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P 1 Tutoria 4 Patricia Leite – UNIC XXIX LEISHMANIOSE TEGUMENTAR Definição Leishmanioses BMJ: são um grupo de doenças (infecções crônicas, não contagiosas) causadas por protozoários que infectam seres humanos e outros mamíferos provocando lesões cutâneas ou danos no baço, fígado e medula óssea; Elas são causadas pelo protozoário intramacrófago obrigatório do gênero Leishmania e a principal via de transmissão é por picada do flebotomíneo conhecido como mosquito-palha (fêmea). Ocasionalmente, a infecção ocorre congenitamente, por meio de transfusões sanguíneas ou transplante de órgãos/tecidos, ou por infecções laboratoriais. De modo geral, podem ser classificadas em 2 formas clinicopatológicas principais: a leishmaniose cutânea e a visceral. A visceral ocorre quando os parasitas são disseminados pelo sistema reticuloendotelial. Ela é potencialmente fatal se ficar sem tto. A leishmaniose dérmica pós- calazar pode se manifestar meses ou anos após o tto da leishmaniose visceral. Condição esta que exibe uma erupção cutânea macular, maculopapular ou nodular.. A Tegumentar/cutânea é a forma mais comum; pode ser subclassificada em diferentes manifestações, como: - leishmaniose cutânea localizada (mais comum) - L cutânea difusa - L mucosa (às vezes classificada como um subtipo separado). A leishmaniose cutânea é a síndrome de leishmaniose mais comum em todo o mundo. 70 a 75 % dos casos de leishmaniose cutânea ocorrem no Afeganistão, Argélia, Brasil, Colômbia, Costa Rica, Etiópia, Irã, Sudão, Peru e Síria. (Sampaio e Rivitti p.388): No Brasil, são reconhecidas 6 espécies de leishmânias: L. (V) braziliensis, L. (V) guuyanensis, L. (V) lainsoni (presente no Pará, Rondônia), L. (V) shawi, L. (V ) naiffi (Amazonas, Pará) e L. (L) amazonensis. (Uptodate): No geral, o risco de doença da mucosa após uma lesão primária de CL é de ~10% a 30%. A LM pode ocorrer simultaneamente ou após LT parcialmente tratada ou não tratada. Ciclo (Medcurso Dermato p.57): Quando a fêmea do flebotomíneo (de hábitos vespertinos e crepusculares) se alimenta do sangue humano, inocula as formas promastigotas na pele (móveis, com tamanhos variáveis, exibindo núcleo, cinetoplasto, blefaroplasto e flagelo). Os protozoários flagelados então penetram nos macrófagos e monócitos da derme e hipoderme, perdendo em seguida seu flagelo e convertendo-se na forma amastigota (intracelular - organismos ovoides ou arredondados, com 2 a 4 mm de diâmetro, sem flagelo, com núcleo e cinetoplasto). Por divisão binária os amastigotos da Leishmania se proliferam dentro das células que, ao se romperem, liberam um grande número de parasitos para infectar outras células. seja localmente (ex: L. cutânea localizada) ou quando monócitos carreiam a Leishmania pela corrente sanguínea, disseminando a infecção para outros tecidos (como mucosas e viscerais). (BMJ): Estudos experimentais mostraram de forma conclusiva que a saliva do flebotomíneo é vasodilatadora, estimula o eritema, aumentando a carga parasitária, o tamanho da lesão e a persistência do parasita, P 2 Tutoria 4 Patricia Leite – UNIC XXIX provavelmente por alterar a resposta imune de uma resposta mediada por célula de tipo Th1 para uma do tipo Th2. Alguns poucos dados disponíveis em ambiente natural mostram que a variação na saliva do flebotomíneo pode determinar o desfecho clínico das infecções por L infantum. Não está claro o motivo pelo qual algumas espécies de Leishmania permanecem localizadas enquanto outras se disseminam. • Leishmaniose tegumentar americana Ocorre em todos os países latino-americanos, do México