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História e Conceitos da Saúde Pública no Brasil

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Essa matéria visa estudar sobre a história e os 
conceitos da saúde pública no Brasil, além das 
condições de saneamento e Zoonoses. 
 
• Introdução de doenças; 
 
• Ações desenvolvidas sem significativa 
organização institucional; 
• Serviço médico para quem tinha 
recursos; 
• Filantropia – Santas Casas de 
Misericórdia; 
 
 
 
• Eram as que mais prevaleciam devido a 
precariedade; 
• Ações em áreas portuárias; 
• Ações de vacinação; 
 
• Varíola; 
• Peste bubônica; 
• Tuberculose; 
• Febre amarela; 
• Acesso à saúde para os trabalhadores 
(produtividade); 
• Caixas de aposentadoria e pensões; 
 
Enalteceu a desigualdade social 
 
• Licença a maternidade; 
• 1° Conferência de Saúde; 
 
 
 
• Consolidação das leis trabalhistas; 
 
• Reforma Sanitária – movimento 
consolidado por profissionais da saúde, 
movimento social, partidos políticos, etc; 
• 1986 – 8° Conferência de Saúde; 
 
• Constituição Federal garantindo a saúde; 
• O SUS foi criado pelo Estado; 
 
”A saúde é direito de todos e dever do Estado” 
 
 
 
O SUS é um dos maiores e mais complexos 
sistemas de saúde pública do mundo, 
abrangendo desde o simples atendimento até o 
procedimento mais complexo. 
 
• Art 196. “A saúde é direito de todos e 
dever do Estado”; 
• Art 197. “São de relevância pública as 
ações e serviços de saúde”; 
• Art 198. “As ações e serviços públicos de 
saúde integram uma rede regionalizada 
e hierarquizada e constituem um sistema 
único”; 
 
• Art. 2° “A saúde é um direito fundamental 
do ser humano, devendo o Estado prover 
as condições indispensáveis ao seu 
plano exercício; 
• Art. 6°. “Estão incluídas no campo de 
atuação do SUS – vigilância sanitária, 
vigilância epidemiológica, saúde do 
trabalhador e assistência terapêutica 
integral, inclusive farmacêutica”; 
 
 
 
1. Universalidade: a saúde é um direito de 
cidadania de todas as pessoas e cabe ao 
Estado assegurar este direito, sendo que 
o acesso às ações e serviços deve ser 
garantido a todas as pessoas, 
independentemente de sexo, raça, 
ocupação ou outras características 
sociais ou pessoais; 
2. Integralidade: considera as pessoas 
como um todo (sozinho e no coletivo), 
atendendo a todas as suas 
necessidades. Para isso, é importante a 
integração de ações, incluindo promoção 
da saúde, prevenção de doenças, 
tratamento e reabilitação; 
3. Igualdade/Equidade: o objetivo desse 
princípio é diminuir desigualdades. 
Apesar de todas as pessoas possuírem 
direito aos serviços, as pessoas não são 
iguais, por isso, têm necessidades 
distintas. Em outras palavras, equidade 
significa tratar os desiguais como 
desiguais, investindo mais onde a 
carência é maior; 
 
Igualdade ≠ Equidade 
 
 
X 
 
• Descentralização que propôs a 
transferência de decisões para Estados, 
Municípios e União; 
• Valorização da participação do cidadão 
no processo decisório das políticas 
públicas de saúde por meio dos 
Conselhos; 
 
• Órgão composto por representantes do 
governo, prestadores de serviço, 
profissionais da saúde e usuários que 
atua em caráter permanente e 
deliberativo na formulação de estratégias 
e no controle da execução da política do 
SUS; 
 
 
 
 
A porta de entrada do usuário no SUS é na 
Unidade Básica de Saúde (UBS). É de 
responsabilidade de gerenciamento do 
município. 
• Mapeamento da região – unidade mais 
próxima; 
• Cartão do SUS; 
• Hospitais filantrópicos e as Santas 
Casas podem também realizar 
atendimento pelo SUS; 
 
Serviços de nível básico. 
• Unidade Básica de Saúde (UBS); 
• Agentes Comunitários de Saúde (ACS); 
• Equipe de Saúde da Família (ESF); 
• Núcleo de Apoio à Saúde da Família 
(NASF); 
 
