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Respiratório e imunoterapia

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Sistema Respiratório
CONSIDERAÇÕES GERAIS
A respiração pode ser:
● Celular: produção de energia pelo metabolismo
de moléculas orgânicas
● Mecânica: absorção de O2 da atmosfera para
dentro do sistema vascular sanguíneo e a excreção
do CO2 para a atmosfera
Divisão anatômica
Sistema respiratório Superior:
● Fossas nasais
● Seios nasais
● Laringe
● Traquéia extratorácica
Sistema respiratório Inferior:
● Traquéia intratorácica
● Pulmões – Brônquios, Bronquíolos e Alvéolos.
O sistema respiratório possui função de troca gasosa,
possuindo como auxiliares nesse processo a ventilação
pulmonar (inspiração e expiração) Músculos
intercostais e o diafragma.
Existem quadro clínicas que envolvem intoxicação por
botulismo que causa um comprometimento da
musculatura intercostal e diafragmática, que é a toxina
botulínica, que impede a liberação de ach na fenda
(utiliza-se neostigmina – anticolinesterásico); uso
clínico de bloqueadores musculares (utiliza-se ) e
organofosforados, que é um anticolinesterásicos de
longa duração que mantém a ach na fenda (tratamento
é atropina).
Doença respiratória
Qualquer transtorno da árvore pulmonar, incluindo
doenças infecciosas e não infecciosas da cavidade
nasal, seios da face, orofaringe, laringe, traqueia,
brônquios, parênquima pulmonar e cavidade pleural
Importante lembrar de resolver a causa primária e logo
após isso, combater cada um dos sinais clínicos para
um bem-estar do paciente.
Sinais clínicos: espirros, espirros invertidos (reflexo
de aspiração mecanossensitiva), tosse, engasgos,
corrimento nasal, respiração ruidosa, alteração na
frequência e profundidade respiratória, letargia e
intolerância a exercícios. A pneumonia bacteriana e a
verminose podem ser diferenciadas, pois a bacteriana
causa febre.
Obs: corticoides combatem a tosse seca,
hipersensibilidade e ainda vai combater o estresse
mediado por cortisol.
Fisiopatologia da manutenção das funções vitais
O diâmetro das vias aéreas causa uma alteração na
quantidade de ar e leva ao aumento da velocidade do
fluxo de ar e redução da pressão das vias aéreas.
Também tem o tônus fisiológico com a inervação
nervosa da musculatura lisa (o simpático causa
broncodilatação e o parassimpático broncoconstrição).
Mecanismos envolvidos na constrição brônquica
colinérgica
O receptor B2 é um acoplado à proteína Gs. Quando um
agonista se liga a ele tem a ativação da adenilato
ciclase como segundo mensageiro. Pega o ATP e quebra
em AMPc e ativa a proteína Quinase A que aumenta a
permeabilidade de canais de sódio e cálcio (que ativa a
quinase de miosina de cadeia leve que promove
relaxamento do brônquio).
Obs: quadros de doenças infecciosas entram com
anti-inflamatórios, pois há um antígeno.
Princípios de tratamento das afecções
respiratórias
Passos a serem seguidos em ordem de importância.
1. Combate ao agente causador da enfermidade
2. diminuição da gravidade e frequência da tosse
seca, improdutiva e persistente – existe a tosse
produtiva que é acompanhada de secreção e a
improdutiva que é seca.
3. diminuição da viscosidade das secreções
broncopulmonares, visando a eliminação
4. Melhoria da ventilação broncoalveolar (uso de
broncodilatadores)
5. Estímulo à função respiratória, nos casos de
depressão
6. Adoção de medidas auxiliares, conforme a
natureza da enfermidade
ANTIMICROBIANOS
Indicações: Combate a microrganismos patogênicos –
bactérias que causam pneumonia.
Para Gram +
Penicilinas naturais: Penicilina G + acd. clavulânico
devido a resistência.
Penicilinas Semi-sintéticas: Ampicilina, Amoxicilina.
Macrolídeos: Tiamulina
Para Gram -
Aminoglicosídeos: Estreptomicina, Gentamicina.
Quinolonas: Enrofloxacina e Danofloxacina.
