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Direito Previdenciario

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Direito Previdenciário – Legislação Esquematizada 
 
www.quebrandoquestoes.com 
2 
 
Sumário 
 
DIREITO PREVIDENCIÁRIO ....................................................................................................... 3 
LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA NA CF/88 ........................................................................... 3 
LEI Nº 8.213, DE 24 DE JULHO DE 1991 .............................................................................. 20 
LEI Nº 8.212, DE 24 DE JULHO DE 1991 .............................................................................. 84 
LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA NO CP ........................................................................... 123 
DECRETO N° 3.048, DE 6 DE MAIO DE 1999. ................................................................... 127 
LEI Nº 7.070, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1982. .................................................................. 297 
LEI Nº 7.986, DE 28 DE DEZEMBRO DE 1989. .................................................................. 299 
LEI Nº 8.059, DE 4 DE JULHO DE 1990. ............................................................................. 301 
LEI Nº 9.717, DE 27 DE NOVEMBRO DE 1998................................................................... 305 
LEI Nº 9.422, DE 24 DE DEZEMBRO DE 1996. .................................................................. 309 
LEI Nº 9.425, DE 24 DE DEZEMBRO DE 1996. .................................................................. 310 
LEI Nº 10.559, DE 13 DE NOVEMBRO DE 2002................................................................. 311 
LEI Nº 11.520, DE 18 DE SETEMBRO DE 2007. ................................................................ 317 
LEI Nº 12.618, DE 30 DE ABRIL DE 2012 ........................................................................... 319 
LEI Nº 13.985, DE 7 DE ABRIL DE 2020 ............................................................................. 329 
LEI Nº 10.779, DE 25 DE NOVEMBRO DE 2003................................................................. 331 
DECRETO Nº 8.424, DE 31 DE MARÇO DE 2015 .............................................................. 335 
LEI Nº 9.796, DE 5 DE MAIO DE 1999. ............................................................................... 340 
DECRETO Nº 10.188, DE 20 DE DEZEMBRO DE 2019 ..................................................... 344 
LEI COMPLEMENTAR Nº 142, DE 8 DE MAIO DE 2013 .................................................... 352 
LEI COMPLEMENTAR Nº 108, DE 29 DE MAIO DE 2001 .................................................. 354 
LEI COMPLEMENTAR Nº 109, DE 29 DE MAIO DE 2001 .................................................. 360 
LEI ORGÂNICA DA ASSISTÊNCIA SOCIAL - LOAS ............................................................ 377 
LEI Nº 8.742, DE 7 DE DEZEMBRO DE 1993 ..................................................................... 377 
DECRETO Nº 6.214, DE 26 DE SETEMBRO DE 2007. ...................................................... 397 
SÚMULAS PREVIDENCIÁRIAS ............................................................................................. 411 
 
 
 
 
 
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Legislação Previdenciária na CF/88 – Legislação Esquematizada 
 
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3 
DIREITO PREVIDENCIÁRIO 
 
LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA NA CF/88 
 
Fontes 
Primárias Secundárias 
CF/88; 
Emendas Constitucionais; 
Leis Delegadas; 
Leis ordinárias e Complementares; 
Decretos Legislativos; 
Medidas Provisórias; 
Resoluções do Senado; 
Decretos; 
Regulamentos; 
Portarias; 
Ordens de serviço; 
Instruções Normativas; 
Orientações normativas; 
Circulares. 
 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL 
 
TÍTULO III - DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO 
 
CAPÍTULO II - DA UNIÃO 
 
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: 
 
XXIII - seguridade social; 
 
Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das 
matérias relacionadas neste artigo. 
 
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: 
 
XII - previdência social, proteção e defesa da saúde; 
 
Competências – Não Confundir 
União Legisla Privativamente U/E/DF Legislam Concorrentemente 
Seguridade Social Previdência Social, proteção e defesa da Saúde 
 
§ 1º No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais. 
 
§ 2º A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos 
Estados. 
 
§ 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para 
atender a suas peculiaridades. 
 
§ 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for 
contrário. 
 
TÍTULO VIII - DA ORDEM SOCIAL 
 
CAPÍTULO I - DISPOSIÇÃO GERAL 
 
Art. 193. A ordem social tem como base o primado do trabalho, e como objetivo o bem-estar e a justiça 
sociais. 
 
Ordem Social 
Base Objetivos 
Primado do Trabalho Bem-estar e a justiça social 
 
CAPÍTULO II - DA SEGURIDADE SOCIAL 
 
Origem e Evolução 
 
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Legislação Previdenciária na CF/88 – Legislação Esquematizada 
 
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4 
As CAPs (Caixas de Aposentadorias e Pensões), constituídas pela Lei Eloy Chaves, foram a primeira 
modalidade de seguro de saúde do Brasil, sendo estruturadas pelas empresas e trabalhadores. 
 
Com regulamentação através da Lei Eloy Chaves, as Caixas de Aposentadorias e Pensões (CAPs) concedia 
benefícios pecuniários, nas modalidades de aposentadorias e pensões, bem como na prestação de serviços 
do tipo de consultas médicas e fornecimento de medicamentos, se constituíram em embrião do Seguro 
Social, correspondendo ao primeiro período da história da Previdência brasileira. 
 
As CAPs possuíam natureza privada, tendo que cada empresa criar a sua CAP. A contribuição das CAPs 
era feita pelo empregado e o empregador. 
 
Após a edição da Lei Eloy Chaves, diversas categorias de trabalhadores buscaram a proteção social que 
aquela legislação garantiu, o que provocou a expansão dos direitos protetivos pelo país. 
 
Apesar de não ser a primeira norma a tratar de seguridade social, a Lei Eloy Chaves (Decreto Legislativo n. 
o 4.682/1923) é considerada pela doutrina majoritária o marco inicial da previdência social brasileira. 
A Lei 8689/93, de 27 de julho de 1993, que entrou em vigor na data de sua publicação, dispõe sobre a 
extinção do Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS) e dá outras 
providências. 
 
O INAMPS foi extinto em 1993, pela Lei nº 8.689, e suas competências transferidas às instâncias federal, 
estadual e municipal gestoras do Sistema Único de Saúde (SUS), criado pela Constituição de 1988, que 
consagrou o direito universal à saúde e a unificação/descentralização para os estados e municípios da 
responsabilidade pela gestão dos serviços de saúde.¹ 
Em 1977, foi criado o Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (Inamps), que passou a 
fazer parte do Sistema Nacional de Previdência e Assistência Social, juntamente com o Instituto Nacional de 
Previdência Social (INPS) e outras instituições. 
 
A assistência em saúde era destinada aos trabalhadores com carteira assinada inseridos no mercado formal 
de trabalho. 
Ordem Histórica de Evolução da Seguridade e Previdência Social no Brasil 
1824: A CF/1824 foi a primeira a tratar sobre a seguridade social, instituindo as Casas de Socorros Públicos. 
 
1853: Origem, no âmbito da previdência, do Montepio Geral dos Servidores do Estado, sendo privado; 
 
1891: A Constituição de 1891 foi a primeira a conter a expressão aposentadoria, benefício esse que era 
concedido apenas aos funcionários públicos, em caso de invalidez. 
 
1911: Criação das Caixas de Pensões dos Operários da Casa da Moeda; 
 
1923: Criação das Caixas de Aposentadoria e Pensões (CAPs) por meioda Lei Eloy Chaves, que foi um 
marco na legislação previdenciária no Brasil, para os ferroviários. (Implantação da Previdência Social no 
Brasil). 
 
1933: CAPs são unificadas, sendo criado os Institutos de Aposentadorias e Pensões (IAPs). 
 
1934: A CF/1934 estabeleceu que as fontes de custeio da previdência seriam feitas pelo: Poder Público, 
Trabalhadores e Empresas (Tríplice Fonte de Custeio). 
 
1937: A CF/37 utilizou a expressão Seguro Social pela primeira vez. 
 
1946: A CF/46 foi a primeira a inserir o termo “Previdência Social” no lugar de Seguro Social; 
 
1960: Criação da Lei Orgânica da Previdência Social (LOPS) e unificação da legislação securitária. A Lei n.º 
3.807/1960, conhecida como Lei Orgânica da Previdência Social, notabilizou-se por ter uniformizado a 
legislação previdenciária dos diversos institutos de aposentadoria e pensão. 
 
1965: Inserção de EC na CF/46 estabelecendo a proibição de prestação de benefício sem a fonte de 
custeio; 
 
1966/67: Unificação dos IAPs com a origem do Instituto Nacional de Previdência Social (INPS). Criação do 
 
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5 
Seguro-desemprego. Entre outras competências cabia ao Instituto Nacional de Previdência Social (INPS), 
como entidade do SINPAS, a concessão e manutenção de benefícios e outras prestações em dinheiro, 
inclusive aquelas que estavam a cargo do Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural (Funrural). 
 
1977: Constituição do Sistema Nacional de Previdência e Assistência Social (SINPAS) que era composto 
pelo: INPS, IAPAS, INAMPS, LBA, FUNABEM, DATAPREV e CEME. Dentre os órgãos que compunham sua 
gestão originária, somente está em atividade a DATAPREV – Empresa de Processamento de Dados da 
Previdência Social. 
 
