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Yanna Dantas de Medeiros – 5* Semestre 2022 Yanna Dantas de Medeiros – 5* Semestre 2022 SUMÁRIO 1º Estágio Aula I – ANATOMIA E HISTOLOGIA DO PERIODONTO DE PROTEÇÃO: Gengiva. Aula 2 – ANATOMIA E HISTOLOGIA DO PERIODONTO DE SUSTENTAÇÃO: Ligamento Periodontal, Cemento e Osso Alveolar. Aula 3 – ETIOLOGIA DAS DOENÇAS PERIODONTAIS Aula 4 – PATOGENESE PERIODONTAL 2º Estágio Aula I – DIAGNÓSTICO DAS DOENÇAS PERIODONTAIS Aula II – CLASSIFICAÇÃO DAS DOENÇAS PERIODONTAIS Aula III – PLANO DE TRATAMENTO PERIODONTAL 3º Estágio Aula I – INSTRUMENTAÇÃO E ERGONOMIA Yanna Dantas de Medeiros – 5* Semestre 2022 Iº Estágio Aula 1 ANATOMIA E HISTOLOGIA DO PERIODONTO DE PROTEÇÃO: Gengiva A mucosa oral divide-se em três partes: Mucosa mastigatória – composta por epitélio estratificado ceratinizado. • Gengiva • Revestimento do palato duro É uma mucosa que precisa ser resistente, e essa resistência é dada devido a camada de ceratina sobre ela. Mucosa especializada • Dorso da língua Nessa mucosa estão presentes as papilas gustativas. Mucosa de Revestimento – composta por epitélio estratificado não-ceratinizado. • Membrana mucosa que reveste toda a cavidade oral Essa mucosa não necessita resistência, ou seja, não é ceratinizada e não é especializada como a da língua. O periodonto é composto por gengiva, cemento, ligamento periodontal e osso alveolar. Além disso, divide-se em: Periodonto de proteção – é impermeável pois é ceratinizado e tem grande quantidade de células unidas que se renovam muito rápido. • Gengiva marginal livre (rodeando a coroa do dente, pode sai do lugar quando afastamos) • Gengiva interpapilar ou interdental (entre os dentes) • Gengiva inserida (fortemente inserida no osso) Periodonto de sustentação • Cemento • Ligamento periodontal • Osso alveolar Gengiva É a parte da mucosa ceratinizada que cobre o processo alveolar e circunda a porção cervical dos dentes. Anatomia Macroscópica Epitélio Oral – Parte da gengiva voltada para os lábios. Sulco Gengival – Espaço abaixo da gengiva livre. Gengiva Inserida – parte que se liga ao dente. Inserção conjuntiva – localizada entre a junção cemento-esmalte e a cortical óssea. Linha Muco-Gengival – linha que separa a gengiva ceratinizada da mucosa oral. Ranhura gengival – é a junção da gengiva inserida e a gengiva marginal. Gengiva Marginal/Livre É a porção que circunda o dente de maneira similar a um anel. Em 50º dos casos a GL é demarcada da GI por uma depressão linear rasa (Ranhura gengival). Forma a parede de tecido mole do sulco gengival que pode ser destacada da superfície dentária com uma sonda. Fonte: supremodonto.com.br Yanna Dantas de Medeiros – 5* Semestre 2022 O espaço onde a sonda penetra é chamado de sulco gengival. Características Clinicas Cor rósea, superfície opaca, consistência firma, margem arredondada e espessura de 1mm. Gengiva Inserida Porção da gengiva firmemente inserida no osso alveolar subjacente e cemento por meio de fibras de tecido conjuntivo. Possui aspecto de “casca de laranja”. Se diferencia da mucosa alveolar que possui uma coloração vermelha mais escura. Em indivíduos negros, pode apresentar uma pigmentação biológica por causa da melanina. Características Clinicas Cor rósea, superfície pontilhada, consistência firma e resistente. Papila Interdental Sua forma é determinada pela relação de contato entre os dentes e largura da superfície proximal. A papila interdental possui uma área não ceratinizada, chamada área de col. Essa área é formada entre a porção vestibular e lingual ou palatina da papila. A área de col é maior em dentes posteriores, por causa da sua maior área de contato. Localiza-se abaixo do ponto de contato entre um dente e outro. Quando um dente é retirado, a área de col para de existir. Anatomia Microscópica • Epitélio Oral • Epitelio do sulco gengival • Epitélio Juncional • Inserção Conjuntiva Epitélio Oral Principal função • Proteção das estruturas mais profundas. Características • Epitélio pavimentoso estratificado ceratinizado • União rígida entre as células • Presença de cristas epiteliais • Sofre renovação continua: rápido estabelecimento após lesões ou cirurgias Camadas celulares • Camada Basal (grande renovação celular) • Camada espinhosa (células mais estreladas) • Camada granulosa (as células começam a se diferencias, se tornando achatadas com grânulos.) • Camada ceratinizada (sofre descamação). Epitélio do Sulco Características • Epitélio pavimentoso estratificado não- ceratinizado • Está voltado para o dente • Várias camadas de células F on te: m yllen astudies Fonte: google imagens Yanna Dantas de Medeiros – 5* Semestre 2022 • É vulnerável, reveste o sulco gengival e a parte superior da gengiva livre • É uma invaginação do epitélio oral • Mede 0,69mm Epitélio Juncional Características • Epitélio pavimentoso estratificado não- ceratinizado • Estende-se da junção esmalte- cementária ao fundo do sulco gengival • Sofre constante renovação Profundidade da Sondagem Quando introduzimos a sonda dentro do sulco gengival, vamos descolar o epitélio juncional do dente. A profundidade é desde o epitélio juncional até o epitélio do sulco. Sulco gengival real Desde a margem gengival até a base do epitélio juncional sem penetra-lo. Profundidade de 0,5mm. Sulco gengival clinico Desde a margem gengival até penetrar o epitélio juncional. Profundidade de 0,5mm a 3mm. Inserção Conjuntiva Características Conjunto de fibras gengivais que se inserem no cemento entre a JCE e a crista óssea. Exercitando 1. (IBFC – 2014) A gengiva é o periodonto de proteção que cobre parte dos processos alveolares dos maxilares. São características clínicas da gengiva normal, exceto: A) Cor: vermelho escuro. B) Textura superficial: sob a forma de pontilhado de casca de laranja. C) Consistência: firme, de maneira que não se solta com a aplicação de jato de ar. D) Posição: na cervical dos elementos dentários, contomando-os. 2. (CESPE CEBRASP – 2007) Quanto às características do periodonto de proteção, assinale a opção incorreta. A) O epitélio que recobre a gengiva livre se diferencia em epitélio oral, sulcular e juncional. B) A mucosa ceratinizada está firmemente inserida no osso alveolar e no cemento subjacente. C) A mucosa ceratinizada é comparativamente imóvel em relação aos tecidos subjacentes. D) A área do col é recoberta por epitélio ceratinizado. 3. (INSTITUTO AOCP – 2015) Faz parte do periodonto de proteção: A) gengiva. B) ligamento periodontal. C) cemento. D) osso alveolar. E) dentina. 4. Em relação à anatomia do periodonto, marque "F" para as afirmações falsas e "V" para as afirmações verdadeiras, e assinale a alternativa que apresenta a sequência correta. ( )Os epitélios oral, sulcular e juncional correspondem a parte microscópica do periodonto. ( )O epitélio do sulco gengival não é queratinizado. O epitélio juncional é oriundo do epitélio reduzido do esmalte. F on te : g oo gl e im ag en s Yanna Dantas de Medeiros – 5* Semestre 2022 ( ) A expressão "inserção periodontal" refere-se à relação de adaptação do tecido gengiva à superfície dentária, não havendo relação com feixe de fibras. ( ) Os epitélios oral e sulcular possuem interdigitações com o tecido conjuntivo. A) VFVV B) FFVV C) VVVF D) VVFF E) VVFV 5. Assinale a alternativa correta sobre a anatomia dos tecidos periodontais e a mucosa oral. A) A gengiva é parte da mucosa oral especializada e cobre o processo alveolar e a porção cervical dos dentes. B) A gengiva livre saudável apresenta normalmente cor rósea, superfície brilhosa e consistênciamole. C) A gengiva inserida é delimitada, no sentido apical, pelo sulco gengival livre e estende-se no sentido coronal, até a linha mucogengival, onde se torna contínua com a mucosa alveolar. D) A mucosa alveolar de revestimento está firmemente inserida no osso alveolar e no cemento subjacente por meio de fibras do tecido conjuntivo e, portanto, é comparativamente imóvel em relação aos tecidos subjacentes. E) Não existe linha mucogengival no palato, uma vez que o palato duro e o processo alveolar da maxila são revestidos pelo mesmo tipo de mucosa mastigatória. 6. Com relação as características clinicas e microscópicas da gengiva normal, assinale a firmação INCORRETA. A) O formato da papila interdental depende da relação de contato entre os dentes adjacentes. B) A cor da gengiva está relacionada à pigmentação cutânea. C) O suprimento vascular, espessura e grau de queratinização do epitélio interferem na coloração gengival. D) O tecido conjuntivo da mucosa alveolar é menos frouxo e os vasos sanguíneos são menos numerosos comparando-se a gengiva a gengiva inserida. E) A mucosa alveolar é vermelha, lisa e brilhante. 7. (AERONAUTICA 2010) Correlacione as colunas abaixo e, em seguida, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta. 1. Mucosa mastigatória. 2. Mucosa especializada 3. Mucosa de revestimento. a. Mucosa que recobre o dorso da língua. b. Mucosa que inclui a gengiva e revestimento do palato duro. c. Mucosa que inclui o restante da boca. A) A-2/ B-1/ C-1 B) A-3/ B-1/ C-2 C) A-2/ B-1/ C-3 D) A-1/ B-2/ C-3 8. (AERONAUTICA 2008) Em relação à anatomia do periodonto, é correto afirmar que: A) A largura da gengiva inserida é um importante parâmetro clínico, porém, não deve ser confundida com a largura da gengiva queratinizada, porque esta inclui também a gengiva marginal e interdentária. B) O formato da gengiva interdentária em um determinado espaço interproximal independe do ponto de contato entre os dois dentes adjacentes e a presença ou ausência de algum grau de retração gengival. C) A gengiva marginal deve ser firme e resiliente e apresentar-se firmemente aderida ao osso subjacente. D) O pontilhado da superfície da gengiva inserida aparece por volta dos três anos de idade e é uma característica de gengiva sadia; sua diminuição ou perda é um sinal de doença gengival. 