Infecções mistas
Cefalosporinas: ceftiofur (1-3 mg/kg)
Associações
Anaeróbios
Metronidazol (5-15mg/kg)
Fungos
Cetoconazol
Itraconazol
Fluconazol
Mecanismos de ação
● BETALACTÂMICOS: inibição da síntese da parede
● AMINOGLICOSÍDEOS: inibição da síntese
protéica
● QUINOLONAS: inibição da síntese de ác.
nucléicos
● ANTIFÚNGICOS AZÓLICOS: Interferem com a
síntese do Ergosterol por inibirem a desmetilação
do lanosterol. A inibição da desmetilação do
Lanosterol e da consequente síntese de Ergosterol
desorganiza a função da membrana e altera a
permeabilidade.
● METRONIDAZOL: atua no a nível de DNA
bacteriano (bactérias anaeróbicas - rhodococcus
que acomete mais equinos). interage com o DNA,
inibindo a síntese do ácido nucléico, causando a
morte da célula.
ANTITUSSÍGENOS
Fármacos que atuam na supressão completa ou parcial
da tosse. A tosse funciona como um mecanismo de
defesa do organismo e sua principal função é tentar
eliminar algum material irritante ou excesso de
secreção no lúmen da traquéia. É representado como
um mecanismo repulsivo da defesa do organismo, e, por
isso, seu uso deve ser restrito a um processo de tosse
não produtiva e sem secreção.
Pode-se usar um coadjuvante para tratar a causa da
tosse, pois a tosse, quando persistente, pode pode ser
prejudicial, exacerbando ainda mais a inflamação e a
irritação da mucosa, causando hiperdistensão dos
alvéolos e consequentemente uma enfisema e um
pneumotórax pela ruptura de bolhas, além de acentuar
a fraqueza do paciente e levá-lo a exaustão.
O reflexo da tosse (gerado no bulbo) é involuntário que
causa a eliminação de secreções. A tosse é causada por
receptores irritantes que causam broncoconstrição
mediada por Acetilcolina, Histamina Serotonina e
Prostaglandina.
As classes dos antitussígenos são: narcóticos ou
opióides; não narcóticos e alguns recursos para
acalmar a tosse.
Narcóticos ou opióides
Codeína (metilmorfina): É um derivado
semi-sintético da morfina. Atua na supressão da tosse
por ação central das conexões nervosas do tronco
cerebral, produzindo fraca analgesia e sedação. Não é
indicada devido seus efeitos colaterais, que são: vômito,
constipação, sonolência ou excitação → 1 a 2 mg/kg,
VO, QID
Butorfanol: agente opióide e analgésico com potente
atividade antitussígeno em cães. Possui efeito
analgésico imediato. Seu tempo de ação permanece
mais tempo em relação à codeína. Seus efeitos
colaterais incluem Sedação, anorexia, náusea...→ 0,01
a 0,1 mg/kg - SC, IM ou 0,1 a 0,5 mg/kg, VO, BID
Não narcóticos
Dextrometorfano: não possui efeito analgésico ou
sedativo e não causa dependência. Aumenta o limiar
central para o reflexo da tosse e não interfere nas
secreções do trato respiratório → 1 a 2 mg/kg, VO,
IM, SC, TID/QID
Se for uma tosse alérgica, entra com anti-histamínico
(1ª e 2ª geração). Eles vão atravessar a barreira
hematoencefálica e causar sonolência, por isso, é
necessário entrar com corticoide (prednisolona).
Recursos para acalmar a tosse
Demulcentes (rebuçados e xaropes): Ação
calmante sobre a mucosa
Revulsivos (álcool etílico/água – 1:1): intensifica a
irrigação sanguínea
EXPECTORANTES
Atuam alterando as características das secreções,
aumentando a quantidade e diminuindo a viscosidade
das secreções, facilitando sua expectoração. Esse grupo
pode ser dividido em três classes: reflexos, mucolíticos
e inalantes.
● Reflexos: seu mecanismo de ação compreende o
aumento do reflexo da atividade glandular por
meio da estimulação das terminações nervosas
vagais que aumentam a quantidade de muco.
● Mucolíticos: possui como mecanismo de ação a
lise de ligações entre constituintes do muco,
diminuindo assim a viscosidade.
● Inalantes: são um tipo de solução fisiológica que
liberam partículas que fluidificam as secreções.
Expectorantes reflexos
Iodeto de potássio: aumenta a secreção em 150%.
