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RETA FINAL | DPE/CE 
 
 
1 
CURSO RDP 
Dir. Previdenciário 
APOSTILA ÚNICA | RETA FINAL – DPE/CE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO DE PREVIDENCIÁRIO 
 
APOSTILA ÚNICA 
 
RETA FINAL | DPE/CE 
 
 
2 
CURSO RDP 
Dir. Previdenciário 
APOSTILA ÚNICA | RETA FINAL – DPE/CE 
DIREITO DE PREVIDENCIÁRIO 
 
Olá, pessoal. Bem-vindos ao Curso RDP. Hoje iniciaremos nosso resumo de Direito Previdenciário para a 
DPE/CE. Em sua prova serão 03 questões, e o conteúdo não é tão grande. Por isso, pode ter certeza de que essas 
três questões farão uma grande diferença no corte, razão pela qual jogaremos duro aqui! :D 
 
O nosso objetivo neste resumo de 80 páginas é fazer com que você veja todos os seguintes pontos do 
edital: 
 
DIREITO PREVIDENCIÁRIO 
PONTO 
1 Seguridade social. 1.1 Conceito, origem e evolução legislativa no Brasil, organização e princípios. 
2 Custeio da seguridade social. 2.1 Receitas, contribuições sociais, salário de contribuição. 
3. Regime geral de previdência social: segurados e dependentes, filiação e inscrição, carência, espécies de 
benefícios e prestações, disposições gerais e específicas, salário de benefício, renda mensal inicial, 
reajustamento e revisão, prescrição e decadência, acumulação de benefícios, justificação, ações judiciais em 
matéria previdenciária, acidente de trabalho. 
4 Regime próprio de previdência dos servidores públicos. 
5 Contagem recíproca de tempo de contribuição e compensação financeira. 
6. Previdência complementar. Seguridade social: saúde, previdência e assistência. Distinções. 
7. Serviços: habilitação, reabilitação e serviço social. 
8. Lei Orgânica da Assistência Social e Política Nacional de Assistência Social. 
 
 O estudo para DPE/CE, em Direito Previdenciário, também envolve doutrina, legislação, jurisprudência e 
questões de provas anteriores. 
 
 Espero que todos vocês se sintam preparados para essa prova e possam avançar em busca da segunda 
fase. 
 
No mais, bons estudos e contem sempre conosco. 
 
 Um abraço, 
 
 Coordenação do curso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RETA FINAL | DPE/CE 
 
 
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CURSO RDP 
Dir. Previdenciário 
APOSTILA ÚNICA | RETA FINAL – DPE/CE 
1 Seguridade social. 1.1 Conceito, origem e evolução legislativa no Brasil, organização e princípios 
 
DA SEGURIDADE SOCIAL 
 
INTRODUÇÃO 
 
Gente, na história, a primeira vez em que se usou a expressão “seguridade social” foi por intermédio do 
Social Security Act de 1935, um documento que reunia a Previdência Social e a Assistência Social nos Estados Unidos 
e que fazia parte do plano New Deal de Roosevelt. #SELIGA #DPECEEUTÔDENTRO 
 
No Brasil, de todas as Constituições Federais que tivemos, a CRFB/88 foi a primeira a tratar desse sistema 
de seguridade social; contudo, diferentemente dos EUA, em solo brasileiro a seguridade também abarca a Saúde, 
conforme se depreende do dispositivo constitucional abaixo: 
 
Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa 
dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, 
à previdência e à assistência social. 
 Certo. 
 
Mas professor, para que serve o sistema da seguridade social e por que essa matéria está prevista nesse 
edital? 
 
Vejam que o sistema de seguridade social é voltado para atender às necessidades básicas da população, 
quando nos referimos à assistência social e à saúde, além de garantir benefícios previdenciários em favor do 
segurado e seus dependentes, mediante contribuição daquele. Visto isso, agora você já deve saber o porquê de 
estar prevista em nosso edital para o cargo de Defensor Público do Estado do Ceará. 
 
 Podemos assim ilustrar o sistema de seguridade social brasileiro: 
 
 Vejam o que dispõe o parágrafo único do já mencionado art. 194: 
 
Parágrafo único. Compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a seguridade 
social, com base nos seguintes objetivos: 
I - universalidade da cobertura e do atendimento; 
II - uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais; 
III - seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços; 
IV - irredutibilidade do valor dos benefícios; 
V - equidade na forma de participação no custeio; 
VI - diversidade da base de financiamento, identificando-se, em rubricas contábeis 
específicas para cada área, as receitas e as despesas vinculadas a ações de saúde, 
Seguridade Social 
brasileira
Não demandam 
contribuição (não 
contributivo)
Saúde
Assistência Social
Demanda 
contribuição 
(contributivo)
Previdência Social 
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Dir. Previdenciário 
APOSTILA ÚNICA | RETA FINAL – DPE/CE 
previdência e assistência social, preservado o caráter contributivo da previdência 
social; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)1 
VII - caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão 
quadripartite, com participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados 
e do Governo nos órgãos colegiados. 
 
 Vejam a importância de tal sistema em nosso país, haja vista que, por exemplo, a seguridade social deve 
ter universalidade de cobertura (atendendo a todos que precisem dela), a equivalência entre beneficiário urbano 
e rural (inciso II) e o caráter democrático e descentralizado da administração, com atuação dos Entes Federativos 
(inciso VII). 
 
 Ademais, em virtude da EC que trouxe a Reforma da Previdência, as rubricas, receitas e despesas vinculadas 
às ações de saúde, previdência e assistência social devem vir discriminadas (inciso VI), para melhor controle acerca 
de cada subdivisão do sistema de seguridade social. 
 
ORIGEM E EVOLUÇÃO LEGISLATIVA NO BRASIL 
 
Futuras e Futuros Defensores Públicos do Estado do Ceará, saibam que o sistema de seguridade social 
claramente possui um viés voltado para os direitos de 2ª dimensão, quais sejam, os direitos prestacionais (ou 
positivos), que demandam uma atuação estatal em favor da população.2 
 
Portanto, como vocês devem imaginar, em épocas em que não havia a preocupação estatal em atender 
essas demandas (em que se priorizava os direitos de 1ª dimensão), inexistia essa tutela trazida pelo sistema de 
seguridade social. 
 
Porém, com a crise de 1929, viu-se que não era a liberdade incondicionada que iria proporcionar o 
crescimento dos países (o estado liberal cada vez mais se demonstrava falacioso nesse aspecto), já que havia um 
ritmo cada vez mais crescente de exploração por parte daqueles que detinham os meios de produção sobre os 
trabalhadores. 
 
Assim, conforme dito acima, políticas do estado social (walfare state) começaram a surgir, como o New 
Deal. 
 
SE LIGA, ALUN@ RDP: Antes do modelo do New Deal, a doutrina3 trata de uma evolução da Seguridade Social 
até como a conhecemos hoje, dividida em 4 fases: 
 
1) experimental; 2) consolidação; 3) expansão e 4) redefinição. 
 
Ainda conforme a doutrina4, na fase dita experimental, encontra-se a política social de Otto von Bismarck, que 
durante os anos de 1883 a 1889 faz viger um conjunto de normas que serão o embrião do que hoje é conhecido 
como Previdência Social, assegurando aos trabalhadores o seguro-doença, a aposentadoria e a proteção a 
vítimas de acidentes de trabalho, tema que será aprofundado em capítulo específico. Também dessa época é a 
luta pelo direito de voto em muitos Estados europeus (...) Outros países da Europa Ocidental adotaram, na 
mesma época, conduta semelhante. Na Inglaterra, foi promulgada, em 1907, uma lei de reparação de acidentes 
de trabalho, e, em 1911, outra lei tratou da cobertura à invalidez, à doença, à aposentadoria voluntária e à 
previsão de desemprego, tornando-a, na época, o país mais avançado em termos de legislação previdenciária. 
 
 
1 Esse inciso está grafado de outra cor em razão de ter sido alterado pela Reforma da Previdência. 
2 Em quepese haver críticas doutrinárias contra esse tipo de classificação, uma vez que, por exemplo, até mesmo os direitos ditos como 
sendo “negativos” também demandam uma atuação estatal. 
3 Manual de Direito Previdenciário / Carlos Alberto Pereira de Castro, João Batista Lazzari. – 23. ed. – Rio de Janeiro: Forense, 2020, pag. 65. 
4 Idem, pag. 65/68. Grifos nossos. 
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Na fase de consolidação, destaca-se a constitucionalização de direitos sociais e políticos. A Constituição 
Mexicana de 1917 foi a primeira a arrolar e dar sistematização a um conjunto de direitos sociais, no que foi 
seguida pela Constituição de Weimar, no ano de 1919. 
 
A fase de expansão é notada a partir do período pós-Segunda Guerra, com a disseminação das ideias do 
economista inglês John Maynard Keynes, o qual pregava, em síntese, o crescimento econômico num contexto 
de intervenção estatal no sentido de melhor distribuir – ou até mesmo redistribuir – a renda nacional. 
 