9. (Exército 2011) Em relação ao grau de queratinização da mucosa bucal, pode-se dizer que: A) Diminui com o aumento da idade. B) Aumenta com a menopausa. C) Aumenta em idosos. D) É menor em recém-nascidos. 10. A gengiva faz parte da mucosa mastigatória e cobre o processo alveolar, circundando a porção cervical dos dentes. A gengiva apresenta cor rósea, superfície opaca e consistência firme. A parte da gengiva que é inicialmente afetada pelo acúmulo de placa bacteriana, devendo ser adequadamente limpa por meio da escovação e da utilização de fio dental para evitar o desenvolvimento de gengivite, é denominada A) gengiva queratinizada. B) mucosa alveolar. Yanna Dantas de Medeiros – 5* Semestre 2022 C) gengiva interdental. D) sulco gengival. E) gengiva inserida. 11. (MARINHA 2012) O tecido conjuntivo é o componente tecidual predominante da gengiva, o qual apresenta diversos tipos celulares. Segundo Lindhe et al. (2010), qual é a célula responsável tanto pela produção de determinados componentes da matriz do tecido conjuntivo quanto pela produção de substâncias vasoativas, que podem afetar a função do sistema microvascular e controlar o fluxo de sangue através do tecido? A) Fibroblasto B) Macrófago C) Mastócito D) Linfócito E) Neutrófilo 12. (AERONAUTICA 2004) O periodonto de proteção, quando sadio, apresenta o chamado espaço biológico. É CORRETO afirmar que esse espaço se define como a distância A) entre a inserção conjuntiva e a crista óssea alveolar. B) entre a inserção conjuntiva e o cemento. C) entre a união amelocementária e o pico da papila gengival. D) entre o fundo do sulco gengival histológico e a crista óssea alveolar. 13. (AERONAUTICA 2007) Analise as afirmativas abaixo e assinale a opção correta. I. O sulco gengival é formado quando o dente irrompe na cavidade oral. II. O sulco gengival consiste em um espaço raso que está coronal à aderência do epitélio juncional e está limitado de um lado pelo dente e do outro pelo epitélio sulcular. III. A extensão coronária do sulco gengival corresponde ao rebordo da crista óssea marginal. A) Apenas a I. B) Apenas a II. C) Apenas a I e a II. D) A I, a II e a III. Gabarito: 1. Alternativa A / 2. Alternativa D / 3. Alternativa A / 4. Alternativa E / 5. Alternativa E / 6. Alternativa D / 7. Alternativa C 8. Alternativa A / 9. Alternativa A / 10. Alternativa D / 11. Alternativa C 12. Alternativa D / 13. Alternativa C Yanna Dantas de Medeiros – 5* Semestre 2022 Aula 2 ANATOMIA E HISTOLOGIA DO PERIODONTO DE SUSTENTAÇÃO: Ligamento Periodontal, Cemento e Osso Alveolar. Ligamento Periodontal O ligamento periodontal é o tecido conjuntivo que liga o dente ao osso alveolar. Composição • Tecido conjuntivo frouxo, ricamente vascularizado e celular que circunda as raízes dos dentes, unindo o cemento a parede interna do osso alveolar. • Forma de ampulheta mais estreita no terço médio da raiz. Características Fisiológicas • É um tecido conjuntivo especializado. • Não é mineralizado. • Tem diversas fontes celulares, como: fibroblastos (produzem fibras), cementoblastos (produzem cemen- to), osteoblastos (produzem osso). • Suas células tem renovação contínua. Existem 19 especies de colágeno no LP, mas a principal é o colágeno do tipo I Fibras de Sharpey São as porções terminais das fibras principais do ligamento periodontal, estão inseridas no osso e no cemento, e são calcificadas. (6 – na imagem abaixo) Grupos de Fibras Fibras da Crista Alveolar – Evitam a extrusão do dente e oferecem resistência aos movimentos laterais. Fibras Horizontais – Estão relacionadas aos movimentos de lateralidade. Fibras Obliquas - Evitam a intrusão do dente. Suportam o impacto vertical das forças da mastigação, transformando-o em tensão para o osso alveolar. Fibras Apicais – Evitam extrusão. Fibras Interradiculares – Evitam extrusão e só existem em dentes multirradiculares. F on te : a rr ib ad en ti st a. co m F on te : a rr ib ad en ti st a. co m Yanna Dantas de Medeiros – 5* Semestre 2022 Funções Fisicas das Fibras Sustentar o dente no alvéolo, impedindo que toque no osso, além de proteger vasos e nervos. Funções do Ligamento Periodontal Formadora – O LP está constantemente sofrendo remodelação (células e fibras velhas são substituídas por novas). Sensitiva – O LP é abundantemente suprido com fibras nervosas sensoriais. Nutritiva – Irrigar e nutrir os tecidos do LP, do osso, gengiva e principalmente do cemento que não tem vascularização. O LP pode sofrer alterações em sua espessura, quando os dentes não estão em função ou não erupcionados, a espessura do LP será diminuída. Já em dentes com hiperfunção, como em pacientes portadores de aparelho ortodôntico, a espessura aumentará. Cemento Radicular O cemento radicular é um tecido calcificado especializado que reveste as superfícies radiculares o ocasionalmente pequenas porções das coroas dos dentes. A divisão entre o cemento e o esmalte é chamada junção amelocementária. Já a junção entre o esmalte e a dentina é chamada junção amelodentinária. Características • Não contem vasos sanguíneos e linfáticos • Não tem inervação •Não sofre remodelação e reabsorção fisiológica (diferente do LP) • Formação continua ao longo da vida • Produzido pelos cementoblastos ou células do LP Funções • Sustentar o dente dentro do alvéolo – fibras de Sharpey • Proteção da dentina – sela os túbulos dentinários • Preenchimento – vedamento apical • Reparação – deposição rápida após danos a raiz Constituição • Matriz orgânica - 90% fibras colágenas tipo I • Matriz inorgânica – 65% de cristais de hidroxiapatia • Células – Cementócitos em lacunas Células • Cementoblastos • Cementocitos • Cementoclastos – reabsorção do cemento Tipos de cemento Acelular ou primário – Constituído por fibras de Sharpey calcificadas, tem como função suportar o dente. Celular ou secundário - Constituído por fibras de Sharpey parcialmente calcificadas. Espessura O cemento é mais abundante no terço cervical da raiz. Quando a espessura do cemente está aumentada devido algum trauma oclusal é chamado de hipercementose. Reabsorção • Macroscopica – Alteração no contorno radicular. • Microscópica – Aparece como concavidades na superfície radicular. O cemento só sofre absorção patológica Reparação • Processo de reparação contínua. Anquilose- Reparação anormal em dentes com reabsorção de cemento (o osso cola no cemento e as funções do LP são perdidas). Yanna Dantas de Medeiros – 5* Semestre 2022 Osso Alveolar O osso alveolar divide-se em três: • Osso basal – é a porção mais apical das maxilas, não tem relação com o dente (não faz parte do periodonto). • Processo alveolar – Diretamente relacionado com o dente, forma os alvéolos dentários. • Osso alveolar propriamente dito: porção do processo alveolar onde se inserem as fibras. Células Osteoblastos – formadores de matriz óssea não mineralizada. Osteoclastos – células gigantes responsáveis pela reabsorção óssea. Osteócitos – localizados dentro da matriz óssea meneralizada. Fibroblastos – responsáveis pelo metabolismo das fibras colágenas presentes no osso. Processo Alveolar • Porção da maxila e mandíbula que suporta os alvéolos dentários. • Desaparece quando o dente é perdido. Osso Alveolar Propriamente Dito São as partes da mandíbula e maxila que formam os alvéolos dentários após a erupção para promover inserção óssea para o ligamento. Periósteo e Endósteo Periósteo – Entre a gengiva e o osso, é o tecido que reveste a cortical óssea externa Endósteo – Reveste a cortical óssea interna e espaços medulares. Fenestrações e Descencias São defeitos. Fenestrações – Áreas isoladas da raiz, desnudadas de osso, recobertas apenas pela periósteo e gengiva. Desencias – Áreas desnudadas do osso que se estendem até o osso marginal. Exercitando 1. (Pref. De Gravataí/RS – MS Concursos 2012): Conhecer os componentes anatômicos, histológicos, fisiológicos do periodonto é de grande importância, para que se possa compreender as condições que ditamos parâmetros de normalidade dos tecidos periodontais. Didaticamente o periodonto pode ser dividido em periodonto de proteção e periodonto de sustentação. Assinale a alternativa que representa os componentes constituintes do periodonto de sustentação. a) Osso alveolar, ligamento periodontal e cemento radicular b) Gengiva marginal, gengiva inserida e gengiva papilar c) Apenas osso alveolar e gengiva d) Gengiva marginal, gengiva inserida e osso alveolar e) Apenas gengiva e cemento radicular 2. (Pref. De Conceição/PB – MS Concursos 2012): Em um adulto a gengiva normal recobre o osso alveolar e a raiz do dente em um nivel coronal à junção amelocementária. A gengiva é dividida anatomicamente em marginal, inserida e área interdental. Sobre as características da gengiva assinale (V) verdadeira ou (F) Falsa e marque a alternativa correta. ( ) Gengiva marginal ou não inserida é a porção terminal ou borda da gengiva que circunda o dente, de maneira similar a um colarinho. ( ) Sulco gengival é a porção cervical rasa ou espaço ao redor do dente cercado pela superfície do dente por um lado e pelo recobrimento epitelial da margem gengival livre pelo outro lado. ( ) Gengiva Inserida é continua com a gengiva marginal. Ela é amolecida, resiliente e pouco aderida ao periósteo do osso alveolar subjacente. ( ) Gengiva interdental ocupa o contorno gengival, que é o espaço interproximal sob a área de contato interdental. a) V, V, V, V b) V, V, F, V c) V, F, V, F d) V, V, F, F e) F, V, F, V 3. (Pref. De Lagoa de prata/MG – FGR – 2012): Em relação a anatomia microscópica do tecido gengival marque a alternativa INCORRETA. a) O epitélio que recobre a gengiva livre pode ser diferenciado em epitélio oral, epitélio de sulco e epitélio juncional. Yanna Dantas de Medeiros – 5* Semestre 2022 b) Na gengiva normal, que não está inflamada, pode-se observar a presença de cristas epiteliais no limite entre epitélio juncional e tecido conjuntivo subjacente. c) O epitélio que recobre a mucosa de revestimento se diferencia do epitélio da gengiva pela ausência da camada córnea. d) Assim como o epitélio oral e o epitélio de sulco, o epitélio juncional está constantemente sendo renovado por meio da divisão celular da camada basal. 