1977: Criação do INAMPS: Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social. O Instituto 
Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS), autarquia federal, foi criado em 1977, pela 
Lei nº 6.439, que instituiu o Sistema Nacional de Previdência e Assistência Social (Sinpas), definindo um 
novo desenho institucional para o sistema previdenciário, voltado para a especialização e integração de suas 
diferentes atividades e instituições² 
 
1988: A primeira constituição a ter o nome “Seguridade Social” foi a de 1988. 
 
1990: Fusão do IAPAS + INPS, por meio da Lei 8.029/90, criando-se, assim, o Instituto Nacional do Seguro 
Social (INSS); 
 
1993: Extinção do INAMPS por meio da Lei 8.689/93. 
Fonte¹: http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-tematico/instituto-nacional-de-assistencia-medica-da-previdencia-social-
inamps 
Fonte: http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-tematico/instituto-nacional-de-assistencia-medica-da-previdencia-social-
inamps 
 
Marco Originário Mundial da Previdência Marcos Constitucionais Previdenciários 
Origem: Alemanha; 
Lei dos Seguros Sociais (1883) – Instituição do 
Seguro doença. 
 
Otto Von Bismarck. 
Constituição do México (1917); 
 
Constituição da Alemanha (1919); 
 
A Constituição Mexicana de 1917 e a Constituição de 
Weimar de 1919, ao constitucionalizar um 
conjunto de direitos sociais, colocando-os no 
mesmo plano dos direitos civis, marcaram o início 
da fase de consolidação da seguridade social. 
 
Modelo de Contribuição 
Os direitos da seguridade social, seja no modelo bismarckiano, seja no modelo beveridgiano, têm como 
parâmetro histórico central os direitos do trabalho. 
Bismarckiano Beveridgiano 
Apenas as pessoas que contribuem é que possuem 
o direito de usufruir dos benefícios. 
 
O Plano Bismarckiano restringiu as despesas com a 
proteção social, limitando o financiamento da 
previdência social a contribuição de empregados e 
empregadores. 
O modelo beveridgiano amplia o seguro social para o 
maior número de riscos e alarga as fontes de 
financiamento da seguridade social para além da 
folha de pagamento, incluindo os impostos. 
 
É a partir do relatório de Beveridge, durante a 
Segunda Guerra Mundial, que a seguridade social 
ganha popularidade e rompe com a lógica do seguro 
de natureza contributiva. 
 
Emendas Constitucionais que Alteraram a Previdência 
EC 20/98, ao restringir a concessão do salário-família e do auxílio-reclusão aos dependentes dos segurados 
de baixa renda, tornou efetivo o princípio da seletividade e distributividade na prestação dos benefícios. 
 
A Emenda Constitucional nº 20, de 15 de dezembro de 1998, tem entre suas principais mudanças o 
estabelecimento da aposentadoria por tempo de contribuição e não mais por tempo de serviço, exigindo-se, 
assim, trinta e cinco anos de contribuição do homem, e trinta, da mulher; 
 
O fator previdenciário – uma fórmula matemática aplicada sobre o salário para definir o valor do benefício 
que leva em conta a idade do trabalhador, além do tempo de contribuição, foi uma regra implantada a partir 
 
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http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-tematico/instituto-nacional-de-assistencia-medica-da-previdencia-social-inamps
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da Emenda Constitucional nº 20/98 para desestimular a aposentadoria precoce; 
 
A Emenda Constitucional 20/98 erigiu o equilíbrio financeiro e atuarial à condição de princípio básico do 
sistema previdenciário, devendo o Poder Público se atentar sempre para a relação entre custeio e 
pagamento de benefícios, a fim de manter o sistema em condições superavitárias. 
 
A reforma trazida pela Emenda Constitucional nº 41/03, trouxe o fim da aposentadoria com proventos 
integrais para os servidores que ingressaram no serviço público após o advento dessa Emenda; 
 
A EC nº 41/03. Instituiu a contribuição sobre os proventos de aposentadorias e pensões concedidas pelo 
regime próprio de previdência do servidores públicos que superem o limite máximo estabelecido para os 
benefícios do regime geral de previdência social. 
 
A EC nº 41/03. Instituiu o abono permanência para o servidor que completado as exigências para 
aposentadoria voluntária opte por permanecer em atividade. 
 
A Emenda Constitucional n. 47/2005 trouxe como novidade para a Previdência Social instituição do Sistema 
Especial de Inclusão Previdenciária. 
 
A Emenda Constitucional n. 47/2005 Vedou a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a 
concessão de aposentadoria aos beneficiários do regime geral de previdência social, ressalvados os casos 
de atividades exercidas sob condições especiais, nos termos definidos em lei complementar. 
 
A Emenda Constitucional nº 70/12 estabeleceu critérios para o cálculo e a correção dos proventos da 
aposentadoria por invalidez dos servidores públicos que ingressaram no serviço público até a data da 
publicação daquela Emenda Constitucional; 
 
Seção I - DISPOSIÇÕES GERAIS 
 
Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos 
e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social. 
 
Seguridade Social 
Conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar 
os direitos relativos à Previdência, à Assistência Social e à Saúde. 
 
A seguridade social incorporada à Constituição Federal de 1988 caracteriza-se como um sistema híbrido 
que conjuga direitos dependentes do trabalho (Previdência Social), direitos de caráter universal (Saúde) 
e direitos seletivos (Assistência Social). 
 
A seguridade social nos moldes como é atualmente conhecidaé fruto da evolução legislativa quanto à 
garantia dos direitos sociais no Brasil e foi introduzida no ordenamento jurídico pátrio pela Constituição 
Federal de 1988. 
Previdência Social 
(- Universal) 
Organizada sob a forma do Regime Geral de Previdência Social, de caráter 
contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o 
equilíbrio financeiro e atuarial. 
Assistência Social 
(+ Universal) 
A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de 
contribuição à seguridade social. 
Saúde 
(+ Universal) 
Direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e 
econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao 
acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e 
recuperação. 
Mnemônico: PAS. 
 
Seguridade Social 
Previdência Social Assistência Social Saúde 
Contribui Não Contribui Não Contribui 
 
Parágrafo único. Compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a seguridade social, com base nos 
seguintes objetivos: 
 
 
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7 
I - universalidade da cobertura e do atendimento; 
 
II - uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais; 
 
III - seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços; 
 
IV - irredutibilidade do valor dos benefícios; 
 
V - equidade na forma de participação no custeio; 
 
VI - diversidade da base de financiamento, identificando-se, em rubricas contábeis específicas para cada área, 
as receitas e as despesas vinculadas a ações de saúde, previdência e assistência social, preservado o caráter 
contributivo da previdência social; 
 
VII - caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão quadripartite, com participação 
dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos órgãos colegiados. 
 
Atenção! 
Gestão da Seguridade - Quadripartite Custeio da Seguridade - Tripartite 
1. Trabalhadores; 
2. Empregadores; 
3.Governo; 
4. Aposentados. 
1. Trabalhadores; 
2.Empresas; 
3. Governo. 
 
Não Confundir! 
Lei 8.212 
Art. 1º Parágrafo único. A Seguridade Social obedecerá aos seguintes princípios e 
diretrizes: 
 
c) seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços; 
Lei 8.213 
Art. 2º A Previdência Social rege-se pelos seguintes princípios e objetivos: 
 
III - seletividade e distributividade na prestação dos benefícios; 
 
Universalidade da Cobertura e do Atendimento 
Universalidade da Cobertura 
Consiste nos riscos sociais que receberão cobertura pela seguridade social, dentro dos seus limites; 
Dimensão Objetiva. 
Ex: Aposentadoria, Invalidez, Doença, Velhice. 
Universalidade do Atendimento 
Consiste nas pessoas que são amparadas pelo sistema de seguridade social, sendo um dever deste ser 
acessível a todos que necessitem. 
Dimensão Subjetiva. 
 
Princípio da Uniformidade e Equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais 
Em relação a Uniformidade, os benefícios e serviços serão os mesmos para as populações urbanas e 
rurais. 
A equivalência refere-se à proporcionalidade que deve existir entre os benefícios e serviços prestados às 
populações rurais e urbanas. 
 
O princípio da equivalência de benefícios e serviços para as populações rurais e urbanas assegura uma 
identidade nos eventos sujeitos a cobertura, não impedindo que sejam estabelecidas regras distintas para o 
custeio. 
 
Princípio da Seletividade e Distributividade na prestação dos benefícios e serviços 
Princípio da Seletividade 
Busca selecionar os riscos sociais que necessitam de proteção, fixando quais serão amparados pela 
Seguridade Social. 
É um princípio que limita a universalidade da seguridade social, pois esta não possui recursos ilimitados. 
Princípio da Distributividade 
Consiste na distribuição dos benefícios conforme a necessidade do indivíduo, desde que estes tenham 
preenchido os requisitos estabelecidos na legislação. 
 
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Princípio da Irredutibilidade do Valor dos Benefícios 
Procura preservar o valor real do benefício, garantindo que não seja reduzido pela inflação, sendo assim, 
conservado o poder aquisitivo inicial. 
 
Princípio da Equidade na Forma de Participação no Custeio 
Estabelece que as pessoas físicas ou jurídicas (contribuintes) deverão custear o sistema de Seguridade 
Social proporcionalmente a sua capacidade econômica. 
 
