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Existem diversos répteis espalhados no Brasil e no mundo, esses animais possuem características próprias e são de grande importância na natureza. • Ordem Testudinata – quelônios (302) espécies; • Ordem Crocodyla – crocodilo e jacarés (23 espécies); • Ordem Squamata – lagartos (4675 espécies), serpentes (2940 espécies), anfisbenas (160 espécies); • Ordem Rhynchocephalia – tuataras (2 espécies); O Brasil possui a 3° maior riqueza de espécies do mundo (773), atrás da Austrália e do México *evolução* Os quelônios diferem-se das outras ordens por terem a coluna vertebral fixada à carapaça *esqueleto quelônios* – • Ausência de patas; • Ausência de pálpebras; • Ausência de sínfise mandibular; • Algumas espécies são peçonhentas; • Carnívoras: desde invertebrados até vertebrados; Os répteis são animais ectotérmicos, ou seja, não possuem mecanismos internos de termorregulação, estando dependentes da temperatura ambiental ou de hábitos comportamentais que lhe permitam regulação em níveis aceitáveis para seu organismo; • Vantagens – economia de energia, consegue habitar áreas desérticas e realizar hibernação; • Desvantagem – atividades limitadas pela temperatura; *deitar na areia quente* • Alguns animais como a Dermochelys coriacea e Python mollurus possuem termogênese – temperaturas corporais superiores à do seu meio ambiente; Termorregulação • Ambiente adequado para cada espécie é muito importante; • Resposta do organismo a medicamentos depende também do ambiente; • As vezes, aquecer o animal já melhora o quadro clínico; • A velocidade de digestão está intimamente relacionada com a temperatura; *pedra aquecida* Os répteis possuem particularidades em seu sistema esquelético dependendo da espécie. • 1 côndilo occipital; • A taxa de crescimento é muito variável e depende diretamente da oferta de comida, temperatura e fatores ambientais; • Retraem a cabeça e membros para dentro da carapaça; • Casco rígido (fusão dos ossos da coluna, costelas e cintura pélvica); • Corpo revestido por placas córneas 9escudos epidermais); • Possuem bico córneo (ranfoteca) no lugar de dentes; • Ovíparos – ovo com muita gema (vitelo); • Intestino grosso desenvolvido; • Coração tricavitário; • Dimorfismo sexual; *esqueleto* *disposição dos órgãos* Répteis não possuem diafragma, possuem cavidade celomática igual as aves A sexagem é feita de forma diferente dependendo da espécie. Jabuti • Machos possuem o plastrão côncavo; • Fêmeas possuem o plastrão reto; Atenção! Doenças ósteo-metabólicas podem levar a deformidades na carapaça e plastrão *sexagem plastrão* Tigre d’agua • Machos cauda mais comprida; • Fêmeas cauda mais curta; *sexagem cauda* A exposição do pênis no caso desses animais é difícil de realizar Possuem 3 acessos principais: • Veia jugular; • Veia coccígea; • Seio subcarapacial (melhor); *acessos para coleta* • Oral; • Intramuscular; • Subcutânea; Possuem algumas características específicas. • Alongamento do corpo e órgãos; • Ausência de membros e pálpebras; • Possuem grande elasticidade nos movimentos cranianos – ausência de sínfise mandibular; • Grande número de vértebras (120 a 240); • O pulmão direito é desenvolvido, o esquerdo pode estar reduzido ou ausente; • Coração possui dois átrios e um ventrículo (tricavitário); • Língua tem função olfatória; • Susbtâncias químicas presentes no ambiente aderem-se à língua, que ao ser retraída, entra em contato com o órgão vomeronasal (órgão de Jacobson) *função olfatória – órgão