Buscar

direito processual-penal

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 210 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 210 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 210 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Direito Processual Penal – Legislação Esquematizada 
 
www.quebrandoquestoes.com 
2 
 
Sumário 
CÓDIGO PROCESSUAL PENAL ................................................................................................................................ 3 
CONCEITO, FONTES E PRINCÍPIOS..................................................................................................................... 3 
PRINCIPAIS SÚMULAS E JURISPRUDÊNCIAS ................................................................................................ 7 
LIVRO I - DO PROCESSO EM GERAL ................................................................................................................... 8 
TÍTULO I - DISPOSIÇÕES PRELIMINARES ...................................................................................................... 8 
PRINCIPAIS SÚMULAS E JURISPRUDÊNCIAS .............................................................................................. 14 
TÍTULO II - DO INQUÉRITO POLICIAL ............................................................................................................ 17 
PRINCIPAIS SÚMULAS E JURISPRUDÊNCIAS .............................................................................................. 27 
TÍTULO III - DA AÇÃO PENAL ......................................................................................................................... 29 
PRINCIPAIS SÚMULAS E JURISPRUDÊNCIAS .............................................................................................. 40 
TÍTULO IV - DA AÇÃO CIVIL ........................................................................................................................... 44 
PRINCIPAIS SÚMULAS E JURISPRUDÊNCIAS .............................................................................................. 46 
TÍTULO V - DA COMPETÊNCIA ....................................................................................................................... 47 
PRINCIPAIS SÚMULAS E JURISPRUDÊNCIAS .............................................................................................. 55 
TÍTULO VI - DAS QUESTÕES E PROCESSOS INCIDENTES........................................................................ 62 
PRINCIPAIS SÚMULAS E JURISPRUDÊNCIAS .............................................................................................. 73 
TÍTULO VII - DA PROVA................................................................................................................................... 74 
PRINCIPAIS SÚMULAS E JURISPRUDÊNCIAS .............................................................................................. 92 
TÍTULO VIII - DO JUIZ, DO MINISTÉRIO PÚBLICO, DO ACUSADO E DEFENSOR, DOS ASSISTENTES E 
AUXILIARES DA JUSTIÇA ............................................................................................................................. 102 
PRINCIPAIS SÚMULAS E JURISPRUDÊNCIAS ............................................................................................ 108 
TÍTULO IX - DA PRISÃO, DAS MEDIDAS CAUTELARES E DA LIBERDADE PROVISÓRIA .................... 110 
PRINCIPAIS SÚMULAS E JURISPRUDÊNCIAS ............................................................................................ 126 
TÍTULO X - DAS CITAÇÕES E INTIMAÇÕES ............................................................................................... 136 
PRINCIPAIS SÚMULAS E JURISPRUDÊNCIAS ............................................................................................ 140 
TÍTULO XI - DA APLICAÇÃO PROVISÓRIA DE INTERDIÇÕES DE DIREITOS E MEDIDAS DE 
SEGURANÇA .................................................................................................................................................. 142 
TÍTULO XII - DA SENTENÇA ......................................................................................................................... 142 
PRINCIPAIS SÚMULAS E JURISPRUDÊNCIAS ............................................................................................ 147 
LIVRO II – DOS PROCESSOS EM ESPÉCIE ..................................................................................................... 148 
TÍTULO I – DO PROCESSO COMUM ............................................................................................................ 148 
PRINCIPAIS SÚMULAS E JURISPRUDÊNCIAS ............................................................................................ 172 
LIVRO III - DAS NULIDADES E DOS RECURSOS EM GERAL ......................................................................... 177 
TÍTULO I - DAS NULIDADES ......................................................................................................................... 177 
PRINCIPAIS SÚMULAS E JURISPRUDÊNCIAS ............................................................................................ 181 
TÍTULO II - DOS RECURSOS EM GERAL ..................................................................................................... 184 
PRINCIPAIS SÚMULAS E JURISPRUDÊNCIAS ............................................................................................ 196 
LIVRO IV - DA EXECUÇÃO ................................................................................................................................. 205 
LIVRO V - DAS RELAÇÕES JURISDICIONAIS COM AUTORIDADE ESTRANGEIRA ..................................... 205 
TÍTULO ÚNICO ................................................................................................................................................ 205 
LIVRO VI - DISPOSIÇÕES GERAIS .................................................................................................................... 207 
 
 
 
 
https://www.quebrandoquestoes.com/
https://www.quebrandoquestoes.com/
Direito Processual Penal – Legislação Esquematizada 
 
www.quebrandoquestoes.com 
3 
 
 
Código Processual Penal 
 
Competência Legislativa 
➢ Não é admissível a existência de Códigos Processuais Estaduais, pois compete privativamente a 
União legislar sobre o direito processual. 
 
CF/88. Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: 
 
I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho; 
 
CONCEITO, FONTES E PRINCÍPIOS 
 
Conceito e Fontes 
➢ Direito Processual Penal é o conjunto de atos cronologicamente concatenados (procedimentos), 
submetido a princípios e regras jurídicas destinadas a compor as lides de caráter penal. Sua 
finalidade é, assim, a aplicação do direito penal objetivo. 
 
➢ O Direito Processual Penal é dividido em duas finalidades: 
✓ Imediata ou direta: Aplicação, em concreto, da Lei penal. Estado faz valer o Jus Puniendi. 
 
✓ Mediata ou indireta: Restauração da ordem violada pela prática do delito, por meio da aplicação da 
lei penal. 
 
➢ Fontes: 
✓ Material: É o órgão, ente, entidade ou instituição responsável pela produção da norma processual 
penal. 
 
✓ Formal: Forma que a norma é lançada no mundo jurídico. Podem ser imediatas ou diretas 
(CF/88, Leis, Tratados e convenções internacionais) e mediatas ou indiretas (Costumes e princípios 
gerais do Direito). 
 
Princípio do Devido Processo Legal 
➢ Corolários do Devido Processo Legal: Contraditório e Ampla defesa. 
 
CF/88. Art. 5. LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal; 
 
CF/88. Art. 5. LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o 
contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes; 
 
Princípio do Contraditório 
➢ Estabelece que os litigantes e os acusados possam apresentar contradições aos argumentos 
expostos pela parte contrária e as provas apresentadas. 
 
➢ O princípio pode ser limitado quando a decisão do Juiz for essencial para o andamento do caso e não 
possa esperar a manifestação da parte. 
 
Princípio daAmpla Defesa 
➢ Estabelece que o acusado possua o direito à produção de provas, a recursos em face das decisões 
judiciais, assistência integral e gratuita, dentre outros instrumentos. 
 
➢ O réu pode se recusar a exercer a autodefesa, pois tem o direito de permanecer em silêncio, já a 
defesa técnica é indispensável ao processo criminal. 
 
➢ Caso o réu não possua defesa técnica, o Juiz encaminhará os autos à Defensoria Pública, para que 
atue como curador do acusado, ou não existindo Defensoria no local, nomeará defensor dativo. 
 
 
 
 
https://www.quebrandoquestoes.com/
https://www.quebrandoquestoes.com/
Direito Processual Penal – Legislação Esquematizada 
 
www.quebrandoquestoes.com 
4 
 
Princípio do Duplo Grau de Jurisdição 
➢ Estabelece que as decisões judiciais estejam sujeitas à revisão por outro órgão do Judiciário. 
 
➢ Não está previsto expressamente na CF/88, porém tem previsão no Pacto de San José da Costa 
Rica. 
 
➢ Não é um princípio absoluto, pois existem casos que não é possível Duplo Grau de Jurisdição. 
 
Princípio da Isonomia Processual 
➢ Estabelece que as pessoas sejam iguais perante a lei, sendo vedadas práticas discriminatórias. 
 
➢ No campo processual os prazos recursais devem ser os mesmos para acusação e defesa. 
 
Princípio do Juiz Natural 
➢ É vedada a formação de Tribunal ou Juízo de exceção. 
 
CF/88. Art. 5. LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente; 
 
Princípio da Publicidade 
➢ Estabelece que, em regra, os atos processuais e as decisões judiciais serão públicos, sendo 
acessível a qualquer pessoa. Porém, a publicidade é relativa, podendo ser limitada no caso de 
intimidade das partes ou quando for de interesse público. 
 
➢ Os procuradores (Advogado, membro do MP) não podem ser limitados em relação aos atos processuais, 
sob pena de nulidade, pois têm como finalidade a defesa técnica do acusado. 
 
➢ CF/88. Art. 5. LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da 
intimidade ou o interesse social o exigirem; 
 
Princípio da Vedação às Provas Ilícitas 
➢ A doutrina divide as provas ilegais em provas: 
✓ Ilícitas: Violam normas de direito material; 
 
✓ Ilegítimas: Violam normas de direito processual. 
 
➢ A doutrina majoritária admite a utilização de provas ilícitas quando esta for a única forma de se obter 
a absolvição do réu. 
 
➢ As provas lícitas obtidas a partir de outras provas ilícitas, são consideradas provas ilícitas por 
derivação. 
 
CF/88. Art.5. LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos; 
 
Princípio da Inércia 
➢ O Juiz não pode dar início ao processo penal, pois estaria sendo imparcial. 
 
➢ A promoção da ação penal pública compete privativamente ao MP, sendo este o titular da ação penal 
pública. 
 
➢ O Sistema Acusatório é aquele em que existe a figura que acusa e a outra figura que julga. (BR. 
ADOTA) 
 
➢ O Sistema Inquisitivo é aquele em que o acusador e julgador se confundem na mesma pessoa, 
gerando a parcialidade do julgador. 
 
➢ O princípio da Inércia impede o Juiz, de ofício, iniciar o processo penal, porém não impede que o 
mesmo realize diligências a fim de apurar provas que sejam relevantes para o andamento do processo, 
pois o CPP segue o princípio da Busca pela Verdade Real ou Material. 
 
https://www.quebrandoquestoes.com/
https://www.quebrandoquestoes.com/
Direito Processual Penal – Legislação Esquematizada 
 
www.quebrandoquestoes.com 
5 
 
 
➢ O princípio da inércia (indiretamente) não permite também que o Juiz julgue um fato não contido na 
denúncia. 
 