4. (Pref. De Lagoa de prata/MG – FGR – 2012): Leia os Itens Abaixo e marque a alternativa CORRETA. I. O osso alveolar constitui em conjunto com o cemento e o ligamento periodontal o aparelho de inserção dos dentes, cuja principal função é distribuir e absorver as forças geradas pela mastigação e outros contatos dentários. II. A arquitetura das trabéculas ósseas do osso esponjoso é determinada geneticamente e também pelas forças a que os dentes estão expostos durante a função. III. O osso compacto que reveste o alvéolo é perfurado por numerosos canais de harvers, através dos quais vasos sanguineos, linfativos e fibras nervosas passam do osso alveolar para o ligamento periodontal. IV. O osso alveolar se renova constantemente em resposta as demandas funcionais. Durante o processo de remodelação os osteoclástos reabsorvem tanto as substâncias orgânicas e inorgânicas do osso alveolar, enquanto os osteoblastos produzem a matriz óssea que sofre mineralização pelo depósito de minerais como o cálcio e o fosfato. a) Todos os itens são corretos b) Os itens II e II estão corretos c) Os itens I, II e IV estão corretos d) Os itens I e II estão corretos 5. (Pref. De Princesa isabel/PB – Metta – 2012): Quando a margem de uma restauração é colocada subgengivalmente dificultará a higiene, levando a um acumúlo de biofilme e proliferação bacteriana, interferindo assim, no espaço biológico. Diante disso, quais a estruturas periodontais que compõem o espaço biológico: a) Sulco gengival, gengiva marginal e sulco marginal b) Sulco gengival, epitélio juncional e inserção conjuntiva c) Crista marginal, epitélio juncional e gengiva marginal d) Gengiva inserida, mucosa alveolar e inserção conjuntiva e) Gengiva marginal, sulco marginal e gengiva inserida 6. (Pref. De Caruaru /PE – IPAD – 2012): Em relação ao espaço biológico periodontal, analise as afirmativas abaixo: I. As estruturas que formam o espaço biológico são o ligamento periodontal, gengiva e o epitélio juncional. II. O espaço biológico é formado pelo sulco gengival, epitélio juncional e inserção conjuntiva. III. A junção cementoesmalte é o parâmetro para avaliação do espaço biológico. IV. A distância que vai da crista óssea até o fundo do sulco gengival é chamada de biológica. a) 1 e 3, apenas. b) 2 e 4, apenas. c) 3 e 4, apenas. d) 1, 2, 3 e 4. e) 2, apenas. 7. (Pref. De Linhares – FUNCAB – 2011): O tecido conjuntivo é o componente tecidual predominante na gengiva e do ligamento periodontal. O constituinte principal que representa 60% do volume do tecidoconjuntivo é: a) O Fibroblasto. b) A fibra colágena. c) O vaso Sanguíneo. d) O nervo. e) A matriz. 8. (Pref. De Conceição/PB – MSCONCURSOS – 2012): O ligamento periodontal é composto por um tecido conjuntivo ricamente vascularizado e altamente celular que circunda a raiz e a liga à parede interna do osso alveolar. As funções do ligamento periodontal podem ser divididas em física, formadora e remodeladora, nutricional e sensorial. Quanto às funções do ligamento periodontal temos: I. São funções físicas do ligamento periodontal: Transmitir as forças oclusais ao osso, fixar o dente ao osso, manter os tecidos gengivais em suas relações adequadas aos dentes, resistir aos impactos das forças oclusais. II. Células do ligamento periodontal participam da formação e reabsorção do cemento e osso, que ocorrem na movimentação fisiológica do dente, na acomodação do periodonto às forças oclusais e no reparo de lesões. III. O ligamento periodontal fornece nutrição para o cemento e a gengiva através de vasos sanguíneos, e é responsável pela drenagem linfática. É abundantemente suprido por fibras nervosas sensoriais, capazes de detectar sensação táctil, de pressão e de dor através dos ramos do trigêmeo. a) Apenas a I b) Apenas a II c) Apenas a III d) Apenas a I e a II e) I, II e III Yanna Dantas de Medeiros – 5* Semestre 2022 9. A principal função do periodonto é inserir o dente no tecido ósseo dos maxilares e manter a integridade da superfície da mucosa mastigatória da cavidade oral. Baseado na anatomia dos tecidos periodontais, marque a alternativa incorreta: A) Em um corte transversal feito através do processo alveolar da maxila no nível da porção média das raízes dentárias, é possível observar que: as paredes dos alvéolos são revestidas por osso compacto, e as áreas entre os alvéolos e entre as paredes de osso compacto são preenchidas por osso esponjoso. B) O dente é unido ao osso por feixe de fibras colágenas, que podem ser divididas nos seguintes grupos principais, de acordo com suas formas de arranjo: fibras da crista alveolar; fibras verticais; fibras oblíquas; fibras apicais. C) O ligamento periodontal é essencial para a mobilidade dos dentes. A mobilidade dentária é, em grande parte, determinada pela largura, pela altura e pela quantidade do ligamento periodontal. D) A gengiva inserida é significativamente mais larga nas pessoas entre 40-50 anos de idade do que naquelas entre 20-30 anos. E) A mucosa oral compreende a mucosa mastigatória, que inclui a gengiva e o revestimento do palato duro; a mucosa especializada, que recobre o dorso da língua; e a parte restante, chamada de mucosa de revestimento. 10. Julgue os próximos itens, referentes a ligamento periodontal. I. As fibras de Sharpey são porções das fibras principais do ligamento periodontal que estão embutidas no cemento radicular e no osso alveolar propriamente dito. II. O ligamento periodontal, importante componente do aparelho de inserção dos dentes, participa na distribuição das forças oclusais para o osso alveolar. III. O ligamento periodontal é um tecido conjuntivo frouxo, pouco vascularizado e com poucas células. IV. Os feixes de fibras principais do ligamento periodontal inserem-se no cemento radicular e no osso alveolar e são formados, principalmente, de proteoglicanas. A) VVFF B) VFVF C) FFVV D) VFVV 11. O processo alveolar ou osso alveolar é a porção da maxila e mandíbula que forma e suporta os alvéolos dentários. Diante do exposto, assinale a alternativa correta. A) Os osteoclastos produzem a matriz orgânica do osso e são diferenciados de células foliculares pluripotentes. B) Os osteoblastos são originários do sistema hematopoiético e formados pela fusão de células mononucleares. C) As fenestrações são áreas isoladas nas quais a raiz é desnudada de osso e a superfície radicular é coberta, apenas, pelo periósteo e gengiva. D) O periósteo é formado por uma camada externa, composta de células com potencial para se diferenciarem em osteoblastos, e uma camada interna rica em vasos sanguíneos. 12. O cemento radicular é um tecido mesenquimal calcificado e avascular que forma a camada mais externa da raiz anatômica. Sobre esse componente do periodonto de sustentação, assinale a alternativa correta. A) Durante a vida não há deposição de cemento. B) O cemento acelular, formado após a raiz alcançar o plano oclusal, é mais irregular. C) O cemento celular, o primeiro a ser formado, recobre o terço cervical, ou aproximadamente metade da raiz. D) Apresenta duas fontes de fibras colágenas: as fibras de Sharpey e as fibras que pertencem à matriz do cemento, também chamadas de intrínsecas. G ab ar it o: 1 . A / 2 . B / 3 . B / 4 . C / 5 . B / 6 . B / 7 . B / 8 . E / 9 .B / 1 0. A / 1 1. C / 1 2. D Yanna Dantas de Medeiros – 5* Semestre 2022 Aula 3 ETIOLOGIA DAS DOENÇAS PERIODONTAIS O biofilme é o fator determinante e primário da doença periodontal, sem ele não existe doença periodontal. Biofilme Estrutura e Composição É uma substância estruturada, resiliente de cor amarelo acinzentada, possui adesão firme em superfícies duras intra-orais (dentes); É composto por bactérias, glicoproteínas salivares e polissacarídeos extracelulares. Não confunda biofilme com matéria alba, que é o acumulo de células teciduais não aderidas firmemente ao dente. Também não se deve confundir biofilme com calculo dentário, pois calculo é sua forma já calcificada. As bactérias tem habilidade de co-agregação bacteriana, onde elas chamam outras bactérias para se juntarem a elas. Há mais acumulo de bactérias no dente do que na mucosa, pois a mucosa descama. Existe uma camada de glicoproteínas adquiridas, chamada de película adquirida do esmalte, e sobre