Possui como efeitos adversos náuseas, alterações
tireoidianas (feto)→ 10 a 20 mg/kg, VO, QID
Guaiafenesina: 5 a 10 mg/kg, VO, TID Ef. adversos: (-)
agregação plaquetária
Expectorantes mucolíticos
Bromexina: atua como expectorantes e
broncodilatador → Gr.: 0,2 a 0,5 mg/kg; Peq.: 0,5 a 1,0
mg/kg, VO, IM, BID ou TID.
Dembrexina: metabólico ativo da bromexina →
equinos: 0,3 a 0,5 mg/kg, VO, IV, BID
Expectorantes inalantes
Pode ser associado a broncodilatadores e seu uso é
restrito a aparelhos para a produção de vapores.
Geralmente umasolução de NaCl a 0,9% que possui
como objetivo a remoção de secreções profundas no
TR, Reduzir viscosidade e Movim. respirat. profundos e
ativos
BRONCODILATADORES
São fármacos que promovem dilatação e aumento do
lúmen das vias respiratórias facilitando a ventilação
pulmonar. Muitos fármacos broncodilatadores também
estimulam a secreção de muco bronquial. Principais
grupos: Beta-agonistas, Xantinas (metilxantinas) e
Anticolinégicos.
Beta-agonistas
Adrenalina: é um simpaticomimético de ação direta
com ação estimulante de receptores (1, 2) E (1, 2 E 3).
Possui poderosa ação broncodilatadora que é mais
evidente em momentos de broncoconstrição (asma
brônquica) → RECOMENDADO EM CASO DE CHOQUE
ANAFILÁTICO.
Efedrina: Maior ação em -2 cães: 5 a 15 mg total, VO,
BID ou TID gatos: 2 a 5 mg total, VO, BID.
Mecanismo de ação: relaxam o músculo liso das vias
aéreas por ativação dos receptores B-adrenérgicos que
promovem aumento de AMPc, sintetizada pela ativação
da enzima AC na membrana citoplasmática a partir de
ATP.
Xantinas (metilxantinas)
Atuam como antagonistas competitivos de receptores
da adenosina (a-1 e a-2) e purinas (P-1 E P-2). Seus
efeitos causam broncodilatação, aumento da atividade
mucociliar, diminuição da permeabilidade da mucosa
da via aérea. Como principais exemplos temos:
aminofilina (usada no caso de crise asmática
emergencial), oxitrifilina e teofilina sódica (usada para
tratamentos prolongados da garganta).
Mecanismo de ação: a broncodilatação resulta da
inibição da fosfodiesterase (PDE) com acúmulo de
AMPc intracelular
Anticolinérgicos ou agonistas B2 adrenérgicos
Utilizados para antagonizar os efeitos resultantes da
estimulação parassimpática, produzindo
broncodilatação. Estimulam os efeitos simpáticos
produzindo broncodilatação (salbutamol, terbutalina).
Principais exemplos: atropina e ipratrópio - inalação.
Atropina: possui ação broncodilatadora e inibe as
secreções nasais, de boca, faringe e brônquios,
ressecando as mucosas do trato respiratório. Possui
ação inespecífica e por isso se liga a todos os
receptores muscarínicos
Ipratrópio: não possuem efeitos no coração e por isso
são fármacos usados para pacientes asmáticos
cardiopatas.
Mecanismo de ação: a broncodilatação resulta da
ação anticolinérgica antimuscarínica, que provoca
redução do tônus brônquico
Fenoterol - peq.: aerosol – 1 a 2 gotas/ 5kg
Salbutamol - 0,02 a 0,04 mg, kg, VO, BID
Clembuterol - 0,8 a 3 g/kg, VO, IV
Aminofilina - 5 a 10 mg/Kg, VO, IM, IV, BID ou TID
ANALÉPTICOS
Indicado para estimulação respiratória.
Doxapran: Estimulante do CR – BULBO
peq. an: 5 a 10 mg/kg (adultos) e 1 a 2 mg/kg (jovens)
gr. an.: 0,3 a 0,6 mg/kg.
