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Dicionário de Comunicação – 5ª Edição – Carlos Alberto Rabaça, Gustavo Guimarães Barbosa Editora: Campos A Afiliada • (tv, ra) Estação local de rádio ou tv, que se vincula a uma rede ou cadeia, para transmitir programas em comum, sem deixar de ser uma empresa independente. Agência de notícias • (jn) Empresa que elabora e fornece matéria jornalística, por meios rápidos de transmissão, para seus assinantes (órgãos de imprensa, instituições governamentais e privadas). As agencias de notícias, de âmbito local, nacional ou internacional, transmitem regularmente e de forma ininterrupta a seus associados noticiário geral ou especializado, fotografias, features, resenhas, etc. Fornecendo informações “por atacado” para veículos informativos, que as vendem “a varejo”, as agências de notícias são as grandes provedoras dos jornais, revistas, emissoras de rádio e de tv em todo o mundo.Dispondo de representações nos principais países, do mais moderno aparelhamento técnico e de vasta rede de correspondentes e informantes, as agências atacadista estão em condições de oferecer, a baixo custo, serviço informativo em grandes quantidades. Todos os meios de comunicação social delas lançam lançam mão, impossibilitados de cobrir, por causa própria, tudo o que de interesse jornalístico acontece pelo mundo” ( Luiz Amaral). Em alguns casos (principalmente agências estatais, em países totalitários), manipulam as informações de acordo com os interesses dos países a que pertencem. A Unesco define agência de informação como “empresa que tem principalmente por objeto, qualquer que seja a sua forma jurídica, obter noticias e documentação de atualidades que sirvam para exprimir ou representar os fatos, distribuindo-os a um conjunto de empresas de informação e, excepcionalmente, a particulares, mediante o pagamento de determinada importância, de acordo com as leis e usos comerciais, sempre à base de um serviço o mais completo e imparcial possível. Segundo Bernard Voyenne, “a organização das agencias não é diferente da dos jornais, já que elas apenas se distinguem destes pelas funções e não pelos objetivos. Sua atividade consiste em colher a informação, transmiti-la, elaborá-la e difundi-la dentro menos prazo de tempo possível. Dispõe, para tanto, de meios e serviços apropriados, cuja peça principal é, sem duvida, sua gigantesca rede de correspondentes, espalhados pelo mundo inteiro, para receberem as noticias em toda a parte e qualquer momento”. Agência de propaganda • (pp) O mesmo de agência de publicidade. Agência de publicidade • (pp) Empresa de prestação de serviços, especializada no planejamento, organização e execução de programas de propaganda ou publicidade para seus clientes.Elabora campanhas, peças e planos promocionais, cria anúncios apropriados para os diversos veículos e cuida de suas publicações e transmissões. “ Pessoa jurídica especializada nos métodos,na arte e na técnica publicitária, que, através de profissionais a seu serviço, estuda, concebe, executa e distribui propaganda aos veículos de divulgação, por ordem e conta dos clientes anunciantes, com o objetivo de promover a venda de mercadorias, produtos e serviços, difundir idéias ou informar ao publico a respeito de organizações ou instituições a que servem” (Dec. 57.690, de 1/2/1966). É função da agência garantir ao máximo a eficiência e o rendimento das campanhas, para isso, ela deve acompanhar as atividades de seu cliente, desde as pesquisas preliminares recomendadas para conhecer as possibilidades de um produto até o controle final dos resultados da campanha” (Armando Sant’Anna). Com algumas variações em sua estrutura, as agências organizam-se normalmente nos seguintes departamentos ou serviços: atendimento, criação, produção, mídia, trafego, controle. Não nos referimos aqui aos serviços administrativos e contábeis, ou a direção e supervisão, semelhantes aos de outros tipos de empresa. Existem agências que não se restringem aos serviços de propaganda e se propõe a atender aos clientes em todas as atividades de comunicação, realizando também, de forma direta ou terceirizada, serviços relativos a atividades de promoção de vendas, edição de relatórios anuais e publicações diversas, produção de eventos, montagem e administração de estandes em feiras e exposições, divulgação, relações públicas, marketing institucional e até atividades específicas de telemarketing, endomarketing, marketing de incentivo, etc. Essa gama de serviços varia quanto ao tipo de atendiment, foco, área de especilizaçãoeclientela. Apresentador • (tv, ra, tt) Pessoa que apresenta as atrações em um programa de tv, rádio, ou em qualquer espetáculo. Profissional que introduz os tópicos principais do conteúdo de um programa de entrevistas, de debates, educativo etc., apresenta entervistados, atua como entrevistador, anuncia os próximos segmentos do programa etc. Apuração • (jn) Investigação, levantamento e a verificação dos dados e elementos de um acontecimento, para transformá-lo em notícia. Para apurar uma notícia, o repórter deve informar-se mais que puder sobre fatos e circunstâncias, a fim de transmiti-los com seus dados essenciais para os leitores. Uma notícia pode ser apurada: diretamente na fonte ou por meio de uma área oficial. Na falha dos modos anteriores, pelo cerco por meios paralelos, ou seja, procurando-se outras pessoas ou instituições que possam, indiretamente, fornecer indicações que levem ao informe desejado. As seis perguntas fundamentais de Kipling constituem a base para uma boa apuração: a) O que ocorreu? b) Por que ocorreu? c) Quando ocorreu? d) Onde ocorreu? e) Como ocorreu? f) Quem se envolveu n ocorrência? Articulista • (jn) Profissional que, periodicamente, escreve artigos assinados para jornais e revistas, onde opina pessoalmente sobre fatos econômicos, políticos e sociais. Pode ou não fazer parte do quadro funcional. Artigo • (jn) Texto jornalístico interpretativo e opinativo, mais ou menos extenso, que desenvolve uma idéia ou comenta um assunto a partir de uma determinada fundamentação. Geralmente assinado, o artigo difere do editorial por não apresentar enfaticamente, como este, uma “receita” para a questão em pauta, nem representar necessariamente a opinião da empresa jornalística. “O tom dogmático do editorial dá lugar a uma composição analítica, que deve-se pautar pela naturalidade, densidade e concisão. (...) O projeto de todo artigo é a explicação de um fato, segundo propósitos variados (informativos, interpretativos, persuasivos ou indutivos)” (M. Sodré e M. H. Ferrari).(mk) O mesmo que item de produto.(dc) Estudo científico ou técnico publicando em revistas e periódicos especializados, em anais de congresso ou evento semelhante em que tenha sido apresentado, ou em meio eletrônico.(int) Qualquer mensagem emitida entre participantes de um newsgroup. Artigo de fundo • (jn) O mesmo que editorial. B Barriga • (jn) Notícia inverídica publicada por órgão de imprensa, geralmente com grande alarde e sem má-fé, na tentativa de furar os concorrentes. Resulta de informação sem fundamento, inidônea, e posteriormente desmentida pelos fatos, causando grande desgaste e descrédito à publicação. • (ed) 1. Fase anterior do tipo. 2. Defeito na composição, que se apresenta mais alta no centro do que nas extremidades das linhas. Blog • (int)1.Palavra derivada de weblog. Publicação virtual contendo comentários sobre outros sites,atualizada regularmente e organizada cronologicamente. Antes chamada de “what's new page”,página sobre o que há de novo na web. 2. Página da web constituída de informações atualizadas e breves, organizadas em ordem de data, como uma página noticiosa ou um diário. Seu conteúdovaria:alguns blogs contêm listas de comentários sobre outros sites, outros divulgam noticias de uma empresa, outros são como diários pessoais ou álbuns de fotos, outros publicam poesia, pequenos ensaios, textos de ficção, comentários do dia-a-dia ,reflexões, idéias e opiniões. Alguns são pessoais, enquanto outros envolvem a colaboração de várias pessoas sobre um assunto específico. Com objetivos de entretenimento, profissionais, acadêmicos e outros, o blog é uma ferramenta de comunicação que dá suporte à interação de pequenos grupos por meio de um sistema simples e fácil de troca de mensagem, podendo ser utilizada pelos membros de uma família, uma empresa ou qualquer instituição. Boato • (co,rp) Notícia de origem desconhecida,sem confirmação, que se propaga por meios informais. O boato geralmente procura preencher lacunas de informação,às vezes motivado por falta de credibilidade, omissão da fonte oficial(empresa,governo,personalidade etc.) ou fechamento dos canais de comunicação, e outras vezes é produzido com intensão deliberada em relação a determinados interesses. Pode resultar de informação totalmente fantasiosa, ruído de comunicação, vazamento de informação sigilosa, ou informação deliberadamente plantada, e seu teor pede ser totalmente falso,parcialmente ou totalmente verdadeiro. Bomba • (jn)Notícia inesperada,importante,sensacional. Boneca • (ed) Esquema de paginação e diagramação. Projeto gráfico de jornal,revista,livro ou qualquer outro trabalho gráfico de mais de duas páginas destinado a ser impresso. Confeccionada no mesmo formato em que se pretende imprimir o trabalho em questão, a boneca funciona como um leiaute e orienta o paginador ou diagramador, com o desenho das páginas a serem montadas e com a disposição de cada página em relação a outra. Diz-se também boneco. Breique • (tv) Do ing. break. O mesmo que intervalo. Briefing • (pp,jn)1. Instruções e diretrizes transmitidas, de forma resumida, pela chefia(de agência de propaganda, birô, jornal, emissora de tv etc.) aos responsáveis pela execução de um determinado trabalho(criação de uma campanha publicitária, cobertura jornalística etc.).2. Diretrizes ou informações de um cliente à agência de propaganda, sobre a criaçãoou o desenvolvimento de determinada campanha. 