Princípio da Diversidade da Base de Financiamento 
Estabelece que a Seguridade Social deverá possuir diversas fontes para o seu custeio para que não ocorra 
a implosão do seu sistema, quando algumas fontes estiverem em crise, não comprometendo, assim, a sua 
arrecadação. 
 
O princípio da diversidade da base de financiamento é imprescindível para a manutenção da saúde 
financeira e atuarial do sistema de seguridade social, uma vez que reduz o risco de desequilíbrio do 
orçamento direto e indireto desse sistema. 
 
Princípio da Solidariedade 
Do princípio da solidariedade, em que se baseia a Previdência Social, é possível se extrair a ideia de que 
o dever dos membros da coletividade quanto ao recolhimento das contribuições sociais não exige que haja 
uma necessária contrapartida em prestações previdenciárias. 
 
Estabelece a adoção do sistema de repartição, da filiação obrigatória à previdência social e que possibilita a 
concessão de benefícios sem a imposição de carência. 
 
O princípio securitário da solidariedade revela o verdadeiro espírito da previdência social de proteção à 
coletividade e justifica a compulsoriedade do sistema previdenciário. 
 
Embora não conste expressamente no título que trata da ordem social na Constituição Federal, o princípio 
da solidariedade é postulado fundamental para a compreensão do regime financeiro da previdência social 
brasileira, representado de maneira evidente pelo pacto das gerações, característica dos sistemas de 
repartição. 
 
A solidariedade é a justificativa elementar para a compulsoriedade do sistema previdenciário, pois os 
trabalhadores são coagidos a contribuir em razão da cotização individual ser necessária para a 
manutenção de toda a rede protetiva, e não para a tutela do indivíduo, isoladamente considerado. 
 
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da 
lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios, e das seguintes contribuições sociais: 
 
I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre: 
 
a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física 
que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício; 
 
b) a receita ou o faturamento; 
 
c) o lucro; 
 
II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, podendo ser adotadas alíquotas progressivas 
de acordo com o valor do salário de contribuição, não incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão 
concedidas pelo Regime Geral de Previdência Social; 
 
III - sobre a receita de concursos de prognósticos. (Sorteios de números, Loterias e Apostas) 
 
IV - do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar. 
 
 
 
 
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Financiamento da Seguridade Social 
* Toda sociedade, direta ou indiretamente, mediante recursos provenientes dos orçamentos da U/E/DF/M. 
 
* Contribuições Sociais do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada sobre: 
 - Folha de salários e rendimentos do trabalho pagos à pessoa física, mesmo sem vínculo empregatício. 
 - Receita ou o faturamento;- Lucro. 
 
* Trabalhador e demais segurados da previdência em alíquotas progressivas conforme o valor da 
contribuição, não incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão do RGPS. 
 
* Receita de concursos de prognósticos; (Sorteios de números, Loterias e Apostas) 
 
* Importador de bens ou serviços do exterior. 
 
Atenção! 
Contribuição Direta Contribuição Indireta 
Sociedade. Orçamentos dos Entes Públicos (U/E/DF/M). 
 
§ 1º - As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinadas à seguridade social constarão dos 
respectivos orçamentos, não integrando o orçamento da União. 
 
§ 2º A proposta de orçamento da seguridade social será elaborada de forma integrada pelos órgãos responsáveis 
pela saúde, previdência social e assistência social, tendo em vista as metas e prioridades estabelecidas na lei de 
diretrizes orçamentárias, assegurada a cada área a gestão de seus recursos. 
 
§ 3º A pessoa jurídica em débito com o sistema da seguridade social, como estabelecido em lei, não poderá 
contratar com o Poder Público nem dele receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios. 
 
§ 4º A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou expansão da seguridade social, 
obedecido o disposto no art. 154, I. 
 
Fontes de Custeio da Seguridade Social 
Criar Novas Fontes Majorar ou modificar Fontes Existentes 
Lei Complementar. Lei Ordinária. 
 
§ 5º Nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado, majorado ou estendido sem a 
correspondente fonte de custeio total. (Princípio da Precedência da Fonte de Custeio ou da Contrapartida) 
 
Princípio da Precedência da Fonte de Custeio ou da Contrapartida 
Estabelece que nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado, majorado ou 
estendido sem a correspondente fonte de custeio total. 
 
STF/RE 583.687 
O STF tem posicionamento no sentido de que o princípio da contrapartida não se aplica à previdência 
privada. 
 
§ 6º As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser exigidas após decorridos noventa dias 
da data da publicação da lei que as houver instituído ou modificado, não se lhes aplicando o disposto no art. 
150, III, “b”. (Princípio da Anterioridade Nonagesimal ou da Noventena) 
 
Prazo para Aplicação – Não se Confundir 
Contribuição Social Cobrança de Tributos 
Aplica-se o princípio da noventena, que é aquele 
em que as contribuições sociais criadas ou 
modificadas só poderão ser exigidas após 
noventa dias da data da publicação da lei. 
Aplica-se o princípio da anterioridade, que é 
aquele em que estabelece que o tributo criado ou 
aumentado só poderá ser cobrado no próximo 
exercício financeiro. 
 
Aplica-se o princípio da noventena. 
 
 
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Legislação Previdenciária na CF/88 – Legislação Esquematizada 
 
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10 
CF/88. Art. 195. § 6º As contribuições sociais de 
que trata este artigo só poderão ser exigidas após 
decorridos noventa dias da data da publicação 
da lei que as houver instituído ou modificado, não 
se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, "b". 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias 
asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos 
Estados,ao Distrito Federal e aos Municípios 
 
III. cobrar tributos: 
 
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido 
publicada a lei que os instituiu ou aumentou; 
 
c) antes de decorridos noventa dias da data em 
que haja sido publicada a lei que os instituiu ou 
aumentou, observado o disposto na alínea b; 
 
§ 7º São isentas de contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes de assistência social que 
atendam às exigências estabelecidas em lei. 
 
Atenção! 
Conforme a doutrina e jurisprudência, o termo “isentas” foi utilizado, incorretamente, pelo constituinte, pois, 
o Art. 195 § 7º não se trata de uma isenção, mas de uma típica imunidade. 
 
Isenção Tributária x Imunidade Tributária 
Isenção Tributária Imunidade Tributária 
São criadas por lei. Possuem previsão constitucional. 
 
§ 8º O produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rurais e o pescador artesanal, bem como os 
respectivos cônjuges, que exerçam suas atividades em regime de economia familiar, sem empregados 
permanentes, contribuirão para a seguridade social mediante a aplicação de uma alíquota sobre o resultado da 
comercialização da produção e farão jus aos benefícios nos termos da lei. 
 
§ 9º As contribuições sociais previstas no inciso I (empresa, empregador ou equiparado) do caput deste artigo 
poderão ter alíquotas diferenciadas em razão da atividade econômica, da utilização intensiva de mão de 
obra, do porte da empresa ou da condição estrutural do mercado de trabalho, sendo também autorizada a 
adoção de bases de cálculo diferenciadas apenas no caso das alíneas "b" (receita ou faturamento) e "c" (lucro) 
do inciso I do caput. 
 
Alíquotas Diferenciadas – Contribuições Sociais 
Antes da EC 103/19 Após a EC 103/19 
CF/88. Art. 195 § 9º As contribuições sociais 
previstas no inciso I do caput deste artigo poderão ter 
alíquotas ou bases de cálculo diferenciadas, em 
razão da atividade econômica, da utilização intensiva 
de mão-de-obra, do porte da empresa ou da 
condição estrutural do mercado de trabalho. 
CF/88. Art. 195. § 9º As contribuições sociais 
previstas no inciso I (empresa, empregador ou 
equiparado) do caput deste artigo poderão ter 
alíquotas diferenciadas em razão da atividade 
econômica, da utilização intensiva de mão de 
obra, do porte da empresa ou da condição 
estrutural do mercado de trabalho, sendo também 
autorizada a adoção de bases de cálculo 
diferenciadas apenas no caso das alíneas "b" 
(receita ou faturamento) e "c" (lucro) do inciso I do 
caput. 
 
§ 10. A lei definirá os critérios de transferência de recursos para o sistema único de saúde e ações de assistência 
social da União para os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, e dos Estados para os Municípios, observada 
a respectiva contrapartida de recursos. 
 
§ 11. São vedados a moratória e o parcelamento em prazo superior a 60 (sessenta) meses e, na forma de lei 
complementar, a remissão e a anistia das contribuições sociais de que tratam a alínea "a" do inciso I 
(contribuição social da empresa ou empregador sobre folha de salários e demais rendimentos) e o inciso II 
(contribuição social do trabalhador e demais segurados) do caput. 
 
§ 12. A lei definirá os setores de atividade econômica para os quais as contribuições incidentes na forma dos 
incisos I, b (receita ou faturamento); e IV (importador de bens ou serviços) do caput, serão não-cumulativas. 
 
 
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§ 14. O segurado somente terá reconhecida como tempo de contribuição ao Regime Geral de Previdência 
Social a competência cuja contribuição seja igual ou superior à contribuição mínima mensal exigida para sua 
categoria, assegurado o agrupamento de contribuições. 
 
