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Camila Queiroz 2023.2 HIGIENE VETERINÁRIA NA PRODUÇÃO ANIMAL CONCEITO BÁSICO DE HIGIENE Trata-se de uma ciência que estuda os meios para preservar o homem e os animais das enfermidades, bem como as regras para a manutenção de um estado de perfeita saúde. IMPORTÂNCIA DA HIGIENE Na pecuária, de uma forma muito ampla, para as diferentes espécies animais de interesse zootécnico, a prática da higiene usada adequadamente, deve resultar em três índices importantes na produção animal: Melhor índice de conversão alimentar Maior taxa de crescimento Menor taxa de mortalidade Estes se traduzem por maior produtividade, rentabilidade e competitividade, que são expressões comuns e levam, obrigatoriamente a se trabalhar melhor. Um programa de limpeza e desinfecção, reflete diretamente nos níveis de produção e performance animal, principalmente nas criações modernas e com aplicação de tecnologias disponíveis. CONCEITOS E DEFINIÇÕES IMPORTANTES: Manejo sanitário: conjunto de medidas cuja finalidade é proporcionar aos animais ótimas condições de saúde. Os componentes do manejo sanitário buscam evitar, eliminar ou reduzir ao máximo a incidência de doenças no rebanho para que obtenha um maior aproveitamento do material genético e, consequentemente, aumento da produção e produtividade Procedimentos sanitários preventivos: relacionados à aplicação de medidas profiláticas, destacando-se as vacinações, vermifugações sistemáticas, testes sorológicos e parasitológicos Procedimentos sanitários curativos: relacionados a serem adotados imediatamente após a incidência de problemas como traumatismos, doenças, infestações (carrapatos, berne, mosca do chifre), deficiências nutricionais e intoxicações Profilaxia: parte da medicina que estabelece medidas preventivas para a preservação da saúde da população, utilizando procedimentos e recursos para prevenir e evitar doenças, como, por exemplo, medidas de higiene, atividadesi físicas, cuidado com a alimentação, vacinação, etc Zoonoses: doenças que são transmitidas de animais para humanos ou de humanos para os animais Parasitismo: dois seres vivos – o parasito e o hospedeiro – relacionam-se ecologicamente, estabelecendo uma comunidade biótica de duas espécies Meio ambiente: é o conjunto de condições, leis, fluências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas (lei 6.938, de 31/08/81, que dispõe sobre a Política Nacional de Meio Ambiente). Desinfecção: é de grande importância, pois apresenta a função de destruir os patógenos vegetativos, usado em matéria inanimada. Pode ser utilizado métodos físicos (UV, água fervente ou vapor) ou químicos (desinfetantes). O método de desinfecção não inativa formas esporuladas Desinfetante: substância química que a sua principal função é inativar as formas vegetativas Germicida: substância química ou processo físico capaz de destruir todos os microrganismos até a forma de resistência que são os esporos Bactericida: são todas as substâncias químicas ou processos físicos que apresentam capacidade de destruir bactérias na sua forma vegetativa, não necessariamente os esporos bacterianos Antisséptico: tem a função de destruição dos patógenos vegetativos em tecidos vivos pela sua inibição do seu crescimento ou atividade SAÚDE/DOENÇA Definição: Saúde: é um estado de boa disposição física e psíquica e de completo bem-estar, e não somente ausência de afecções e enfermidades Doença: o termo doença refere-se a alteração do estado de equilíbrio de um indivíduo consigo mesmo ou com o meio. Quando falamos de seres humanos ou animais, nos referimos à doença como uma anomalia que altera a saúde e o bem-estar do organismo. Saúde populacional Fases da doença História natural da doença FATORES QUE ATUAM NA SAÚDE E NA DOENÇA Hospedeiro: Caracterização Susceptibilidade