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- -1
PLANEJAMENTO INTEGRADO DE 
RECURSOS ENERGÉTICOS
MATRIZ ENERGÉTICA BRASILEIRA
- -2
Olá!
Ao final desta aula, você será capaz de: 1. Reconhecer a matriz energética brasileira.
2. Analisar a questão energética no Brasil e suas discussões perante o mundo.
1 Introdução
A energia é essencial para o desenvolvimento, que é uma das aspirações fundamentais dos povos de todos os
países. O mundo atual depende, para seu funcionamento, do abastecimento de vetores energéticos modernos
que são o carvão, o petróleo, o gás natural, a energia nuclear e a hidroeletricidade. Os quatro primeiros são as
principais fontes energéticas primárias, porém não são renováveis e dispõem de reservas limitadas. O quinto,
que é renovável, se encontra em quantidade limitada e se concentra sobremodo em alguns países (Barros, 2007).
Segundo o mesmo autor, as fontes de energia renováveis já demonstraram poder sustentar a economia mundial
de várias maneiras. No entanto, é fato que os combustíveis fósseis e a eletricidade se constituem hoje a base para
operar o atual modelo tecnológico e manter o estilo de vida rural e urbano contemporâneo.
Para entendermos a importância desses recursos para nosso país em relação ao consumo, precisamos entender
a matriz energética, que é um comparativo quantitativo e qualitativo desse uso e importância para um país ou
para o mundo.
2 Fontes de energia
Para compreendermos o panorama energético mundial e brasileiro, vamos nos atentar às explicações de Roméro
(2009):
Tendo em vista a elevada taxa de urbanização no Brasil e sua consequente concentração populacional,
depreende-se que uma parcela significativa da oferta brasileira de energia é consumida nos centros urbanos ou
no seu entorno próximo, onde estão concentradas as atividades industriais, comerciais, de serviços e uma
parcela significativa do setor residencial nacional.
Em termos mundiais a oferta de energia no ano 2000 foi de 9963 x 106 toneladas equivalentes de petróleo (tEP),
e em 2007 foi de cerca de 12029 x 106 tEP, considerando uma taxa de crescimento média anual de 2%. A
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desagregação da oferta por fonte energética aponta para um cenário mundial no qual 86,7% de toda a energia
proveem de fontes não renováveis e somente 3,3% de fontes renováveis, como a hidreletricidade, a energia
eólica, a biomassa, a solar-fotovoltaica e outras aplicações das energia solar, como os painéis solares.
O planeta é movido por fontes não renováveis de energia e o fim desta era “não renovável” não está distante. À
Revolução Industrial foi construída sob bases energéticas não renováveis, como o carvão vegetal e o mineral. A
Revolução Tecnológica ocorrida no século XX também foi construída sob bases energéticas não renováveis, como
o petróleo, o gás, o carvão e a energia nuclear. O século XXI se inicia com uma nova perspectiva, em que a palavra
de ordem é a busca pelas energias renováveis em larga escala. Essa substituição certamente será lenta e gradual,
mas será implantada neste século e, provavelmente, consolidada no século XXII.
3 Combustíveis alternativos
Os analistas são unânimes em afirmar que daqui a um século, os combustíveis não renováveis de origem fóssil
estarão extintos. A questão se agrava um pouco mais quando se considera que, além de o planeta ter de ser
movido por outras fontes, de preferências não renováveis, a demanda em 2100 certamente será superior à atual,
mesmo com a implementação de políticas severas para a elevação do desempenho de máquinas, motores e
equipamentos em todos os continentes.
Um combustível que está sendo apontado como a fonte primária mais promissora para a geração de eletricidade
ainda no século XXI e com plena implantação no século XXII é o hidrogênio, cuja abundância é um ponto positivo.
Uma segunda alternativa, que sem dúvida terá peso decisivo no balanço energético mundial no próximo século e
já desponta como alternativa em alguns países é a energia solar, por meio das opções: eólica, fotovoltaica,
biomassa e a radiação eletromagnética solar para o aquecimento da água.
4 Consumo de energia
Em termos de consumo, o planeta atingiu, no fim do ano 2000, cerca de 6.905 x 106 tEP. As energias renováveis
participaram com 14% e com um adicional de eletricidade produzida por fontes hidrelétricas de mais 4%,
totalizando a parcela das energias renováveis no consumo mundial em cerca de 18%. Entre as não renováveis, o
petróleo e o gás, num total de 58%, possuem reservas para períodos que variam entre 50 e 60 anos, dependendo
das taxas de crescimento da demanda por esses combustíveis.
O consumo nacional é dividido em setores:
Do ponto de vista do consumo setorial, utilizando somente a eletricidade como fonte energética, a desagregação
percentual do Brasil em 2000, indica os percentuais abaixo:
• setor energético: 3%•
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• setor energético: 3%
• setor público e outros: 13%
• comércio e serviços: 14%
• residencial: 26%
• industrial: 44%
Setor industrial é o grande consumidor, com cerca de 37% do total, absorvendo fundamentalmente a
eletricidade gerada em hidrelétricas.