ANTI-HISTAMÍNICOS
Indicados para processos alérgicos
● Difenidramina (difenidrin) – 1 a 4 mg/kg, VO, IM,
SC, IV – BID/ TID
● Dimenidrinato (dramin) – 5 a 8 mg/kg, VO, IM, SC,
IV – BID/ TID
● Prometazina (fenergan) – 0,2 a 2,0 mg/kg, VO, IM,
SC, IV – BID/ TID
● Clemastina (alergovet) – 0,5 a 5 mg/kg, VO, IM,
SC – BID
Sistema Digestório
O tratamento de distúrbios no TGI, baseia-se em:
Tratamento Suporte: Consiste na correção de
desequilíbrios hidroeletrolíticos e no descanso do TGI.
Em perturbações agudas, deve-se descansar o TGI por
24 à 48h. A restrição permite a restauração da mucosa
e o retorno mais rápido da homeostase.
Tratamento Sintomático: Consiste no uso de agentes
para controlar ou corrigir sinais clínicos. Ex.:
Antieméticos e antidiarreicos.
Tratamento Específico: Destina-se à causa
específica da doença. Ex.: Antibióticos,
endoparasiticidas, antiácidos, etc.
Tratamento Dietético: Consiste no controle e manejo
da dieta para restabelecimento da flora intestinal e
melhora do quadro clínico. Carnes magras, arroz e
cenoura são exemplos de dietas caseiras para essa
fase.
FÁRMACOS EMÉTICOS
São fármacos que provocam vômito (êmese). O vômito
é um mecanismo de defesa diferentemente
desenvolvido em cada espécie animal. São utilizados
para a eliminação de venenos ou agentes
não-corrosivos e esvaziamento gástrico para indução
de anestesia geral.
A região do SNC que provoca vômito é a ZQD (zona
quimiorreceptora deflagradora).
A origem do vômito pode ser classificada como
periférica (estimulação das terminações nervosas da
mucosa do estômago ou de outras vísceras) ou Central
(estimulação direta do centro do vômito, da ZQD ou do
sistema vestibular). Esses impulsos provenientes da
zqd e de vários centros do sistema nervoso central
funcionam como relé para o centro do vômito. Os
transmissores químicos envolvidos na
neurotransmissão do vômito são histamina, acetilcolina
e dopamina 5- hidróxidotriptamina 3, agindo sobre
receptores um histaminérgicos (H1), muscarínicos,
dopaminérgicos e serotonéticos.
Eméticos de ação central:
● Morfina e apomorfina
Agem estimulando a ZQD por se ligar a receptores
muscarínicos. Seus efeitos variam entre os animais
domésticos. Suínos e aves não respondem aos eméticos
de ação central, a apomorfina tóxica em gatos e a dose
em cães: 0,04 mg/kg IV.
● Xilazina
Agonista α2 adrenérgico que ativa receptores α2
(receptor inibitório que inibe a dopamina e a ach
predomina) na ZQD. Gatos são mais sensíveis ao efeito
da xilazina e em cães as doses são 1,1mg/kg, IM ou IV;
em gatos 0,44 mg/kg, IM ou IV.
Eméticos de ação periférica:
● Cloreto de sódio (NaCl) Solução
hipersaturada;
● Peróxido de hidrogênio 3%;
● Sulfato de zinco e;
● Sulfato de cobre 1%.
Administração via oral, causando estímulo periférico
por irritação, estimulando receptores da faringe e do
estômago que levam informações pelas vias vagais e
simpáticas ao centro do vômito.
FÁRMACOS ANTIEMÉTICOS
São fármacos que são utilizados para prevenir o vômito,
já que causa grande perda de água e causa desconforto
aos animais. Existem alguns casos em que eles são
contra-indicados, que é no caso de perfuração do TGI,
obstrução, alguns tipos de envenenamento e quadros de
tremores.
Antieméticos de ação central:
Deprimem diretamente o centro do vômito e a ZQD
● Bloqueadores dopaminérgicos:
Metoclopramida (Especialidade farmacêutica
Plasil®, Eucil®, Vetol®): Promovem o bloqueio dos
receptores dopaminérgicos (D2) na zona
quimiorreceptora do vômito (ZQD) e em altas doses
também bloqueia receptores 5-HT3 e facilita o
esvaziamento do estômago. Como efeitos adversos
temos mudanças comportamentais em cães e gatos.
Doses em cães e gatos 0,2 a 0,5 mg/kg VO, SC, 8/8h.