e resistência Natural e adquirida Agente etiológico: Importância Característica do agente: Infectividade Virulência Resistência Persistência Patogenicidade Imunogenicidade Variabilidade Ambiente Fatores físicos e químicos Fatores biológicos Cobertura vegetal Populações animais Influência do homem Camila Queiroz 2023.2 EDUCAÇÃO SANITÁRIA Educação sanitária é o processo pelo qual pessoas ou grupos de pessoas aprendem a promover, manter ou restaurar a saúde Seu objetivo é desenvolver um sentido de responsabilidade para com a saúde, como indivíduos e como membros de uma família e de uma comunidade No controle das doenças transmissíveis, a educação sanitária compreende a avaliação dos conhecimentos que a população tem de uma doença, o estudo dos hábitos e atitudes desta no que se refere à sua disseminação e frequência, e a divulgação de meios específicos para remediar as deficiências observadas A educação sanitária como meio principal de promover a saúde que é o alicerce da ação primária segundo os níveis de prevenção e aplicação das ações de saúde. O papel dos técnicos envolvidos nas atividades de produção animal inclui o aconselhamento quanto à administração e manejo, com o propósito de manter e melhorar a saúde e o bem- estar dos animais, a higiene de seus produtos, bem como a produtividade, e ainda o rendimento econômico da empresa rural. Estas medidas não se referem somente ao animal, mas sim com uma ação direta sobre o meio ambiente com a orientação quanto ao lixo doméstico, onde as lixeiras deverão ser esvaziadas frequentemente. Associada ainda a presença de lixo, deverá ser investigada a existência de rastros ou sinais que indiquem a presença de roedores na propriedade, e qual o melhor método para combatê-los. Programa de educação para a saúde em nível de propriedade rural a importância do controle de resíduos sólidos, enfatizando que o esterco gerado em atividades agropecuárias e em animais domésticos deverá ser corretamente armazenado e poderá ser utilizado como adubo, e ainda que os animais mortos e seus restos deverão ser eliminados por enterramento, cremação ou aproveitamento industrial. Evitando-se com esta medida, o risco das zoonoses, a poluição do meio, a proliferação de insetos e de outros animais nocivos. HIGIENE NO PROCESSO PRODUTIVO IMPORTÂNCIA DA SAÚDE ANIMAL Integração de 3 elementos fundamentais à exploração: Animal, meio, homem → funcionamento equilibrado da máquina animal Conhecimento dos seguintes conceitos: O estado fisiológico representa um estado de equilíbrio organismo/meio Estudo da contagiosidade, virulência e ação dos diversos agentes Estudo dos riscos para o homem (saúde) Importância econômica CLASSIFICAÇÃO DAS DOENÇAS: apesar do seu artificialismo, apresentamos uma classificação por finalidade didática Doenças internas: (relacionado ao indivíduo) Distúrbios metabólicos ou endócrinos Alterações genéticas Degenerescência dos órgãos com a idade. Ex.: hipoplasia ovárica e testicular, criptorquidia Doenças externas: Agentes não vivos (debilitam o organismo, que o tornem suscetível). Exemplo: calor, frio, tóxicos, carências alimentares Agentes vivos (fungos, bactérias, vírus, parasitas, leveduras, ricketsias) que provocam doenças: Parasitárias (ascaridiose) Infecciosas: doença cujo agente não necessita de um hospedeiro e a entrada no organismo é esporádica. Ex.: tétano – Clostridium tetani Contagiosas: doença em que o ciclo biológico do agente necessita de um hospedeiro, passa de um organismo a outro por contato. Toda doença contagiosa é infecciosa. Ex.: febre aftosa (vírus) Camila Queiroz 2023.2 O AMBIENTE Meio físico: pode atuar de maneira desfavorável sobre o animal Atuação mecânica: Choque: ação violenta vinda do exterior, padecimento local, geral ou até a morte. Exemplo: fraturas da bacia e fêmur. Compressão: exemplo: compressão