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e-Book 1 Eduardo Soares Benjamin GESTÃO DE PROJETOS E PROCESSOS DE TI Sumário INTRODUÇÃO ������������������������������������������������� 3 O QUE SÃO PROJETOS E O QUE SÃO PROCESSOS? ������������������������������������������������� 4 CONHECER E SABER DEFINIR UM ESCOPO DO PROJETO ���������������������������������42 O QUE É E COMO DOCUMENTAR OS REQUISITOS DE UM PROJETO ��������������������49 CONSIDERAÇÕES FINAIS ����������������������������59 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS & CONSULTADAS ��������������������������������������������61 3 INTRODUÇÃO Estamos aqui para tratar de um assunto importante: a gestão de projetos e processos de TI. Nesta parte do curso, você aprenderá conceitos importantes sobre o que é um processo e o que é um projeto. Você aprenderá que o projeto tem um início e um fim e o processo pode durar muito tempo – e isso é bom. Verificaremos a diferença entre um processo funcional e um processo de negócio e também os processos primários, de suporte e gerencial. Uma parte muito importante desta etapa é a que mostra as metodologias dos processos, conforme a evolução da Gestão Organizacional. Estudaremos as várias ferramentas utilizadas como técnicas de uma boa administração. E também o que vem a ser gestão e como podemos aplicá-la no geren- ciamento de processos e projetos na área de TI. 44 O QUE SÃO PROJETOS E O QUE SÃO PROCESSOS? Neste tópico você aprenderá os conceitos de Processo e Projetos e, a partir daí, a diferença entre eles. Primeiramente, vamos trabalhar esses conceitos de maneira mais genérica para depois situá-los dentro da área de TI. Aprenderemos tam- bém sobre os processos de negócio. Processo X Projeto Ao falarmos sobre gerenciamento de projetos e processos em TI, é preciso ter em mente duas coisas bem definidas: o que é um processo e o que é um projeto. Não podemos gerenciar, isto é, não podemos aplicar gestão naquilo que não está claro em nosso entendimento. Vamos estudar vários conceitos importantes, e esse é um dos primeiros que precisamos aprender – a diferença entre processo e projeto. Há diversas maneiras de se definir o que é um processo. Eu defino da seguinte forma: Conjunto de atividades, passos ou tarefas – que podem ser automatizados ou não – que almejam atingir um determinado resultado. Um processo integra pessoas e sistemas diversos, com a finalidade de atingir um objetivo comum. Toda organização é conduzida diariamente pela grande quantidade 55 de processos executados, sejam para atingir ob- jetivos administrativos, operacionais, gerenciais ou estratégicos. Agora que já sabemos o que é um processo, vamos entender o que é um projeto: Projeto é um esforço temporário, despendido para se criar desde um produto, um serviço, até algo com um objetivo definido e exclusivo. O projeto deve ter claramente definido o seu início e o seu fim. O meio é a sua execução, que deve ser gerenciada para que os objetivos sejam alcançados, dentro de orçamentos e prazos estipulados. Percebeu a diferença entre processos e projetos? O projeto tem seu tempo claramente determinado. Ele tem um início, um meio e um fim. Verificaremos, no tópico que trata de projetos, que o fim de um projeto pode significar a sua não conclusão, ou seja, ele pode ser encerrado sem atingir os seus resultados. Já o processo pode e deve perdurar dentro da organização. Quanto mais tempo um processo persistir, maior a sua significância e eficiência. Por meio da constante avaliação de um processo – o chamado feedback –, devemos aplicar as manuten- ções necessárias, aumentando a sua longevidade, o seu tempo de duração. 66 Outro conceito importante é o de Processo de Negócio. Definimos “negócio” como um conjunto de ativida- des que interagem e são executadas por uma ou mais pessoas para produzir um bem ou serviço. O propósito do negócio é entregar esse bem ou serviço a determinados clientes, buscando trazer retorno às partes interessadas. O negócio está presente nas organizações públicas ou privadas, com ou sem fins lucrativos. Não importa o segmento em que atua a organização, nem o seu porte. Bem, agora que você sabe o que é um negócio, reflita: o que é um processo de negócio? Segundo o BPM CBOK (que é o guia que descreve as boas práticas para o gerenciamento de processos de negócio), um “processo de negócio” é um trabalho que entre- ga valor para os clientes ou apoia/gerencia outros processos. Esse trabalho pode ser ponta a ponta, interfuncional e até mesmo interorganizacional. A noção de trabalho ponta a ponta interfuncional é chave, pois envolve todo o trabalho, cruzando limites funcionais necessários para entregar valor aos clientes. (BPM CBOK, 2013) 77 Até a entrega de valor se concretizar, o processo pode ser realizado funcionalmente em um único local, setor ou departamento, recebendo o nome de processo funcional. Hoje, segundo as boas gestões de administração, entende-se que os resultados alcançados na produção de um determinado valor são resultados de processos interfuncionais, com vários departamentos envolvidos. Processos Funcionais: atendem a uma determinada função ou especificidade. Normalmente são execu- tados desde o início até o fim, em um determinado departamento ou setor da organização. Por exemplo, o departamento de faturamento, que tem como função a emissão de notas fiscais. Processos de Negócio: são os processos que atendem mais de uma função dentro da organização. A sua função é gerar produtos diretamente relacionados à razão de existir da organização, relacionado ao produto ou bem de serviço que será entregue ao cliente. FIQUE ATENTO 88 Observe as representações abaixo: Figura 1: Representação do Processo de Negócio. Compras Financeiro PCP Processos Geração de produtos, bens e serviços Fonte: elaborado pelo autor Figura 2: Processo Funcional X Processo de Negócio. Processo Funcional é vertical Processo de Negócio é horizontal Depto Depto A Depto B Depto C P r o c e s s o s R e s u l t a d o s Depto Depto Depto Depto Depto Fonte: elaborado pelo autor. Os tipos de processos de negócio Os processos de negócio podem ser classificados em três tipos: processos primários, processos de suporte, e processos de gerenciamento. Para en- tender o gerenciamento de processos de negócio, 99 você precisa compreender como esses tipos de processos se relacionam e como interagem entre si. Processos primários São aqueles processos que agregam valor direta- mente ao produto ou serviço que será entregue ao cliente. São conhecidos também como processos essenciais ou processos finalísticos, porque con- templam aquelas que são as tarefas e atividades essenciais para que a organização possa cumprir a sua missão. Podemos citar como exemplos os processos de marketing, vendas, e pós-venda. Processos de suporte Como o próprio nome indica, os processos de su- porte têm como principal função fornecer suporte aos processos primários, garantindo que eles ocorram adequadamente. Em algumas situações, eles podem dar suporte a outros processos de suporte – definidos como processos de suporte de segundo nível, processo de suporte de terceiro nível, e assim por diante. Em outras situações, os processos de suporte podem fornecer suporte aos processos de gerenciamento. Assim, os processos de suporte entregam valor para outros processos, e não diretamente para os clientes. São exemplos desse tipo de processos os processos relacionados ao RH da empresa ou os presentes na área de TI. 1010 Processos de gerenciamento Os processos de gerenciamento funcionam como termômetro que ajudam a administrar o presente