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36 4 Uma bula que leve em conta o usuário: Diretrizes de legibilidade e leiturabilidade 4.1. Leiturabilidade e legibilidade: definição de conceitos Diversas são as características que tornam um texto fácil e agradável de ser lido, e a sua informação acessível ao leitor. Pesquisas desenvolvidas a este respeito costumam utilizar o termo leiturabilidade (em inglês, readability) ao analisar, em determinada peça gráfica, a facilidade com que o texto é compreendido por seus leitores (Accessibility Institute da University of Texas, 2006). Um enorme número de pesquisadores se dedicaram a compreender essas variáveis (em especial na língua inglesa, DuBay, 2006), dando origem a diferentes metodologias e definições de leiturabilidade. McLauguin, autor de uma das mais usadas técnicas de avaliação de leiturabilidade, a fórmula11 Smog (McLaughlin 1969), descreve leiturabilidade como o grau que determinado grupo de pessoas considera determinada leitura estimulante e compreensível, e legibilidade a eficiência e velocidade com a qual um grupo de caracteres em um texto pode ser reconhecido (McLaughlin 1968). Em seu livro Os princípios da leiturabilidade (The Principles of Readability) (2004), DuBay apresenta diversas outras definições de leiturabilidade, conforme seus autores: • George Klare (1963), que define leiturabilidade como "a facilidade de entendimento ou compreensão de acordo com a sua redação12". • Gretchen Hargis e equipe da IBM (1998), que consideram leiturabilidade como a facilidade de ler palavras e orações. 11 “Formula de leiturabilidade é simplesmente uma equação matemática obtida através de uma redução periódica. Este procedimento encontra a equação que melhor expressa a relação entre duas variáveis que são, neste caso, a medida da dificuldade experimentada por pessoas que lêem um determinado texto, e a medida de características lingüísticas deste texto”. (McLaughlin, 1969). 12 DuBay chama a atenção para que esta definição considera a redação de maneira isolada de outras questões como: conteúdo, coerência, e organização. DBD PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510313/CA 37 • Edgar Dale e Jeanne Chall (1949), que em uma abordagem mais ampla, definem leiturabilidade como o total (incluindo todas as interações) de todos os elementos presentes em determinado material impresso que influenciem no entendimento, velocidade de leitura e interesse do leitor. Outro conceito presente no estudo de peças gráficas, que muitas vezes é utilizado até mesmo como sinônimo de leiturabilidade, é o de legibilidade. Como vemos, há diferentes definições do conceito de leiturabilidade, mas o ponto comum a estes é associar o conceito à eficiência da informação lida por determinado usuário (ou grupo de usuários) em determinado texto escrito. Dos diversos fatores que influenciam esta eficiência alguns, os associados à visão e percepção visual, portanto à fisiologia da leitura, formam um subgrupo denominado legibilidade. Características como contraste, foco e campo de visão, que interferem na leitura de um texto fazem parte deste grupo. McLaughlin (1968) define legibilidade como “a eficiência e velocidade com a qual um grupo de caracteres em um texto pode ser reconhecido”. Adotaremos, para este estudo, a definição de DuBay, que delimita simultaneamente os dois conceitos. Segundo este autor: “Leiturabilidade é o que faz alguns textos mais fáceis ler do que outros. É freqüentemente confundido com: legibilidade, que diz respeito à tipografia e layout.” Portanto consideraremos nesta pesquisa como elementos de legibilidade os relativos tipografia e layout das bulas. Todos os demais que influenciem na facilidade ou interesse dos pacientes em lerem e compreenderem as bulas, farão parte do campo da leiturabilidade. 4.2. Diretrizes de legibilidade e leiturabilidade Se bulas têm bom projeto gráfico e são redigidas com clareza, isto aumenta o número de pessoas que podem usar a informação. É importante, que ao se fazer o projeto de bulas, isto ocorra cuidadosamente para assegurar que o projeto auxilie o acesso à informação (Committee on Safety of Medicines Working Group DBD PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510313/CA 38 on Patient Information Medicines and Healthcare Products Regulatory Agency , 2005). A legislação brasileira, no que diz respeito à leiturabilidade da bula, determina que a as informações contidas na bula ao paciente “são disponibilizadas aos usuários em linguagem apropriada, ou seja, de fácil compreensão”. Define que as informações devem ser escritas em “linguagem acessível” e que “o texto deve ser de fácil compreensão para o paciente”.e sugere que este pode ser apresentado “na forma de perguntas e respostas”. A respeito da legibilidade, determina que “as bulas deverão apresentar letra de tamanho mínimo 1,5 milímetros” (Brasil, 2004). Estas recomendações não constituem diretrizes pelo fato de, fora o tamanho mínimo da letra, serem subjetivas. Foram selecionadas então, para análise dos fatores relativos à legibilidade e leiturabilidade das bulas presentes no tratamento de pacientes cardíacos, cinco diretrizes. Elas foram traduzidas e seus itens separados segundo os conceitos de legibilidade e leiturabilidade apresentados anteriormente. 4.3. As diretrizes selecionadas Foram selecionadas então: Duas diretrizes de legibilidade: 1) Guia de design e layout em Linguagem Simples13, e o The plain English guide to design and layout — desenvolvidas pelo Plain English Campaign, definem critérios de legibilidade que tornam documentos mais fáceis de serem lidos. 2) Diretriz 37 — Instruções de uso de produtos de interesse do consumidor Guide 37 — Instructions for use of products of consumer interest. Elaborada pela International Organization of Standardization – ISO, International Eletrotchnical Commission. Uma diretriz de leiturabilidade: 3) Diretrizes em comunicação de riscos e benefícios nas bulas de informação ao paciente Guidelines on communication of risks and benefits in patient informatiom leaflets. 13 Na tradução destas diretrizes, optou-se por traduzir o termo Plain English para Linguagem Simples. A tradução para Português Simples foi descartada por não ter havido pesquisa de transposição das diretrizes específica para o português. DBD PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510313/CA 39 E duas diretrizes que apresentam itens tanto de legibilidade como de leiturabilidade: 4) Como escrever informações médicas em Linguagem simples How to write medical information in Plain English — este documento afirma que, informações sobre medicamentos vendidos sem prescrição médica precisam ser de fácil compreensão. Ele contém diretrizes de legibilidade e leiturabilidade, seguidas de exemplos de aplicação. 5) Você consegue ler a bula? Uma diretriz de usabilidade para bulas de informação ao paciente em produtos medicinais para uso humano. Can you read the leaflet? A guideline on the usability of the patient information leaflet for medicinal products for human use. — apresenta tanto critérios de legibilidade com de leiturabilidade que tornam a informação da bula mais acessível. As diretrizes 1 e 4 foram elaboradas pelo Plain English Campaign, (Movimento pelo Inglês Simples). Este é um grupo independente, sediado na Inglaterra, que atua por uma linguagem mais clara na comunicação pública. (Plain English 2007). No seu site, esta disponível uma série de diretrizes que pode ser baixada gratuitamente. Das diretrizes desenvolvidas por esta instituição, as duas que se aplicam diretamente ao objeto estudado nesta pesquisa foram selecionadas. As diretrizes 3 e 5 fazem parte de um relatório de usabilidade das bulas realizado pela Agência Reguladora deMedicamentos e Saúde da Inglaterra. A legislação da Comunidade Econômica Européia, no que diz respeito à bula de medicamentos para uso humano, determina que estas sejam testadas pelos usuários14 antes serem disponibilizadas ao consumidor. Seguindo esta regulamentação, e a partir de testes com o usuário, o Comitê de Segurança de Medicamentos — Grupo de Trabalho em Informação ao Paciente, da Agência Reguladora de Medicamentos e Saúde da Inglaterra, desenvolveu Sempre leia a bula: obtendo a melhor informação de cada medicamento (Always read the leaflet: getting the best information with every medicine). Em conclusão à 14 O artigo 59(3) da diretiva 2001∕83∕EC define que “a bula de medicamentos deve refletir o resultado de consultas com o seu público alvo, assegurando assim que estas seja legíveis, claras e fáceis de usar”. DBD PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510313/CA 40 pesquisa, foram desenvolvidas as diretrizes de usabilidade de bulas de medicamento: A diretriz 3 tem seu conteúdo inteiramente dedicado a questões de leiturabilidade de informações de risco. Foi elaborada a partir da constatação da necessidade