3. Resumo escrito dessas diretrizes, para orientação do trabalho. Brifar • (jn,pp) Fazer briefing. Dar orientações(a jornalistas, publicitários, empregados prestadores de serviço etc.)sobre a linha de um trabalho a ser feito Bulldog • (jn) Nos Estados Unidos, a primeira edição de um jornal diário, ou a edição destinada à venda numa cidade grande. C Cabeça • (ed) 1. Parte superior de livro, jornal ou qualquer outro impresso, oposta ao pé(2).2. Parte superior de elementos de produção gráfica, como arte-final, fotolito, chapa, clichê, tipo etc.3. Parte superior da área impressa em uma página de livro, onde se indicam informações como título, nome do autor e título do capítulo. Não costuma ser colocada em páginas capitulares e em páginas brancas. • (ed,jn) 1. O mesmo que lide. 2. Conjunto formado pelo título (inclusive antetítulo e subtítulo, se houver), lide, quando composto em medida diferente do corpo do texto, e outros elementos introdutórios, na parte superior de uma notícia ou reportagem, artigo etc. Diz-se também abertura. 3. Informação estampada na parte superior de uma página de jornal ou revista, designando a editoria(política,geral,economia, esportes etc.). • (som) Transdutor que converte energia elétrica e energia magnética ou mecânica, e vice-versa. As cabeças de um gravador,p.ex.,servem para gravar ou captar sinais em uma fita magnética. Gravadores profissionais geralmente possuem três cabeças magnéticas(uma para apagar,outra para gravar e a terceira para reproduzir),ao passo que os gravadores menores e mais simples possuem, em geral, uma única cabeça em que as três funções aparecem integradas na prensagem de discos fonográficos, chama-se cabeça gravadora, cabeça cortadora ou agulha de corte á peça que efetua o corte das ranhuras correspondentes à forma das ondas sonoras gravadas. Em Em toca-discos, chama-se cabeça,cabeçote ou pick-up ao dispositivo existente na extremidade do braço para captar e transmitir ao sistema de amplificação as oscilações da agulha ao longo do sulco do disco. • (tv) Dispositivo que,em qualquer aparelho de vídeo, serve para gravação leituras e reprodução das imagens e sons. Cabeça magnética. • (inf) Dispositivo destinado a registrar, ler ou apagar informações em um computador. Cabeça magnética. • (pp) Abertura fixa, comum a várias peças publicitárias distintas em uma mesma campanha .Por ex.,num comercial de varejo para rádio ou tv, é gravada uma cabeça (ex.:”aproveitem as ofertas desta semana nas lojas X”) que poderá ser usada várias vezes, alterando-se apenas os produtos oferecidos. Cabeçalho • (ed) 1. Título de jornal,revista ou outra publicação periódica, com apresentação visual permanente que permita rápida identificação do periódico pelos leitores. Compreende,além do nome,data,número da edição,preço e outras informações essenciais. 2. Título destacado,em um artigo, notícia,seção, coluna ou anúncio.3. Título de um capítulo de livro. 4.Conjunto de dizeres que encimam colunas e casas de uma tabela. 5. Linha superior constante em cada página de livro. Compreende, normalmente, título do livro,título do capítulo,nome do autor e número da página. Os cabeçalhos das páginas pares e das ímpares de um livro são, na maioria das vezes diferentes e complementares. 6.Título destacado de qualquer documento. • (inf) Informações básicas – como origem,destino,endereço e, às vezes, descrição resumida de um conjunto de dados – que aparecem listadas no início de um documento ou página. Em ing.,header. Cadeia nacional • (ra,tv) Sintonia de todas as estações de rádio e tv a uma central de emissão,geralmente para transmissão conjunta e simultânea de um comunicado oficial. Caderno • (ed) 1. Folha de impressão depois de dobrada. Dependendo de suas dimensôes ou formato da publicação,resulta geralmente em 8,16 ou 32 páginas. 2. Conjunto de folhas de papel impressas,pautadas ou em branco,cortadas e dobradas, grampeadas, cosidas, coladas, presas, com espiralou apenas encasadas, formando partes de um livro, jornal,revista etc.3. Livro ou bloco usado para anotações, exercícios escolares,desenhos,colagens etc. 4. Publicação, normalmente seriada, sobre um determinado assunto,p. ex.: cadernos de pesquisa, de estudos jurídicos, econômicos, linguísticos. Geralmente usado no plural,em referência aos volumes que integram a série. • (jn) Cada uma das partes separadas de um exemplar de jornal. Conforme a ordem, os cadernos comportam gêneros determinados de seções e de matérias. Os jornais diários normalmente reservam os primeiros cadernos para as notícias de caráter geral, político, econômico, internacional, para os editoriais etc.,e o segundo caderno para features, amenidades, colunas sociais, crônicas, críticas de arte, cinema, teatro etc. É frequente a edição de cadernos dedicados a anúncios classificados ou a assuntos especiais. Caixa alta • (ed) Letra maiúscula ou versal. Por serem normalmente menos usados do que os minúsculos na parte alta da caixa utilizada em composição manual. As expressões expressões caixa alta e caixa baixa consagraram-se pelo uso e continuaram a ser empregadas, mesmo depois de adotadas novas maneiras de distribuição dos tipos na caixa, e inclusive nos processos de composição mecânica, de fotocomposição e editoração eletrônica. Diz-se também caixão. Na marcação tipográfica de um texto a ser composto, indica-se por abreviaturas:c.a., Cx.A., Cx.a. Etc. Caixa baixa • (ed) Letra minúscula, em qualquer processode composição. Nas primeiras caixas de tipos,os minúsculos eram colocados na parte mais baixa, a fim de ficarem mais à mão. Diz-se também caixinha. Calhau • (jn)Notícia,artigo ou qualquer matéria de importância relativa(como anúncios a serem publicados por permuta) que, na falta de coisa melhor, serve para encher os buracos originados pela falta de material editorial ou po erro de cálculo de diagramação. • (pp) Anúncio pelo qual alguns veículos cobram preços abaixo da tabela e comumente publicado quando há sobra de espaço(em jornal, revista etc) ou tempo (em rádio e tv). Muitas vezes, o calhau é um anúncio do próprio veículo ou de outros veículos da mesma organização. • (ed) Buraco que fica abaixo da mancha que não chega a preencher toda a página (principalmente em finais de capítulos). Calúnia • (jn) Crime de comunicação que consiste em “imputar a alguém, falsamente, fato definido como crime”(art. 20 da Lei de Imprensa) Campanha • (pp) Conjunto de peças publicitárias, criadas, produzidas e veiculadas de maneira coordenada, de acordo com determinados objetivos de propaganda de um produto ou serviço, marca, empresa ou qualquer órgão público ou privado. A escolha e a variedade dos recursos a serem utilizados em uma campanha variam de acordo com o tempo previsto, a verba disponível, a estratégia do cliente e o público que se deseja atingir. Uma campanha pode mesmo ser constituída por uma só peça, ou pode ser composta por vários anúncios para revistas e jornais, filmetes para tv e para cinema, jingles e spots para rádio, outdoors, materiais de ponto-de-venda (cartazetes, displays, bandeirolas, móbiles, decalcomanias, amostras, elementos de decoração), kits para os revendedores (inculsive com sugestões de anúncios cooperativos), folhetos de promoção ou de instruções sobre o produto, bmadside (para revendedores, jornalistas, empresários e autoridades), eventos, promoções etc. Cada uma dessas peças apresenta funções e características próprias. Sua criação baseia-se geralmente num mesmo tema ou idéia (unidade conceitual e temática), e sua veiculação obedece a uma programação criteriosa de mídia. • (jn) Série de reportagens, artigos, notas e outros tipos de matéria publicados por um órgão de imprensa, visando a determinados objetivos políticos, promocionais, de esclarecimento público etc. • (mk, rp) Conjunto de atividades coordenadas em torno de um objetivo comum, no decurso da execução de um plano de comunicação. Fase de um trabalho imaginativo, criativo e de execução muito intensa, destinado a agilizar (em um período preestabelecido) a conquista do julgamento da opinião pública ou de segmentos determinados do público, por variados meios (promoções, eventos, divulgação, entrevistas coletivas, press-releases, anúncios institucionais, matérias pagas, encartes etc.). A campanha pode ser parte integrante do programa de comunicação ou pode surgir de fatos imprevistos e especiais. Caricatura • (It) 1. Representação da fisionomia humana com características grotescas, cômicas ou humorísticas. A forma caricatural não precisa estar ligada apenas ao ser humano (pode-se fazer a caricatura de qualquer coisa), mas a referência humana é sempre necessária para que a caricatura se realize. Assim como, segundo Henri Bergson, "não existe o riso fora do humano", também não é possível que haja a caricatura sem que se tome o humano como referencial. Entre as outras formas de arte, a caricatura apresenta a peculiaridade de ter um objeto específico: o artista estará realizando uma caricatura sempre que sua intenção principal for representar qualquer figura de maneira não convencional, exagerando ou simplificando os seus traços, acentuando de maneira despropositada um ou outro detalhe característico, procurando revelar um ponto não percebido, ressaltar uma má qualidade escondida, apresentar uma visão crítica e quase sempre impiedosa do seu modelo, provocando com isso o riso, a mofa ou um momento de reflexão no espectador. A arte do caricaturista observou Bergson - é a de apreender aquele movimento imperceptível em que se esboça uma deformação preferida, tornando possível a todos os olhos, por aumentá-la, esse ponto em que se rompe o equilíbrio duma face ou duma atitude. O caricaturista "adivinha, sob as harmonias superficiais da forma, as revoltas profundas da matéria", diz ele. "Com o impacto de seus traços, de suas figuras", observa Leandro Konder, o caricaturista "muitas vezes sacode o espírito de seus leitores com uma eficiência maior do que a dos editoriais e dos artigos. Onde o discurso custa a penetrar, a imagem chega, freqüentemente, como um raio desmitificador". O termo caricatura provém do italiano, possivelmente do verbo caricare (fazer carga) e apareceu pela primeira vez numa série de desenhos dos irmãos Caracci, de Bolonha, Itália, em fins do século 16. A característica de exagerar as feições humanas, ridicularizá-Ias ou fazê-Ias cômicas, porém, vem de épocas imemoriais. Nas pinturas rupestres, estudiosos acreditam descobrir nos artistas das cavernas intenções de caricaturar as figuras com que representavam seus inimigos. As máscaras do teatro grego, também, já eram caricaturais pelo seu exagero expressivo. 