e o futuro do negócio nas organizações. Para isso, eles acompanham, medem, monitoram e, a partir daí, controlam as atividades para uma melhor administração. Também os processos de geren- ciamento – assim como os processos de suporte – não agregam valor diretamente ao produto ou serviço que será entregue ao cliente. Os processos de gerenciamentotêm um papel importantíssimo nos processos executados pela empresa que é acompanhar e assegurar que a organização opere de acordo com suas metas de desempenho e objetivos estabelecidos. Podemos dar como exemplos de processos de gerencia- mento os processos encontrados na governança corporativa. No framework PMBOK (a ser estudado oportunamente), temos cinco grandes grupos de processos que existem em qualquer projeto. Um deles é o grupo de monitoramento e controle, que apresenta vários processos de gerenciamento do negócio. Metodologias dos processos conforme a evolução da Gestão Organizacional Nos primórdios da humanidade, encontramos processos na fabricação de tijolos utilizados nas 1111 primeiras olarias. A partir da revolução industrial, começamos a situar as gerações da gestão orga- nizacional. Vamos entendê-las: 1ª Geração: administração científica: processos relacionados à simplificação de tarefas, estudo do tempo, sistemas de controle e recompensa através de medidas de resultado. São expoentes dessa geração Frederick W. Taylor e Henry Ford, com a divisão o trabalho em tarefas menores, com emprego de cronômetros para medir a produção nas linhas de montagem. 2ª Geração: pós-Primeira Guerra Mundial: valoriza- ção da mão de obra e de seu ambiente de trabalho; fase da gestão de pessoal. 3ª Geração: pós-Segunda Guerra Mundial: gestão da qualidade: conceito de TQC – Total Quality Control, que determinava que a qualidade de um produto deveria ser vista a partir do interesse do cliente, envolvendo o marketing, a engenharia, a fabricação e a manutenção do produto ou serviço. No TQC a qualidade é entendida como a superação das expectativas, não apenas do cliente, mas de todas as partes interessadas (stakeholders). Criada no Japão uma metodologia de melhoria contínua conhecida como Kaizen – uma palavra de origem japonesa composta de dois diagramas: Kai e Zen; o 1212 primeiro significa mudança e o segundo, bondade ou virtude. Kaizen significa “mudança para melhor”. 4ª Geração: começo dos anos 1960: temos o início de uma fase que ficou conhecida como a gestão de processos. A quarta geração da gestão organizacional é divi- dida em quatro fases: y Primeira fase: a década de 1960 trouxe pre- ocupação com a qualidade. Os processos foram aperfeiçoados, o que levou ao aumento da quali- dade de bens e serviços. Surgiram: – Programas para melhoria contínua, como: Ciclo de Deming, conhecido como PDCA: Plan (Planejar), Do (Fazer), Check (Checar), Act (Agir); – Técnicas para identificar defeitos, como o Diagrama de Ishikawa, também conhecido como Espinha de Peixe ou Diagrama de Causa e Efeito que orienta que os problemas sejam classificados em seis categorias de causas, os famosos 6M: Método, Matéria-prima, Mão de obra, Máquinas, Medição e Meio Ambiente. – Técnicas para priorizar a ação que trará melhor resultado dentro de várias possibilidades – conhe- cido como Princípio de Pareto. A Lei de Pareto (também conhecida como princípio 80-20) afirma que, para muitos fenômenos, 80% das consequên- 1313 cias advém de 20% das causas. Com base nesse princípio, foi criado o Diagrama de Pareto, utilizado para estabelecer uma ordenação nas causas de perdas que devem ser eliminadas. É um processo de priorização da ação a ser tomada. – Técnicas de dinâmicas de grupo para resolver problemas, como o Brainstorming (tempestade de ideias), usado nas organizações para resolver problemas ou mesmo desenvolver novas ideias ou projetos. y Segunda fase: na década de 1980, surgiram as primeiras ferramentas para alinhar a estratégia à gestão organizacional; uma delas é o método ou análise SWOT (strengths, weaknesses, opportuni- ties, threats). Ao traduzirmos o acrônimo para o português temos FOFA: Forças, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças. Em um quadrante, des- tacamos o que externamente pode impactar o negócio positivamente (as oportunidades) e ne- gativamente (as ameaças). Destacamos também aquilo que internamente impacta nosso negócio positivamente (os pontos fortes) e negativamente (os pontos fracos). y Terceira fase: da década de 1990 até o final do século 20 houve os processos para a redução de defeitos de fabricação: – Método do Six Sigma ou Metodologia Seis Sigma, que nasceu na Motorola, mas seu maior 1414 divulgador foi Jack Welch, CEO da GE nos anos 1980 e 1990. – Método de Reengenharia de Hammer, que repensou os processos de forma radical, redese- nhando-os com o propósito de atingir novas estra- tégias organizacionais, reorientando o foco para os processos e não mais para as tarefas ou serviços, nem para pessoas ou estrutura organizacional. – Busca de Certificações, como ISO 9000 (Sistemas de Gestão de Qualidades) e ISO 14000 (Sistemas de Gestão Ambiental). Para a área de TI temos a ISO 20000 (Gestão de Qualidade de Serviços de TI) e a ISO 27001 (Sistemas de Segurança da Informação). – Implantação de Sistemas Integrados de Ges- tão, como ERPs (Enterprise Resource Planning) ou Planejamento de Recursos da Empresa, que são softwares que integram todos os dados e processos de uma organização em um único sistema; CRM (Customer Relationship Management) ou Gestão de Relacionamento com o Cliente, que são siste- mas com a proposta de gerenciar a fidelidade e a satisfação do cliente; sistemas baseados em BI/ DW (Business Intelligence/Data Warehouse), que tem o propósito de criar um grande repositório de dados (DW) e, a partir daí, extrair informações (BI) que responderão pelas ações estratégicas a serem tomadas pela organização. 1515 – Modelos de negócio baseados no conceito B2B (Business to business), em que o público-alvo da organização são outras organizações ou orga- nizações jurídicas e negócios baseados em B2C (Business to Consumer), neste caso, o negócio tem como público-alvo o cliente final. y Quarta fase: início século 21. Fase marcada pelo conceito de Governança Corporativa, que trouxe os processos para a redução de defeitos de fabricação. A preocupação passou a ser com o gerenciamento de todos os processos relaciona- dos à entrega dos produtos e serviços aos clientes finais. A visão do negócio passou a analisar os macroprocessos nas análises estratégicas e os microprocessos nas análises operacionais. – Método de Gestão BSC (Balanced Scorecard), que mede o desempenho operacional, usando, além dos indicadores financeiros costumeiros, os indicadores de satisfação do cliente, eficácia dos processos operacionais, capacidade de inovação da instituição. Tendo esses elementos como métrica, a metodologia BSC compara seus resultados com aqueles estabelecidos no planejamento estratégico. – Portfólio de Projetos, que é a centralização de todos os projetos com os seus respectivos ativos organizacionais em um único local da empresa, com o objetivo de melhor gerenciar todas as de- mandas e recursos de um determinado projeto. 