de se aprimorar a comunicação de risco na apresentação de folhetos de informação pacientes. Segundo esse documento: “A informação ao usuário que acompanha os medicamentos é um suplemento vital a outras formas de comunicação entre os profissionais de saúde seus pacientes. Entretanto, as diretrizes para preparação dessas bulas são largamente focadas na informações que devem estar presentes e na ordem da inclusão dessas informações. Até agora, há pouca orientação em como melhor apresentar esta informação de forma a aperfeiçoar a compreensão e auxiliar no uso seguro dos medicamentos. Essas considerações qualitativas são decisivas para uma comunicação de risco efetiva. Qualquer falha no entendimento ou não-entendimento dos riscos ou possíveis efeitos colaterais (qualitativos ou quantitativos) pode afetar a capacidade do paciente de tomar decisões racionais sobre o consumo de medicamentos. Do mesmo modo, é importante que os pacientes entendam os benefícios potenciais dos seus medicamentos. Falhas na adesão à prescrição ou concordância sobre a medicação causada pelo medo exagerado dos efeitos colaterais é uma das várias possibilidades de conseqüências adversas do mal-entendimento dos riscos e potenciais benefícios. A bula de informação ao paciente tem um papel vital provendo recomendações claras ao paciente a respeito dos riscos e efeitos colaterais e que procedimentos tomar no caso de haver problemas durante o uso do medicamento. Os pacientes devem saber particularmente se devem ou não continuar tomando o medicamento e, no caso de possíveis efeitos colaterais, se (e com que urgência) precisam procurar o médico. É necessário que haja cuidado e atenção ao se projetar e redigir, para se assegurar que a informação seja compreensiva, mas não alarmista.” A diretriz 2 apesar de não ser específica para bulas de medicamentos, foi selecionada para esta pesquisa, por ser a utilizada pelo do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial − INMETRO, como base para avaliação de manuais de uso para consumidor brasileiro (INMETRO, 2005). DBD PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510313/CA 41 4.4. Diretrizes de Legibilidade 4.4.1. Guia de design e layout em linguagem simples Formato da fonte A maior parte das fontes pode ser dividida em dois grupos: • com serifa, que têm pequenos traços (serifas) nas hastes como nesta linha; • sem serifa, que são retas, como a nesta linha. Se a serifa é muito evidente pode causar distração normalmente é melhor optar por uma fonte sem serifa, como arial ou helvética. Os editores de texto normalmente oferecem uma enorme variedade de fontes. Isto faz com que designers iniciantes fiquem tentados a usar muitas fontes no mesmo documento. Não faça isto! Tamanho da fonte O tamanho da fonte é medido em uma unidade chamada “pontos”. Tente manter o tamanho da fonte em 12 pontos. Se você tiver pouco espaço, você pode diminuir até corpo 10, mas nunca menor. O Instituto Nacional para os Cegos da Inglaterra recomenda o tamanho mínimo de 14 pontos para leitores que tenham deficiência visual. Para títulos, use fonte pelo menos dois pontos maior do que no corpo do texto. Evite usar caixa alta para enfatizar – pois dificulta a leitura e parece que você ESTÁ GRITANDO. Use negrito para dar ênfase – e não sublinhado. Evite blocos de texto em itálico – funciona bem para palavras de língua estrangeira, mas um bloco de texto itálico, principalmente em fonte pequena, é difícil de ler. Comprimento da linha O comprimento da linha afeta o conforto e velocidade durante a leitura. Linhas muito longas e muito curtas fazem com que a leitura seja mais lenta. É bom pensar em comprimento em temos de número de caracteres na linha (incluindo os espaços). Uma linha de texto corrido deve ter entre 60 e 72 caracteres, ou por volta de 10 a 12 palavras. DBD PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510313/CA 42 Espaço entre as linhas (entrelinha) O termo técnico para espaçamento entre linhas é “entrelinha”. Ela é medida também em pontos, como o tamanho da fonte. No corpo do texto o espaço entre linhas deve sempre ser maior do que o espaço entre palavras. Se não, vai haver uma tendência a se pular para a linha de baixo. Normalmente, para texto em corpo 10 a 12 pontos se deve utilizar espaçamento entre linhas de 120%. Isto quer dizer que se a fonte está em corpo 10, a entrelinha deverá ser de 12 pontos. Esta costuma ser a entrelinha padrão dos editores de texto. Alinhamento de texto Existem quatro opções básicas para alinhamento de texto: • justificado, quando a coluna de texto é alinhada pela direita e pela esquerda; • alinhamento pela esquerda; • alinhamento pela direita; • centralizado. No alinhamento pela esquerda, como neste parágrafo, o espaçamento entre palavras é o mesmo por todo o texto. Isto também acontece no alinhamento pela direita. No texto justificado, para que cada linha fique com o mesmo tamanho, o espaço entre palavras muda de linha para linha — como neste parágrafo. Para evitar um espaçamento excessivo, os editores de texto podem hifenar as palavras no final das linhas. Use o alinhamento pela esquerda para uma leitura mais suave e fácil. O texto justificado por ser mais bonito, mas é mais difícil de ler. Evite separação de sílabas — é mais difícil se ler palavras divididas em duas linhas. Elementos gráficos Fazem parte do layout da página: texto, ilustrações e espaço em branco. É importante que se preste atenção como estes três elementos se relacionam. DBD PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510313/CA 43 Muitas pessoas prestam muita atenção ao que escrevem, mas pouca atenção a como estas palavras vão estar na página. Elas não percebem, por exemplo, que páginas densas, com texto compacto são muito pouco atraentes. Use o design para atrair o leitor e ajudá-lo a encontrar seu caminho no documento. Pense a respeito das larguras tanto das margens como das colunas. Tente que, por exemplo, as margens superior, inferior e laterais de cada página tenham por volta de 25 mm. Use uma hierarquia clara para títulos e subtítulos, com tamanhos de fonte diferentes. Tenha certeza de que há um bom contraste entre a cor do texto e a cor de fundo. Use, por exemplo, azul escuro para o texto e branco para o fundo. Para associar um subtítulo ao texto que se segue, o espaço acima dele deve ser maior que o espaço abaixo. Com espaço em branco suficiente Neste exemplo, o título, com espaço em branco em volta, é muito mais efetivo. Não há necessidade de se preencher todos os espaços por preencher. Precisando de espaço em branco urgentemente Neste exemplo o título está espremidoporque o designer tentou preencher todos os espaços com ele. Isto faz com que fique mais difícil para o leitor ler o título. Textos em destaque precisam de espaço para “respirar”. Deixe espaço em branco em volta dos seus títulos. Eles vão ficar mais bonitos e atrair mais a atenção do que se você preencher todo o espaço disponível com eles. Toques profissionais Olhos O olho destaca um trecho do texto e o exibe em destaque, normalmente na margem lateral. O olho deve ser curto e o trecho escolhido deve ser expressivo ou dramático – o que se pretende é aguçar a curiosidade do leitor. Esta página é um exemplo de olho posicionado à direita. O olho deve ser curto e o trecho escolhido deve ser expressivo ou dramático DBD PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510313/CA 44 Traços Deve-se fazer a distinção entre os três diferentes traços (hífen, traço “ene” e traço “eme”). Muitos escritores só usam hífen. • Use hífen para ligar palavras compostas (bem-vindo, pão-de-ló). • Use o traço ene (traço com a largura de um “n”) para substituir a palavra “a”: Por exemplo: em intervalos entre números, como ‘3–5’ • conectar palavras, como final ‘França–Italia’ Use o traço eme: em vez de dois pontos; ou para separar uma interrupção grande — quando se pode usar também parênteses e aspas — em uma frase. O hífen está no teclado, mas o traço “ene” e o traço “eme” 15não. Eles são obtidos normalmente com uma combinação de teclas do teclado. Se você não sabe como acessá-los a partir do seu editor de texto, seria bom você descobrir. 4.4.2. Diretriz 37 Tipografia Para texto contínuo as instruções impressas (por ex. folhetos e manuais) o tamanho da fonte deve ser entre 3,2 e 5,6 mm (Didot tamanho entre 8 e 14pt). Para títulos em folhetos impressos, manuais, etc., para instruções presentes no próprio produto, ou para outras mensagens curtas que o usuário tem que consultar sempre, o tamanho da fonte deve ser de pelo menos 4 mm ou maior (corpo 10 a 14), dependendo da distância de leitura. Luminosidade Luminosidade e contraste: O percentual de luz refletida no fundo e o percentual de luz refletida na informação impressa deve ser o maior possível. (O contraste deve ser de pelo menos 70%. Impressão de boa qualidade em preto sobre o fundo branco tem por volta de 80% de contraste). 