STF/RE 413.405 
1. É pacífica a jurisprudência desta Corte de que não há direito adquirido a regime jurídico, inclusive o 
previdenciário, aplicando-se à aposentadoria a norma vigente à época do preenchimento dos requisitos 
para a sua concessão. 
2. In casu, acertada a decisão agravada ao reformar o acórdão recorrido, o qual afirmava a irretroatividade 
da norma constitucional, visto que tal entendimento é dissonante do que tem afirmado este Tribunal. 
 
STF/RE 138.284 
As contribuições do art. 195, I, II, III, da Constituição, NÃO exigem, para a sua instituição, lei 
complementar. Apenas a contribuição do parag. 4º do mesmo art. 195 é que exige, para a sua instituição, 
lei complementar, dado que essa instituição deverá observar a técnica da competência residual da União 
(CF art. 195, parag. 4º.; CF art.154, I). 
 
Seção II - DA SAÚDE 
 
Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que 
visemà redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e 
serviços para sua promoção, proteção e recuperação. 
 
STF/AI 822.882 MG 
A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal é firme no sentido de que, apesar do caráter meramente 
programático atribuído ao art. 196 da Constituição Federal, o Estado não pode se eximir do dever de 
propiciar os meios necessários ao gozo do direito à saúde dos cidadãos. O fornecimento gratuito de 
tratamentos e medicamentos necessários à saúde de pessoas hipossuficientes é obrigação solidária de 
todos os entes federativos, podendo ser pleiteado de qualquer deles, União, Estados, Distrito Federal ou 
Municípios. Agravo regimental a que se nega provimento. 
 
Art. 197. São de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao Poder Público dispor, nos termos 
da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita diretamente ou 
através de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado. 
 
STF/RE 580.264 
A saúde é direito fundamental de todos e dever do Estado (arts. 6º e 196 da CF). Dever que é cumprido 
por meio de ações e serviços que, em face de sua prestação pelo Estado mesmo, se definem como de 
natureza pública (art. 197 da Lei das leis). A prestação de ações e serviços de saúde por sociedades de 
economia mista corresponde à própria atuação do Estado, desde que a empresa estatal não tenha por 
finalidade a obtenção de lucro. 
 
Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem 
um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes: 
 
I - descentralização, com direção única em cada esfera de governo; 
 
II - atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais; 
 
III - participação da comunidade. 
 
§ 1º O sistema único de saúde será financiado, nos termos do art. 195, com recursos do orçamento da 
seguridade social, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, além de outras fontes. 
(Parágrafo único renumerado para § 1º pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000) 
 
§ 2º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios aplicarão, anualmente, em ações e serviços 
públicos de saúde recursos mínimos derivados da aplicação de percentuais calculados sobre: 
 
I - no caso da União, a receita corrente líquida do respectivo exercício financeiro, não podendo ser inferior a 
15% (quinze por cento); 
 
 
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12 
II – no caso dos Estados e do Distrito Federal, o produto da arrecadação dos impostos a que se refere o art. 
155 e dos recursos de que tratam os arts. 157 e 159, inciso I, alínea a, e inciso II, deduzidas as parcelas que 
forem transferidas aos respectivos Municípios; 
 
III – no caso dos Municípios e do Distrito Federal, o produto da arrecadação dos impostos a que se refere o 
art. 156 e dos recursos de que tratam os arts. 158 e 159, inciso I, alínea b e § 3º. 
 
Porcentagens – Ordem Social 
Ações e Serviços Públicos de Saúde 
No mínimo, 15% da Receita Corrente Líquida da 
União. 
Programa de Apoio à Inclusão e Promoção Social 
dos Estados e Municípios 
Até 5% da receita tributária líquida. 
Manutenção e Desenvolvimento do Ensino 
União: No mínimo 18% por ano; 
Estados e DF: No mínimo 25% por ano. 
Fundo de Fomento à Cultura pelos Estados e DF Até 0,5% da receita tributária líquida. 
 
§ 3º Lei complementar, que será reavaliada pelo menos a cada cinco anos, estabelecerá: 
 
I - os percentuais de que tratam os incisos II e III do § 2º; 
 
II – os critérios de rateio dos recursos da União vinculados à saúde destinados aos Estados, ao Distrito Federal e 
aos Municípios, e dos Estados destinados a seus respectivos Municípios, objetivando a progressiva redução das 
disparidades regionais; 
 
III – as normas de fiscalização, avaliação e controle das despesas com saúde nas esferas federal, estadual, 
distrital e municipal; 
 
IV - (revogado). 
 
§ 4º Os gestores locais do sistema único de saúde poderão admitir agentes comunitários de saúde e agentes 
de combate às endemias por meio de processo seletivo público, de acordo com a natureza e complexidade de 
suas atribuições e requisitos específicos para sua atuação. 
 
§ 5º Lei federal disporá sobre o regime jurídico, o piso salarial profissional nacional, as diretrizes para os 
Planos de Carreira e a regulamentação das atividades de agente comunitário de saúde e agente de combate 
às endemias, competindo à União, nos termos da lei, prestar assistência financeira complementar aos 
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, para o cumprimento do referido piso salarial. 
 
§ 6º Além das hipóteses previstas no § 1º do art. 41 e no § 4º do art. 169 da Constituição Federal, o servidor que 
exerça funções equivalentes às de agente comunitário de saúde ou de agente de combate às endemias poderá 
perder o cargo em caso de descumprimento dos requisitos específicos, fixados em lei, para o seu exercício. 
 
 
§ 7º O vencimento dos agentes comunitários de saúde e dos agentes de combate às endemias fica sob 
responsabilidade da União, e cabe aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer, além de 
outros consectários e vantagens, incentivos, auxílios, gratificações e indenizações, a fim de valorizar o trabalho 
desses profissionais. (EC 120/22) 
 
§ 8º Os recursos destinados ao pagamento do vencimento dos agentes comunitários de saúde e dos agentes de 
combate às endemias serão consignados no orçamento geral da União com dotação própria e exclusiva. (EC 
120/22) 
 
§ 9º O vencimento dos agentes comunitários de saúde e dos agentes de combate às endemias não será inferior 
a 2 salários mínimos, repassados pela União aos Municípios, aos Estados e ao Distrito Federal. (EC 120/22) 
 
§ 10. Os agentes comunitários de saúde e os agentes de combate às endemias terão também, em razão dos 
riscos inerentes às funções desempenhadas, aposentadoria especial e, somado aos seus vencimentos, 
adicional de insalubridade. (EC 120/22) 
 
§ 11. Os recursos financeiros repassados pela União aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios para 
pagamento do vencimento ou de qualquer outra vantagem dos agentes comunitários de saúde e dos agentes de 
 
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combate às endemias não serão objeto de inclusão no cálculo para fins do limite de despesa com pessoal. (EC 
120/22) 
 
§ 12. Lei federal instituirá pisos salariais profissionais nacionais para o enfermeiro, o técnico de enfermagem, o 
auxiliar de enfermagem e a parteira, a serem observados por pessoas jurídicas de direito público e de direito 
privado. (EC 124/22) 
 
§ 13. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, até o final do exercício financeiro em que for 
publicada a lei de que trata o § 12 deste artigo, adequarão a remuneração dos cargos ou dos respectivos planos 
de carreiras, quando houver, de modo a atender aos pisos estabelecidos para cada categoria profissional. (EC 
124/22) 
 
Art. 199. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada. 
 
§ 1º As instituições privadas poderão participar de forma complementar do sistema único de saúde, segundo 
diretrizes deste, mediante contrato de direito público ou convênio, tendo preferência as entidades 
filantrópicas e as sem fins lucrativos. 
 
§ 2º É vedada a destinação de recursos públicos para auxílios ou subvenções às instituições privadas com fins 
lucrativos. 
 
§ 3º - É vedada a participação direta ou indireta de empresas ou capitais estrangeiros na assistência à saúde 
no País, salvo nos casos previstos em lei. 
 
§ 4º A lei disporá sobre as condições e os requisitos que facilitem a remoção de órgãos, tecidos e 
substâncias humanas para fins de transplante, pesquisa e tratamento,bem como a coleta, processamento e 
transfusão de sangue e seus derivados, sendo vedado todo tipo de comercialização. 
 
STF/RE 581.488 
É constitucional a regra que veda, no âmbito do Sistema Único de Saúde, a internação em 
acomodações superiores, bem como o atendimento diferenciado por médico do próprio Sistema 
Único de Saúde, ou por médico conveniado, mediante o pagamento da diferença dos valores 
correspondentes. 
STJ/REsp 1.388.822 
Considerando que o funcionamento do SUS é de responsabilidade solidária da União, do Estados e dos 
Municípios, é de se concluir que qualquer um destes entes tem legitimidade ad causam para figurar no 
polo passivo de quaisquer demandas que envolvam tal sistema, inclusive as relacionadas à indenizatória 
por erro médico ocorrido em hospitais privados conveniados. 
 
Art. 200. Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos termos da lei: 
 
I - controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse para a saúde e participar da 
produção de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos, hemoderivados e outros insumos; 
 
II - executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde do trabalhador; 
 
III - ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde; 
 
IV - participar da formulação da política e da execução das ações de saneamento básico; 
 
V - incrementar, em sua área de atuação, o desenvolvimento científico e tecnológico e a inovação; (Redação 
dada pela Emenda Constitucional nº 85, de 2015) 
 
VI - fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor nutricional, bem como bebidas e 
águas para consumo humano; 
 
VII - participar do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de substâncias e 
produtos psicoativos, tóxicos e radioativos; 
 
VIII - colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho. 
 