Princípio do In dúbio pro reo 
Conforme o Princípio do In dúbio pro reo, caso existam dúvidas sobre a culpa ou não do acusado, o juiz 
deverá decidir em favor do réu, pois sua culpa não foi cabalmente comprovada. 
 
Princípio do In dúbio pro societate 
Quando se tratar do princípio In dúbio pro Societate, o Juiz, embora tenha dúvida da culpa do réu, decide 
contrariamente a este com fundamento apenas em indícios de autoria e prova de materialidade em prol 
da sociedade. Porém essa decisão não ocasiona consequências ao réu, mas dá início apenas ao 
processo para a elucidação dos fatos. 
 
Princípio da Presunção de não culpabilidade (ou Presunção de inocência) 
➢ Estabelece que nenhuma pessoa pode ser considerada culpada antes do trânsito em julgado da 
sentença penal condenatória. 
 
CF/88. Art. 5. LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória; 
 
➢ O ônus da prova cabe ao acusador (MP ou Ofendido), sendo o réu inocente, até que se prove o 
contrário. 
 
➢ Conforme o Princípio do In dúbio pro reo, caso existam dúvidas sobre a culpa ou não do acusado, o 
juiz deverá decidir em favor do réu, pois sua culpa não foi cabalmente comprovada. Porém, existem 
casos em que mesmo pairando dúvidas se o réu cometeu ou não o crime, o Juiz decidirá 
contrariamente àquele, como no caso do Processo de competência do Júri, que prevalece o in dúbio 
pro societate. 
 
➢ Tal princípio pode ser considerado: 
✓ Uma regra de julgamento ou probatória: O ônus (obrigação) da prova cabe ao acusador. Com 
isso, o réu é considerado inocente até que se prove culpado. 
 
✓ Uma regra de Tratamento: O réu é tratado como inocente. 
 
➢ Ocorrem duas dimensões: 
✓ Interna: O réu deve ser tratado como inocente dentro do processo. 
 
✓ Externa: O réu não pode sofrer reflexos negativos na sua vida durante o processo. 
 
➢ O princípio da presunção de inocência possui ordem constitucional devendo as normas 
infraconstitucionais respeitá-lo. 
 
Súmula 347-STJ: O conhecimento de recurso de apelação do réu independe de sua prisão. 
 
➢ A prisão cautelar como antecipação da pena é inadmissível, sendo utilizada apenas quando 
devidamente fundamentada. 
 
➢ Processos criminais em curso e inquéritos policiais em face do acusado não podem ser 
considerados como maus antecedentes. (STF E STJ) 
 
Súmula 444/STJ - É vedada a utilização de inquéritos policiais e ações penais em curso para agravar a pena-base. 
 
➢ Não existe necessidade de condenação penal transitada em julgado para que o preso tenha a pena 
aumentada. Ocorrendo um novo crime ou falta grave, durante a pena do crime antigo, ocorrerá a 
regressão, não existindo necessidade de condenação criminal ou administrativa. 
 
LEP/84, Art. 118. A execução da pena privativa de liberdade ficará sujeita à forma regressiva, com a transferência para 
qualquer dos regimes mais rigorosos, quando o condenado: 
 
I - praticar fato definido como crime doloso ou falta grave; 
 
https://www.quebrandoquestoes.com/
https://www.quebrandoquestoes.com/
Direito Processual Penal – Legislação Esquematizada 
 
www.quebrandoquestoes.com 
6 
 
 
➢ O acusado que cometer crime durante o beneficiamento da suspensão do processo, terá este 
benefício revogado por não ter cumprido as condições, não precisando ocorrer o trânsito em julgado 
da sentença condenatória do crime novo. 
 
Princípio da Vedação à Autoincriminação 
➢ Estabelece que o acusado não é obrigado a praticar qualquer ato que possa ser prejudicial à sua 
defesa. 
 
➢ O silêncio não pode ser considerado como confissão e nem pode ser interpretado em prejuízo da 
defesa. 
 
➢ Fazem parte do princípio da Vedação à Autoincriminação: 
✓ Direito ao Silêncio; 
 
✓ Inexigibilidade de dizer a verdade: O réu pode mentir em juízo, não sendo criminalizado o 
perjúrio, que é a mentira realizada pelo réu em juízo. 
 
✓ Direito de não ser compelido a praticar comportamento ativo: O réu pode se recursar a 
participar da produção de provas quando perceber que irá se prejudicar; 
 
✓ Direito de não se submeter a procedimento probatório invasivo: Exame de sangue, endoscopia, 
colonoscopia. 
 
Princípios Constitucionais do Processo Penal 
Princípio da Presunção da inocência ou não culpabilidade 
CF/88. Art. 5. LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penalcondenatória; 
Princípio do Devido processo legal 
CF/88. Art. 5. LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal; 
Princípio do Contraditório e ampla defesa 
CF/88. Art.5. LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são 
assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes; 
Princípio da Não obtenção de provas por meio ilícito 
CF/88. Art.5. LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos; 
Princípio da Publicidade 
CF/88. Art.5. LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da 
intimidade ou o interesse social o exigirem; 
Princípio da não Autoincriminação 
CF/88. Art.5. LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-
lhe assegurada a assistência da família e de advogado; 
Princípio da Razoável duração do processo 
CF/88. Art.5. LXXVIII - a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do 
processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação. 
Princípio do Juiz Natural 
CF/88. Art.5. LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente; 
Princípio da Soberania dos Veredictos 
CF/88. Art.5. XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, 
assegurados: 
a) a plenitude de defesa; 
b) o sigilo das votações; 
c) a soberania dos veredictos; 
d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida; 
 
 
https://www.quebrandoquestoes.com/
https://www.quebrandoquestoes.com/
Direito Processual Penal – Legislação Esquematizada 
 
www.quebrandoquestoes.com 
7 
 
Principais Súmulas e Jurisprudências 
 
STF/ADCs 43, 44 e 54 
O STF decidiu em sua maioria (6x5) que o cumprimento da pena apenas terá começo após o 
esgotamento de todos os recursos (trânsito em julgado), não sendo mais possível a prisão em 
condenação após segunda instância. 
 
STF/Súmula 523 
No processo penal, a falta da defesa constitui nulidade absoluta, mas a sua deficiência só o anulará se 
houver prova de prejuízo para o réu. 
 
STF/Súmula 704 
Não viola as garantias do juiz natural, da ampla defesa e do devido processo legal a atração por 
continência ou conexão do processo do co-réu ao foro por prerrogativa de função de um dos 
denunciados. 
 
STF/HC 73.522/MG 
Por ser a pronúncia mero juízo de admissibilidade da acusação, não é necessária prova incontroversa 
do crime, para que o réu seja pronunciado. As dúvidas quanto à certeza do crime e da autoria deverão ser 
dirimidas durante o julgamento pelo Tribunal do Júri. 
 
STF/H.C 116.301 MG 
A busca da verdade real não se subordina, aprioristicamente, a formas rígidas, por isso que a afirmação 
da reincidência independe de certidão na qual atestado cabalmente o trânsito em julgado de anterior 
condenação, sobretudo quando é possível provar, por outros meios, que o paciente está submetido a 
execução penal por crime praticado anteriormente à sentença condenatória que o teve por reincidente. 
 
STF/H.C 116.029 MG 
A razoável duração do processo não pode ser considerada de maneira isolada e descontextualizada 
das peculiaridades do caso concreto. Na espécie, não configurado o alegado excesso de prazo, até 
porque a melhor compreensão do princípio constitucional aponta para o processo sem dilações 
indevidas, em que a demora na tramitação do feito há de guardar proporcionalidade com a 
complexidade do delito nele veiculado e as diligências e os meios de prova indispensáveis a seu 
deslinde. 
 
STF/R.E 122.011 MS 
A valorização da prova diz respeito ao valor jurídico desta, para admiti-la ou não em face da lei que a 
disciplina, razão por que é questão estritamente de direito. Já o reexame da prova é diverso: implica a 
reapreciação dos elementos probatórios para concluir-se se eles foram, ou não, bem interpretados - 
e, portanto, questão que se circunscreve ao terreno dos fatos. 
 
 
https://www.quebrandoquestoes.com/
https://www.quebrandoquestoes.com/
Direito Processual Penal – Legislação Esquematizada 
 
www.quebrandoquestoes.com 
8 
 
LIVRO I - DO PROCESSO EM GERAL 
 
TÍTULO I - DISPOSIÇÕES PRELIMINARES 
 
Art. 1º O processo penal reger-se-á, em todo o território brasileiro, por este Código, ressalvados: 
 
I - os tratados, as convenções e regras de direito internacional; 
 
II - as prerrogativas constitucionais do Presidente da República, dos ministros de Estado, nos crimes 
conexos com os do Presidente da República, e dos ministros do Supremo Tribunal Federal, nos crimes de 
responsabilidade (Constituição, arts. 50. § 2º; 52. I, parágrafo único; 85, 86, § 1º, II; e 102, II, b); 
 
III - os processos da competência da Justiça Militar (e também eleitoral); 
 
IV - os processos da competência do tribunal especial; (Inciso não possui mais validade) 
 
V - os processos por crimes de imprensa. (Inciso não possui mais validade) 
 
Parágrafo único. Aplicar-se-á, entretanto, este Código aos processos referidos nos nos. IV e V, quando as leis 
especiais que os regulam não dispuserem de modo diverso. 
 
Art. 2º. A lei processual penal aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a 
vigência da lei anterior. (Princípio do Tempus Regit Actum ou Efeito imediato ou Aplicação Imediata da lei 
processual) 
 
Aplicação da Lei Processual Penal 
Espaço 
➢ A lei processual vigora em determinado lugar e em determinado momento. 
 
➢ O CPP adotou, como regra, o princípio da territorialidade, que estabelece que a Lei 
produzirá seus efeitos dentro do território nacional. Desta forma, o CPP aplica-se 
apenas aos atos processuais que estejam em território nacional. 
Tempo 
➢ Existem três teorias que explicam a aplicabilidade da lei processual penal no tempo: 
 
✓ Teoria da Unidade Processual: 
• O processo criminal só pode ser regido apenas por uma única lei. 
 