15 Nos programas de editoração eletrônica os atalhos para o traço “ene” costuma ser Alt + 0150, e do traço “ene” Alt + 0151. DBD PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510313/CA 45 Luminosidade e contraste podem ser reduzidos e a legibilidade prejudicada se for feita impressão em duas faces em papel insuficientemente opaco. Instruções relacionadas a segurança, presentes nos folhetos ou manuais, devem ter fonte tipográfica, tamanho de fonte diferente ou outra forma de serem evidentes. Em caso de dúvida se determinada instrução é relacionada primordialmente a segurança ou adaptação, deve-se dar preferência às considerações a respeito de segurança. Cor O uso da cor deve ser funcional, sistemático e consistente.16 Deve-se sempre ter em mente, entretanto, que aproximadamente 8% dos homens 0,5% das mulheres têm alguma forma de deficiência na visão da cor. Desta forma, o uso da cor não deve nunca se a única forma de se compreender as instruções. 4.4.3. Como escrever informações médicas em linguagem simples Para medicamentos vendidos sem prescrição médica Use um tamanho de fonte razoável nos frascos e bulas. As pessoas idosas têm dificuldade com letras muito pequenas. Alguns frascos onde há pouco espaço, os rótulos são dobrados como bulas. Evite itálicos Use ao máximo possível palavras simples. Se for preciso usar termos técnicos, explique o seu significado. Use ‘prazos de validade’ que sejam lidos com facilidade. Alguns são impressos tão pequenos que nem se consegue encontrar. Use muito espaço em branco, e não ofusque a informação com marcas d’água (figuras ao fundo do texto). 16 A Guide 37 orienta seguir a ISO 3864 para questões relacionadas ao uso de cor. DBD PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510313/CA 46 4.4.4. Você consegue ler a bula? Família tipográfica Escolha fontes fáceis de serem lidas. Para grandes quantidades de texto (como o caso nas bulas de medicamentos) é preferível um tipo serifado, porque a forma da letra é mais facilmente lida. A maior parte dos livros é feita com fontes semi-bolds e serifadas, ao passo que as fontes sem serifa são mais utilizadas em sinalização. Fontes ornamentadas como as Johannes ou Flamenco são de difícil leitura e não devem ser usadas. É importante que se escolha uma fonte cujas letras parecidas (como “i” e “l”) possam ser facilmente distintas uma da outra. Tamanho da fonte De maneira geral utilize corpo 14 para os títulos e 12 para o corpo do texto. Deve ser considerado o uso de fontes maiores no caso de pacientes com deficiência visual serem os prováveis usuários da bula. Por exemplo, no caso de bulas de colírios. Para pacientes com deficiência visual, o tamanho da fonte deve ser de preferência entre 16 e 20. Caixa alta ∕ baixa O uso constante de caixa alta deve ser evitado. O olho humano reconhece as palavras em documentos escritos pela sua forma, por isto, use caixa baixa quando o bloco de texto for grande. Não use texto itálico ou sublinhado, uma vez que eles dificultam a identificação pelo usuário da forma da palavra. Posicione o texto horizontalmente Deixe espaços entre as linhas. O espaço entre linhas é um fator importante de clareza do texto. Como regra geral o espaço entre as linhas deve ser de 1,5 vezes o espaço entre palavras na linha. DBD PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510313/CA 47 Preste atenção ao espaçamento Mantenha o comprimento da linha entre 60 e 70 caracteres por linha, a não ser que o texto esteja em colunas. Mantenha espaços entre os parágrafos para o descanso dos olhos (espaços em branco no documento são um importante auxílio à leitura). Mantenha o espaçamento entre palavras consistente ao longo do documento. Alinhe o texto pela esquerda para auxiliar na localização do começo de cada linha do texto. Não utilize textos justificados ou centralizados pois eles são mais difíceis de se ler por causa da variação do espaçamento entre palavras. O contraste entre o texto e o fundo é um fator importante Fatores que se deve ter em mente são: a gramatura do papel, tamanho e peso da fonte, cor da fonte e cor do próprio papel. Pouco contraste entre o texto e o fundo prejudica acessibilidade da informação. Portanto, evite imagens ao fundo do texto, que interferem na clareza da informação tornando a leitura mais difícil. Papéis com brilho refletem a luz, dificultando a leitura da informação. Escolha um papel sem cobertura (uncoated). A gramatura do papel é importante, pois a visibilidade do texto impresso na face oposta do papel prejudica a legibilidade. O uso de colunas para o texto pode ajudar na navegação do leitor pela informação. Lembre-se de conferir se o espaço entre as colunas é suficiente para separar o texto adequadamente. Se o espaço é restrito, use uma linha vertical para separar a informação. Mantenha informações importantes próximas, pois assim o texto corre facilmente de uma coluna para a outra. Títulos Títulos são um aspecto importante da informação escrita, e se bem utilizados, podem ajudar os pacientes a navegar pelo texto. • Use negrito ou cores diferentes nos títulos para que esses fiquem em destaque. • Certifique-se que os títulos estejam posicionados de forma consistente e use fontes e tamanhos também de forma consistente. DBD PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510313/CA 48 • O uso de linhas para separação de diferentes seções do texto também pode ser útil como uma ferramenta de navegação. O usoda cor • A cor pode ajudar o leitor a navegar pela bula de medicamento. • O contraste é importante e a relação entre as cores usadas é tão importante quanto a cor isoladamente. Como regra geral, um texto escuro deve estar sobre um fundo branco. Pode haver situações em que o texto reverso seja usado para chamar atenção para alguma advertência. Neste caso, a qualidade da impressão deve ser cuidadosamente levada em consideração, e talvez seja necessário o uso de uma fonte em tamanho maior e negrito. O texto reverso é especialmente difícil para leitores idosos. Uso de símbolos e pictogramas • Símbolos e pictogramas podem ser úteis desde que o símbolo seja claro e o tamanho do gráfico suficiente para que este seja facilmente legível. • Testes de todos os símbolos com os usuários são importantes para assegurar que o significado seja, em geral, compreendido. 4.5. Diretrizes de leiturabilidade 4.5.1. Diretrizes de comunicação de riscos e benefícios nas bulas para o paciente Deve haver uma seção de informações-chave É sabido que alguns pacientes não vão ler a bula de informação ao paciente, principalmente se eles a consideram muito longa ou complexa. É recomendável então que haja uma seção título, focada nas informações-chave, necessárias para que o paciente tenha assegurado o uso seguro e efetivo do medicamento. DBD PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510313/CA 49 Forma geral As informações-chave devem estar no começo da bula, aumentando assim sua visibilidade e probabilidade de serem lidas. Para se obter este resultado pode- se também destacar o texto ou usar uma fonte maior. As informações devem estar em pequenos trechos, em uma lista de tópicos. Na maior parte dos casos, entre 2 e 6 tópicos será suficiente. No entanto, não há um tamanho padrão. Pode haver produtos para os quais não haja necessidade de títulos (por exemplo, produtos simples para os quais não há questões de segurança significativas, como um creme à base de água). Somente mensagens sobre o uso seguro e correto do medicamento devem entrar nesta seção. Em geral a seção deve ser curta o suficiente para que o paciente não conte somente com ela, em substituição a ler o texto da bula. Os tipos de informação mais adequados para esta seção são os relacionados à: • porque o paciente deve usar o produto; • a dosagem máxima ou duração do tratamento; • efeitos colaterais potenciais / reações adversas (sintomas aos quais se deve estar atento, especialmente para efeitos colaterais comuns ou sérios); • contra-indicações; • interações medicamentosas importantes; • circunstancias em que a medicação deve ser interrompida; • o que fazer se a medicação não tiver efeito; ou • onde obter informações adicionais. Deve ser incluída informação “positiva" sobre benefício previsto ao se tomar o medicamento (normalmente como o primeiro tópico) com o objetivo de proporcionar equilíbrio e contexto para a "informação negativa" que se refere a possíveis efeitos adversos. Informações positivas devem ser limitadas a declarações curtas e factuais, informando a indicação autorizada do medicamento (por exemplo: "seu médico prescreveu [PRODUTO] porque ele é tratamento para X). Dados de eficácia específicos ou outras vantagens do produto não devem ser incluídos. Deve haver uma forma padrão que indique ao paciente ler o resto da bula. Deve ser informada a data mais recente da revisão da bula, de forma que os DBD PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510313/CA 50 pacientes que utilizam o medicamento há mais tempo fiquem atentos sobre a necessidade de reler a bula. É recomendada consistência em todos os produtos que contêm uma substância ou pertençam à mesma classe de medicamentos. Informações menos adequadas à seção de informações-título Hipersensibilidade (que quase sempre é listado como uma contra-indicação) exceto quando é uma questão clínica importante, como por exemplo, a penicilina. Contra-indicações em situação pouco comuns ― especificamente as em que é esperado do paciente que este esteja atento à sua condição clínica, como por exemplo, no caso de porfiria. Precauções pertinentes principalmente na decisão tomada pelo médico na prescrição da medicação, como por exemplo, drogas que devem ser prescritas com cautela para pacientes com histórico de abuso de drogas. Só devem ser incluídos nesta seção avisos rigorosos para se evitar o uso do medicamento durante gravidez ou lactação se houver dados de segurança importantes que confirmem esta recomendação. Efeitos colaterais e interações que sejam relacionados à torelabilidade e não à segurança (por exemplo, incômodo gastrointestinal, dor de cabeça), ou que não sejam de importância clínica primordial. Avisos relativos a situações raras nas quais o paciente buscaria ajuda urgente. (por exemplo, derrame ou anafilaxia) e nas situações onde a advertência da bula possivelmente não teriam nenhuma relevância na atitude do paciente. Superdosagem, a menos que haja uma razão específica, como por exemplo, no caso do paracetamol. DBD PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510313/CA 51 Exemplo de formatação com algumas informações-título: Coisas importantes que você precisa saber sobre [PRODUTO]: ● Seu médico prescreveu [PRODUTO] porque é tratamento para X. ● Se você está grávida ou tem possibilidade de engravidar, você deve falar como seu médico antes de tomar [PRODUTO]. ● Tomar outros remédios enquanto está tomado [PRODUTO] pode causar problemas. Diga a seu médico se você está tomando qualquer outra coisa (inclusive remédios fitoterápicos ou "naturais"). Se você está tomando qualquer outro remédio, você deve ler a seção abaixo “tomando outros remédios”. ● Não tome mais de 4 comprimidos em 24 horas. ● Não pare de tomar este remédio de repente — você poderia ter alguma reação como ... ● A maioria das pessoas não têm efeitos colaterais ao tomarem [PRODUTO], mas algumas têm — por exemplo inflamação do fígado (hepatite): veja a página 2 para mais informação. Agora, leia esta bula até o fim. Ela contém outras informações importantes para o uso seguro e efetivo deste medicamento que podem ser muito importantes para você. Esta bula foi atualizada em xx/xx/xx Os benefícios do medicamento devem ser apresentados Uma forma de apresentar os riscos do medicamento contextualizando estes com os benefícios potenciais é incluir um pouco de dados gerais sobre como o medicamento funciona. Algumas frases (por volta de 80 palavras ou menos) são suficientes para se incluir estas informações, que podem ser incluídas na seção intitulada: “O que é este remédio e como ele funciona?”. Esta seção também pode incluir informação sobre a doença para qual o produto foi prescrito. As informações deverem ser atuais, efetivas, informativas e não-promocionais. Podem incluir alguns (ou todos) dos seguintes tópicos: • porque é importante tratar a doença e quais podem ser as conseqüências clínicas no caso da doença não ser tratada; • se o tratamento é para uso é de curto prazo ou crônico; • se o medicamento está sendo usado para tratar a doença principal ou para controle de sintomas; • se está sendo usado para controle de sintomas, quais sintomas serão controlados e quanto tempo os efeitos vão durar; DBD PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510313/CA 52 • se os efeitos continuarão depois de encerrado o uso do medicamento; • se o medicamento é usado para tratar duas ou indicações diferentes, isto deve ser explicado resumidamente, como acima; • onde obter mais informação sobre a o seu estado de saúde. O texto deve ser escrito de forma amigável e a inclusão desta informação adicional deve ser testada pelos usuários para assegurar que as revisões gerem uma opinião equilibrada do medicamento. Itens que são de maior relevância , como o impacto do uso doremédio no bem-estar do paciente devem ter maior destaque do que o mecanismo de funcionamento das substâncias químicas. Este destaque pode ser alcançado com uso de diferentes tamanhos de fonte e espaçando o texto. Abaixo, dois exemplos: MEDICAMENTO ANTIHIPERTENSIVO COM INFORMAÇÃO DE BENEFÍCIO PRODUTO Este produto pertence a um grupo de remédios conhecidos como bloqueadores dos receptores da angiotensina II, que é usado para tratar a pressão alta. A pressão alta normalmente não causa nenhum sintoma. Mas, se não é tratada, pode em longo prazo, danificar vasos sanguíneos. Em alguns casos isto pode levar a infartos no coração, falência do rim, derrame ou cegueira. Por isto é importante que você não pare de tomar este remédio sem falar com o seu médico. Apresentação de informações de efeitos colaterais Princípios gerais Os princípios a seguir são destinados a maximizar a efetividade da comunicação de risco e minimizar percepções equivocadas que surgem de informação estatística que constam das bulas: • Reações adversas devem se agrupar de maneira que façam sentido para os pacientes. Em particular, devem ser agrupadas de modo a facilitar sua identificação da ação a ser tomada em caso da MEDICAMENTO ANTIHIPERTENSIVO SEM INFORMAÇÃO DE BENEFÍCIO PRODUTO Este produto pertence a um grupo de medicamentos conhecidos como bloqueadores dos receptores da angiotensina II. Este medicamento abaixa sua pressão sangüínea. DBD PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510313/CA 53 ocorrência do efeito colateral, como parar de tomar o medicamento ou procurar o médico. • As descrições dos efeitos colaterais devem conter tanto a natureza quanto a seriedade desses efeitos. Por exemplo, reações como sangramento gastrointestinal, que representem risco de vida, devem estar claras na bula. Quando for possível, os sintomas devem ser apresentados. • Quando existe conhecimento a respeito da intensidade dos efeitos colaterais, esta informação deve ser apresentada na bula. Por exemplo, as dores de cabeça podem ser intensas ou de longa duração. • Muitos efeitos colaterais estão relacionados à dose utilizada. A bula deve informar que doses mais altas, necessárias para alcançar o benefício em alguns pacientes, podem estar associadas a um aumento do risco de efeitos colaterais. Uma advertência geral pode ser suficiente em alguns casos. Deve-se tomar cuidado para assegurar a advertência para os que tiveram a medicação prescrita em dosagens altas. • Informações específicas relativas a efeitos colaterais individuais podem ser adequadas se têm alguma relação importante com a dosagem, ou se há uma indicação terapêutica estreita.. • Considere a possibilidade de fornecer links∕detalhes para outras informações a respeito de efeitos colaterais Denominadores constantes Riscos estatísticos são freqüentemente apresentados com o numerador 1 (por exemplo: 1 em 1.000, 1 em 10.000) Entretanto, pode ser mais fácil em alguns casos se comparar o risco com o mesmo denominador (por exemplo: 1 em 10.000, 10 em 10.000, conforme a tabela a seguir). Numerador constante (1) Denominador Constante (10,000) 1 em 10.000 1 em 10.000 1 em 1.000 10 em 10.000 1 em 100 100 em 10.000 A apresentação das estatísticas de risco com o denominador constante pode ser especialmente útil ao expressar diferenças pequenas ou informações paralelas. Entretanto, o uso de denominadores constantes não é adequado em todos os casos DBD PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510313/CA 54 e sempre requer cuidadoso teste com o usuário para garantir que a informação apresentada seja compreensível. 4.5.2. Como escrever informação médica em linguagem simples Essas são recomendações, não regras: seja flexível! Pense no leitor, não em você Não tente impressionar as pessoas usando a sua própria linguagem para se mostrar. Seja o mais possível “direto ao assunto”. Imagine que você está falando com alguém e escreva da forma mais tranqüila possível. Use frases curtas Um bom tamanho médio de frase é: entre 15 e 20 palavras. Use frases mais curtas para causar impacto. Frases mais longas não devem ter mais de três itens de informação; se não, fica muito carregada e o leitor perde o fio da meada. Cuidado com jargões Jargões são muito úteis, mas não são familiares a todas as pessoas. Esteja ponto para explicar os seus jargões e acronismos 17 — o seu público os conhece? Use a voz ativa, não a voz passiva. O uso da voz ativa é mais curto e claro. Usando a voz passiva o texto fica mais longo e algumas vezes mais confuso. Procure escrever 90% do texto na voz ativa. Nos outros 10% dos casos, sim, você vai achar mais adequado usar voz passiva. “Um relatório vai ser enviado ao seu médico.” (voz passiva) “Nós vamos enviar um relatório ao seu médico.” (voz ativa) Apresente informações complexas em tópicos Planeje e faça o rascunho do que vai escrever. Se você tem muita informação para transmitir, torne o conteúdo mais fácil para o leitor, mostrando para ele o “caminho das pedras”. 