de Jacobson* Todos os répteis, exceto os crocodilos, possuem coração tricavitário Órgão de Jacobson • Situado na região anterior do palato, é revestido por células quimiorreceptoras que levam informações adquiridas até o cérebro; *órgão de Jacobson* • Veneno – é qualquer substância de origem vegetal, mineral ou animal que pode trazer algum dano ao organismo se absorvido; • Peçonha – é uma substância tóxica, produzida por uma glândula especializada, inoculada no tecido por um aparelho especializado; *glândulas especializadas* Como reconhecer uma espécie peçonhenta? • Conhecer as espécies; • Dentição (Proteróglifa, Solenóglifa); • Fosseta loreal; Toda serpente que possui fosseta loreal é peçonhenta, mas nem toda cobra peçonhenta possui fosseta loreal As serpentes possuem 4 tipos de dentição: • Áglifa; • Opistóglifa; • Proteróglifa; • Solenóglifa; Áglifa • Os dentes são aproximadamente do mesmo tamanho e não são especializados para inoculação de veneno. Ex: jiboia; Opistóglifa • Os dentes são aproximadamente do mesmo tamanho e possui um ou mais pares de dentes, na parte posterior, com sulco pelo qual escorre peçonha. Ex: falsas corais; Opistóglifa não possui glândula de peçonha, mas possui uma glândula de duvernoy Proteróglifa • Par de dentes sulcados, pelos quais escorre peçonha, pequeno e está situado na posição anterior da boca. Ex: corais verdadeiras; Solenóglifa • Dentes pares anteriores são grandes e ocos, pelos quais a peçonha escorre. Ex: cascavel; Todos os répteis realizam ecdise. • Muda ou renovaçao constante ou periódica da epiderme, influenciada pela umidade, crescimento, atividade e temperatura; *ecdise* • Os órgãos copuladores dos machos, denominados hemipênis, ficam invaginados em bolsas na base da cauda; • Por causa dessa característica, a cauda dos machos é proporcionalmente maior que a das fêmeas; • Os testículos são intraabdominais; *órgãos copuladores macho* • As fêmeas apresentam duas vaginas; • Ovários com folículos ovarianos, infundíbulo, útero (anterior e posterior) e vagina; A determinação do sexo se faz por duas formas. • Eversão dos hemipênis; • Introdução de uma sonda romba e lubrificada na cloaca, no sentido da base da cauda (nos machos a sonda entra 8 a 12 escamas subcaudais, já nas fêmeas 2 a 4 escamas); *fêmea – macho* As serpentes se reproduzem de duas maneiras: • Algumas põem ovos (ovíparas); • Outras desenvolvem embriões no ovidutos (vivíparas); • A maioria dos ofídios é ovíparas; *vivíparas* *ovíparas* Possui 2 acessos. • Veia coccígea; • Cardiocentese; *acessos* • Oral; • Subcutânea (entre escamas); Assim como as outras ordens, também possuem características próprias. • Corpo alongado; • Presença de pálpebras; • Maioria possui pernas adaptadas para locomoção; • Coração tricavitário; *órgãos* Autotomia é a “amputação própria”. • Mecanismo de escape de predadores; • Camaleões e lagartos monitores não realizam autotomia (maior dependência da cauda); *autotomia* Nunca puxar o animal pela cauda, pois ele pode realizar autotomia • Lagartos machos – maiores e mais fortes, mais coloridos, apêndices (chifres e esporas), poros (pré-anal, anal e femural), 2 hemipênis distais à cloaca; *fêmea – macho* • Veias caudais laterais; • Veia caudal ventral; *acessos* • Coração tricavitário – dois átrios e um ventrículo (exceto crococdilianos); • Os átrios são divididos por um septo completo; • O ventrículo é dividido em 3 subcâmaras – cavum pulmonale, cavum venosum e cavum arteriosum; Quelônios • Glote mais caudal – dificuldade para