dx Logo, dx du x = 3 2 Substituindo no enunciado, temos: ∫ ∫ +( ) =x x dx x u du x 2 3 2 2 2 2 10 3 Simplificando: ∫ ∫ ∫∫ +( ) = = = −x x dx x u du x du u u du 2 3 2 2 2 2 2 2 10 3 1 3 1 3 Calculando a integral imediata: ∫ +( ) = + = − + + −x x dx u u c 2 3 2 2 1 1 10 1 3 2 1 1 3 1 - - . 47 CÁLCULO INTEGRAL DE UMA VARIÁVEL Voltando para a variável do enunciado: ∫ +( ) = − + +x x dx x c 2 3 2 310 1 3 10 .( ) e) (por partes) ∫ 2 x e dxx Neste caso, devemos resolver a integral por partes e teremos u = 2 x e dv = e x dx. Assim: u = 2x dv = ex dx ∫ dv = ∫ ex dx du = 2 dx v = ex Substituindo na integral, temos: ∫ ∫= −2 2 2 x e dx x e e dx u x dv u x v x v du � � � � � �. ∫ ∫=2 2 2 x e dx x e e dx u x dv x x � � . - Resolvendo a integral imediata: ∫ = +2 2 2 x e dx x e e c u x dv x x � � . - 4 INTEGRAL DE RIEMANN No cálculo de áreas de figuras planas não convencionais é comum utilizarmos o método da exaustão, isto é, utilizar aproximação por meio de outras figuras cujas áreas são conhecidas. A soma destas áreas fornece um valor aproximado da área que se deseja calcular. Consideremos uma função contínua e f(x) ≥ 0, num intervalo fechado [a,b]. Queremos determinar a área A da região plana formada pelo gráfico da função, pelo eixo x e as retas x = a e x = b. Conforme a figura a seguir: 48 Unidade I y f(x) A a b x Figura 2 A área da região não é conhecida da geometria elementar, vamos então dividir esta região em outras figuras conhecidas, por exemplo, em retângulos. Para isso faremos uma partição no intervalo [a,b]. O que vem a ser uma partição em um intervalo? Vamos então definir partição para podermos entender o que é uma integral definida. 4.1 Partição Chamamos de partição de um intervalo ao conjunto de pontos {x0, x1, . . ., xn} que dividem o intervalo em n intervalos menores, com a = x0 e b = xn . Estes subintervalos não são necessariamente do mesmo tamanho. Em nosso exemplo, veremos o que acontece quando n = 3 e quando n = 12. Para facilitar, tomaremos as divisões com mesmo tamanho (∆x). y f(x) a b x y f(x) a ∆x b x Figura 3 Figura 4 49 CÁLCULO INTEGRAL DE UMA VARIÁVEL Note que a área sob o gráfico de f(x) é aproximadamente igual à soma das áreas dos retângulos. Neste caso, os retângulos foram formados com altura igual ao valor de f(xi), extremidade direita do subintervalo. O mesmo pode ser feito com a extremidade direita, com o ponto médio ou com qualquer ponto do intervalo, em todos os casos teremos resultados semelhantes. Observe que, no caso de n = 3, a diferença entre a região marcada, a área real e a soma das áreas dos retângulos é maior do que no caso de n = 12. Em alguns casos, a área do retângulo é maior que a região correspondente marcada e em outros é menor. Lembrete Quanto maior o número de divisões do intervalo [a,b], menor o valor de ∆x e menor o erro cometido com a aproximação pela soma das áreas dos retângulos. Cada retângulo tem base igual a ∆x e altura igual a f(x i). Neste caso, xi é a extremidade direita do intervalo correspondente. A área de cada um deles é dada por (∆x . f(xi) ) e a soma destas áreas é S x f xn i n i= = ∑ ∆ 1 . ( ) . 