à Argentina, exceto no Chile e no Uruguai; relatada, eventualmente, no sul dos Estados Unidos (Texas). A forma mais frequente é causada pela L. (V) braziliensis, produz lesões cutâneas e mucosas, designa-se leishmaniose cutâneo-mucosa e, entre leigos, úlcera de Bauru ou “ferida brava”. No Brasil, a leishmaniose cutâneo-mucosa ocorre em surtos epidêmicos em regiões que estão sendo povoadas, quando, pela derrubada de matas, o homem penetra na biocenose do meio ambiente, e a infecção se origina de animais silvestres. A doença é também reportada em torno de habitações, situação em que animais domésticos e roedores podem ser reservatórios dos parasitas. A leishmaniose pela L. (V) guyanensis, que ocorre na Amazônia, é mais benigna, raramente causando lesão mucosa. As formas clínicas da leishmaniose tegumentar americana constituem espectro no qual, em um polo, estão as formas cutânea ulcerada e a mucosa, causadas por doença oligoparasítica associada a forte resposta imune-celular; e, no outro, está a L.cutânea difusa, com ausência da imunidade celular, predomínio de macrófagos parasitados e sem inflamação granulomatosa, múltiplas lesões e grande número de parasitas. O centro do espectro consiste em leishmaniose cutânea localizada (LCL), que é a apresentação clínica mais comum. Fatores que determinam a posição no espectro dependem do perfil genético, resposta imune do hospedeiro, espécie e cepa da leishmânia. Manifestações clínicas (Sampaio e Rivitti) As lesões cutâneas são similares nas várias formas de leishmanioses tegumentares. (Uptodate): assintomáticos = ~10%. Se sintomático: Após um período de incubação de 1 a 4 semanas até 3m, surge: 1) lesão inicial: pápula eritematosa, única ou múltipla, localizada geralmente na região exposta do tegumento, que corresponde ao ponto de inoculação. Nessa etapa, há, com relativa frequência, adenopatia regional e linfangite. Evoluindo, as lesões assumem aspecto papulovesiculoso, papulopustuloso e papulocrostoso e, finalmente, formam: 2) lesão ulcerada: Essas úlceras apresentam contornos circulares, bordas altas e infiltradas, em moldura de quadro, fundo com granulações grosseiras, cor vermelho-vivo, podendo estar recobertas por exsudato seroso ou seropurulento. No mesmo doente, podem ocorrer lesões em várias fases evolutivas, eventualmente surgindo lesões- satélite (satelitose). 3) Lesão vegetante: A lesão pode evoluir para cicatrização espontânea ou dar origem a placas vegetantes-verrucosas (Fig. 37.4) ou sarcóideas, infiltradas (Fig 37.5) 4) lesões mucosas: podem aparecer precocemente, porém geralmente surgem 1 ou 2 anos após o início da infecção (da pápula de inoculação) e P 3 Tutoria 4 Patricia Leite – UNIC XXIX decorrem, quase sempre, da disseminação hematogênica. Há, primeiro, eritema e discreta infiltração no septo nasal; depois, segue-se processo ulcerativo, que se desenvolve, acometendo a mucosa das faces laterais das asas do nariz e elementos contíguos (lábios). Ocorrendo destruição do septo, o nariz tomba para a frente, constituindo o chamado “nariz de anta” ou tapir (Fig 7) . Na área adjacente, há edema e eritema e, pela inflamação secundária, hipertrofia nasal lembrando rinofima. O quadro, frequentemente, envolve o lábio superior e inferior, o palato, as gengivas, a língua, a faringe e a laringe (rouquidão e / ou a tosse forte sugerem envolvimento laríngeo). Na cavidade oral, especialmente no palato, as lesões são ulcerovegetantes com granulações grosseiras, às vezes separadas por sulcos, que podem se entrecruzar formando a chamada “cruz da espundia” ou cruz de Escomel. A evolução da doença e a infecção secundária