• Uma Lei processual nova não pode ser aplicada a processos criminais em 
andamento, sendo aplicável apenas aos novos processos. 
 
✓ Teoria das Fases Processuais: 
• É possível a aplicação de diversas leis em um processo, porém cada fase 
do processo deve seguir apenas uma lei. 
 
• É possível a aplicação de uma nova lei dentro de um processo em andamento, 
no entanto, não será aplicada na fase atual, e sim na futura. 
 
✓ Teoria do Isolamento dos Atos Processuais: 
 
• É possível a aplicação de diversas leis no processo dentro de uma mesma 
fase processual. 
 
• A nova lei processual é aplicável de forma imediata aos processos em 
curso, no entanto irá afetar apenas os atos processuais futuros, não 
acarretando mudanças nos atos já realizados. 
 
• O CPP adota. Art. 2º. 
 
• Fenômeno da Heterotopia: Trata-se de normas de natureza material (que 
fazem parte do Direito Penal) que se encontram inseridas em uma lei 
processual. 
 
• O STF e o STJ entendem que as normas relativas à execução penal são de 
direito material. 
 
https://www.quebrandoquestoes.com/
https://www.quebrandoquestoes.com/
Direito Processual Penal – Legislação Esquematizada 
 
www.quebrandoquestoes.com 
9 
 
 
Art. 3º. A lei processual penal admitirá interpretação extensiva e aplicação analógica, bem como o suplemento 
dos princípios gerais de direito. 
 
Interpretação e Integração da Lei Processual 
➢ Interpretação Extensiva: é a extensão do alcance do que diz a lei, sem violar o princípio da 
legalidade. 
 
➢ Aplicação Analógica: É o mesmo que comparação. É uma forma de integração da lei penal que será 
utilizada quando não existir norma disciplinando determinado caso. Utiliza-se uma norma aplicável a 
outro caso. 
 
➢ É possível utilizar o instituto da analogia quando os casos apresentarem: 
✓ Igual valoração jurídica; 
 
✓ Circunstâncias semelhantes. 
 
➢ OBS: A analogia in malam partem pode ser aplicada, caso não existam lesões a conteúdos de 
natureza material (penal). 
 
➢ OBS: Os princípios gerais do Direito têm comouma de suas finalidades integrarem a lei, 
complementando as lacunas existentes. 
 
Art. 3º-A. O processo penal terá estrutura acusatória, vedadas a iniciativa do juiz na fase de investigação e a 
substituição da atuação probatória do órgão de acusação. 
 
Sistemas Processuais 
Inquisitivo Acusatório (BR Adota) 
O julgador acumula funções de Juiz e acusador. 
Existe carência do contraditório e da ampla defesa e 
a confissão é considerada a prova fundamental. 
Existe a separação entre as figuras do acusador e 
do julgador, existindo o contraditório, a ampla 
defesa e a isonomia entre as partes. 
 
Guilherme de Souza Nucci – Sistema Inquisitivo¹ 
➢ É caracterizado pela concentração de poder nas mãos do julgador, que exerce, também, a função de 
acusador; a confissão do réu é considerada a rainha das provas; não há debates orais, 
predominando procedimentos exclusivamente escritos; os julgadores não estão sujeitos à recusa; o 
procedimento é sigiloso; há ausência de contraditório e a defesa é meramente decorativa. 
 
➢ Com a aprovação do pacote anticrime, o CPP/41 passou a prevê, de forma expressa, a estrutura 
acusatória. 
Fonte¹: NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de Processo Penal e Execução Penal. 6. ed. rev. atual. ampl. 2010. Editora Revista dos 
Tribunais Ltda, São Paulo - SP. 
 
STF/ADI 6.298 
O juiz, pontualmente, nos limites legalmente autorizados, pode determinar a realização de diligências 
suplementares, para o fim de dirimir dúvida sobre questão relevante para o julgamento do mérito. 
 
Art. 3º-B. O juiz das garantias é responsável pelo controle da legalidade da investigação criminal e pela 
salvaguarda dos direitos individuais cuja franquia tenha sido reservada à autorização prévia do Poder 
Judiciário, competindo-lhe especialmente: 
 
I - receber a comunicação imediata da prisão, nos termos do inciso LXII do caput do art. 5º da Constituição 
Federal; 
 
II - receber o auto da prisão em flagrante para o controle da legalidade da prisão, observado o disposto no art. 
310 deste Código; 
 
III - zelar pela observância dos direitos do preso, podendo determinar que este seja conduzido à sua presença, 
a qualquer tempo; 
 
 
https://www.quebrandoquestoes.com/
https://www.quebrandoquestoes.com/
Direito Processual Penal – Legislação Esquematizada 
 
www.quebrandoquestoes.com 
10 
 
IV - ser informado sobre a instauração de qualquer investigação criminal; 
 
V - decidir sobre o requerimento de prisão provisória ou outra medida cautelar, observado o disposto no § 1º 
deste artigo; 
 
VI - prorrogar a prisão provisória ou outra medida cautelar, bem como substituí-las ou revogá-las, 
assegurado, no primeiro caso, o exercício do contraditório em audiência pública e oral, na forma do disposto neste 
Código ou em legislação especial pertinente; 
 
VII - decidir sobre o requerimento de produção antecipada de provas consideradas urgentes e não repetíveis, 
assegurados o contraditório e a ampla defesa em audiência pública e oral; 
 
VIII - prorrogar o prazo de duração do inquérito, estando o investigado preso, em vista das razões 
apresentadas pela autoridade policial e observado o disposto no § 2º deste artigo; 
 
IX - determinar o trancamento do inquérito policial quando não houver fundamento razoável para sua 
instauração ou prosseguimento; 
 
X - requisitar documentos, laudos e informações ao delegado de polícia sobre o andamento da investigação; 
 
XI - decidir sobre os requerimentos de: 
 
a) interceptação telefônica, do fluxo de comunicações em sistemas de informática e telemática ou de outras 
formas de comunicação; 
 
b) afastamento dos sigilos fiscal, bancário, de dados e telefônico; 
 
c) busca e apreensão domiciliar; 
 
d) acesso a informações sigilosas; 
 
e) outros meios de obtenção da prova que restrinjam direitos fundamentais do investigado; 
 
XII - julgar o habeas corpus impetrado antes do oferecimento da denúncia; 
 
XIII - determinar a instauração de incidente de insanidade mental; 
 
XIV - decidir sobre o recebimento da denúncia ou queixa, nos termos do art. 399 deste Código; 
 
XV - assegurar prontamente, quando se fizer necessário, o direito outorgado ao investigado e ao seu defensor 
de acesso a todos os elementos informativos e provas produzidos no âmbito da investigação criminal, salvo 
no que concerne, estritamente, às diligências em andamento; 
 
XVI - deferir pedido de admissão de assistente técnico para acompanhar a produção da perícia; 
 
XVII - decidir sobre a homologação de acordo de não persecução penal ou os de colaboração premiada, 
quando formalizados durante a investigação; 
 
XVIII - outras matérias inerentes às atribuições definidas no caput deste artigo. 
 
§ 1º O preso em flagrante ou por força de mandado de prisão provisória será encaminhado à presença do juiz de 
garantias no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, momento em que se realizará audiência com a presença do 
Ministério Público e da Defensoria Pública ou de advogado constituído, vedado o emprego de videoconferência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.quebrandoquestoes.com/
https://www.quebrandoquestoes.com/
Direito Processual Penal – Legislação Esquematizada 
 
www.quebrandoquestoes.com 
11 
 
Atenção! 
O disposto no art. 3º-B, § 1º, havia sido vetado sob a fundamentação de que “A propositura legislativa, ao 
suprimir a possibilidade da realização da audiência por videconferência, gera insegurança jurídica ao ser 
incongruente com outros dispositivos do mesmo código, a exemplo do art. 185 e 222 do Código de Processo 
Penal, os quais permitem a adoção do sistema de videoconferência em atos processuais de procedimentos e 
ações penais, além de dificultar a celeridade dos atos processuais e do regular funcionamento da justiça, em 
ofensa à garantia da razoável duração do processo, nos termos da jurisprudência do Superior Tribunal de 
Justiça (RHC 77580/RN, Quinta Turma, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, DJe de 10/02/2017). 
Ademais, o dispositivo pode acarretar em aumento de despesa, notadamente nos casos de juiz em vara 
única, com apenas um magistrado, seja pela necessidade de pagamento de diárias e passagens a outros 
magistrados para a realização de uma única audiência, seja pela necessidade premente de realização de 
concurso para a contratação de novos magistrados, violando as regras do art. 113 do ADCT, bem como dos 
arts. 16 e 17 LRF e ainda do art. 114 da Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2019 (Lei nº 13.707, de 2018).” 
Com a rejeição do veto o preso em flagrante ou por força de mandado de prisão provisória será 
encaminhado à presença do juiz de garantias no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, sendo vedada a 
realização da audiência de custódia por videoconferência. 
 
§ 2º Se o investigado estiver preso, o juiz das garantias poderá, mediante representação da autoridade policial e 
ouvido o Ministério Público, prorrogar, uma única vez, a duração do inquérito por até 15 dias, após o que, se 
ainda assim a investigação não for concluída, a prisão será imediatamente relaxada. 
 
Prorrogação do Inquérito Policial 
Lei 13.964/2019 
CPP/41. Art. 3º-B. § 2º Se o investigado estiver preso, o juiz das garantias poderá, mediante 
representação da autoridade policial e ouvido o Ministério Público, prorrogar, uma única vez, a duração do 
inquérito por até 15 dias, após o que, se ainda assim a investigação não for concluída, a prisão será 
imediatamente relaxada. 
 
Indiciado Preso: 10 + 15 dias. 
 