 
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STJ/REsp 1.655.043/RJ 
1. Hipótese em que o Tribunal local consignou: " Como cediço, a saúde é direito de todos e dever do 
Estado. Trata-se de garantia inerente à saúde e à vida, as quais estão intrinsecamente ligadas ao 
princípio da dignidade da pessoa humana, um dos fundamentos basilares de nossa República. Com 
efeito, os artigos 196 e 198 de nossa Lei Maior asseguram aos necessitados o fornecimento gratuito de 
medicamentos/exames indispensáveis ao tratamento de sua saúde, de responsabilidade solidária da União, 
dos Estados, Distrito Federal e Municípios (...) Pontue-se que a parte autora logrou comprovar a 
necessidade dos medicamentos, consoante se extrai do laudo e do receituário médico acostados nos 
indexadores 14/16. [...] (Fl. 548) Acrescente-se que a existência de alternativas terapêuticas não afasta do 
ente público a responsabilidade pelo fornecimento dos medicamentos postulados, se essenciais ao 
tratamento indicado." 
 
STJ/REsp 1.657.156 RJ 
A concessão dos medicamentos não incorporados em atos normativos do SUS exige a presença 
cumulativa dos seguintes requisitos: 
(i) Comprovação, por meio de laudo médico fundamentado e circunstanciado expedido por médico que 
assiste o paciente, da imprescindibilidade ou necessidade do medicamento, assim como da ineficácia, 
para o tratamento da moléstia, dos fármacos fornecidos pelo SUS; 
(ii) incapacidade financeira de arcar com o custo do medicamento prescrito; 
(iii) existência de registro do medicamento na Anvisa, observados os usos autorizados pela agência. 
 
STF/ARE 803.274-AgR/MG 
A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que é solidária a obrigação dos 
entes da Federação em promover os atos indispensáveis à concretização do direito à saúde, podendo 
figurar no polo passivo qualquer um deles em conjunto ou isoladamente. 
 
STF/RE 892.590 
A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal é firme no sentido de que o fornecimento gratuito de 
tratamentos e medicamentos necessários à saúde de pessoas hipossuficientes é obrigação solidária de 
todos os entes federativos, podendo ser pleiteado de qualquer deles, União, Estados, Distrito Federal ou 
Municípios. 
 
Seção III - DA PREVIDÊNCIA SOCIAL 
 
Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma do Regime Geral de Previdência Social, de caráter 
contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e 
atenderá, na forma da lei, a: 
 
I - cobertura dos eventos de incapacidade temporária ou permanente para o trabalho e idade avançada; 
 
II - proteção à maternidade, especialmente à gestante; 
 
III - proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário; 
 
IV - salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa renda; 
 
V - pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e dependentes, observado o 
disposto no § 2º. 
 
Previdência Social 
Antes da EC 103/19 Após a EC 103/19 
CF/88. Art. 201. A previdência social será organizada 
sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e 
de filiação obrigatória, observados critérios que 
preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e 
atenderá, nos termos da lei, a: 
CF/88. Art. 201. A previdência social será 
organizada sob a forma do Regime Geral de 
Previdência Social, de caráter contributivo e de 
filiação obrigatória, observados critérios que 
preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e 
atenderá, na forma da lei, a: 
I - cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte 
e idade avançada; 
I - cobertura dos eventos de incapacidade 
temporária ou permanente para o trabalho e idade 
avançada; 
 
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§ 1º É vedada a adoção de requisitos ou critérios diferenciados para concessão de benefícios, ressalvada, nos 
termos de lei complementar, a possibilidade de previsão de idade e tempo de contribuição distintos da 
regra geral para concessão de aposentadoria exclusivamente em favor dos segurados: 
 
I - com deficiência, previamente submetidos a avaliação biopsicossocial realizada por equipe multiprofissional 
e interdisciplinar; 
 
II - cujas atividades sejam exercidas com efetiva exposição a agentes químicos, físicos e biológicos 
prejudiciais à saúde, ou associação desses agentes, vedada a caracterização por categoria profissional ou 
ocupação. 
 
Previdência Social 
Antes da EC 103/19 Após a EC 103/19 
CF/88. Art. 201. § 1º É vedada a adoção de 
requisitos e critérios diferenciados para a concessão 
de aposentadoria aos beneficiários do regime geral 
de previdência social, ressalvados os casos de 
atividades exercidas sob condições especiais que 
prejudiquem a saúde ou a integridade física e 
quando se tratar de segurados portadores de 
deficiência, nos termos definidos em lei 
complementar. 
CF/88. Art. 201. § 1º É vedada a adoção de 
requisitos ou critérios diferenciados para concessão 
de benefícios, ressalvada, nos termos de lei 
complementar, a possibilidade de previsão de 
idade e tempo de contribuição distintos da regra 
geral para concessão de aposentadoria 
exclusivamente em favor dos segurados: 
 
I - com deficiência, previamente submetidos a 
avaliação biopsicossocial realizada por equipe 
multiprofissional e interdisciplinar; 
 
II - cujas atividades sejam exercidas com efetiva 
exposição a agentes químicos, físicos e 
biológicos prejudiciais à saúde, ou associação 
desses agentes, vedada a caracterização por 
categoria profissional ou ocupação. 
 
§ 2º Nenhum benefício que substitua o salário de contribuição ou o rendimento do trabalho do segurado terá 
valor mensal inferior ao salário mínimo. 
 
§ 3º Todos os salários de contribuição considerados para o cálculo de benefício serão devidamente atualizados, 
na forma da lei. 
 
§ 4º É assegurado o reajustamento dos benefíciospara preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real, 
conforme critérios definidos em lei. (Princípio da Preservação do Valor Real dos Benefícios) 
 
Irredutibilidade 
Valor Nominal Valor Real 
Garantido à Seguridade Social. 
 
Não pode o benefício da seguridade social 
sofrer redução. 
Garantido à Previdência Social. 
 
O valor do benefício previdenciário deve 
sempre ser reajustado para não ficar defasado. 
 
§ 5º É vedada a filiação ao regime geral de previdência social, na qualidade de segurado facultativo, de pessoa 
participante de regime próprio de previdência. 
 
§ 6º A gratificação natalina dos aposentados e pensionistas terá por base o valor dos proventos do mês de 
dezembro de cada ano. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Previdência Social 
Antes da EC 103/19 Após a EC 103/19 
§ 7º É assegurada aposentadoria no regime geral de 
previdência social, nos termos da lei, obedecidas as 
seguintes condições: 
 
I - trinta e cinco anos de contribuição, se homem, e 
trinta anos de contribuição, se mulher; 
 
II - sessenta e cinco anos de idade, se homem, e 
sessenta anos de idade, se mulher, reduzido em 
cinco anos o limite para os trabalhadores rurais de 
ambos os sexos e para os que exerçam suas 
atividades em regime de economia familiar, nestes 
incluídos o produtor rural, o garimpeiro e o pescador 
artesanal. 
§ 7º É assegurada aposentadoria no regime geral 
de previdência social, nos termos da lei, 
obedecidas as seguintes condições: 
 
I - 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se 
homem, e 62 (sessenta e dois) anos de idade, se 
mulher, observado tempo mínimo de contribuição; 
 
II - 60 (sessenta) anos de idade, se homem, e 55 
(cinquenta e cinco) anos de idade, se mulher, 
para os trabalhadores rurais e para os que 
exerçam suas atividades em regime de economia 
familiar, nestes incluídos o produtor rural, o 
garimpeiro e o pescador artesanal. 
§ 8º Os requisitos a que se refere o inciso I do 
parágrafo anterior serão reduzidos em cinco anos, 
para o professor que comprove exclusivamente 
tempo de efetivo exercício das funções de magistério 
na educação infantil e no ensino fundamental e 
médio. 
§ 8º O requisito de idade a que se refere o inciso I do 
§ 7º será reduzido em 5 (cinco) anos, para o 
professor que comprove tempo de efetivo exercício 
das funções de magistério na educação infantil e no 
ensino fundamental e médio fixado em lei 
complementar. 
§ 9º Para efeito de aposentadoria, é assegurada a 
contagem recíproca do tempo de contribuição na 
administração pública e na atividade privada, rural e 
urbana, hipótese em que os diversos regimes de 
previdência social se compensarão financeiramente, 
segundo critérios estabelecidos em lei. 
§ 9º Para fins de aposentadoria, será assegurada a 
contagem recíproca do tempo de contribuição entre 
o Regime Geral de Previdência Social e os regimes 
próprios de previdência social, e destes entre si, 
observada a compensação financeira, de acordo 
com os critérios estabelecidos em lei. 
 