podem atingir a estrutura cartilaginosa do nariz e comprometer ossos da face, produzindo quadros destrutivos do maciço centro-facial. Excepcionalmente, alguns casos graves podemevoluir para óbito pela obstrução das vias aéreas superiores. As leishmânias podem localizar-se nas orelhas externas, causando perda tecidual (Figuras 37.6 a 37.8). A leishmaniose disseminada caracteriza- se por múltiplas lesões acneoides, em pelo menos 2 regiões corporais, podendo surgir sintomas gerais, como calafrios, febre e mialgia durante o período de disseminação. O quadro surge semanas após a lesão inicial ulcerada característica. As lesões aumentam em número, podendo chegar a centenas, evoluindo para pápulas, nódulos e ulcerações, que coexistem (Figura 37.9). O comprometimento das mucosas ocorre em 30% dos doentes. Esta forma, descrita em imunodeprimidos, também é encontrada em doentes sem evidências de imunodepressão, provavelmente causada por cepas mais virulentas de L. (V) braziliensis. Uptodate: A doença é considerada leve no cenário de congestão nasal isolada, moderada se houver odinofagia ou disfonia associada e grave se houver desconforto respiratório ou disfonia grave. CL em hospedeiros imunocomprometidos (Uptodate): O controle da infecção intracelular por Leishmania requer uma resposta imune mediada por células dependente de Th1, incluindo células (céls T CD4 e CD8, NK, céls dendríticas, macrófagos) e citocinas (IFN- gamma, TNF-alfa, IL-12). Pcts com condições imunossupressoras apresentam maior risco de leishmaniose cutânea mais grave. Isso inclui pcts em uso de corticosteroides crônicos, moduladores biológicos ou outros meds imunossupressores; receptores de transplante de órgão; pcts grávidas; HIV. A reativação da LT e a disseminação ou progressão para LM foram observadas após o uso crônico de corticosteróide. Também foi observado que aplicação de esteróides tópicos nas lesões de CL leva ao aumento do Nº de amastigotas na biópsia de pele, sugerindo que corticosteróides podem contribuir para a interrupção local da regulação imune. Diagnóstico – medcurso: Exame físico (Uptodate): inclui exame completo da pele e avaliação cuidadosa das narinas anteriores, septo e orofaringe. Palpe ao longo das cadeias linfáticas cefálicas até lesões de nódulos subcutâneos, palpe suavemente a lesão em busca de sensibilidade e endurecimento, e verifique se há aumento dos nódulos linfáticos com drenagem regional. Pode ser útil medir e obter fotos de lesões de pele para avaliar o progresso ao longo do tempo. Encaminhamento a um especialista para exame otorrinolaringológico endoscópico é P 4 Tutoria 4 Patricia Leite – UNIC XXIX razoável para pcts com risco de LM (como aqueles com expo epidemiológica na América do Sul) que apresentam sintomas e/ou sinais de envolvimento mucoso ou que não apresentam sintomas ou sinais, mas é necessário um exame nasofaríngeo completo não é possivel. Exame direto: o raspado da lesão é colocado em uma lâmina e corado pelo Giemsa ou Leishman, para que possam ser observadas as formas amastigotas no interior dos mononucleares. Histopatologia: irá demonstrar um granuloma linfo-histiocitário. Nas lesões recentes, é comum se observar o parasito intracelular; o mesmo não podemos afirmar para as lesões antigas. Quanto menos recente, mais difícil se torna observar o agente. . Cultura: feita no meio NNN (Novy-McNeal-Nicolle), sendo positiva em apenas 40% dos casos. É liberada em algumas semanas. . Sorologia: métodos mais usados são a imunofluorescência indireta e o ELISA. A sensibilidade oscila em torno de 75% e o teste pode ter reação cruzada com outras leishmanioses