17 Palavras fora de uso. DBD PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510313/CA 55 Use palavras do dia-a-dia Palavras longas, palavras estrangeiras, frases em outras línguas, frases em língua estrangeira, termos em latim e coisas do gênero, normalmente confundem o usuário. Conseqüentemente, é condição sine qua non do Linguagem Simples, não escrever polissilabicamente! Então, em Linguagem Simples, use palavras do dia-a-dia. Escreva números pequenos No texto, escreva números até nove por extenso, de 10 em diante, escreva com numerais. Mas seja flexível. Provavelmente, no caso de medicamentos, fica mais claro escrever: Tome 2 comprimidos 4 vezes ao dia. Use o ‘toque pessoal’ Qualquer empresa, por maior que seja, pode tranqüilamente se tornar ‘nós’. E o ‘consumidor’, ‘cliente’ ou ‘paciente’ simplesmente se torna ‘você’. • ‘Um serviço de atendimento ao consumidor para informações é disponibilizado pelo Hospital X para a conveniência dos pacientes’ se transforma em: • ‘Nós disponibilizamos um serviço de atendimento ao consumidor para a sua conveniência.’ Use ao máximo palavras comuns Se for necessário o uso de palavras médicas complexas, esteja disposto a explicá-las. Termos médicos de A a Z Termos ou frases médicas comuns, podem confundir seus pacientes ou clientes. Tente prestar atenção a isso e use a linguagem mais simples possível. Sempre que você precisar usar termos técnicos, escreva também o seu significado. Em anexo [Anexo 1], há uma lista de termos que as pessoas podem achar problemáticos. Não é um dicionário médico “correto”, nem completo — mas é um começo! DBD PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510313/CA 56 4.5.3. Você consegue ler a bula? As palavras usadas devem ser simples Tenha sempre em mente que muitas pessoas que tentam ler as bulas podem ter baixa proficiência na leitura. Outros podem ter baixa escolaridade. Procure utilizar palavras simples, com poucas sílabas. Evite palavras derivadas do latim18. Por exemplo: use ‘entende’ em vez de ‘compreende’. A pontuação deve ser simples Frases não devem ter mais do que 20 palavras. É melhor dividir uma frase longa em duas, principalmente para informação nova. Parágrafos longos podem confundir o leitor, principalmente da seção que contém os efeitos colaterais. Para este tipo, o uso de tópicos de lista dá uma abordagem mais ampla. O número máximo de tópicos deve ser cinco ou seis. 18 É possível que isto não se aplique ao português. Estas guidelines são traduzidas do inglês. DBD PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510313/CA 57 4.6. Tabela de diretrizes A tabela abaixo foi elaborada durante esta pesquisa a partir das orientações objetivas contidas nas diretrizes apresentadas neste capítulo. Tabela 1:Diretrizes de legibilidade Tópico Você consegue ler a bula? Guia de design e layout em linguagem simples Como escrever informação médica em linguagem simples Diretriz 37 Família tipográfica Fonte com serifa. Fontes em que letras parecidas (como “i” e “l”) possam ser facilmente distintas. Fontes sem serifa. Tamanho da fonte no texto 12 pontos. 16. pontos (para pacientes com deficiência visual). 12 pontos (recomendado). 10 pontos (mínimo). 14 pontos (mínimo para leitores que tenham deficiência visual). Use um tamanho de fonte razoável nos frascos e bulas. As pessoas idosas têm dificuldade com letras muito pequenas. entre 3,2 e 5,6 mm (Didot tamanho entre 8 e 14pt). Tamanho da fonte no título 14 pontos. 20. pontos (para pacientes com deficiência visual). pelo menos dois pontos maior do que no corpo do texto. 4 mm ou maior (Didot corpo 10 a 14). Caixa alta ∕ baixa Evitar uso constante de caixa alta. Evite usar caixa alta para enfatizar. Sublinhado Não use texto sublinhado. Não use sublinhado para dar ênfase. Itálico Não use texto itálico. Evite blocos de texto em itálico. Evite itálicos. Negrito Use negrito para dar ênfase. Posicionamen to do texto Posicione o texto horizontalmente. Entrelinha 1,5 vez o espaço entre palavras na linha. para texto em corpo 10 a 12 pontos, entre linha de 120%. Espaço entre parágrafos Mantenha espaços entre os parágrafos para o descanso dos olhos. Espaço entre palavras Mantenha o espaçamento entre palavras consistente ao longo do documento. Especo entre colunas Se o espaço entre as colunas não for suficiente para separar o texto adequadamente, use uma linha vertical para separar a informação. Alinhamento Alinhamento pela esquerda. Não utilize texto justificado ou centralizado. Alinhamento pela esquerda. Espaços em branco Páginas densas, com texto compacto são muito pouco atraentes. Use muito espaço em branco. Comprimento da linha Mantenha o comprimento da linha entre 60 e 70 Uma linha de texto corrido deve ter entre 60 DBD PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510313/CA 58 Tópico Você consegue ler a bula? Guia de design e layout em linguagem simples Como escrever informação médica em linguagem simples Diretriz 37 caracteres por linha, a não ser que o texto esteja em colunas. e 72 caracteres, ou por volta de 10 a 12 palavras. Uso da cor O uso da cor deve ser funcional, sistemático e consistente. O uso da cor não deve nunca ser a única forma de se compreender as instruções. O contraste entre o texto e o fundo Evite imagens ao fundo do texto. Tenha certeza de que há um bom contraste entre a cor do texto e a cor de fundo (por exemplo, azul escuro para o texto e branco para o fundo). Não ofusque a informação com figuras ao fundo do texto. O contraste deve ser de pelo menos 70%. Impressão de boa qualidade em preto sobre o fundo branco tem por volta de 80% de contraste. Tipo de papel sem cobertura (uncoated). Opacidade do papel Não deve permitir transparência da impressão da outra face. Relação entre os elementos gráficos Preste atenção a como texto, ilustrações e espaço em branco se relacionam. Margens Tente que, por exemplo, as margens superior, inferior e laterais de cada página tenha por volta de 25 mm. Colunas O uso de colunas é recomendado. Mantenha informações importantes próximas. Títulos Use negritos ou cores diferentes nos títulos. Os títulos devem estar posicionados de forma consistente as fontes e tamanhos também devem ser usados de forma consistente. Deixe espaço em branco em volta dos seus títulos. Use uma hierarquia clara para títulos e sub-títulos, com tamanhos de fonte diferentes. Traços Use: Hífen para ligar palavras compostas. Traço ene para substituir a preposição “a”. Traço eme:em vez de dois pontos ou para separar uma interrupção grande em uma frase. Uso de linhas Pode-ser útil na separação de diferentes seções do texto. Texto reverso O texto reverso é especialmente difícil para leitores idosos. Uso de símbolos e pictogramas Símbolos e pictogramas podem ser úteis desde que o símbolo seja claro e o tamanho do gráfico suficiente para que este seja facilmente legível. (testes de todos os símbolos com os usuários são importantes). DBD PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510313/CA 59 Tópico Você consegue ler a bula? Guia de design e layout em linguagem simples Como escrever informação médica em linguagem simples Diretriz 37 Prazos de validade Use ‘prazos de validade’ que sejam lidos com facilidade. Instruções de segurança Instruções relacionadas a segurança, presentes nos folhetos ou manuais, devem ter fonte tipográfica, tamanho de fonte diferente ou outra forma de serem evidentes. Tabela 2: Diretrizes de leiturabilidade Tópico Você consegue ler a bula? Uma diretriz de usabilidade para bulas de informação ao paciente em produtos medicinais para uso humano Diretrizes de comunicação de riscos e benefícios nas bulas para o paciente Como escrever informação médica em Linguagem Simples Complexidade das palavras As palavras usadas devem ser simples Use palavras do dia-a-dia. Se for necessário o uso de palavras médicas complexas, esteja disposto a explicá-las. Tamanho das palavras Use palavras com poucas sílabas. Pontuação A pontuação deve ser simples. Tamanho das frases As frases não devem ter mais de 20 palavras. Um bom tamanho médio de frase é entre 15 e 20 palavras. Frases mais longas não devem ter mais de três itens de informação. Tamanho dos parágrafos Divida parágrafos grandes em tópicos. Voz ativa / voz passiva Use a voz ativa. Apresentação de informações complexas Apresente informações complexas em tópicos. Número de tópicos Use no máximo seis tópicos. Estilo de redação Imagine que você está falando com alguém e