acesso quando acordado; • Anéis traqueais completos; • Bifurcação traqueal na região cervical (atenção na intubação endotraqueal); • Ausência de diafragma; • Movimentos respiratórios conferidos por 4 grupos musculares; *glote e bifurcação traquealcervical* *músculos respiração* Serpentes • Glote mais cranial; • Anéis traqueais incompletos; • Muitas espécies apresentam apenas um pulmão funcional (direito); • Respiração conferida por musculatura dorso e ventrolateral (ausência de diafragma); *glote cranial* A glote cranial auxilia a cobra a não morrer de asfixia ao ingerir uma presa muito grande Sáurios • Posição variável de glote; • Anéis traqueais incompletos; • Bifurcação traqueal próxima à base do coração; • Respiração conferida por musculatura intercostal (ausência de diafragma); *glote* Todos os répteis apresentam • Cavidade oral; • Esôfago; • Estômago; • Intestino; • Fígado; • Vesícula biliar; • Pâncreas; • Cloaca; Nos herbívoros – ceco-cólon bastante desenvolvidos *cavidade oral tartaruga marinha* Lagartos • Os lagartos possuem dentes, diferentemente das outras ordens, eles mastigam o alimento; • Algumas espécies possuem dentes que são constantemente trocados (Iguanídeos e Varaníderos); • As iguanas têm uma taxa rápida de substituição de dentes. Podem substituir seus dentes até cinco vezes por ano; • Funções da língua – olfativa, lamber, engolir, mover alimentos pela cavidade oral, peculiaridades (limpar córnea, preensão de insetos, exploração); • O trato gastrointestinal de insetívoros e onívoros é relativamente simples; • Um esôfago de paredes finas e curto entra no estômago no lado esquerdo do abdômen; • O estômago é tubular e simples, leva ao intestino delgado curto e ao intestino grosso; • O intestino delgado é curto e o intestino grosso ocupa 50% do comprimento; • Herbívoros possuem fermentação no IG; *órgãos* • Proteínas e nutrientes digeríveis são absorvidos, enquanto a celulose é decomposta e absorvida com ácidos graxos voláteis no ceco e no cólon; Quelônios • Cerca de 25% são herbívoros; • Muitos onívoros comem alguma matéria vegetal em sua dieta; • Onívoros tendem a se alimentar de moluscos e vermes; • Não possuem dentes; • Possuem um bico córneo; *onívoro – herbívoro* • A língua é curta e carnuda, e as glândulas salivares produzem muco, mas não enzimas digestivas; • O esôfago leva a um estômago simples; • Tartarugas marinhas possuem papilas queratinizadas (presume-se que prendam os alimentos enquanto o excesso de água é expelido antes da deglutição); *órgãos* • O fígado é grande e dividido em dois lobos, e uma vesícula biliar pode ser encontrada no lobo direito; • Nos herbívoros, o intestino grosso é largo na circunferência e é o local para digestão microbiana; • Um ceco pode estar presente, mas mesmo em herbívoros não está bem desenvolvido; • As enzimas digestivas são produzidas pelo estômago, intestino delgado, pâncreas e fígado; • A velocidade da digestão é influenciada por diversos fatores, como temperatura, frequência de ingestão de alimentos, presença de água ou fibras (3 a 28 dias); Serpentes • Todas as serpentes são carnívoras; • O trato gastrointestinal é um ducto linear relativamente simples, que se estende da cavidade oral à cloaca; • Engolem suas presas inteiras sem mastigação, de modo que os dentes funcionem apenas na preensão alimentar (curvada para trás para impedir a fuga da presa); *órgãos* • Quantidades abundantes de saliva são produzidas pelas glândulas salivares palatinas, linguais, sublinguais e labiais durante a