4.2 Soma de Riemann A soma S x f xn i i n i= = ∑ ∆ 1 . ( ) é chamada de soma de Riemann da função f(x). Note que agora estamos utilizando ∆xi para indicar a base dos retângulos, isto é, as bases não precisam ser necessariamente do mesmo tamanho, como ocorreu no nosso exemplo. Queremos o valor mais próximo da área A. Para isso, devemos colocar a menor base possível, isto é, ∆xi tendendo a zero (∆xi → 0), o que ocorre quando n tende a infinito. 4.3 Integral definida ou integral de Riemann Seja f uma função definida em [a,b] e L um número real tal que L x f x xi i i i n Lim= → = ∑ ∆ ∆ 0 1 . ( ) . Chamamos de integral definida de f de a até b ao número L e indicamos f x a b dx( ) ∫ . Assim temos por definição: f x x f x a b xi i i i n dx Lim( ) . ( ) ∫ = → = ∑ ∆ ∆ 0 1 50 Unidade I Observação Lê-se: integral de a até b de f(x) dx. Se este limite existe, dizemos que a função é integrável no intervalo [a,b]. Na notaçãode integral definida, os números a e b são chamados de limites de integração, a é o limite inferior e b o superior. Quando a função f for contínua e f(x) ≥ 0 no intervalo [a,b], temos que a integral definida é a área da região sob o gráfico de f de a até b. Não faremos cálculos de integrais definidas utilizando limites. Utilizaremos o Teorema Fundamental do Cálculo Integral para resolver essas integrais por meio de primitivas. 4.4 Teorema Fundamental do Cálculo Integral (TFCI) Se f é contínua em um intervalo fechado I e F é uma primitiva de f neste intervalo, isto é, F’(x) = f (x), então para quaisquer a, b de I temos: f x F b F a a b dx( ) ( ) - ( ) ∫ = Podemos também escrever f x F x F b F a a b a bdx( ) ( ) ( ) - ( ) ∫ = [ ] = ou ainda f x F x F b F a a b a b dx( ) ( ) ( ) - ( ) ∫ = = Assim, para o cálculo das integrais definidas vamos utilizar as regras e métodos das integrais indefinidas para encontrar as primitivas. Exemplos: 1) Calcular as integrais definidas (utilizando o TFCI) a) x dx 1 2 ∫ Inicialmente determinamos a primitiva de f(x) = x. Pelas regras, sabemos que F(x) = x c 2 2 + . Assim, calculando a integral, temos: x x cdx 1 2 2 2 1 2 ∫ = + 51 CÁLCULO INTEGRAL DE UMA VARIÁVEL Substituindo os extremos de integração: x x c F F c cdx 1 2 2 2 2 2 2 1 2 2 1 2 1 2 ∫ = + = = + − + ( ) - ( ) = − =4 2 1 2 3 2 Observação Na integral definida, a constante c será cancelada após a distribuição do sinal de menos, sempre. Por esse motivo, vamos utilizar a primitiva sempre sem a constante, para integrais definidas. b) 2 10 3 x dx- ∫ Inicialmente determinamos a primitiva de f(x) = 2 x – 1. Pelas regras, temos: ∫ 2 x – 1 dx = 2 2 2 . x x− = x 2 – x Note que não escrevemos