Até então, é importante frisar, os planos previdenciários (de seguro social), em regra, obedeciam a um sistema 
chamado bismarckiano, ou de capitalização, ou seja, somente contribuíam os empregadores e os próprios 
trabalhadores empregados, numa poupança compulsória, abrangendo a proteção apenas destes assalariados 
contribuintes. 
 
As propostas de Keynes foram aprofundadas por Lord William Henry Beveridge, que havia sido seu colaborador 
e que, em 1941, foi designado pelo governo britânico para reexaminar os sistemas previdenciários da Inglaterra. 
A partir de 1944, então, foram estes alterados pela adoção, naquele país, do chamado Plano Beveridge (...) 
 
A partir daí, nasce o regime beveridgeano, ou de repartição, em que toda a sociedade contribui para a criação 
de um fundo previdenciário, do qual são retiradas as prestações para aqueles que venham a ser atingidos por 
algum dos eventos previstos na legislação de amparo social. 
 
Existem, pois, dois modelos fundamentais de proteção social, que coexistem no Estado Contemporâneo após a 
Segunda Guerra Mundial, ambos, todavia, baseados no ideal de solidariedade e na intervenção do Estado no 
domínio econômico, diferenciando-se quanto à parcela da população destinatária e aos limites da participação 
do Estado no sistema de proteção: “Um sistema previdenciário cuja característica mais relevante seja a de 
funcionar como um seguro social pode ser designado como Bismarckiano. Um sistema que enfatize funções 
redistributivas, objetivando também a redução da pobreza pode ser qualificado por Beveridgeano”. 
 
E no Brasil, professor? 
 
No Brasil, a Lei Eloy Chaves (Decreto Legislativo n. 4.682/23) é tida, em relação à Previdência Social, como 
precursora do sistema, em conjunto com o Decreto 9284/1911. 
 
A doutrina5 afirma que a Lei Eloy Chaves: 
 
(...) Criou as Caixas de Aposentadoria e Pensões nas empresas de estradas de ferro 
existentes, mediante contribuições dos trabalhadores, das empresas do ramo e do 
Estado, assegurando aposentadoria aos trabalhadores e pensão a seus dependentes em 
caso de morte do segurado, além de assistência médica e diminuição do custo de 
medicamentos. 
 
Já o Decreto 9284/1911 tratou especificamente da aposentadoria e pensões dos funcionários da Casa da 
Moeda. 
 
Em relação às previsões constitucionais, vamos analisar o quadro abaixo com base na doutrina 
especializada6: 
 
 
 
 
5 Manual de Direito Previdenciário / Carlos Alberto Pereira de Castro, João Batista Lazzari. – 23. ed. – Rio de Janeiro: Forense, 2020, pag. 99. 
 
6 Idem, pag. 100/105. 
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CRFB DE 1934: Estabeleceu, de forma pioneira, a tripartição de contribuições, ou seja, por parte dos 
trabalhadores, empregadores e Estado; 
CRFB DE 1937: Usou pela primeira vez a expressão “seguro social”; 
 
CRFB DE 1946: 
Empregou pela primeira vez a expressão “previdência social”. O empregador passou 
a ser obrigado a manter seguro de acidente de trabalho. Primeira vez que se tentou 
sistematizar normas sociais em texto constitucional; 
CRFB DE 1967: Criação do seguro-desemprego; 
CRFB DE 1969: Sem inovações; 
CRFB DE 1988: Sistematização como conhecemos hoje da seguridade social. 
 
SE LIGA, ALUN@ RDP: antes de 1967 havia uma pulverização de institutos previdenciários, como o IAPM – 
Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Marítimos, IAPC – Instituto de Aposentadoria e Pensões dos 
Comerciários – e o IAPB – Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Bancários. 
 
Nesse ano, 1967, visando evitar a continuidade desse tipo de situação, todos esses institutos foram unificados, 
passando a atender pelo nome de INPS – Instituto Nacional de Previdência Social, antecessor do nosso 
conhecido INSS. 
 
Hoje, a lei que trata dos planos de Previdência Social é a 8.213/91, sendo o principal diploma normativo 
sobre o RGPS, possuindo uma peculiaridade: 
 
- É o único regime previdenciário compulsório brasileiro que permite a adesão de 
segurados facultativos, em obediência ao princípio da universalidade do 
atendimento – art. 194, I, da Constituição (PEREIRA DE CASTRO, LAZZARI. 2020: 
pag. 182). 
 
 Na prova da DPE/CE de 2014, exigiu-se a composição do Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS), 
prevista no art. 3º da referida Lei nº 8.213/91: 
Art. 3º Fica instituído o Conselho Nacional de Previdência Social–CNPS, órgão 
superior de deliberação colegiada, que terá como membros: 
I - 6 representantes do Governo Federal; 
II - 9 representantes da sociedade civil, sendo: 
a) 3 representantes dos aposentados e pensionistas; 
b) 3 representantes dos trabalhadores em atividade; 
c) 3 representantes dos empregadores. 
§ 1º Os membros do CNPS e seus respectivos suplentes serão nomeados pelo 
Presidente da República, tendo os representantes titulares da sociedade civil 
mandato de 2 anos, podendo ser reconduzidos, de imediato, uma única vez. 
§ 2º Os representantes dos trabalhadores em atividade, dos aposentados, dos 
empregadores e seus respectivos suplentes serão indicados pelas centrais sindicais 
e confederações nacionais. 
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CAIU NA DPE/CE – 2014 – FCC: Segundo a Lei nº 8.213/91, o Conselho Nacional de Previdência Social - CNPS é 
composto por: 
A) quinze membros nomeados pelo Presidente da República, sendo que os representantes titulares da sociedade 
civil terão mandato de dois anos, podendo ser reconduzidos, de imediato, uma única vez. 
B) onze representantes do Governo Federal, indicados pelo Congresso Nacional e nomeados pelo Presidente da 
República para mandato de dois anos, podendo ser reconduzidos, de imediato, uma única vez. 
C) oito representantes da sociedade civil, sendo quatro representantes dos trabalhadores em atividade e quatro 
representantes dos empregadores, vedado a nomeação de aposentado ou pensionista. 
D) nove representantes do Governo Federal, indicados pelo Congresso Nacional e nomeados pelo Presidente da 
República para mandato de dois anos, vedada a recondução. 
E) seis representantes da sociedade civil, sendo três representantes dos trabalhadores em atividade e três 
representantes dos empregadores, vedado a nomeação de aposentado ou pensionista.7 
 
ORGANIZAÇÃO 
 
No que tange a organização do sistema em comento, saliento que compete à União, privativamente, nos 
termos do art. 22, inciso XXIII, CRFB, legislar sobre SEGURIDADE SOCIAL. Contudo, atenção para o fato de que a 
competência é CONCORRENTE quando se tratar de previdência social e defesa da saúde, conforme art. 24, inciso 
XII, CRFB. 
 
Portanto, cuidado: 
 
Seguridade social Previdência social e defesa da saúde 
Competência privativa da União 
Competência concorrente da União, Estados e Distrito 
Federal.Em relação à seguridade social, temos as disposições gerais previstas na Constituição; um ponto importante 
é que, nos termos da CRFB, o sistema de seguridade social será financiado por toda a sociedade, direta ou 
indiretamente, conforme se verifica abaixo: 
 
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e 
indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, 
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais: 
 
I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes 
sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) 
 
a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer 
título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo 
empregatício; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998). 
 
CAIU NA DPE-RR-2013: A seguridade social é financiada por, entre outros recursos, os provenientes da contribuição 
social do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidente sobre a folha de 
salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste 
serviço, mesmo sem vínculo empregatício.8 
 
b) a receita ou o faturamento; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) 
 
c) o lucro; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) 
 
7 GAB: E. 
8 CERTO. A resposta está no art. 195, inciso I, ‘a’ da CF/88. 
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II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo 
contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência 
social de que trata o art. 201; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 
1998)9 
III - sobre a receita de concursos de prognósticos. 
 
IV - do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele 
equiparar. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) 
 
§ 1º - As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinadas à 
seguridade social constarão dos respectivos orçamentos, não integrando o orçamento da 
União. 
 
§ 2º A proposta de orçamento da seguridade social será elaborada de forma integrada 
pelos órgãos responsáveis pela saúde, previdência social e assistência social, tendo em 
vista as metas e prioridades estabelecidas na lei de diretrizes 
orçamentárias, assegurada a cada área a gestão de seus recursos. 
 
§ 3º A pessoa jurídica em débito com o sistema da seguridade social, como estabelecido 
em lei, não poderá contratar com o Poder Público nem dele receber benefícios ou 
incentivos fiscais ou creditícios. 
 
§ 4º A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou expansão 
da seguridade social, obedecido o disposto no art. 154, I. 
 
§ 5º Nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado, majorado ou 
estendido sem a correspondente fonte de custeio total. 
 
§ 6º As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser exigidas após 
decorridos noventa dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou 
modificado, não se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, "b". 
 