2. A arte de caricaturar. Designação geral e abrangente da caricatura como forma de arte que se expressa através do desenho, da pintura, da escultura etc. e tem por fim o humor. Nesta acepção, são subdivisões da caricatura: a charge, o cartum, o desenho de humor, a tira, a história em quadrinhos de humor e a caricatura propriamente dita (a caricatura pessoal). Caricaturista • (It) 1. Aquele que faz caricatura. Nome genérico de todo artista gráfico que lida ,nos veículos de comunicação em geral, com elementos ligados à caricatura. Artista que desenha com os recursos expressivos típicos da caricatura. 2. P.ext.,desenhista de charges,cartuns e desenhos de humor. Cartum • (lt) 1. Narrativa humorística, expressa através da caricatura. O cartum é uma anedota gráfica; seu objetivo é provocar o riso do espectador. E como uma das manifestações da caricatura, ele chega ao riso através da crítica mordaz, satírica, irônica e principalmente humorística, do comportamento do ser humano, das suas fraquezas, dos hábitos e costumes. Muitas vezes,porém, o riso contido num cartum pode ser alcançado apenas com um jogo criativo de idéias, um achado humorístico (que em francês chama-se trouvaílle) ou por uma forma inteligente de trocadilho visual.O cartunista pode recorrer às legendas ou pensá-las. Os cartuns sem legendas ou texto foram chamados, durante muito tempo, pela imprensa brasileira, de piada muda. Eram comumente publicados, também,a legenda sem palavras. A idéia de que o cartum sem legenda (que teve seu apogeu nas páginas da revista francesa Paris Match nos anos 50) teria mais qualidades do que o cartum com diálogos ou texto levou maiores cartunistas do Brasil, o mineiro Borjalo, a criar um boneco sem boca para ilustrar todos os seus cartuns (revista Manchete, década de 50). Na composição do cartum podem ser inseridos elementos da história em quadrinhos, como balões, subtítulos, onomatopéias, e até mesmo a divisão das cenas em quadrinhos. A narrativa do cartum pode comportar uma cena apenas ou uma seqüência de cenas. No primeiro caso, o riso deve ser alcançado pela idéia contida no desenho de um simples momento; no segundo, em geral, a narrativa conduz para um desfecho engraçado. O termo cartum origina-se do ing. cartoon, "cartão, pequeno projeto em escala, desenhado em cartão para ser reproduzido depois em mural ou tapeçaria". A expressão, com o sentido que tem hoje, nasceu em 1841 nas páginas da revista inglesa Punch, a mais antiga revista de humor do mundo. O Príncipe Albert encomendara a seus artistas uma série de cartoons para os novosmurais do Palácio de Westminster. Os projetos dos artistas reais, expostos, foram alvo da crítica e da mordacidade do povo inglês, e a revista Punch resolveu publicar seus próprios cartuns, parodiando a iniciativa da Corte. Em quase todas as línguas do mundo, a palavra cartoon, com esse sentido, não tem equivalente: franceses, alemães, italianos, todos chamam cartoon de cartoon, mantendo inclusive a grafia original inglesa. No Brasil, foi a revista Pererê, de Ziraldo, edição de fevereiro de 1964, que lançou o neologismo cartum. A charge e a tira cômica podem ser consideradas subdivisões do cartum. 2. P.ext., o mesmo que história em quadrinhos. • (cn) P.ext., o mesmo que desenho animado. Cartunista • (lt) Aquele que cria ou desenha cartuns, tiras cômicas, histórias em quadrinhos de humor, desenhos de humor ou quaisquer ilustrações humorísticas. Cascata • (jn) 1. Redação inconsistente, longa e pobre de conteúdo. Diz-se tb. laranjada. 2. Reportagem ou fotografia que simula ou in· venta um fato, explorando uma matéria jornalística. Censura • (co) 1. Ação de proibir, no todo ou em parte, uma publicação ou representação. Supressão deliberada de determinado material de comunicação, do fluxo, normal de informação, de forma a influir na opinião e na ação do público ao qual se dirige a mensagem. “ Política de restrição da expressão pública de idéias, opiniões, sentimentos e impulsos que têm, ou se supõe terem, capacidade para abalar a autoridade do governo ou a ordem social e moral que esta mesma autoridade se considera disposta a proteger” (Harold Lasswell). As relações de poder sempre determinaram a ética, a moral e o gosto através do controle social, a partir de valores dominantes da época. Embora mais intensa e freqüente sob regimes autoritários, a censura também ocorre sob formas diversas, nas democracias liberais. Predominantemente associada à ação governamental, a censura pode apresentar-se também através de grupos privados, religiosos ou seculares, que agem como grupos de pressão em defesa de seus interesses. Uma justificativa freqüente para a prática da censura é a necessidade de evitar possíveis danos a outros indivíduos e entidades, à segurança nacional ou à moral e ao decoro da sociedade. Essa visão encontra defensores em Platão Santo Agostinho e Maquiavel, para quem os que estão qualificados para identificar o mal devem ter o poder de impedir sua propagação. Contrários a este são os pontos de vista de Aristóteles, Thoreau e John Dewey, por exemplo, que sustentam que um homem só é livre na medida em que goza da faculdade de adotar suas próprias decisões. Quanto às formas de controle e aplicação, a censura pode ser: prévia(supressão antecipada e preventiva de determinados veículos ou mensagens), a posteriori ( repressiva e punitiva, depois da publicação ou durante uma apresentação ou série de apresentações públicas), econômica (p. Ex., pela decadência de uma instituição em relação ao Estado ou a outra instituição, através de verbas publicitárias, financiamentos, concessões) policial/militar (pela repressão e prisão dos cidadãos considerados perigosos, em situações de emergência, ou pela vigilância em tempo de guerra, contra o vazamento de segredos, em tempo de guerra, contra o vazamento de segredos militares ou de informações que possam abalar o moral das tropas, do governo ou da população civil). Também se faz pelo controle de telefonemas, correios, importação de livros, interferência, sobre transmissões de radiodifusão, interdição de espaços públicos etc. Quanto ao alcance, a censura pode ser parcial (supressão de trechos da obra), total (proibição de toda a obra) ou classificatória (por faixas etárias). 2.Exame a que a autoridade faz submeter obras artísticas, jornalísticas etc., antes de autorizar ou proibir sua autorização ou publicação. 3. Equipe de pessoas encarregadas desse exame. 4. Repartição pública que tem a atribuição de examinar obras artísticas, jornalísticas etc.,e poder para autorizar ou vetar a sua difusão. 5. Controle que um indivíduo exerce, conscientemente ou não, sobre as mensagens que produz, em virtude de pressões ambientais ou pessoais. Autocensura. 6. Mecanismo de defesa psíquica, que tende a impedir que certos desejos inconscientes alcancem o plano da consciência. Segundo Freud, a censura é uma função permanente no indivíduo, constituindo uma barragem seletiva entre os sistemas inconsciente, por um lado, e pré-conscientes/conscientes, por outro. No discurso articulado, ou seja, nas diversas manifestações do indivíduo, essa função resulta em supressões que se revelam por “espaços em branco”, alterações ou abrandamentos de passagens consideradas inaceitáveis. É importante notar, portanto, que todo discurso, e toda fala consigo componentes de censura, que deste modo está presente, conscientemente ou não, em toda comunicação humana e na própria constituição dos códigos lingüísticos. Chamada • (jn) 1. Pequeno título e/ou resumo de ume matéria, publicado geralmente na primeira página de jornal ou na capa de revista, com o objetivo de atrair o leitor e remetê-lo para, matéria completa, apresentada nas páginas internas. 2. Resumo (pequeno flash) de uma notícia, lido pelo locutor antes ou ao início de um programa informativo (radiojornal ou telejornal), para atrair o público. Este recurso pode ser utilizado também ao final de cada segmento, antes de um intervalo comercial, para anunciar as notícias ou atrações do próximo segmento e "segurar" a audiência . • (pp) Mensagem publicitária, geralmente curta, em que se anuncia um evento a ser promovido pelo próprio veículo (um programa de rádio ou tv, uma determinada atração a ser apresentada no programa, uma edição especial a ser lançada em breve etc. Como instrumento de mídia interna, é uma forma de autopromoção do veiculo . • (ed) 1. O mesmo que barra de atenção. 2. Indicação (letra, número, asterisco etc.) colocada ao lado de una palavra e repetida no início da nota que lhe diz respeito, remetendo para esta a atenção do leitor. 3. Palavra ou conjunto de palavras (geralmente as primeiras do título), impressas no início da prova de revisão para identificar a matéria e o responsável pela composição daquele texto . • (tc) 1. Sinalização auditiva ou visual que convida um assinante ou uma operadora a entrar em comunicação. 