1616 Estudaremos com mais atenção esse conceito no tópico que trata de projetos no PMBOK. – Framework COBIT (Control Objectives for Infor- mation and Related Technology) ou em português Objetivos de Controle para Informação e Tecnologia Relacionada. A sua finalidade e o seu foco está na governança corporativa de TI. O COBIT enfatiza, de forma muito clara, a diferença entre governança e gestão. O seu objetivo é proporcionar à alta ad- ministração da organização informações para as tomadas de decisões. Gerenciamento de processos de negócio Segundo o BPM CBOK, o Guia para o Gerencia- mento de Processos de Negócio (BPM – Business Process Management) é uma disciplina gerencial que integra estratégias e objetivos da organização com expectativas e necessidades de clientes, por meio do foco em processos ponta a ponta. O BPM engloba estratégias, objetivos, cultura, estruturas organizacionais, papéis, políticas, métodos e tecnologias para analisar, desenhar, implementar, gerenciar desempenho, transformar e estabelecer a governança de processos.1717 Como disciplina é uma coletânea de conhecimento sobre uma determinada área que trata especificamente de um determinado assunto, e gerenciar pode ser compreendido como administrar, organizar e coordenar as atividades de uma organização, o gerenciamento de processos de negócios, portanto, é uma disciplina gerencial que emprega as melhores práticas para administrar os mais diversos recursos dentro da organização, para que esta atenda da melhor maneira possível os objetivos para os quais ela foi concebida. A partir do gerenciamento de processos de negócio, podemos perceber e entender quais são os con- juntos de atividades ou tarefas que possibilitam agregar maior valor ao produto ou serviço a ser entregue ao cliente. Essa percepção possibilita a integração e o acompanhamento dessas atividades na organização como um todo, impactando de forma positiva os resultados obtidos. Essa visão de resultado atendendo à excelência na entrega de valor faz com que tenhamos uma preocupação constante com a melhoria de todos os processos, buscando sempre incorporar as melhorias tecno- lógicas, sejam elas computacionais ou mesmo de filosofia, como metodologias voltadas para processos, por exemplo, a Gestão Lean, sempre procurando atender às partes interessadas nos negócios da organização. FIQUE ATENTO 1818 Para isso é importante constante avaliação e monitoramento dos processos, estipulando cro- nogramas e métricas, tendo uma visão clara do que está acontecendo, e intervindo sempre que necessário, com ações que permitam o alcance de todas as metas estabelecidas. Acompanhando o processo de negócio Uma boa prática para uma visão holística, uma vi- são do todo, referente a um determinado processo é achar respostas para as seguintes perguntas: y O que está sendo executado? y Onde está sendo executado? y Quando está sendo executado? y Por que está sendo executado? y Como está sendo executado? y Por quem está sendo executado? A visibilidade e o entendimento dos processos de negócio são, muitas vezes, facilitados pela represen- tação gráfica das atividades em caixas interligadas e organizadas em raias, como no diagrama abaixo. Perceba que este diagrama responde a dois dos questionamentos acima: y Por quem está sendo executado? y O que está sendo executado? 1919 Figura 3: Diagrama de raias mostrando os nomes dos processos e onde estão sendo executados Vendas PCP PCP Produção Expedição Gerar o Pedido de Venda Gerar a Ordem de Produção Fazer a planilha de Produção Produzir o bem Expedir o bem Fonte: elaborado pelo autor Ainda restam os outros questionamentos: y Onde a atividade está sendo executada (local dentro ou fora da organização)? y Quando a atividade está sendo executada (qual a periodicidade)? y Por que está sendo executada (qual produto ou serviço será entregue ao cliente)? y Como está sendo executada (quais os insumos necessários)? Aos gerenciarmos um processo de negócio, pre- cisamos ter ciência de uma série de informações 2020 que possa responder as perguntas o que, onde, quando, por que e como as atividades são rea- lizadas e por quem. Precisamos de ferramentas que, através do conceito de uma modelagem do processo de negócio, nos apresente de maneira clara e totalmente compreensível todo o processo de negócios e quais os seus objetivos como entrega de valor ao cliente. Conforme o Guia BPM CBOK, os elementos ne- cessários para descrever de maneira clara um processo de negócio são: y Contexto de negócio, incluindo como os pro- cessos operam e são suportados visando à entrega dos produtos e serviços para os clientes; y Contexto (ou escopo) do processo, incluindo fornecedores e entradas, clientes e saídas, even- tos de ativação e ações resultantes, controles de processo, recursos disponíveis e expectativas de desempenho; y Transições de estado, detalhando os vários estágios do desenvolvimento dos produtos de tra- balho, à medida que avançam e são transformados através do processo; y Eventos de negócio, criados interna e exter- namente e que afetam o processo, e como esses eventos disparam as atividades e decisões que fazem parte do processo; 2121 y Decomposição do processo, ilustrando como o processo de negócio é subdividido em partes menores a partir do mais alto nível identificado até o mais baixo nível; y Requisitos de cliente, detalhando os compromis- sos com o cliente em relação à entrega do produto ou serviço e os indicadores de desempenho esta- belecidos e medidos no processo para assegurar que esses compromissos sejam cumpridos; y Estrutura organizacional e descrição de como as funções e papéis na organização são estabele- cidos para apoiar a execução do processo; y Funcionalidades dos sistemas de informação e como essas funcionalidades são utilizadas para apoiar a execução do processo. O ciclo de vida de um processo de negócios O gerenciamento de processos de negócio impõe uma constante avaliação de todos os processos organizacionais, garantindo sempre que os obje- tivos sejam cumpridos dentro de um determinado prazo estipulado, com seus custos de aplicação previamente orçados e com a entrega de valor ao cliente dentro do especificado. Para isso existe um ciclo básico de gerenciamento de processos, conhecido como ciclo de vida de um processo. 2222 Figura 4: Ciclo de vida de um processo. Planejamento Análise Desenho Implementação Monitoramento e Controle Refinamento Fonte: elaborado pelo autor Na prática, acabamos simplificando esse ciclo para um mais básico, afinal, os resultados esperados acabam sendo os mesmos. Aos estudarmos como os processos se comportaram ao longo da evolução da gestão organizacional, fomos apresentados ao Ciclo de Deming, ou o Ciclo PDCA: 2323 Figura 5: Planejar, Fazer, Verificar, Agir: Ciclo PDCA. Plan Do Check Act Fonte: elaborado pelo autor Como podemos perceber, ao utilizarmos a técni- ca do Ciclo PDCA, encontramos uma visão mais simplificada do que temos que fazer em relação aos processos de negócio: Etapa do Planejar A etapa do planejamento do processo garante que o escopo do processo de negócio e, consequente- mente, seu desenho estejam em perfeita sintonia, alinhados aos objetivos da organização. No escopo do processo, teremos todos os elementos que compõem o seu contexto, e que nos mostrará de forma bem clara como ele se relaciona com as entidades externas da organização. 2424 No escopo do processo, devem estar relacionadas e bem explicadas: 1) Qual o cliente do processo; 2) Qual a saída do processo e qual é a sua entrega de valor para o cliente; 3) Como o processo e o seu resultado estão ali- nhados com os objetivos da empresa, traçados no plano estratégico de negócios; 4) Como o processo que está sendo planejado se encaixa em uma metodologia e em modelos de referência da organização para padronizar os seus processos (arquitetura corporativa de processos); 5) As entradas do processo e quais os eventos que podem disparar uma execução nesse processo (instância); 6) Quais métricas podem ser usadas como re- ferências para balizar os objetivos do processo. 