a constante c. Assim: 2 1 3 0 3 3 0 0 9 3 0 3 2 0 3 2 2 x x x F Fdx- ( ) - ( ) ( ) ( ) ∫ = −( ) = = − − − = − == 6 c) x x dx2 1 0 3 - -∫ Determinando a primitiva de f(x) = x 2 - 3 x pelas regras, temos: ∫ x 2 - 3 x dx = x x x x 2 1 2 3 2 2 1 3 2 3 3 2 + + − = −. Portanto: x x x x F Fdx2 1 0 3 2 1 0 3 3 3 2 0 1 - ( ) - (- ) - - ∫ = − = (a) Determinando os valores de F(0) e F(-1), temos: F(0) = 0 3 3 0 2 0 0 0 3 2 − = − = . F(-1) = ( ) . (- ) .− − = − − = − − = − − = −1 3 3 1 2 1 3 3 1 2 1 3 3 2 2 9 6 11 6 3 2 52 Unidade I Substituindo em (a), temos: x x x x F Fdx2 1 0 3 2 1 0 3 3 3 2 0 1 0 11 - ( ) - (- ) - - - ∫ = − = = − 66 11 6 = Observe que nos exemplos a) e b), os cálculos de F(a) e F(b) foram feitos diretamente na integral, já no exemplo c) os cálculos foram feitos separadamente e só depois colocados na integral. O modo mais conveniente depende da função com que se está trabalhando, para funções com expressões mais simples é indiferente um ou outro modo, porém, para expressões mais longas ou complicadas, o cálculo separado facilita o processo. d) sen x dx 0 2 π ∫ Já sabemos que ∫ sen x dx = - cos x, logo sen x x F Fdx 0 2 0 2 2 0 � � �� � �� � �cos ( ) - ( ) (a) Determinando os valores de F( π 2 ) e F(0), temos: F( π 2 ) = - cos ( π 2 ) = - 0 = 0 F(0) = - cos 0 = - 1 Substituindo em (a), vem: sen x x F Fdx - 0 2 0 2 2 0 0 1 1 � � �� � �� � � � �cos ( ) - ( ) - ( ) e) x x dx 20 2 2�� Note que esta integral não é imediata, deve ser resolvida por substituição. Resolvendo a integral indefinida, temos: ∫ x x dx 2 2+ = ∫ 1 2u du = 1 2 ∫ 1 u du = 1 2 . Ln |u| = 1 2 . Ln | x2 + 2 | + c u = x2 + 2 du dx x= 2 , isto é, du x dx 2 = 53 CÁLCULO INTEGRAL DE UMA VARIÁVEL Pelo TFCI, temos: x x Ln x Lndx 20 2 2 0 2 2 2 1 2 2 1 2 2 2 1 + = + +∫ = . | | . | | - 22 0 22 . | |Ln + = = = =1 2 6 1 2 2 1 2 1792 1 2 0 693 0 . | | - . | | . , - . ,Ln Ln ,,550 f) ( )2 3 21 2 x dx+∫ Esta integral não é imediata, deve ser resolvida por substituição. Resolvendo a integral indefinida, temos: ∫ (2x + 3)2 dx = ∫ u2 du 2 = 1 2 ∫ u2 du = 1 2 . u du 3 3 = 1 6 . (2 x + 3)3 u = 2 x + 3 du dx = 2 , isto é, du dx 2 = Pelo TFCI, temos: ( )2 3 2 1 2 x dx+∫ = 1 6 . (2 x + 3)3 1 2 = 1 6 . (2 . 2+ 3)3 - 1 6 . (2 . 1 + 3)3 = = 1 6 . (2 . 2+ 3)3 - 1 6 . (2 . 1 + 3)3 = 1 6 . 73 - 1 6 . 53 = 36,33 Saiba mais Para saber mais sobre soma de Riemann, acesse o site a seguir, clique em ”Integrais” e, em seguida, em “Soma de Riemann”. Disponível em: http://ecalculo.if.usp.br. Acesso em: 8 jan. 2012. 4.5 Ampliando seu leque de exemplos Veremos a seguir mais exemplos de integrais, alguns resolvidos utilizando o método de substituição outros utilizando partes e, ainda, algumas integrais definidas utilizando o TFCI. Para definir qual dos métodos será usado, você deverá analisar a função antes de começar a resolver, isso agiliza o processo, evitando enganos. 