2. Em um sistema automático a ação desempenhada pela parte chamadora, a fim de entrar em comunicação com a parte chamada. 3. ext. As operações necessárias para a manobra descrita acima. Uma chamada pode ser: a) manual - que começa e termina pela operação de uma chave; b) semi- automática - que é iniciada pela operadora de uma mesa de comutação e continua, automaticamente, até a resposta ou a desistência; c) automática - que é iniciada pela inserção de uma peça de chamar no jaque da linha chamada, e continua, automaticamente, até a resposta ou a desistência. É usada em mesas de comutação manual. Charge • (lt) Cartum cujo objetivo é a crítica humorística imediata de um fato ou acontecimento específico, em geral de natureza política. O conhecimento prévio, por parte do leitor, do assunto de uma charge é, quase sempre, fator essencial para sua compreensão. Uma boa charge, portanto, deve procurar um assunto momentoso (o que em ing. se chama the talhíng of town) e ir direto aonde estão centrados a atenção e o interesse do público leitor. A mensagem contida numa charge é eminentemente interpretativa e crítica, e, pelo seu poder ele síntese, pode ter às vezes o peso de um editorial. Alguns jornais chegam mesmo a usar a charge como editorial, sendo ela, então, intérprete direta do pensamento do jornal que a publica. A charge usa, quase sempre, os elementos da caricatura na sua primeira acepção, coisa que nunca acontece com o cartum, ondeos bonecos representam um tipo de ser humano e não uma pessoa específica. O termo vem do fr., charge, carga. Chargista • (lt) Aquele que desenha ou cria charges. O chargista pode também ser chamado de cartunista ou de cartunista político. O cartunista será, porém, impropriamente chamado de chargista se o seu trabalho não for especificamente a charge. Checagem • (jn) Ato de checar uma informação. Os principais veículos de comunicação mantêm procedimentos de checagem, que variam conforme a confiabilidade da fonte. Cineminha • (jn) Seqüência de fotos que ilustra uma matéria jornalística apresentando detalhes do desenvolvimento do fato noticiado. Circulação • (ed) Total dos exemplares efetivamente distribuídos de cada edição de determinado periódico (jornal, revista) ou de qualquer publicação. Valor quantitativo da maior ou menor difusão de um veículo impresso, entre o público leitor. Diferença aritmética entre a tiragem e o encalhe de uma edição. De acordo com as normas do IVC (Instituto Verificador de Circulação), a distribuição de publicações é classificada em três diferentes categorias: a) circulação paga - "aquela em que os exemplares de publicação hajam sido adquiridos pelos compradores (sem ser para revenda)" sob condições de venda avulsa ou assinaturas anuais (com preços não inferiores a 50% do preço básico). A circulação paga constitui o total de exemplares efetivamente vendidos, de cada publicação; b) circulação controlada ou circulação gratuita verificável- "aquela em relação à qual o editor mantém controle sobre as pessoas que recebem a publicação e os registros considerados necessários pelo IVC, para verificação de circulação"; c) circulação mista - a que abrange as publicações que usam, simultaneamente, os dois tipos de circulação definidos acima. • (tv) O mesmo que cobertura. • (cm) Percurso de um filme em exibição, pelas salas de um circuito ou pelos cinemas do país. Clichê • (ed) 1. Placa de metal (usualmente zinco) gravada fotomecanicamente, cuja superfície apresenta, em relevo e em sentido inverso à imagem original, todos os pontos que devem deixar impressão no papel. Empregam-se clichês em tipografia, para impressão de jornais, revistas, livros, anúncios, folhetos etc. Matriz, em zinco, de textos, desenhos e fotografias a traço ou a meio-tom. V. autotipia, chapa, estereotipia e galvano. 2. A imagem ou texto gravados por esse processo. 3. O mesmo que telha, na estereotipia. • (jn) Cada uma das edições de um número de jornal ou revista, em que há alterações em relação à tiragem anterior, especialmente em função de notícias importantes de última hora, ocorridas ou apuradas depois do fechamento da tiragem anterior. Considera-se como primeiro clichê a primeira versão, e assim sucessivamente (segundo clichê, etc.) "Segundo clichê" é o uso mais conhecido e freqüente dessa expressão, o que não impede a produção de um terceiro clichê, e assim por diante. Costuma-se estampar esse tipo de informação (p.ex., "segundo clichê") na cabeça da primeira página e na cabeça das páginas modificadas. • (re) 1. Palavra, expressão ou construção cujo sentido esvaziou-se ou vulgarizou-se por terem sido muito repetidas. O uso de clichês (a menos que intencional, em contexto crítico ou satírico) denota deficiência de estilo do redator. Diz-se tb. chavão ou lugar-comum, geralmente na mesma acepção. M. Câmara Jr. distingue estas duas expressões: "No chavão, revela-se a impotência de um esforço estilístico" (houve tentativa de maior expressividade, embora frustrada). "Quando não há esse esforço, mas apenas o displicente emprego de uma palavra ou construção, usual e inexpressiva, tem-se o lugar-comum." 2. Qualquer situação diegética ou dramática, quaisquer recurso ou efeito expressivo utilizados em literatura ou em qualquer outra forma narrativa, que consistam na repetição abusiva de determinada fórmula, empregada anteriormente pelo mesmo ou por outro autor. Na comunicação de massa, é comum o apelo a clichês, como ingredientes de maior audiência e de maior aceitação por parte do público. É o caso dos happy-ends românticos das telenovelas e fotonovelas, das montagens estereotipadas e das sucessivas repetições de velhos argumentos em produções cinematográficas etc. Clipping • (in, rp, dc) 1. Do ing., clip recorte. Serviço de apuração, coleção e fornecimento de recortes de jornais e revistas sobre determinado assunto, sobre as atividades de uma empresa ou instituição, sobre determinada pessoa etc. É realizado geralmente pela área de comunicação (relações públicas, imprensa ou marketing institucional) da organização, pela agência de RP ou de publicidade que atende à empresa ou por uma agência especializada nesse tipo de serviço, conhecida como agência clipper. Diz-se tb. clipagem. 2. Recorte de jornal. 3. O conjunto de recortes fornecidos ao interessado e/ou arquivados. • (som) No jargão dos técnicos de som, deformação semelhante a um corte na onda sonora, causada por excesso de nível do sinal sonoro, que provoca saturação no aparelho. Cobertura • (jn) 1. Trabalho de apuração de um fato no local de sua ocorrência, para transformá-lo em notícia. A cobertura pode ser individual ( feita por um só repórter) ou em equipe (vários repórteres, encarregando- se, cada um, de um aspecto ou de um local envolvido no acontecimento). A cobertura em equipe é utilizada em reportagens que exigem apuração de várias informações simultaneamente. Para cobrir acontecimentos especiais, como p. ex. uma eleição, vários repórteres atuam em diferentes locais: nas zonas eleitorais, nos postos de contagem de votos, junto aos candidatos etc. Chama-se cobertura fixa a que envolve permanentemente um ou mais repórteres em um determinado setor. P. ex., um certo ministério: o repórter que cobre aquele ministério em responsabilidade de apurar todos os fatos que alfixos, setorizados, junto aos principais locais onde ocorrem fatos de interesse jornalístico (p. ex., palácio do governo, ministérios, câmara dos deputados, senado, prefeitura, pronto-socorros, delegacias, aeroportos etc.). 2. Registro jornalístico de um fato, em um determinado veículo de imprensa ou no conjunto da mídia. • (tc) Área servida por um sistema destinado transmissão de ondas de rádio. • (md) Número de pessoas ou de família que constituem o total da audiência potencial de um veículo de comunicação, considerando-se uma determinada região atingida por esse veículo. Por ex., número de consumidores (indivíduos ou unidades familiares) que possuem ou têm acesso a aparelhos de tv, ou que alguma vez já compraram um jornal ou foram ao cinema. Em ing., reach. Diz-se tb. impropriamente, nesta acepção) alcance, atingimento e circulação. Colaboração (jn)Matéria de jornal ou revista, geralmente sob a forma de artigo assinado, e redigida por pessoa que não pertence ao quadro permanente de redatores da publicação. Coluna (ed) Cada uma das divisões verticais, geralmente padronizadas, de uma página (de jornal, livro, revista, folheto etc.) ou de tabela, separadas por fio de coluna ou canal. (jn) Seção especializada de jornal ou revista, publica da com regularidade e geralmente assinada, redigida em estilo mais livre e pessoal do que o noticiário comum. Compõe-se de notas, sueltos, crônicas, artigos ou textos-legendas, podendo adotar, lado a lado, várias dessas formas. As colunas mantêm um título ou cabeçalho constante e são diagramadas costumeiramente em posição fixa e sempre na mesma página, o que facilita sua localização imediata pelos leitores habituais. Colunão (jn) Em alguns jornais e revistas, seção que reúne notícias curtas e/ou notas, com maior ou menor relevância de acordo com a linha editorial. Colunável (jn) Neologismo aplicado a qualquer pessoa em evidência num dado momento (na política, no soçaite, nas artes plásticasetc.) tida como digna de ser citada em colunas sociais. Colunista (jn) Jornalista ou escritor que redige e/ou assina coluna em jornal ou revista. Conforme assunto e o gênero da coluna, o colunista pode ser um cronista, um comentarista, um crítico de arte. Determinadas colunas especializadas são freqüentemente entregues a profissionais de outras especialidades, e não a jornalistas (colunas de conselhos médicos, jurídicos, de assuntos