2525 Figura 6: Informações a serem consideradas no planejamento de um processo. Entradas e Eventos Missão da organização Objetivos Estratégicos I N S T  N C I A A L I N H A M S U P O R T A M A L I N H A M S U P O R T A M Entrada Processo Saída Controles, leis, políticas, regras internas I N S T  N C I A Como contextualmente se encaixa em uma arquitetura corporativa de processos Cliente ? ? Fonte: elaborado pelo autor Com o escopo do processo de negócio definido, é chegada a hora de responder as questões: o que, onde, quando, por que, como e por quem o processo está sendo executado. Como fazemos isso? Observando os mecanismos internos. Se o modelo de processo estiver bem feito, ele poderá responder às seguintes questões: 1) Quais são as atividades que compõem o pro- cesso de negócio? 2) Quais sãoas personas que participam da exe- cução do processo e os seus papéis? 2626 3) O processo está suportado por quais sistemas de informação? 4) O que será entregue ao cliente e os documentos e dados que serão manipulados (artefatos) pelo processo? 5) Onde as atividades são executadas e onde se armazena o que será entregue ao cliente e o que será manipulado pelo processo? 6) Quais são as instâncias, triggers, que são os eventos que disparam a execução de um processo? 7) Quais são as regras de negócio do processo que determinam as áreas limítrofes do processo? 8) Quais são as métricas que irão aferir o anda- mento do processo e os pontos (marcos) e onde serão utilizados? Seguindo à risca todo esse planejamento, teremos o entendimento bem claro de que o processo está alinhado com os objetivos da organização, em termos de entrega de qualidade para o cliente e, também, que os processos darão suporte à orga- nização, nos quesitos de desempenho, eficiência e eficácia, como modelo de processos de negócio. Etapa do Fazer Tudo planejado? Chegou a hora do fazer. O que é o fazer? É implementar o processo, atendendo 2727 todas as especificações desenvolvidas e definidas durante a fase do planejamento. A implementação do processo conta com: 1) A entrega de valor ao cliente e todos os dados que irão compor o ativo organizacional; 2) A identificação ou mesmo criação das personas do processo e as suas responsabilidades; 3) A adequação das áreas funcionais da organi- zação ou mesmo uma reengenharia nessas áreas para adequação ao planejamento realizado; 4) Alinhamento com os sistemas de informação da organização visando a melhorar ou mesmo auto- matizar o workflow (fluxo de trabalho) do processo; 5) Criação de material de suporte aos procedi- mentos, definidos no planejamento do processo de negócio, como: guias ou e-books, checklist das tarefas a serem executadas; 6) Criação de novas formas de contato com os clientes para acompanhamento e feedback dos processos; 7) Criação de pontos de monitoramento, conhe- cidos como marcos, em que através do conceito de checkpoint podemos analisar o desempenho do processo. Atualmente, esses painéis de moni- toramento são feitos com ferramentas baseadas em dashboard. 2828 Dashboards são painéis que podem ser criados no Excel, por exemplo, que apresentam métricas e indicadores importantes para alcançar objetivos e metas traçadas. O seu formato visual facilita muito a compreensão das informações geradas. Etapa do Verificar A etapa do verificar lembra uma frase de Peter Drucker, que para muitos é considerado o pai da administração moderna: “Não se pode administrar aquilo que não se pode medir”. O objetivo dessa etapa é exatamente este: verificar, checar, monitorar, controlar, acompanhar. Se não houver uma métri- ca, não funcionará. Por isso é preciso ter métrica, para medir o desempenho real do processo em comparação ao desempenho esperado. Métricas são números utilizados como medida do padrão de qualidade que usamos para comparar diferentes itens ou períodos de tempo. É um número que representa a medida que você tomará como base para analisar se os objetivos de um determinado processo estão ou não sendo alcançados. SAIBA MAIS FIQUE ATENTO 2929 Nesta etapa, temos de responder duas perguntas que, em um primeiro momento, nos faz pensar que levam a um lugar comum – o que não é uma verdade. y Estamos fazendo as coisas certas? Nesse caso, as métricas, as medições são de fora para dentro. São as medições que mostram que as expectativas do nosso cliente foram satisfeitas. Estamos entregando algo de valor para o cliente. A organização será vista com bons olhos com a certeza do alinhamento entre o que os processos estão produzindo como saída em consonância com aquilo que foi traçado como meta, durante a fase do planejar. y Estamos fazendo certo as coisas? Agora as medições são de dentro para fora. A eficácia e a eficiência são julgadas internamente na organiza- ção, durante a execução de todas as etapas dos processos. Mais uma vez, haverá um cruzamento entre as informações levantadas durante a execu- ção das atividades do processo com aquelas que foram definidas em seu planejamento. Etapa do Agir É o momento de definir quais as ações a serem tomadas, com base no que foi verificado. Fize- mos um planejamento contendo todo o escopo do processo, alinhando-o com os objetivos da 3030 organização. Depois, implementamos o processo, cuidando de todas as adequações necessárias para que ele alcançasse as metas estabelecidas. A partir daí, usamos métricas para analisar se as coisas estavam saindo conforme planejado. Agora, na etapa do agir, devemos ter ações necessárias que garantam ao processo continuar atendendo os objetivos estipulados e também a sua constante melhoria, objetivando seu melhor desempenho, ao longo do seu ciclo de vida. Figura 7: Categorias da Etapa Agir e a forma de lidar com elas. Ações em cada execução de um processo com intervenção em tempo real ou em quase tempo real. Mudança das ações em cada execução de um processo de forma planejada e estudada,conforme a situação do ambiente. Categorias da etapa Agir Instabilidade do ambiente Mudança no ambiente Fonte: elaborado pelo autor Na primeira categoria, quando há instabilidade do ambiente, a ação de correção de algo que não está funcionando deve ser imediata. A instância de processo é a sua execução. Para uma ação imediata em tempo real, ou quase em tempo real, essas instâncias devem ser monitoradas cons- tantemente para avaliação do seu desempenho. 3131 Na segunda categoria, quando há mudança de ambiente, é a constante avaliação do processo (feedback) que irá apontar a necessidade de ade- quação e a manutenção do processo, em meio à mudança no ambiente, permitindo a melhoria contínua ao longo do tempo. Figura 8: Ações tomadas na Etapa Agir conforme respostas do Feedback. AS - IS Como está TO - BE Como vai ficarFeedback Fonte: elaborado pelo autor GERENCIAMENTO DE PROCESSOS A análise de processos Para definirmos um processo novo ou fazer a atu- alização de um processo já existente, a primeira coisa que precisamos é conhecer e entender o que está acontecendo. O termo AS-IS (como está) é comumente encontrado na área de TI e é empregado para descrever a primeira situação que encontra- mos ao levantar a situação de um processo ou de um projeto. Seja um processo, seja um projeto, o ponto de partida para nossos estudos é a análise do sistema atual. O que é, então, a análise de processos? 