deglutição, que umedece e lubrifica a presa; • Esôfago é altamente distensível; • Única característica distintiva entre o estômago e o esôfago é que o estômago possui a mucosa mais glandular; • O estômago é fusiforme e o esfíncter cardia não é bem definido (fácil regurgitação dos alimentos); *regurgitação* • O esôfago também desempenha um papel no armazenamento de alimentos, porque o estômago é relativamente pequeno e pode não ser capaz de acomodar toda a presa; *disposição esôfago – estômago* • A digestão começa assim que parte da presa chega ao estômago e é um processo rápido (tempo depende do tamanho da presa); • A absorção é muito lenta, não digerem queratina (pelos e penas); • O fígado pode ser dividido em 2 a 3 lobos separados; • Possuem vesícula biliar, que é essencial para ajudar a digerir a gordura; • O pâncreas é ovóide; • Em algumas espécies, o baço é aderente ao pâncreas, criando o esplâncreas; *esplâncreas* • O intestino delgado é bastante reto e um ceco está presente em algumas espécies; • Possuem IG e Cloaca; • Cloaca é o compartimento de desembocadura dos sistemas urinário, digestório e reprodutor (urodeum, corpodeum, proctodeu); – De forma geral os répteis apresentam • Rins pareados; • Ureteres desembocam na vesícula urinária ou cloaca; • Em quelônios a vesícula é única ou septada; • Serpentes e crocodilianos ausência de vesícula urinária; • Excreta na forma de ácido úrico; *sistema urinário* Os mamíferos são animais comuns no nosso cotidiano, os quais possuem suas próprias características entre espécies. São animais endotérmicos, pois possuem mecanismos fisiológicos para manter a temperatura corporal. • Ectotérmicos – utilizam as fontes de calor do ambiente para obter o calor necessário para manter a temperatura corporal; • Termorregulação – é a capacidade de manutenção da temperatura corpórea, mesmo quando a temperatura do ambiente é diferente (fisiológica e comportamental); • Corpo recoberto por pelos – termorregulação, elementos de camuflagem (existem exceções); • Glândulas mamárias para alimentar os filhotes; • Coração dividido em 4 cavidades; • Presença de diafragma; • 2 côndilos occipitais; São os coelhos, lebres e tapitis. Pertencem à família Leporidade e ordem Lagomorpha. • Herbívoros; • Possuem os sentidos de audição, olfato e tato bem aguçados; • Possuem orelhas compridas e com bastante vascularização – que favorece a termorregulação; • Lábios superiores são divididos; • Vibrissas extremamente sensíveis ao toque; • Diurnos e sociáveis; Possuem um campo visual de 190° o que torna possível a percepção de potenciais predadores. • Possui ponto cego em frente ao focinho; *campo visual* • O ceco é a maior porção do TGI, com capacidade de até 10x a do estômago; • Ingere as próprias fezes direto do ânus; • Os cecótrofos são ricos em nutrientes essenciais como – ácido fólico, vitaminas C, B e K e aminoácidos; • Dois pares de dentes incisivos superiores; • Crescimento contínuo dos dentes (importante dar fibras); • Mastigação lateral; *dentição* • Possui massa óssea menor a de um gato, o que torna mais pré-dispostos a fraturas; • Fraturas de ossos longos são comuns devido a traumas (chutes); • Sistema gastrointestinal é complexo; • A microbiota cecal, formada por Bacteroides sp., estreptococos, colibacilos, protozoários ciliados, os quais são responsáveis pela fermentação da ingesta; • ATB e alimentação; • Está envolvido no metabolismo do cálcio; • Cálcio sérico está diretamente relacionado com o cálcio da dieta; • O sistema urinário