54 Unidade I Exemplos: 1) Resolva as integrais a) ∫ Ln xx dx 2 temos: Devemos calcular a integral por partes; como a integral de Ln x não é imediata, devemos escolher u = Ln x e dv x dx= 12 . u Ln x= dv x dx= 12 du x dx= 1 dv x dx∫ ∫= −2 v x v x = + ⇒ = + - - -2 1 2 1 1 Substituindo na integral, temos: ∫ ∫= Ln x x dx Ln x x x x 2 1 1 1 . - - - . dx Arrumando a expressão: ∫ ∫= − + −Ln x x dx Ln x x x dx 2 2 Resolvendo a integral imediata e substituindo na expressão: ∫ = − + − + + = − + − + − + −Ln x x dx Ln x x x c Ln x x x c 2 2 1 1 2 1 1 Você pode ainda deixar a expressão de forma mais usual, não é comum deixar o sinal negativo no denominador: ∫ = − − +Ln xx dx Ln x x x c 2 1 b) ∫ Ln x dx 2 Devemos calcular a integral por parte, assim u = Ln x2 e dv = dx u Ln x= 2 dv = dx 55 CÁLCULO INTEGRAL DE UMA VARIÁVEL du x x dx= 1 22 dv dx v x ∫ ∫= = du x dx = 2 Substituindo na integral, temos: ∫ ∫= Ln x dx x Ln x x x dx 2 2 2 . - . Simplificando a função: ∫ ∫= −Ln x dx x Ln x d x 2 2 2. Calculando a integral e substituindo na expressão: ∫ = − +L dx x Ln xn x . x c2 2 2 c) sen x x dx2 . cos∫ Devemos calcular a integral por substituição. Seja u = sen x, temos: u = sen x du = cos x dx Substituindo no enunciado, temos: ∫ ∫=sen x x dx u du du 2 2 . cos��� �� Calculando a integral imediata: ∫ = + + = + + sen x x dx u c u c du 2 2 1 3 2 1 3 . cos��� �� Voltando para a variável original: ∫ = +sen x x dx sen x c du 2 3 3 . cos��� �� d) cos5 x dx∫ Inicialmente devemos escrever cos5 x = cos2x . cos2x . cos x, depois vamos substituir cos2x por 1 – sen2 x, temos então: cos cos cos cos5 2 2 x dx x x x dx=∫ ∫ 56 Unidade I ∫ ∫=cos ( - ) . ( - ) . cos5 2 21 1 x dx sen x sen x x dx Calculando a integral por substituição, fazendo u = sen x, temos: u = sen x du = cos x dx Substituindo no enunciado, temos: ∫ ∫∫ ∫= − − = − − + = − +cos ( ).( ).5 2 2 2 2 4 2 41 1 1 1 2 x dx u u du u u u du u u ddu Calculando a integral: ∫ = + +cos -5 3 5 2 3 5 x dx u u u c Voltando para a variável do enunciado: ∫ = + +cos -5 3 5 2 3 5 x dx sen x sen x sen x c 2) Resolva as integrais definidas a) 3 2 0 3 x dx-∫ Inicialmente determinamos a primitiva de f(x) = 3 x – 2. Pelas regras, temos: 3 2 3 2 2 2 x dx x x- .= −∫ Note que não escrevemos a constante c. Assim: 3 2 3 2 2 0 3 2 0 3 x x xdx- ∫ = − Substituindo os extremos de integração: 3 2 3 0 3 3 2 2 3 0 3 2 x F Fdx- ( ) - ( ) . ∫ = = − − 33 0 2 2 0 15 2 − = . 57 CÁLCULO INTEGRAL DE UMA VARIÁVEL b) x x dx 3 1 0 - -∫ Determinando a primitiva de f(x) = x 3 - x pelas regras, temos: x x dx x x x x 3 3 1 2 4 2 3 1 2 4 2 − = + − = −∫ + Portanto: x x x x F Fdx3 1 0 4 2 1 0 4 2 0 1- ( ) - (- ) - - ∫ = − = (a) Determinando os valores de F(0) e F(-1), temos: F( )0 0 4 0 2 0 4 2 = − = F( ) ( ) (- ) � � � � � � � �1 1 4 1 2 1 4 1 2 1 4 4 2 Substituindo em (a), temos: x x x x F Fdx3 1 0 4 2 1 0 4 2 0 1- ( ) - (- ) - - ∫ = − = x x dx3 1 