contábeis, astronômicos etc.). Comentarista (ra,tv) Especialista em análises e comentários sobre fatos econômicos, políticos, sociais e desportivos em programas especiais, telejornais etc. As observações geralmente são feitas após a transmissão de fato determinado. Conferencia de imprensa (jn) O mesmo que entrevista coletiva Conselho editonal (ed) Grupo de profissionais ligados a uma editora (consultores, coordenadores de cleção ou de editorias, leitores críticos, técnicos e gerentes da própria editora etc.), que se reunem ou são consultados com o objetivo de definir uma linha editorial e acompanhar o seu desenvolvimento cultural e comercial, redirecionando-a se necessário. Os integrantes do conselho editorial opinam sobre novos originais apresentados para publicação e sobre a programação editorial. (ed, jn) Grupo de pessoas que opinam sobre a linha de um determinado produto editorial ou veículo de comunicação (jornal, revista, site, house-organ, newsletter, programa de televisão, etc.). Diz-se tb. comitê editorial. Convergência das mídias (co)Integração dos diversos meios de comunicação. Uso de diferentes veículos como portas de entrada para a mesma base de conteúdos. A tecnologia digital e a interatividade característica da internet são os fatores que tornaram possível a convergência das mídias,considerada como uma revolução comparável ao início da televisão. "Há alguns anos, cada veículo tinha um sistema próprio de processamento e distribuição de sinais, uma diferença que deixa de existir a partir do momento em que todas as mídias começam a operar com bits. Teoricamente elas passam a ser a mesma coisa; como tudo virou digital, você pode trafegar qualquer conteúdo em qualquer mídia", explica Fernando Bittencourt, da CGE (Central Globo de Engenharia). Na prática, a convergência ocorre quando se usa, p.ex., um aparelho de tv acoplado e recursos de computador, telefone e aparelho de som; ou o computador funcionando como tv, rádio e telefone; ou o celular funcionando como pager e como palm- top , além de acessar conteúdos e serviços disponíveis na internet e na tv. Em um segundo momento, a convergência das mídias tende a determinar o lançamento de novos dispositivos tecnológicos totalmente adequados a essa integração. Além disso, a interatividade tende a mudar radicalmente a relação dos meios de comunicação com o público que deixam de ser simplesmente de ser espectador e passa a interferir no produto. O usuário pode, a partir desse recurso, optar por produtos prontos ou pela própria programação dos conteúdos ( de tv, rádio, jornal, etc)que deseja receber. Copidescar (re) Reescrever, melhorar a redação de um texto. Copidesque (jn)1. Em sua acepção original (do ing . Copy desk ),designa "a mesa ao redor da qual sentam-se os reescrevedores (rewriters), os reledores (rewriters ) de matérias, preparando-as para publicação" (N. Norberto). 2.Redação final, melhorada, de uma matéria jornalistica de qualquer texto escrito.3.Redator (ou corpo de redatores),que faz esse trabalho.4.Setor (de uma redação, agência etc) onde se realizam esses trabalhos. Copyright (ed) Direito esclusivo de reproduzir por qualquer meio material, publicar ou vender obra literária, artística, técnica ou científica.O copyright é um direito desfrutado pelo autor ou seus descendentes, mas pode ser negociado ou cedido a um editor ou a qualquer outro beneficiário.Abrevia-se com a frase: Todos os dirreitos reservados seguindo-se o neme do beneficiário e a indicação do ano da primeira edição (em livros essa indicação é estampada no verso da folha de rosto).Usa-se tb. A forma aportuguesada copirraite. Copywriter (pp) Criador e redator de textos de propaganda. Escritor de anúncios publicitários. Corpo de texto (jn) Parte mais desenvolvida do texto de uma noticia. Tudo o que vem abaixo da cabeça ou do lide. "Sendo o corpo o arremate da narrativa, aqui vamos documentar as afirmativas feitas no primeiro parágrafo [no lide]; vamos dar ao leitor uma melhor compreensão do acontecimento. Cada elemento básico da cabeça pede, no corpo, novos elementos que o noticiarista vai juntando em seções harmônicas, obedecendo à ordem de importância ou cronológica, de acordo com a natureza do assunto, ou seu valor jornalístico, a técnica de redação utilizada, a ressonância que julga irá alcançar no espírito público e, naturalmente, o espaço de que dispõe para atender aos leitores mais meticulosos e que dedicam mais tempo à leitura” ( Luiz Beltrão) (ed) Termo usado para pedir a composição no mesmo corpo do restante do texto. Correspondente (jn) Repórter encarregado de fazer a cobertura de determinada cidade ou região, dentro ou fora do país, e de enviar regularmente notícias e artigos para a empresa jornalística (jornal, agência de notícias, emissora de rádio ou tv) que representa. Jornalista que presta serviços regulares a uma em presa jornalística, como empregado ou colaborador, em local distante de sua sede. O correspondente mantém domicílio na região que é encarregado de cobrir, e neste aspecto se diferencia do enviado especial. Chama-se correspondente de guerra o repórter encarregado de cobrir, in loco, os acontecimentos de uma guerra ou revolução. Cozinha (jn) Trabalho de reescrever (adaptar, atualizar, copidescar ou condensar) textos do próprio veículo (originais ou ficadas) ou de outra publicação. Para designar a ação de fazer esse trabalho, diz-se fazer a cozinha ou cozinhar. Quando se trata de reescrever informações de outro veículo, recomenda-se que o jornalista apure informações ele mesmo, evitando incorrer em plágio. Segundo o Manual de Redação da Folha de São Paulo, "quando é indispensável cozinhar - porque não foi possível apurar as informações em tempo e o jornal considera essencial que seu leitor tenha acesso a elas -, a Folha cita o nome do autor do texto e do veículo que o publicou". Crítica (jn, lt) 1. Discussão fundamentada e sistemática, a respeito de determinada manifestação artística, publicada geralmente em veículos de massa (jornal, revista, livro, rádio, tv) e emitida por jornalista, professor, escritor ou por outros especialistas, em geral profissionalmente vinculados ao veículo como colaboradores regulares. Apreciação estética e ideológica, desenvolvida a partir de um ponto de vista individual, em que entra a experiência prática e/ou teórica do crítico, a respeito de trabalho literário, teatral, cinematográfico, de artes plásticas etc. O exercício da crítica implica a compreensão de tudo o que participa do processo de criação de uma obra artística, suas técnicas, significados, propostas e importância no âmbito de um contexto cultural. "A crítica visa ao conhecimento e valoração da obra, tendo em mira orientar o gosto e a curiosidade do leitor" (Massaud Moisés). Elaborada a partir de um padrão - moderno ou acadêmico - de proposta artística e pela comparação dos valares e informações da obra com o ideal estético daquele que analisa e opina, a critica é também uma atividade criativa, na medida em que reinterpreta intelectualmente o objeto examinado e propicia ao leitor um conjunto de impressões, idéias e sugestões que, inclusive, enriquecem a informação original. 2. conjunto dos profissionais que exercem a função de críticos. (dc) "Documento no qual é julgado ou apreciado o mérito de obra literária, artística, científica etc." (ABNT, TB-49). Crônica (jn) Texto jornalístico desenvolvido de forma livre e pessoal, a partir de fatos e acontecimentos da atualidade, comteor literário, político, esportivo, artístico etc. Segundo Muniz Sodré e Maria Helena Ferrari, a crônica é um meio-termo entre o jornalismo e a literatura; "do primeiro, aproveita o interesse pela atualidade informativa, da segunda imita o projeto de ultrapassar os simples fatos". O ponto comum entre a crônica e a notícia ou a reportagem é que o cronista, assim como o repórter, não prescinde do acontecimento. Mas, ao contrário deste, ele "paira" sobre os fatos, "fazendo com que se destaque no texto o enfoque pessoal (onde entram juízos implícitos e explícitos) do autor". Na crônica, porém, o juízo de valor confunde-se com os próprios fatos expostos, sem o dogmatismo do editorial, no qual a opinião do autor (representando a opinião da empresa jornalística) constitui o eixo do texto. Cronista (jn) Profissional que periodicamente escreve crônicas assinadas para jornais e revistas. Geralmente pertence ao quadro funcional da empresa. D Diagramação (ed) Ato ou efeito de diagramar. Projeto gráfico. Diagramador (ed) Jornalista, publicitário, artista gráfico ou tipógrafo que faz diagramação. Nas empresas jornalísticas, "aquele a quem compete planejar e executar a distribuição gráfica das matérias, fotografias e ilustrações de caráter jornalístico, para fins de publicação" (Decreto-Lei 972, de 17/10/69) Difamação (jn) Crime de comunicação que consiste em "imputar a alguém fato ofensivo à sua reputação, tornando-o com isso passível d descrédito na opinião pública" (Lei d Imprensa, art.21). Difusão (co) Veiculação de uma mensagem atravé de um (ou mais de um) canal, de modo atingir grande número de receptores. Propagação. (ra, tv) Transmissão radiofônica ou televisiva. (pp) Propagação de idéias, por qualquer meio ou conjunto de meios de comunicação. Direito de resposta (jn) Faculdade assegurada por lei a "toda pessoa natural ou jurídica, órgão ou entidade pública, que for acusado ou ofendido em publicação feita com jornal ou periódico ou em transmissão de radiodifusão, ou a cujo respeito os meios de informação e divulgação veicularem fato inverídico ou errôneo". "O direito de resposta consiste: I - na publicação da resposta ou retificação do ofendido, no mesmo jornal ou periódico, no mesmo lugar, em caracteres tipográficos idênticos ao escrito que lhe deu causa, e em edição e dia normais; II - na transmissão da resposta ou retificação escrita do ofendido, na mesma emissora e no mesmo programa e horário em que foi divulgada a transmissão que lhe deu causa; ou III - a transmissão da resposta ou da retificação do ofendido, pela agência de notícias, a todos os meios de informação e divulgação em que foi transmitida a notícia que lhe deu causa, A resposta ou pedido de retificação deve: a) no caso de jornal ou periódico, ter dimensão igual à do escrito incriminado, garantindo o mínimo de 100 (cem) linhas; b) no caso de transmissão por radiodifusão, ocupar tempo igual ao da transmissão incriminada, podendo durar no mínimo um minuto, ainda que aquela tenha sido menor; c) no caso de agência de notícias, ter dimensão igual à da notícia incriminada. [ ... ] A publicação ou transmissão da resposta ou retificação, juntamente com comentários em caráter de réplica, assegura ao ofendido direito a nova resposta." (Lei de Imprensa, art. 29 e 30.) Dominicália (jn) Diz-se do calhau publicado aos domingos. E Edição (ed) 1. Conjunto das atividades relativas à reprodução, publicação e distribuição de textos, peças musicais, desenhos etc., na forma de livros, jornais, revistas, catálogos, gravuras, cartazes, discos, fitas magnéticas, slides, filmes e outros veículos. Ato ou efeito de editar. 