essa película há a colonização de bactérias que estão embebidas na matriz intercelular (polissacarídeos extracelulares). Entre as bactérias existe um sistema circulatório primitivo do biofilme, que permite a troca de nutrientes, esses sistemas chamam-se canais de água. Classificação O biofilme classifica-se de acordo com sua posição na superfície dentária. Podendo ser: Supragengival – Encontrada acima ou ao nível da margem gengival (está mais relacionada a cárie). Subgengival – Encontra-se abaixo da marem gengival. Entre o dente e o tecido gengival do sulco (está mais relacionada a gengivite e periodontite). O biofilme supra e subgengival são diferentes, pois o supragengival está mais exposto. Aspectos clínicos O biofilme pode ser visualizado após dois dias sem higiene bucal; Formam-se em fissuras, sulcos, abaixo de restaurações com excesso e ao redor de dentes mal posicionados, principalmente no terço gengival. Matriz Intercelular É o ambiente onde as bactérias estão presentes, é formada de matéria orgânica e inorgânica, originadas de saliva, bactérias e fluido crevicular. O biofilme subgengival tem menos dessa matriz, pois está menos exposto. Formação da película adquirida do esmalte Primeira etapa Formação da película adquirida (0 a 8horas) • Surge uma fina camada derivada de saliva homogênea e membranosa que cobre a superfície dentária (camada de hidratação); • É formada logo após a profilaxia. • Composta por proteínas, glicoproteínas, enzimas e lipídios. Segunda etapa Aderência incial e fixação bacteriana (8 a 48 horas) • Transporte inicial da bactéria à superfície dentária; • Aderência inicial reversível; Yanna Dantas de Medeiros – 5* Semestre 2022 • As ligações das bactérias com a película adquirida nesse momento são feitas através de pontes de hidrogênio, por isso elas podem ser desagregadas após escovação. Terceira etapa Colonização e maturaçãoda placa (48horas a 3 semanas) • A partir de dois dias essa placa já pode começar a se calcificar e formar calculo; • Os microrganismos começam a crescer e desenvolver micro colônias; • A desagregação se torna mais difícil através da escovação. Hipótese da placa especifica e inespecífica Inespecífica – A doença periodontal é resultado da elaboração de produtos nocivos por toda placa. Especifica – Apenas certa placa é patogênica e suas patogenicidades dependem da presença ou aumento de microrganismos específicos (não é mais aceita, pois hoje sabe-se que 100% das placas formam biofilme e podem causar doenças periodontais). Relação entre microrganismos e a doença periodontal • A base da pirâmide é composta por espécies que colonizam a superfície dental no espaço subgengival nos estágios iniciais da formação do biofilme. No Complexo Azul se encontram periodontopatógenos como a espécie Actynomices sp. • O Complexo Laranja também participa da destruição da microbiota e aumenta suas proporções à medida que a infecção vai se prolongando, participando também como ponte com bactérias agregadoras para o Complexo Vermelho, onde este abrangerá bactérias, dentre elas o P.g, em um processo mais prolongado e se encaminhando para a cronicidade. • O Complexo Vermelho também evidencia o cálculo dentário, um biofilme que se calcificou por precipitação de fosfato e cálcio, gerando mais colônias de bactérias. Fatores etiológicos secundários locais Calculo É o biofilme calcificado preso na superfície dentária. Supragengival – é branco ou amarelado, facilmente deslocado da superfície dentária; normalmente está localizado na vestibular de molares superiores e lingual de incisivos superiores (mais aderida a coroa). Subgengival – se forma abaixo da coroa, cor marrom escuro ou verde, firmemente aderida ao dente. Localiza-se na bolsa periodontal e pode aparecer em qualquer dente. Fatores de retenção de placa Falta de contorno; material restaurador em excesso; subcontorno da restauração, contatos abertos, contatos fechados demais (pode necrosar a gengiva entre um dente e outro); ortodontia e restaurações com superfície áspera. Yanna Dantas de Medeiros – 5* Semestre 2022 Fatores etiológicos secundários sistêmicos • Reações medicamentosas – pode estar ligado a uma predisposição genética. Medicamentos relacionados: Imunossupressores e anticonvulsionantes; (geralmente ocorre um aumento gengival). • Tabagismo. • Disfunção endócrina – diabetes, gravidez e menopausa. • Disfunção nutricional. • Desordens hematológicas – leucemia ou AIDS. Fatores independentes Estresse; fatores psicológicos; traumas autoinduzidos (piercing, escovação e irritação química). Exercitando 1. Marque a alternativa que apresenta apenas fatores etiológicos secundários de origem local (predisponentes): A) Biofilme dentário, calculo dentário, apinhamento e trauma oclusal. B) Diabetes, tabagismo, leucemia, reação hiperplásica e gengival ao uso de fenitoína. C) Restauração com sobrecontorno, leucemia, trauma oclusal e cavidade de lesão cariosa. D) Restauração com subcontorno, calculo dentário, trauma oclusal e projeção cervical do esmalte. E) Diabetes, biofilme, dentário, calculo dentário e apinhamento. 2. O tabagismo é reconhecido como importante fator de risco para a doença periodontal e vários estudos epidemiológicos e clínicos estabeleceram seus efeitos prejudiciais sobre o periodonto, variando de simples escurecimento dentário até o câncer. Com relação ao tabagismo, é correto afirmar que A) aumenta o número de bactérias específicas, principalmente Streptococos mitis, que podem iniciar o processo da doença. B) agrava a gengivite, principalmente pelo aumento da síntese de hormônios que aumentam a tortuosidade da microcirculação, além de vasodilatação. C) altera mais a composição do biofilme dental do que a quantidade de placa subgengival, proporcionando assim uma diferença microbiológica entre fumantes e não fumantes. D) altera os escores de formação de biofilme dental, principalmente em modelos do tipo gengivite experimental, mostrando que a taxa de formação de placa em fumantes é maior do que em não fumantes. 3. São considerados fatores de risco para doença periodontal: A) HIV, Idade e raça; B) Estresse, gravidez e osteoporose; C) Obesidade, gravidez e puberdade; D) Tabagismo, Diabetes mellitus e microbiota específica; E) Fatores Psicossociais, aterosclerose e menopausa. 4. O controle do biofilme dental pode ser considerado o principal fator no controle da doença periodontal. Nesse contexto, marque a alternativa correta: A) O controle químico do biofilme deve sempre ser a primeira escolha, devido à facilidade da técnica e custos baixos. B) A desorganização mecânica do biofilme somente é conseguida através da profilaxia profissional. C) O uso de soluções antimicrobianas como o digluconato de clorexidina, devem fazer parte da rotina de higiene de todos os pacientes. D) O uso diário do fio dental é um importante meio de controle mecânico do biofilme, devendo ser recomendado a todos os pacientes. 5. A manutenção da saúde bucal, mediante revisões e profilaxias periódicas, contribui para evitar a doença periodontal. A respeito desse assunto, julgue os itens que se seguem. O início da doença periodontal decorre do desequilíbrio entre a agressão das bactérias presentes na cavidade oral e a resposta imunoinflamatória do hospedeiro. A) Certo B) Errado Yanna Dantas de Medeiros – 5* Semestre 2022 6. Considere as informações quanto à patogênese da doença periodontal. I - O cálculo dental representa a placa bacteriana mineralizada e, portanto, é um fator etiológico primário fundamental para o desenvolvimento da doença periodontal. II - A diabetes melito (DM) é uma condição endócrina com efeito bem caracterizado sobre a gengivite. Clinicamente, os diabéticos, insulinodependentes ou não, têm maior inflamação gengival em comparação com não diabéticos com níveis semelhantes de placa. III - Variações de desenvolvimento ou anatômicas dos dentes (sulco palatogengival, pérolas de esmalte), cárie, condições anatômicas gengivais e apinhamento dos dentes podem ser considerados fatores predisponentes para doença periodontal. IV - O tabagismo é reconhecido como um importante fator de risco para a doença periodontal e vários estudos epidemiológicos e clínicos estabeleceram seus efeitos prejudiciais sobre o periodonto. Esses efeitos mostraram-se dose-dependentes e são evidentes principalmente nos indivíduos mais jovens. Quais estão corretas? A) Apenas II. B) Apenas I e II. C) Apenas III e IV. D) Apenas I, III e IV. E) I, II, III e IV. 7. Tendo o biofilme dentário uma grande importância dentro da etiologia das doenças periodontais, julgue os itens a seguir e marque a alternativa correta. I. Sua formação ocorre imediatamente após a criação da película adquirida do esmalte. II. Co-agregação é a capacidade das bactérias ligarem- se a glicoproteínas na superfície do esmalte dando inicio a colonização do biofilme. Essas bactérias são chamadas de colonizadores primários. III. Mudando o ambiente supragengival para subgengival, e da saúde para a doença, há uma diminuição significativa da espécie Actomyces e um aumento na proporção de membros do complexovermelho. IV. A Porphyromonas gengivalis é uma bactéria do grupo laranja e menos periodontopatogência do que a Treponema Denticula que é do grupo vermelho. V. Na periodontite há uma predominância de batérias Gran negativas e anaeróbias estritas. A) FVVFF B) FFVFV C) FVFVF D) VFVFF E) VFVFV Gabarito: 1.D / 2. C / 3. D / 4. D / 