escreva da forma mais tranqüila possível. Qualquer empresa por maior que seja, pode tranqüilamente se tornar ‘nós’. E o ‘consumidor’, ‘cliente’ ou ‘paciente’ simplesmente se torna ‘você’. Hierarquizaçã o da informação Deve haver uma seção de informações-chave. Hierarquizaçã o das informações Na seção de informações- chave , estas: Devem estar no começo da bula. Devem estar em pequenos trechos, em uma lista de tópicos. Somente mensagens sobre o uso seguro e correto do medicamento devem entrar DBD PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510313/CA 60 Tópico Você consegue ler a bula? Uma diretriz de usabilidade para bulas de informação ao paciente em produtos medicinais para uso humano Diretrizes de comunicação de riscos e benefícios nas bulas para o paciente Como escrever informação médica em Linguagem Simples nesta sessão. Deve ser incluída informação sobre benefícios previstos ao se tomar o medicamento. Deve haver uma forma padrão que indique ao paciente ler o resto da bula. É recomendada consistência em todos os produtos que contêm uma substância ou pertençam à mesma classe de medicamentos. Apresentação das informações de risco Os benefícios do medicamento devem ser apresentados: Incluir um pouco de dados gerais sobre como o medicamento funciona. Incluir informação sobre a doença para qual o produto foi prescrito. As informações deverem ser atuais, efetivas, informativas e não-promocionais. O texto deve ser escrito de forma amigável. a inclusão de informação adicional deve ser testada pelos usuários para assegurar que as revisões gerem uma opinião equilibrada do medicamento. Itens que são de maior relevância , como o impacto do uso do remédio no bem-estar do paciente devem ter maior destaque do que o mecanismo de funcionamento das substâncias químicas. Apresentação de efeitos colaterais Reações adversas devem se agrupar de maneira que façam sentido para os pacientes. As descrições dos efeitos colaterais devem conter tanto a seriedade quanto adesses efeitos. Quando existe conhecimento a respeito da intensidade dos efeitos colaterais, esta informação deve ser apresentada na bula.. A bula deve informar que doses mais altas, necessárias para alcançar o benefício em alguns pacientes, podem estar associadas a um aumento do risco de efeitos colaterais. informações específicas relativas a efeitos colaterais individuais podem ser adequadas se ocorre alguma relação importante com o a dosagem. Apresentação de proporção Para diferenças pequenas ou informações paralelas, usar denominador comum. Apresentação de numerais Escreva números pequenos: números até nove por extenso, de 10 em diante, em numeral. No caso de medicamentos, fica mais claro escrever: Tome 2 DBD PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510313/CA 61 Tópico Você consegue ler a bula? Uma diretriz de usabilidade para bulas de informação ao paciente em produtos medicinais para uso humano Diretrizes de comunicação de riscos e benefícios nas bulas para o paciente Como escrever informação médica em Linguagem Simples comprimidos 4 vezes ao dia. 4.7. Conclusão O único tópico onde as diretrizes indicaram procedimentos diferentes foi na utilização de fontes com e sem serifa. Nos demais tópicos, as diretrizes indicam com algumas diferenças de valores os mesmos procedimentos, que visam à simplificação e clareza dos impressos. DBD PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510313/CA Índices para cálculo de Leiturabilidade Por: Gabriel Luciano Ponomarenko Orientadora: Maria José Bocorny Finatto 1. Introdução: o conceito de leiturabilidade e a história dos índices que a calculam; 2. Índices: apresentação dos principais índices; 3. Precisão: como foram testados e qual o nível de precisão dos índices; 4. Usabilidade: aplicação e limitações dos índices; 5. Referências bibliográficas. Roteiro Introdução 1 O que é Leiturabilidade? ● Refere-se ao nível de facilidade com o qual o leitor compreende um texto escrito; ● É uma nova escolha tradutória. O inglês readability vinha sendo tratado muitas vezes como legibilidade, mas é diferente e abrange fatores não tipográficos; ● Outra definição vem de DuBay (2007) como uma boa e organizada síntese de parte das definições de outros pesquisadores... 4/34 “ Leiturabilidade é uma condição de facilidade de leitura criada por escolhas de conteúdo, estilo, design e organização que se adequam ao conhecimento prévio, escolaridade, interesse e motivação do público leitor. (pág. 6, tradução minha, grifo meu) 5 ● Um texto mais acessível, ou mais “leiturável”, é aquele escrito pensando-se no seu leitor. ● Por exemplo, o escritor escolhe um repertório de palavras (parte do conteúdo), um tamanho médio de frase (do estilo), uma formatação (do design) e uma paragrafação (da organização) particulares, sabendo que serão compreendidos em função do conhecimento prévio e escolaridade do leitor, mantendo-o interessado no assunto e motivado a ler, sem achar o texto maçante. 6/34 Índices/medidas/fórmulas Quando os pesquisadores da área da Educação perceberam, no séc. XX, que grande parte dos leitores tinha dificuldade de compreensão textual, levantaram a hipótese de o problema estar nos textos, e não nos leitores. Assim, iniciaram uma onda de pesquisas sobre o nível de facilidade de leitura, buscando estimar ou predizer o quão complexos poderiam ser os textos. O resultado disso foram os diversos índices de leiturabilidade, baseados em diferentes fatores ou variáveis. 7/34 ● Nos anos 50, pesquisadores como Rudolf Flesch (do Direito e da Biblioteconomia), Edgar Dale (da Educação) e Jeanne Chall (da Psicologia) trouxeram esses índices para o mercado e mudaram o processo de escrita de jornalistas, pesquisadores, médicos, juristas, e até mesmo de militares; ● De acordo com DuBay (2004), “nos anos 80, já havia 200 índices, e mais de 1 mil estudos publicados corroborando a forte validade teórica e estatística de diferentes índices de leiturabilidade” (pág. 2, tradução minha, grifo meu); 8/34 ● A seguir, alguns dos principais índices para cálculo de leiturabilidade, todos projetados para trabalhar com a língua inglesa, com exceção de uma versão adaptada para o português brasileiro. ● É importante salientar que os índices, ou fórmulas, aqui apresentados baseiam-se apenas nos fatores de conteúdo e estilo referidos por DuBay na citação sobre leiturabilidade. Seus resultados estimam apenas conhecimento prévio e escolaridade do leitor. 9/34 Índices 2 Índice Flesch de Facilidade de Leitura Estima o grau de leiturabilidade de um texto baseado na relação entre o tamanho de frase e o tamanho de palavra, variáveis essas que podem afetar a facilidade de leitura dos textos. A fórmula, lançada na tese de PhD de Rudolf Flesch em 1943 e atualizada em suas obras posteriores, é a seguinte: 206,835 - [1,015 x (total de palavras ÷ total de frases)] - [84,6 x (total de sílabas ÷ total de palavras)] 11/34 ● O resultado da fórmula é um número entre zero e 100, que pode ser interpretado com a tabela ao lado. ● Valores mais altos indicam maior leiturabilidade. RESULTADO LEITURABILIDADE 100-90 Muito fácil 90-80 Fácil 80-70 Razoavelmente fácil 70-60 Padrão - plain language* 60-50 Razoavelmente difícil 50-30 Difícil 30-00 Muito difícil *Linguagem simples 12/34 Índice Flesch-Kincaid de Grau Escolar Desenvolvido por Flesch com o cientista J. Peter Kincaid para a Marinha dos EUA em 1975, o resultado estima o grau escolar necessário para que o texto seja compreendido. Adaptação do Índice Flesch de Facilidade de Leitura, também é baseado na relação entre tamanho de frase e de palavra, mas com pesos diferentes na fórmula: [0,39 x (total de palavras ÷ total de frases)] + [11,8 x (total de sílabas ÷ total de palavras)] - 15,59 13/34 Índice Flesch Brasileiro ● Os índices de Flesch foram os primeiros a serem adaptados para o Português Brasileiro, em 1996, em um índice que compreende as duas fórmulas de Flesch. A adaptação foi feita pelos pesquisadores Teresa B. F. Martins, Claudete M. Ghiraldelo, M. Graças V. Nunes e Osvaldo N. Oliveira Jr., do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação da USP de São Carlos; ● O índice adaptado também lida com tamanho de frase e de palavra, mas tem pesos totalmente diferentes em sua fórmula, devido às diferenças entre os idiomas: as palavras do PT-BR costumam ser três vezes maiores, por exemplo. 