exercida pelos arreios, meteorismo por ação compressiva sobre a cavidade torácica Contato: exemplo: conjuntivite por penetração de corpo estranho Atuação não mecânica. Atmosfera: camada gasosa que envolve a terra Elementos gasosos: O2 (oxigênio), anidrido carbônico, vapor d’água, gases raros Elementos sólidos: pós minerais, pólen, leveduras, bactérias, vírus, produtos de descamação epidérmica, produtos excrementícios Gases acidentais (poluição atmosférica): tóxicas (monóxido de carbono), irritantes (cloro e amoníaco). Exemplo: explorações pecuárias → aumento de amoníaco → irritação das vias respiratórias Variações térmicas: Calor: os animais homeotérmicos mantém fixa a sua temperatura corporal Efeitos patogênicos do calor: Queimaduras: ação direta do calor sobre os tecidos Golpe de calor: efeito do ar quente sobre todo o organismo (Radiação solar ou outras fontes de calor) Insolação: ação nociva das radiações caloríficas do sol sobre a cabeça Frio: os animais possuem mecanismos termorreguladores em relação ao frio Efeitos patogênicos do frio: Queimaduras: aumento da susceptibilidade ao aparecimento de doenças do trato respiratório Umidade atmosférica: quantidade de vapor d’água contida numa amostra. Quando contém a máxima quantidade de vapor diz-se saturado. Ex: produção leiteira – favorecida por uma atmosfera úmida e temperatura amena Luz: Ações benéficas: Ação esterilizante do ambiente Fotossíntese das plantas Ação direta sobre a hipófise (cio das fêmeas) Síntese de vitamina D (U.V.) Ações maléficas: Queimaduras solares ou eritemas Fenômenos de fotossensibilização Fatores telúricos: O solo e o subsolo Condicionamento da flora e fauna pH ácido: flora e composição química afetadas → teor de cálcio alterado → raquitismo Além de elementos nutritivos, alberga bactérias, algas, protozoários e fungos A Água: Imprescindível à vida, mas é vetor de inúmeros agentes A água de bebida deve ser potável – inodora, incolor, insípida, imputrescível, sem componentes químicos nocivos e sem germes causadores de doenças infectocontagiosas e parasitárias. ANIMAL ENFERMO As vezes, mesmo sob condições favoráveis e com adequada tecnologia zootécnica o animal adquire enfermidades. Isso reduz a produção, deixa de produzir economicamente ou simplesmente não produz. CONCEITO DE HIGIENE Hygia = conservar a saúde; prevenção das doenças Higiene: ciência que estuda os meios para preservar o homem e os animais das enfermidades, bem como as regras para a manutenção de um estado de perfeita saúde. As medidas higiênicas visam as causas biológicas das doenças (agentes infecciosos e parasitários), ambientais (temperatura e umidade) e alimentares. Segundo Bouchardat e Rian, “higiene é a ciência que ensina a conservar melhor a saúde” Prevenir é o objetivo da higiene OBJETIVOS DA HIGIENE NO PROCESSO PRODUTIVO Manter a saúde do homem e dos animais Estabelecer criações saudáveis e zootecnicamente econômicas Higienizar o meio ambiente de exploração dos animais Minimizar a poluição ambiental por produtos de excreção animal Instalações confortáveis Prevenção de zoonoses Evitar problemas ambientais e de manejo capazes de afetar a produção, a reprodução, o crescimento e a incidência de doenças na criação Manutenção da harmonia entre a criação e o ambiente ESTATÉGIAS PARA QUE OS OBJETIVOS DA HIGIENE NO PROCESSO PRODUTIVO SEJAM ALCANÇADOS Atividades abrangentes e de utilização contínua Adaptadas para ajustar-se às necessidades individuais, instalações ou o meio, e atividades- fim da propriedade Preparação do pessoal envolvido no programa higiênico-sanitário Camila Queiroz 2023.2 IMPORTÂNCIA DA SAÚDE ANIMAL Segurança alimentar Produção e produtividade Comércio pecuário (interno e externo) Barreiras sanitárias Saúde pública (desnutrição e zoonoses) PREJUÍZOS COM AS DOENÇAS Diretos/imediatos: Diminuição/perda