2. Conjunto dos exemplares de uma obra, obtidos em uma ou em várias tiragens, desde que não haja modificações substanciais de uma para outra. 3. Conjunto dos exemplares tirados a partir de uma mesma matriz, ou resultantes do mesmo material de composição. 4. Unidade de periodicidade de uma publicação (cada número de jornal, revista ou qualquer outro periódico). (jn) Conjunto dos exemplares de uma única tiragem de jornal ou revista, ou cada emissão de um noticiário de rádio, tv, cinema ete. (p.ex.: edição dominical de um jornal impresso, edição extraordinária de um telejornal) (en, ra, tv) 1. O mesmo que montagem. 2. Reunião de textos ou cenas já gravadas, na elaboração de programas jornalísticos, deumentários etc . (en, tv) Ato de editar, em computador, imagens e sons digitalizados. Editor (ed) 1. "Pessoa sob cuja responsabilidade, geralmente comercial, corre o lançamento, distribuição e venda em grosso do livro", ou "instituição, oficial ou não, que, com objetivos comerciais ou sem eles, arca com a responsabilidade de lançamento, distribuição e, eventualmente, venda do livro" (Antônio Houaiss). Este conceito corresponde ao ing. publisher, ao passo que os conceitos expressos em ing. por editor e chief editor correspondem, em port., a editor de texto(l), editorador ou diretor de texto. 2. Pessoa ou instituição que atua como elemento intermediário entre o autor e o público consumidor de obras literárias, científicas, artísticas, musicais etc., reproduzidas por meio de um suporte posto à deposição do usuário número de exemplares. Pessoa ou instituição que cria e mantém (do ponto de vista econômico e jurídico) uma ou várias publicações periódicas. 4. Profissional de editoração que cuida das tarefas relacionadas à adequação e organização originais para publicação, marcações, revisões, supervisão da diagramação e da produção gráfica etc. Nesta acepção, diz-se tb editorador. (jn) 1. Pessoa que dirige e coordena Ul publicação periódica. 2. Pessoa responsável pela edição de conte dos ou produtos de determinado setor, e determinado veículo ou numa empresa ec torial. 3. Pessoa encarregada esquematizar e supervisionar a edição de 11 ticiários de rádio, tv ou cinema. Editorial (jn) Texto jornalístico opinativo, escrito de maneira impessoal e publicado sem assinatura, referente a assuntos ou acontecimentos locais, nacionais ou internacionais de maior relevância. Define e expressa o ponto de vista do veículo ou da empresa responsável pela publicação (jornal, revista etc.) ou emissão (programa de televisão ou de rádio). O editorial apresenta, principalmente em sua forma impressa para jornal, traços estilísticos peculiares. Na definiçâo clássica de Fraser Bond, é "um ensaio curto, embebido do senso de oportunidade". "Seu primo literário mais próximo é o ensaio", do qual difere, em sua brevidade, por tratar "de um assunto pertinente só ao momento imediato". No jornalismo moderno, a opinião expressa no editorial é "alguma coisa mais do que a simples opiniâo do proprietário", observa Juarez Bahia. "Salvo exceções de que ainda padece o jornalismo, a página editorial dos principais órgãos brasileiros consubstancia, por exemplo, o conjunto de opiniões de diretores e editorialistas - estes profissionais, identificados com a linha do jornal, escrevem e atuam com autonomia e independência, critério e responsabilidade, garantindo um conceito de opinião que busca dignificar o veículo". O editorial pode aparecer, em casos especiais, na primeira página do jornal (e alguns jornais têm isso como norma), mas na maioria dos casos aparece ao lado de outras matérias, em uma página interna predeterminada e habitual. A página editorial é uma página nobre do jornal, onde figuram, geralmente, além dos editoriais, colunas de notas e sueltos, cartas dos leitores, charges, artigos importantes e o expediente do jornal. "A página editorial tem um 'estilo' que acompanha as tendências do jornal, o próprio 'estilo' do jornal. Este 'estilo' é equilibrado, denso ou leve, conforme a linha do veículo" (Juarez Bahia). Empastelar (ed) 1. Misturar ou dispor desordenadamente os tipos, títulos, linhas de composição ete., na composição, na montagem ou na paginação. 2. Misturar caracteres ou outro material tipográfico com os de uma outra caixa ou caixotim.3. Desfazer uma fôrma, granel ou linha de tipos, amontoando desordenadamente os caracteres. 4. Cair em canal ou magazine errado uma matriz de linotipo, provocando erros na composição. 5. Invadir ou assaltar oficina ou redação de jornal (um grupo organizado, uma multidão, a polícia etc.), inutilizando o trabalho que está sendo feito ou danificando as máquinas e materiais divesos. 6. Em impressão a cores, imprimir de forma irreconhecível um original, por excesso de tinta ou por erro de registro, provocando superposição dos pontos dos fotolitos de cada cor e, conseqüentemente, confusão de cores e de formas. Empresa Jornalistica (jn) Empresa que tem por atividade a edição de jornal ou revista, ou a distribuição de noticiario. Encalhe (ed) 1. Quantidade de exemplares de qualquer publicação (livro, jornal, revista) devolvida ao editor por não ter sido vendida. O encalhe nos pontos-de-venda (bancas, livrarias) é previsto e, em certa medida, considerado necessário pelas técnicas de circulação para garantir uma distribuição que atenda suficientemente à demanda. 2. Diz-se da publicação que não obteve boa vendagem. O oposto de best- seller. Encarte (ed) 1. Folha ou conjunto de folhas, com anúncio, matéria paga, matéria especial etc. (em duas ou mais páginas), geralmente impressas em papel diferente do que é usado no miolo da revista ou jornal, e inseridas (com ou sem grampeamento ou colagem) entre as folhas normais da publicação. 2. Operação de intercalar, entre os cadernos de uma publicação, uma ou mais folhas, geralmente impressas em papel ou em cor diferente, contendo anúncio, matéria especial, ilustrações, mapas, informações etc. Entrevista coletiva (jn) Tipo de entrevista em que a personalidade atende à imprensa em conjunto, respondendo às perguntas dos repórteres de diversos veículos de comunicação. Dependendo da organização da entrevista, as perguntas podem ser feitas de improviso ou têm de ser previamente levadas ao conhecimento do entrevistado, para que este as estude com antecedência (geralmente com auxílio de assessores). É freqüente iniciar-se esse tipo de entrevista por um breve depoimento do entrevistado, seguido pelas perguntas dos jornalistas. Com a prática da entrevista coletiva procura-se economizar tempo do entrevistado e proporcionar oportunidades iguais a todos os órgãos de imprensa. Entrevista exclusiva (jn) Tipo de entrevista que é concedida a apenas um repórter e que só pode ser divulgada pelo veículo de comunicação que ele representa. Enviado especial (jn) Repórter que viaja para locais distantes da sede da empresa jornalística, com a missão de realizar reportagens especiais sobre determinados acontecimentos. Estourar (ed) Exceder (quqlquer matéria) o espaço disponível no fechamento da página ou de toda a edição, seja na fase de redação, diagramação, ou paginação (ou montagem). Diz-se que uma matéria estoura na oficina quando, uma vez pronta para ser paginada ou montada, não cabe no espaço a ela reservado pela diagramação. Quando várias matérias estouram numa só página, diz-se: a página estourou. 2. Ampliar excessivamente qualquer elemento gráfico: fotografia, ilustração a traço, fio, retícula etc. O excesso de ampliação deforma as características do original, o que pode resultar em defeito, mas também pode ser utilizado como recurso intencional da diagramação. (tv) 1. Ato ou efeito de ultrapassar o limite de luminosidade que assegura perfeita nitidez à imagem, provocando distorções. 