e com a doença de Chagas. . Teste intradérmico de Montenegro: ao contrário do que dissemos para o calazar, a reação de Montenegro possui um importante valor no diagnóstico da LTA. É feito pela inoculação de 0,1-0,3 ml de uma solução de promastigotas mortas no antebraço. O surgimento de uma pápula > 5 mm de diâmetro indica teste positivo. A sensibilidade é de quase 100% nos imunocompetentes e a especificidade também é alta, considerando-se que pcts curados de LTA mantêm-se Montenegro positivos por tempo indeterminado. Indivíduos imunodeprimidos com LTA podem ter a reação negativa. Tratamento medcurso: Muito parecido com o do calazar. Droga de escolha: antimonial pentavalente, geralmente o de N-metil-glucamina (Glucantime), dose de 15 mg/kg/dia de antimônio (formas cutâneas puras) ou 20 mg/kg/dia (formas cutâneo-mucosas),via IM ou EV (correr lentamente), durante período de 10-30 dias. Outras opções de tto: Anfotericina B 25-50 mg/dia, EV, até completar a dose cumulativa de 1.200-2.000mg do ATB; Pentamidina 4 mg/kg, EV, a cada 2 dias (esta droga é mais eficaz para L. guyanensis). Eletrocirurgia, criocirurgia e cirurgia corretiva podem ser métodos adjuvantes em casos mais graves com destruição nasal. Profilaxia: implica detecção e tto precoce de pcts para impedir ciclos de transmissão. Na leish. domiciliar ou peridomiciliar, é indicado o uso de inseticidas antiflebótomos, bem como outras medidas de proteção como telas e eliminação de reservatórios. Na L.selvática, deve-se usar repelentes, proteger-se com roupas e evitar entrar na selva no final do dia ou à noite. Na L. das florestas, é impossível a eliminação dos reservatórios e dos vetores. A solução seria a vacinação. Diversas vacinas foram empregadas, inclusive uma associação com BCG, com relatos favoráveis *precisa comprovação. Medcurso: Não há vacina ou quimioprofilaxia • Leishmaniose tegumentar difusa – Sampaio e Rivitti síndrome rara que ocorre principalmente no contexto da infecção por L.L. aethiopica, L.L. mexicana e L.L. amazonensis. A leishmaniose tegumentar difusa (LTD), cutânea difusa, cutânea anérgica, foi relatada na África, no Oriente Médio e nas Américas. Na Etiópia, onde é registrado o maior número de casos, o agente responsável é a L. (L) aethiopica, enquanto nas Américas é a L. (L) amazonensis. A maioria dos casos registrados é dos estados do Pará, do Amazonas e do Maranhão. Os reservatórios são roedores e marsupiais e o vetor principal é a L. flaviscutellata. (Uptodate): Começa como uma lesão localizada que não ulcera; ao invés disso, amastigotas se disseminam para macrófagos em outras áreas da pele. Em geral, nódulos ou placas moles se formam na superf dos membros e face extensora, mas todo o corpo pode estar envolvido. Pcts com LTD geralmente apresentam defeito na resposta imune mediada por céls e são alérgicos ao antígeno de Leishmania. LTD em pcts com AIDS envolveu outras espécies, como L. L. major e L.V. guyanensis. . - Clínicas: lesões queloidianas múltiplas (Figura 37.11), infiltração e ulceração na mucosa nasal, não havendo em geral destruição do septo. Ocasionalmente, lesão laringofaringiana. Não há comprometimento visceral, P 5 Tutoria 4 Patricia Leite – UNIC XXIX mesmo em doentes c/ grande Nº de lesões. . - Diagn é fácil: Exame de esfregaço ou histológico revela grande riqueza de formas amastigotas de leishmanias (mas há pouca reação linfocítica). Clínica da LTD ocorre por defeito imunológico genético. Reação de Montenegro e teste de transformação blástica são negativos. . - Tto é difícil, não havendo eficácia absoluta com os antimoniais, anfotericina B ou pentamidina. A LTDnão