É o ESF que irá acompanhar a saúde do 
usuário e por meio da coleta de informações irá 
elaborar ações de saúde pública de forma 
regional e personalizada, sendo desenvolvida 
juntamente com a Vigilância Epidemiológica 
 
É formada pelos serviços especializados em 
nível ambulatorial e hospitalar de média 
complexidade e compreende serviços médicos, 
apoio ao diagnóstico terapêutico, atendimento de 
urgência e emergência. 
• Serviço de Atendimento Móveis as 
Urgências (SAMU); 
• Unidades de Pronto Atendimento (UPA); 
 
Designa o conjunto de terapias e procedimentos 
de elevada especialização, realizado nos 
hospitais e envolvem alta tecnologia e/ou alto 
custo; 
• Ex: neurocirurgia, diálise (pacientes 
DRC), oncologia, transplantes, etc; 
 
50%
25%
13%
12%
Composição
Usuários
Profissionais
Serviços
Governo
 
O NASF, mais conhecido como Núcleo de Apoio 
à Saúde da Família, visa ser um local de auxílio 
a população, de forma regional, caracterizando 
uma atenção básica ou 1°. 
• Pediatria, Ginecologista, Clínico, 
Odonto, Enfermeiro, etc.; 
• O veterinário também pode atuar nesse 
núcleo, visando prevenção e controle de 
zoonoses; 
 
Doenças que são transmissíveis de animais para 
seres humanos ou de humanos para animais. 
• Leptospirose; 
• Leishmaniose; 
• Tuberculose; 
• Brucelose; 
• Teníase-cisticercose; 
• Raiva; 
• Toxoplasmose; 
• Febre Maculosa; 
• Esporotricose; 
 
 
 
• Aprova a Política Nacional de Atenção 
Básica, estabelecendo diretrizes e 
normas para sua organização; 
 
Prevenção ≠ Controle 
 
• Conjunto de medidas ou preparação 
antecipada que visa prevenir de uma 
mazela; 
• Ocorre antes da doença; 
• Ex: Aplicar vacina antirrábica no pet; 
 
 
 
• Aplicação de medidas populacionais 
voltadas a conseguir uma situação de 
controle da doença, ou seja, à redução 
da doença a níveis nos quais ela deixe 
de ser um problema de saúde pública; 
• Ocorre após a doença; 
• Ex: Tratar o pet e o humano com 
Esporotricose para não ocorrer de 
infestar outros seres; 
 
Conjunto de ações de saúde, no âmbito individual 
e coletivo, que abrange a promoção e a proteção 
da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, 
o tratamento, a reabilitação, a redução de danos 
e a manutenção da saúde com o objetivo de 
desenvolver uma atenção integral impactante. 
• Desenvolvida com o mais alto grau de 
descentralização e capilaridade; 
• Ocorre no local mais próximo da vida das 
pessoas; 
• Contato preferencial dos usuários, sendo 
a principal porta de entrada e centro de 
comunicação com a Rede de Atenção à 
Saúde; 
• Fundamental que ela se oriente pelos 
princípios do SUS; 
 
É a estratégia de expansão, qualificação e 
consolidação da atenção básica. 
• Equipe multiprofissional; 
• O número de ACS deve ser suficiente 
para cobrir 100% da população 
cadastrada; 
• Cada equipe é responsável por média de 
3.000 pessoas; 
 
• Auxilia na identificação de riscos 
provenientes da interação entre seres 
humanos, animais e meio ambiente; 
• Integra ações preventivas na atenção 
primária à saúde de indivíduos e 
comunidades; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Diversos enunciados têm surgido para 
caracterizar a saúde, mas nenhum deles é capaz 
de definir claramente seus limites. 
• Segundo a OMS, saúde é um “estado de 
completo bem estar físico, mental e 
social, e não meramente a ausência de 
doença ou defeito”; 
• Saúde – bem inalienável e uma 
aspiração de todo ser humano; 
 
Conceito focaliza apenas aquele grau de 
saúde ideal (realidade é muito diversa), um 
grau de saúde tão elevado só pode ser 
alcançado em condições extremamente 
peculiar 
 
 
 
Valor médio resultante do agrupamento dos 
diferentes graus de saúde dos indivíduos que a 
compõem, configurando o gradiente de saúde da 
população, que reflete sua qualidade de vida. 
 