0 4 2 4 20 4 0 2 1 4 1 2 - ( ) (- ) -∫ = − − − − = − = 0 1 4 1 2 1 4 - x x dx3 1 0 1 4 - -� � c) O valor da integral definida é: 0 2 π ∫ x senx dx. Devemos resolver a integral indefinida e depois substituir os extremos de integração. A integral indefinida deve ser resolvida por partes, tomemos: u = x e dv = sen x dx 58 Unidade I Assim, derivando u e integrando dv: u = x dv = sen x dx du = dx ∫dv = ∫sen x dx v = - cos x Substituindo na integral, temos: ∫ = − − x sen x dx x x u dv u v � � �� �� � ��� ��. (- cos ) cos xx dx x x x dx v du ��� �� �∫ ∫= + - . cos cos Calculando a integral e substituindo na expressão: ∫ = + + x sen x dx x x sen x c u dv � � �� �� - . cos Agora devemos substituir os extremos de integração: 0 2 2 0 π π ∫ = +( ) x senx dx x x sen x. - . cos 0 2 2 2 2 � � � � � � ��� � � � � � � � � � � � � x senx dx sen. - . cos�� � � � � �� � - . cos0 0 0sen 0 2 2 0 1 0 1 0 π π∫ = + − +( ) = x senx dx. - . - . 1 59 CÁLCULO INTEGRAL DE UMA VARIÁVEL Resumo Nesta unidade, vimos os conceitos de derivadas, de antiderivação e o cálculo de integrais utilizando as regras. Vejamos a seguir um resumo dos itens estudados, iniciando pelas derivadas. Notações de derivada y ou f x ou dy dx ou df x dx ’ ’( ) ( ) Tabela de derivadas 1) y c y’ 0= ⇒ = , c é o constante 2) y x y = ⇒ =’ 1 y k x y k = ⇒ =’ 3) y c x y c n xn n = ⇒ = ’ . . -1 , c é constante 4) y e y ex x= ⇒ = ’ y c e y c ex x= ⇒ = ’ , c é constante y a a y a ax x= ≠ ⇒ =, ’ ln 0 5) y x y x = ⇒ =ln ’ 1 6) derivada da soma e da diferença y f x g x y f x g x= + ⇒ = +( ) ( ) ’ ’( ) ’( ) y f x g x y f x g x= ⇒ =( ) - ( ) ’ ’( ) - ’( ) 7) derivada do produto y f x g x y f x g x f x g x= ⇒ = +( ) . ( ) ’ ’( ) . ( ) ( ) . ’( ) ou y u v y u v u v = ⇒ = +. ’ ’ . . ’ 8) derivada do quociente y f x g x y f x g x f x g x g x = ⇒ = − ( ) ( ) ( ) ’ ’( ) . ( ) ( ) . ’( ) ( ) 2 9)derivada da função composta (ou regra de cadeia) h f y y g x e h f g x h f g x g= = = ⇒ =( ), ( ) ( ( )) ’ ’( ( )) . ’( xx) 60 Unidade I Tabela de derivação para funções compostas - “regra da cadeia”. 1) y k u y k n u un n = ⇒ =. ’ . . . ’- 1 2) y e y u eu u= ⇒ = ’ ’ . y c e y c u eu u= ⇒ = ’ . ’ . , c é constante 3) y u y u u = ⇒ =ln ’ ’ 4) y sen u y u u= ⇒ = ’ ’ .cos 5) y u y u sen u� � � �cos ’ ’ . Vejamos agora um resumo dos itens estudados em integrais. Antiderivada ou Primitiva de f Função F, derivável em I, tal que F’(x) = f(x), ∀ ∈ x I . Integral indefinida: f x dx F x c( ) ( ) = +∫ Algumas regras de integração: k dx k x c = +∫ x dx x n c nn n = + + ≠ + ∫ 1 1 1, ( - ) x dx x dx Ln x c∫ ∫= = + - | | 1 1 ∫ = +a dx a Ln a cx x sen x dx x c = +∫ - cos cos x dx sen x c= +∫ 61 CÁLCULO INTEGRAL DE UMA VARIÁVEL Propriedades da integração: P1 ( ) ( ) ( ) ( )f g x dx f x dx g x dx± = ±∫ ∫ ∫ P2 ( . ) ( ) . ( )k f x dx k f x dx =∫ ∫ P3 ( ) ( ) ( ) ( ) k f k g x dx k f x dx k g x dx1 2 1 2+ = +∫ ∫ ∫ Estudamos