5. A / 6. D / 7.BYanna Dantas de Medeiros – 5* Semestre 2022 Aula 4 PATOGENESE PERIODONTAL Quando se forma o biofilme, as próprias bactérias vão gerar uma Injuria Direta a gengiva, liberando enzimas como: colagenase (destrói colágeno), protease (destrói proteínas) e hialuronidase (destrói ácido hialurônico). Após isso, quando essas bactérias estão no biofilme, o sistema imunológico é ativado e envia monócitos para o local e começam a liberar citocinas, causando uma inflamação. Essa inflamação é a uma Injuria Indireta. Resposta adquirida/específica – inflamação no periodonto causada pela chegada de células inflamatórias e vasodilatação. Resposta inespecífica/inata – Após a vosodilatação, as células vão se afastar para as paredes do vaso para abrir passagem para que as células inflamatórias (linfócitos que vão fazer a fagocitose e liberar mediadores químicos da inflamação) cheguem até o local afetado. Essas respostas inflamatórias ocorrem juntas. Os antígenos do biofilme vão estimular as células apresentadoras de antígeno e ativar os linfócitos T, que vão liberar citocinas, IL-1 e mediadores químicos. Se iniciará a cascata inflamatória. Isso é a resposta inespecífica. Ao mesmo tempo estará ocorrendo a resposta específica, onde os linfócitos T que já estarão estimulados, vão fazer com que os linfócitos B se diferenciem em plasmócitos e comecem a produzir anticorpos, inibindo a ação das bactérias. Mediadores Químicos da Inflamação Metaloproteinases – enzima que destrói colágeno. Só é presente durante a inflamação. Citocinas – são proteínas solúveis que agem como mensageiras de sinais entre as células. Podem ser pró-inflamatórias (ativam a inflamação, são as mais prejudiciais pois ocasionam a reabsorção óssea e inibem a formação de osso); Quimioáticas (chamam mais células para a reação, para combater as bactérias); e Reguladoras da resposta imune e humoral. Prostaglandinas (PGE) – são derivadas do ácido araquidônico. Fazem com que aumente a vosodilatação, e produzem colagenases. Gengivite A gengigivite é um processo inflamatório e imunológico que ocorrre nos tecidos gengivais de forma a proteger contra a agressão bacteriana. ESTÁGIOS DE PROGRESSÃO Gengiva normal Há presença de alguns polimorfosnucleares e o epitélio do sulco gengival é em torno de 0,69mm. Lesão Inicial (gengiva saudável) Após 2 a 4 dias de acumulo de biofilme, começam as primeiras alterações histológicas. Ocorre vasodilatação, causando um leve aumento do fluido gengival. Leocócitos são atraídos para o epitélio juncional e sulco gengival. Nada disso é visto clinicamente Nessa fase ocorre um aumento dos capilares e vênulas, marginação, diapedese e emigração. Yanna Dantas de Medeiros – 5* Semestre 2022 O hospedeiro determina a evolução, dependendo do sistema imunológico de cada um a infecção pode ser leve, e tudo se normaliza fazendo escovações de forma correta. Lesão Precoce (gengivite inicial) Surge após 7 dias de acumulo de biofilme. Nessa fase ocorre sangramento a sondagem e a inflamação já é visível clinicamente. Histologicamente se vê linfócitos no tecido conjuntivo, células T, projeções conjuntivas no epitélio juncional, destruição de colágeno pela enzima Metaloproteinase, destruição das fibras gengivais (circulares e dentogengivais – nessa fase 70%delas já estão destruídas), fagocitose e diminuição do colágeno. Lesão Estabelecida (gengivite crônica) Após 2 a 3 semanas de cumulo de biofilme ocorrem alterações na cor, tamanho e textura. É definida como lesão dominada por células plasmáticas e por um infiltrado de células inflamatórias importante na gengivite estabelecida que ocupa um volume considerável dos tecidos conjuntivos inflamados. Grande parte dos pontilhados de casca de laranja já sumiram. Os neutrófilos se acumulam nos tecidos e liberam seu conteúdo lisossômico extracelularmente,resultando em mais destruição periodontal. Os epitélios juncional e sulcular formam uma bolsa epitelial que não é firmemente aderida à superfície do dente, contendo uma grande quantidade de neutrófilos e que é mais permeável à passagem de substâncias para dentro e para fora do tecido conjuntivo. Sangramento espontâneo, mesmo sem sondagem. Ainda é reversível sem nenhuma sequela se for feita a escovação correta. Pode ser estável ou de potencial destrutivo. Nos indivíduos suscetíveis vai evoluir para periodontite. Lesão Avançada (periodontite) Ocorre um lapso no periodonto de proteção e começa a chegar no periodonto de sustentação. O epitélio juncional vai tentar migrar em direção ao ápice do dente, procurando uma área mais sadia. Dessa forma, vai ser estimulada uma reabsorção óssea através das citocinas pró-inflamatória. A sonda conseguirá entrar mais de 3mm. O diagnóstico de periodontite se dá através dessa sondagem. Evolução e Duração Gengivite localizada – quando há limite de localização. Gengivite generalizada – em toda a boca. Gengivite marginal – gengiva livre. Gengivite papilar – só na gengiva da papila. Gengivite difusa – atinge papila, a margem e a gengiva inserida. Yanna Dantas de Medeiros – 5* Semestre 2022 Aspectos Clínicos da Gengivite • Sangramento a sondagem. • Alteração de cor: vermelho vivo (maior vascularização e menos ceratinização); cor pálida (menos vascularização e mais ceratinização); azulada (gengivite crônica – estenose); e cinza esbranquiçada (necrose). • Alterações de consistência. • Alterações de textura. • Alterações de contorno. • Alterações de posição. Periodontite A periodontite é o processo inflamatório que atinge os tecidos de suporte do dente, originado pela agressão bacteriana. Características Clínicas • Sonda penetra mais de 3mm • Biofilme e placa subgengival • Retração gengival • Perda de inserção óssea • Mobilidade • Migração de dentes • Bolsa periodontal. A periodontite pode ser inicial, moderada ou avançada. Bolsa periodontal É sulco gengival patologicamente aumentado. Pode ser classificada como gengival ou periodontal. A gengival é chamada de bolsa falsa e a periodontal pode ser supra-ossea ou infra-ossea. • Bolsa falsa – quando a gengiva cresce e apresenta mais de 3mm mas não há perda óssea. • Bolsa supra-ossea – acima do osso (reabsorção horizontal). • Bolsa infra-ossea – ao nível do osso ou abaixo (reabsorção muita rápida, vertical. Geralmente está associada a outro fator). Exercitando 1. Nos processos de destruição tecidual inflamatória da doença periodontal, os neutrófilos liberam o ácido __________ que é metabolizado pelo organismo produzindo prostaglandinas. A) Hialurônico. B) Fosfórico. C) Aracdônico. D) Retinóico. 2. A bolsa periodontal é definida como um sulco gengival patologicamente aprofundado. Sobre as correlações das características clínicas e histopatológicas, é correto afirmar que A) quando explorada com sonda, a porção interna da bolsa é geralmente assintomática. B) o sangramento à sondagem é devido ao aumento da vascularização e espessamento do epitélio. C) a flacidez da parede gengival da bolsa periodontal é causada pela estagnação circulatória local. D) o sangramento é provocado pela sondagem rígida e vigorosa da parede da bolsa periodontal. E) a drenagem de secreção purulenta por meio de pressão digital ocorre quando há inflamação supurativa da parede interna da bolsa periodontal. 3. A literatura científica aponta que o tabagismo é o principal fator de risco para a periodontite, podendo afetar a prevalência, a extensão e a gravidade da doença. Sobre este tema, analise as afirmativas e marque a alternativa CORRETA. A) A prevalência e gravidade da destruição periodontal são maiores em pacientes fumantes e independe da quantidade de cigarros fumados por dia, comparados a não fumantes. Yanna Dantasde Medeiros – 5* Semestre 2022 B) O desenvolvimento da inflamação em resposta ao acúmulo de placa bacteriana é maior em pacientes fumantes, quando comparado a não fumantes. Isso implica num aumento do sangramento à sondagem nesses pacientes. C) A profundidade de sondagem, perda de inserção clínica e perda óssea alveolar são mais prevalentes e graves em pacientes que fumam, comparados a não fumantes. D) O tabagismo pode causar um impacto adverso no resultado clínico de terapias não-cirúrgicas, porém, não interfere no resultado clínico das terapias cirúrgicas. E) As alterações promovidas pelo tabagismo na resposta do hospedeiro e na cicatrização dos tecidos periodontais não apresentam um efeito a longo prazo na resolução das bolsas periodontais em fumantes. 4. Um paciente chega ao consultório com dor à mastigação leve inchaço e sangramento na região do 36, dente com mobilidade Grau II, na radiografia era possível observar uma redução do septo e reabsorção óssea. Qual o possível diagnóstico desse paciente? A) Gengivite. B) Cárie. C) Diabetes tipo II. D) Pulpite. E) Periodontite. 