Ação desenvolvida com vistas ao combate a uma 
doença – indispensável que algumas ou todas as 
causas envolvidas no processo sejam 
identificadas. 
• “Enfrentar ou interceptar uma causa 
conduz a prevenir ou fazer cessar seu 
efeito” (PERKINS, 1938); 
• Para que se torne possível uma ação 
efetiva capaz de antagonizar as causase prevenir seus efeitos, é indispensável: 
identificação das causas, descoberta do 
modo como participam do processo da 
doença; 
 
Esses são os propósitos fundamentais da 
epidemiologia 
 
É o estudo da ocorrência de doenças em 
populações e dos meios para a correspondente 
prevenção. 
• Estuda os efeitos da doença (em massa) 
e considera sua distribuição no espaço e 
no tempo (frequência), ao mesmo tempo 
que busca os principais eventos e 
circunstâncias capazes de explicar ou 
influenciar sua ocorrência; 
 
 
 
As interações se processam entre componentes 
de um mesmo sistema – agente, hospedeiro e 
ambiente. 
• Agente e o hospedeiro são elementos do 
ambiente que contempla todos os fatores 
e influências capazes de afetar a vida e 
o desenvolvimento de um organismo; 
• Eles incluem não apenas os aspectos 
físicos, mas também sociais, 
econômicos e biológicos, passíveis de 
interferir nas condições de equilíbrio ou 
harmonia da natureza; 
 
 
Todos os organismos passíveis de abrigar ou 
sofrer influências dos fatores causais capazes de 
provocar agravos à saúde. Apresentam 2 
condições fundamentais: 
• Suscetibilidade – falta de defesas para 
resistir ao ataque; 
• Resistência – conjunto de armas 
defensivas contra a ação agressiva do 
agente; 
 
Relação Portador 
Aquele que transmite a doença. Pode 
desenvolver sintomas ou não. 
• Sadio – não apresenta manifestação e 
nunca vai; 
• Em incubação – transmite antes de 
apresentar sintomas; 
• Convalescente – já teve a doença e 
continua transmitindo; 
 
Todas as substâncias, elementos ou forças, 
animadas ou inanimadas, cuja presença ou 
ausência pode, mediante contato efetivo com um 
hospedeiro suscetível, constituir estímulo para 
iniciar ou perpetuar um processo de doença. 
• Podem ser – biológicos, nutricionais, 
físicos, químicos ou psicossociais; 
• Agente infeccioso – “um determinante 
indispensável, mas não 
necessariamente suficiente para 
desenvolvimento da doença infecciosa”; 
 
Características do agente 
• Infectividade (capacidade de invasão); 
• Patogenicidade (capacidade de causar a 
doença); 
• Virulência (gravidade da doença); 
• Capacidade imunogênica (provocar 
resposta imune); 
• Resistência (capacidade de resistir); 
• Variabilidade (capacidade de mudar); 
• Persistência (se manter no ambiente); 
Local onde as relações entre hospedeiro x 
agente irão ocorrer. 
• Pode ser propício ou não a propagação 
da doença; 
 
Componentes Ambientais 
• Físico e químico – solo, água, elementos 
químicos e fatores climáticos; 
• Biológico – vida vegetal e animal; 
• Socioeconômico cultural – ação 
interferente do homem sobre os demais 
componentes do ecossistema; 
 
A interação desses elementos configura-se no 
conceito ecológico de doença, no qual a tríade 
epidemiológica estabelece um infindável número 
de ações de reações, em que o hospedeiro busca 
a cada instante o equilíbrio relativo referido nos 
conceitos de saúde e doença. 
 
