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Danos Morais - Caio Vinicius

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AO DOUTO JUIZO DA 1ª VARA DA COMARCA DE FIVEM TORCIDAS
 CAIO VINICIUS, brasileiro, mecânico, portador da cédula de identidade n°: 82QHI606, expedida pelo MINISTÉRIO PÚBLICO/TORCIDAS, inscrito no PASSAPORTE sob n°: 4661, telefone: 522-773, vem por intermédio de seu patrono, propor a presente 
AÇÃO DE REPARAÇÃO POR DANOS MORAIS e MATERIAS C/C REPETIÇÃO DE INDEBITO
	Em face de DEPARTAMENTO DE POLÍCIA CIVIL, pessoa jurídica de direito público interno, com sede na West Eclipse Blvd., S/N, West Vinewood, na pessoa de seu DELEGADO TITULAR, qualificações incertas, a serem obtidas pelo oficial de justiça, e 32º BATALHÃO DE POLÍCIA MILITAR, pessoa jurídica de direito público interno, com sede na East Mirror Drive, S/N, Mirror Park, na pessoa de seu COMANDANTE GERAL, o sr. CEL. JAKE TYLER, demais qualificações incertas, a serem obtidas pelo oficial de justiça, pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir dispostos:
I – DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA
Inicialmente, afirma, de acordo com os artigos 98 e 99 do NCPC, ser juridicamente necessitado, não possuindo condições financeiras de arcar com o pagamento das custas judiciais e honorários advocatícios sem prejuízo do sustento próprio e ou de sua família, pelo que faz jus à Gratuidade de Justiça, indicando para patrocinar a sua causa a Defensoria Pública.
II – DOS FATOS
Alega a parte autora 	que no dia 28 de março de 2023, agentes da polícia civil, foram até a Mecânica onde trabalha, sobre uma denúncia de perturbação da paz, tendo em vida o uso de carro de som. 
Ocorre que ao chegar na mecânica os policiais agiram com truculência e arrogância, sendo certo que em determinado momento um dos funcionários da mecânica questiona os policias sobre a opressão da polícia e um dos agentes da polícia civil diz “eu vou repreender até o patrão” (conforme prova de anexo I) demonstrando que a intenção da polícia no local é de fato a repreensão e não a manutenção ordem pública.
Cabe salientar, que o veículo do autor, Ford F250 Deboche Cor: Prata/Prata, foi multado e recolhido (conforme demonstra prova de anexo II), pelo fato, segundo a polícia de estar parado na contramão, conforme podem comprovar as testemunhas arroladas, gerando uma multa de R$ 10 mil reais pela apreensão do veículo, entretanto, como verifica-se na prova anexa, que o veículo do Mecânico, estava estacionado em local destinado a estacionamento da mecânica, no recuo da via de ambos os lados da porta de entrada do estabelecimento, configurando, portanto, o crime de abuso de autoridade tipificado no Art. 32 da CP Torcidas.
Por fim, cabe informar que o autor, já realizou o pagamento da multa a ele aplicada de forma criminosa por parte da polícia. Não restando formas de solucionar a questão de maneira administrativa, pleiteia a este juízo a presente demanda judicial.
III – DOS DIREITOS
No presente caso, tem-se em tela um ato ilícito pelo descumprimento de obrigação pactuada por parte dos réus, o que se enquadra no Código Civil nos seguintes termos:
Art. 389. Não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas e danos, mais juros e atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de advogado.
No presente caso, tem-se a demonstração inequívoca da ilicitude do ato da parte ré ao aplicar uma multa indevida no valor de R$ 10 mil reais , nos termos do Art. 186 do Código Civil, sendo inexigível qualquer outra prova, conforme precedentes sobre o tema:
APELAÇÃO CÍVEL. CONTRATOS AGRÁRIOS. AÇÃO DE COBRANÇA. ARRENDAMENTO AGRÍCOLA. AUSÊNCIA DE PROVA DE FATO IMPEDITIVO, MODIFICATIVO OU EXTINTIVO DO DIREITO DO AUTOR. APLICAÇÃO DA REGRA DO ARTIGO 373 DO CPC/15. NÃO CUMPRIMENTO DA OBRIGAÇÃO. SENTENÇA MANTIDA. Cobrança referente aos contratos de arrendamento inadimplido parcialmente pelo arrendatário. O ônus de comprovar o pagamento de uma obrigação é do devedor, cabendo ao credor apenas a prova da existência da dívida, instrumentalizada por documento particular, consoante estabelece o artigo 320 do Código Civil. Isto porque, nas ações de cobrança a prova do adimplemento da obrigação constitui fato impeditivo, modificativo e extintivo do direito do autor, que, por sua vez, deverá amparar a lide com prova escorreita da contratação, ex vi legis, do artigo 373, incisos I e II, do CPC/15. Precedentes do colendo Superior Tribunal de Justiça e desta egrégia Corte. NEGARAM PROVIMENTO AO APELO. UNÂNIME. (Apelação Cível Nº 70080145311, Décima Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Giovanni Conti, Julgado em 21/02/2019).