2. Diz-se, na gíria telivisiva, quando determinada matéria, programa ou telejornal ultrapassa o tempo pré-estabelecido pela direção de programação da emissora. Expediente (ed) Quadro de identificação que jornais e revistas, por exigência legal, publicam em todas as suas edições. Traz, normalmente, nome completo, endereço e telefone da empresa responsável, do estabelecimento gráfico onde é impresso, sucursais, preço de assinatura e de venda avulsa, nomes das cidades onde mantém correspondentes e das agências de notícias contratadas, além dos nomes dos diretores, do editor-chefe e de outros profissionais importantes na publicação. F Feature 1. (jn) Qualquer matéria sobre assuntos variados, cujo o valor jornalistico não esta necessariamente ligado ao dia de sua ocorrência. O feature, geralmente uma matéria de entretenimento, é menos perecível que a notícia comum. Pode ser guardado por vários dias, sem perder o interesse, para ser publicado de acordo o espaço disponível e a programação do veículo. São classificados como features notícias, notas, crônicas ou artigos de variedades que normalmente as páginas do segundo caderno dos jornais, tiras de história em quadrinhos, colunas de passatempo, conselhos médicos, decoração, receitas culinárias, xadrez, bridge, curiosidades etc. Existem empresas especializadas no fornecimento desse tipo de matéria a jornais e revista, em escala nacional ou internacional, mediante contratos fixos ou por encomendas específicas (agências de features). Palavra inglesa que significa "feição fisionômica". Fechamento (ed) Conclusão dos trabalhos de redação e diagramação ou de composição e paginação de uma ou de todas as páginas de um jornal, revista ou livro. (pp, jn) Prazo máximo e final (dia ou hora) para aceitação de matérias ou de anúncios (autorizações ou artes-finais) a serem incluídos em uma publicação impressa (jornal, revista) ou veiculados pela televisão, rádio etc. Data de fechamento. Usam-se tb., neste sentido, os termos em ing. deadline e closing-date. (mk) No processo de venda, etapa em que vendedor trata do pedido a ser feito pelo cliente. Feedback (in) Processo de controle, pelo qual o resultado (saída, output) do desempenho de um sistema é programado para atuar sobre o impulso alimentador (entrada, input) do mesmo sistema, estabelecendo correções a partir dos erros verificados. Qualquer procedimento em que uma parte do sinal de saída de um circuito é injetada no sinal de entrada para ampliá-lo, diminuí-lo, modificá-lo ou controlá-lo. "Técnica de controle que consiste na comparação, a cada instante, do resultado do processo com um padrão preestabelecido" (F. A. Doria). Os princípios do feedback e do servomecanismo foram desenvolvidos pela cibernética com vistas à automação, ao comando e controle de máquinas e operações sem a necessidade de intervenção humana." As entradas de tais sistemas são os equivalentes eletrônicos dos órgãos sensoriais: termostatos, células fotoelétricas, microfones, espectógrafos e instrumentos de medidas. As saídas são os equivalentes dos músculos dos animais ou órgãos de comunicação: motores elétricos, alto-falantes, máquinas de escrever eletrônicas etc. Internamente, a informação em processamento toma a forma de sinais elétricos e eletrônicos que percorrem as várias partes do sistema. A característica comum da maiofia dos sistemas de controle é que a saída de Um sistema produz um efeito na entrada (fenômeno do feedback). É assim que um ter- mostato auxilia o condicionador de ar a manter a temperatura desejada em um ambiente, ou o míssil teleguiado é capaz de perseguir um alvo em manobras evasivas" (Liwal Salles). Diversas traduções para a expressão inglesa feedback têm sido propostas e adotadas em português. Entre elas, parecem-nos mais adequadas retroalimentação ou realimentação. Há também autocorreção, auto-avaliação, comunicação de retorno, retroação, retroinformação etc. (co) Indícios informativos (percebidos pelo emissor) da reação do receptor ante a mensagem que lhe foi transmitida. No processo comunicacional, o feedback estabelece a comunicação biunívoca, fazendo prosseguir o fluxo de mensagens. Tal como acorre nos processos cibernéticos, também na comunicação interpessoal o feedback ajuda à fonte apurar os resultados obtidos na transmissão da mensagem, em relação aos seus objetivos iniciais. No relacionamento entre pessoas, "damos" feedback a alguém quando oferecemos ao outro oportunidade paraexplorar alternativas sobre o que percebemos a respeito delas, e "recebemos" feedback ao percebermos como o outro reage a nós. Neste sentido, o feedback nos permite ver, como num espelho, em um enfoque crítico, a adequação ou a inadequação de nossas idéias, sentimentos ou ações. Flash (ft) 1. Iluminação artificial intensa e instantânea que permite fotografar em ambientes com pouca luz. Serve também como fonte auxiliar de luz, mesmo em fotografias à luz do dia, para atenuar sombras. Clarão. 2. Aparelho, geralmente sincronizado à câmera fotográfica, dotado de pilhas ou baterias e de lâmpadas ou cubos descartáveis, para produzir a iluminação descrita no item 1. 3. Lâmpada descartável que produz um clarão curto, porém intenso pela combustão rápida de certos metais de oxigênio, e que pode ser utilizada apenas uma vez. (cn, tv) Cena muito curta, instantânea. Plano brevíssimo. (jn) 1. Nota breve sobre algum acontecimento. Pode parecer isoladamente ou como parte de um conjunto de notinhas do mesmo gênero, publicadas ao lado de uma notícia maior, para destacar certos pormenores do fato. 2. Primeira notícia de um acontecimento importante, imediatamente difundida nos despachos de uma agência de notícias, mesmo que interrompa qualquer despacho normal que esteja sendo transmitido. Utiliza poucas palavras e é redigido de forma semelhante ao lide. Segundo Mário Erbolato, "devido à diferença de fuso horário, as agências devem transmitir as notícias no mesmo instante em que as recebem, mas de maneira resumida (lead ou flash)”. É, inclusive, lema da UPI: “em cada minuto existe, em alguma parte do mundo, um jornal encerrando sua edição” Por isso, qualquer despacho que esteja sendo levado ao ar é sujeito a interrupções para a transmissão de flashes de uma notícia importante e recém-ocorrida. Ao fim do flash, volta-se ao despacho anterior, mencionando-se o seu número e a última palavra transmitida várias vezes, para ser intercalada por flashes" (M. Erbolato). Na internet, os sites noticiosos costumam reservar um espaço próprio para os flashes, que se sucedem na tela paralelamente aos textos maiores. (int) Padrão para gráficos de vetores e animação na web. Software utilizado pelos programadores de sites para criar interfaces de navegação interessantes, redimensionáveis e compactas, ilustrações técnicas, animações em formulários e outros efeitos. Esta tecnologia de animação, usada em larga escala na internet, aproxima as linguagens da história em quadrinhos e do desenho animado. Foca (jn) Jornalista novato. Repórter sem experiência na profissão. Fonte (co) “Nascente de mensagens e iniciadora do ciclo de comunicação”. (James Thompson). Sistema ( pessoa, maquina, organização, instituição) de onde provem a mensagem, no processo comunicacional. Elemento que, numa cadeia comunicativa, seleciona de um conjunto de mensagem a ser emitida. (ed) Conjuto de caracteres de uma familia tipográfica, em um ou vários corpos e variantes (redondo, grifo, caixa alta e baixa, etc.), que integram um catálogo de tipos, uma caixa tipográfica, uma coleção de matrizes de máquinas compositoras, um software ou arquivo destinado a editoração eletrônica, etc. Interessante notar que a palavra fonte, nesta acepção, tem origem no lat. fundere, que significa fundir, derreter; ou seja, mesmo nos processos digitais de editoração usa-se uma expressão típica dos primeiros tempos da tipografia. (inf) Conjuto de todas as mensagens que podem vir a ser transmitidas em um dado sistema. (jn, ed) Procedência da informação. Todos os documentos e pessoas de onde um autor de trabalho jornalístico, literário, técnico ou artístico extraiu informações para a sua obra. Na linguagem jornalística, especificamente, distinguem-se as expressões fonte, porta-vós, informante e setores, círculos ou meios, de acordo com os seguintes critérios: a) Fonte – em princípio, é qualquer pessoa usada por um reporter na sua busca de informção. A fonte pode ser: oficial( ou formal, geralmente situada nas acessorias de imprensa e de relações públicas das intituições, que são o que produzem notícia) e não autorizada ( oficiosa ou não, as vezes, importantíssima para obtençao em carater informal de uma informação que não ser formalizada através dos canais oficiais). Quando a fonte não é oficial ou formal a tendência é escrevê-la no singular com artigo indefinido, ou no plural (fontes), que é ainda mais indeterminado. Na redação jornalística, não convém desgatar o termo fonte em qualquer notícia. Costuma-se reservá-lo para notícias que envolvem interesses políticos, econômicos ou questões diplomáticas e de segurança nacional. Informações cotidianas, diretas e factuais ( como notícias sobre serviços urbanos, p.ex.) , não precisam ser misteriosamente transmitidas por uma fonte. Chama-se fonte autorizada a pessoa que substitui o porta-voz nos casos em que o governante ou a alta autoridade não pode pessoalmente formalizar e oficilizar a informação. Ou a opinião do seu governo, embora muitas vezes tenha interesse em torná-la conhecida ao público. Muito utilizada como recurso diplomático, a fim de que a posição “ mais que provável” de um governo seja conhecida. Após a publicação de uma notícia reveleda por fonte autorizada, a informação poderá ou não ser confirmada pelo porta-voz governamental, conforme as circunstâncias; b) porta-voz – o sentido comum da palavra registrado nos dicionários ( “pessoa que fala frequentemente em nome de outra” ), não é o mais aceito em jornalismo. O porta-voz é uma pessoa altamente autorizada para falar por um governante, um alto funcionário do Estado ou de alguma instituição de importância nacional. “ O porta-voz deve ser uma fonte reconhecível e nunca deve ser usado como sinônimo de uma fonte qualquer” ( Luiz Orlando Carneiro). Porta-voz de um presidente, p.ex., é alguém que tem nome freqüentemente sitado nas notícias. As informações veiculadas devem refletir o pessamento oficial da personalidade representada; c) setores, círculos, meios: expressões como setores políticos, cículos diplomáticos, meios empresariais tendem a coletivisar a opinião de alguem influente em seu meio de atuação, quando não convém revelar a fonte. Muito frequente no colunismo político e social, esse recurso, usado abusivamente, pode provacar uma credibilidade excessiva no leitor já que esse tipo de informção parece representar “o outro lado da notícia”, o lado oculto, mais verdadeiro do que as informções precedentes de fontes conhecidas; d) informante – fonte de informação localizada em um determinado setor público ou privado mas sem o statos da fonte ou do porta-voz. Freelance (ed) 1. Trabalho avulso, encomendado de qualquer profissional, sem vínculos empregatícios. Trabalho extraordinário, bico, biscate. Trabalho desempenhado por um profissional autônomo. 