Estudo das relações dos seres vivos entre si e o 
ambiente onde habitam. 
• Ecologia da doença; 
Modelo descritivo capaz de explicar as diferentes 
etapas de interação estabelecida entre os 
elementos da tríade envolvidos na doença. 
• Fase preliminar; 
• Fase intrínseca; 
 
 
 *Fase preliminar* *Fase intrínseca* 
 
Fase Preliminar 
Período “Pré-Patogênico”, ou seja, os primeiros 
passos das interrelações entre os agentes 
específicos em potencial, o hospedeiro e os 
fatores ambientais; 
• Possui início antes do envolvimento do 
hospedeiro, isto é, antes que ele receba 
o estímulo-doença; 
 
Fase Intrínseca 
Período “Patogênico”, ou seja, processo 
resultante da reação desencadeada no 
organismo do hospedeiro em consequência ao 
estabelecimento de estímulo-doença. 
• Relacionamento harmônico – reações do 
hospedeiro manifestam-se de maneira 
amena, com evolução inaparente; 
• Relacionamento desarmônico – 
processo de incompatibilidade entre 
hospedeiro e parasita, onde o 
hospedeiro reage de modo mais ou 
menos intenso, resultando nas formas 
aparentes da doença; 
 
 
sem 
doença
agnt
ambhosp
agnt
hosp
Do momento da infecção até o aparecimento dos 
primeiros sinais. 
• Doenças transmissíveis – período de 
incubação; 
• Doenças não transmissíveis – período 
de exposição ou carência; 
 
Processo evolui segundo seu curso normal – 
convalescência, cronicidade e morte 
 
 
 
Possui a finalidade de demonstrar o processo de 
propagação de doenças transmissíveis em 
populações – orienta o estudo da HND e 
racionaliza as ações sanitárias desenvolvidas. 
1. Quem é o hospedeiro vertebrado que 
transmite o agente? (fonte de infecção); 
2. Como o agente abandona o hospedeiro? 
(via de eliminação); 
3. Como o agente alcança o novo 
hospedeiro? (via de transmissão); 
4. Forma como o agente entra no novo 
hospedeiro? (porta de entrada) 
5. Qual o novo hospedeiro? (suscetível); 
 
a) Quanto as características do agravo sofrido 
pelo hospedeiro: 
• Doentes – típico (sinais e sintomas 
característicos), atípico (quadro 
sintomático pouco característico), em 
fase prodrômica (observa-se alterações, 
mas ainda não é o suficiente para 
orientação diagnóstica); 
• Portadores – sadios, incubação, 
convalescentes; 
• Comunicantes – embora não 
necessariamente constituído um elo da 
cadeia de transmissão, pode 
desempenhar papel preponderante na 
introdução ou propagação de uma 
doença na população; 
• Reservatórios – demais vertebrados 
capazes de atuar como fonte de infecção 
no processo de disseminação de uma 
doença; 
 
b) Quanto à natureza do hospedeiro no contexto 
do ecossistema: 
• Quem é o hospedeiro? 
• Hospedeiro humano, domiciliar, 
doméstico, laboratorial, peridomiciliar 
(sinantrópicos), silvestre; 
 
 
 
 
 
• Secreções oro-nasais; 
• Secreções uro-genitais; 
• Secreção láctea; 
 
• Humores (fluidos); 
• Excreções; 
• Placenta, líquidos fetais e feto; 
• Exsudatos e descargas purulentas; 
• Descamações cutâneas; 
 
 
 
• Contágio direto / indireto; 
• Aerógena – aerossóis infecciosos, 
poeiras; 
• Solo: 
• Água; 
• Alimentos; 
• Vetores – vetores mecânicos ou 
acidentais, vetores biológicos ou 
obrigatórios; 
• Fomites; 
 
Ponto ou local de penetração do agente no novo 
hospedeiro. 
• Mucosa do trato respiratório; 
• Mucosa do aparelho digestivo; 
• Mucosa do aparelho genito-urinário; 
• Mucosa conjuntiva ocular; 
• Pele; 
• Ferida ou cicatriz umbilical; 
 
 
Conhecimento da paisagem, hospedeiros e 
vetores que a habitam – expectativa das doenças 
que podem ocorrer. Pode estar ausente por: 
• População hospedeira protegida; 
• Agente erradicado ou nunca introduzido; 
• Limitações ambientais à sobrevivência 
de seus estágios de vida livre; 
 
 
 
A doença não ocorreu ainda. 
• Não se encontra; 
• Área geográfica ilesa; 
 