§ 7º São isentas de contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes de 
assistência social que atendam às exigências estabelecidas em lei. 
 
§ 8º O produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rurais e o pescador artesanal, bem 
como os respectivos cônjuges, que exerçam suas atividades em regime de economia 
 
9 A EC 103/19 trouxe outra redação para o dispositivo, conforme se depreende abaixo: 
II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, podendo ser adotadas alíquotas progressivas de acordo com o valor do 
salário de contribuição, não incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo Regime Geral de Previdência Social; 
O dispositivo foi regulamentado pela própria EC 103 em seu art. 28: 
Art. 28. Até que lei altere as alíquotas da contribuição de que trata a Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, devidas pelo segurado empregado, 
inclusive o doméstico, e pelo trabalhador avulso, estas serão de: (Vigência) 
I - até 1 (um) salário-mínimo, 7,5% (sete inteiros e cinco décimos por cento); 
II - acima de 1 (um) salário-mínimo até R$ 2.000,00 (dois mil reais), 9% (nove por cento); 
III - de R$ 2.000,01 (dois mil reais e um centavo) até R$ 3.000,00 (três mil reais), 12% (doze por cento); e 
IV - de R$ 3.000,01 (três mil reais e um centavo) até o limite do salário de contribuição, 14% (quatorze por cento). 
§ 1º As alíquotas previstas no caput serão aplicadas de forma progressiva sobre o salário de contribuição do segurado, incidindo cada alíquota 
sobre a faixa de valores compreendida nos respectivos limites. 
§ 2º Os valores previstos no caput serão reajustados, a partir da data de entrada em vigor desta Emenda Constitucional, na mesma data e 
com o mesmo índice em que se der o reajuste dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social, ressalvados aqueles vinculados ao 
salário-mínimo, aos quais se aplica a legislação específica. 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Constituicao.htm#art195ii.0
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8212cons.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/emendas/emc/emc103.htm#art36i
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familiar, sem empregados permanentes, contribuirão para a seguridade social mediante 
a aplicação de uma alíquota sobre o resultado da comercialização da produção e farão 
jus aos benefícios nos termos da lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 
20, de 1998) 
 
§ 9º As contribuições sociais previstas no inciso I do caput deste artigo poderão ter 
alíquotas diferenciadas em razão da atividade econômica, da utilização intensiva de mão 
de obra, do porte da empresa ou da condição estrutural do mercado de trabalho, sendo 
também autorizada a adoção de bases de cálculo diferenciadas apenas no caso das 
alíneas "b" e "c" do inciso I do caput. (Redação dada pela Emenda Constitucional 
nº 103, de 2019) 
 
§ 10. A lei definirá os critérios de transferência de recursos para o sistema único de saúde 
e ações de assistência social da União para os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, 
e dos Estados para os Municípios, observada a respectiva contrapartida de 
recursos. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) 
 
§ 11. São vedados a moratória e o parcelamento em prazo superior a 60 (sessenta) meses 
e, na forma de lei complementar, a remissão e a anistia das contribuições sociais de que 
tratam a alínea "a" do inciso I e o inciso II do caput. (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 103, de 2019) 
 
§ 12. A lei definirá os setores de atividade econômica para os quais as contribuições 
incidentes na forma dos incisos I, b; e IV do caput, serão não-cumulativas. (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) 
 
§ 13. (Revogado). (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 
2019) (Revogado pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) 
 
§ 14. O segurado somente terá reconhecida como tempo de contribuição ao Regime 
Geral de Previdência Social a competência cuja contribuição seja igual ou superior à 
contribuição mínima mensal exigida para sua categoria, assegurado o agrupamento de 
contribuições. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019). 
 
Estamos dando atenção aos dispositivos que foram alterados/incluídos em decorrência da Reforma da 
Previdência. 
 
O §9º dispõe que as contribuições do inciso I (do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada) 
poderão ter alíquotas diferentes em decorrência de certos fatores, como uso intensivode mão de obra ou porte 
da empresa (fins de trazer maior equidade na tributação). 
 
Já o §11 acerca da vedação de concessão de moratória e parcelamento superior a 60 meses além de, 
considerando lei complementar sobre o tema, remissão e anistia sobre as contribuições do inciso I, “a” 
(contribuição sobre a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à 
pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício) e inciso II (contribuição do trabalhador e 
dos demais segurados da previdência social, não incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas 
pelo regime geral de previdência social de que trata o art. 201). 
 
Por fim, o §14 trata da possibilidade de reconhecimento de contribuição ao RGPS das seguintes maneiras: 
 
 
 
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MANEIRA 01 MANEIRA 02 
Contribuição que seja igual ou superior à 
contribuição mínima mensal exigida para sua 
categoria. 
Agrupamento de contribuições para que esse valor 
mínimo mensal seja alcançado (se há duas contribuições 
que não alcançam o valor mínimo, elas poderão ser 
agrupadas e se transformarão em uma contribuição a ser 
computada) 
 
Já no que tange a saúde, o art. 196, CRFB dispõe que esse direito é de TODOS, sendo dever do Estado 
promovê-lo de forma adequada, conforme se vê: 
 
Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas 
sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao 
acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e 
recuperação. 
 
 Em relação ao art. 198, CRFB, tem-se que as ações e serviços de saúde fazem parte de uma rede 
regionalizada e hierarquizada, que possui determinadas diretrizes: 
 
Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e 
hierarquizada e constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes 
diretrizes: 
I - descentralização, com direção única em cada esfera de governo; 
II - atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos 
serviços assistenciais; 
III - participação da comunidade. 
§ 1º O sistema único de saúde será financiado, nos termos do art. 195, com recursos do 
orçamento da seguridade social, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios, além de outras fontes. (Parágrafo único renumerado para § 1º pela 
Emenda Constitucional nº 29, de 2000) 
§ 2º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios aplicarão, anualmente, em 
ações e serviços públicos de saúde recursos mínimos derivados da aplicação de 
percentuais calculados sobre: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000). 
 
I - no caso da União, a receita corrente líquida do respectivo exercício financeiro, não 
podendo ser inferior a 15% (quinze por cento); (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 86, de 2015) 
 
II – no caso dos Estados e do Distrito Federal, o produto da arrecadação dos impostos a 
que se refere o art. 155 e dos recursos de que tratam os arts. 157 e 159, inciso I, alínea 
a, e inciso II, deduzidas as parcelas que forem transferidas aos respectivos 
Municípios; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000) 
 
III – no caso dos Municípios e do Distrito Federal, o produto da arrecadação dos impostos 
a que se refere o art. 156 e dos recursos de que tratam os arts. 158 e 159, inciso I, alínea 
b e § 3º. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000) 
§ 3º Lei complementar, que será reavaliada pelo menos a cada cinco anos, 
estabelecerá: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000) 
 
I - os percentuais de que tratam os incisos II e III do § 2º; (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 86, de 2015) 
 
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II – os critérios de rateio dos recursos da União vinculados à saúde destinados aos 
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, e dos Estados destinados a seus respectivos 
Municípios, objetivando a progressiva redução das disparidades regionais; (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000) 
 
III – as normas de fiscalização, avaliação e controle das despesas com saúde nas esferas 
federal, estadual, distrital e municipal; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, 
de 2000) 
 
IV - (revogado) (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 86, de 2015) 
 
§ 4º Os gestores locais do sistema único de saúde poderão admitir agentes comunitários 
de saúde e agentes de combate às endemias por meio de processo seletivo público, de 
acordo com a natureza e complexidade de suas atribuições e requisitos específicos para 
sua atuação. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 51, de 2006) 
 
§ 5º Lei federal disporá sobre o regime jurídico, o piso salarial profissional nacional, as 
diretrizes para os Planos de Carreira e a regulamentação das atividades de agente 
comunitário de saúde e agente de combate às endemias, competindo à União, nos 
termos da lei, prestar assistência financeira complementar aos Estados, ao Distrito 
Federal e aos Municípios, para o cumprimento do referido piso salarial. (Redação 
dada pela Emenda Constitucional nº 63, de 2010) 
 
§ 6º Além das hipóteses previstas no § 1º do art. 41 e no § 4º do art. 169 da Constituição 
Federal, o servidor que exerça funções equivalentes às de agente comunitário de saúde 
ou de agente de combate às endemias poderá perder o cargo em caso de 
descumprimento dos requisitos específicos, fixados em lei, para o seu 
exercício. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 51, de 2006). 
 
Dando continuidade, é possível constatarmos que a iniciativa privada também atua no sistema de saúde 
de forma complementar, algo que é autorizado pelo ordenamento jurídico. O art. 197, parte final c/c art. 199, 
ambos da CRFB, tratam dessa autorização: 
 
 Art. 197. São de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao Poder 
Público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, 
devendo sua execução ser feita diretamente ou através de terceiros e, também, por 
pessoa física ou jurídica de direito privado. 
 
Art. 199. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada. 
 
§ 1º As instituições privadas poderão participar de forma complementar do sistema único 
de saúde, segundo diretrizes deste, mediante contrato de direito público ou convênio, 
tendo preferência as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos. 
 