V – DOS DANOS MORAIS
É nítida a necessidade de a parte autora ser indenizada. A parte 
Neste sentido, a Constituição Federal de 1988, no seu artigo 5º, incisos V e X, prevê a proteção ao patrimônio moral, in verbis:
"V – é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem.”
(...)
 X  –  são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação.”
Para AUGUSTINHO ALVIM, dano, em sentido amplo, é a lesão a qualquer bem jurídico e aí se inclui o dano moral; em sentido estrito, é a lesão ao patrimônio, e patrimônio é o conjunto de relações jurídicas de uma pessoa, apreciáveis em dinheiro.
Por MORAL, na dicção de Luiz Antônio Rizzatto Nunes, entende-se "(...) tudo aquilo que está fora da esfera material, patrimonial do indivíduo" (O Dano Moral e sua interpretação jurisprudencial. São Paulo: Saraiva, 1999, p. 1).
Portanto, a definição de dano moral tem que ser dada sempre em contraposição ao dano material, sendo este o que lesa bens, apreciáveis pecuniariamente, e àquele, ao contrário, o prejuízo a bens ou valores que não tem conteúdo econômico. Assim, a citada indenização tem a finalidade de compensar a sensação de dor da vítima e, ao mesmo tempo, produzir no causador do mal, impacto bastante para dissuadi-lo de igual e novo atentado. 
A reparação que obriga o ofensor a pagar, e permite ao ofendido receber, é princípio de justiça, com feição, punição e recompensa, dentro do princípio jurídico universal que adote que ninguém deve lesar ninguém. Desta maneira:
"Todo e qualquer dano causado à alguém ou ao seu patrimônio, deve ser indenizado, de tal obrigação não se excluindo o mais importante deles, que é o DANO MORAL, que deve automaticamente ser levado em conta." (V.R. Limongi França, Jurisprudência da Responsabilidade Civil, Ed. RT, 1988).
Nesta modalidade de reparação, Culto Magistrado, não se trata de pagar o transtorno e a angústia causada a autora, mas sim de dar ao lesado os meios derivativos, com que se aplicam ou afugentem esses males, através de compensação em dinheiro, o quantum satis, a fim de se afastar os sofrimentos ou esquecê-los, ainda que não seja no todo, mas, ao menos, em grande parte.
Observe-se que além de ter um direito lesado, a autora ficou completamente abalada com a falta de respeito do réu, uma vez que ao tentar solucionar o problema de maneira pacífica, o réu simplesmente a ignorou, e se negou a restituir os valores gastos.
VI – DOS PEDIDOS
Do exposto, é a presente para requerer a V. Exa.: 
A) Que seja deferido o benefício da GRATUIDADE DE JUSTIÇA;
B) a citação do Réu para responder à presente ação, sob pena de revelia;
C) a condenação do réu ao pagamento da quantia de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) a título de danos morais e ao pagamento da quantia de R$ 4000,00 (quatro mil reais) a título de reparação por danos materiais, visto os gastos que a autora teve com a obra;
D) a condenação do réu ao pagamento da quantia de R$ 2.700,00 (dois mil e setecentos reais) a título de restituição das parcelas já pagas pela parte autora.
E) A condenação das Rés ao pagamento dos honorários advocatícios, devidos ao Centro de Estudos Jurídicos da Defensoria Pública Geral do Estado do Rio de Janeiro, devendo ser doravante realizado o depósito no BANCO BRADESCO (BANCO No. 237), AGÊNCIA No. 6898-5, CONTA No. 214-3.
Protesta pela produção de prova documental suplementar, oral, testemunhale pericial, se necessárias.
Dá-se à causa o valor de R$ R$ 11.700,00 (onze mil e setecentos reais).
Nestes termos,
Pede deferimento.
São Pedro da Aldeia, 06 de fevereiro de 2022.
Patrícia Silva Porto Ribeiro Gabriel Manges Coelho
Defensora Pública Estagiário de Direito
Mat. 30895312 Mat. 202220666

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