● Bloqueadores Serotoninérgicos (5-HT3 ):
Ondansetrona (Zofran®; Nausedron®) e
Granisetrona (Kytril®): São antagonistas 5-HT3
desenvolvido como antiemético em humanos em
virtude da terapia anticâncer. Ondasetrona foi utilizada
experimentalmente com sucesso em filhotes com
gastrenterite por parvovírus. Cães 0,1mg/kg, 12/12 ou
8/8h, IV, ou 0,5 a 1mg/kg, VO.
● Bloqueadores H1:
Prometazina (Fenergan®) e Dimenidrato (Dramin®):
Bloqueiam impulsos histaminérgicos e colinérgicos que
chegam ao centro do vômito e zona vestibular. Podem
causar sonolência e sedação. Cães e gatos de 2 a 4
mg/kg, VO, IM, IV, 8/8 ou 6/6h. Pode provocar
hipotensão.
● Bloqueadores muscarínicos:
Bloqueiam a via colinérgica aferente do TGI até o
centro do vômito. Podem causar taquicardia, midríase,
constipação e retenção urinária
FÁRMACOS UTILIZADOS PARA O TRATAMENTO
DAS GASTRITES E ÚLCERAS
Fisiopatologia da gastrite e úlceras
Começa nas cels. parietais que são responsáveis pela
digestão química, produção e liberação do HCl. Quem
produz o HCl é a cél parietal, mas quem libera na luz do
órgão é a bomba de prótons. Para a célula parietal ser
ativada e começar a produzir HCl, precisa de três
neurotransmissores: gastrina, histamina e ach. A ach
parte de estimulação vagal por meio do estímulo do
apetite. A gastrina é liberada pela célula G do
estômago, é liberada assim que o alimento chega no
estômago, se ligando ao receptor cck-b. A gastrina
também se liga ao receptor hétero cromafim e libera a
histamina no receptor H2.
Quando há esses 3 estímulos a célula começa a
produzir água e gás carbônico no seu interior. Aí vem
uma enzima chamada de anidrase carbônica que vai
promover que vaipromover a junção de CO2 e H2O,
liberando um H+ e foramando assim o HCO3-
(bicarbonato). Quando ele é formado, vai haver um
antiporte com o Cl-, ele sai e o Cl- entra. Quando o Cl-
entra, há agora o Cl- e H+, mas os dois tem que sair
novamente para formar o HCl-.
Quando o animal difere o alimento, o HCl tem que ser
neutralizado, a partir das céls epiteliais, por meio das
Prostaglandinas. A PGE2 se liga ao receptor da céls
parietal inibindo a liberação de H+. Também vai se ligar
à célula epitelial para liberar o bicarbonato que está no
plasma, neutralizando o pH gástrico.
Fatores que favorecem o surgimento de gastrite
e úlceras:
• Infecções bacterianas;
• Estresse;
• AINES;
• Distúrbios fisiológicos;
As principais drogas utilizadas são os antiácidos e os
protetores de mucosa
FÁRMACOS utilizados no tratamento da gastrite
e úlceras
Antiácidos:
● Visa reduzir a quantidade total de ácidos
gástricos, diminuindo a agressão à mucosa. Eles
vão inibir a ação da célula parietal nos receptores
H2.
● Existem dois grupos principais:
○ Os inibidores H2 que exercem bloqueio
competitivo reversível sobre os receptores H2
○ Os inibidores da bomba de prótons, que
bloqueiam a secreção de íons H+ necessários
para a formação do HCl
Inibidores H2: Cimetidina, ranitidina, famotidina e
nizatidina Cimetidina 5 a 10 mg/kg, 6/6 ou 8/8h VO ou
IV Ranitidina 1 a 2 mg/kg, 8/8 ou 12/12h VO ou IV→
não inibem vômito e não causam sololência.
Inibidores da bomba de prótons: Omeprazol,
lanzoprazol e pantoprazol. Omeprazol para tratamento
de úlceras refratárias e hipersecreções ácidas 1 a 2
mg/kg 12/12 ou 24/24h, VO.
Protetores de mucosa (caolin e pectina - não
moleculares):
● Eficácia duvidosa e utilidade discutível;
● Caolin estimula coagulação local, podendo ser
útil em casos de hematêmese;
● Pectina aumenta a excreção fecal de sódio,
podendo agravar a hiponatremia e dificultar a
hidratação do paciente
● Misoprostol atua semelhantemente às PGE2
induzindo a formação de muco e secreção de
bicarbonato
● O mais usado e melhor é o sulcrafato
Antibióticos e antihelmínticos:
● Tratamento de patógenos que promovem a
formação de úlceras;
● Sulfas associadas a trimetropin 20 a 30mg/kg
VO, IM 12/12h;
● Metronidazol 5 – 15 mg/kg IV e/ou 20-30 mg/kg
VO para protozoários;
● Benzimodazois, praziquantel.