§ 2º É vedada a destinação de recursos públicos para auxílios ou subvenções às 
instituições privadas com fins lucrativos. 
 
§ 3º - É vedada a participação direta ou indireta de empresas ou capitais estrangeiros na 
assistência à saúde no País, salvo nos casos previstos em lei. 
 
§ 4º A lei disporá sobre as condições e os requisitos que facilitem a remoção de órgãos, 
tecidos e substâncias humanas para fins de transplante, pesquisa e tratamento, bem 
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como a coleta, processamento e transfusão de sangue e seus derivados, sendo vedado 
todo tipo de comercialização. 
 
 Por outro lado, há várias limitações a essa atuação do particular e que podem aparecer na prova justamente 
por criarem balizas, assim fiquem atentos: 
 
É vedado destinar recurso público para auxiliar ou subvencionar instituição privada com fins lucrativos, pois, se o 
particular busca lucro, então deverá concorrer em igualdade com os demais atores do mercado; 
Salvo se houver autorização legal, não se permite que empresas ou capitais estrangeiros participem na assistência 
à saúde; 
É absolutamente VEDADA a comercialização de sangue e seus derivados. 
 
Quando nós pensamos no sistema de saúde pública, acabamos lembrando quase que imediatamenteapenas de atendimentos em postos de saúde, hospitais e congêneres, porque, de fato, é uma das atuações 
primordiais desse sistema. 
 
 No entanto, devemos lembrar que o sistema único de saúde também possui outras incumbências, previstas 
no art. 200 da CRFB, e que vocês precisam saber: 
 
Art. 200. Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos termos da 
lei: 
I - controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse para a saúde e 
participar da produção de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos, 
hemoderivados e outros insumos; 
II - executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde do 
trabalhador; 
III - ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde; 
IV - participar da formulação da política e da execução das ações de saneamento básico; 
V - incrementar, em sua área de atuação, o desenvolvimento científico e tecnológico e a 
inovação; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 85, de 2015) 
VI - fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor nutricional, 
bem como bebidas e águas para consumo humano; 
VII - participar do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de 
substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos; 
VIII - colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho. 
 
 Então, por exemplo, ações de inspeção de alimentos, bebidas e águas para consumo humano, também 
estão sob a alçada do sistema público de saúde. Cuidado com as pegadinhas em prova! 
ASSISTÊNCIA SOCIAL 
 
 No que se refere à assistência social, esta possui nitidamente um caráter de atuação positiva estatal 
(lembrem dos direitos de 2ª dimensão), pois, nos termos do caput do art. 203, CRFB, será prestada a quem dela 
necessitar, independentemente de contribuição à seguridade social. 
 
 Nessa esteira, essa assistência possui alguns objetivos, conforme abaixo: 
 
Proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice; 
Amparo às crianças e adolescentes carentes; 
Promoção da integração ao mercado de trabalho; 
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Habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua integração à vida 
comunitária; 
Garantia de um salário-mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso (BPC-LOAS) 
que comprovem não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, 
conforme dispuser a lei. 
 
 Vale lembrar que a Emenda Constitucional nº 114, de 16 de dezembro de 2021 inseriu um novo parágrafo 
único no art. 6º da Constituição: 
 
Parágrafo único. Todo brasileiro em situação de vulnerabilidade social terá direito 
a uma renda básica familiar, garantida pelo poder público em programa 
permanente de transferência de renda, cujas normas e requisitos de acesso serão 
determinados em lei, observada a legislação fiscal e orçamentária. 
 
Essa mesma EC 114/2021 inseriu um novo objetivo da assistência social (inciso VI): 
Art. 203. A assistência social será prestada a quem dela necessitar, 
independentemente de contribuição à seguridade social, e tem por objetivos: 
I - a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice; 
II - o amparo às crianças e adolescentes carentes; 
III - a promoção da integração ao mercado de trabalho; 
IV - a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção 
de sua integração à vida comunitária; 
V - a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de 
deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover à própria 
manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei. 
VI - a redução da vulnerabilidade socioeconômica de famílias em situação de 
pobreza ou de extrema pobreza. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 114, 
de 2021) 
Naturalmente, todas essas ações de assistência social geram custos que precisam ser cobertos de alguma 
forma; nesse sentido, prevê o art. 204, CRFB que as ações de assistência social serão realizadas com RECURSOS DO 
ORÇAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL, PREVISTOS NO ART. 195, CRFB, além de outras fontes. No entanto, o uso 
desses recursos não é totalmente livre, pois devem ser seguidas as seguintes diretrizes: 
 
Descentralização político-administrativa, cabendo a coordenação e as normas gerais à esfera federal e a 
coordenação e a execução dos respectivos programas às esferas estadual e municipal, bem como a entidades 
beneficentes e de assistência social; 
Participação da população, por meio de organizações representativas, na formulação das políticas e no controle 
das ações em todos os níveis. 
 
O art. 100, § 5º da CF/88, após a EC 114/2021, passou a trazer a seguinte redação 
 
§ 5º É obrigatória a inclusão no orçamento das entidades de direito público de 
verba necessária ao pagamento de seus débitos oriundos de sentenças transitadas 
em julgado constantes de precatórios judiciários apresentados até 2 de abril, 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc114.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc114.htm#art1
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fazendo-se o pagamento até o final do exercício seguinte, quando terão seus 
valores atualizados monetariamente. 
 
 Ainda, com o fito de fomentar programa de apoio à inclusão e promoção social, Estados e DF poderão 
destinar até cinco décimos por cento de sua receita tributária líquida (art. 204, parágrafo único, CRFB), mas desde 
que tais receitas NÃO SEJAM DESTINADAS A: 
 
Despesas com pessoal e encargos sociais; 
Serviço da dívida; 
Qualquer outra despesa corrente não vinculada diretamente aos investimentos ou ações apoiados. 
 
O sentido dessas vedações é algo evidente, pois desnatura o objetivo da norma já que, por exemplo, 
despesa com pessoal e encargo social não é uma medida de fomento ao apoio à inclusão e promoção social. 
PRINCÍPIOS DA SEGURIDADE SOCIAL 
 
Gente, sabemos que os princípios constituem a base do Direito visto como um todo, de maneira que o 
estudo desse ponto é de suma importância, sobretudo porque está expresso em nosso edital. 
 
Vamos analisar a seguinte tabela trazida pelo grande professor Frederico Amado em sua obra Curso de 
Direito e Processo Previdenciário10: 
 
PRINCÍPIOS DA 
SEGURIDADE SOCIAL 
CONTEÚDO 
 
Universalidade da 
Cobertura e do 
Atendimento 
Este princípio busca conferir a maior abrangência possível às ações da seguridade 
social no Brasil, na medida dos recursos disponíveis. É possível cindi-lo a fim de ligar a 
Universalidade da Cobertura aos riscos sociais abarcados pelo Sistema Nacional de 
Seguridade Social (aspecto objetivo), enquanto a Universalidade do Atendimento se 
refere as pessoas destinatárias das prestações securitárias (aspecto subjetivo). 
Uniformidade e 
equivalência dos 
benefícios e serviços às 
populações urbanas e 
rurais 
Este princípio veda a discriminação negativa em desfavor das populações urbanas ou 
rurais, como ocorreu com os povos rurais no passado, pois agora os benefícios e 
serviços da seguridade social deverão tratar isonomicamente ambos os povos. 
 
 
Seletividade 
A seletividade deverá lastrear a escolha feita pelo legislador dos benefícios e serviços 
integrantes da seguridade social, bem como os requisitos para a sua concessão, 
conforme as necessidades sociais e a disponibilidade de recursos orçamentários, de 
acordo com o interesse público. Também deverá o legislador escolher os destinatários 
das prestações de acordo com as necessidades sociais. 
Distributividade 
A distributividade coloca a seguridade social como sistema realizador da justiça social, 
consectário do Princípio da Isonomia, sendo instrumento de desconcentração de 
riquezas. 
 
 
Irredutibilidade do valor 
dos benefíciosPor este princípio, decorrente da segurança jurídica, não será possível a redução do 
valor nominal de benefício da seguridade social. No caso específico da previdência 
social, ainda é garantido constitucionalmente o reajustamento para manter o seu valor 
real. 
 
 
Equidade no custeio 
O custeio da seguridade social deverá ser o mais amplo possível, mas precisa ser 
isonômico, devendo contribuir de maneira mais acentuada aqueles que dispuserem de 
 
10 AMADO, Frederico. Curso de direito e processo previdenciário / Frederico Amado - 9. ed. rev., ampl. e atual. - Salvador: Ed. JusPodivm, 
2017, pag. 42/43. 
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mais recursos financeiros, bem como os que mais provocarem a cobertura da 
seguridade social. 
Diversidade da base de 
financiamento 
O financiamento da seguridade social deverá ter múltiplas fontes, a fim de garantir a 
solvibilidade do sistema, para se evitar que a crise em determinados setores 
comprometa demasiadamente a arrecadação, com a participação de toda a sociedade, 
de forma direta e indireta. 
Gestão quadripartite 
A gestão da seguridade social será quadripartite, de índole democrática e 
descentralizada, envolvendo representantes dos trabalhadores, dos empregadores, 
dos aposentados e do Poder Publico nos seus órgãos colegiados. 
 