3232 Um estudo que permite entendermos quais as atividades relacionadas com um processo e quais os resultados que essas atividades proporcionam em termos de entrega para o cliente. A análise tam- bém tem como papel identificar qualquer tipo de problema que impeça o desempenho do processo na sua totalidade. A análise de processos utiliza diversas técnicas para entender um determinado processo. Inicial- mente, faz-se um levantamento de dados através de entrevistas, observações, questionários. Depois, durante a análise das informações levantadas, temos a modelagem dos dados, representações gráficas e outras técnicas. Uma das formas mais eficientes para a compreen- são do sistema atual é a observação diretamente no local onde o processo é instanciado, onde ele ocorre. A partir dessa observação, situa-se pontos importantes para a análise, como o ambiente de ne- gócio, contexto organizacional do processo, fatores que contribuem para o ambiente operacional, etc. Compreendendo o ambiente de negócio Eu sempre digo que um analista de negócios só estará preparado para desenvolver ou melhorar um processo ou um sistema quando olhar a organiza- ção com uma visão holística, uma visão do todo. 3333 É essa compreensão do negócio da empresa que o habilitará a um trabalho de competência. Um entendimento holístico dos processos de ne- gócio começa com a compreensão da estratégia organizacionale o ambiente de negócio. É preciso, a partir do ambiente de negócio, entender o mercado que a organização atua e toda a sua interface (re- lação) com questões de mercado, a concorrência, os clientes, os fornecedores, as regras de negócio, as questões legais, entre outras. Uma das ferramentas que pode nos ajudar nessa tarefa e que já foi apresentada é a Análise SWOT, que mostra as forças, fraquezas, oportunidades e ameaças. A matriz SWOT é uma representação gráfica que permite enxergarmos quais são os pontos que devem ser levados em conta em uma análise competitiva. É utilizada quando se lida com situações complexas em um espaço de tempo limitado, consistindo em avaliar a visão interna dada pelos pontos fortes (+) e fracos (-) e a visão externa dada pelas oportunidades (+) e ameaças (-). Deve-se destacar os seguintes tópicos, em relação ao negócio da empresa: y Os pontos fortes: um produto inovador, seu investimento em P&D, sua cadeia de distribuição, a qualidade do atendimento ou outro fator impor- 3434 tante que destaque o serviço/produto, patentes, uma marca forte; y Os pontos fracos: a falta de pessoal qualifica- do, baixo investimento em P&D, baixa qualidade do produto/serviço, produtos com características similares aos dos concorrentes, entre outras ca- racterísticas que não agregam credibilidade para a marca, pessoal inexperiente, sem expertise no negócio; y As oportunidades: legislação impondo um ser- viço que a empresa domina, leilões do governo no segmento do negócio da empresa, ser considerada no processo de abertura e de desenvolvimento de um novo mercado, alianças estratégicas ou mudan- ça e introdução a uma nova área de mercado ou até mesmo o ingresso no mercado internacional; y As ameaças: mercado viciado, taxação de produtos pelo governo, uma pandemia, a chegada de um forte concorrente, uma nova tecnologia que pode substituir alguns dos processos que a empresa utiliza. Definição de padrões de coleta de informação Serve para que sejam definidos o alcance da coleta de dados. Deve-se levar em conta quais informa- ções serão coletadas e quem irá coletar; depois da informação coletada, como será validada. A padronização do levantamento continua através 3535 da maneira como a informação será armazenada e organizada, a forma como será atualizada, e como será utilizada. Essa padronização no levantamento de dados é necessária para que o trabalho de levan- tamento de dados se faça por excelência, evitando inconsistências prejudiciais à análise dos dados. Como os dados levantados serão modelados, a inobservância desses procedimentos pode oca- sionar o aparecimento de vários modelos, a partir de diferentes modelagens, baseadas em diferentes dados levantados. Coletando informações sobre o processo e o ambiente de negócio Agora, chegou a hora da coleta de dados, que consiste em reunir o máximo possível de infor- mações referente ao processo em estudo. As informações devem criteriosamente estabelecer o perfeito entendimento do processo. Por isso, as informações devem contemplar uma gama de assuntos pertinentes a: y Estrutura da organização (organograma); y Informações sobre o planejamento estratégico de longo prazo, mercados, ameaças e oportunida- des (alimentar a matriz SWOT); y Como a empresa se situa no seu mercado em relação a concorrência; y Partes interessadas no processo. 3636 Outro ponto na coleta de dados é conseguir infor- mações que permitam ao analista total compreen- são do processo, no que se refere ao papel que ele cumpre dentro da organização – qual o seu papel, a sua importância, a forma como o processo está inserido na empresa, e sua entrega de valor. Com isso em mente, durante a entrevista, devem surgir perguntas como: y O processo foi criado por quê? Qual o seu valor para a organização? y Qual o seu propósito em termos de realização? y Onde o papel se encaixa dentro dos objetivos de valores da organização? y Como o processo se alinha aos objetivos es- tratégicos da organização? y Por que o processo está sendo analisado? y O processo pode ser ambientado em outra situação decorrente de mudanças? y Existem riscos para o processo? Os riscos são do ambiente interno ou externo? O processo está preparado para esses riscos? y O processo em análise se apoia em quais sistemas para funcionar? Esses sistemas estão preparados para possíveis mudanças? y Quais são as interfaces desses sistemas? 3737 Métodos de levantamento de informações Pesquisa As organizações, de forma geral, se preocupam muito com o que chamamos de ativos organiza- cionais. O que são esses ativos? Eles “contam” tudo sobre os processos ou mesmo projetos que estão em seu portfólio. Conforme o Guia PMBOK, nos ativos, temos: y Diretrizes padronizadas, instruções de trabalho, critérios de avaliação de propostas e critérios de medição de desempenho. y Diretrizes e critérios para adequação do con- junto de processos-padrão da organização para satisfazer as necessidades específicas do projeto. y Diretrizes ou requisitos para encerramento do projeto, como a validação de produtos e critérios de aceitação. y Procedimentos de controle de mudanças, inclu- sive os passos pelos quais os padrões, políticas, planos e procedimentos oficiais da empresa ou quaisquer documentos do projeto serão modifi- cados e como essas mudanças serão aprovadas e validadas. y Arquivos de projetos anteriores (por exemplo: escopo, custo, cronograma e linhas de base de medição do desempenho, calendários dos projetos, 3838 diagramas de rede de cronograma dos projetos e registros dos riscos). y Informações históricas e bases de conheci- mento de lições aprendidas. y Bases de conhecimento de gerenciamento de configuração, contendo as versões e linhas de base de todos os padrões, políticas e procedimentos oficiais da organização, e quaisquer documentos de projetos. Podemos começar por pesquisar nesses ativos. Caso não haja ativos, ou as informações estejam desatualizadas, os responsáveis pelo levantamento de dados podem solicitar descrições escritas do processo às partes interessadas e aos atores do processo. Os dados também podem ser coletados via pes- quisa e feedback por escrito. Uma boa ferramenta para isso são os formulários eletrônicos disponi- bilizados na internet. Entrevista Um dos métodos mais eficazes para levantamento de dados é o da entrevista. Para isso, devemos entrevistar aqueles que participam das atividades ou estejam associados ao processo de alguma forma. Os