Fármacos Antidiarreicos ou constipantes
São fármacos utilizados no tratamento das diarréias
para diminuir o número de evacuações. É importante o
conhecimento de todos os fatores que envolvem a
diarréia
Opióides:
● São antidiarreicos antiperistálticos usados em
diarreias acompanhadas de excessivo aumento
do peristaltismo intestinal (cólicas);
● Atuam inibindo a liberação de acetilcolina com
consequente diminuição da motilidade intestinal,
atuam também estimulando a absorção de
fluidos e eletrólitos;
● Elixir paregórico: Opióide natural podendo
causar efeitos analgésicos e sedativos. 40 gotas
VO 12/12 ou 8/8h;
● Loperamida: Opióide piperidínico com potente
ação constipante. Imosec® cães e gatos 0,08 a
0,1 mg/kg, 8/8h, VO. Equinos: 0,1 a 0,2 mg/kg,
12/12h ou 8/8h, VO.
Agentes anticolinérgicos:
● Inibem a motilidade GI propulsiva e não
propulsiva;
● Inibem a secreção basal mediada pelo colinérgico
do TGI – também age para proteção contra
úlceras.
● Atualmente seu uso é somente recomendado em
cólica intestinal ou tenesmo acentuado.
Protetores de mucosa:
● São representados pelas substâncias
adistringentes e adsorventes;
● Adistringentes: Precipitam proteínas das células
da mucosa GI formando uma camada impermeável
e protetora, inibindo a absorção ex.: Tanalbina,
tanamina e ácido tânico (goiaba);
● Adsorventes: São capazes de proteger a mucosa
irritada por intermédio de suas propriedades
adsorventes de gases, exudatos e toxinas. ex:
carvão ativado.
Fármacos Catárticos e laxantes
São fármacos que auxiliam o trânsito do conteúdo
intestinal, provocando a defecação. Podem ter ação
laxativa ou purgativa.
Catárticos irritantes ou de contato:
● Irritam a mucosa intestinal, estimulando o
peristaltismo e reduzindo a absorção, ex.: Óleo de
rícino, óleo de semente de linhaça, fenoftaleína,
Bisacodil (Dulcolax®) cães: 5 a 20 mg/kg 24/24
ou 12/12h, VO; gatos: 2,5 a 5 mg/kg mg/kg 24/24
ou 12/12h
Catárticos osmóticos ou salinos:
● São pouco absorvidos, exercendo atividade
osmótica no lúmen intestinal, retendo água,
aumentando o volume e favorecendo o
amolecimento da massa fecal, aumentando o
peristaltismo, ex.: Hidróxido de magnésio, cães: 5 a
10 ml, VO, 12/12 ou 24/24h; gatos: 2 a 6 ml, VO,
12/12 ou 24/24h
Fármacos utilizados em doenças inflamatórias
intestinais
As doenças inflamatórias GI, de forma geral, visam
tratar a causa primária, ou seja, imunopatologias
causadas por H.pilori, Trichuris, Giardia, por exemplo. É
necessário associação de drogas imunossupressoras,
antibióticos e corticosteróides
Salicilatos:
Subsalicilato ou citrato de bismuto:
Considerados drogas de eleição no tratamento de
diarreias agudas independentemente da etiologia;
Seguro para gatos: 6,5 a 8,6 mg/kg, VO, 3 ou 4
administrações diárias
Sulfassalazina:
Derivado salicílico, onde 75% da droga atinge o
intestino grosso em sua forma ativa;
Pode causar ceratoconjuntivite seca.
Cães: 20 a 50 mg/kg, VO, 3 ou 4 administrações
diárias; Gatos: 10 a 20 mg/kg.
Imunoterapia
Tipos de imunidade:
Imunidade Ativa ou vacinação: Resposta a estímulos
antigênicos, com formação de produtos da resposta
imune no próprio organismo → resulta na memória
imunológica
Imunidade Passiva ou soroterapia: Proteção imediata,
porém de curta duração → proteção imediata e de
curta duração.