Solidariedade 
Essencialmente a seguridade social é solidária, pois visa a agasalhar as pessoas em 
momentos de necessidade. Há uma verdadeira socialização dos riscos com toda a 
sociedade, pois os recursos mantenedores do sistema provêm dos orçamentos 
públicos e das contribuições sociais. 
 
Precedência da fonte de 
custeio 
Por esse princípio, nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado, 
majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total. 
Orçamento diferenciado Existe uma peça orçamentária exclusiva para a seguridade social. 
 
Pronto, vimos os principais princípios inerentes da seguridade social. Para nossa prova, será o suficiente, o 
que nos permite avançar para mais um ponto do seu edital. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2 Custeio da seguridade social. 2.1 Receitas, contribuições sociais, salário de contribuição. 
 
CUSTEIO DA SEGURIDADE SOCIAL 
 
Manter esse sistema de seguridade social gera custos, que são “divididos” entre todos da sociedade, haja 
vista o princípio da solidariedade; e em relação ao Estado em sentido lato, o princípio da gestão quadripartite. 
 
Dessa forma, os principais recursos do sistema são: 
 
Recursos dos Entes Federativos (União, estados, DF e Municípios) 
Receitas das Contribuições para a seguridade social 
 
No entanto, há exceções ao fato de que as receitas advindas das contribuições devam, necessariamente, 
ser destinadas à previdência. Conforme leciona a doutrina11: 
 
“Contudo, há uma exceção “temporária” no artigo 76, do ADCT, da Constituição, que criou a DRU - Desvinculação 
de Receitas da União, prorrogada até 31 de dezembro de 2015 pela Emenda Constitucional n° 68/2011, que permitiu 
que até 20% do montante arrecadado com as contribuições sociais tenham destinação diversa. 
 
Coube à Emenda Constitucional 93/2016 prorrogar e ampliar a DRU, que agora abarca 30% da arrecadação da União 
relativa as contribuições sociais, sem prejuízo do pagamento das despesas do Regime Geral da Previdência Social, 
as contribuições de intervenção no domínio econômico e as taxas, já instituídas ou que vierem a ser criadas até a 
referida data até 31 de dezembro de 2023. 
 
Ademais, foram inseridos os artigos 76-A e 76-B que instituíram a DRU em favor dos estados, Distrito Federal e 
municípios até 31 de dezembro de 2023 e no mesmo importe de 30% das receitas relativas a impostos, taxas e 
multas, já instituídos ou que vierem a ser criados até a referida data, seus adicionais e respectivos acréscimos legais, 
e outras receitas correntes, salvo recursos destinados ao financiamento das ações e serviços públicos de saúde e a 
manutenção e desenvolvimento do ensino (incisos II e III do § 2º do art. 198 e o art. 212 da Constituição Federal) e 
receitas de contribuições previdenciárias e de assistência à saúde dos servidores. 
 
Há ainda outras exceções previstas nos artigos 17 e 18 da Lei 8.212/91, que liberou a utilização de algumas 
contribuições para a seguridade social para o pagamento de despesas administrativas e de pessoal do INSS, bem 
como 10% da receita das contribuições sobre a receita, faturamento ou lucro com os encargos previdenciários da 
União, assim considerados pelo Ministério da Fazenda como os “recursos destinados a pagamento dos proventos 
de aposentadoria e pensões dos servidores civis e militares da administração direta da União”. 
 
Em relação à instituição de contribuições para a seguridade social, temos o seguinte: 
 
REGRA EXCEÇÃO 
Apenas a União pode 
instituir contribuição 
para a seguridade 
social. 
Os demais Entes Federativos poderão instituir contribuição para custeio dos respectivos 
regimes previdenciários, conforme se verifica no dispositivo constitucional abaixo: 
 
Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção 
no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como 
instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, 
e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições 
a que alude o dispositivo. 
 
11 AMADO, Frederico. Curso de direito e processo previdenciário / Frederico Amado - 9. ed. rev., ampl. e atual. - Salvador: Ed. JusPodivm, 
2017, pag. 199/200. 
 
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§ 1º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão contribuição, cobrada de 
seus servidores, para o custeio, em benefício destes, do regime previdenciário de que 
trata o art. 40, cuja alíquota não será inferior à da contribuição dos servidores titulares de 
cargos efetivos da União. 
 
 Ademais, lembrem-se que é competência concorrente dos Entes legislarem sobre ORÇAMENTO, nos 
termos do art. 24, inciso II, CRFB: 
 
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente 
sobre: 
 
II - orçamento; 
 
 Se nós olharmos a parte da CRFB que trata justamente sobre questões orçamentárias, vamos ver, conforme 
o caput do art. 165, que o Poder Executivo tem a iniciativa de 3 leis: 1) Plano Plurianual (PPA), 2) Lei de Diretrizes 
Orçamentárias (LDO) e 3) a Lei Orçamentária Anual (LOA). 
 
No §5º está previsto que a LOA tratará do orçamento da seguridade social: 
 
§ 5º A lei orçamentária anual compreenderá: 
 
III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela 
vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações 
instituídos e mantidos pelo Poder Público. 
 
 Tamanha é a relevância desse orçamento para a seguridade social, que o constituinte previu que ele não 
poderá ser usado para suprir necessidade ou cobrir déficit de empresas, fundações e fundos sem autorização 
legislativa, conforme se verifica: 
 
Art. 167. São vedados: 
 
VIII - a utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos dos orçamentos fiscal 
e da seguridade social para suprir necessidade ou cobrir déficit de empresas, fundações 
e fundos, inclusive dos mencionados no art. 165, § 5º; 
 
 Essa vedação constitucional é muito importante, pois, imaginem só como ficaria comprometida a 
seguridade social se o orçamento pudesse ser usado para cobrir déficit de empresa pública? O dinheiro destinado 
às ações da seguridade tem destino certo, com importância social ímpar e que demanda uma atenção especial do 
Legislativo. 
 
Continuando. 
 
E a natureza jurídica das contribuiçõespara a seguridade social, qual é? 
 
Olha gente, vocês certamente conhecem (ou pelo menos já ouviram falar) no debate acerca das teorias 
bipartite, tripartite, quadripartite e pentapartite no que se refere as espécies tributárias, certo? Pois bem; conforme 
doutrina majoritária e jurisprudência prevalente, as contribuições para a seguridade social tem natureza jurídica 
de TRIBUTO, tendo em vista o fato de o Brasil adotar a teoria pentapartite dos tributos.12 
 
 
12 Assim, contribuição social é tributo ao lado dos impostos, taxas, contribuição de melhoria e empréstimos compulsórios. 
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No entanto, para manutenção da seguridade social, lembra bem a doutrina13 que: 
 
“(...) No mais, o artigo 27, da Lei 8.212/91, ainda aponta outras receitas para o custeio da 
seguridade social, tais como as multas, a atualização monetária e os juros moratórios; a 
remuneração recebida por serviços de arrecadação, fiscalização e cobrança prestados a 
terceiros e 40% do resultado dos leilões dos bens apreendidos pelo Departamento da 
Receita Federal do Brasil. Aliás, a arrecadação desses tributos é tão importante que há 
vedação constitucional para que o Poder Público contrate com as pessoas jurídicas em 
débito com a seguridade social, bem como lhes conceda incentivos fiscais ou creditícios.” 
 
 Vamos conferir os artigos citados pelo autor, lembrando que em 1ª fase a cobrança de lei seca é cruel: 
 
ART. 27, LEI 8.212/91 ART. 195, CRFB 
Constituem outras receitas da Seguridade Social: 
 
I - as multas, a atualização monetária e os juros 
moratórios; 
 
II - a remuneração recebida por serviços de 
arrecadação, fiscalização e cobrança prestados a 
terceiros; 
 
III - as receitas provenientes de prestação de 
outros serviços e de fornecimento ou 
arrendamento de bens; 
 
IV - as demais receitas patrimoniais, industriais e 
financeiras; 
 
V - as doações, legados, subvenções e outras 
receitas eventuais; 
 
VI - 50% (cinquenta por cento) dos valores obtidos 
e aplicados na forma do parágrafo único do art. 
243 da Constituição Federal; 
 
VII - 40% (quarenta por cento) do resultado dos 
leilões dos bens apreendidos pelo Departamento 
da Receita Federal; 
 
VIII - outras receitas previstas em legislação 
específica. 
 
Parágrafo único. As companhias seguradoras que 
mantêm o seguro obrigatório de danos pessoais 
causados por veículos automotores de vias 
terrestres, de que trata a Lei nº 6.194, de 
dezembro de 1974, deverão repassar à Seguridade 
Social 50% (cinquenta por cento) do valor total do 
A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de 
forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos 
provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes 
contribuições sociais: 
 
§ 3º A pessoa jurídica em débito com o sistema da 
seguridade social, como estabelecido em lei, não poderá 
contratar com o Poder Público nem dele receber benefícios 
ou incentivos fiscais ou creditícios. 
 