entrevistados podem ser os envolvidos com os processos. São eles: o dono do processo, os clientes aos quais as entregas de valores são 3939 destinadas, partes interessadas, ou stakeholders como: investidores, fornecedores, ou mesmo par- ceiros de negócio. Atualmente, há diversas maneiras de se realizar entrevistas. Creio que a melhor é a entrevista presencial. Nela, o entrevistador pode, ao perceber como está o andamento da entrevista, mudar o sequenciamento e a abordagem das perguntas. A entrevista presencial pode ser mais bem conduzida, produzindo assim um melhor resultado. Outras formas de entrevistas são por telefone, conferência web, ou e-mail. Tem ganhado força o conceito de grupos focais que utiliza uma metodologia de entrevista em que ocorre uma exposição oral específica e espontânea dos envolvidos, possibilitando aos entrevistados a expressão do que eles próprios consideram im- portantes sobre um determinado tópico. O grupo focal se organiza como processo de co- municação nos diálogos, o que possibilita levan- tamento de material para posterior análise. Workshop estruturado Esta é uma técnica utilizada para levantamento de informações por meio de reuniões com os repre- sentantes dos papéis envolvidos no processo. A reunião é focada e facilitada por especialistas no 4040 assunto e envolve também as partes interessadas no processo. Encurtam o tempo necessário para desenvolver os modelose criam um forte senso de propriedade nos participantes, quando comparado a outras técnicas. Conferência via web É uma boa técnica quando os participantes estão distantes entre si. Com o aumento da velocidade de internet e a difusão de programas que possibilitam as chamadas de videoconferência, é uma técnica hoje muito utilizada. Observação direta Ir até o local onde são realizadas as atividades do processo e observar atentamente como tudo funcio- na. Essa é uma excelente maneira de levantamento de informações que permite documentar todos os detalhes do processo atual. A observação direta é uma das formas mais eficientes no levantamento de dados de um processo, pois pode revelar ati- vidades e tarefas que, de outra forma, poderiam não ser reconhecidas. A observação pode ser complementada também por questionamentos que podem ser realizados para a eliminação de qualquer dúvida sobre o processo. Pode ser útil também perguntar sobre ações que não foram bem compreendidas. 41 CONHECER E SABER DEFINIR UM ESCOPO DO PROJETO Vamos trabalhar, agora, alguns conceitos importantes sobre o projeto. O projeto tem como característica principal o fato de ter claramente: um início, um meio e um fim. O que é projeto A definição de projeto, segundo o Guia PMBOK, é: Projeto é um esforço temporário empreendido para criar um produto, serviço ou resultado exclusivo. A natureza temporária dos projetos indica que eles têm um início e um término definidos. O término é alcançado quando os objetivos do projeto são atingidos ou quando o projeto é encerrado porque os seus objetivos não serão ou não podem ser alcançados, ou quando a necessidade do projeto deixar de existir. Um projeto também poderá ser encerrado se o cliente (cliente, patrocinador ou financiador) desejar encerrá-lo. Temporário não significa necessariamente de curta duração. O termo se refere ao engajamento do projeto e à sua longevidade. O termo temporário normalmente não se aplica ao produto, serviço ou resultado criado pelo projeto; a maioria dos projetos é empreendida 42 para criar um resultado duradouro. Por exemplo, um projeto de construção de um monumento nacional criará um resultado que deverá durar séculos. Os projetos também podem ter impactos sociais, econômicos e ambientais que terão duração mais longa que os projetos propriamente ditos. (BPM CBOK, 2013) E o que vem a ser o escopo do projeto? O que é o escopo do projeto O escopo do projeto é o documento que descre- ve todo o trabalho necessário para entregar um produto, um serviço ou um resultado tangível (na forma de algo exclusivo). O escopo do projeto é composto pelo plano de gerenciamento do projeto, os requisitos necessários para o projeto ser imple- mentado, a Estrutura Analítica do Projeto (EAP), os procedimentos para validação do próprio escopo e o planejamento de controle do próprio escopo. Cuidado para não confundir Escopo do Projeto com Escopo do Produto. O Escopo do Produto traz as características e funções que caracterizam um produto, serviço ou resultado a ser entregue. Como cada projeto tem as suas características, cada um deles pode empregar processos para gerenciamento, ferramentas e técnicas de suporte, diferentes. A linha de base do escopo para o projeto 43 é a versão aprovada da especificação do escopo do projeto, da estrutura analítica do projeto, e o respectivo dicionário da EAP. A EAP, também conhecida como WBS ou Work Breakdown Structure, nada mais é do que uma subdivisão hierárquica do trabalho do projeto em partes menores, mais facilmente de serem traba- lhadas e gerenciadas. A Linha de Base do Escopo é o conjunto de objetivos relacionados ao projeto e os respectivos planos, con- tendo todas as ações que visam a garantir entrega de valor, conforme especificações definidas. Essa linha de base é utilizada como referência para as comparações entre o planejado e o realizado, ao longo do desenrolar do projeto. Quais informações fazem parte da Linha Base do Escopo do Projeto? FIQUE ATENTO 44 Figura 9: Componentes da Linha Base do Escopo do Projeto. Técnicas Recursos Tecnologias Políticas Declaração do Escopo Critérios de aceitação Entregas EAP DicionárioEAP Restrições LINHA BASE DO ESCOPO DO PROJETO Fonte: elaborado pelo autor A especificação ou declaração do escopo do projeto é a descrição do escopo como um todo, descreve detalhadamente as entregas do projeto e o trabalho necessário para criá-las. Ela fornece também um entendimento comum do escopo do projeto entre as partes interessadas. Os critérios de aceitação determinam em que situações, incluindo requisitos de desempenho e as condições essenciais, a entrega do projeto pode ser aceita. Tem relação com as condições especificadas que determinarão a aceitação da entrega de valor para o cliente. Entrega de valor para o cliente: a entrega perfeita é aquela definida como produto correto, no lugar correto, no tempo correto, na condição e embalagem 45 corretas, na quantidade correta, com a documen- tação correta e para o cliente correto. EAP (Estrutura Analítica do Projeto), conforme visto anteriormente, é a subdivisão de forma hierárquica do trabalho do projeto em partes menores. É aquela ideia de pegar um grande problema e “quebrar” em problemas menores. O dicionário da EAP é um documento que fornece informações detalhadas sobre: entregas, atividades e agendamento de cada componente da estrutura analítica do projeto. As restrições do projeto podem ser definidas como limitações das mais diversas, que podem comprometer ou atrasar a execução de um traba- lho. São situações impostas por alguém ou por um contexto que podem afetar o desempenho e até o resultado de um projeto. Normalmente, as principais restrições de um projeto podem ser de natureza: técnica ou de tecnologias diversas, insumos ou recursos e políticas. Gerenciamento do escopo do projeto O plano do gerenciamento do escopo do projeto documenta como o escopo será definido, valida- do e, mais importante, como ele será controlado. Como principal benefício desse processo, temos instruções sobre como o escopo será gerenciado 46 ao longo de todo o projeto. Não podemos esque- cer que o escopo do projeto tem as premissas básicas que, se