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PERITONITE INFECCIOSA FELINA: REVISÃO DE LITERATURA
Rafaela Kelly Do NASCIMENTO¹; Stephanie Caroline Gueiros SILVA²
Palavras chaves: Coronavírus; Gatos; Piogranuloma
 A peritonite infecciosa felina (PIF) é uma doença viral imunomediada causada pelo Coronavírus Entérico Felino (FcoV) que pertencem à ordem Nidovirales, família Coronaviridae. A doença possui distribuição mundial e é altamente contagiosa, acomete felinos e pode se manifestar na forma efusiva ou não-efusiva. Estima-se que cerca de 0,3% a 1,4% das mortes de felinos em instituições veterinárias são causadas pela PIF. Este trabalho tem como objetivo reunir conhecimentos em todos os aspectos clínicos sobre a peritonite infecciosa felina. Inicialmente, quando um gato é infectado com FCoV, o vírus se replica dentro das células epiteliais colunares apicais maduras das vilosidades do intestino delgado, do duodeno distal ao ceco. A replicação viral perivascular local e a reação tecidual piogranulomatosa subsequente, produzem a lesão clássica e o animal pode desenvolver uma ou as duas formas da PIF, dependendo do tipo de resposta imunológica de cada animal. A forma não-efusiva é caracterizada pela formação de granulomas e necrose em diversos órgãos abdominais, torácicos, sistema nervoso central e olhos. A PIF efusiva ocorre relacionado a um processo inflamatório nos vasos causando um acúmulo de líquido na região do abdômen e/ou tórax, com coloração amarelada, viscosa e transparente com presença de fibrina. No o fígado e o baço ocorre formação de um exsudato granular branco-acinzentado. Os sinais clínicos são variados, podendo levar dias ou semanas para aparecer como febre, anorexia, perda de peso, diarreia e desidratação que são inespecíficos. Há controvérsias quanto a sorologia no diagnóstico porque as provas não são capazes de distinguir os anticorpos do coronavírus entérico felino dos vírus da PIF e os achados histopatológicos apresentam variáveis graus de perivasculite e vasculite piogranulomatosa, principalmente em vênulas. Tratamento é paliativo e ocorre por meio de suporte nutricional, reposição hidroeletrolítica, podendo ocorrer uso de imunossupressores como a ciclofosfamida e glicocorticóides. Antivirais estão sendo amplamente estudados como o GS-441524 que é um análogo do nucleotídeo adenosina trifosfato (ATP) com efeitos positivos no requisito em inibir replicação viral. A profilaxia torna-se um desafio, existe vacinas em circulação nos EUA, mas o manejo em filhotes é essencial, estes devem ser isolados de animais positivos, inclusive da mãe, após cerca de cinco semanas de idade, evitar superpopulação, oferecer ração de alta qualidade e realizar limpeza constante e adequada do ambiente são também medidas indispensáveis. Portanto estudos mais avançados sobre a etiopatogenia da doença e drogas específicas devem ser investidos para garantir uma melhor qualidade de vida para os animais infectados.
Referências Bibliográficas
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¹Graduanda do Curso de Medicina Veterinária. Universidade Mauricio de Nassau. Email para correspondência: rafakelly2017@outlook.com 
²Docente do Curso de Medicina Veterinária, Departamento de Medicina Veterinária, Universidade Mauricio de Nassau.