13 AMADO, Frederico. Curso de direito e processo previdenciário / Frederico Amado - 9. ed. rev., ampl. e atual. - Salvador: Ed. JusPodivm, 
2017, pag. 201/202. 
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prêmio recolhido e destinado ao Sistema Único de 
Saúde-SUS, para custeio da assistência médico-
hospitalar dos segurados vitimados em acidentes 
de trânsito. 
 
Vamos a outro ponto do nosso edital. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3 Regime Geral de Previdência Social. 3.1 Segurados e dependentes. 3.2 Filiação e inscrição. 3.3 Carência. 3.4 
Espécies de benefícios e prestações, disposições gerais e específicas. 3.5 Salário de benefício. 3.6 Renda mensal 
inicial. 3.7 Reajustamento e revisão. 3.8 Prescrição e decadência. 3.9 Acumulação de benefícios. 3.10 Justificação. 
3.11 Ações judiciais em matéria previdenciária. 3.12 Acidente de trabalho. 
 
A previdência social é a última subdivisão do sistema de seguridade social, sendo que é a única de caráter 
CONTRIBUTIVO e de FILIAÇÃO OBRIGATÓRIA, conforme visto anteriormente. 
 
 
 
Os incisos do art. 201, CRFB versam sobre os eventos os quais a previdência social deve atender, sendo, 
basicamente, os seguintes: 
 
 
 
ALTERAÇÕES TRAZIDAS PELA REFORMA DA PREVIDÊNCIA 
 
A Reforma da Previdência implicou em diversas mudanças relacionadas ao recebimento de benefícios 
previdenciários e precisamos ter noção sobre elas, pois poderão estar presentes em nossa prova. 
Previdência Social 
Filiação obrigatória
Caráter contributivo
Devendo possuir 
critérios que 
preservem o equilíbrio 
financeiro e atuarial
A previdência social atenderá:
Cobertura dos eventos de 
doença, invalidez, morte e idade 
avançada;
Proteção à maternidade, 
especialmente à gestante;
Proteção ao trabalhador em 
situação de desemprego 
involuntário;
Salário-família e auxílio-reclusão 
para os dependentes dos 
segurados de baixa renda;
Pensão por morte do segurado, 
homem ou mulher, ao cônjuge ou 
companheiro e dependentes.
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Vai ser tranquilo, prometo! 
 
Em primeiro lugar, é vedada a concessão de benefícios com requisitos diferenciados ou critérios 
diferenciados (lembrem-se da isonomia, pois se todos têm direito à previdência, então todos, a priori, devem 
conseguir o direito de usufruí-la da mesma forma). Porém, não apenas devemos buscar a isonomia formal, mas 
também a isonomia MATERIAL, já que em determinadas ocupações os riscos e o desgaste físico e mental do 
trabalhador são beeem maiores do que a média. 
 
Por isso, o §1º do art. 201, CRFB dispõe: 
 
§ 1º É vedada a adoção de requisitos ou critérios diferenciados para concessão de 
benefícios, ressalvada, nos termos de lei complementar, a possibilidade de previsão de 
idade e tempo de contribuição distintos da regra geral para concessão de aposentadoria 
exclusivamente em favor dos segurados: (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 103, de 2019) 
 
I - com deficiência, previamente submetidos a avaliação biopsicossocial realizada por 
equipe multiprofissional e interdisciplinar; (Incluído pela Emenda Constitucional 
nº 103, de 2019) 
 
II - cujas atividades sejam exercidas com efetiva exposição a agentes químicos, físicos e 
biológicos prejudiciais à saúde, ou associação desses agentes, vedada a caracterização 
por categoria profissional ou ocupação. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 
103, de 2019) 
 
 Assim, pessoa com deficiência ou cujas atividades sejam exercidas em determinadas circunstâncias, têm o 
direito constitucional de receber critérios e requisitos diferenciados para adquirir o direito à previdência. Guardem 
isso! 
 
 Agora, e esse será um dos pontos principais, temos que ter noção também de que existe uma idade mínima 
para aposentadoria, bem como tempo de contribuição. Vamos fazer esse estudo de forma esquematizada para 
facilitar o aprendizado e mais adiante comentaremos as espécies de aposentadoria. 
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No entanto, e acredito que não poderia ser diferente, pois, do contrário, faria quase que literalmente a 
pessoa trabalhar até a morte, é possível a contagem recíproca do tempo de contribuição entre o Regime Geral de 
Previdência Social e os regimes próprios de previdência social, e destes entre si, observada a compensação 
financeira, de acordo com os critérios estabelecidos em lei. 
 
 Dessa forma, se a pessoa era servidora pública e foi para a iniciativa privada, ou vice-versa,poderá averbar 
o tempo de contribuição para contagem de tempo para aposentadoria. 
 
 Além disso, atenção para o serviço militar exercido nas seguintes atividades: 
 
Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares; 
Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica; 
Serviço militar obrigatório. 
 
É que nesses casos, o tempo de serviço militar e o tempo de contribuição ao Regime Geral de Previdência 
Social ou a regime próprio de previdência social terão contagem recíproca para fins de inativação militar ou 
aposentadoria, e a compensação financeira será devida entre as receitas de contribuição referentes aos militares 
e as receitas de contribuição aos demais regimes (art. 201, §9º-A, CRFB). 
 
 Vamos conferir abaixo outras especificidades trazidas pela Reforma da Previdência: 
 
Idade mínima
HOMEM
65 anos, observado o tempo 
mínimo de contribuição
60 anos, se trabalhador rural e 
para os que exerçam suas 
atividades em regime de 
economia familiar, nestes 
incluídos o produtor rural, o 
garimpeiro e o pescador 
artesanal.
60 anos, se professor que 
comprove tempo de efetivo 
exercício das funções de 
magistério na educação infantil 
e no ensino fundamental e 
médio fixado em lei 
complementar.
MULHER 
62 anos, observado o tempo 
mínimo de contribuição
55 anos, se trabalhadora rural e 
para as que exerçam suas 
atividades em regime de 
economia familiar, nestes 
incluídos o produtor rural, o 
garimpeiro e o pescador 
artesanal.
57anos, se professora que 
comprove tempo de efetivo 
exercício das funções de 
magistério na educação infantil 
e no ensino fundamental e 
médio fixado em lei 
complementar.
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Lei complementar poderá disciplinar a cobertura de benefícios não programados, inclusive os decorrentes 
de acidente do trabalho, a ser atendida concorrentemente pelo Regime Geral de Previdência Social e pelo 
setor privado. 
Lei instituirá sistema especial de inclusão previdenciária, com alíquotas diferenciadas, para atender aos 
trabalhadores de baixa renda, inclusive os que se encontram em situação de informalidade, e àqueles sem 
renda própria que se dediquem exclusivamente ao trabalho doméstico no âmbito de sua residência, desde 
que pertencentes a famílias de baixa renda. 
A aposentadoria concedida ao segurado do quadro anterior terá valor de 1 (um) salário-mínimo. 
É vedada a contagem de tempo de contribuição fictício para efeito de concessão dos benefícios 
previdenciários e de contagem recíproca. 
Lei complementar estabelecerá vedações, regras e condições para a acumulação de benefícios 
previdenciários. 
Os empregados dos consórcios públicos, das empresas públicas, das sociedades de economia mista e das 
suas subsidiárias serão aposentados compulsoriamente, observado o cumprimento do tempo mínimo de 
contribuição, ao atingir a idade máxima de que trata o inciso II do § 1º do art. 40 (70 (setenta) anos de idade, 
ou aos 75 (setenta e cinco) anos de idade, na forma de lei complementar), na forma estabelecida em lei. 
Lei complementar disciplinará a relação entre a União, Estados, Distrito Federal ou Municípios, inclusive 
suas autarquias, fundações, sociedades de economia mista e empresas controladas direta ou 
indiretamente, enquanto patrocinadores de planos de benefícios previdenciários, e as entidades de 
previdência complementar. 
A lei complementar de que trata o Box anterior aplicar-se-á, no que couber, às empresas privadas 
permissionárias ou concessionárias de prestação de serviços públicos, quando patrocinadoras de planos de 
benefícios em entidades de previdência complementar. 
Lei complementar estabelecerá os requisitos para a designação dos membros das diretorias das entidades 
fechadas de previdência complementar instituídas pelos patrocinadores de que trata o penúltimo Box e 
disciplinará a inserção dos participantes nos colegiados e instâncias de decisão em que seus interesses 
sejam objeto de discussão e deliberação. 
 
 Galera, para finalizar esse ponto sobre Reforma da Previdência, vamos ter cuidado com um detalhe. 
Veja o que diz o art. 33, § 3º do ECA: 
 
§ 3º A guarda confere à criança ou adolescente a condição de dependente, para todos os fins e efeitos de direito, 
inclusive previdenciários. 
 