5. Avalie as sentenças abaixo sobre a lesão precoce e marque a alternativa correta. I. Corresponde clinicamente à gengivite inicial, 70% das fibras colágenas da gengiva já estão destruídas. II. Origina-se após 2 a 3 semanas de acumulo de biofilme e a concentração de plasmócito corresponde a 50% do infiltrado inflamatório. III. Nessa fase o sangramento já é presente, entretanto apenas a sondagem. IV. Existem dois tipos de lesão precoce, a estável e a de potencial destrutivo, onde essa última é irreversível. A) Apenas I e IV estão corretas. B) Apenas I e III estão corretas. C) Todas estão corretas. D) Apenas II e IV estão corretas. E) Todas estão incorretas. Gabarito: 1. C / 2. E / 3.C / 4. E / 5. B Yanna Dantas de Medeiros – 5* Semestre 2022 2º Estágio Aula 1 DIAGNÓSTICO DAS DOENÇAS PERIODONTAIS As doenças periodontais são infecciosas polimicrobiana e de caráter multifatorial. Podem ser crônica ou aguda e sítio especifica. O exame é realizado dente a dente – face a face. O primeiro passo para o diagnóstico da doença periodontal é a anamnese, onde busca-se entender: • Histórico médico – se o paciente tem pré-disposição genética de outros tipos de doença ou se é portador de alguma doença. • Histórico dental – se o paciente já passou por alguma cirurgia, se tem restaurações e como está a higiene oral. • Queixa principal – se é dor e se a gengiva sangra. Exame Clínico Periodontal Durante o exame clínico periodontal deve-se realizar: • Exame visual • Exame exploratório • Exame de palpação Exame Visual No exame visual deve ser avaliado: • Cor; • Contorno; • Superfície; • Consistência; • Posição; • Freios e bridas; • Índice gengival; • Índice de placa. Índice Gengival Avalia o grau de inflamação gengival. É avaliada após a sondagem e observa-se o grau de inflamação da papila. IG Gengiva normal IG1 Moderada inflamação gengival com discreta mudança de cor e edema SEM sangramento a sondagem. IG2 Moderada inflamação gengival com discreta mudança de cor e edema COM sangramento a sondagem. IG3 Severa Infamação gengival com mudança de cor, edema e sangramento espontâneo. Índice de Placa É avaliada a quantidade de placa visível, usando soluções evidenciadores. Além disso, busca motivar o paciente. Exame Exploratório O exame exploratório é feito com o auxílio de sondas periodontais. Os exames realizados são: • Profundidade de sondagem (PS) • Recessão gengival (RG) • Nível de Inserção Clínica (NIC) • Mucosa ceratinizada (MC) • Gengiva Inserida (GI) • Envolvimento de furca Yanna Dantas de Medeiros – 5* Semestre 2022 • Mobilidade dentária (MD) • Sangramento a sondagem (SS) • Exame periodontal simplificado (PSR) • Exame periodontal detalhado (Periograma) As sondas utilizadas nos exames são: • PC15 - mede mm por mm num total de 15mm • Williams - de 1 a 10mm • OMS (WHO) - 0,5mm, 3,5mm, 5,5, 8,5mme 11,5mm • Sondas de primeira geração: - Michigan - 3, 6 e 8mm (não é muito usada, encontra-se mais em serviço público) - Nabers (é angulada 3mm) - utilizada para identificar lesão de furca. • Sondas de segunda geração - controle de pressão de 20g na sondagem. É a sonda PDT Sensor (são usadas em pesquisas). • Sondas de terceira geração - são computadorizadas. Profundidade de sondagem (PS) O aumento da profundidade da sondagem é caracterizado pela migração apical do epitélio juncional. A profundidade vai da margem gengival até o fundo da bolsa ou sulco. Técnica: A sonda periodontal é introduzida entre a bolsa e o dente. Deve ser realizada de forma delicada, inserindo-se o instrumento paralelo ao longo eixo do dente, com leve pressão, procurando atingir o fundo do sulco ou bolsa. Insere-se a sonda em 6 sítios do dente (três vestibulares e três linguais). DV V MV DP P MP É diferente do ISG que é feito percorrendo o sulco. Erros comuns: Mau escolha da sonda, mau posicionamento da sonda no sulco gengival, pressão aplicada pelo operador, presença de calculo (impede que a sonda penetre até o fim da bolsa) e tolerância do paciente. Quanto maior for a profundidade de sondagem, maior será a complexidade da doença e o tratamento. Recessão Gengival (RG) É a medida que vai da linha Cemento Esmalte até a margem gengiva, ou seja, o epitélio juncional migra para apical e a margem gengival acompanha. Técnica: Posiciona a sonda da margem até a JCE (SEM INSERIR A SONDA). Classificação de Cairo Tipo I – A retração não se estende até a junção mucogengival. Não há perda óssea ou de tecido mole na área interdental, apenas nas faces livres (vestibular e lingual). Tipo II – Recessão gengival associada a perda de inserção interproximal e nas faces livres, a quantidade de perda de inserção interproximal é menor ou igual a perda de inserção nas faces livres. Yanna Dantas de Medeiros – 5* Semestre 2022 Tipo III - A quantidade de perda de inserção interproximal é maior que a perda de inserção nas faces livres. Nível de inserção clínica (NIC) Vai da JCE ou margem ao fundo do sulco ou bolsa. Tem como objetivo medir a profundidade da sondagem + recessão gengival. Podem haver três situações: • Bolsa periodontal coincidindo com a perda de inserção – Quando a margem gengival encontra-se na altura da linha cemento esmalte e a bolsa periodontal está presente. • Recessão coincidindo com a perda de inserção – Quando ocorre apenas recessão. Se sondarmos a margem gengival, o sulco sondável é mínimo. • Retração com bolsa periodontal – Nesse caso, a perda de inserção será a somatória da recessão e da bolsa. Ex: recessão de 6mm e bolsa de 4mm = 10mm de perda de inserção. PCS (profundidade clinica de sondagem) Retração (valor +) Aumento/hiperplasia (valor - ) Pode ocorrer de existir apenas o crescimento gengival em direção coronária, sem migração do epitélio juncional. Nesse caso é apenas uma FALSA BOLSA. • Perda óssea radiográfica – é calculada a porcentagem de perda óssea. %PO = 6/9 X 100 = 66% O índice de perda óssea é %PO/idade do paciente. Ex: paciente de 37 anos com %PO=66% é 66/37=1,7 (alto risco). Mucosa Ceratinizada (MC) Mucosa Ceratinizada é a Gengiva Livre (GL) + Gengiva Inserida (GI). É a distância da linha Mucogengival até a margem gengival. Pacientes com o biotipo periodontal fino tem deficiência de MC. Gengiva Inserida (GI) Vai da Ranhura gengivalaté a junção mucogengival. Não existe padrão de quantidade de Gengiva Inserida. Envolvimento de Furca O diagnóstico é feito com a Sonda de Nabers. Não confundir área de furca com lesão de furca. Yanna Dantas de Medeiros – 5* Semestre 2022 Para saber se o dente pode ou não ter envolvimento de furca devemos conhecer a anatomia, pois apenas dentes multirradiculares possuem área de furca. Classificação: Grau I: pequena perda óssea, osso interradicular intacto. Não ocorre penetração da sonda. Grau II: perda óssea interradicular é visivel radiograficamente. A sonda penetra pacialmente na furca sem transpassa-la. Grau III: completa perda do osso interradicular e radiograficamente nota-se área radiolúcida triangular. A sonda penetra de lado a lado no sentido vestíbulo lingual. Subclassificação: A: perda óssea vertical menor ou igual a 3mm. B: perda óssea vertical de 4a 6mm. C: perda óssea vertical maior que ou igual a 7mm. Mobilidade Dentária (MD) O movimento é feito utilizando um cabo de espelho + cabo de sonda (não movimentar com os dedos). Classificação: Grau I: dente só mexe em um sentido (vestibulo-lingual ou mesio-distal) – 0,2 a 1mm em horizontal. Grau II: dente se mexe nos dois sentidos (vestibulo-lingual e mesio-distal) - >1mm horizontal. Grau III: dente se mexe em todos os sentidos e tem mobilidade infero-superior – mobilidade vertical e horizontal. Sangramento a sondagem (SS) Score: nº de sítios sangrantes x 100 / nº de dentes presentes x 6 = % A extensão é determinada em: Exame periodontal simplificado (PSR) Avalia a necessidade de tratamento, não substitui o periograma (utiliza-se sonda OMS). Parâmetros: presença e ausência de sangramento, presença de bolsas e presença de áreas retentivas a biofilme. • Divide a boca em 6 sextantes que são avaliados em sentido horário. Códigos: Área colorida da sonda visível (ausência de sangramento a sondagem) Área colorida da sonda visível (sangramento a sondagem) Área colorida da sonda visível (cálculo) Área colorida da sonda parcialmente visível (profundidade a sondagem de 3,5 a 5 5mm) 4: Área colorida da sonda não visível (profundidade a sondagem maior que 5, 5mm) * Lesão de Furca, mobilidade, retração gengival maior que 3,5mm, envolvimento mucogengival. Yanna Dantas de Medeiros – 5* Semestre 2022 Tratamento para esses códigos: 0 orientações preventivas 1 orientações preventivas associadas a controle do profissional de biofilme 2 orientações preventivas + controle paciente/profissional + remoção do fator retentivo 3 orientação preventivas + controle paciente/profissional + remoção do fator retentivo + necessidade de periograma 4 orientação preventivas + controle paciente/profissional + remoção do fator retentivo + necessidade de periograma * técnicas regenerativas, cirurgias plásticas e contenções + periograma Exame Periodontal Detalhado (Periograma) Usando sonda PC15 ou Williams É realizada a sondagem de 6 pontos em cada dente. Avalia a mobilidade, implante, furca sangramento a sondagem, placa, margem gengival e profundidade de sondagem. Exame Palpatório É realizado para verificar a presença de supuração, o que pode indicar DP, abcesso periodontal ou gengival. Pesquisa de fatores etiológicos • Primário – biofilme • Secundários locais - cálculo, fatores anatômicos, fatores de retenção de placa e fatores traumatogenicos. • Secundários sistêmicos - uso de medicamentos, tabagismo, diabetes e AIDS. Exercitando 1. Um paciente de 42 anos de idade, apresentou-se na Clínica Interdisciplinar da FIP. Depois de realizado o exame clinico periodontal, observou-se um quadro de destruição dos tecidos periodontais em aproximadamente metade das áreas observadas, bolsas periodontais de até 4mm, além de biofilme e restaurações de resina composta com excesso de material restaurador. Observou-se também recessões gengivais nos caninos e pré-molares superiores, mobilidade