faz a excreção de cálcio e magnésio, o que torna a vesícula urinária e os rins favoráveis à formação de cálculos; *fêmea – macho* • Testículos descem com 12 semanas; • Mais difícil verificar em animais jovens; • Longevidade 6 a 13 anos; • Longevidade reprodutiva 4 anos; • Gestação de 30 a 33 dias; • Ninhada de 4 a 10 filhotes; • Temperatura retal 37,8° a 39,5°C; • Frequência cardíaca 130 a 325 bpm; • Frequência respiratória 32 a 50 rpm; • As agressões aos filhotes e/ou canibalismo ocorrem após a manipulação dos filhotespelos proprietários; • Composta principalmente por alimentos ricos em fibras; • Esporadicamente pode-se oferecer grãos e frutas; • Dar principalmente folhas escuras; *ração* Possui 3 famílias. • Muridae – ratos e camundongos; • Cricetidae – gerbil, hamster sírio e chinês; • Cavidae – porquinho da índia e chinchila; • São encontrados em todo o mundo exceto na antártica; • Crescimento contínuo dos dentes incisivos; • Algumas espécies são onívoras, enquanto outros possuem dieta especializada; Rato • Expectativa de vida de 2 a 4 anos; • Peso 400 a 800g; • Temperatura 38°C; • Maturidade secual 45 a 75 dias; • Gestação 21 a 24 dias; • Quantidade por ninhada 6 a 14; • São animais sociáveis; *macho – fêmea* • Ceco tamanho médio; • Possuem poucas glândulas sudoríparas – não toleram temperaturas acima de 36°C; • Machos são maiores; • Grupos do mesmo sexo são compatíveis, possiem ninho pouco elaborado; • Ração específica peletizada e frutas/legumes/verduras. • Glândula de harder - glândula lacrimal, normal ter pequenas quantidades de porfirinas (pigmento vermelho), quantidades excessivas indicam problemas; Hamster • Animais noturnos; • Estocam grande quantidade de comida na bolsa facial (estende-se ao longo da cabeça e do pescoço até as escapulas); *estocagem na bolsa facial* • Estômago dividido em duas regiões – glandular e glandular escamosa; • Hábitos solitário (Hamster sírio), familiar (hamster chinês); • Fêmeas podem realizar canibalismo se perturbadas; • Pseudo-hibernam de 5 a 15°C; • Urina de cor turva devido a grande quantidade de cristais; *sexagem* • Gestação 18 dias; • Vivem de 9 a 24 meses; • Maturidade sexual 3 meses; • Ninhada 1 a 9 filhotes; • Precisam de ninho e ambiente seguro para parir e cuidar dos filhotes; Gerbil • Expectativa de vida 2 a 5 anos; • Peso 55 a 120g; • Temperatura 38°C; • Maturidade sexual 10 a 14 semanas; • Gestação 24 a 26 dias (quantidade 4 a 7 filhotes); *gerbil* • Testículos visíveis; • São animais sociáveis; • Animal vive em galerias em vida livre; • Raramente canibalizam os filhotes; • Glândula de marcação ventral; • Pequeno volume de urina concentrada, requerem pequena quantidade de água (ambiente desértico); • Ataques epiléticos (jovens); Porquinho-da-índia • Expectativa de vida 3 a 8 anos; • Peso 600 a 1200g; • Temperatura 38,5°C; • Maturidade sexual 2 a 4 meses; • Gestação 63 a 68 dias (quantidade 2 a 4 filhotes); • Hábito diurno; *porquinho-da-índia* • Assim como os coelhos possuem o ceco bastante desenvolvido; • Ceco acumula de 60 a 70% do conteúdo intestinal; • Trânsito intestinal longo 13 a 30 horas; • Também realizam cecotrofagia; • Estômago não é dividido; • Os filhotes são precoces, alimentam-se de conteúdo sólido nos primeiros dias; • Obesidade comum, cuidado; • Sensíveis a mudanças de hábito e podem parar de comer; *sexagem* Chinchila • Hábitos noturnos; • Expectativa de vida 8 a 10 anos; • Peso 400 a 600g; • Temperatura 38°C; • Maturidade sexual 7 a 9 meses; • Gestação 105 a 111 dias (1 