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Livro Digital - Sintaxe de concordância verbal e nominal (2)

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LÍNGUA PORTUGUESA – CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL 
PROFESSORA TAIMY VANINI 
 
 
Patrícia Simone Gomes de Paula - patriciadepaula01@gmail.com - IP: 45.184.143.21
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LÍNGUA PORTUGUESA – CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL 
PROFESSORA TAIMY VANINI 
 
TAIMY VANNI 
 
Graduada em Letras – Português/ Inglês em 2011, atua na área de educação 
desde o segundo semestre da faculdade, contando com mais de 12 anos de 
experiência em sala de aula. Com concursos e vestibulares, a jornada iniciou 
em 2014, trabalhando como professora de Inglês na plataforma Ari de Sá. 
Atualmente, é professora de Língua Portuguesa e Redação no JáPassei 
Educação e comenta questões no Estratégia Concursos. 
 
 
 
 
 
Olá, professor (a)! 
Após termos visto os verbos, os substantivos, os adjetivos e os advérbios, teremos hoje uma aula 
que reúne todos esses tópicos: A Concordância Verbal e Nominal. Agora, não faremos mais análises 
isoladas das classes, como fizemos até então, mas veremos como umas se associam as outras, 
observando, primeiramente, que as concordâncias fazem parte dos estudos de sintaxe (relações entre 
termos). 
Concordância é a harmonia entre as palavras, é o que confere aos textos clareza e 
entendimento. É um conteúdo de grande relevância para os certames, e você verá, ao realizar os 
testes, que as provas costumam ser bastante exigentes com esse assunto. 
Sobre a importância do conteúdo, tenha em mente que ele não deixou de aparecer em nenhuma 
prova de Língua Portuguesa desde o ano de 2019. Em todas as provas para PEB I e Professor de Educação 
Infantil, uma ou duas questões sobre Concordância apareceram. Vamos ver mais alguns dados: 
Analisadas as provas para PEB I e professor de Educação Infantil, de 2019 a 2022, observou-se que 
a Língua Portuguesa constou em todos os editais, ocupando uma média de 34,52% das provas. Dentro 
da parte de Português, a Interpretação Textual é o assunto que possui mais questões – ocupando mais 
de 15% da prova de Língua Portuguesa e 5,4% da totalidade da prova. 
Quanto à Concordância, como já mencionado, ao menos uma questão sobre o assunto aparece 
nas avaliações, e em muitas também houve outra questão que envolvia a concordância, associando-a 
a outros tópicos. 
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Questões exclusivas de Concordância Verbal e Nominal representam em média 3,7% da prova de 
Língua Portuguesa e 1,3% da totalidade da prova. Dentre as regras que mais ocorrem dentro do 
conteúdo estão: Relações entre singulares e plurais, verbos impessoais haver e fazer e concordância 
com a partícula SE. 
Entendida a relevância desse conteúdo, é hora de compreender de uma vez por todas as regras 
mais pertinentes – o que será mais fácil agora que a base sobre as classes verbais foi construída. 
 
Bons estudos! 
 
 
 
 
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O QUE É CONCORDÂNCIA? 
 
A concordância, na Língua Portuguesa, é a forma como as palavras se associam para passar 
mensagens claras e corretas, principalmente em relação a gêneros, números e pessoas gramaticais. A 
concordância pode ser verbal – quando está relacionada a como o sujeito se associa ao verbo, ou 
nominal – quando observa como substantivos concordam com adjetivos, pronomes e numerais. 
 
Por exemplo: O Brasil, um país gigante territorialmente e com as mais variadas populações, ainda não 
está preparado para as novidades. 
 
Veja que todas as palavras estão corretamente associadas a seus respectivos complementos. “O 
Brasil” é o sujeito da locução verbal “está preparado” e “variadas” faz par com “populações”. 
Em geral, o que mais costuma aparecer em questões de concordância são erros de 
singulares/plurais e femininos/masculinos, no entanto, muitas vezes esses erros não são tão óbvios 
(como o da faixa abaixo). Além disso, existem algumas outras regras, as quais nem sempre aplicamos 
no cotidiano, mas que também dão as caras nas provas de Língua Portuguesa. No decorrer do estudo, 
vamos observar quais as maiores pertinências em relação a esse conteúdo tão cobrado nas provas de 
PEB I. 
 