 Entendido. 
 
 Ocorre que a Lei 8.213/91, que trata dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social, tinha em 
seu art. 16 a previsão de que quem estivesse em guarda judicial era equiparado a filho, fazendo tal pessoa jus, 
portanto, aos benefícios previdenciários na condição de dependente do segurado do INSS. 
 
 Contudo, em 1996 a redação do art. 16 foi alterada pela MP 1.523/96 (posteriormente convertida na 
Lei 9.528/1997), tendo sido excluída da previsão legal tal equiparação. Entretanto, a redação do ECA continuou 
inalterada, prevendo, portanto, que a guarda geraria à criança / adolescente a condição de dependente para fins 
previdenciários. 
 
 Surgiu a seguinte celeuma: o que deveria prevalecer? A redação do ECA ou a redação do art. 16 da Lei 
8.213/91? 
 Instado a se manifestar, o STJ decidiu que prevalece a redação do ECA, conforme se verifica abaixo14: 
 
 
14 Disponível em <https://www.dizerodireito.com.br/2017/01/menor-sob-guarda-e-dependente-para-fins.html> , acesso em 08/01/2020. 
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Ao menor sob guarda deve ser assegurado o direito ao benefício da pensão por morte 
mesmo se o falecimento se deu após a modificação legislativa promovida pela Lei nº 
9.528/97 na Lei nº 8.213/91. O art. 33, § 3º do ECA deve prevalecer sobre a modificação 
legislativa promovida na lei geral da Previdência Social, em homenagem ao princípio da 
proteção integral e preferência da criança e do adolescente (art. 227 da CF/88). STJ. Corte 
Especial. EREsp 1141788/RS, Min. Rel. João Otávio de Noronha, julgado em 07/12/2016. 
 
(...) 1. Caso em que se discute a possibilidade de assegurar benefício de pensão por morte 
a menor sob guarda judicial, em face da prevalência do disposto no artigo 33, § 3º, do 
Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA, sobre norma previdenciária de natureza 
específica. 
 
2. Os direitos fundamentais da criança e do adolescente têm seu campo de incidência 
amparado pelo status de prioridade absoluta, requerendo, assim, uma hermenêutica 
própria comprometida com as regras protetivas estabelecidas na Constituição Federal e 
no Estatuto da Criança e do Adolescente. 
 
3. A Lei 8.069/90 representa política pública de proteção à criança e ao adolescente, 
verdadeiro cumprimento da ordem constitucional, haja vista o artigo 227 da Constituição 
Federal de 1988 dispor que é dever do Estado assegurar com absoluta prioridade à 
criança e ao adolescente o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à 
profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar 
e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, 
exploração, violência, crueldade e opressão. 
 
4. Não é dado ao intérprete atribuir à norma jurídica conteúdo que atente contra a 
dignidade da pessoa humana e, consequentemente, contra o princípio de proteção 
integral e preferencial a crianças e adolescentes, já que esses postulados são a base do 
Estado Democrático de Direito e devem orientar a interpretação de todo o ordenamento 
jurídico. 
 
5. Embora a lei complementar estadual previdenciária do Estado de Mato Grosso seja lei 
específica da previdência social, não menos certo é que a criança e adolescente tem 
norma específica, o Estatuto da Criança e do Adolescente que confere ao menor sob 
guarda a condição de dependente para todos os efeitos, inclusive previdenciários (art. 
33, § 3º, Lei n.º 8.069/90), norma que representa a política de proteção ao menor, 
embasada na Constituição Federal que estabelece o deverdo poder público e da 
sociedade na proteção da criança e do adolescente (art. 227, caput, e § 3º, inciso II). (...) 
STJ. 1ª Seção. RMS 36.034/MT, Rel. Min. Benedito Gonçalves, julgado em 26/02/2014. 
 
 No entanto, não pare sua leitura por aqui, pois o mais importante vem agora. 
 
 É que com a EC nº 103/2019, que altera o sistema de Previdência Social e estabelece regras de 
transição e disposições transitórias, conhecida também como “Reforma da Previdência”, trouxe ao art. 23 do ADCT 
um parágrafo 6º que pode, a princípio, causar duas situações interpretativas distinta. 
 
Primeiro veja o que diz o § 6º: 
 
§ 6º Equiparam-se a filho, para fins de recebimento da pensão por morte, exclusivamente 
o enteado e o menor tutelado, desde que comprovada a dependência econômica. 
 
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Ou seja, o dispositivo constitucional prevê que se equipara à condição de filho para fins de pensão por 
morte EXCLUSIVAMENTE o enteado e o menor TUTELADO. Permita-me lembrar que o menor SOB GUARDA (e não 
sob tutela) já havia sido excluído do rol de dependentes na Lei 8.213/91 pela Lei 9.528/97 (acabamos de ver, 
lembra?), todavia o entendimento jurisprudencial dominante do STJ era no sentido de que o ECA previa a condição 
de dependente para efeitos previdenciários e por ser o ECA lei especial, deveria prevalecer. 
No entanto, aí que está! 
 
Percebe-se, com a leitura do § 6º do art. 23 do ADCT, que o entendimento jurisprudencial foi superado 
pela EC 103/2019, justamente por causa do “EXCLUSIVAMENTE”. 
 
A partir disso, a doutrina aponta duas alternativas: 
 
ALTERNATIVA 01 ALTERNATIVA 02 
Houve nítida situação de “reação legislativa”, em 
que o legislador superou o entendimento 
jurisprudencial através de Emenda Constitucional. 
Face à concretização da proteção integral, com expressa 
previsão na CF/88 e no ECA, o menor sob guarda continua 
ainda sendo dependente para fins previdenciários. Essa é 
a posição adotada por PEREIRA DE CASTRO, LAZZARI 
(2020, Manual de Direito Previdenciário). 
 
Em junho de 2021, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que o menor de idade sob guarda deve ser 
considerado dependente para fins previdenciários, tendo, assim, direito à pensão por morte. O STF entendeu que 
a Lei 8.213/1991 deve ser interpretada de modo protetivo, contemplando também o menor sob guarda. Inclusive, 
tal Lei foi justamente o que levou a discussão ao Tribunal. Isso porque mencionava apenas os termos “enteado” e 
“menor tutelado” ao referir-se à condição de filho, ignorando, então, a figura do menor sob guarda. O julgamento, 
que tratava das Ações Direta de Inconstitucionalidade (ADIs) 4878 e 5083, foi finalizado no último dia 7 de Junho, 
com 6 votos favoráveis e 5 votos contra a tese fixada. A decisão se definiu pelo voto divergente do Ministro Edson 
Fachin, que assim pontuou15: 
 
“Os pedidos formulados nas ADIs 5083 e 4878, contudo, não contemplaram a 
redação do art. 23 da EC 103/2019, razão pela qual, ao revés do e. Ministro Relator, 
não procedo à verificação da constitucionalidade do dispositivo, em homenagem 
ao princípio da demanda. De toda sorte, os argumentos veiculados na presente 
manifestação são em todo aplicáveis ao art. 23 referido. Diante do exposto, 
homenageando conclusões diversas, julgo procedente a ADI 4878 e parcialmente 
procedente a ADI 5083, de modo a conferir interpretação conforme ao § 2º do art. 
16, da Lei 8.213/1991, para contemplar, em seu âmbito de proteção, o ‘menor sob 
guarda ‘.” 
 
Porém, não se declarou inconstitucional o dispositivo da EC 103/2019 que excluiu o menor sob guarda 
como dependente, por não ter sido objeto das ADIs. 
 
CAIU NA DP-DF-2019-CESPE: “Joana, de vinte e cinco anos de idade, é mãe de Maria, de dois anos de idade, cujo 
pai falecera antes de ela ter nascido. Para que Joana fosse submetida a tratamento médico em outro estado da 
Federação, a guarda judicial de Maria foi concedida aos avós paternos, João e Clarissa. Na sentença que concedeu 
a guarda, o magistrado impôs a Joana o dever de prestar alimentos a Maria. Por todos serem hipossuficientes, 
Clarissa procurou a Defensoria Pública para orientação jurídica. Considerando a situação hipotética apresentada, 
julgue o item seguinte, de acordo com a legislação pertinente e a jurisprudência dos tribunais superiores. A guarda 
dada aos avós paternos de Maria é irrevogável, porque foi concedida por sentença judicial e obriga a prestação de 
assistência material, moral e educacional”.16 
 
15 Disponível em: https://previdenciarista.com/blog/sft-decide-que-menor-sob-guarda-e-considerado-dependente-para-fins-
previdenciarios/. Acesso em 27 de novembro de 2021. 
16 ERRADA. Art. 35. A guarda poderá ser revogada a qualquer tempo, mediante ato judicial fundamentado, ouvido o Ministério Público. 
https://previdenciarista.com/blog/sft-decide-que-menor-sob-guarda-e-considerado-dependente-para-fins-previdenciarios/
https://previdenciarista.com/blog/sft-decide-que-menor-sob-guarda-e-considerado-dependente-para-fins-previdenciarios/
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CAIU NA DP-DF-2019-CESPE: “Considerando o mesmo caso narrado na questão anterior, segundo jurisprudência 
pacificada do STJ, Maria é dependente previdenciária dos seus avós paternos”. 17 
 
REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL – RGPS 
 
 Vamos lá! 
 