Doença está normalmente presente na 
população da área geográfica. 
• Apresenta-se com uma regularidade 
previsível de frequência, cujos valores 
oscilam dentro de limites considerados 
normais ou esperados; 
• Comparação dos valores atuais com 
aqueles obtidos no passado – valores 
esperados / normais; 
• Para afirmar que a doença ocorre de 
forma endêmica é necessário 
estabelecer intervalo de confiança da 
frequência de sua ocorrência na área; 
 
Nível de frequência 
• Alta endemicidade ou hiper-endêmica; 
• Média endemicidade ou mesoendêmica; 
• Baixa endemicidade ou hipo-endêmica; 
A frequência dos eventos-doença na população 
de uma área, em um determinado intervalo de 
tempo, ultrapassa os limites esperados como 
usuais ou endêmicos. 
• Aumento do número de casos de uma 
doença em várias regiões, mas sem uma 
escala global; 
• Pode ter nível municipal, estadual e 
nacional; 
• Não se trata do número absoluto de 
casos, mas sim uma flutuação da 
frequência relativa desses para níveisclaramente superior ao esperado; 
 
Surto Epidêmico 
• A doença está acontecendo de forma 
anormalmente elevada em uma 
população de uma área restrita; 
 
 
 
É a disseminação mundial de uma doença. 
• Pior dos cenários; 
• Pode surgir quando um agente 
infeccioso se espalha ao redor do mundo 
e a maior parte das pessoas não são 
imunes a ele; 
 
Variações Regulares ou Endêmicas: 
• Variação secular ou tendência secular; 
• Variações periódicas – cíclicas e 
estacionais; 
 
Variações Irregulares ou Epidêmicas 
• Epidemias maciças ou em ponto; 
• Epidemias progressivas; 
 
Comportamento da ocorrência da doença no 
decorrer de um longo período de tempo, 
caracterizando uma tendência que pode ser 
crescente, decrescente ou orientar-se para uma 
estabilidade de frequência. 
• Variação se verifica de maneira lenta e 
gradual ao longo do tempo; 
• Pode estar associada a fatores múltiplos 
(melhoria da qualidade de vida, 
aglomerações, poluição); 
 
 
 
Flutuação no nível de ocorrência de uma doença, 
sob a forma de ondas periódicas que se sucedem 
a intervalos razoavelmente regulares, 
usualmente superiores a um ano. 
• Associadas às oscilações na densidade 
de suscetíveis na população e nível de 
contaminação do ambiente; 
• Facilmente observado quando o agente 
apresente infectividade e patogenicidade 
elevadas quando confere imunidade 
sólida e duradoura; 
 
 
Flutuações periódicas do nível de ocorrência da 
doença, relacionado a fatores ambientais 
associados a uma determinada estação do ano. 
• Modalidade de variação cíclica, cuja 
periodicidade das ondas não ultrapassa 
o intervalo de um ano; 
 
• Maciça – elevado número de indivíduos 
expostos à infecção por uma fonte única; 
• Progressiva – evolução mais lenta, 
existência de caos iniciais que 
constituem as fontes primárias de 
infecção, a partir das quais o agente se 
transmitirá a outros suscetíveis; 
 
Representam a expressão relativa dos valores 
numéricos de duas séries de frequência que se 
deseja avaliar. 
• Mortalidade; 
• Letalidade; 
• Morbidade; 
 
 
Avalia a taxa de mortalidade de uma população. 
• Causa geral ou específica; 
• Reflete o risco que um indivíduo dessa 
população corre de morrer, por qualquer 
causa; 
 
Causa geral: 
𝑛° 𝑚𝑜𝑟𝑡𝑒𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝑐𝑎𝑢𝑠𝑎𝑠 𝑛𝑜 𝑙𝑜𝑐𝑎𝑙 𝑋 𝑒 𝑝𝑒𝑟í𝑜𝑑𝑜 𝑌
𝑝𝑜𝑝𝑢𝑙𝑎çã𝑜 𝑑𝑎 𝑙𝑜𝑐𝑎𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑛𝑜 𝑝𝑒𝑟í𝑜𝑑𝑜 𝑌
 × 100𝑛 
 