A maioria dos erros de concordância são relacionados a femininos e masculinos, singulares e 
plurais. 
 
SINTAXE DE CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL 
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O SUJEITO 
 
Antes de conhecermos as regras de concordância, é essencial entender o sujeito das orações, 
uma vez que ele é o norteador da flexão verbal. O sujeito é basicamente o responsável por praticar 
ações e ser atribuído a um estado, pode ser um pronome reto (eu, tu, ele, nós, vós, eles), pronome 
indefinido (alguém, algo, tudo, nada, ninguém), o nome de alguém, o nome de algo (substantivos), 
entre outros; pode ou não vir acompanhado de artigo, mas nunca de preposições. Observe: 
 
O Charles está contente – Sujeito Charles, acompanhado pelo artigo O e sendo atribuído a um estado. 
Allan chegou à escola – Sujeito Allan, sem artigo, praticando a ação de chegar. 
 
A Thais, entreguei as planilhas – Sujeito oculto “eu”. Observe que quem “entreguei” não foi Thais, mas 
sim “eu”. Além disso, o “A” na frente de Thais é uma preposição (lembra-se da dica? se trocar por palavra 
masculina e aparecer AO – é preposição). E além, além disso, o sujeito nunca deve ser separado por 
vírgula de seu verbo. 
A melhor maneira de encontrar o sujeito de uma oração é perguntando ao verbo: “Quem ou o 
que te praticou?” – a resposta será o sujeito da oração. Lembre-se, porém, que um mesmo período pode 
ter várias orações e cada uma terá seu sujeito. 
Outra coisa importante – Muitas vezes o sujeito possui várias palavras, por exemplo: O velho 
homem cheio de sonhos decorou todas as falas do livro. Toda a parte grifada é sujeito da oração, e isso 
pode confundir o candidato, pois nesse entremeio há palavras no singular e no plural. Tente sempre 
encontrar o núcleo do sujeito – a parte dele que não pode de jeito nenhum ser retirada da oração: “O 
homem decorou todas as falas do livro”. É com o núcleo que o verbo da oração deve concordar. 
 
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REGRAS DE CONCORDÂNCIA VERBAL 
 
SINGULARES E PLURAIS 
Como antes citado, apesar de outras regras também aparecerem nas provas de concursos 
pedagógicos, o que mais se evidencia em relação à concordância são as relações básicas entre 
singulares e plurais. E pode parecer que não, mas esse tipo de erro é o que mais passa despercebido, 
muitas vezes porque o candidato está buscando por algum erro mais complexo. Vejamos na prática: 
Na questão a seguir, apenas uma oração está correta. Você saberia dizer qual é? Leia com 
atenção e tente verificar como as palavras se relacionam e quais são complementos umas das outras. 
 
Assinale a alternativa em que a concordância verbal está em conformidade com a norma-padrão. 
A) Os problemas de saúde, a delinquência, o crime, tudo isso podem atingir os adolescentes e jovens 
fora da escola. 
B) Fazem 15 anos que não ocorreu melhoras no porcentual de jovens entre 15 e 17 anos que estão fora 
da escola. 
C) No Brasil, em 2017, mais de 10,3 milhões de jovens entre 15 e 17 anosde idade estava fora da sala de 
aula. 
D) Apesar de ter crescido o número de jovens que chegam ao ensino médio, a evasão e o abandono 
escolar trazem índices alarmantes. 
E) A diminuição das condições de empregabilidade são limitações ao horizonte profissional dos que 
abandonam a escola. 
O gabarito dessa questão é a letra D! Você acertou? Observe como todas as palavras se complementam 
sem ruídos – “jovens” concorda com “chegam”, “trazem índices alarmantes” concorda com “evasão E 
abandono escolar”. 
 
Quanto as demais alternativas, observe o que há de errado: 
A) Os problemas de saúde, a delinquência, o crime, tudo isso podem atingir os adolescentes e jovens 
fora da escola. Correto: Tudo isso pode atingir. 
B) Fazem 15 anos que não ocorreu melhoras no porcentual de jovens entre 15 e 17 anos que estão fora 
da escola. Correto: Faz 15 anos que não ocorreram melhoras no porcentual... (depois falaremos sobre o 
verbo fazer) 
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C) No Brasil, em 2017, mais de 10,3 milhões de jovens entre 15 e 17 anos de idade estava fora da sala de 
aula. Correto - ... milhões de jovens entre 15 e 17 anos estavam fora da sala de aula. 
E) A diminuição das condições de empregabilidade são limitações ao horizonte profissional dos que 
abandonam a escola. Correto: Observe que o núcleo do sujeito é “A diminuição”, por isso: A diminuição 
das condições de empregabilidade é limitação profissional... 
 