tem terapia efetiva. A glucamina, a anfotericina B e a pentamidina possibilitam regressão parcial de lesões, com recidiva após suspensão (normalmente refratária ao tto). Há relato de resultados favoráveis pela associa- ção de antimônio com uma vacina de promastigotas de L. (L) mexicana e BCG. Foi reportado um resultado favorável com associação de antimônio e IFN-gama e outro com a miltefosina. • Diagnose diferencial da LCM (Sampaio e Rivitti): - Inclui, em sua forma ulcerada, as úlceras de estase, tropical e da anemia falciforme; sífilis cutânea tardia e a fase tardia resultante de acidente com aranhas do gênero Loxosceles. Lesões mucosas devem ser distinguidas do granuloma mediofacial, rinoscleroma, sífilis cutânea tardia, carcinomas e perfuração septal dos usuários de cocaína. É importante a distinção em relação à paracoccidioidomicose, que apresenta um granulado fino, com pontos hemorrágicos (estomatite moriforme). Quando lesões cutâneas são vegetantes verrucosas, constituem uma das etiologias da síndrome LECT (Leishmaniose, Esporotricose [ocorre mais em jardineiros e agricultores], Cromomicose [Cortadores de madeira sem calçados em florestas tropicais com altas chuvas na América do Sul e Madagascar ou por lesões por farpas e espinhos, que implantam o fungo no tecido subcutâneo] e TB [Hospedeiros imunocomprometi- dos]), situação em que exames complementares passam a ser necessários para esclarecimento da diagnose. Inquérito epidemio é muito importante. História clín e existência de cicatrizes de lesões cutâneas auxiliam na diagnose de lesões isoladas em mucosas (Fig 37.10). Uptodate: Pistas epidemio que podem sugerir leishmaniose cutânea incluem que a maioria dos indivíduos com leish. é saudável, os casos podem se aglomerar (vários indivíduos em um grupo exposto podem ter lesões de pele), alguns pcts lembram pequenas picadas de insetos, exposição geralmente ocorre em áreas rurais ao entardecer durante o dia. Nos meses mais quentes, o risco geralmente é uma viagem ou residência recentes em regiões endêmicas da leishmaniose, e o período de incubação é geralmente de semanas a alguns meses. P 6 Tutoria 4 Patricia Leite – UNIC XXIX OBSERVAÇÕES: Uptodate: Muitas infecções por CL acabam resolvendo clinicamente sem tto, e nem todos os pcts submetidos ao tto demonstram eliminação da infecção parasitária. Os benefícios do tto incluem cicatrização acelerada de lesões de pele, probabilidade reduzida de recorrência, diminuição da gravidade das cicatrizes e risco reduzido de infecção metastática. A cura do CL é lenta e continua após o término do tto. A resposta ao tto é geralmente avaliado pela aparência física. 4 a 6 semanas após o tto, o tamanho da lesão deve diminuir em ~ 2/3, com melhora no edema e inflamação; úlceras devem ser re-epitelizadas, e novas lesões não deve aparecer. Relativamente pouca melhora ou piora durante a terapia sugere uma resposta inadequada e uma abordagem alternativa de tto deve ser planejada imediatamente. Tratamento da LM: O acompanhamento do LM após o tto deve incluir a visualização nasofaríngea e laríngea a cada 3m por 1 ano ou mais na ausência de resolução. A cura é difícil, a menos que a ML seja identificada enquanto leve; objetivos do tto incluem prevenção de morbidade (ex desfiguração) e mortalidade (ex pneumonia aspirativa ou obstrução respiratória); é necessária uma longa duração da terapia e é necessário um acompanhamento próximo da recidiva. Antes do início da terapia, um otorrinolaringologista deve realizar um exame completo da mucosa naso orofaríngea e laríngea para avaliar a extensão e a gravidade clínica da doença da mucosa.