STF/ADI 6.298 
O STF considerou constitucional o caput do art. 3º-B do CPP, incluído pela Lei nº 13.964/2019, e por 
unanimidade fixou o prazo de 12 meses, a contar da publicação da ata do julgamento, para que sejam 
adotadas as medidas legislativas e administrativas necessárias à adequação das diferentes leis de 
organização judiciária, à efetiva implantação e ao efetivo funcionamento do juiz das garantias em 
todo o país, tudo conforme as diretrizes do Conselho Nacional de Justiçae sob a supervisão dele. Esse 
prazo poderá ser prorrogado uma única vez, por no máximo 12 meses, devendo a devida justificativa ser 
apresentada em procedimento realizado junto ao Conselho Nacional de Justiça, vencido, apenas quanto à 
inconstitucionalidade formal, o Relator, que entendia competir às leis de organização judiciária sua 
instituição; 
 
O STF considerou a inconstitucionalidade parcial, por arrastamento, do art. 20 da Lei 13.964/2019, quanto 
à fixação do prazo de 30 dias para a instalação dos juízes das garantias; 
 
O STF considerou atribuir interpretação conforme aos incisos IV, VIII e IX do art. 3º-B do CPP, incluídos 
pela Lei nº 13.964/2019, para que todos os atos praticados pelo Ministério Público como condutor de 
investigação penal se submetam ao controle judicial (HC 89.837/DF, Rel. Min. Celso de Mello) e fixar o prazo 
de até 90 dias, contados da publicação da ata do julgamento, para os representantes do Ministério Público 
encaminharem, sob pena de nulidade, todos os PIC e outros procedimentos de investigação criminal, mesmo 
que tenham outra denominação, ao respectivo juiz natural, independentemente de o juiz das garantias já ter 
sido implementado na respectiva jurisdição; 
 
O STF considerou atribuir interpretação conforme ao inciso VI do art. 3º-B do CPP, incluído pela Lei nº 
13.964/2019, para prever que o exercício do contraditório será preferencialmente em audiência pública e 
oral; 
 
O STF considerou atribuir interpretação conforme ao inciso VII do art. 3º-B do CPP, incluído pela Lei nº 
13.964/2019, para estabelecer que o juiz pode deixar de realizar a audiência quando houver risco para 
o processo, ou diferi-la em caso de necessidade; 
 
 
 
https://www.quebrandoquestoes.com/
https://www.quebrandoquestoes.com/
Direito Processual Penal – Legislação Esquematizada 
 
www.quebrandoquestoes.com 
12 
 
O STF considerou a inconstitucionalidade do inciso XIV do art. 3º-B do CPP, incluído pela Lei nº 
13.964/2019, e atribuir interpretação conforme para assentar que a competência do juiz das garantias 
cessa com o oferecimento da denúncia, vencido o Ministro Edson Fachin; 
 
O STF considerou atribuir interpretação conforme ao § 1º do art. 3º-B do CPP, incluído pela Lei nº 
13.964/2019, para estabelecer que o preso em flagrante ou por força de mandado de prisão provisória 
será encaminhado à presença do juiz das garantias, no prazo de 24 horas, salvo impossibilidade 
fática, momento em que se realizará a audiência com a presença do ministério público e da defensoria 
pública ou de advogado constituído, cabendo, excepcionalmente, o emprego de videoconferência, 
mediante decisão da autoridade judiciária competente, desde que este meio seja apto à verificação da 
integridade do preso e à garantia de todos os seus direitos; 
 
O STF considerou atribuir interpretação conforme ao § 2º do art. 3º-B do CPP, incluído pela Lei nº 
13.964/2019, para assentar que: 
 
a) o juiz pode decidir de forma fundamentada, reconhecendo a necessidade de novas prorrogações 
do inquérito, diante de elementos concretos e da complexidade da investigação; e 
 
b) a inobservância do prazo previsto em lei não implica a revogação automática da prisão preventiva, 
devendo o juízo competente ser instado a avaliar os motivos que a ensejaram, nos termos da ADI nº 
6.581; 
 
Art. 3º-C. A competência do juiz das garantias abrange todas as infrações penais, exceto as de menor 
potencial ofensivo, e cessa com o recebimento da denúncia ou queixa na forma do art. 399 deste Código. 
 
§ 1º Recebida a denúncia ou queixa, as questões pendentes serão decididas pelo juiz da instrução e 
julgamento. 
 
§ 2º As decisões proferidas pelo juiz das garantias não vinculam o juiz da instrução e julgamento, que, após 
o recebimento (oferecimento) da denúncia ou queixa, deverá reexaminar a necessidade das medidas 
cautelares em curso, no prazo máximo de 10 (dez) dias. 
 
§ 3º Os autos que compõem as matérias de competência do juiz das garantias ficarão acautelados na secretaria 
desse juízo, à disposição do Ministério Público e da defesa, e não serão apensados aos autos do processo 
enviados ao juiz da instrução e julgamento, ressalvados os documentos relativos às provas irrepetíveis, medidas 
de obtenção de provas ou de antecipação de provas, que deverão ser remetidos para apensamento em apartado. 
 
§ 4º Fica assegurado às partes o amplo acesso aos autos acautelados na secretaria do juízo das garantias. 
 
Art. 3º-D. O juiz que, na fase de investigação, praticar qualquer ato incluído nas competências dos arts. 4º e 
5º deste Código ficará impedido de funcionar no processo. 
 
Parágrafo único. Nas comarcas em que funcionar apenas um juiz, os tribunais criarão um sistema de rodízio de 
magistrados, a fim de atender às disposições deste Capítulo. 
 
STF/ADI 6.298 
O STF considerou a inconstitucionalidade formal do parágrafo único do art. 3º-D do CPP, incluído pela Lei 
nº 13.964/2019; 
 
Art. 3º-E. O juiz das garantias será designado conforme as normas de organização judiciária da União, dos 
Estados e do Distrito Federal, observando critérios objetivos a serem periodicamente divulgados pelo respectivo 
tribunal. 
 
STF/ADI 6.298 
O STF considerou a interpretação conforme ao art. 3º-E do CPP, incluído pela Lei nº 13.964/2019, para 
assentar que o juiz das garantias será investido, e não designado, conforme as normas de organização 
judiciária da União, dos Estados e do Distrito Federal, observando critérios objetivos a serem periodicamente 
divulgados pelo respectivo tribunal; 
 
 
https://www.quebrandoquestoes.com/
https://www.quebrandoquestoes.com/
Direito Processual Penal – Legislação Esquematizada 
 
www.quebrandoquestoes.com 
13 
 
Art. 3º-F. O juiz das garantias deverá assegurar o cumprimento das regras para o tratamento dos presos, 
impedindo o acordo ou ajuste de qualquer autoridade com órgãos da imprensa para explorar a imagem da 
pessoa submetida à prisão, sob pena de responsabilidade civil, administrativa e penal. 
 
Parágrafo único. Por meio de regulamento, as autoridades deverão disciplinar, em 180 (cento e oitenta) dias, o 
modo pelo qual as informações sobre a realização da prisão e a identidade do preso serão, de modo padronizado 
e respeitada a programação normativa aludida no caput deste artigo, transmitidas à imprensa, assegurados a 
efetividade da persecução penal, o direito à informação e a dignidade da pessoa submetida à prisão. 
 
STF/ADI 6.298 
O STF considerou a interpretação conforme ao parágrafo único do art. 3º-F do CPP, incluído pela Lei nº 
13.964/2019, para assentar que a divulgação de informações sobre a realização da prisão e a identidade do 
preso pelas autoridades policiais, ministério público e magistratura deve assegurar a efetividade da 
persecução penal, o direito à informação e a dignidade da pessoa submetida à prisão; 
 
 
https://www.quebrandoquestoes.com/
https://www.quebrandoquestoes.com/
Direito Processual Penal – Legislação Esquematizada 
 
www.quebrandoquestoes.com 
14 
 
Principais Súmulas e Jurisprudências 
 
STJ/REsp 1.046.429-SP 
O fato de a lei nova ter suprimido o recurso de protesto por novo júri não afasta o direito à recorribilidade 
subsistente pela lei anterior, quando o julgamento ocorreu antes da entrada em vigor da Lei n.º 
11.689/2008 que, em seu art. 4.º, revogou expressamente o Capítulo IV do Título II do Livro III, do Código de 
Processo Penal, extinguindo o protesto por novo júri. Incidência do princípio tempus regit actum. 
 
Art. 3º. 
 
STJ/REsp 1.420.960-MG 
É possível a aplicação analógica dos arts. 61 e 62 da Lei 11.343/2006 para admitir a utilização pelos órgãos 
públicos de aeronave apreendida no curso da persecução penal de crime não previsto na Lei de Drogas, 
sobretudo se presente o interesse público de evitar a deterioração do bem. Isso porque, em primeiro lugar, 
de acordo com o art. 3º do CPP, a lei processual penal admitirá interpretação extensiva e aplicação 
analógica, bem comoo suplemento dos princípios gerais de direito. 
 
Assim, é possível, sobretudo porque permitido pelo próprio CPP, o uso da analogia, que consiste em 
processo de integração por meio do qual se aplica a uma determinada situação para a qual inexiste 
hipótese normativa própria um preceito que regula hipótese semelhante. 
 
Ressalte-se, ainda, que, para o uso da analogia, não importam a natureza da situação concreta e a 
natureza do diploma de onde se deve extrair a norma reguladora. Em segundo lugar, porque a exigência 
contida no art. 61 da Lei 11.343/2006, referente à existência de interesse público ou social, encontra se 
cumprida no presente caso, qual seja, evitar a deterioração do bem apreendido. 
 
Por fim, em terceiro lugar, porque a preocupação em se prevenir que a demora nos processos judiciais 
venha a propiciar a degeneração do bem apreendido é atual, existindo, inclusive, no projeto do novo Código 
de Processo Penal (PL 8.045/2010), seção específica a tratar do tema, sob o título Da utilização dos bens 
por órgãos públicos, o que demonstra a efetiva ocorrência de lacuna no Código atualmente em vigor, bem 
como a clara intenção de supri-la. 
 
Art. 3º-A. 
 
STF/ADI 6.298 
O juiz, pontualmente, nos limites legalmente autorizados, pode determinar a realização de diligências 
suplementares, para o fim de dirimir dúvida sobre questão relevante para o julgamento do mérito. 
 