Como pôde observar, com exceção da letra C, cujo verbo realmente faz parte de uma regra 
específica, todas as demais alternativas trouxeram elementos básicos de singular e plural. Por isso, a 
dica mais importante sobre a concordância é essa: Fique atento aos S, M (e outras representações de 
plurais) que sobram ou faltam nas palavras. 
 
EXPRESSÕES PARTITIVAS E COLETIVOS 
 
Expressões partitivas são aquelas que apresentam uma parte do todo: A maioria, a minoria, 
grande parte, boa parte, pequena parte. Essas expressões possuem uma particularidade no que tange 
à concordância, pois admitem verbos no singular ou no plural. 
Se vierem sozinhas, como em “A maioria optou pelo feriado prolongado”, o verbo que as 
acompanha fica invariavelmente no singular. 
Porém, se vierem acompanhadas de um substantivo no plural, como em: “A maioria dos 
estudantes”, poderíamos usar o verbo tanto em sua forma singular: A maioria dos estudantes optou 
pelo feriado prolongado. Como em sua forma plural: A maioria dos estudantes optaram pelo feriado 
prolongado. 
O mesmo ocorre com substantivos coletivos acompanhados de uma palavra especificadora no 
plural. Para quem não lembra, coletivos são os substantivos que dão nome a um grupo de seres da 
mesma espécie, como colmeia, cardume, arquipélago, etc. Observe: 
 
O bando comeu todo o alpiste. 
O bando de aves comeu/comeram todo o alpiste. 
 
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NOMES PRÓPRIOS NO PLURAL 
Existem substantivos próprios que em sua forma normal já estão no plural, como é o caso de 
Amazonas, Minas Gerais, Estados Unidos, Os Sertões. A concordância delas será feita da seguinte 
maneira: 
 
Minas Gerais produz comida de qualidade. (Sem artigo – verbo no singular) 
As Minas Gerais produzem comida de qualidade. (Com artigo – verbo no plural) 
 
Quanto a títulos de livros, como “Os Sertões”, a gramática orienta que o ideal é usar o verbo 
sempre no singular. Por exemplo: “Os Sertões representa todo um povo”. 
 
 
PORCENTAGENS 
 
Tem algo errado nessa manchete. Você consegue saber o que é? 
 
Expressões com porcentagens seguirão dois caminhos: Se houver apenas o número, concordar-
se-á com ele: 
Cerca de 1% não concordou com a decisão. 
Cerca de 12% não concordaram com a decisão. 
 
No entanto, se houver um substantivo após o número, a concordância será feita com ele: 
Cerca de 1% das pessoas não concordaram com a decisão. 
Cerca de 12% do povo não concordou com a decisão. 
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PRONOMES DE TRATAMENTO 
Os pronomes de tratamento, como já estudado, são aqueles utilizados para se referir a um cargo 
ou pessoa em específico, como Senhor, Vossa Alteza, Vossa Senhoria, etc. 
Quanto à concordância desses, lembre-se de que todos se conjugam em terceira pessoa, assim como 
“você”. Logo: 
 
Você estuda para concursos? 
Vossa Excelência estuda para concursos? 
Vocês estudam para concursos? 
Vossas Excelências estudam para concursos? 
 