§ 9º-A. O tempo de serviço militar exercido nas 
atividades de que tratam os arts. 42, 142 e 143 e o 
tempo de contribuição ao Regime Geral de 
Previdência Social ou a regime próprio de 
previdência social terão contagem recíproca para 
fins de inativação militar ou aposentadoria, e a 
compensação financeira será devida entre as 
receitas de contribuição referentes aos militares e as 
receitas de contribuição aos demais regimes. 
§ 10. Lei disciplinará a cobertura do risco de acidente 
do trabalho, a ser atendida concorrentemente pelo 
regime geral de previdência social e pelo setor 
privado. 
§ 10. Lei complementar poderá disciplinar a 
cobertura de benefícios não programados, inclusive 
os decorrentes de acidente do trabalho, a ser 
atendida concorrentemente pelo Regime Geral de 
Previdência Social e pelo setor privado. 
 
§ 11. Os ganhos habituais do empregado, a qualquer título, serão incorporados ao salário para efeito de 
contribuição previdenciária e consequente repercussão em benefícios, nos casos e na forma da lei. 
 
Previdência Social 
Antes da EC 103/19 Após a EC 103/19 
§ 12. Lei disporá sobre sistema especial de inclusão 
previdenciária para atender a trabalhadores de baixa 
renda e àqueles sem renda própria que se dediquem 
exclusivamente ao trabalho doméstico no âmbito de 
sua residência, desde que pertencentes a famílias de 
baixa renda, garantindo-lhes acesso a benefícios de 
valor igual a um salário-mínimo. 
§ 12. Lei instituirá sistema especial de inclusão 
previdenciária, com alíquotas diferenciadas, para 
atender aos trabalhadores de baixa renda, inclusive 
os que se encontram em situação de 
informalidade, e àqueles sem renda própria que 
se dediquem exclusivamente ao trabalho 
doméstico no âmbito de sua residência, desde que 
pertencentes a famílias de baixa renda. 
§ 13. O sistema especial de inclusão previdenciária 
de que trata o § 12 deste artigo terá alíquotas e 
carências inferiores às vigentes para os demais 
segurados do regime geral de previdência social. 
§ 13. A aposentadoria concedida ao segurado de 
que trata o § 12 terá valor de 1 (um) salário-
mínimo. 
 
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17 
 
§ 14. É vedada a contagem de tempo de contribuição fictício para efeito de concessão dos benefícios 
previdenciários e de contagem recíproca. 
 
§ 15. Lei complementar estabelecerá vedações, regras e condições para a acumulação de benefícios 
previdenciários. 
 
§ 16. Os empregados dos consórcios públicos, das empresas públicas, das sociedades de economia mista 
e das suas subsidiárias serão aposentados compulsoriamente, observado o cumprimento do tempo mínimo 
de contribuição, ao atingir a idade máxima de (70 anos de idade, ou aos 75 anos de idade, na forma da lei 
complementar) que trata o inciso II do § 1º do art. 40, na forma estabelecida em lei. 
 
Art. 202. O regime de previdência privada, de caráter complementar e organizado de forma autônoma em 
relação ao regime geral de previdência social, será facultativo, baseado na constituição de reservas que 
garantam o benefício contratado, e regulado por lei complementar. 
 
Previdência Privada 
✓ Caráter complementar; 
✓ Organizada de forma autônoma em relação ao regime geral de previdência social; 
✓ Facultativo; 
✓ Baseado na constituição de reservas; 
✓ Regulado por lei complementar. 
 
Tipos de Previdência Privada Complementar 
Fechada Aberta 
São previdências formadas por trabalhadores de 
uma determinada empresa, categoria profissional 
ou setor econômico. 
Previdência formada por qualquer tipo de pessoa, 
podendo esta participar indo a um banco ou 
seguradora. 
 
Divide-se em: 
Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL): Plano 
que deduz imposto de renda. 
 
Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL): Plano 
que não deduz imposto de renda. 
 
 
STF/RE 482.207-AgR 
A faculdade que tem os interessados de aderirem a plano de previdência privada decorre de norma inserida 
no próprio texto constitucional [art. 202 da CB/1988]. Da não obrigatoriedade de adesão ao sistema de 
previdência privada decorre a possibilidade de os filiados desvincularem-se dos regimes de previdência 
complementar a que aderirem, especialmente porque a liberdade de associação comporta, em sua dimensão 
negativa, o direito de desfiliação, conforme já reconhecido pelo Supremo em outros julgados. 
 
§ 1° A lei complementar de que trata este artigo assegurará ao participante de planos de benefícios de entidades 
de previdência privada o pleno acesso às informações relativas à gestão de seus respectivos planos. 
 
§ 2° As contribuições do empregador, os benefícios e as condições contratuais previstas nos estatutos, 
regulamentos e planos de benefícios das entidades de previdência privada não integram o contrato de trabalho 
dos participantes, assim como,à exceção dos benefícios concedidos, não integram a remuneração dos 
participantes, nos termos da lei. 
 
§ 3º É vedado o aporte de recursos a entidade de previdência privada pela União, Estados, Distrito Federal e 
Municípios, suas autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista e outras entidades 
públicas, salvo na qualidade de patrocinador, situação na qual, em hipótese alguma, sua contribuição 
normal poderá exceder a do segurado. 
 
 
 
 
 
 
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18 
Aporte de Recursos a Entidade de Previdência Privada 
Regra Exceção 
É vedado o aporte de recursos a entidade de 
previdência privada pela União, Estados, Distrito 
Federal e Municípios, suas autarquias, fundações, 
empresas públicas, sociedades de economia mista e 
outras entidades públicas. 
É possível o aporte na qualidade de patrocinador, 
situação na qual, em hipótese alguma, sua 
contribuição normal poderá exceder a do segurado. 
 
Previdência Social 
Antes da EC 103/19 Após a EC 103/19 
CF/88. Art. 202. § 4º Lei complementar disciplinará a 
relação entre a União, Estados, Distrito Federal ou 
Municípios, inclusive suas autarquias, fundações, 
sociedades de economia mista e empresas 
controladas direta ou indiretamente, enquanto 
patrocinadoras de entidades fechadas de previdência 
privada, e suas respectivas entidades fechadas de 
previdência privada. 
CF/88. Art. 202. § 4º Lei complementar disciplinará 
a relação entre a União, Estados, Distrito Federal ou 
Municípios, inclusive suas autarquias, fundações, 
sociedades de economia mista e empresas 
controladas direta ou indiretamente, enquanto 
patrocinadores de planos de benefícios 
previdenciários, e as entidades de previdência 
complementar. 
CF/88. Art. 202. § 5º A lei complementar de que trata 
o parágrafo anterior aplicar-se-á, no que couber, às 
empresas privadas permissionárias ou 
concessionárias de prestação de serviços públicos, 
quando patrocinadoras de entidades fechadas de 
previdência privada. 
CF/88. Art. 202. § 5º A lei complementar de que 
trata o § 4º aplicar-se-á, no que couber, às empresas 
privadas permissionárias ou concessionárias de 
prestação de serviços públicos, quando 
patrocinadoras de planos de benefícios em 
entidades de previdência complementar. 
CF/88. Art. 202. § 6º A lei complementar a que se 
refere o § 4° deste artigo estabelecerá os requisitos 
para a designação dos membros das diretorias das 
entidades fechadas de previdência privada e 
disciplinará a inserção dos participantes nos 
colegiados e instâncias de decisão em que seus 
interesses sejam objeto de discussão e deliberação. 
CF/88. Art. 202. § 6º Lei complementar 
estabelecerá os requisitos para a designação dos 
membros das diretorias das entidades fechadas 
de previdência complementar instituídas pelos 
patrocinadores de que trata o § 4º e disciplinará a 
inserção dos participantes nos colegiados e 
instâncias de decisão em que seus interesses 
sejam objeto de discussão e deliberação. 
 
Seção IV - DA ASSISTÊNCIA SOCIAL 
 
Art. 203. A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição à 
seguridade social, e tem por objetivos: 
 
I - a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice; 
 
II - o amparo às crianças e adolescentes carentes; 
 
III - a promoção da integração ao mercado de trabalho; 
 
IV - a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua integração à 
vida comunitária; 
 
V - a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que 
comprovem não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme 
dispuser a lei. 
 
VI - a redução da vulnerabilidade socioeconômica de famílias em situação de pobreza ou de extrema pobreza. (EC 
114/21) 
 
Art. 204. As ações governamentais na área da assistência social serão realizadas com recursos do 
orçamento da seguridade social, previstos no art. 195, além de outras fontes, e organizadas com base nas 
seguintes diretrizes: 
 
I - descentralização político-administrativa, cabendo a coordenação e as normas gerais à esfera federal e a 
coordenação e a execução dos respectivos programas às esferas estadual e municipal, bem como a entidades 
beneficentes e de assistência social; 
 
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19 
 
II - participação da população, por meio de organizações representativas, na formulação das políticas e no 
controle das ações em todos os níveis. 
 
Parágrafo único. É facultado aos Estados e ao Distrito Federal vincular a programa de apoio à inclusão e 
promoção social até cinco décimos por cento de sua receita tributária líquida, vedada a aplicação desses 
recursos no pagamento de: 
 
I - despesas com pessoal e encargos sociais; 
 
II - serviço da dívida; 
 
III - qualquer outra despesa corrente não vinculada diretamente aos investimentos ou ações apoiados. 
 