Ex: 
População – 500 000 habitantes 
Mortes – 50 000 em 1 ano 
 
50 000
500 000
 × 100% = 10% 
 
OU 
 
50 000
500 000
 × 100 000 = 10 000 ⁄ 100 000 ℎ𝑎𝑏𝑖𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 
 
 
Causa Específica: 
𝑛° 𝑚𝑜𝑟𝑡𝑒𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝑐𝑎𝑢𝑠𝑎𝑠 𝑒𝑠𝑝𝑒𝑐𝑓 𝑛𝑜 𝑙𝑜𝑐𝑎𝑙 𝑋 𝑒 𝑝𝑒𝑟í𝑜𝑑𝑜 𝑌
𝑝𝑜𝑝𝑢𝑙𝑎çã𝑜 𝑑𝑎 𝑙𝑜𝑐𝑎𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑛𝑜 𝑝𝑒𝑟í𝑜𝑑𝑜 𝑌
 × 100𝑛 
 
Ex: 
População – 100 000 habitantes 
Mortes por covid – 15 000 
Outras causas – 3 000 
 
15 000
100 000
 × 100% = 15% 𝑜𝑢 15 000 ⁄ 100 000 ℎ𝑎𝑏 
 
Mede a intensidade da virulência na relação 
hospedeiro-parasita (gravidade). 
𝑛° 𝑚𝑜𝑟𝑡𝑒𝑠 𝑝𝑒𝑙𝑎 𝑑𝑜𝑒𝑛ç𝑎 𝑛𝑜 𝑙𝑜𝑐𝑎𝑙 𝑋 𝑒 𝑝𝑒𝑟í𝑜𝑑𝑜 𝑌
𝑐𝑎𝑠𝑜𝑠 𝑑𝑎 𝑑𝑜𝑒𝑛ç𝑎 𝑛𝑜 𝑙𝑜𝑐𝑎𝑙 𝑑𝑢𝑟𝑎𝑛𝑡𝑒 𝑜 𝑝𝑒𝑟í𝑜𝑑𝑜
 × 100𝑛 
 
Ex: 
Mortes por raiva em 1 ano – 6 000 
Casos de raiva em 1 ano – 10 000 
 
6 000
10 000
 × 100% = 60% 𝑜𝑢 6 𝑚𝑜𝑟𝑡𝑒𝑠 ⁄ 10 𝑑𝑜𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠 
 
Expressa a frequência da doença numa 
população. 
• Morbidade incidente; 
• Morbidade prevalente; 
 
Morbidade Incidente 
Avalia a frequência com que estão surgindo 
casos novos da doença. 
𝑛° 𝑐𝑎𝑠𝑜𝑠 𝑛𝑜𝑣𝑜𝑠 𝑑𝑜𝑒𝑛ç𝑎 𝑛𝑜 𝑙𝑜𝑐𝑎𝑙 𝑋 𝑒 𝑝𝑒𝑟í𝑜𝑑𝑜 𝑌
𝑝𝑜𝑝𝑢𝑙𝑎çã𝑜 𝑠𝑢𝑠𝑐𝑒𝑡í𝑣𝑒𝑙 à 𝑑𝑜𝑒𝑛ç𝑎 𝑛𝑜 𝑙𝑜𝑐𝑎𝑙 𝑒 𝑝𝑒𝑟í𝑜𝑑𝑜
 × 100𝑛 
 
Ex: 
Casos novos de meningite em 1 ano – 117 
Casos de meningite anteriores – 268 
População suscetível – 648.532 habitantes 
 
117
648 532
 × 100% = 0,01% 𝑜𝑢 18 𝑐𝑎𝑠𝑜𝑠 ⁄ 100 000 ℎ𝑎𝑏. 
 