 
VERBOS IMPESSOAIS – HAVER E FAZER 
 
Esses dois verbos são extremamente comuns em provas de concursos públicos, por isso, 
nenhuma dúvida pode restar sobre eles. Quando dizemos que um verbo é impessoal, quer dizer que ele 
não está relacionado a nenhuma pessoa, ou seja, não possui sujeito. Como a base da concordância é o 
sujeito, o que fazer diante de um verbo impessoal? 
O verbo haver será impessoal quando significar existir ou ocorrer. Para se ter certeza sobre esses 
significados, é necessário substituir um verbo pelo outro na oração. Por exemplo: “Havia uma pessoa 
em quem ele nunca confiou” – Veja que dá no mesmo dizer – “Existia uma pessoa em quem ele nunca 
confiou”. 
Isso quer dizer que na primeira frase “Havia uma pessoa em quem ele nunca confiou” o verbo 
haver tem sentido de existir, e por isso ele é impessoal. Quando o verbo é impessoal, ele nunca vai 
ao plural, fica sempre no singular, apesar de poder variar nos tempos verbais. 
Ou seja, se em vez de “uma pessoa” a oração trouxesse “algumas pessoas”, seria escrita da 
seguinte maneira: “Havia algumas pessoas em quem ele nunca confiou”, com o verbo haver ainda no 
singular. 
Quando o verbo haver não tem sentido de existir/ocorrer, ele não é mais impessoal e concorda 
normalmente com o sujeito: Ele havia trabalhado a tarde toda./ Eles haviam trabalhado a tarde toda. 
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Sobre esse estudo, tenha cuidado com duas coisas: Em locuções verbais, quando o haver tem 
sentido de existir/ocorrer, ele se mantém impessoal e nenhum dos dois verbos vai ao plural. Por 
exemplo: Pode haver pessoas no local (e não “podem haver”). 
Os verbos existir e ocorrer não são impessoais em nenhum momento, eles apenas servem de 
guia para estudar o assunto. Na frase acima, pode exemplo, ficaria: “Podem existir pessoas no local”. 
 
O verbo fazer, por sua vez, será impessoal quando passar ideia de tempo decorrido. Nesse caso, 
independente da palavra que venha à frente, o fazer sempre ficará no singular. Veja alguns exemplos: 
Faz um ano que não o vejo. 
Faz cinco anos que não o vejo. 
Pode fazer um ano que não o vejo. 
Pode fazer cinco anos que não o vejo. 
 
O VERBO SER 
 
Em geral, o verbo SER concorda normalmente com as palavras e números que o acompanham, 
por exemplo: 
Ela é querida./ Elas são queridas. 
É uma hora. /São duas horas. 
Hoje é primeiro de março. / Hoje são dois de março. (Nesse caso, pode ser “é dois de março” porque a 
ideia de “dia” está implícita, como se dissesse – “Hoje é (dia) dois de março). 
 
O VERBO E A PARTÍCULA SE 
 
 
Será que está correto? Vamos descobrir! 
 
Aqui lidaremos com duas possíveis construções associadas à partícula SE, que irão refletir em 
como será a flexão do verbo. O SE, entre outras funções, pode ser um pronome apassivador ou umíndice de indeterminação do sujeito. 
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Na construção “vende-se casa” é um pronome apassivador, observe que a oração é constituída 
da seguinte maneira: Verbo + SE + complemento (Pode ser SE + verbo + complemento também). 
Quando o SE é partícula apassivadora, o verbo concordará com a palavra que vem à frente em 
singular ou plural: 
Vende-se casa. 
Vendem-se casas. 
 
Na construção “Precisa-se de torneiro mecânico”, o SE é um índice de indeterminação do sujeito. 
Observe que, dessa vez, a construção é: Verbo + SE + preposição (de). (Pode ser SE + verbo + 
preposição). Nesse caso, sendo um índice de indeterminação do sujeito, o verbo da oração fica 
sempre no singular, mesmo que a palavra à frente esteja no plural. Observe: 
Trata-se de um homem íntegro. 
Trata-se de homens íntegros. 
 
Resumindo: Verbo + SE precisa ser analisado com cuidado. Se estiver sem preposição, o verbo 
concorda com a palavra a que se refere, se estiver com preposição, o verbo fica sempre no singular. 
 
SUJEITO ORACIONAL 
 
Como vimos no início desse estudo, o sujeito é o “ser” responsável pela ação/estado verbal. E 
como foi colocado, esse tal sujeito pode aparecer de várias maneiras. Nessa regra, o sujeito é formado 
por uma oração. Observe: Conhecer muito bem seus alunos é necessário ao professor. 
Veja que o verbo “é” está no singular, e que ele está concordando com “conhecer muito bem seus 
alunos” – que é uma oração! (Oração é toda construção que possui verbo, nessa, no caso, o verbo é 
“conhecer”). 
 
Vejamos outros exemplos: 
Entender as regras de concordância torna-se fundamental ao concurseiro. 
Abrir a mente para novas possibilidades é uma tarefa diária. 
 
Para ter certeza de que se trata de um sujeito oracional, troque-o por ISSO: 
Isso torna-se fundamental ao concurseiro. 
Isso é uma tarefa diária. 
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Sujeitos oracionais pedem sempre o verbo no singular, nunca no plural. 
 