STF/RE 587.970/SP 
Somente o estrangeiro com residência fixa no País pode ser auxiliado com o benefício assistencial, pois, 
inserido na sociedade, contribui para a construção de melhor situação social e econômica da coletividade. De 
igual modo, somente o estrangeiro em situação regular no País pode se dizer beneficiário da assistência 
social. Isso significa que os estrangeiros que estejam irregulares não terão direito ao benefício pelo fato de 
não terem atendido às leis brasileiras, fato que, por si só, demonstra a ausência de noção de coletividade 
e de solidariedade a justificar a tutela do Estado. 
 
 
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20 
LEI Nº 8.213, DE 24 DE JULHO DE 1991 
 
Dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social e dá outras providências. 
 
TÍTULO I 
DA FINALIDADE E DOS PRINCÍPIOS BÁSICOS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL 
 
Art. 1º A Previdência Social, mediante contribuição, tem por fim assegurar aos seus beneficiários meios 
indispensáveis de manutenção, por motivo de incapacidade, desemprego involuntário, idade avançada, tempo 
de serviço, encargos familiares e prisão ou morte daqueles de quem dependiam economicamente. 
 
Art. 2º A Previdência Social rege-se pelos seguintes princípios e objetivos: 
 
I - universalidade de participação nos planos previdenciários; 
 
II - uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais; 
 
III - seletividade e distributividade na prestação dos benefícios; 
 
IV - cálculo dos benefícios considerando-se os salários-de-contribuição corrigidos monetariamente; 
 
V - irredutibilidade do valor dos benefícios de forma a preservar-lhes o poder aquisitivo; 
 
VI - valor da renda mensal dos benefícios substitutos do salário-de-contribuição ou do rendimento do trabalho 
do segurado não inferior ao do salário mínimo; 
 
VII - previdência complementar facultativa, custeada por contribuição adicional; 
 
VIII - caráter democrático e descentralizado da gestão administrativa, com a participação do governo e da 
comunidade, em especial de trabalhadores em atividade, empregadores e aposentados. 
 
Não Confundir! 
Lei 8.212 
Art. 1º Parágrafo único. A Seguridade Social obedecerá aos seguintes princípios e 
diretrizes: 
 
c) seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços; 
Lei 8.213 
Art. 2º A Previdência Social rege-se pelos seguintes princípios e objetivos: 
 
III - seletividade e distributividade na prestação dos benefícios; 
 
Parágrafo único. A participação referida no inciso VIII deste artigo será efetivada a nível federal, estadual e 
municipal. 
 
Art. 3º Fica instituído o Conselho Nacional de Previdência Social–CNPS, órgão superior de deliberação colegiada, 
que terá como membros: 
 
I - 6 representantes do Governo Federal; 
 
II - 9representantes da sociedade civil, sendo: 
 
a) 3 representantes dos aposentados e pensionistas; 
 
b) 3 representantes dos trabalhadores em atividade; 
 
c) 3 representantes dos empregadores. 
 
§ 1º Os membros do CNPS e seus respectivos suplentes serão nomeados pelo Presidente da República, tendo 
os representantes titulares da sociedade civil mandato de 2 anos, podendo ser reconduzidos, de imediato, 
uma única vez. 
 
 
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21 
§ 2º Os representantes dos trabalhadores em atividade, dos aposentados, dos empregadores e seus respectivos 
suplentes serão indicados pelas centrais sindicais e confederações nacionais. 
 
§ 3º O CNPS reunir-se-á, ordinariamente, uma vez por mês, por convocação de seu Presidente, não podendo 
ser adiada a reunião por mais de 15 dias se houver requerimento nesse sentido da maioria dos conselheiros. 
 
§ 4º Poderá ser convocada reunião extraordinária por seu Presidente ou a requerimento de 1/3 de seus 
membros, conforme dispuser o regimento interno do Conselho Nacional de Previdência Social. 
 
§ 6º As ausências ao trabalho dos representantes dos trabalhadores em atividade, decorrentes das atividades do 
Conselho, serão abonadas, computando-se como jornada efetivamente trabalhada para todos os fins e efeitos 
legais. 
 
§ 7º Aos membros do CNPS, enquanto representantes dos trabalhadores em atividade, titulares e suplentes, é 
assegurada a estabilidade no emprego, da nomeação até um ano após o término do mandato de 
representação, somente podendo ser demitidos por motivo de falta grave, regularmente comprovada 
mediante processo judicial. 
 
§ 8º Competirá ao Ministério do Trabalho e da Previdência Social proporcionar ao CNPS os meios necessários ao 
exercício de suas competências, para o que contará com uma Secretaria-Executiva do Conselho Nacional de 
Previdência Social. 
 
§ 9º O CNPS deverá se instalar no prazo de 30 dias a contar da publicação desta Lei. 
 
Art. 4º Compete ao Conselho Nacional de Previdência Social–CNPS: 
 
I - estabelecer diretrizes gerais e apreciar as decisões de políticas aplicáveis à Previdência Social; 
 
II - participar, acompanhar e avaliar sistematicamente a gestão previdenciária; 
 
III - apreciar e aprovar os planos e programas da Previdência Social; 
 
IV - apreciar e aprovar as propostas orçamentárias da Previdência Social, antes de sua consolidação na proposta 
orçamentária da Seguridade Social; 
 
V - acompanhar e apreciar, através de relatórios gerenciais por ele definidos, a execução dos planos, programas e 
orçamentos no âmbito da Previdência Social; 
 
VI - acompanhar a aplicação da legislação pertinente à Previdência Social; 
 
VII - apreciar a prestação de contas anual a ser remetida ao Tribunal de Contas da União, podendo, se for 
necessário, contratar auditoria externa; 
 
VIII - estabelecer os valores mínimos em litígio, acima dos quais será exigida a anuência prévia do Procurador-
Geral ou do Presidente do INSS para formalização de desistência ou transigência judiciais, conforme o disposto no 
art. 132; 
 
IX - elaborar e aprovar seu regimento interno. 
 
Parágrafo único. As decisões proferidas pelo CNPS deverão ser publicadas no Diário Oficial da União. 
 
Art. 5º Compete aos órgãos governamentais: 
 
I - prestar toda e qualquer informação necessária ao adequado cumprimento das competências do CNPS, 
fornecendo inclusive estudos técnicos; 
 
II - encaminhar ao CNPS, com antecedência mínima de 2 meses do seu envio ao Congresso Nacional, a 
proposta orçamentária da Previdência Social, devidamente detalhada. 
 
Art. 6º Haverá, no âmbito da Previdência Social, uma Ouvidoria-Geral, cujas atribuições serão definidas em 
regulamento. 
 
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22 
 
CNPS 
* Órgão Superior de Deliberação Colegiada; 
 
* Composto por 15 membros: 
 - 6 do governo federal; 
 - 9 da sociedade civil (3 dos aposentados e pensionistas/3 dos trabalhadores/3 dos empregadores). 
 
* Membros nomeados pelo Presidente da República; 
 
* Representantes titulares da sociedade civil: Mandato de 02 anos + uma recondução. 
 
* Reunião Ordinária: 1 vez por mês por convocação do presidente, não podendo ser adiada a reunião 
por mais de 15 dias. 
 
* Reunião Extraordinária: Convocada pelo presidente ou 1/3 de seus membros. 
 
* Os representantes dos trabalhadores têm assegurada a estabilidade no emprego, da nomeação até 
um ano após o término do mandato de representação, somente podendo ser demitidos por motivo de 
falta grave. 
 
TÍTULO II 
DO PLANO DE BENEFÍCIOS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL 
 
Capítulo Único 
DOS REGIMES DE PREVIDÊNCIA SOCIAL 
 
Regimes de Previdência Social 
O sistema brasileiro de previdência é formado por um tripé com três regimes previdenciários: 
* Regime Geral de Previdência Social (RGPS), a cargo do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS); 
 
* Regime Próprio de Previdência Social (RPPS), de responsabilidade do Tesouro Nacional; 
 
* Regime Complementar. 
No início da década de 70 do século passado, a relação entre número de contribuintes e número de 
beneficiários da previdência social era superior a 4; a tendência nas últimas décadas tem sido de redução 
dessa relação. 
 
O valor das aposentadorias e pensões dos servidores públicos federais civis, a partir da data de entrada no 
serviço público após a EC 41/03, deixou de ser integral ou de ter por base a totalidade da remuneração, 
ficando limitado ao teto do RGPS. 
 
Com a EC 103, a modalidade de aposentadoria por tempo de contribuição foi extinta. 
 
Art. 9º A Previdência Social compreende: 
 
I - o Regime Geral de Previdência Social; 
 
II - o Regime Facultativo Complementar de Previdência Social. 
 
§ 1ºO Regime Geral de Previdência Social - RGPS garante a cobertura de todas as situações expressas no art. 1o 
desta Lei, exceto as de desemprego involuntário, objeto de lei específica, e de aposentadoria por tempo de 
contribuição para o trabalhador de que trata o § 2º. do art. 21 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991. 
 
§ 2º O Regime Facultativo Complementar de Previdência Social será objeto de lei especifica. 
 
Atenção! 
RGPS RPPS 
Não há contribuição sobre aposentadoria e pensão. Há contribuição sobre aposentadoria e pensão. 
 
 
 
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23 
TÍTULO III 
DO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL 
 
Capítulo I 
DOS BENEFICIÁRIOS 
 
Art. 10. Os beneficiários do Regime Geral de Previdência Social classificam-se como segurados e 
dependentes, nos termos das Seções I e II deste capítulo. 
 