14/34 Fórmula e tabela para interpretação: 248,835 - [1.015 x (total de palavras ÷ total de frases)] – [84.6 x (total de sílabas ÷ total de palavras)] RESULTADO LEITURABILIDADE GRAU ESCOLAR 100-75 Muito fácil 1º a 5º ano 75-50 Fácil 6º a 9º ano 50-25 Difícil Ensino Médio 25-00 Muito difícil Ensino Superior 15/34 Índice Dale-Chall de Leiturabilidade Inspirado nos índices de Flesch, esse índice dá maior atenção ao léxico dos textos, além do tamanho médio das frases. Na primeira versão (1948), Edgar Dale desenvolveu uma lista com aproximadamente 760 palavras facilmente compreendidas por alunos norte-americanos do 4º ano primário; essa lista foi atualizada e agora tem 3 mil palavras. Para o cálculo, o índice Dale-Chall leva em consideração quantas palavras do texto não aparecem na lista de Dale, tomando essas palavras como difíceis. Junto com Jeanne Chall, Dale desenvolveu a seguinte fórmula: [0,1579 x (porcentagem de palavras difíceis)] + [0,0496 x (tamanho médio das frases)] + 3,6365 16/34 Para usar o índice, deve-se: 1. selecionar trechos de 100 palavras no decorrer do texto (para livros, um trecho a cada 10 páginas); 2. calcular quantos por cento das palavras que aparecem nesses trechos não aparecem na lista de Dale e Chall; 3. calcular o tamanho médio das frases através da divisão do número total de palavras pelo número total de frases desses trechos; e então 4. aplicar a fórmula. 17/34 O resultadodo índice Dale-Chall é interpretado assim: RESULTADO LEITURABILIDADE Até 4.9 Até 4º ano 5.0-5.9 5º e 6º ano 6.0-6.9 7º e 8º ano 7.0-7.9 9º e 10º ano 8.0-8.9 11º e 12º ano 9.0-9.9 13º a 15º ano (graduação) 10.0 ou mais 16º ano ou mais (graduação e pós-graduação) 18/34 Índice Gunning Fog Criado pelo editor de livros didáticos Robert Gunning e popular pela facilidade de uso, o Índice Fog (1952) dá um resultado que estima o grau escolar necessário para a compreensão de um texto. As variáveis são o número médio de palavras por frase e a porcentagem de palavras com mais de duas sílabas (consideradas mais difíceis no inglês, já que a maioria das palavras inglesas são monossilábicas). A fórmula é a seguinte: 0,4 x [(tamanho médio das frases) + (porcentagem de palavras com mais de duas sílabas)] 19/34 Para aplicar a fórmula, é necessário: 1. selecionar qualquer trecho com cerca de 100 palavras; 2. calcular o tamanho médio das frases, dividindo o número de palavras pelo número de frases do trecho; 3. calcular quantos por cento dos itens lexicais são “palavras difíceis”, ignorando substantivos próprios, palavras muito familiares e palavras compostas, além de não contar como sílabas os sufixos comuns (como -ing e -ed). 20/34 Índice Fry de Leiturabilidade ● Criado por Edward Fry, na época pesquisador de ensino de inglês como língua adicional, e lançado em 1963, o Índice ou Gráfico Fry é obtido através de duas variáveis: 1. número médio de frases a cada 100 palavras; 2. número médio de sílabas a cada 100 palavras. ● Essas variáveis são calculadas a partir de três trechos de 100 palavras do texto, e o resultado é obtido através do ponto de encontro delas no gráfico de Fry. 21/34 Cada número é um grau escolar, sendo que de 10 a 12 são os anos do Ensino Médio e de 13 para cima o grau é universitário. As linhas horizontais dizem respeito às frases; as linhas verticais, às palavras. 22/34 Índice SMOG Também estima o grau escolar. Foi lançado por Harry McLaughlin (1969), pois ele acreditava que as variáveis tamanho de palavra e tamanho de frase deveriam ser multiplicadas em vez de somadas. Para aplicar a fórmula, é necessário selecionar três trechos de dez sentenças, contar quantas palavras com 3 ou mais sílabas aparecem no total, e aplicar a seguinte fórmula: 3 + (raiz quadrada do número de palavras com 3 sílabas ou mais) 23/34 Índice FORCAST Criado em 1973 pelos pesquisadores J. Patrick Ford, John S. Caylor e Thomas G. Sticht a pedido do exército americano, inicialmente servia para identificar o grau escolar necessário para ocupar diferentes cargos e ler seus respectivos materiais de treinamento na força militar dos EUA, assim como para estimar o grau escolar dos recrutas. Já que não tem variáveis de tamanho de sentenças, é recomendado para textos e documentos que não são escritos em prosa. Para usar o índice, é necessário selecionar um trecho de 150 palavras e aplicar a seguinte fórmula: 20 − [(número de palavras monossilábicas) ÷ 10] 24/34 Precisão 3 Quão precisos são os índices ● Para testar a precisão das fórmulas, elas foram extensivamente submetidas aos textos de apostilas usadas para medir a habilidade de leitura de estudantes e adultos por meio de questões de múltipla-escolha. Especificamente, os índices foram testados na apostila Standard Test Lessons in Reading (1979), de William A. McCall e Lelah M. Crabbs. Tal apostila ficou conhecida como McCall-Crabbs. ● Quanto mais as fórmulas acertassem a habilidade ou grau escolar necessário para a compreensão desses textos, mais precisas eram consideradas. A porcentagem de precisão de cada índice, vemos a seguir... 26/34 93% Dale-Chall 91% Flesch-Kincaid 88% SMOG 88% Flesch 86% Gráfico Fry 66% FORCAST 91% Gunning Fog 27/34 Usabilidade 4 Comprovadamente precisos para estimar um nível de Leiturabilidade para os mais variados textos, os índices podem ser muito úteis para a questão da Acessibilidade Textual e Terminológica. Eles ajudam a nivelar os textos e a supor alguns dos fatores que causam problemas de leitura, baseados nas variáveis de cada um. Isso se torna proveitoso para o processo de simplificação textual. Aplicação 29/34 As limitações ficam por conta de não existir um só índice que inclua uma grande quantidade de variáveis, sendo o mais aconselhável utilizar mais de um índice para fazer a medição. Além disso, o Português Brasileiro carece desse tipo de índice, havendo apenas uma adaptação do Índice Flesch como meio para um resultado que leve em conta as especificidades do idioma. Limitações 30/34 Referências 5 DUBAY, W. H. Smart Language: Readers, Readability, and The Grading of Texts. Costa Mesa, CA: Impact Information, 2007. Disponível em: <http://www.impact-information.com/impactinfo/newsletter/ smartlanguage02.pdf>. Acesso em 15 set. 2018. DUBAY, W. H. The Principles of Readability. Costa Mesa, CA: Impact Information, 2004. Disponível em: <http://www.impact-information.com/impactinfo/readability02.pdf>. Acesso em 15 set. 2018. READABILITY FORMULAS. The SMOG Readability Formula, a Simple Measure of Gobbledygook. Disponível em: <http://www.readabilityformulas.com/smog-readability-formula.php>. Acesso em 22 set. 2018. 32/34 READABILITY FORMULAS. The FORCAST Readability Formula for Multiple-Choice Questions. Disponível em: <http://www.readabilityformulas.com/forcast-readability-formula.php>. Acesso em 22 set. 2018. WIKIPÉDIA. Flesch–Kincaid readability tests. Disponível em: <https://en.wikipedia.org/wiki/Flesch%E2%80%93Kincaid_readability_t ests>. Acesso em 15 set. 2018. WIKIPÉDIA. Gunning fog index. Disponível em: <https://en.wikipedia.org/wiki/Gunning_fog_index>. Acesso em 16 set. 2018. WIKIPÉDIA. Readability. Disponível em: <https://en.wikipedia.org/wiki/Readability>. Acesso em 08 set. 2018. 33/34 Isso é tudo! Dúvidas? Mande um e-mail para gabriellucianopk@gmail.com PONOMARENKO, Gabriel. Índices para cálculo de Leiturabilidade. 2018. 34 slides. Disponível em: http://www.ufrgs.br/textecc/acessibilidade/files/Índices-de-Leitura bilidade.pdf. Acesso em: xx mês 20xx. Arquivo atualizado em julho de 2019 34/34 Suporte Microsoft 365 Office Comprar o Microsoft 365 Pesquisar Jean Alisson Freitas de … Obter estatísticas de nível e capacidade de leitura do documento Word para Microsoft 365, Word para Microsoft 365 para Mac, Word 2021, Mais... Quando o Word terminar de verificar a ortografia e a gramática e os erros corrigidos, você pode optar por exibir informações sobre o nível de leitura do documento, incluindo as pontuações de capacidade de leitura de acordo com o teste de Nível de Nível flesch-Kincaid e o teste Facilidade de Leitura de Flesch. Entenda as pontuações de capacidade de leitura. Microsoft 365 Versões mais antigas de Office Versões mais antigas para macOS 1. Ao usar o Word para Microsoft 365, você pode ver rapidamente as estatísticas de leitura do documento. 2. Abra o documento do Word. 3. Selecione a guia Página Inicial. 4. Escolha Editor e, em seguida, vá para Document stats. 