de produção Aumento da mortalidade Indiretos/médio prazo: Perda da capacidade produtiva Diminuição da capacidade reprodutiva DOENÇAS E ENFERMIDADES Doenças infectocontagiosas, parasitárias e carenciais podem ser provocadas por desnutrição animal, manejo inadequado, falta de higiene das instalações, falta de recursos e informação INDICADORES DE PRODUTIVIDADE Taxa de mortalidade Definição: quociente entre óbitos gerais ocorridos em uma determinada unidade geográfica e período de tempo, e a população estimada na metade do período, segundo a fórmula: 𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑑𝑒 𝑀𝑜𝑟𝑡𝑎𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝐺𝑒𝑟𝑎𝑙 = Óbitos gerais 𝑃𝑜𝑝𝑢𝑙𝑎çã𝑜 𝑚é𝑑𝑖𝑎 𝑑𝑜 𝑝𝑒𝑟í𝑜𝑑𝑜 × 1000 𝑇𝑎𝑥𝑎 𝐸𝑠𝑝𝑒𝑐í𝑓𝑖𝑐𝑎 𝑑𝑒 𝑀𝑜𝑟𝑡𝑎𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = N° de óbitos por determinada causa 𝑃𝑜𝑝𝑢𝑙𝑎çã𝑜 𝑚é𝑑𝑖𝑎 𝑑𝑜 𝑝𝑒𝑟í𝑜𝑑𝑜 × 1000 Taxa de natalidade Definição: quociente entre os nascidos vivos ocorridos em uma determinada unidade geográfica e período de tempo, e a população estimada na metade do período, segundo a fórmula: 𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑑𝑒 𝑁𝑎𝑡𝑎𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = Nascidos vivos 𝑃𝑜𝑝𝑢𝑙𝑎çã𝑜 𝑚é𝑑𝑖𝑎 𝑑𝑜 𝑝𝑒𝑟í𝑜𝑑𝑜 × 1000 Obs.: esta taxa é, em geral, multiplicada por 1.000 para facilitar a leitura e permitir comparação internacional Idade do primeiro parto Idade do abate de machos para carne PRODUÇÃO E PRODUTIVIDADE Perda de produto pecuário/capital Diminuição do volume de produção Perda de produtividade Eliminação de produtos PREJUÍZOS COM O INVESTIMENTO NA PECUÁRIA Setor produtivo (produtor): Diminuição de retorno de dinheiro investido Aumento no custo de reposição Diminuição da rentabilidade Programas sanitários oficiais: Aumento da dotação de recursos PREJUÍZOS A SAÚDE PÚBLICA Menor disponibilidade de proteína animal (alimento) e enfermidades transmissíveis ao homem (zoonoses): Diminuição de horas-homem de trabalho Aumento dos custos de saúde Invalidez e morte FATORES QUE FAVORECEM A PROLIFERAÇÃO DE ROEDORES E INSETOS: Presença de lixo Água Abrigos OBS.: RISCO DE CONTAMINAÇÃO DOS ALIMENTOS PREJUÍZOS SO COMÉRCIO DE ANIMAIS, DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL E PRODUTOS AGRÍCOLAS Mercado interno: transtorno ao abastecimento Mercado externo: perda de mercado e deterioração de preços PRODUZIR COM QUALIDADE SANEAMENTO Definição: saneamento é o conjunto de medidas que visa preservar ou modificar o ambiente. A finalidade do saneamento é prevenir doenças e promover a saúde Camila Queiroz 2023.2 HIGIENE: MEDIDAS GERAIS DE PROFILAXIA MEDIDAS DE PROFILAXIA: DEFINIÇÃO: Conjunto de medidas adotadas com a finalidade de interromper a cadeia de transmissão de uma doença Importante o conhecimento do mecanismo de transmissão da doença. Por exemplo, por contato direto, via respiratória, etc. Medidas estas aplicáveis em qualquer ponto da cadeia epidemiológica quer seja na FI, via de transmissão, no HS, porta de entrada. DIFERENTES NÍVEIS ESTRATÉGIAS ENVOLVIDAS EM UMA PROPRIEDADE Com relação ao manejo: MEDIDAS NECESSÁRIAS: Prevenir: evitar o aparecimento de uma doença na população ou no ecossistema que não as possua, através de medidas individuais ou coletivas Prevenção: conjunto de procedimentos que visam proteger e melhorar a saúde de uma população, querseja impedindo a entrada da doença em áreas geográficas ainda livres, quer seja protegendo as populações de regiões onde a doença ocorre Exemplos: quarentena, imunizações, higiene ambiental, detecção de FI CONTROLE Combate a doença quando esta já penetrou na população, ou seja, interromper sua evolução, eliminando as causas existentes no meio, reduzindo as oportunidades de transmissão deste agente Exemplos: desinfecção, isolamento, interdição, vacinação, diagnóstico, sacrifício, controle de vetores... De