também dois métodos para calcular a integral de funções não imediatas: substituição e partes. Integração por substituição – é utilizada quando a função a ser integrada pode ser dividida em uma função u(x) e sua derivada u’(x), fazemos a substituição e transformamos a integral numa imediata. Integração por partes – é utilizada quando a função a ser integrada é formada pelo produto de funções em que uma das parcelas não é a derivada da outra. Este método consiste em separar o produto f . g em duas partes, uma chamaremos de u e outra de dv. A parte que chamamos de u será derivada e a que chamamos de dv será integrada. Para o cálculo de integrais por partes utilizamos a fórmula: ∫ f(x) . g(x) dx = ∫u dv = u . v - ∫ v du Algumas relações trigonométricas 1) sen2 x + cos2 x = 1 2) sen2 x = 1 - cos2 x 3) cos2 x = 1 - sen2 x 4) cos2 x = 1 2 2 + cos( )x 5) sen2 x = 1 2 2 − cos( )x 6) tg2 x = sec2 x – 1 7) cotg2 x = cossec2 x – 1 62 Unidade I Integral de Riemann Partição - divisão de um intervalo em subintervalos. Integral de Riemann e soma de Riemann f x x f x a b xi i i i n dx Lim( ) . ( ) ∫ = → = ∑ ∆ ∆ 0 1 TFCI - Teorema Fundamental do Cálculo Integral f x F b F a a b dx( ) ( ) - ( ) ∫ = 63 CÁLCULO INTEGRAL DE UMA VARIÁVEL Exercícios Questão 1. (Enade 2008) A concentração de certo fármaco no sangue, t horas após sua administração, é dada pela fórmula: y t t t t( ) ( ) ,= + ≥10 1 02 . Em qual intervalo essa função é crescente? A) t ≥ 0 B) t > 10 C) t > 1 D) 0 ≤ t < 1 E) 1 2 10< <t Resposta correta: alternativa D. Análise da questão Para estudarmos o intervalo em que a função y t t t t( ) ( ) ,= + ≥10 1 02 é crescente, usamos o conceito de derivada. Ou seja, devemos estudar o sinal da primeira derivada de y(t). Sejam f e g duas funções e y a função definida por y t f t g t ( ) ( ) ( ) = , sendo g(t) ≠ 0. Se f´(t) e g´(t) existem, então y t g t f t f t g t g t ’( ) ( ). ’( ) ( ). ’( ) [ ( )] = − 2 . Derivando y(t): y t t t t t y t t t ’( ) ( ) . . .( ) [( ) ] ’( ) ( . . ).= + − + + ⇒ = + +1 10 10 2 1 1 2 1 1 12 2 2 2 2 00 10 2 1 12 2 − + + ⇒t t t . .( ) [( ) ] ⇒ = + + − + + ⇒ = + + −y t t t t t t y t t t ’( ) ( ). ( ) [( ) ] ’( ) 2 2 2 22 1 10 20 1 1 10 20 10 20tt t t 2 4 20 1 − + ⇒ ( ) ⇒ = − + + y t t t ’( ) ( ) 10 10 1 2 4 Vamos estudar o sinal da função y t t t a t b t ’( ) ( ) ( ) ( ) = − + + =10 10 1 2 4 . 64 Unidade I As raízes de a t t( ) = − +10 102 são: a t t a t t t t( ) ( )= − + ⇒ = ⇒ − + = ⇒ = ⇒ = ⇒10 10 0 10 10 0 10 10 10 10 2 2 2 2 ⇒ = ⇒ = ±t t2 1 1 As raízes de b t t( ) ( )= +1 4 são: b t t b t t t t t( ) ( ) ( ) ( ) ( )= + ⇒ = ⇒ + = ⇒ + = ⇒ + = ⇒ = −1 0 1 0 1 0 1 0 14 4 4 Como a restrição é b t( ) ≠ 0 , então ( )t t+ ≠ ⇒ ≠ −1 0 14 . Assim, a função d(t) não apresenta raiz real. Sendo MA “mesmo sinal de a” e CA “sinal contrário de a”, considerando as funções do primeiro e segundo graus dadas por y = ax + b e