Beneficiários do RGPS 
Segurados Dependentes 
* Empregado; 
 
* Empregado doméstico; 
 
* Contribuinte individual; 
 
* Trabalhador avulso; 
 
* Segurado especial; 
 
* Segurado Facultativo. 
* Cônjuge; 
 
* Companheira (o); 
 
* Filho não emancipado menor de 21 anos ou 
inválido ou que tenha deficiência intelectual ou 
mental ou deficiência grave; 
 
* Pais; 
 
* Irmão não emancipado menor de 21 anos ou 
inválido ou que tenha deficiência intelectual ou 
mental ou deficiência grave; 
 
Seção I 
Dos Segurados 
 
Art. 11. São segurados obrigatórios da Previdência Social as seguintes pessoas físicas: 
 
I - como empregado: 
 
a) aquele que presta serviço de natureza urbana ou rural à empresa, em caráter não eventual, sob sua 
subordinação e mediante remuneração, inclusive como diretor empregado; 
 
b) aquele que, contratado por empresa de trabalho temporário, definida em legislação específica, presta 
serviço para atender a necessidade transitória de substituição de pessoal regular e permanente ou a acréscimo 
extraordinário de serviços de outras empresas; 
 
c) o brasileiro ou o estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como empregado em sucursal 
ou agência de empresa nacional no exterior; 
 
d) aquele que presta serviço no Brasil a missão diplomáticaou a repartição consular de carreira estrangeira 
e a órgãos a elas subordinados, ou a membros dessas missões e repartições, excluídos o não-brasileiro sem 
residência permanente no Brasil e o brasileiro amparado pela legislação previdenciária do país da respectiva 
missão diplomática ou repartição consular; 
 
e) o brasileiro civil que trabalha para a União, no exterior, em organismos oficiais brasileiros ou internacionais 
dos quais o Brasil seja membro efetivo, ainda que lá domiciliado e contratado, salvo se segurado na forma da 
legislação vigente do país do domicílio; 
 
f) o brasileiro ou estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como empregado em empresa 
domiciliada no exterior, cuja maioria do capital votante pertença a empresa brasileira de capital nacional; 
 
g) o servidor público ocupante de cargo em comissão, sem vínculo efetivo com a União, Autarquias, inclusive 
em regime especial, e Fundações Públicas Federais. 
 
h) o exercente de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, desde que não vinculado a regime próprio de 
previdência social; 
 
 
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24 
i) o empregado de organismo oficial internacional ou estrangeiro em funcionamento no Brasil, salvo quando 
coberto por regime próprio de previdência social; 
 
Não Confundir 
✓ Menor Aprendiz nos termos da lei: Segurado Empregado; 
 
✓ Estagiário/Bolsista de acordo com a lei: Segurado Facultativo; 
 
✓ Estagiário/Bolsista em desacordo com a lei: Segurado Empregado. 
 
II - como empregado doméstico: aquele que presta serviço de natureza contínua a pessoa ou família, no 
âmbito residencial desta, em atividades sem fins lucrativos; 
 
V - como contribuinte individual: 
 
a) a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade agropecuária, a qualquer título, em caráter 
permanente ou temporário, em área, contínua ou descontínua, superior a 4 módulos fiscais; ou, quando em área 
igual ou inferior a 4 módulos fiscais ou atividade pesqueira ou extrativista, com auxílio de empregados ou por 
intermédio de prepostos; ou ainda nas hipóteses dos §§ 8o e 23 deste artigo; 
 
b) a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade de extração mineral - garimpo -, em caráter 
permanente ou temporário, diretamente ou por intermédio de prepostos, com ou sem o auxílio de empregados, 
utilizados a qualquer título, ainda que de forma não contínua; 
 
c) o ministro de confissão religiosa e o membro de instituto de vida consagrada, de congregação ou de ordem 
religiosa; 
 
e) o brasileiro civil que trabalha no exterior para organismo oficial internacional do qual o Brasil é membro 
efetivo, ainda que lá domiciliado e contratado, salvo quando coberto por regime próprio de previdência social; 
 
Não Confundir 
Empregado Contribuinte Individual 
Brasileiro civil que trabalha para a União no 
exterior, em organismos oficiais internacionais dos 
quais o Brasil seja membro efetivo, ainda que lá 
domiciliado e contratado, salvo se amparado por 
regime próprio de previdência social; 
 
Brasileiro civil que presta serviços à União no 
exterior, em repartições governamentais brasileiras, 
lá domiciliado e contratado, inclusive o auxiliar local 
de que tratam os arts. 56 e 57 da Lei no 11.440, de 
29 de dezembro de 2006, este desde que, em razão 
de proibição legal, não possa filiar-se ao sistema 
previdenciário local; 
Brasileiro civil que trabalha no exterior para 
organismo oficial internacional do qual o Brasil é 
membro efetivo, ainda que lá domiciliado e 
contratado, salvo quando coberto por regime próprio 
de previdência social; 
 
f) o titular de firma individual urbana ou rural, o diretor não empregado e o membro de conselho de 
administração de sociedade anônima, o sócio solidário, o sócio de indústria, o sócio gerente e o sócio cotista 
que recebam remuneração decorrente de seu trabalho em empresa urbana ou rural, e o associado eleito para 
cargo de direção em cooperativa, associação ou entidade de qualquer natureza ou finalidade, bem como o 
síndico ou administrador eleito para exercer atividade de direção condominial, desde que recebam remuneração; 
 
Síndico 
Remunerado Contribuinte Individual 
Isento de Taxa Condominial Contribuinte Individual 
Sem Remuneração e Sem Isenção de Taxa Segurado Facultativo 
 
g) quem presta serviço de natureza urbana ou rural, em caráter eventual, a uma ou mais empresas, sem relação 
de emprego; 
 
 
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25 
h) a pessoa física que exerce, por conta própria, atividade econômica de natureza urbana, com fins lucrativos 
ou não; 
 
VI - como trabalhador avulso: quem presta, a diversas empresas, sem vínculo empregatício, serviço de natureza 
urbana ou rural definidos no Regulamento; 
 
VII – como segurado especial: a pessoa física residente no imóvel rural ou em aglomerado urbano ou rural 
próximo que, individualmente ou em regime de economia familiar, ainda que com o auxílio eventual de 
terceiros, na condição de: 
 
a) produtor, seja ele proprietário, usufrutuário, possuidor, assentado, parceiro ou meeiro outorgados, comodatário 
ou arrendatário rurais, que explore atividade: 
 
1. agropecuária em área contínua ou não de até 4 módulos fiscais; ou 
 
2. de seringueiro ou extrativista vegetal na coleta e extração, de modo sustentável, de recursos naturais 
renováveis, e faça dessas atividades o principal meio de vida; 
 
b) pescador artesanal ou a este assemelhado, que faça da pesca profissão habitual ou principal meio de vida; e 
 
c) cônjuge ou companheiro, bem como filho maior de 16 anos de idade ou a este equiparado, do segurado de 
que tratam as alíneas “a” e “b” deste inciso, que, comprovadamente, tenham participação ativa nas atividades 
rurais ou pesqueiras artesanais, respectivamente, do grupo familiar. 
 
Não Confundir 
Contribuinte Individual Segurado Especial 
Pessoa física, proprietária ou não, que explora 
atividade agropecuária, a qualquer título, em 
caráter permanente ou temporário, em área, contínua 
ou descontínua, superior a 4 módulos fiscais; ou, 
quando em área igual ou inferior a 4 módulos 
fiscais ou atividade pesqueira ou extrativista, com 
auxílio de empregados ou por intermédio de 
prepostos; 
Produtor que explore atividade agropecuária em 
área contínua ou não de até 4 módulos fiscais; 
 
§ 1º Entende-se como regime de economia familiar a atividade em que o trabalho dos membros da família é 
indispensável à própria subsistência e ao desenvolvimento socioeconômico do núcleo familiar e é exercido 
em condições de mútua dependência e colaboração, sem a utilização de empregados permanentes. 
 
§ 2º Todo aquele que exercer, concomitantemente, mais de uma atividade remunerada sujeita ao Regime Geral 
de Previdência Social é obrigatoriamente filiado em relação a cada uma delas. 
 
§ 3º O aposentado pelo Regime Geral de Previdência Social–RGPS que estiver exercendo ou que voltar a exercer 
atividade abrangida por este Regime é segurado obrigatório em relação a essa atividade, ficando sujeito às 
contribuições de que trata a Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, para fins de custeio da Seguridade Social. 
 
§ 4º O dirigente sindical mantém, durante o exercício do mandato eletivo, o mesmo enquadramento no Regime 
Geral de Previdência Social-RGPS de antes da investidura. 
 
§ 5º. Aplica-se o disposto na alínea g do inciso I do caput ao ocupante de cargo de Ministro de Estado, de 
Secretário Estadual, Distrital ou Municipal, sem vínculo efetivo com a União, Estados, Distrito Federal e 
Municípios, suas autarquias, ainda que em regime especial, e fundações. 
 
§ 6º Para serem considerados segurados especiais, o cônjuge ou companheiro e os filhos maiores de 16 anos ou 
os a estes equiparados deverão ter participação ativa nas atividades rurais do grupo familiar. 
 
§ 7º O grupo familiar poderá utilizar-se de empregados contratados

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