grau 1 nos incisivos inferiores, onde mesmos encontravam-se apinhados, resultando em um trauma oclusal. Com evidenciação do biofilme o índice de placa foi de 10%, índice de sangramento gengival foi de 60%. A perda de inserção óssea foi de até 6mm. Diante desta situação responda: A) Qual o diagnóstico clinico? Periodontite Severa Generalizada. B) Como pode ser realizado o exame clinico (visual, exploratório e de palpação) neste paciente? Descreva. No exame visual deve-se visualizar no paciente a cor, contorno, superfície, consistência, posição, freios e bridas, índice gengival e índice de placa da gengiva. No exame exploratório deve-se avaliar profundidade de sondagem (PS), Recessão gengival (RG), Nivel de Inserção Clínica (NIC), Mucosa Ceratinizada (MC), Gengiva inserida (Gl), Envolvimento de furca, Mobilidade dentária (MD), Sangramento a sondagem (SS) e na palpação deve-se palpar os tecidos moles para avaliar presença de abcessos ou presença e supuração. C) Como e com qual instrumento realizamos o índice periodontal simplificado? Quais as indicações deste exame na clínica diária. Utiliza-se a sonda OMS. É feito dividindo a boca em 6 sextantes, e sondando cada elemento dentário em 6 sítios (MV, V e DV, ML, L e DL). Avalia-se a necessidade de tratamento do paciente com a verificação de presença ou ausência de sangramento, presença de bolsa e presença de áreas retentivas a biofilme 0: Area preta da sonda visível - ausência de Sangramento a Sondagem 1: Area preta da sonda visível - Sangramento a Sondagem. 2: Area preta da sonda visível – Cálculo. Yanna Dantas de Medeiros – 5* Semestre 2022 3: Área preta da sonda parcialmente visível - Profundidade a sondagem de 3,5 a 5,5mm. 4: Area preta da sonda não visível - Profundidade a sondagem maior que 5,5mm. *: Lesão de Furca, mobilidade, retração gengival maior que 3,5mm, envolvimento mucogengival. D) Como medimos o nível ou perda de inserção clinica periodontal neste paciente? Explique.Verificando a distância que vai da junção cemento esmalte (JCE) ao fundo do sulco ou bolsa. Neste paciente vamos avaliar o tamanho da bolsa e somar com o tamanho da retração gengival, que foi um total de 6mm de perda de inserção. E) De acordo com a AAP de 1999, qual o critério usado para mensurar a SEVERIDADE da doença periodontal crônica? Perda de inserção clínica. F) O sangramento gengival à sondagem é um importante parâmetro de diagnostico nos pacientes com doença periodontal. O que esse índice nos diz a respeito da saúde periodontal deste paciente? Que o paciente já está com pelo menos uma gengivite inicial. G) Quais fatores etiológicos que podem ser identificados neste caso? Biofilme, restaurações de resina com material em excesso, apinhamento. 2. Durante o exame exploratório periodontal diversos fatores devem ser considerados a fim de se chegar a um diagnóstico correto e possibilitar um tratamento eficiente. Julgue os itens a seguir e marque o correto. A) Recessão gengival, medida desde a margem gengival até a união cementoesmalte é um dos principais fatores a ser observado no exame exploratório sendo essa medida igual a perda de inserção do paciente. B) A mobilidade dentária deve ser medida pressionando com o dedo polegar e o indicador o dente e fazendo movimentos em todos os sentidos. De acordo com esses movimentos classifica se a mobilidade em grau I, II, III e IV. C) Lesão de furca acontece quando a região de bi/trifurcação radicular dos dentes é acometida pela doença periodontal causando uma reabsorção radicular nessa região ela pode ser medida e classificada com a sonda nabers. D) Perda óssea radiográfica não deve nunca ser usada em diagnóstico periodontal, pois é impossível observar tal perda em radiografias, principalmente periapicais. E) A profundidade de sondagem é um importante parâmetropara o diagnóstico. Quando ela se encontra maior que 3 mm é indicativo de perda de inserção. Essa medida ainda que importante deve ser usada com cautela para avaliar se houve perda de inserção e/ou hiperplasia gengival. 3. Julgue os próximos itens referentes a ligamento periodontal: I. As fibras de Sharpey, são porções das fibras principais do ligamento periodontal que estão embutidas no cemento radicular e no osso alveolar propriamente dito. II. O ligamento periodontal importante componente do aparelho de inserção dos dentes participa na distribuição de forças oclusais para os alveolar. III. O ligamento periodontal é um tecido conjuntivo frouxo um pouco vascularizado e com poucas células. IV. Os feixes de fibras principais do ligamento periodontal inserem-se no cemento radicular e no osso basal. Estão corretas apenas: A) II, IV. B) I e II. C) II e III. D) III e IV. E) I, II e IV. 4. Com relação às características clínicas e microscópicas da gengiva normal assinale a afirmação INCORRETA. A) O suprimento vascular, espessura e grau de queratinização do epitélio interferem na coloração gengival. B) O tecido conjuntivo da mucosa alveolar é menos frouxo e os vasos sanguíneos são menos numerosos comparando-se à gengiva inserida. C) A cor da gengiva está relacionada a pigmentação cutânea. D) A mucosa alveolar é vermelha lisa e brilhante. E) O formato da papila interdental depende da relação de contato entre os dentes adjacentes. Yanna Dantas de Medeiros – 5* Semestre 2022 5. O paciente chega à clínica escola de odontologia das FIP com suspeita de fratura dentária do elemento 14. Ao exame clínico e avaliação do elemento 14 observa se fratura e localizada a 0,5 mm da margem gengival. Com base na dimensão padrão do espaço biológico periodontal essa fratura encontra se: A) No sulco gengival. B) No epitélio juncional. C) Abaixo da crista óssea. D) Na inserção conjunta. E) Na linha mucogengival. 6. Com relação aos exames clínicos essenciais para o adequado diagnóstico periodontal, analise as afirmativas a seguir. I. As sondas periodontais devem, idealmente, ter pontas com diâmetro de 0.4-0.5mm e marcações que facilitem a visualização. II. Para avaliar adequadamente a quantidade de tecido periodontal perdido e a extensão apical da lesão inflamatória, devemos avaliara profundidade de bolsa à sondagem, o nível de inserção à sondagem, o envolvimento da furca e a mobilidade dentária. III. Classe II de furca é diagnosticada em casos de sondagem horizontal maior ou igual a 3mm a partir de uma entrada, sem comunicação lado a lado. Está correto o que se afirma em: A) I, apenas. B) I e II, apenas. C) II e III, apenas. D) II, apenas. E) I, II e III. 7. Paciente de 63 anos, leucoderma, apresenta ausência de sangramento à sondagem e perda de inserção clínica de 3 mm apenas nos dentes 16, 26 e 27, portadores de coroas unitárias. O diagnóstico para esse caso é: A) periodontite crônica localizada leve. B) gengivite em um periodonto reduzido com periodontite estável. C) saúde clínica gengival em um periodonto reduzido. D) gengivite em um periodonto íntegro. E) saúde clínica gengival em um periodonto íntegro. 8. Paciente apresenta-se com queixa de halitose e afastamento dos seus dentes da frente. No exame clínico é observado grande quantidade de placa bacteriana e incidência de cálculo generalizado, na sondagem encontra-se profundidade que varia de 4mm a 12mm, e radiograficamente observam-se perda óssea horizontal generalizada e defeitos verticais em alguns sítios. Qual diagnóstico para a patologia descrita? A) Gengivite associada à placa avançada e generalizada. B) Periodontite agressiva avançada e generalizada. C) Periodontite crônica avançada e generalizada. D) Nenhuma das alternativas. Gabarito: 2. E / 3. B / 4. B / 5. A / 6. B / 7. B / 8. C / Yanna Dantas de Medeiros – 5* Semestre 2022 Aula II CLASSIFICAÇÃO DAS DOENÇAS PERIODONTAIS A classificação das doenças periodontais é feita com o intuito de ordenar para facilitar o diagnóstico. Determinar o prognóstico e facilitar o plano de tratamento. Houveram diversas classificações, porém foram detectadas falhas com o passar dos anos, a saber: • Ausência de uma classificação para a doença gengival; • Critérios de classificação inadequados e obscuros (feitos por faixa etária). No mês de junho de 2018, foi lançado o Proceedings do Workshop Mundial para a Classificação das Doenças e Condições Periodontais e Peri-Implantares. Essa classificação passou a ser utilizada no Brasil a partir de 2019. Segundo essa nova classificação, para as condições periodontais, há três grandes grupos: • Saúde Periodontal, Condições e Doenças Gengivais. • Periodontite. • Outras Condições que afetam o Periodonto. Grupo I – Saúde periodontal, condições e doenças gengivais Saúde clínica em um periodonto íntegro • Sem perda de inserção; • Profundidade de sondagem de até 3 mm; • Sangramento à sondagem em menos de 10% dos sítios; • Sem perda óssea radiográfica. Saúde Clínica Gengival em um Periodonto Reduzido • Paciente com periodontite estável - Perda de inserção; profundidade de sondagem de até 4 mm, sem sítios com profundidade de sondagem igual ou superior a 4 mm com sangramento à sondagem; sangramento à sondagem em menos de 10% dos sítios e com perda óssea radiográfica. (maior risco da periodontite voltar) • Paciente sem periodontite – Recessão gengival após recuperação do espaço biológico (REB); não há evidencia de aumento de riscos de periodontite. Gengivite Induzida por Biofilme • Gengivite em Periodonto Integro: Localizada Generalizada Perda óssea clínica não não Perda óssea radiográfica não não Escore de