a 4 filhotes); *chinchila* • Crescimento contínuo dos dentes; • Trânsito intestinal longo 13 a 30 horas; • Estômago alongado e estreito; • Fêmeas normalmente maiores que os machos; • Vivem bem em casais e pequenos grupos; • Alimentos e ambientes secos – incompatíveis com umidade; • Pelagem densa – higiene com pó de mármore; • Não possuem glândulas sudoríparas; Camundongo • Hábitos noturnos; • Expectativa de vida 1 a 3 anos; • Peso 20 a 40g; • Temperatura 37,5°C; • Maturidade sexual 6 a 7 semanas; • Gestação 19 a 21 dias (4 a 12 filhotes); *camundongo* • Ceco de tamanho médio; • Grupos bem organizados de fêmeas; • Comportamento territorialista (machos alojados separadamente); • Ração específica peletizada e frutas/legumes/verduras; Furão • Mustela puturius furo; • Família Musrelidae; • São carnívoros; • Unhas não retráteis como cães; *furão* • Utilizado na caça de coelhos e para controlar pragas – corpo tubular ideal para entrar em tocas; • Macho pesa de 1 a 2kg e as fêmeas 0,5 a 1kg; • Vivem de 5 a 8 anos; • Possuem pele bastante espessa – importante no momento de aplicação de fármacos; • Possuem tubo digestivo curto e trânsito gastrointestinal rápido; No Brasil os furões já são vendidos castrados *mudas de pelo* • Mudas na primavera e outono; • Podem ser gradativas ou rápidas; • Após cada muda observa-se variação dos pelos; • Dormem 12 a 20h por dia; • Vida livre – solitários e territorialistas; • Muito curiosos; • São sociáveis; • Precisam de brinquedos; *brincar fora da gaiola* Diversas doenças acometem os pets silvestres e exóticos e que possuem grande importância na rotina da clínica. É uma infecção causada pelo fungo Macrorhabdus ornithogaster. ● Gram positivos, forma bacilar; ● Presença de quitina; ● Sensível aos antifúngicos e resistente aos antimicrobianos; ● Sequenciamento (2003) - astomiceto, único e novo representante desse gênero; ● Presente no istmo, entre ventrículo e proventriculo, encontrado em várias sp. sem sinais clínicos; *Macrorhabdus ornithogaster* ● Rheiformes, Psittaciformes, Passeriformes, Galliformes, Rapinantes, Piciformes, etc; ● Aves portadoras assintomaticas; ● Oro-fecal; ● Vômito e regurgitação; ● Diarréia com presença de alimentos não digeridos; ● Perda de peso e anorexia; ● Melena (fezes com sangue); *úlceras* Pode acontecer também úlceras no ventrículo e proventriculo ● Esfregaço de fezes frescas + coloração de Gram; ● PCR e cultura; *coloração* Feito com Anfotericina B ou Nistatina. ● Anfotericina B: 100 mg/kg q12, VO, 10 a 30 dias; ● Nistatina: 300,000-600,000 UI, VO, q8h, 7 a 14 dias (Psittaciformes); É uma infecção causada pelo fungo Candida sp. ● Comensal - faz parte da microbiota do inglúvio das aves; *Candida sp* ● Fatores imunossupressores - desnutrição subclínica, infecção viral, ou outros estressores (uso prolongado de antibióticos e presença de lesões de mucosa); ● Psittaciformes são bastante suscetíveis; ● Regurgitação; ● Anorexia; ● Dificuldade para ganhar peso; ● Retardo do esvaziamento do TGI e impactação; ● Placas esbranquiçadas na orofaringe; *placas esbranquiçadas* ● Presuntivo - sinais clínicos e leveduras nos esfregaços de aspirados ingluviais ou de lesões (Coloração de Gram); ● Definitivo - isolamento e identificação do agente; *isolamento* ● Nistatina: 400.000 - 600.00 UI/kg, VO, q12 x 10 - 14 dias; ● o Fluconazol: 5–15 mg/kg, VO, q12h x 14–60 dias; ● o Cetoconazol 50 mg/kg, q24 x 7-10 dias; ● o Anfotericina B: 100 mg/kg q12, VO, x 10 a 30 dias; É uma doença causada pelo protozoário flagelado