Art. 3º-B. 
 
Atenção! 
O disposto no art. 3º-B, § 1º, havia sido vetado sob a fundamentação de que “A propositura legislativa, ao 
suprimir a possibilidade da realização da audiência por videconferência, gera insegurança jurídica ao ser 
incongruente com outros dispositivos do mesmo código, a exemplo do art. 185 e 222 do Código de Processo 
Penal, os quais permitem a adoção do sistema de videoconferência em atos processuais de procedimentos e 
ações penais, além de dificultar a celeridade dos atos processuais e do regular funcionamento da justiça, em 
ofensa à garantia da razoável duração do processo, nos termos da jurisprudência do Superior Tribunal de 
Justiça (RHC 77580/RN, Quinta Turma, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, DJe de 10/02/2017). 
Ademais, o dispositivo pode acarretar em aumento de despesa, notadamente nos casos de juiz em vara 
única, com apenas um magistrado, seja pela necessidade de pagamento de diárias e passagens a outros 
magistrados para a realização de uma única audiência, seja pela necessidade premente de realização de 
concurso para a contratação de novos magistrados, violando as regras do art. 113 do ADCT, bem como dos 
arts. 16 e 17 LRF e ainda do art. 114 da Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2019 (Lei nº 13.707, de 2018).” 
Com a rejeição do veto o preso em flagrante ou por força de mandado de prisão provisória será 
encaminhado à presença do juiz de garantias no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, sendo vedada a 
realização da audiência de custódia por videoconferência. 
 
 
 
 
 
https://www.quebrandoquestoes.com/
https://www.quebrandoquestoes.com/
Direito Processual Penal – Legislação Esquematizada 
 
www.quebrandoquestoes.com 
15 
 
STF/ADI 6.298 
O STF considerou constitucional o caput do art. 3º-B do CPP, incluído pela Lei nº 13.964/2019, e por 
unanimidade fixou o prazo de 12 meses, a contar da publicação da ata do julgamento, para que sejam 
adotadas as medidas legislativas e administrativas necessárias à adequação das diferentes leis de 
organização judiciária, à efetiva implantação e ao efetivo funcionamento do juiz das garantias em 
todo o país, tudo conforme as diretrizes do Conselho Nacional de Justiça e sob a supervisão dele. Esse 
prazo poderá ser prorrogado uma única vez, por no máximo 12 meses, devendo a devida justificativa ser 
apresentada em procedimento realizado junto ao Conselho Nacional de Justiça, vencido, apenas quanto à 
inconstitucionalidade formal, o Relator, que entendia competir às leis de organização judiciária sua 
instituição; 
 
O STF considerou a inconstitucionalidade parcial, por arrastamento, do art. 20 da Lei 13.964/2019, quanto 
à fixação do prazo de 30 dias para a instalação dos juízes das garantias; 
 
O STF considerou atribuir interpretação conforme aos incisos IV, VIII e IX do art. 3º-B do CPP, incluídos 
pela Lei nº 13.964/2019, para que todos os atos praticados pelo Ministério Público como condutor de 
investigação penal se submetam ao controle judicial (HC 89.837/DF, Rel. Min. Celso de Mello) e fixar o prazo 
de até 90 dias, contados da publicação da ata do julgamento, para os representantes do Ministério Público 
encaminharem, sob pena de nulidade, todos os PIC e outros procedimentos de investigação criminal, mesmo 
que tenham outra denominação, ao respectivo juiz natural, independentemente de o juiz das garantias já ter 
sido implementado na respectiva jurisdição; 
 
O STF considerou atribuir interpretação conforme ao inciso VI do art. 3º-B do CPP, incluído pela Lei nº 
13.964/2019, para prever que o exercício do contraditório será preferencialmente em audiência pública e 
oral; 
 
O STF considerou atribuir interpretação conforme ao inciso VII do art. 3º-B do CPP, incluído pela Lei nº 
13.964/2019, para estabelecer que o juiz pode deixar de realizar a audiência quando houver risco para 
o processo, ou diferi-la em caso de necessidade; 
 
O STF considerou a inconstitucionalidade do inciso XIV do art. 3º-B do CPP, incluído pela Lei nº 
13.964/2019, e atribuir interpretação conforme para assentar que a competência do juiz das garantias 
cessa com o oferecimento da denúncia, vencido o Ministro Edson Fachin; 
 
O STF considerou atribuir interpretação conforme ao § 1º do art. 3º-B do CPP, incluído pela Lei nº 
13.964/2019, para estabelecer que o preso em flagrante ou por força de mandado de prisão provisória 
será encaminhado à presença do juiz das garantias, no prazo de 24 horas, salvo impossibilidade 
fática, momento em que se realizará a audiência com a presença do ministério público e da defensoria 
pública ou de advogado constituído, cabendo, excepcionalmente, o emprego de videoconferência, 
mediante decisão da autoridade judiciária competente, desde que este meio seja apto à verificação da 
integridade do preso e à garantia de todos os seus direitos; 
 
O STF considerou atribuir interpretação conforme ao § 2º do art. 3º-B do CPP, incluído pela Lei nº 
13.964/2019, para assentar que: 
 
a) o juiz pode decidir de forma fundamentada, reconhecendo a necessidade de novas prorrogações 
do inquérito, diante de elementos concretos e da complexidade da investigação; e 
 
b) a inobservância do prazo previsto em lei não implica a revogação automática da prisão preventiva, 
devendo o juízo competente ser instado a avaliar os motivos que a ensejaram, nos termos da ADI nº 
6.581; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.quebrandoquestoes.com/
https://www.quebrandoquestoes.com/
Direito Processual Penal – Legislação Esquematizada 
 
www.quebrandoquestoes.com 
16 
 
Art. 3º-C. 
 
STF/ADI 6.298 
O STF considerou, por unanimidade, atribuir interpretação conforme à primeira parte do caput do art. 3º-C 
do CPP, incluído pela Lei nº 13.964/2019, para esclarecer que as normas relativas ao juiz das garantias não 
se aplicam às seguintes situações: 
 
a) processos de competência originária dos tribunais, os quais são regidos pela Lei nº 8.038/1990; 
 
b) processos de competência do tribunal do júri; 
 
c) casos de violência doméstica e familiar; e 
 
d) infrações penais de menor potencial ofensivo; 
 
O STF considerou, por maioria, declarar a inconstitucionalidade da expressão “recebimento da 
denúncia ou queixa na forma do art. 399 deste Código” contida na segunda parte do caput do art. 3º-C 
do CPP, incluído pela Lei nº 13.964/2019, e atribuir interpretação conforme para assentar que a 
competência do juiz das garantias cessa com o oferecimento da denúncia, vencido o Ministro Edson 
Fachin; 
 
O STF considerou, por maioria, declarar a inconstitucionalidade do termo “Recebida” contido no § 1º do 
art. 3º-C do CPP, incluídopela Lei nº 13.964/2019, e atribuir interpretação conforme ao dispositivo para 
assentar que, oferecida a denúncia ou queixa, as questões pendentes serão decididas pelo juiz da 
instrução e julgamento, vencido o Ministro Edson Fachin; 
 
O STF considerou, por maioria, declarar a inconstitucionalidade do termo “recebimento” contido no § 2º 
do art. 3º-C do CPP, incluído pela Lei nº 13.964/2019, e atribuir interpretação conforme ao dispositivo para 
assentar que, após o oferecimento da denúncia ou queixa, o juiz da instrução e julgamento deverá 
reexaminar a necessidade das medidas cautelares em curso, no prazo máximo de 10 dias, vencido o 
Ministro Edson Fachin; 
 
O STF considerou, por unanimidade, declarar a inconstitucionalidade, com redução de texto, dos §§ 3º e 
4º do art. 3º-C do CPP, incluídos pela Lei nº 13.964/2019, e atribuir interpretação conforme para entender 
que os autos que compõem as matérias de competência do juiz das garantias serão remetidos ao juiz 
da instrução e julgamento; 
 
Art. 3º-D. 
 
STF/ADI 6.298 
O STF considerou a inconstitucionalidade formal do parágrafo único do art. 3º-D do CPP, incluído pela Lei 
nº 13.964/2019; 
 
Art. 3º-E. 
 
STF/ADI 6.298 
O STF considerou a interpretação conforme ao art. 3º-E do CPP, incluído pela Lei nº 13.964/2019, para 
assentar que o juiz das garantias será investido, e não designado, conforme as normas de organização 
judiciária da União, dos Estados e do Distrito Federal, observando critérios objetivos a serem periodicamente 
divulgados pelo respectivo tribunal; 
 
Art. 3º-F. 
 
STF/ADI 6.298 
O STF considerou a interpretação conforme ao parágrafo único do art. 3º-F do CPP, incluído pela Lei nº 
13.964/2019, para assentar que a divulgação de informações sobre a realização da prisão e a identidade do 
preso pelas autoridades policiais, ministério público e magistratura deve assegurar a efetividade da 
persecução penal, o direito à informação e a dignidade da pessoa submetida à prisão; 
 
 
https://www.quebrandoquestoes.com/
https://www.quebrandoquestoes.com/
Direito Processual Penal – Legislação Esquematizada 
 
www.quebrandoquestoes.com 
17 
 
TÍTULO II - DO INQUÉRITO POLICIAL 
 
Inquérito Policial 
Conceito e Características 
➢ Conjunto de diligências realizadas pela Polícia Judiciária (Polícia Civil e Polícia Federal) para apurar 
uma infração penal e sua autoria, com a finalidade do titular da ação ingressar em juízo. 
 
➢ É um procedimento administrativo, trabalhado por órgãos oficiais do estado, e não judicial, sendo 
iniciado por autoridade policial e considerado um pré-processo, mas não uma fase do processo. 
Assim, caso exista alguma irregularidade na investigação, não ocasiona a invalidade do processo; 
 
➢ Só pode ser arquivado pelo Judiciário, quando requerido pelo titular da ação penal; 
 
➢ Deve ser formal, ou seja, as produções dos seus atos devem ser registradas por escrito ou reduzidas 
a termo, caso sejam orais; 
 
➢ Não é obrigatório uma vez que o titular da ação penal pode ter todos os elementos para o oferecimento 
da ação. 
 