atendidas, resultarão no sucesso da implantação do projeto; ou, se não atendidas, resultarão em seu total fracasso. O desenvolvimento do plano de gerenciamento do escopo e o seu detalhamento começa com a análise das informações contidas no termo de abertura do projeto. Deve-se juntar ao termo de abertura do projeto os últimos planos auxiliares aprovados do plano de gerenciamento do projeto e, também, todas as informações dos ativos organizacionais que contenham históricos de informações que serão valiosas para um bom gerenciamento do escopo. O termo de abertura do projeto contém todo o contexto do projeto necessário para planejar os processos de gerenciamento do escopo. O termo apresenta a descri- ção em detalhes de todo o projeto e as especificações de trabalho. Como técnicas para o gerenciamento do escopo, podemos contar com opiniões especializadas de pessoas com experiência em desenvolvimento de planos de gerenciamento do escopo. Outra técnica muito comum são as reuniões feitas em grupos FIQUE ATENTO 47 pelas equipes de projetos. Delas podem participar todas as pessoas interessadas no projeto e aquelas que possam contribuir com alguma informação, a partir de suas experiências. 4848 O QUE É E COMO DOCUMENTAR OS REQUISITOS DE UM PROJETO Requisitos de um projeto De acordo com o Guia PMBOK, “requisito é uma condição ou capacidade cuja presença em um pro- duto, serviço ou resultado é exigida para satisfazer um contrato ou outra especificação formalmente imposta”. As expectativas em relação ao negócio são, portanto, requisitos. Plano de Gerenciamento de Requisitos Você já deve ter percebido que o Guia PMBOK é, na verdade, uma espécie de bíblia que abrangetoda a questão do gerenciamento de projetos baseado em diversos planos, cada um deles atendendo uma das dez áreas de conhecimento abrangidas. Na parte de requisitos de um projeto não é diferente. O plano de gerenciamento dos requisitos é um componente do plano de gerenciamento do projeto que descreve como os requisitos serão analisados, documentados e gerenciados. 4949 As dez áreas de conhecimento do BPM CBOK são: Ge- renciamento da integração do projeto, Gerenciamento do escopo do projeto, Gerenciamento do tempo do projeto, Gerenciamento dos custos do projeto, Gerenciamento da qualidade do projeto, Gerenciamento dos recursos humanos do projeto, Gerenciamento das comunicações do projeto, Gerenciamento dos riscos do projeto, Geren- ciamento das aquisições do projeto e Gerenciamento das partes interessadas. Quem é responsável por fazer o plano de gerencia- mento de requisitos? O responsável é o gerente do projeto. Ao fazer o plano, uma de suas atribuições é ter em mente as melhores especificações para o projeto. Entre outras especificações ele deve relatar: y Como todas as atividades dos requisitos serão destacadas, planejadas, monitoradas e relatadas; y Quais atividades de gerenciamento e quais serão os checkpoints para as atividades de mudanças dos processos de produtos, quais os impactos essas atividades trarão, como esses impactados serão analisados e tratados; y Quem aprovará as mudanças; y Como serão os processos de priorização dos requisitos; y Como as etapas do plano serão medidas, quais métricas serão aplicadas. FIQUE ATENTO 5050 Coletar os requisitos Coletar os requisitos é o processo que envolve determinar, levantar, documentar e gerenciar os requisitos do projeto, a partir das partes interessa- das, para atingir o que foi proposto na linha base do escopo do projeto. Esse processo fornece informações valiosas para definição e gerenciamento do escopo do projeto, incluindo o escopo do produto. Nesta etapa de coletar os requisitos, um fato é funda- mental: as partes interessadas no projeto precisam se envolver ativamente e, com a sua experiência no negócio, contribuir com as informações sobre os requisitos que o sistema necessita, e ajudar na descoberta da decomposição desses requisitos em partes menores, de mais fácil gerenciamento. Já aprendemos que os requisitos demonstram as necessidades que devem ser atendidas pelo projeto ou estar presentes no produto, serviço ou resultado para cumprir tudo que foi determinado no escopo do produto. Os requisitos, além de perfeitamente documentados, devem demonstrar claramente as necessidades relacionadas e quantificadas, além do que, demons- trar as expectativas do patrocinador do projeto, cliente do projeto e outras partes interessadas. O plano de gerenciamento de requisitos deve apre- 5151 sentar como esses requisitos serão identificados, obtidos, analisados e registrados, com detalhes suficientes para serem incluídos na linha de base do escopo e medidos, uma vez que a execução do projeto se inicie. É importante saber que os requisitos definidos serão a base para a fundamentação da EAP. Vários planejamentos – como custo, cronograma, da qua- lidade e, às vezes, as aquisições – são construídos com base nesses requisitos. Os requisitos podem ser classificados para deta- lhamento de suas funções e melhor compreensão de suas funcionalidades: Figura 10: Classificação dos tipos de requisitos de um projeto. Classificação dos requisitos Necessidades de negócios: Requisitos que descrevem o porquê do negócio. As necessidades do negócio no seu nível mais alto. Das partes interessadas: Requisitos que descrevem as necessidades das partes interessadas no projeto. Requisitos de solução: Descrevem quais são os atributos, funções e características do produto que precisam ser cumpridos para atender aos requisitos do projeto. Fonte: elaborado pelo autor 5252 Formas de coletar os requisitos Além das técnicas para levantamento de informa- ções estudadas no tópico Coletando informações sobre o processo e o ambiente de negócio, pode- mos acrescentar outras técnicas interessantes para coletar informações dos requisitos funcionais de um negócio. Oficinas facilitadas Oficinas facilitadas, realizadas por meio de reuni- ões com as partes interessadas visando a definir os requisitos do produto, trazem a vantagem de se poder definir de forma mais rápida quais são os requisitos multifuncionais. Como é um modo interativo com participação de todo o grupo, as oficinas especializadas geram confiança, melho- ram a relação, e a própria comunicação entre os participantes, trazendo também maior consenso entre as partes interessadas. A realidade tem nos mostrado que os possíveis problemas podem ser descobertos mais cedo e resolvidos mais rapida- mente do que em reuniões individuais. Existem alguns exemplos práticos dessas oficinas facilitadas: 5353 y JAD – Joint Application Design, ou projeto de aplicação conjunta: usadas na indústria de desen- volvimento de software. y DFQ – Deployment of the Quality Function, ou desdobramento da função de qualidade: usadas na indústria de manufatura. Técnicas de criatividade em grupo y Brainstorming: ou tempestade de ideias – téc- nica de discussão em grupo com liberdade para resolver problemas em grupo. y Técnica de grupo nominal: aliado ao brainstor- ming é um processo de votação para ordenar as melhores ideias, visando a uma priorização dos resultados. y Mapas mentais: usa as sessões de brainstor- ming, demonstrando os pontos-chave do negócio em um mapa mental (diagrama que permite organi- zar ideias de forma simples e lógica), percebendo, a partir daí, a existência de atributos comuns e diferenças de entendimento sobre os processos de um projeto, permitindo também a geração de novas ideias. y Diagrama de afinidade: uma técnica que permite que grandes volumes de ideias sejam classificados em grupos para revisão e análise. y Análise de decisão envolvendo