Algumas informações preliminares são importantes de serem ressaltadas baseadas na doutrina 
especializada18; primeiramente, confiram a tabela abaixo acerca de quem se enquadra no RGPS (Regime Geral de 
Previdência Social): 
 
Trabalhadores com relação de emprego (celetistas); 
Trabalhadores autônomos, eventuais ou não; 
Empresários individuais e microempreendedores individuais ou sócios de empresas e prestadores de serviços 
remunerados por “pro-labore”; 
Trabalhadores avulsos; 
pequenos produtores rurais e pescadores artesanais trabalhando em regime de economia familiar; 
outras categorias de trabalhadores, como agentes públicos que ocupam exclusivamente cargos em comissão, 
garimpeiros, empregados de organismos internacionais e ministros de confissão religiosa. 
 
SEGURADOS 
 
Será considerado segurado do RGPS aquele que estiver listado no rol do art. 12 da Lei 8.212/91 e no art. 
11 da Lei 8.213/91, conforme se verifica abaixo (o rol é extenso, mas lembrando que, por se tratar de uma prova 
objetiva, seu examinador poderá elaborar a questão no estilo “copia e cola” da lei). Leiam, por favor, todos esses 
artigos abaixo, pois eles podem estar em sua prova. 
Art. 12, Lei 8.212/91. São segurados obrigatórios da Previdência Social as seguintes 
pessoas físicas: 
I - como empregado: 
a) aquele que presta serviço de natureza urbana ou rural à empresa, em caráter não 
eventual, sob sua subordinação e mediante remuneração, inclusive como diretor 
empregado; 
b) aquele que, contratado por empresa de trabalho temporário, definida em legislação 
específica, presta serviço para atender a necessidade transitória de substituição de 
pessoal regular e permanente ou a acréscimo extraordinário de serviços de outras 
empresas; 
c) o brasileiro ou estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como 
empregado em sucursal ou agência de empresa nacional no exterior; 
d) aquele que presta serviço no Brasil a missão diplomática ou a repartição consular de 
carreira estrangeira e a órgãos a ela subordinados, ou a membros dessas missões e 
repartições, excluídos o não-brasileiro sem residência permanente no Brasil e o brasileiro 
 
17 CERTO. Atualmente a questão seria polêmica em razão da EC nº 103/2019. 
18 Manual de Direito Previdenciário / Carlos Alberto Pereira de Castro, João Batista Lazzari. – 23. ed. – Rio de Janeiro: Forense, 2020, pag. 
182/183. 
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amparado pela legislação previdenciáriado país da respectiva missão diplomática ou 
repartição consular; 
e) o brasileiro civil que trabalha para a União, no exterior, em organismos oficiais 
brasileiros ou internacionais dos quais o Brasil seja membro efetivo, ainda que lá 
domiciliado e contratado, salvo se segurado na forma da legislação vigente do país do 
domicílio; 
f) o brasileiro ou estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como 
empregado em empresa domiciliada no exterior, cuja maioria do capital votante pertença 
a empresa brasileira de capital nacional; 
g) o servidor público ocupante de cargo em comissão, sem vínculo efetivo com a União, 
Autarquias, inclusive em regime especial, e Fundações Públicas 
Federais; (Incluída pela Lei n° 8.647, de 13.4.93) 
h) o exercente de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, desde que não 
vinculado a regime próprio de previdência social; (Incluída pela Lei nº 9.506, de 
30.10.97) (Execução suspensa pela Resolução do Senado Federal nº 26, de 2005) 
i) o empregado de organismo oficial internacional ou estrangeiro em funcionamento no 
Brasil, salvo quando coberto por regime próprio de previdência social; (Incluída 
pela Lei nº 9.876, de 1999). 
j) o exercente de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, desde que não 
vinculado a regime próprio de previdência social; (Incluído pela Lei nº 10.887, 
de 2004). 
II - como empregado doméstico: aquele que presta serviço de natureza contínua a pessoa 
ou família, no âmbito residencial desta, em atividades sem fins lucrativos; 
III - (Revogado pela Lei nº 9.876, de 1999). 
 
IV - (Revogado pela Lei nº 9.876, de 1999). 
V - como contribuinte individual: (Redação dada pela Lei nº 9.876, de 1999). 
a) a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade agropecuária, a qualquer 
título, em caráter permanente ou temporário, em área superior a 4 (quatro) módulos 
fiscais; ou, quando em área igual ou inferior a 4 (quatro) módulos fiscais ou atividade 
pesqueira, com auxílio de empregados ou por intermédio de prepostos; ou ainda nas 
hipóteses dos §§ 10 e 11 deste artigo; (Redação dada pela Lei nº 11.718, de 
2008). 
b) a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade de extração mineral - 
garimpo, em caráter permanente ou temporário, diretamente ou por intermédio de 
prepostos, com ou sem o auxílio de empregados, utilizados a qualquer título, ainda que 
de forma não contínua; (Redação dada pela Lei nº 9.876, de 1999). 
c) o ministro de confissão religiosa e o membro de instituto de vida consagrada, de 
congregação ou de ordem religiosa; (Redação dada pela Lei nº 10.403, de 2002). 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8647.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9506.htm#art13
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9506.htm#art13
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Congresso/ResSF26-05.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9876.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9876.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2004/Lei/L10.887.htm#art11
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2004/Lei/L10.887.htm#art11
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9876.htm#art9
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9876.htm#art9
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9876.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11718.htm#art9
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11718.htm#art9
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9876.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10403.htm#art1
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d) o empregado de organismo oficial internacional ou estrangeiro em funcionamento no 
Brasil, salvo quando coberto por sistema próprio de previdência social; (Redação dada 
pela Lei n° 8.540, de 22.12.92) (Execução suspensa pela Resolução do Senado 
Federal nº 15, de 2017) 
d) revogada; (Redação dada pela Lei nº 9.876, de 1999). 
e) o brasileiro civil que trabalha no exterior para organismo oficial internacional do qual 
o Brasil é membro efetivo, ainda que lá domiciliado e contratado, salvo quando coberto 
por regime próprio de previdência social; (Redação dada pela Lei nº 9.876, de 
1999). 
f) o titular de firma individual urbana ou rural, o diretor não empregado e o membro de 
conselho de administração de sociedade anônima, o sócio solidário, o sócio de indústria, 
o sócio gerente e o sócio cotista que recebam remuneração decorrente de seu trabalho 
em empresa urbana ou rural, e o associado eleito para cargo de direção em cooperativa, 
associação ou entidade de qualquer natureza ou finalidade, bem como o síndico ou 
administrador eleito para exercer atividade de direção condominial, desde que recebam 
remuneração; (Incluído pela Lei nº 9.876, de 1999). 
g) quem presta serviço de natureza urbana ou rural, em caráter eventual, a uma ou mais 
empresas, sem relação de emprego; (Incluído pela Lei nº 9.876, de 1999). 
h) a pessoa física que exerce, por conta própria, atividade econômica de natureza urbana, 
com fins lucrativos ou não; (Incluído pela Lei nº 9.876, de 1999). 
VI - como trabalhador avulso: quem presta, a diversas empresas, sem vínculo 
empregatício, serviços de natureza urbana ou rural definidos no regulamento; 
VII – como segurado especial: a pessoa física residente no imóvel rural ou em aglomerado 
urbano ou rural próximo a ele que, individualmente ou em regime de economia familiar, 
ainda que com o auxílio eventual de terceiros a título de mútua colaboração, na condição 
de: (Redação dada pela Lei nº 11.718, de 2008). 
a) produtor, seja proprietário, usufrutuário, possuidor, assentado, parceiro ou meeiro 
outorgados, comodatário ou arrendatário rurais, que explore atividade: (Incluído 
pela Lei nº 11.718, de 2008). 
1. agropecuária em área de até 4 (quatro) módulos fiscais; ou (Incluído pela Lei 
nº 11.718, de 2008). 
2. de seringueiro ou extrativista vegetal que exerça suas atividades nos termos do inciso 
XII do caput do art. 2o da Lei no 9.985, de 18 de julho de 2000, e faça dessas atividades 
o principal meio de vida; (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008). 
b) pescador artesanal ou a este assemelhado, que faça da pesca profissão habitual ou 
principal meio de vida; e (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008). 
c) cônjuge ou companheiro, bem como filho maior de 16 (dezesseis) anos de idade ou a 
este equiparado, do segurado de que tratam as alíneas a e b deste inciso, que, 
comprovadamente, trabalhem com o grupo familiar respectivo. (Incluído pela Lei 
nº 11.718, de 2008). 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8540.htm#art1
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Congresso/RSF15.htm
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9876.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9876.htm#art1
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11718.htm#art9
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11718.htm#art9
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9985.htm#art2xii
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