Setor de transporte é movido quase que totalmente pelos derivados de petróleo, gasolina e diesel.
Demais setores – residencial, comercial, público e energético – são movidos principalmente pela
hidreletricidade.
Com relação à participação das energias renováveis na geração de energia elétrica, o Brasil leva uma grande
vantagem em relação a maior parte dos países desenvolvidos ou em desenvolvimento, pois é uma nação na qual
a geração de eletricidade é quase que totalmente renovável, pois provém das usinas hidrelétricas.
Uma das principais características desse tipo de fonte energética, é que a geração quase sempre ocorre longe dos
outros consumidores, nos quais a população brasileira está cada vez mais concentrada. Por outro lado, o fato de
a hidreletricidade ser uma fonte renovável é um aspecto altamente positivo.
A manutenção da vida cotidiana em nossas cidades, o funcionamento do parque industrial brasileiro, o
funcionamento do setor comercial, que inclui os setor de serviços e também todo o setor residencial, dependem
do fornecimento regular da eletricidade. Um aspecto relevante a ser considerado é a elevação do consumo
nacional, que vem crescendo de 2 a 3% ao ano, proporcionada pelo aumento do número de consumidores e pela
elevação da quantidade de massa edificada, ou seja, de edifícios, nas suas mais variadas formas e dimensões.
5 Alternativas energéticas.
Para relacionarmos energia e desenvolvimento sustentável, que tal seguirmos o texto de Miller Junior (2007)
sobre uma estratégia energética sustentável?
Em 1999, a Agência de Energia Internacional notou que “o mundo está nos primeiros estágios de uma inevitável
transição para um sistema energético sustentável, que dependerá primordialmente dos recursos renováveis”.
Cientistas e especialistas em energia que avaliaram as alternativas energéticas chegaram a três conclusões.
• Primeira, haverá uma mudança gradual de grandes e centralizados sistemas de macroenergia para 
sistemas menores e descentralizados de microenergia, como pequenas turbinas de gás natural para 
prédios comerciais, turbinas eólicas, células de combustível, painéis e telhados solares nas casas.
• Essa mudança da macroenergia centralizada para a microenergia descentralizada é análoga à mudança 
na indústria da informática, dos grandes e centralizados mainframes para os cada vez menores e 
descentralizados PCs, laptops e computadores de mão.
• Segunda, as melhores alternativas combinam a eficiência energética e o uso do gás natural como 
•
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• Segunda, as melhores alternativas combinam a eficiência energética e o uso do gás natural como 
combustível para fazer a transição para recursos energéticos renováveis de menor escala, 
descentralizados e disponíveis no local e possivelmente para a fusão nuclear (se provar ser factível).
• Terceira, ao longo dos próximos 50 anos a opção não será entre utilizar combustíveis fósseis,não 
renováveis e fontes energéticas renováveis. Em virtude dos suprimentos e baixos preços, os combustíveis 
fósseis continuarão a ser utilizados em grandes quantidades. O desafio é encontrar formas de reduzir os 
impactos ambientais prejudiciais causados pelo amplo consumo desses combustíveis, com ênfase 
especial na redução da poluição do ar e emissões dos gases do efeito estufa, à medida que alternativas 
menos prejudiciais são introduzidas.
Uma política de energia mais sustentável melhoraria a eficiênia energética, dependeria mais da energia
renovável e reduziria os efeitos nocivos da utilização dos combustíveis fósseis e da energia nuclear.
6 Estratégias econômicas e políticas.
Para a maioria dos analistas, a chave para fazer a transição para recursos energéticos e sociedades mais
sustentáveis está na economia e na política. Os governos podem empregar duas estratégias econômicas e
políticas básicas para ajudar a incentivar ou desestimular a utilização em curto e em longo prazo de um
determinado recurso energético.
Primeira, os governos podem manter os preços de energia artificialmente baixos para incentivar o consumo de
recursos energéticos selecionados. Eles podem conceder descontos fiscais e subsídios para pesquisa e
desenvolvimento e decretar regulamentos que ajudem a estimular o desenvolvimento e utilização dos recursos
energéticos que recebem esse apoio. Por décadas, essa abordagem tem sido empregada para promover o
desenvolvimento e a utilização de combustíveis fósseis e energia nuclear nos Estados Unidos e na maioria dos
países desenvolvidos. Esse método criou um jogo econômico desigual, que incentiva o desperdício de energia e o
rápido esgotamento dos recursos energéticos não renováveis. Além disso, desestimula melhorias na eficiência
energética e o desenvolvimento de energia renovável.