Trichomonas gallinae. ● Comumente acometidos - Columbiformes e aves de rapina; ● Ocasionalmente acometidos: Galliformes, Passeriformes e Psittaciformes; *Trichomonas gallinae* ● Via de infeção oral; ● A transmissão se dá por ingestão de alimentos ou água contaminados, alimentação de filhotes; ● Aves de rapina por ingestão de presa acometida; ● Via de infeção oral; ● A transmissão se dá por ingestão de alimentos ou água contaminados, alimentação de filhotes; ● Aves de rapina por ingestão de presa acometida; ● Placas caseosas - digestório superior, trato respiratório superior (cavidade nasal, laringe, traqueia), fígado e pulmão (Columbiformes); ● Disfagia; *placas caseosas* *acometimento de regiões* ● Esfregaços diretos em solução salina morna: trofozoítos móveis; ● Sinaisclínicos; ● Histopatologia; ● PCR; ● Metronidazol - 30 mg/kg VO q12h × 5-10 dias; É uma doença de curso fatal causada pelos vírus membros da família Bornaviridae, composta por três gêneros: Orthobornavirus, Carbovirus e Cultervirus. ● Vírus DNA fita simples; ● Mais de 80 espécies de aves são suscetíveis; ● Essencialmente uma doença do sistema nervoso; ● Associado à doença da dilatação proventricular (PDD),> Ganglioneurite aviária, > Ganglioneurite mioentérica; *família do vírus* ● Animais de qualquer idade são susceptíveis; ● Tropismo: neurônios, astroglia, células ependimárias, células epiteliais, células lisas e células musculares esqueléticas, miocárdio e queratinócitos; Vias de transmissão ainda são pouco compreendidas. ● Mais provável horizontal - água e alimentos contaminados; ● Filogenia: sugere transmissão entre espécies - pelo menos para alguns bornavírus aviários; ● T. horizontal pouco eficiente: indivíduos alojados com aves infectadas podem estar livres de vírus detectáveis por vários meses ou mesmo anos; ● Vírus detectado em: swabs cloacais e faríngeos, saliva, fezes e urina; ● Vertical - uma provável via; ● Diarréia, alimento não digeridos nas fezes; ● Regurgitação; ● Retardo do esvaziamento do TGI; ● Dilatação proventricular; ● Sinais neurológicos: head tilt, défict de propriocepção; *alimento não digerido nas fezes* ● Histórico e sinais clínicos; ● Detecção do vírus por PCR (eliminação intermitente – 3 amostragens de fezes) e antígenos por ELISA; ● Macro e micro (infiltrado linfoplasmocitário em nervos do TGI) na necropsia; ● Radiografia – dilatação do proventrículo; Sintomático/suporte: ● Antibiótico: infecções secundárias - imunossupressão; ● Metoclopramida [0,5 mg/kg VO x q 8hrs]: motilidade; ● Suporte nutricional: gavagem; Específico: ● Doença de carater inflamatório: celecoxibe (10 mg/kg VO x q24 hrs por 6 a 14 semanas); ● Ribavirina; ● Gabapentina (3 mg/kg VO x q24hrs) – sinais neurológicos; Inflamação na região plantar dos membros pélvicos. • Sobrepeso; • Puleiros irregulares; *classificações* 1. Perda da textura da pele nas áreas afetadas, em alguns casos com eritema associado; 2. Hiperqueratose com abrasão leve e formação de crostas, edema leve e necrose focal; 3. Inflamação que se estende para o subcutâneo; início da formação de abscessos; 4. Extensão da inflamação para os tendões, que pode levar a infecção ascendente para as articulações; 5. Extensão para o tecido ósseo, artrite das articulações metatarsofalângicas ou interfalângicas; Diagnóstico • Sinais clínicos e histórico; Tratamento 1. Antiinflamatórios, ajustes de manejo; 2. Antiinflamatórios, ajustes de manejo e bandagem; 3. Antibiótico tópico, Antiinflamatórios, bandagem, ajuste manejo - recomenda- se