➢ É considerado sigiloso para as pessoas em geral, porém para os agentes e pacientes da 
investigação, este, em regra, não é, ocorrendo exceções em determinadas peças do inquérito 
quando for necessário para o seu sucesso; 
 
➢ Não existe o direito ao contraditório e a ampla defesa no inquérito policial, uma vez que ocorre 
apenas a investigação para descobrir se houve crime por meio do papel inquisitivo da autoridade 
policial, que é um papel de natureza pré-processual; (Procedimento Inqusitorial) 
 
➢ É conduzido pela autoridade policial de maneira livre e espontânea, podendo assim escolher a 
melhor maneira de conduzir a investigação; (Procedimento Discricionário) 
 
➢ Poderá ser instaurado de ofício por autoridade policial quando se tratar de ação pública 
incondicionada, não precisando ocorrer à provocação. 
 
➢ Função da Polícia Judiciária: Apurar fatos criminosos e reunir provas para provar o crime e quem o 
praticou; 
 
➢ A Polícia Militar é uma polícia administrativa, sem função de apurar os fatos, ou seja, investigar, 
tendo o papel de prevenir os crimes, através do caráter ostensivo. 
 
➢ O Inquérito Policial é uma Peça Escrita, conforme o CPP Art. 9. 
 
CPP/41. Art. 9º Todas as peças do inquérito policial serão, num só processado, reduzidas a escrito ou datilografadas e, 
neste caso, rubricadas pela autoridade. 
 
➢ O Inquérito Policial é uma Peça Dispensável, conforme o CPP Art. 39. §5º. 
 
CPP/41. Art.39. § 5º. O órgão do Ministério Público dispensará o inquérito, se com a representação forem oferecidos 
elementos que o habilitem a promover a ação penal, e, neste caso, oferecerá a denúncia no prazo de quinze dias. 
 
➢ O inquérito Policial é um Procedimento indisponível, conforme o CPP Art. 17. 
 
CPP/41. Art. 17. A autoridade policial não poderá mandar arquivar autos de inquérito. 
 
➢ É possível o trancamento do inquérito policial por meio do Habeas Corpus, mas não o arquivamento. 
 
➢ O inquérito policial não está sujeito à nulidade. 
 
 
 
 
 
 
https://www.quebrandoquestoes.com/
https://www.quebrandoquestoes.com/
Direito Processual Penal – Legislação Esquematizada 
 
www.quebrandoquestoes.com 
18 
 
Características do IP 
* Sigiloso; 
* Escrito; 
* Inquisitorial; 
* Discricionário; 
* Oficioso; 
* Indisponibilidade; 
* Dispensável; 
* Oficialidade. 
Mnemônico: SEI DOIDO 
 
Art. 4º. A polícia judiciária será exercida pelas autoridades policiais no território de suas respectivas 
circunscrições e terá por fim a apuração das infrações penais e da sua autoria. 
 
Parágrafo único. A competência definida neste artigo não excluirá a de autoridades administrativas, a quem 
por lei seja cometida a mesma função. 
 
Art. 5º. Nos crimes de ação pública o inquérito policial será iniciado: (Ação Penal Pública Incondicionada) 
I – de ofício; 
 
II – mediante requisição (delegado é obrigado) da autoridade judiciária ou do Ministério Público, ou a 
requerimento (delegado não é obrigado) do ofendido ou de quem tiver qualidade para 18omunica18a-lo. 
 
§ 1º O requerimento a que se refere o n° II conterá sempre que possível: 
 
a) a narração do fato, com todas as circunstâncias; 
 
b) a individualização do indiciado ou seus sinais característicos e as razões de convicção ou de presunção 
de ser ele o autor da infração, ou os motivos de impossibilidade de o fazer; 
 
c) a nomeação das testemunhas, com indicação de sua profissão e residência. 
 
§ 2º Do despacho que indeferir o requerimento de abertura de inquérito caberá recurso para o chefe de Polícia. 
 
§ 3º Qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento da existência de infração penal em que caiba ação 
pública poderá, verbalmente ou por escrito, 18omunica-la à autoridade policial, e esta, verificada a 
procedência das informações, mandará instaurar inquérito. (Delatio Criminis x Notitia Criminis) 
 
§ 4º O inquérito, nos crimes em que a ação pública depender de representação, não poderá sem ela ser 
iniciado. (Ação Penal Pública Condicionada) 
 
§ 5º Nos crimes de ação privada, a autoridade policial somente poderá proceder a inquérito a requerimento de 
quem tenha qualidade para intentá-la. (Ação Penal Privada) 
 
Delatio Criminis e Notitia Criminis 
Delatio Criminis 
➢ A “Delatio Criminis” ocorre no caso de a autoridade policial conhecer uma infração penal a partir da 
delação formalizada por qualquer pessoa. 
 
➢ A doutrina divide a “delatio criminis” em três: 
✓ Delatio Criminis Simples: Quando a autoridade policial é informada por qualquer pessoa; 
 
✓ Delatio Criminis Postulatória: É a instauração do inquérito policial pelo próprio ofendido, 
quando se tratar de crimes de ação penal pública condicionada ou privada; 
 
✓ Delatio Criminis Inqualificada: 
 
• É a comunicação de um possível crime por qualquer pessoa do povo, porém sem 
identificação da pessoa, ou seja, é a denúncia anônima. 
 
• OBS: Na delatio criminis inqualificada ou denúncia anônima,devido à proibição de 
manifestações apócrifas ou anônimas, a autoridade policial deve, antes da instauração do 
inquérito, analisar os fatos apresentados, feito isso, o STF e o STJ, admitem a denúncia 
anônima para apurar a veracidade das informações nela veiculadas; 
 
https://www.quebrandoquestoes.com/
https://www.quebrandoquestoes.com/
Direito Processual Penal – Legislação Esquematizada 
 
www.quebrandoquestoes.com 
19 
 
 
• OBS: Vale destacar que de forma excepcional, a denúncia anônima, quando se apresentar 
como o próprio corpo de delito, pode acarretar instauração de inquérito policial; 
 
Notitia Criminis 
➢ A “Notitia criminis” ocorre no caso de a autoridade policial conhecer uma infração penal 
independentemente do meio que recebeu a notícia. 
 
➢ A “Notitia criminis” é dividida em três pela doutrina: 
 
✓ Notitia Criminis de cognição Mediata: É o conhecimento de um fato criminoso por autoridade 
policial de maneira formal. 
 
✓ Notitia Criminis de cognição Imediata: É o conhecimento de um fato criminoso por autoridade 
policial através das atividades do dia a dia. 
 
✓ Notitia Criminis de cognição Coercitiva: É o conhecimento de um fato criminoso por autoridade 
policial através da prisão em flagrante do suspeito. 
 
Ação Penal 
Ação Penal Pública Incondicional 
➢ O inquérito pode se iniciar: 
✓ De ofício: 
 
• O inquérito policial poderá ocorrer de ofício por autoridade policial, após esta tomar 
conhecimento da prática de um crime, através de uma “notitia criminis” ou “delatio 
criminis”, em que a ação penal é pública incondicionada, sendo o inquérito instaurado por 
portaria. 
 
• OBS: A auto prisão em flagrante é considerada por parte da doutrina como um exemplo de 
instauração de ofício do inquérito policial. 
 
✓ Por requisição do Juiz ou MP: 
 
• O inquérito policial poderá ser iniciado também por requisição do MP ou autoridade 
judiciária, devendo a autoridade policial cumprir obrigatoriamente a requisição, salvo quando: 
- Manifestamente ilegal; 
 
- Não existir elementos mínimos para a instauração do Inquérito Policial; 
 
✓ Por requerimento da vítima ou de seu representante legal: O inquérito policial não é 
obrigatoriamente iniciado pela autoridade policial, no caso de requerimento do ofendido ou de 
quem tiver qualidade para representá-lo, quando não houver indícios de infração penal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.quebrandoquestoes.com/
https://www.quebrandoquestoes.com/
Direito Processual Penal – Legislação Esquematizada 
 
www.quebrandoquestoes.com 
20 
 
Ação Penal Pública Condicionada 
➢ Ação ajuizada pelo MP, porém este fica dependente da vítima, uma vez que esta deve querer 
denunciar o autor do crime. 
 
➢ O inquérito policial pode se iniciar: 
 
✓ Por Representação do Ofendido ou seu Representante; 
• Ocorre quando o Estado é autorizado de maneira formal pelo ofendido a continuar persecução 
penal e responsabilizar o autor do fato, se for necessário; (Delatio Criminis Postulatória). 
 
• Não exige formalidades, podendo ser dirigido a membro do MP, Juiz ou Autoridade Policial; 
 
• Será extinta no prazo de 06 meses, a contar da data da autoria do fato, o direito de 
representação, caso não seja exercido pela vítima. 
 
• Sendo a vítima menor de idade, esta deve ser representada pelo seu representante legal, caso 
não seja, o prazo decadencial só se inicia quando atingir a maioridade (18 Anos); 
 
• Será nomeado curador especial para representar a vítima, no caso do autor do fato (o possível 
criminoso) ser o representante legal da desta; 
 
✓ Por Requisição de Autoridade Judiciária ou do MP: Neste caso a requisição feita por juiz ou 
membro do MP dependerá da existência de representação da vítima. 
 
✓ Por Auto de Prisão em Flagrante: Neste caso a instauração de inquérito dependerá da 
representação do ofendido, caso contrário, o preso deverá ser solto depois de um prazo de 24 
horas, porém o ofendido possui o direito de representar posteriormente dentro de 06 meses. 
 
✓ Por Requisição do Ministro da Justiça; 
 
• Tal requisição ocorre quando se tratar de crimes: 
* Cometidos por estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil; 
 
* Crimes contra a honra cometidos contra o Presidente da República ou contra chefe de 
governo estrangeiro, dentre outros; 
 
• A requisição é dirigida ao membro do MP e não à autoridade policial, não sendo aquele 
obrigado sempre a promover. 
 