Segunda, os governos podem manter os preços da energia artificialmente altos para desestimular o consumo de
um recurso. Eles podem aumentar o preço de um recurso energético ao eliminar os descontos fiscais e outros
subsídios existentes, decretar regulamentações restritivas ou cobrar impostos sobre a sua utilização. Essa
medida aumenta a receita do governo, estimula melhorias na eficiência energética, reduz a dependência da
energia importada e diminui o consumo de um recurso energético cujos suprimentos futuros sejam limitados.
A transição para um futuro mais sustentável, no aspecto energético, depende principalmente da política, que, por
sua vez, depende em grande parte da pressão que os indivíduos exercem sobre as autoridades por meio do voto,
ou sobre as empresas, por meio dos recursos financeiros de que dispõem.
•
•
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7 Investidores.
Segundo Soares et al. (2009), existem projetos de mitigação dos impactos ambientais, onde algumas empresas
do setor de geração de energia começam a procurar investimentos que incluam melhores tecnologias. Isso evita
perdas diretas e indiretas, afetando os resultados da empresa no curto, médio e longo prazos.
Em empresas de capital aberto, certos executivos alegam que a visão de curto prazo decorre do fato que o
período médio de manutenção de ações em fundos de gestão profissional caiu de cerca de sete anos (na década
de 1960) para menos de um ano (atualmente). Por que considerar os interesses de investidores de longo prazo
se eles apenas investem seu dinheiro por doze meses? Esse raciocínio está profundamente equivocado (Soares et
al., 2009).
Segundo o mesmo autor, independentemente do período em que o investidor mantém as ações, o valor da
empresa reflete os fluxos de caixa futuros de um horizonte maior, em teoria, perpétuo. Mesmo que o investidor
mantenha seus recursos investidos em um curto prazo, o processo de valorização da empresa também está
atrelado à expectativa de geração de valor no futuro. E isso com certeza a energia gerará.
8 Desperdício.
Sabendo que a energia é vital para nossa sobrevivência, porque ainda desperdiçamos tanta energia?
Para responder isso, vamos ver as explicações de Miller Junior (2007):
Se há tantos benefícios, por que a melhoria da eficiência energética é tão pouco enfatizada? Uma razão é a
abundância de gasolina e de outros combustíveis fósseis cujos preços são baixos. Enquanto a energia
permanecer artificialmente barata – seu preço de mercado não inclui os custos prejudiciais -, a tendência é
desperdiçar e não fazer investimentos para melhorar a eficiência energética.
Outra razão é a inexistência de descontos fiscais e de outros incentivos econômicos a consumidores e empresas
para que invistam na melhoria da eficiência energética; em contraposição, há subsídios governamentais e
reduções de impostos para alternativas energéticas, como combustíveis fósseis e energia nuclear.
Você gostaria de ganhar cerca de sobre seu dinheiro, livre de impostos e riscos?20% por ano 
9 Conclusão
Se os pessimistas estiverem corretos e o mundo perder sua reserva de petróleo e gás natural em até cinquenta
anos, será que a próxima geração nos culpará por utilizarmos de maneira insensata os recursos naturais? Ou
então: deveríamos, por acaso, preocupar-nos com a próxima geração?
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Há um forte argumento de que a coisa mais importante a fazer para as próximas gerações é não planejarmos
para elas.
O mundo será tão diferente e a condição tecnológica mudaria tão visivelmente que é impossível prever o que as
futuras gerações precisariam. Privar-nos de recursos necessários hoje só porque alguma pessoa no futuro o
usará é, por este argumento, simplesmente absurdo (Vesilind e Morgan (2011).
Segundo os mesmos autores, por outro lado, não existem algumas coisas das quais podemos estar razoavelmente
certos em relação às gerações futuras? Podemos muito bem supor que elas apreciarão e valorizarão muitas das
mesmas coisas que nós apreciamos e valorizamos.
Elas gostarão de ter ar limpo e reservas de águas limpas e em abundância. Gostarão de desfrutar de espaços
livres e da natureza. Estarão felizes se não houver uma bomba-relógio de resíduos perigosos. E (eis uma
discussão) apreciarão se parte do que consideramos recursos naturais estiverem presentes para seu usufruto e
manuseio.
Entretanto, a pergunta mais importante é: Por que deveremos importar-nos com as gerações futuras? Onde está
a recompensa em tudo isso?Se ignorarmos o problema da reciprocidade e decidirmos conservar os recursos
energéticos, poderemos nos tornar seres éticos com nós mesmos.
CONCLUSÃO
Nesta aula, você:
• Reconheceu a matriz energética brasileira.
• Analisou a questão energética no Brasil e suas discussões perante o mundo
•
•
	Olá!
	1 Introdução
	2 Fontes de energia
	3 Combustíveis alternativos
	4 Consumo de energia
	5 Alternativas energéticas.
	6 Estratégias econômicas e políticas.
	7 Investidores.
	8 Desperdício.
	9 Conclusão
	CONCLUSÃO