Imunidade Passiva
Formação de anticorpos em um indivíduo e transmissão
deste para outro
Imunidade Materna
● Carnívoros: placenta endoteliocorial – recebe
alguns anticorpos da mãe;
● A imunidade que o filho recebeu da mãe dura
cerca de 30 a 45 dias, por isso tem que vacinar
● Imunidade materna transmitida pelo colostro(IgG);
● Anticorpos derivados da mãe inibem produção de
IgG endógena;
● ADM são catabolizados com o tempo.
● Quando maior o título de anticorpos maternos
maior vai ser os anticorpos dos filhotes;
● IgG altas concentrações no colostro e IgA-S no
leite durante aleitamento;
● Vacinação:
● Janela de susceptibilidade;
● Doses múltiplas de vacina → vencer barreira de
imunidade materna.
Imunidade ativa:
● Sinônimo de vacinoterapia;
● Período mais prolongado de proteção;
● Desvantagem: proteção não conferida
imediatamente
● Vacinação é diferente de imunização. Vacinação
tem como objetivo inocular o agente, tendo como
objetivo a imunização (produção de anticorpos).
Um indivíduo vacinado não significa que foi
imunizado, depende da vacina.
● Uso de antígenos (suspensão de agentes
infecciosos);
● Resposta imune específica e duradoura;
● Proteção contra doenças infecciosas;
● Induzir memória imunológica (sem causar doença);
VACINA IDEAL
● Inocuidade (não faz mal);
● Pureza (específico);
● Esterilidade;
● Potência (eficácia)
● Conservação adequada;
● Baixo custo;
● Estável.
Uso de vacinas: Profilaxia de infecções (viroses,
bacterioses); Finalidade curativa (após início da
infecção – raiva); Vacinas terapêuticas (intensificar
resposta imune adequada – doenças
crônicas/recorrentes)
Adjuvantes - usados para direcionar a resposta imune.
Classificação das vacinas
Quanto à natureza do imunógeno:
● De organismos vivos: agentes infecciosos
modificados para não produzir doença no
hospedeiro. Ex: antivariólica Lady Montagu, Peste
suína;
● De organismos inativados e atenuados:
similaridade antigênica com o agente patogênico
natural .Ex: vacina contra raiva e parvovirose;
● De organismos mortos: contêm o microrganismo
inativado. Ex: bacterina contra leptospirose,
encefalite equina;
● Anatoxinas e toxóides: preparadas com exotoxinas
bacterianas tratadas. Ex: anatoxina tetânica.
Vantagens da Atenuação: Menor patogenicidade,
Indução de resposta imune celular, Maior
imunogenicidade e Necessita menos de doses de
reforço.
Desvantagens da Inativação: Menor eficiência, Doses de
reforços e RIhumoral
Tecnologias usadas nas vacinas:
● Antígeno recombinante: usam técnicas
recombinantes (DNA ou proteínas) através de
clonagem - retirar um trecho específico de uma
sequência de dna que serviram como antígeno. ex:
hepatite B, cólera, malária, leishmaniose.
● Peptídeos sintéticos: Construção de peptídeos
sintéticos – epítopos dominantes. Ex. Malária,
difteria, HIV
Como a resposta imune é ativada?
O antígeno é fagocitado e é envolvido nos
fagoçlisossomas, recendo ataques hidrolases ácidas,
ON, enzimas.. para que esse antígeno seja digerido e
uma parte dele seja apresentada as moléculas de MHC.
Para haver ativação do Linfocito T0, é necessário a
apresentação do antígeno pela célula APC e o segundo
é a liberação de citocinas por essas células. Quando
apresentados, o Lin T vai ser ativado e vai se
transformar em Linf T Helper (resposta TH1), liberando
citocinas para promover a adesão de mais células. A
resposta TH2 é envolvida na ativação de Lin B para
produzir anticorpos.
Vacina de DNA
Esse DNA vai entrar na célula e dentro dela, ele vai
atravessar a membrana e vai se ligar a seus receptores
na sequência de DNA no núcleo. Ele vai transcrever
RNAm, que vai ao citoplasma e vai replicar cadeias a
cadeia específica que foi induzida. Ai esse antígeno ele
vai ser processado e apresentado para a APC, induzindo
a formação da resposta imune e memória.