y = ax2 + bx + c, estudamos o sinal do quociente pelo “varal real” (figura 5). (–) – 1 – 1 – 1 0 1 1 MA MA (+) (–) (+) CA MA (+) (+) (+) (–) MA a(t)I b(t)II a(t)/b(t)Avaliação: I/II MA (+) (–) Figura 5 – Estudo do sinal da função y t t t a t b t ’( ) ( ) ( ) ( ) = − + + =10 10 1 2 4 Assim, temos valores positivos para a função y’ (t) em 0 1≤ <t . Não podemos considerar o intervalo -1 < t < 1,pois temos a condição t ≥ 0 . Também não podemos considerar o valor t=1, pois, caso você venha a substituir t=1 na função y t t t ’( ) ( ) = − + + 10 10 1 2 4 , obterá 0 24 = 0. Para a função ser crescente, a derivada no ponto teria que ser maior que zero, ou seja, positiva. Como a derivada resultou em zero, a bolinha na “linha do varal avaliação” da figura 5 está aberta em t=1. Logo, t=1 não indica o crescimento da função; consequentemente,para darmos o intervalo onde a função é crescente, temos que usar o símbolo estritamente menor (<), isto é, t<1 e não t < 1. Resposta correta: alternativa D. 65 CÁLCULO INTEGRAL DE UMA VARIÁVEL A) Alternativa incorreta. Justificativa: de acordo com os cálculos. B) Alternativa incorreta. Justificativa: de acordo com os cálculos. C) Alternativa incorreta. Justificativa: de acordo com os cálculos. D) Alternativa correta. Justificativa: de acordo com os cálculos. E) Alternativa incorreta. Justificativa: de acordo com os cálculos. Questão 2. (Enade 2008) Considere f R: ,0 ∞[ ] → uma função cujo gráfico está representado na figura a seguir: y 1 0 -1 1 2 x Figura 6 Assinale a opção que melhor representa o gráfico da função f x f t dt x ( ) ( )= ∫ 0 . 66 Unidade I A) 0 2 x y 0 1 2 x E) y 0 1 2 x D) y B) 0 1 2 x y 0 2 x C) Resposta correta: alternativa D. Análise da questão O gráfico do enunciado, no intervalo de 0 a 1, é dado pela função f(x) = 1. Logo, nesse intervalo, temos f x dx dx x C( ) = = +∫∫ 1 , que é uma reta inclinada para a direita (de coeficiente angular igual a 1). O gráfico do enunciado, no intervalo de 1 a 2, é dado pela função f(x) = -1. Logo, nesse intervalo, temos f x dx dx x C( ) = − = − +∫∫ 1 , que é uma reta inclinada para a esquerda (de coeficiente angular igual a -1). O gráfico do enunciado, no intervalo de 2 ao infinito, é dado pela função f(x) = ax + b, com a>0. Logo, nesse intervalo, temos f x dx ax b dx a x bx C( ) ( )= + = + +∫∫ 2 2 , que é uma função quadrática (parábola) de concavidade voltada para cima. Assim, a resposta correta é a alternativa D. 67 CÁLCULO INTEGRAL DE UMA VARIÁVEL A) Alternativa incorreta. Justificativa: de acordo com os cálculos. B) Alternativa incorreta. Justificativa: de acordo com os cálculos. C) Alternativa incorreta. Justificativa: de acordo com os cálculos. D) Alternativa correta. Justificativa: de acordo com os cálculos. E) Alternativa incorreta. Justificativa: de acordo com os cálculos.
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