forma contínua Portanto, tem a finalidade de impedir a transmissão de um agente a um novo hospedeiro ou impedir que um novo hospedeiro desenvolva a infecção ERRADICAÇÃO: Eliminação da doença bem como o seu agente causal da região, estado ou país, através de medidas permanentes. Portanto implica na aplicação contínua das medidas de prevenção e controle A escolha desses níveis depende de uma série de fatores e do conhecimento que se tem sobre a doença PROCESSO DE DECISÃO PARA A ESCOLHA DO NÍVEL DAS MEDIDAS PROFILÁTICAS Existência de recursos humanos e financeiros Disponibilidade de procedimento de diagnóstico, exequíveis e confiáveis, bem como dos insumos necessários Características do agente etiológico e da cadeia epidemiológica da enfermidade Prevalência e dispersão da enfermidade na população Perfil do sistema ecológico Relação custo-benefício Risco para a espécie humana MEDIDAS RELATIVAS A FONTE DE INFECÇÃO 1) Identificação da fonte de infecção Anamnese Quando os sintomas já se apresentaram Antes do aparecimento dos sintomas, ainda no período de incubação, é muito difícil detectá-la OBS.: Importância da identificação precoce da fonte de infecção: Demora de horas para a ação: significa um prejuízo de milhares de reais Demora de dias: significam milhões de reais Demora de semanas: significam perdas incalculáveis 2) Notificação: Comunicação à autoridade sanitária da ocorrência da enfermidade 3) Isolamento da fonte de infecção: Isolamento: segregação do caso clínico ou da F.I durante o período de transmissibilidade da doença Consiste em separar os animais sadios dos animais considerados doentes, a fim de diminuir os riscos da infecção Finalidades do isolamento: Concentrar o potencial de infecção a uma área restrita e controlável, facilitando a adoção de medidas adequadas de tratamento e melhores oportunidades de destruição do agente etiológico pela desinfecção. H ig iê n ic o Instalações Equipamentos S a n it á ri o : Preventivo Vacinas Opcionais Compulsórias Testes de rebanho Eliminação dos (+) Isolamento T e ra p ê u ti c o Antibióticos Camila Queiroz 2023.2 Bloquear o acesso do agente a outros hospedeiros suscetíveis Tipos de isolamento: Sequestro ou isolamento: Consiste em levar o doente para um local pré-determinado pelas autoridades sanitárias ou proprietários, podendo ser dentro ou fora da propriedade. Este local deverá ser individual e construído especialmente para tal finalidade. Acantonamento ou isolamento em grupo: Doentes em área restrita, com dependências adequadas e condições de segurança relativas à dispersão do agente infectante a outros animais suscetíveis . Deslocamento é o mínimo possível para que as condições de disseminação sejam remotas Cordão sanitário ou interdição ou isolamento da área: São linhas demarcatórias numa área que estabelecem limites geográficos na propriedade ou instalação, bloqueando os animais as dependências e os objetos de se comunicarem com o exterior Estratégia de ação: Zona infectada, zona de vigilância e zona tampão Tratamento: Curativo: bloqueio da evolução clínica da doença e recuperação do animal Profilático: Reduzir o período de transmissibilidade da F.I. Ex.: Produto que impeça a oviposição das fêmeas dos parasitas e com isto reduz a contaminação ambiente Específico para cada caso Antieconômico: ex.: brucelose e tuberculose Não há tratamento: raiva Sacrifício ou rifle sanitário: Uma medida drástica Aplicada quando não for possível recuperar a FI Quando se justificar economicamente Pessoa habilitada – desinfecção Objetivos: Proteger a população ainda não afetada Em casos de doenças graves, de alta difusão, introduzida em região indene ou fase final de programa sanitário Necessário que seja amparada legalmente Justificada em alguns casos: Doença grave, com alta difusibilidade pela população Doença que ocorre