a radiografar; 4. Antibióticos tópico e sistêmico, Antiinflamatórios, debridamento cirúrgico, bandagens, ajuste do manejo - com prognóstico reservado -radiografias são indispensáveis; 5. Antibióticos tópico e sistêmico, antiinflamatórios, debridamento cirúrgico, ajuste do manejo - prognóstico ruim - radiografias essenciais; *tratamento* *manejo curativo* Pode vir a ser necessário a amputação da pata, caso tenha que amputar as 2 é recomendado eutanásia – Os mais comuns são os ácaros de ouvido. • Psoroptes cuniculi; • Coelhos são susceptíveis; • Contato direto; • Crostas espessas, secas e de coloração acastanhada no conduto auditivo, prurido; *crostas* • Exame direto das crostas; • Sinais clínicos; • Ivermectina (0,1 a 0,2 mg/kg) a cada 8 a 14 dias; – Existem 4 vias de acesso. • V. safena; • V. jugular; • V. cefálica; • V. marginal da orelha; – Duas formas. • Oral; • Subcutâneo; Cálculo de dose: 𝑃𝑒𝑠𝑜 (𝑘𝑔) × 𝐷𝑜𝑠𝑒 (𝑚𝑔/𝑘𝑔) 𝐶𝑜𝑛𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎çã𝑜 (𝑚𝑔/𝑚𝑙) = 𝑥 𝑚𝑙 Devemos sempre utilizar a mesma unidade de medidas Peso • 1kg = 1000g; • Transformar quando necessário; *Transformação* Concentração Alguns fármacos possuem concentração em %. • Sempre que a concentração estiver em % iremos multiplicar seu valor por x10; *multiplicando concentração x 10* Diluição • A menor quantidade segura que podemos puxar em uma seringa é 0,02; • Qualquer coisa abaixo desse número devemos diluir; Diluição 1:10 X mg ----------------------- 1 ml Y mg ----------------------- 0,1 ml = nova concentração [ ] Podemos diluir mesmo se o Ml for igual a 0,02. De forma que facilite na hora de puxar a medicação e o animal consiga tomar a quantidade de forma segura 1) Você atendeu uma calopsita, pesando 60g. Calcule os seguintes fármacos: Dipirona 50mg/ml – Dose 25mg/kg; Dados: P: 60g ÷ 1000 = 0,06kg Cálculo: 0,06 𝑘𝑔 × 25 𝑚𝑔/𝑘𝑔 50 𝑚𝑔/𝑚𝑙 = 0,03 𝑚𝐿 Portanto esse animal deverá tomar 0,03 mL, neste caso não seria necessário diluição. Diluição: Vamos diluir para testar como seria. 50 mg ----------------------- 1 ml x mg ----------------------- 0,1 ml x = 5 mg/ml [ ] nova concentração Substituição: Após achar a nova concentração vamos substituir na equação. 0,06 𝑘𝑔 × 25 𝑚𝑔/𝑘𝑔 5 𝑚𝑔/𝑚𝑙 = 0,3 𝑚𝑙 Portanto se fossemos fazer pela diluição, esse animal tomaria 0,3 ml. Sempre levar em consideração o peso do animal e o quanto ele pode tomar seguramente (não exagerar na quantidade) 2) Um canário pesando 15 gramas precisa receber tratamento com enrofloxacina 2,5% na dose de 10 mg/kg. Qual volume devemos aplicar da diluição? Dados: P: 15g ÷ 1000 = 0,015kg [ ]: 2,5% x 10 = 25 mg/ml 0,015 𝑘𝑔 × 10 𝑚𝑔/𝑘𝑔 25 𝑚𝑔/𝑚𝑙 = 0,006 𝑚𝐿 Não temos como puxar 0,006 ml em uma seringa, portanto vamos diluir! Diluição 1:10: 25 mg ----------------------- 1 ml x mg ----------------------- 0,1 ml x = 2,5 mg/ml [ ] nova concentração Agora vamos substituir na fórmula. Substituição: 0,015 𝑘𝑔 × 10 𝑚𝑔/𝑘𝑔 2,5 𝑚𝑔/𝑚𝑙 = 0,06 𝑚𝐿 Agora sim, o animal deverá tomar 0,06ml da medicação. Caso fosse necessário diluir mais, é só pegar o resultado da nova concentração obtido da diluição de 1:10 e ir dividindo pelos mL que você deseja diluir e assim por diante. Diluição 1:20 2,5 (resultado da 1:10) ÷ 2 (ml) = 1,25mg/ml Sua nova concentração na diluição de 1:20 é 1,25 mg/ml. Agora é só substituir. Substituição 0,015 𝑘𝑔 × 10 𝑚𝑔/𝑘𝑔 1,25 𝑚𝑔/𝑚𝑙 = 0,12 𝑚𝐿 Diluição 1:30 2,5 (resultado da 1:10) ÷ 3 (ml) = 0,83 mg/ml Substituição: 0,015 𝑘𝑔 × 10 𝑚𝑔/𝑘𝑔 0,83 𝑚𝑔/𝑚𝑙 = 0,18 𝑚𝐿
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