critérios múlti- plos: técnica que utiliza uma matriz de decisão que mostra os tópicos do projeto a serem trabalhados 5454 e sua pontuação, por meio de critérios e conheci- mento para cada um dos tópicos. Técnicas de tomada de decisão em grupo A técnica de tomada de decisões em grupo é um processo de avaliação de múltiplas alternativas e são utilizadas para gerar, classificar e priorizar os requisitos do produto. y Unanimidade: uma decisão alcançada de tal forma que todos concordam com um único curso de ação. Uma maneira de alcançar a unanimidade é por meio da Técnica Delphi, que é baseada na formação de um grupo de especialistas que responde a questionários e fornece comentários a respeito das respostas, à medida que a coleta de informações vai acontecendo, rodada a rodada. Apresenta uma grande vantagem: manter o anonimato, já que as respostas ficam disponíveis apenas para o facilitador. y Maioria: uma decisão alcançada com o apoio de mais de 50% dos membros do grupo. FIQUE ATENTO 5555 y Pluralidade: uma decisão é tomada pelo maior bloco do grupo, mesmo que a maioria não seja alcançada. y Ditadura: nesse método um indivíduo decide pelo grupo. Protótipos Protótipo é um modelo. Esse modelo normalmen- te é criado com o objetivo de testar um produto, serviço ou sistema. O objetivo de um protótipo é o teste e o aprendizado. Na questão de coleta de dados, a ideia é usar o protótipo como uma estratégia para a obtenção de respostas iniciais sobre os requisitos, por meio de um modelo funcional, que é o protótipo, antes de construí-lo. Uma grande vantagem do protótipo é que ele proporciona às partes interessadas que façam experiências com um modelo do possível produto final com todos os requisitos sendo colocados em prática, ao invés de somente discutirem as repre- sentações dos requisitos de forma abstrata. Hoje temos exemplos de prototipagem em métodos relacionados ao design thinking. 5656 Você já deveter ouvido falar dos storyboards no cinema. Eles são usados em uma variedade de projetos e em setores variados, como propaganda, projeto instrucio- nal, e em outros projetos de desenvolvimento ágil de software. Neste último, os storyboards usam modelos para mostrar os caminhos de navegação pelas páginas web, telas ou outras interfaces de usuário, por meio do conceito de wireframe, em softwares como o Adobe XD, entre outros. Documentação dos requisitos Este processo tem como objetivo a descrição detalhada de como os requisitos individuais aten- dem às necessidades do negócio para o projeto. Normalmente, utilizamos uma técnica de descrição conhecida como top-down, de cima para baixo. Os requisitos podem começar em um alto nível e tornarem-se progressivamente mais detalha- dos, conforme mais informações sobre eles são conhecidas. O formato da documentação de requisitos pode ser uma simples lista categorizada por partes interessadas e prioridades. Pode ser também um documento mais elaborado com as descrições mais detalhadas, anexos, fontes sumarizadas, etc. FIQUE ATENTO 5757 Os componentes da documentação dos requisitos podem incluir (mas não estão limitados a): y Requisitos de negócios, com os seus objetivos, regras e cultura da organização; y Requisitos das partes interessadas, analisando possíveis impactos em outras áreas da empre- sa, possíveis entidades internas ou externas à organização, e os tão importantes requisitos de comunicação com as partes interessadas; y Requisitos de solução, contendo os requisitos funcionais e não funcionais, os requisitos tecnoló- gicos e de conformidade com padrões, os impres- cindíveis requisitos de suporte e treinamento, os requisitos de qualidade, e os requisitos de relatos; y Requisitos do projeto, apontando os níveis de serviço, desempenho, segurança, conformidade e os critérios de aceitação. y Requisitos de transição, mostrando o plano de transição AS-IS TO-BE. 58 CONSIDERAÇÕES FINAIS Ao finalizar este módulo, gostaria de ressaltar alguns pontos importantes do nosso aprendizado. O que aprendemos até agora? Os conceitos e a diferen- ça entre processos e projetos: os processos são procedimentos que se repetem na organização; o projeto tem início, meio e fim. Os processos fun- cionais, que atendem a uma determinada função e os processos de negócio que atendem a mais de uma função dentro da organização. As diferenças entre processos primários (agregam valor ao que vai ser entregue ao cliente); processos de suporte (fornecem suporte aos processos primários); e o processo de gerenciamento (administram os outros processos). Outro ponto importante foi conhecer as diversas ferramentas voltadas para a eficiência e eficácia organizacionais que surgiram durante a evolução da gestão organizacional. Conhecemos: TQC – Total Quality Control, Kaizen, PDCA, Diagrama de Ishikawa, Princípio de Pareto, Brainstorming, Análise SWOT, Seis Sigma, Reengenharia, Certificações, BI/DW, B2B, B2C, Balanced Scorecard, Portfólios de Projetos, COBIT. Estudamos o gerenciamento de processos de ne- gócio, e o ciclo de vida de um processo de negócio, bem como a sua visão por meio do ciclo PDCA 59 (Planejar, Fazer, Verificar, Agir). Vimos a análise de processos como forma de levantamento de dados para gerenciamento de processos, e métodos de levantamento de informações para identificação dos processos, como: conhecer, definir e gerenciar um escopo do projeto. Finalmente, aprendemos que o escopo do projeto descreve todo o trabalho necessário para entregar um produto, um serviço ou algo exclusivo, além disso, estudamos os requisitos de um projeto e verificamos como gerenciá-los. Referências Bibliográficas & Consultadas ABPMP. Association of Business Process Professionals. Guia para o gerenciamento de processos de negócio: corpo comum de conhecimento (BPM CBOK). Brasília, 2013. CAVALCANTI, R. Modelagem de processos de negócios: roteiro para realização de projetos de modelagem de processos de negócios. Rio de Janeiro: Brasport, 2017. [Biblioteca Virtual] CRUZ, T. Manual para gerenciamento de processos de negócio: metodologia DOMP™: (documentação, organização e melhoria de processos). São Paulo: Atlas, 2015. [Minha Biblioteca] MEREDITH, J. R.; MANTEL, S. J. Administração de projetos: uma abordagem gerencial. 4. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2003. [Minha Biblioteca] MUNHOZ, A. S. Fundamentos de tecnologia da informação e análise de sistemas para não analistas. Curitiba: Intersaberes, 2017. [Biblioteca Virtual] PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE, INC. Um guia do conhecimento em gerenciamento de projetos (PMBOK). 5. ed. Pensilvânia: Newtown Square, 2013. REZENDE, D. A.; ABREU, A. F. Tecnologia da informação aplicada a sistemas de informação empresariais: o papel estratégico da informação nas empresas. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2013. [Minha Biblioteca] TACHIZAWA, T.; SCAICO, O. Organização flexível: qualidade na gestão por processos. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2006. TURBAN, E.; VOLONINO, L. Tecnologia da informação para gestão: em busca do melhor desempenha estratégico e operacional. 8. ed. Porto Alegre: Bookman, 2013. [Minha Biblioteca] VALLE, R.; OLIVEIRA, S. B. Análise e modelagem de processos de negócio: foco na notação BPMN. (business process modeling notation). São Paulo: Atlas, 2013. [Minha Biblioteca] Introdução O que são projetos e o que são processos? Conhecer e saber definir um Escopo do Projeto O que é e como documentar os Requisitos de um Projeto Considerações finais Referências Bibliográficas & Consultadas
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