• A requisição não está sujeita a prazo decadencial, podendo ser feita enquanto não prescrever o 
crime; 
 
Ação Penal Privada 
➢ Nesse tipo de ação, existe sempre a necessidade de requerimento da vítima para a instauração de 
inquérito policial; 
 
➢ O inquérito policial pode se iniciar: 
 
✓ Por Requerimento da Vítima ou seu Representante: 
• No caso de falecimento ou ausência da vítima, o prosseguimento da ação poderá se dar por 
cônjuge, ascendente, descendente ou irmão; 
 
• Está sujeito ao prazo decadencial de 06 meses; 
 
CPP/41, Art.5º, § 5º Nos crimes de ação privada, a autoridade policial somente poderá proceder a inquérito a 
requerimento de quem tenha qualidade para intentá-la. 
 
✓ Por Requisição do Juiz ou do MP: Neste caso a requisição feita por juiz ou membro do MP 
dependerá da existência de representação da vítima. 
 
 
https://www.quebrandoquestoes.com/
https://www.quebrandoquestoes.com/
Direito Processual Penal – Legislação Esquematizada 
 
www.quebrandoquestoes.com 
21 
 
 
✓ Por Auto de Prisão em Flagrante: 
 
• Neste caso a instauração de inquérito dependerá da representação do ofendido, caso 
contrário, o preso deverá ser solto depois de um prazo de 24 horas, porém o ofendido possui o 
direito de representar posteriormente dentro de 06 meses. 
 
• OBS: Em se tratando de foro por prerrogativa de função, a autoridade policial dependerá de 
autorização do Tribunal (STF, regra) para instaurar o inquérito policial. 
 
Diligências (Coleta de provas) Investigatórias 
Instaurado o inquérito, a autoridade policial adotara algumas diligências especificadas no Art. 6º e 7º do 
CPP. 
 
Art. 6º. Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deverá: 
 
I - dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e conservação das coisas, até a 
chegada dos peritos criminais; 
 
II - apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos criminais; 
 
III - colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas circunstâncias; 
 
IV - ouvir o ofendido; 
 
V - ouvir o indiciado, com observância, no que for aplicável, do disposto no Capítulo III do Título Vll, deste Livro, 
devendo o respectivo termo ser assinado por duas testemunhas que Ihe tenham ouvido a leitura; 
 
VI - proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações; 
 
VII - determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer outras perícias; 
 
VIII - ordenar a identificação do indiciado pelo processo datiloscópico, se possível, e fazer juntar aos autos 
sua folha de antecedentes; 
 
IX - averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista individual, familiar e social, sua condição 
econômica, sua atitude e estado de ânimo antes e depois do crime e durante ele, e quaisquer outros 
elementos que contribuírem para a apreciação do seu temperamento e caráter. 
 
X - colher informações sobre a existência de filhos, respectivas idades e se possuem alguma deficiência e o 
nome e o contato de eventual responsável pelos cuidados dos filhos, indicado pela pessoa presa. 
 
Art. 7º. Para verificar a possibilidade de haver a infração sido praticada de determinado modo, a autoridade policial 
poderá proceder à reprodução simulada dos fatos, desde que esta não contrarie a moralidade ou a ordem 
pública. 
 
Art. 8º. Havendo prisão em flagrante, será observado o disposto no Capítulo II do Título IX deste Livro. 
 
Art. 9º. Todas as peças do inquérito policial serão, num só processado,reduzidas a escrito ou datilografadas e, 
neste caso, rubricadas pela autoridade. 
 
Art. 10. O inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver sido preso em flagrante, ou 
estiver preso preventivamente, contado o prazo, nesta hipótese, a partir do dia em que se executar a ordem 
de prisão, ou no prazo de 30 dias, quando estiver solto, mediante fiança ou sem ela. 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.quebrandoquestoes.com/
https://www.quebrandoquestoes.com/
Direito Processual Penal – Legislação Esquematizada 
 
www.quebrandoquestoes.com 
22 
 
Prorrogação do Inquérito Policial 
Lei 13.964/2019 
CPP/41. Art. 3º-B. § 2º Se o investigado estiver preso, o juiz das garantias poderá, mediante 
representação da autoridade policial e ouvido o Ministério Público, prorrogar, uma única vez, a duração do 
inquérito por até 15 dias, após o que, se ainda assim a investigação não for concluída, a prisão será 
imediatamente relaxada. 
 
Indiciado Preso: 10 + 15 dias. 
 
§ 1º A autoridade fará minucioso relatório do que tiver sido apurado e enviará autos ao juiz competente. 
 
Atenção! 
O relatório não é considerado uma peça obrigatória. A ausência desse relatório e de indiciamento formal 
do investigado não resulta em prejuízos para persecução penal, não podendo o juiz ou órgão do Ministério 
Público determinar o retorno da investigação à autoridade para concretizá-los. 
 
§ 2º. No relatório poderá a autoridade indicar testemunhas que não tiverem sido inquiridas, mencionando o lugar 
onde possam ser encontradas. 
 
§ 3º Quando o fato for de difícil elucidação, e o indiciado estiver solto, a autoridade poderá requerer ao juiz a 
devolução dos autos, para ulteriores diligências, que serão realizadas no prazo marcado pelo juiz. 
 
Finalização do Inquérito Policial - Prazos 
CPP 
10 dias, se o indiciado estiver preso em flagrante, prorrogável por mais 15 dias; 
 
30 dias, se o indiciado estiver solto mediante fiança ou sem ela. 
Justiça Federal 
15 dias, se o indiciado estiver preso em flagrante, prorrogável por mais 15 dias; 
 
30 dias, se o indiciado estiver solto; 
Lei de Drogas 
30 dias, se o indiciado estiver preso em flagrante, prorrogável por mais 30 dias; 
 
90 dias, se o indiciado estiver solto, prorrogável por mais 90 dias; 
Economia 
Popular 
10 dias, se o indiciado estiver preso; 
 
10 dias, se o indiciado estiver solto; 
Crimes 
Militares 
20 dias, se o indiciado estiver preso; 
 
40 dias, se o indiciado estiver solto, prorrogável por mais 20 dias; 
 
Atenção! 
Se o indiciado estiver preso, o prazo não pode ser prorrogado, sob pena de constrangimento ilegal à 
liberdade; 
 
Conforme o STJ, caso o indiciado esteja solto, a violação do limite do prazo não trará nenhum prejuízo 
para este, uma vez que se trata de prazo impróprio. 
 
Art. 11. Os instrumentos do crime, bem como os objetos que interessarem à prova, acompanharão os autos do 
inquérito. 
 
Art. 12. O inquérito policial acompanhará a denúncia ou queixa, sempre que servir de base a uma ou outra. 
 
Art. 13. Incumbirá ainda à autoridade policial: 
 
 I - fornecer às autoridades judiciárias as informações necessárias à instrução e julgamento dos processos; 
 
II - realizar as diligências requisitadas pelo juiz ou pelo Ministério Público; 
 
 
https://www.quebrandoquestoes.com/
https://www.quebrandoquestoes.com/
Direito Processual Penal – Legislação Esquematizada 
 
www.quebrandoquestoes.com 
23 
 
III - cumprir os mandados de prisão expedidos pelas autoridades judiciárias; 
 
IV - representar acerca da prisão preventiva. 
 
Art. 13-A. Nos crimes previstos nos arts. 148 (Sequestro e Cárcere Privado), 149 (Redução a Condição 
Análoga à de Escravo) e 149-A (Tráfico de Pessoas), no § 3º do art. 158 (Extorsão com Restrição da 
Liberdade da Vítima) e no art. 159 do Decreto-Lei no 2.848 (Extorsão Mediante Sequestro), de 7 de dezembro 
de 1940 (Código Penal), e no art. 239 da Lei no 8.069 (Envio de Criança ou Adolescente ao Exterior), o 
membro do Ministério Público ou o delegado de polícia poderá requisitar, de quaisquer órgãos do poder público 
ou de empresas da iniciativa privada, dados e informações cadastrais da vítima ou de suspeitos. 
 
Parágrafo único. A requisição, que será atendida no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, conterá: 
 
I - o nome da autoridade requisitante; 
 
II - o número do inquérito policial; e 
 
III - a identificação da unidade de polícia judiciária responsável pela investigação. 
 
Requisição de Dados e Informações Cadastrais 
O membro do Ministério Público ou o delegado de polícia poderá requisitar, de quaisquer órgãos do poder 
público ou de empresas da iniciativa privada, dados e informações cadastrais da vítima ou de suspeitos, 
nos crimes de: 
✓ Sequestro e Cárcere Privado; 
 
✓ Redução a Condição Análoga à de Escravo; 
 
✓ Tráfico de Pessoas; 
 
✓ Extorsão com Restrição da Liberdade da Vítima; 
 
✓ Extorsão Mediante Sequestro; 
 
✓ Envio de Criança ou Adolescente ao Exterior. 
 
Art. 13-B. Se necessário à prevenção e à repressão dos crimes relacionados ao tráfico de pessoas, o membro 
do Ministério Público ou o delegado de polícia poderão requisitar, mediante autorização judicial, às 
empresas prestadoras de serviço de telecomunicações e/ou telemática que disponibilizem imediatamente os 
meios técnicos adequados – como sinais, informações e outros – que permitam a localização da vítima ou dos 
suspeitos do delito em curso. 
 
§ 1º. Para os efeitos deste artigo, sinal significa posicionamento da estação de cobertura, setorização e 
intensidade de radiofrequência. 
 
§ 2º. Na hipótese de que trata o caput, o sinal: 
 
I - não permitirá acesso ao conteúdo da comunicação de qualquer natureza, que dependerá de autorização 
judicial, conforme disposto em lei; 
 
II - deverá ser fornecido pela prestadora de telefonia móvel celular por período não superior a 30 (trinta) dias, 
renovável por uma única vez, por igual período; 
 
III - para períodos superiores àquele de que trata o inciso II, será necessária a apresentação de ordem 
judicial. 
 