sangramento à sondagem. >10% e <30% >30% Para ser saúde, nesse caso, precisaria estar sem perda de inserção, profundidade de sondagem menor que 3mm e sangramento a sondagem menor que 10%. • Gengivite em periodonto reduzido em paciente sem periodontite prévia: Neste caso, o periodonto é reduzido, mas a perda de inserção não é relacionada com inflamação. Yanna Dantas de Medeiros – 5* Semestre 2022 Localizada Generalizada Perda óssea clínica sim sim Perda óssea radiográfica possível possível Escore de sangramento à sondagem. >10% e <30% >30% Profundidade de sondagem <3mm <3mm ▪ Aumento de coroa; ▪ Retração por escovação traumática; Para ser saúde, nesse caso, teria perda de inserção (devido a periodontite previa), profundidade de sondagem menor que 3mm, sangramento a sondagem menor que 10% e uma possível perda óssea radiográfica. • Inflamação gengival em periodonto reduzido em paciente com periodontite tratada com sucesso: Neste caso, a periodontite foi previamente tratada com sucesso e encontra-se estável, mas apresenta quadro atual de inflamação gengival. Para ser saúde, nesse caso, teria perda de inserção (devido a periodontite previa), a profundidade de sondagem menor que 4mm, sangramento a sondagem menor que 10% e uma possível perda óssea radiográfica. Doenças gengivais não induzidas por biofilme • Desordens genéticas/desenvolvimento; • Infecções específicas; • Condições imunes inflamatórias; • Processos reacionais; • Neoplasias; • Doenças endócrinas, metabólicas e nutricionais; • Lesões traumáticas; • Pigmentação gengival. Grupo II – Periodontite Doenças periodontais necrosantes São doenças com características clínicas específicas, etiologia e patogenia peculiares. • Início rápido; • Sintomatologia dolorosa; • Desconforto; • Infecção; • Possíveis manifestações sistêmicas. Divide-se em: • Gengivite necrosante (GN): Infecçãoaguda caracterizada pela ulceração, necrose das papilas e gengiva marginal e sangramento com dor e sem perda de inserção. • Periodontite necrosante (PN): Quando a progressão da doença é acompanhada de perda do ligamento periodontal e osso alveolar, esta lesão passa a ser chamada de PN. • Estomatite necrosante. ESTÁGIOS GN Estágio 1 (Necrose da extremidade da papila) Estágio 2 (Necrose de toda papila); PN Estágio 3 (Necrose evolui para margem gengival) Estágio 4 (Necrose em gengiva inserida); ESTOMATITE NECROSANTE Estágio 5 (Necrose em mucosa oral ou lábio) Estágio 6 (Exposição do osso alveolar) NOMA Estágio 7 -> Perfuração da pele da bochecha Tratamento: Imediato: Debridamento da região com gaze ou algodão embebido em agua oxigenada; Bochechos agua oxigenada + Yanna Dantas de Medeiros – 5* Semestre 2022 água morna; Bochechos com clorexidina a 0,12%; Orientação de higiene bucal; Antibioticoterapia (se necessário). Mediato: Raspagem e alisamento coronoradicular; Orientação de higiene bucal; Remoção de fatores iatrogênicos; Complementação cirúrgica; Reavaliação final; Controle e manutenção. Doenças periodontais em pacientes comprometidos Pacientes comprometidos crônica e gravemente • Adultos • Crianças GN PN EN NOMA Fatores predisponentes: HIV/AIDS com carga viral detectável; Outras condições imunossupressoras; Infecções virais severas. Pacientes comprometidos Temporária e moderadamente • Na presença de gengivite • Na presença de periodontite GN PN EN NOMA Fatores predisponentes: Estresse, nutrição, fumo, doença necrosante prévia. As doenças periodontais necrosantes estão diretamente relacionadas com a imunidade do indivíduo. Periodontite Doença inflamatória crônica multifatorial associada a um biofilme disbiótico e caracterizada pela destruição progressiva do aparato de inserção dental. Perda de inserções detectada em dois ou mais sítios interproximais não adjacentes OU Perda de inserção > 3 mm na face vestibular ou palatina/lingual. GRAVIDADE E COMPLEXIDADE Estágio I - PERIODONTITE INICIAL: • Perda de inserção interdental de 1 a 2 mm; • Perda óssea radiográfica no terço coronal < 15%; • Sem perda dentária devido a periodontite. • Profundidade de sondagem máxima < 4 mm; • Principalmente perda óssea horizontal. Estágio II - PERIODONTITE MODERADA: • Perda de inserção interdental de 3 a 4 mm; • Perda óssea radiográfica no terço coronal de 15 a 33%; • Sem perda dentária devido a periodontite. Profundidade de sondagem máxima de < 5 mm; • Principalmente perda óssea horizontal. Estágio III - PERIODONTITE SEVERA COM POTENCIAL DE PERDA DENTÁRIA: • Perda de inserção interdental de > 5 mm; • Perda óssea radiográfica no terço médio da raiz e além; • Perda dentária devido a periodontite de < 4 mm. • Profundidade de sondagem máxima de > 6mm; • Perda óssea vertical de > 3 mm; • Envolvimento de furca classe II ou III; • Defeito de rebordo moderado. Yanna Dantas de Medeiros – 5* Semestre 2022 Estágio IV = PERIODONTITE SEVERA COM POTENCIAL DE PERDA DA DENTIÇÃO: • Perda de inserção interdental > 5 mm; • Perda óssea radiográfica no terço médio da raiz e além; • Perda dentária devido a periodontite de > 5 dentes. • Necessidade de reabilitação complexa devido a disfunção mastigatória; • Trauma oclusal secundário (grau de mobilidade dentária > 2); • Defeito de rebordo severo; • Colapso da mordida, migração dentária patológica; • Menos de vinte dentes remanescentes. EXTENSÃO E DISTRIBUIÇÃO • Localizada - Menos de 30% dos dentes com perda de inserção • Generalizada - Mais de 30% dos dentes com perda de inserção • Molar/incisivo - Distribuição molar incisivo. TAXA DE PROGRESSÃO, RESPOSTA ANTECIPADA AO TRATAMENTO E SAÚDE SISTÊMICA • GRAU A - Ritmo de progressão lenta • GRAU B - Ritmo de progressão moderada • GRAU C - Ritmo de progressão rápida Grupo III – Manifestações periodontais de doenças sistêmicas e condições de desenvolvimnto adquiridas Doença ou condições sistêmicas que afetam os tecidos periodontais de suporte • Neoplasias: Doenças neoplásicas primárias dos tecidos periodontais (carcinoma oral de células escamosas, tumores odontogênicos e outras neoplasias primárias dos tecidos periodontais) e neoplasias secundárias metastáticas dos tecidos periodontais. • Granulomatose • Histiocitose • Granulomas de células gigantes. • Hiperparatireoidismo • Esclerose sistêmica • Doença do desaparecimento ósseo (síndrome de Gorham-Stout) Abcessos periodontais e Lesões endoperiodontais • Abcesso periodontal em paciente com periodontite (em uma bolsa periodontal preexistente) – Acumulo de pus em bolsa periodontal = destruição das fibras colágenas gengivais e perda óssea. • Abcesso periodontal em paciente com periodontite (pode ou não ter uma bolsa periodontal preexistente) – Abscesso relacionado com: impactação (fio dental, elástico ortodôntico, palito dental, lençol de borracha ou milho de pipoca), hábitos deletérios (onicofagia), fatores ortodônticos, crescimento gengival e alterações da superfície radicular. Yanna Dantas de Medeiros – 5* Semestre 2022 Características clínicas – Coloração avermelhada, aspecto edematoso, superfície lisa e brilhante, presença de pus. Características radiográficas – Perda óssea e/ou aumento de espaço do ligamento periodontal. • Lesões endoperiodontais (com dano radicular) - Fratura radicular, perfuração do canal radicular ou do assoalho pulpar e reabsorção radicular externa. • Lesão endoperiodontal (em paciente com/sem periodontite) - Grau 1: bolsa periodontal estreita e profunda em uma superfície radicular. - Grau 2: bolsa periodontal larga e profunda em uma superfície radicular. - Grau 3: bolsas periodontais profundas em duas ou mais superfícies radiculares. Recessão gengival • Recessão Tipo 1 (RT1): sem perda de inserção interproximal. Junção cemento-esmalte (JCE) interproximal não detectável clinicamente na mesial ou na distal. • Recessão Tipo 2 (RT2): perda de inserção interproximal, com distância da JCE ao fundo de sulco/bolsa menor ou igual à perda de inserção vestibular (medida da JCE ao fundo de sulco/bolsa na vestibular). • Recessão Tipo 3 (RT3): perda de inserção interproximal, com distância da JCE ao fundo de sulco/bolsa maior que a perda de inserção vestibular (medida da JCE ao fundo de sulco/bolsa na vestibular) Forças oclusais traumáticas Yanna Dantas de Medeiros – 5* Semestre 2022 Grupo IV (Doenças e condições peri- implantares) Saúde Peri-implantar Ausência de sinais clínicos de inflamação, ausência de sangramento e/ou supuração após delicada sondagem, sem aumento de profundidade de sondagem em relação a exames prévios, e ausência de perda óssea, além daquelas observadas após a fase de remodelação fisiológica. Salcerização Perda óssea marginal ao redor do implantes em função (sem doença): * 0,9 a 1,6mm no primeiro ano * 0,05 a 0,13 nos anos seguintes Falha nos implantes *Precoce – antes da osteointegração *Tardia – após a osteointegração (após 1 ano em função, com infecções ou doença peri-implantar). Mucosite Peri-Implantar Presença de sangramento e/ou supuração à sondagem gentil com ou sem aumento de profundidade de sondagem, comparando-se com exames prévios, e ausência de perda óssea, além daquelas observadas após a fase de remodelação fisiológica. Peri-Implantite Presença de sangramento e/ou supuração após delicada sondagem, aumento da profundidade de sondagem em relação a exames prévios, presença de perda óssea, além daquelas observadas após a fase de remodelação óssea. Na ausência de exames prévios, podem ser utilizados os seguintes
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