2. Pessoa que trabalha por conta própria (como redator, repórter, fotógrafo, modelo fotográfico, desenhista, arte- finalista, compositor de jingles, roteirista etc.) e fornece seus serviços profissionais, sem vínculo empregatício, para uma, ou diversas organizações (editoras, jornais, agências de propaganda, emissoras de tv ou rádio etc.). Nesta acepção, diz-se tb. freelancer. Usa-se tb., nas duas acepções, o neolgismo frila ("fazer um frila", "trabalhar como frila"). Fria (jn) Diz-se da matéria jornalística sem compromisso exato com atualidade, e que por isso não precisa necessariamente ser publicada imediatamente. Furo (jn) Notícia importante publicada em primeira mão por um jornal ou por qualquer outro meio de comunicação de massa. Em Port., diz-se cacha. (ed) Medida tipográfica equivalente a 48 pontos ou 4 cíceros (pelo sistema Didot, aproximadamente 18 milímetros), em largura e comprimento. (tt, tv) Diz-se da luz que, por descuido técnico, se projeta de um refletor sobre os olhos dos espectadores, ou, em televisão, é captada pela câmera. G Gaveta (jn) Diz-se da matéria jornalística a temporal,que pode ser guardada para publicação quando conveniente ("matéria de gaveta"), Matéria fria. Geral (jn) Diz-se da reportagem, ou da seção de um jornal ou revista, que não se dedica normalmente a nenhum setor ou assunto especializado. A equipe de jornalistas a serviço da reportagem geral encarrega- se da cobertura de acontecimentos variados, que não sejam da alçada de outros departamentos ou editorias (econômica, política, esportiva etc.). (tt) 1. Local de ingresso mais barato e popular, para acomodação do público em estádios, circos, teatros etc. Ghost writer (lt) Do ing., escritor fantasma. Redator contratado para elaboração de obra intelectual mediante encomenda cujo solicitante assina a obra como autor. O ghost writer (diz-se tb., simplesmente, ghost) costuma guardar sigilo sobre as obras que produz, sendo a autoria do texto assumida totalmente por quem o contratou, tanto para efeitos de direitos autorais quanto direitos morais e todas as responsabilidades advindas dessa autoria. Sempre existiram escritores fantasmas, desde os antigos escribas, não só na redação de livros mas também, rotineiramente, em discursos de autoridades, artigos assinados por personalidades do mundo político e empresarial etc. Se um especialista em determinada atividade contrata um ghost writer, este atua como uma espécie de tradutor, que passa para a forma escrita, em linguagem clara e eficaz, as idéias ou experiências de quem o contratou. Nestes casos, o texto é um meio funcional para a transmissão das idéias do autor, não sendo ilegítimo, portanto, que este utilize os serviços de um bom redator. Este raciocínio, entretanto, não se aplica ao texto literário, que é, em si próprio (em sua textura), o objeto da obra intelectual. Obviamente, a contratação de ghost wliters também não seria legítima se fosse feita por profissionais que têm no texto um requisito de sua profissão (o jornalista, p. ex.). Grande imprensa (jn) Conjunto dos principais orgaos de imprensa, editados por grandes impresas jornalísticas, solidamente estabelecidas no contexto empresarial. Possuem tiragens elevadas, vasta penetração e exercem significativa influência política, econômica e socialjunto à comunidade. Hipermídia (ed) Recurso multimídia em linguagem HTML. Expressão adotada por alguns autores como sendo mais abrangente do que o hipertexto: enquanto este se restringe a textos, a hipermídia engloba sons e imagens, inclusive vídeos em movimento. Diz-se tb. (especialmente em Portugal) hipermédia. "Os sistemas hipermédia devem ser pensados como uma sucessão de estímulos imagéticos, textuais e sonoros orientados ao utilizador", afirma Galvão Meirinhos, observando que esses sistemas devem possuir qualidades de estimulação sincronizada (sincronização de imagem, texto e som), interatividade, simulação dinâmica (com estimulação visual e auditiva), unicidade visual (aspecto visual invariável, uniformidade verbal e icônica), aforro temporal (economia de tempo, narrativa breve e concisa) e uma ergonomia adaptativa (facilidade de interação com a máquina) segundo os desejos e necessidades do usuário. Citando Mihalyi Csikszemtmihalyi, Meirinhos destaca: "O utilizador deve sentir o poder de definir o seu percurso, no qual a mensagem deve fluir e cuja apropriação dos significados não é feita através da análise, mas pela navegação no 'espaço virtual'." Hipertexto (inf) 1. "Modo de organização e acesso de informações característico da web, operacionalizado através da linguagem de programação HTML. Na web, cada documento (seja ele texto, imagem ou som) pode conter links (vínculos) que levem a outros documentos, que por sua vez conduzam a mais outros e assim por diante. Em uma estrutura hipertextual, o usuário não tem o compromisso seguir a ordem 'começo, meio e fim', podendo traçar a sua ordem particular, navegando através dos documentos interligados"(Luiz Monteiro). A primeira referência à estrutura hipertextual foi feita pelo matemático e físico americano Vannevar Bush, em um artigo de 1945 chamado "As we may think". Neste artigo, Bush questionava a artificialidade dos métodos de organização de informação utilizados na comunidade científica, baseados em uma ordem puramente hierárquica. Segundo o autor, deveria ser buscado um método inspirado na maneira como a mente humana funciona, ou seja, através de associações, pulando de uma informação a outra através de referências não-lineares. Assim, Bush idealizou um aparelho chamado Memex, que conteria uma enorme quantidade de documentos multimídia (texto, imagens e sons) que permitiriam ao usuário fazer conexões entre eles, à medida que os utilizasse. Assim, cada vez que um documento fosse acessado, estariam também disponíveis todos os outros que tivessem sido ligados a ele. O artigo de Bush foi uma revelação no mundo científico da época, evocando uma aplicação da eletrônica nunca antes imaginada e inspirando os cientistas que, décadas depois, desenvolveriam os computadores pessoais e a Web. Embora tenha sido antevisto por Vannevar Bush em 1945, o termo hipertexto só foi cunhado em 1963, pelo americano Ted Nelson, para se referir à consulta de documentos de forma não-linear em um sistema informatizado. Nelson imaginou um grande sistema de informação que pudesse armazenar todos os documentos disponíveis, servindo também para produção de novos documentos e comentários sobre os já existentes. Não haveria redundãncias e nada seria apagado. Os dados poderiam ser acessados de forma não-linear através de links duplos (ida e volta), sempre atualizados. Cada usuário faria sua própria rota de navegação, dependendo da escolha dos links a serem consultados. Também não haveria problemas de direitos autorais, já que todas as citações seriam feitas remetendo-se diretamente ao original, envolvendo, caso necessário, o pagamento de royalties aos autores. Desde então, Ted Nelson trabalha no desenvolvimento de protótipos desse sistema. Embora tenha sido um de grandes inspiradores da web, ele a considera apenas uma "sombra" de seu conceito de hipertexto, já que ela não atende à maioria dos pressupostos que vimos acima (não há gerenciamento de direitos autorais, as informações são estocadas redundantemente, os links são passíveis de falhas, etc.). No entanto, não há dúvida de que a Web implementa ao menos parte do sistema visualizado por Nelson, formando hoje um imenso "banco de dados" onde podemos encontrar ou publicar informações sobre todos os assuntos. 2. Modalidade de hipermídia, na qual a informação está sob a forma de texto, em linguagem HTML, exibido em uma tela de computador Humor (It) Gênero de criação intelectual que utiliza as mais diversas formas de arte para se expressar. O humor pode ser a própria essência desta criação intelectual ou pode ser uma de suas características. A obra de Carlos Drummond Andrade, p. ex., é plena de humor: neste caso, ele é a característica de uma obra literária. Na obra de Millôr Femandes, por outro lado, o humor é a própria essência, o gênero (e esta mesma obra pode ser citada também como por exemplo do uso de diversas formas de arte, por um autor, para criar seu humor : teatro, literatura, pintura, desenho etc) Os equívocos que se cometem na definição no que seja humor ( frequentemente confundido com conceitos próximos, com espirituosidade, hilaridade, comicidade etc.) decorrem muito da origem da palavra e de suas transformações semânticas através dos tempos. Em sua acepção original a palavra latina humor, humoris, significava “umidade elemento líquido” de toda espécie e, a partir daí, qualquer elemento líquido contido em um corpo organizado e, mais especificamente no corpo humano. Segundo a antiga medina do tempo de Galeno, o organisno humano era regido por humores que pecorriam o corpo: o sangue, a fleuma (secreção pulmonar), a bile amarela e a bile negra. A predominância de um desses humores no organismo determinava o homem sangiiíneo, o flemático, o colérico ou o melancólico. O homem
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