5. Uma caixa de diálogo será exibida para que você saiba que o Word está calculando suas estatísticas de documento. Escolha OK. 6. O Word abrirá uma janela que mostra informações sobre as estatísticas e o nível de leitura do documento. Importante: Esse recurso só está disponível para Microsoft 365 clientes que recebem atualizações no Canal Atual. Se você tiver dúvidas sobre qual canal de atualização está no momento, entre em contato com o administrador de TI da sua organização ou consulte Visão geral dos canais de atualização para Microsoft 365 Apps. Compreender as pontuações de capacidade de leitura Cada teste de capacidade de leitura baseia sua classificação no número médio de sílabas por palavra e palavras por frase. As seções a seguir explicam como cada teste pontua a capacidade de leitura do arquivo. Teste de Facilidade de Leitura de Flesch Esse testetaxa o texto em uma escala de 100 pontos. Quanto maior a pontuação, mais fácil será entender o documento. Para a maioria dos arquivos padrão, você deseja que a pontuação seja entre 60 e 70. A fórmula para a pontuação Facilidade de Leitura de Flesch é: 206.835 – (1.015 x ASL) – (84.6 x ASW) onde: ASL = comprimento médio da frase (o número de palavras divididas pelo número de frases) ASW = número médio de sílabas por palavra (o número de sílabas divididas pelo número de palavras) Flesch-Kincaid nível de nível Esse teste taxa o texto em um nível de estudante dos EUA. Por exemplo, uma pontuação de 8,0 significa que um alunos da 8ª série podem entender o documento. Para a maioria dos documentos, aponte para uma pontuação de aproximadamente 7,0 a 8,0. A fórmula para a pontuação Flesch-Kincaid Nível de Notas é: (.39 x ASL) + (11.8 x ASW) – 15.59 onde: ASL = comprimento médio da frase (o número de palavras divididas pelo número de frases) ASW = número médio de sílabas por palavra (o número de sílabas divididas pelo número de palavras) Entender como os idiomas afetam as pontuações de capacidade de leitura Os idiomas que você usa em um documento podem afetar como seu programa Office verifica e apresenta pontuações de capacidade de leitura. Se você configurar o Word para verificar a ortografia e a gramática do texto em outros idiomas e um documento contiver texto em vários idiomas, o Word exibirá estatísticas de capacidade de leitura para texto no último idioma que foi verificado. Por exemplo, se um documento contiver três parágrafos — o primeiro em inglês, o segundo em francês e o terceiro em inglês — o Word exibirá estatísticas de capacidade de leitura somente para o texto em inglês. Para alguns idiomas europeus em um documento em inglês, o Word exibe apenas informações sobre contagens e médias, não a capacidade de leitura. Precisa de mais ajuda? Quer mais opções Descobrir Comunidade Explore os benefícios da assinatura, procure cursos de treinamento, saiba como proteger seu dispositivo e muito mais. Como podemos ajudar? 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mailto://?subject=Acho%20que%20voc%C3%AA%20estaria%20interessado%20nisso%3A%20Obter%20estat%C3%ADsticas%20de%20n%C3%ADvel%20e%20capacidade%20de%20leitura%20do%20documento&body=Obter%20estat%C3%ADsticas%20de%20n%C3%ADvel%20e%20capacidade%20de%20leitura%20do%20documento%20https%3A%2F%2Fsupport.microsoft.com%2Fpt-br%2Foffice%2Fobter-estat%C3%ADsticas-de-n%C3%ADvel-e-capacidade-de-leitura-do-documento-85b4969e-e80a-4777-8dd3-f7fc3c8b3fd2%3Fui%3Dpt-br%26rs%3Dpt-br%26ad%3Dbr mailto://?subject=Acho%20que%20voc%C3%AA%20estaria%20interessado%20nisso%3A%20Obter%20estat%C3%ADsticas%20de%20n%C3%ADvel%20e%20capacidade%20de%20leitura%20do%20documento&body=Obter%20estat%C3%ADsticas%20de%20n%C3%ADvel%20e%20capacidade%20de%20leitura%20do%20documento%20https%3A%2F%2Fsupport.microsoft.com%2Fpt-br%2Foffice%2Fobter-estat%C3%ADsticas-de-n%C3%ADvel-e-capacidade-de-leitura-do-documento-85b4969e-e80a-4777-8dd3-f7fc3c8b3fd2%3Fui%3Dpt-br%26rs%3Dpt-br%26ad%3Dbr javascript: javascript: 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PORTO ALEGRE 2018 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL INSTITUTO DE LETRAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS ESTUDOS DA LINGUAGEM LEXICOGRAFIA, TERMINOLOGIA E TRADUÇÃO: RELAÇÕES TEXTUAIS TEXTOS DE DIVULGAÇÃO PARA LEIGOS SOBRE O TRANSTORNO DO ESTRESSE PÓS-TRAUMÁTICO EM PORTUGUÊS: ALTERNATIVAS PARA A ACESSIBILIDADE TEXTUAL E TERMINOLÓGICA. ASAFE DAVI CORTINA SILVA ORIENTADORA: PROFª. DRª. MARIA JOSÉ BOCORNY FINATTO Dissertação apresentada como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Área: Estudos de Linguagem. Linha de Pesquisa: Lexicografia, Terminologia e Tradução: Relações Textuais. Orientadora: Profª. Drª. Maria José Bocorny Finatto PORTO ALEGRE 2018 ASAFE DAVI CORTINA SILVA TEXTOS DE DIVULGAÇÃO PARA LEIGOS SOBRE O TRANSTORNO DO ESTRESSE PÓS-TRAUMÁTICO EM PORTUGUÊS: ALTERNATIVAS PARA A ACESSIBILIDADE TEXTUAL E TERMINOLÓGICA. Dissertação apresentada como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Área: Estudos de Linguagem. Linha de pesquisa – Lexicografia, Terminologia e Tradução: Relações Textuais. Aprovada pela comissão examinadora em 11/10/2018 COMISSÃO EXAMINADORA ___________________________________________________________________ Profª. Drª. Maria José Bocorny Finatto (Orientadora) ___________________________________________________________________ Profª. Drª. Aline Fay de Azevedo ___________________________________________________________________ Profª. Drª. Andrea Jessica Borges Monzón ___________________________________________________________________ Profª. Drª. Heloísa Orsi Koch Delgado AGRADECIMENTOS Embora eu acredite fortemente na ciência, sempre acreditei que ela é uma manifestação de Deus e da capacidade que Ele nos deu para explorarmos o mundo. Portanto, não poderia começar esses agradecimentos de forma diferente. Sou grato a Deus por me dar competências para percorrer o caminho acadêmico e por ser minha fonte de sustento em todos os momentos. Agradeço também – e imensamente – à minha orientadora, Profa. Dra. Maria José Bocorny Finatto, não só pela orientação, mas por todo incansável trabalho e pela abundante paciência durante esses dois anos de mestrado. Sou grato por todo o esforço e o pioneirismo em projetos que abordem o tema da acessibilidade textual, porque sei que além do avanço da pesquisa como ciência, seus projetos beneficiam outras pessoas, que poderão ter acesso a textos mais acessíveis em língua portuguesa devido às pesquisas da profa. Maria José. Muito obrigado por ser a mestre Yoda para esse aprendiz jedi! (Não poderia deixar de colocar uma referência nerd!) Agradeço à minha mãe, porque todo o sacrifício feito durante a minha infância (cumprindo o papel de mãe, de pai, de professora, de enfermeira, de conselheira e de tudo que eu precisava que ela fosse) me ensinou a me esforçar pelo que eu quero e que condições adversas são apenas pequenos obstáculos que podemos contornar e que nos tornam mais fortes. Sou grato ao meu avô – Elino Cortina – que foi a maior inspiração para que eu me apaixonasse pela leitura e que me ensinou que, conforme diz Fernando Pessoa, devo “colocar tudo que sou no mínimo que faço.". Não posso deixar de agradecer ao meu marido, Dirceu de Oliveira Garcia Filho, por estar comigo em toda a minha jornada acadêmica e por ter a paciência de sacrificar férias, dias de diversão e passeios para que eu pudesse me dedicar ao meu sonho. Sou grato pelo Harry, por ser meu melhor amigo e minha fonte de paz. Além disso – e obviamente – sou grato por cada um da minha família por tudo o que sempre fizeram por mim. Também agradeço a Deus (à vida, ao destino ou a qualquer fator que tenha proporcionado isso) que me permitiu conhecer três pessoas incríveis e que me acompanharam nessa jornada de dois anos: Carolina Ourique, Liana Paraguassu e Mauren Cereser. Como diz o provérbio: "Quem anda sozinho pode ir mais rápido, mas nem sempre vai mais longe.". Obrigado, gurias, pela troca de conhecimento, pelas risadas, pelo apoio e porque o coleguismo se tornou – quase que instantaneamente – em amizades que levarei para toda a vida. Aos meus amigos, minha eterna gratidão por serem o ombro quando precisei chorar, os motivos de alegria quando precisei rir, a orientação quando precisei de conselhos e a cumplicidade em todo o momento. Obrigado aos meus amigos de longa data e aos novos, vocês são essenciais para mim. Embora eu tenha muitos amigos a quem gostaria de agradecer, não posso deixar de citar Adriana Rocco, Carolaine Reis, Graziella Ferst, Tatiana Hoffman, Giulia Mainardi, Gabriela Vargas, Crisa Santos, Fernanda Moraes, Larissa Petruzzellis, Marina Formiga, Victor Soprana, Alini Hoening e Giovanna Marino. Como diz provérbios 18: "há amigos mais chegados que irmãos”. Dessa maneira, não poderia deixar de agradecer à Paula Giacobbo, que trilhou o mesmo caminho antes de mim e que me ajudou desde o projeto até as etapas finais e que é o maior exemplo de humildade e de bondade que eu conheço; à Bruna Bettamello, por ser alguém em quem eu me inspiro como professor e por ser alguém que sei que estará disponível sempre que eu precisar, e à Camila Heck, que além de ter sido um apoio fundamental em uma fase complicada da minha vida, é minha consultora oficial a respeito da língua portuguesa. I'll be there for you, cause you were there for me too! Agradeço também a todos os professores que de alguma forma colaboraram e me incentivaram não apenas academicamente, mas também profissionalmente. No Asafe- professor, tem um pouco de cada um de vocês. Embora a lista seja longa, eu não poderia deixar de mencionar e agradecer: Heloísa Delgado, Aline Fay, Liane Zanesco, Adriana Rossa, Silvana Silveira, Miriam Dutra, Adão Paulo Lopes, Eliane Bernardes e Simone Martins. Sou grato aos colegas de trabalho que se tornaram amigos e que me aturaram, principalmente nos últimos meses durante esse tempo de mestrado. Obrigado
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