Morbidade Prevalente 
Mede a frequência de casos de doença 
existentes numa população num momento. 
𝑛° 𝑐𝑎𝑠𝑜𝑠 𝑑𝑒𝑡𝑒𝑟𝑚 𝑑𝑜𝑒𝑛ç𝑎 𝑛𝑜 𝑙𝑜𝑐𝑎𝑙 𝑋 𝑒 𝑝𝑒𝑟í𝑜𝑑𝑜 𝑌
𝑝𝑜𝑝𝑢𝑙𝑎çã𝑜 𝑠𝑢𝑠𝑐𝑒𝑡í𝑣𝑒𝑙 à 𝑑𝑜𝑒𝑛ç𝑎 𝑛𝑜 𝑙𝑜𝑐𝑎𝑙 𝑒 𝑝𝑒𝑟í𝑜𝑑𝑜
 × 100𝑛 
 
Ex: 
Casos em 1 ano – 69 154 
População – 200 000 habitantes 
 
69 154
200 000
 × 100% = 34% 𝑜𝑢 34 577 𝑐𝑎𝑠𝑜𝑠 ⁄ 100 000 ℎ𝑎𝑏 
 
 
 
A constante utilizada na conta pode ser 
alterada, pode utilizar “100%” ou “100 000 
habitantes” ou até mesmo outra, dependendo do 
seu objetivo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Acesso a saúde e saneamento são direitos 
básicos dos cidadãos e que são de extrema 
importância para uma boa qualidade de vida. 
 
• Poluição – qualquer fator que altera o 
aspecto do sistema original, seja água, 
ar, solo, etc., deixando-o visualmente 
afetado, sujo e feio; 
• Contaminação – quando tem fatores 
patógenos ou químicos que alteram 
essas características; 
 
 
 
É a liberação de radiações, vibrações, ruídos e 
substâncias ou agentes contaminantes em um 
ambiente, prejudicando os ecossistemas 
biológicos e os seres humanos. 
 
Fatores Causadores 
• Desenvolvimento da indústria; 
• Crescimento da população humana; 
 
Principais Ações Antrópicas 
• Atividade industrial; 
• Mineração; 
• Queima de combustíveis fósseis; 
 
Principais tipos de poluição 
• Atmosférica; 
• Hídrica; 
• Solo; 
• Térmica; 
• Sonora; 
• Visual; 
 
 
 
“Sanear” é uma palavra que vem do latim e 
significa tornar saudável, higienizar e limpar. 
 
A utilização de água potável, por exemplo, é vista 
como o fornecimento de alimento seguro à 
população. O sistema de esgoto promove a 
interrupção da cadeia de contaminação humana. 
• Melhoria da gestão dos resíduos sólidos 
(lixo); 
• Reduz o impacto ambiental e elimina ou 
dificulta a proliferação de vetores de 
doenças; 
 
4 Pilares do Saneamento Básico 
• Água de qualidade; 
• Esgoto eficiente; 
• Resíduos sólidos e limpeza urbana; 
• Drenagens pluviais; 
 
 
O primeiro registro de saneamento no Brasil 
ocorreu em 1561, quando o fundador Estácio de 
Sá mandou escavar o primeiro poço para 
abastecer o Rio de Janeiro. 
• Em 1971, houve o surgimento do Plano 
Nacional de Saneamento (PLANASA); 
• Ana (Agência Nacional de Águas) é o 
órgão responsável pelo gerenciamento 
de recursos hídricos; 
 
Dificuldades 
• Falta de planejamento adequado; 
• Volume insuficiente de investimentos; 
• Deficiência na gestão de companhias de 
saneamento; 
• Baixa qualidade técnica dos projetos e a 
dificuldade de obter financiamentos e 
licenças para as obras; 
 
Por meio de acesso aos serviços de saneamento 
é possível reduzir a incidência de algumas 
doenças, por exemplo aquelas de veiculação 
hídrica, e proporcionar um ambiente mais 
saudável para as pessoas. 
• Quanto menos acesso a saneamento 
básico mais propício a pessoa está de 
adquirir doenças; 
• Saneamento e saúde pública são 
diretamente proporcionais; 
 
 
 
Dados preocupantes 
Segundo informações da ABCON, cerca de 100 
milhões de brasileiros não têm acesso à coleta e 
tratamento de esgoto, e 35 milhões não recebem 
água tratada nas suas casas. 
 
 
 
 
Atualmente, morrem no Brasil 15 mil pessoas por 
ano em decorrência de doenças relacionadas à 
falta de saneamento, de acordo com a OMS. 
• Segundo o órgão, a cada R$1,00 
investido em saneamento gera economia 
de RS4,00 na saúde; 
 
Tratamento → abastecimento → coleta de 
esgoto → coleta de lixo → drenagem urbana → 
tratamento do esgoto → participação social.

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