Quanto à procedência
● Autógenas: preparada com o próprio agente
infeccioso. Ex: colibacilose
● De estoque: feita industrialmente com amostra
padronizada do microrganismo. Ex: vacinas de
rotina.
Quanto ao número de antígenos
● Simples: 1 tipo de microrganismo. Ex: anti-rábica;
● Mistas: mais de um tipo de microrganismo. Ex:
tríplice canina;
● Polivalentes: diferentes cepas de um mesmo
microrganismo. Ex: anti-aftosa.
Quanto a apresentação
● Líquidas: vacina contra botulismo;
● Liofilizadas: evaporação da água. Ex: vacina contra
a brucelose.
Quanto à administração
● Oral: vacina contra polio;
● Parenteral injetável: IM, IV, SB, ID;
● Mucosas: vacina contra New Castle;
● Novas vacinas**
Adjuvantes
Substâncias usadas em associados a antígenos;
Fortalecer a imunogenicidade - ajuda a direcionar a
resposta imune específica para gerar memória.
Mecanismo de ação
Reter antígeno e estabelecer esses processo
inflamatório inespecífico
Agentes mais utilizados
● Sais de alumínio;
● Compostos bacterianos;
● Alcalóides de plantas;
● Óleos vegetais e minerais
● Interferons
Também utilizados para promovem a equidade da
vacina. Promovem estimulação através do aumento da
síntese de secreção de citocinas; Aumento da síntese
de anticorpos; Aumento da expressão do MHC
Natureza
● químicos: sais de alumínio, tais como fosfato e
hidróxido de alumínio que são os únicos
adjuvantes aprovados para uso clínico;
● bacterianos como LPS e MDP, C. pavum - óleos -
minerais e vegetais
● saponinas: Quill A – Combinação: Ex-sais de
alumínio com monofosforil lipídio A (MPL)
● Biológicos: Imunoglobulinas e citocinas
Vacina da leishmaniose
O macrofago apresenta a vacina (proteína
recombinante)
Falhas na vacinação:
● Antígeno errado (pouco imunogênico)
● Quantidade insuficiente de antígeno
● Más condições de armazenamento
● Uso conjunto de outras substâncias ( p. ex.
produtos químicos para desinfecção da pele ou
para esterilizar a seringa) que inativam os Ag
vacinais
● Uso em animais portadores de DIC (resposta
deficiente)
● Uso em animais fortemente parasitados ou
desnutridos (imunodepressão)
● Terapia concomitante com imunodepressores.
Soroterapia
Imunização passiva
Imunidade passiva naturalmente adquirida → placenta
colostro
Imunidade passiva artificialmente adquirida:
soroterapia. Nela há Ac específicos doador para o
receptor exposto infecção, havendo uma imunidade
imediata.
Utilizada em:
Toxi-infecção→ toxina circulante
Acidentes - animais peçonhentos → neutralização
veneno
Imunodeficiência→ risco infecção ex.: cinomose
CLASSIFICAÇÃO
Quanto à produção e utilização:
Mesma espécie: Soro homólogo. Convalescentes
doenças infecciosas. ex: tétano raiva
Espécies diferentes: Soro heterólogo. Cavalos, cabras,
carneiros. Anti-peçonhentos (mono/polivalente)
Anti-tetânico Anti-rábico
Reação aos Soros
Soro heterólogo→ efeitos colaterais
Choque anafilático e hipersensibilidade tipo I – IgE
Imunomoduladores: imunoestimulantes e
imunodepressores
Imunoglobulinas
Imunoglobulinas Bovinas: Extraídas e purificadas a
partir do soro sanguíneo de bovinos sadios estimulados
sucessivamente com antígenos infecciosos. Utilizadas
com sucesso como medicação imunoestimulante
inespecífica. Administração: - Especialidade: Bovi-gama
Uso preventivo: 50-100 ml-grandes e 10-20 ml-peq.
Uso curativo:100-200 ml-grandes e 20-40 ml-peq.
NEOPLASIA
Ciclofosfamida: Neoplasias linforreticulares,
carcinomas, sarcomas, mielomas múltiplos, linfomas,
mastocitomas, doenças linfoproliferativas e
mieloproliferativas
Clorambucil: Leucemia linfocítica crônica, policitemia
vera, mastocitoma, linfoma, macroglobulinemia e
mieloma múltiplo
Dacarbazina

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