SUJEITO COMPOSTO 
 
O sujeito é composto quando apresenta mais de um núcleo, e esses são ligados por E. Como 
“Carlos e Jean”, “Amor e amizade” etc. 
Aqui há uma construção bastante peculiar que pode confundir o concurseiro. Em geral, o sujeito 
coletivo pede verbo no plural, como em: “Carlos e Jean chegaram atrasados”. 
No entanto, se o verbo vier antes do sujeito composto, duas construções são possíveis. Pode-se 
dizer: “Chegaram atrasados Carlos e Jean” ou “Chegou atrasado Carlos e Jean”, com o verbo 
concordando com o núcleo mais próximo. 
 
SUJEITO RESUMIDO POR TUDO, NADA, NINGUÉM 
 
Em construções em que há vários sujeitos, mas eles são resumidos pelas palavras tudo, nada ou 
ninguém, o verbo ficará no singular: Batata, arroz, feijão, óleo, açúcar, tudo está muito caro. 
 
REGRAS DE CONCORDÂNCIA NOMINAL 
 
Enquanto a concordância verbal relaciona-se a sujeitos e seus verbos, a concordância nominal 
tem a ver com outras classes, principalmente substantivos e adjetivos. Essa parte do conteúdo também 
possui algumas regras. 
Seguindo a regra geral, quando há apenas um substantivo e um adjetivo, a concordância será 
feita com flexão de gênero e número nas duas palavras: 
Quadro bonito. 
Cortina branca. 
Quando houver mais que um substantivo, o adjetivo deve concordar com o que está mais próximo ou 
com todos eles – no masculino plural. 
Quadro e cortina bonita. 
Cortina e quadro bonito. 
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Cortina e quadro bonitos. 
 
PALAVRA SÓ 
Essa palavra pode ser adjetivo ou advérbio. Será adjetivo quando significar sozinho, e nesse caso, irá 
se flexionar em número. Por exemplo: 
Ela saiu só. /Elas saíram sós. 
 
Como advérbio, significa “apenas”, “somente” e nesse caso não se flexiona. Por exemplo: 
Só ele pode fazer isso. 
 
PALAVRA BASTANTE 
Essa palavra pode aparecer tanto no singular quanto no plural, e seu uso será baseado na palavra 
“muito”. Em contextos em que só couber muito/muita (no singular) só caberá bastante, também no 
singular; em contextos em que couber muitos ou muitas, será usado bastantes. Observe: 
 
Muita gente não foi à aula na Terça – Bastante gente não foi à aula na Terça. 
Conversamos com muitas pessoas – Conversamos com bastantes pessoas. 
 
BOM, NECESSÁRIO, PROIBIDO, PERMITIDO, PRECISO 
 
As placas acima parecem corretas? Vamos descobrir! 
 
Essas palavras terão concordâncias baseadas na presença ou não de termos que definem 
gênero/número. Por exemplo: 
 
Maçã é bom para prevenir doenças. (Aqui não tem artigo – “bom” fica no masculino) 
A maçã é boa para prevenir doenças. 
As maçãs são boas para prevenir doenças. 
 
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Entrada é proibido. 
A entrada é proibida. 
 
OBRIGADO, MESMO, INCLUSO, ANEXO, PRÓPRIO, QUITE 
Essas palavras concordam em gênero e número com os substantivos aos quais se referem. Com 
exceção de quite, que só varia para o plural, todas as demais variam em gênero e número. Isso quer 
dizer que: 
 
O homem disse – Muito obrigado. 
A mulher disse – Muito obrigada. 
Os homens disseram – Muito obrigados. 
As mulheres disseram – Muito obrigadas. 
 
A foto foi anexa./O documento foi anexo. 
As fotos foram anexas./ Os documentos foram anexos. 
 
O mesmo ocorre com todas as demais listadas neste tópico. 
 
MEIO/MEIA 
Ambas as formas existem, mas são usadas em momentos diferentes. Se o propósito for falar de 
metades, há variação entre meio e meia: 
Comi meia maçã. 
Comi meio bolinho. 
 
No entanto, se o propósito for expressar ideia de “mais ou menos”, usa-se apenas meio, 
independente de quem fala. 
A noiva estava meio atrasada. 
A mesa está meio manchada. 
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