§ 3º. Na hipótese prevista neste artigo, o inquérito policial deverá ser instaurado no prazo máximo de 72 
(setenta e duas) horas, contado do registro da respectiva ocorrência policial. 
 
§ 4º. Não havendo manifestação judicial no prazo de 12 (doze) horas, a autoridade competente requisitará 
às empresas prestadoras de serviço de telecomunicações e/ou telemática que disponibilizem imediatamente os 
 
https://www.quebrandoquestoes.com/
https://www.quebrandoquestoes.com/
Direito Processual Penal – Legislação Esquematizada 
 
www.quebrandoquestoes.com 
24 
 
meios técnicos adequados – como sinais, informações e outros – que permitam a localização da vítima ou dos 
suspeitos do delito em curso, com imediata comunicação ao juiz. 
 
Art. 14. O ofendido, ou seu representante legal, e o indiciado poderão requerer qualquer diligência, que será 
realizada, ou não, a juízo da autoridade. 
 
Requerimento de Diligências pelo Ofendido e Indiciado 
➢ A Autoridade Policial, em regra, não é obrigada a realizar a diligência, porém, se tratando de exame 
de corpo delito, a diligência é obrigatória; 
 
CPP/41, Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou 
indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado. 
 
Art. 14-A. Nos casos em que servidores vinculados às instituições dispostas no art. 144 da Constituição Federal 
figurarem como investigados em inquéritos policiais, inquéritos policiais militares e demais procedimentos 
extrajudiciais, cujo objeto for a investigação de fatos relacionados ao uso da força letal praticados no 
exercício profissional, de forma consumada ou tentada, incluindo as situações dispostas no art. 23 do 
Código Penal (Situações de Exclusão de Ilicitude), o indiciado poderá constituir defensor. 
 
Servidores do Art. 144 da CF 
PFs; PRFs; PFFs; PCs;PMs e CBMs; Policiais Penais Federais/Estaduais e Distritais. 
 
§ 1º Para os casos previstos no caput deste artigo, o investigado deverá ser citado da instauração do 
procedimento investigatório, podendo constituir defensor no prazo de até 48 (quarenta e oito) horas a contar 
do recebimento da citação. 
 
§ 2º Esgotado o prazo disposto no § 1º deste artigo com ausência de nomeação de defensor pelo 
investigado, a autoridade responsável pela investigação deverá intimar a instituição a que estava vinculado o 
investigado à época da ocorrência dos fatos, para que essa, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, indique 
defensor para a representação do investigado. 
§ 6º As disposições constantes deste artigo se aplicam aos servidores militares vinculados às instituições 
dispostas no art. 142 da Constituição Federal, desde que os fatos investigados digam respeito a missões 
para a Garantia da Lei e da Ordem. 
 
Art. 15. Se o indiciado for menor, ser-lhe-á nomeado curador pela autoridade policial. 
 
Curador para Menor 
➢ É considerada menor de idade a pessoa menor de 18 anos. 
 
CC/02, Art. 5º A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os 
atos da vida civil. 
 
Art. 16. O Ministério Público não poderá requerer a devolução do inquérito à autoridade policial, senão para 
novas diligências, imprescindíveis ao oferecimento da denúncia. 
 
Arquivamento do Inquérito Policial 
Na Ação Penal Pública 
➢ Quando não for caso de apresentar denúncia por não ter sido considerado 
um fato criminoso, o MP requererá o arquivamento do inquérito policial. 
 
➢ Se o Juiz discordar, remeterá ao Procurador-Geral de Justiça os autos do 
inquérito policial que decidirá se irá continuar ou não arquivado. Com isso, o 
Juiz deverá obedecer à decisão do PGJ. 
 
➢ OBS: O Juiz não pode mandar arquivar o Inquérito Policial nos crimes de 
ação pública sem a manifestação do MP solicitando o arquivamento. 
Ação Penal Privada 
CPP/41, Art. 19. Nos crimes em que não couber ação pública, os autos do 
inquérito serão remetidos ao juízo competente, onde aguardarão a iniciativa do 
ofendido ou de seu representante legal, ou serão entregues ao requerente, 
se o pedir, mediante traslado. 
 
https://www.quebrandoquestoes.com/
https://www.quebrandoquestoes.com/
Direito Processual Penal – Legislação Esquematizada 
 
www.quebrandoquestoes.com 
25 
 
Implícito 
➢ Não tem previsão legal, ocorre quando o MP se omite a certos fatos ou 
indiciados. 
 
➢ O STF vem afirmando que no sistema processual penal brasileiro não prevê 
tal arquivamento. Info 605 – STF. 
Indireto 
➢ É quando o MP entende que o Juiz é incompetente no processo e não 
oferece a denúncia. Sendo que o juiz se considera competente e recebe o 
pedido de declínio de competência como uma espécie de pedido indireto 
de arquivamento. 
 
Art. 17. A autoridade policial não poderá mandar arquivar autos de inquérito. 
 
Art. 18. Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciária, por falta de base para a 
denúncia, a autoridade policial poderá proceder a novas pesquisas, se de outras provas tiver notícia. 
 
STF/Súmula 524 
Arquivado o Inquérito Policial, por despacho do Juiz, a requerimento do Promotor de Justiça, não pode 
a ação penal ser iniciada, sem novas provas. 
 
Possibilidades de Desarquivamento 
É Possível Não é Possível 
No caso de novas provas. Em se tratando de atipicidade. 
Na Existência de pressuposto processual ou de 
condição da ação penal. 
Na existência de excludente de ilicitude. 
STF/HC 125101/SP: Já aceitou. 
STJ/REsp 791471/RJ: Não. 
Na Existência de justa causa para ação penal. Na existência de excludente de culpabilidade. 
X 
Na existência de extinção de punibilidade, exceto 
no caso de certidão de óbito falsa (STF/84.525). 
 
Arquivamento do Inquérito 
Coisa Julgada Formal Coisa Julgada Material 
É possível ocorrer o desarquivamento Não é possível ocorrer o desarquivamento. 
Exemplo Exemplo 
Falta de pressuposto processual ou condição de 
ação 
Negativa de Autoria 
Ausência de Justa Causa Atipicidade do Fato 
Causa de Excludente de Ilicitude - STF Excludente de Culpabilidade 
X 
Extinção de Punibilidade, exceto certidão de óbito 
falsa. 
 
Art. 19. Nos crimes em que não couber ação pública, os autos do inquérito serão remetidos ao juízo 
competente, onde aguardarão a iniciativa do ofendido ou de seu representante legal, ou serão entregues ao 
requerente, se o pedir, mediante traslado. 
 
Art. 20. A autoridade assegurará no inquérito o sigilo necessário à elucidação do fato ou exigido pelo interesse 
da sociedade. 
 
Parágrafo único. Nos atestados de antecedentes que lhe forem solicitados, a autoridade policial não poderá 
mencionar quaisquer anotações referentes a instauração de inquérito contra os requerentes. 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.quebrandoquestoes.com/
https://www.quebrandoquestoes.com/
Direito Processual Penal – Legislação Esquematizada 
 
www.quebrandoquestoes.com 
26 
 
Contato do Preso 
➢ A CF/88 não recepcionou o Art. 21 CPP/41, que trata da incomunicabilidade do preso, uma vez que 
aquela estabelece que seja assegurada ao preso a assistência da família e de advogado e também 
veda a incomunicabilidade do preso até no Estado de Defesa. 
 
CF/88, Art. 5º, LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe 
assegurada a assistência da família e de advogado; 
 
CF/88, Art. 136º, § 3º Na vigência do estado de defesa: 
 
IV - é vedada a incomunicabilidade do preso. 
 
Art. 21. A incomunicabilidade do indiciado dependerá sempre de despacho nos autos e somente será permitida 
quando o interesse da sociedade ou a conveniência da investigação o exigir. 
 
Parágrafo único. A incomunicabilidade, que não excederá de três dias, será decretada por despacho 
fundamentado do Juiz, a requerimento da autoridade policial, ou do órgão do Ministério Público, respeitado, em 
qualquer hipótese, o disposto no artigo 89, inciso III, do Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil (Lei n. 4.215, 
de 27 de abril de 1963) 
 
Art. 22. No Distrito Federal e nas comarcas em que houver mais de uma circunscrição policial, a autoridade 
com exercício em uma delas poderá, nos inquéritos a que esteja procedendo, ordenar diligências em circunscrição 
de outra, independentemente de precatórias ou requisições, e bem assim providenciará, até que compareça a 
autoridade competente, sobre qualquer fato que ocorra em sua presença, noutra circunscrição. 
 
Art. 23. Ao fazer a remessa dos autos do inquérito ao juiz competente, a autoridade policial oficiará ao Instituto de 
Identificação e Estatística, ou repartição congênere, mencionando o juízo a que tiverem sido distribuídos, e os 
dados relativos à infração penal e à pessoa do indiciado. 
 
 
 
https://www.quebrandoquestoes.com/
https://www.quebrandoquestoes.com/
Direito Processual Penal – Legislação Esquematizada 
 
www.quebrandoquestoes.com 
27 
 
Principais Súmulas e Jurisprudências 
 
TÍTULO II - DO INQUÉRITO POLICIAL 
 
STF/ Inq. 2411 QO/MT 
“A Polícia Federal não está autorizada a abrir de ofício inquérito policial para apurar a conduta de 
parlamentares federais ou do próprio Presidente da República (no caso do STF). No exercício de 
competência penal originária do STF (CF, art. 102, I, “b” c/c Lei nº 8.038/1990, art. 2º e RI/STF, arts. 230 a 
234), a atividade de supervisão judicial deve ser constitucionalmente desempenhada durante toda a 
tramitação das investigações desde a abertura dos procedimentos investigatórios até o eventual 
oferecimento, ou não, de denúncia pelo dominus litis.” 
 
I Jornada de Direito Processual Penal – Enunciado 24 
Nos crimes submetidos à jurisdição brasileira, os provedores de conexão e de aplicações de internet que 
prestam serviços no Brasil devem fornecer o conteúdo de comunicações armazenadas em seu poder, não 
lhes sendo lícito, sob pena de sanções processuais, invocar legislação estrangeira para

Continue navegando