numa área restrita Doença exótica Fatores limitantes do sacrifício: Disponibilidade de diagnóstico Espécie atingida pela doença: Ser humano Animais silvestres Animais de estimação: problemático devido ao valor afetivo Só é adotado em algumas circunstâncias: Quando não há alternativa Quando a enfermidade representa grande risco para o ser humano Necessidade de legislação específica Animais de exploração econômica Animais peridomiciliados Métodos de sacrifício: Abate de emergência Evitar métodos em que ocorra muito sangramento Destino dos cadáveres: destino adequado à carcaça do animal Mortos ainda atuam como FI Não lançar em coleções de água ou perto delas Não aproximar animais sadios junto a cadáveres suspeitos Evitar que outras espécies se aproximem da carcaça Não utilizar a carcaça para tratar outros animais Cadáveres não devem ser invadidos por vetores, insetos, roedores Necropsia só deve ser realizada por pessoa habilitada em condições adequadas para não contaminar o solo Enterramento: Vaca com mais ou menos 2 metros de profundidade Camada de cal ou querosene: evita animais carnívoros Cobertura compacta com pedras, pneus Cremação ou incineração: Prática onerosa – forno crematório Cozimento: impraticável a campo Frigoríficos: aproveitamento de animais para obtenção de gorduras, farinhas de osso e carne Laboratório: para pequenos animais (autoclave) MEDIDAS RELATIVAS A VIA DE TRANSMISSÃO: Todas as medidas que visam inibir ou destruir o AE que se encontram nos meios utilizados para transferir a um novo hospedeiro Contágio: Direto: não há possibilidade de atuação sobre o AE durante a transferência Transmissão aerógena (aerossóis): evitar varredura a seco, movimentação brusca de animais confinados, disposição de animais cara a cara Medidas adotadas: Arejamento do ambiente Desinfecção do ar Evitar a formação de poeira Indireto: há possibilidade de atuação sobre o AE Camila Queiroz 2023.2 Solo: por si só não tem muita eficácia, mas podem contribuir de alguma forma para se evitar a transmissão da doença: Tratamento de esgotos, uso de esterqueira, controle de adubos orgânicos Medidas profiláticas podem ser divididas em: Medidas protetoras: Tratamento e destino adequado aos excrementos Controle de adubos orgânicos Medidas saneadoras: Drenagem de áreas pantanosas, aterro de depressões e desvios de cursos d’água Limpeza da vegetação arbustiva marginal dos mananciais de água Adição de práticas agrícolas, como aração e gradagem do solo Correção do pH do solo Limpeza e manutenção das pastagens Rotação das pastagens Vetores: Mecânico: impedir a procriação, controle de moscas/mosquitos Biológico: uso de inseticidas, controle biológico Medidas: Defensivas: Habitações e instalações zootécnicas protegidas Destinação adequada de excrementos, lixo e resíduo orgânico Proteção dos alimentos Emprego de repelentes Vigilância epidemiológica Proteção individual Saneadoras: Destino adequado de excrementos e resíduos Araçãoe gradagem do solo Rotação e queima de pastagens Remoção de entulhos Drenagem de pântanos e desvio de cursos d’água Ofensivas: Procedimento de natureza biológica Procedimento de natureza química Água e alimentos: armazenamento correto, sub-produto da alimentação humana fazer o cozimento adequado (lavagem) Água para consumo: Proteção dos mananciais Evitar o afluxo de esgoto, resíduos e agrotóxicos Evitar acesso de pessoas, animais e insetos Alimentos: devem ser protegidos desde sua origem Produtos biológicos: controle e idoneidade (vacinas, soros, etc) Fômites: desinfecção de materiais e equipamentos Veículos animados: controle de movimento do homem e animais, uso de pedilúvios e rodolúvios Produtos não comestíveis de origem animal: tratar com desinfetantes. Ex.: peles, penas, lã, couros, etc. Material de multiplicação do animal: controle de sêmen, doadores, etc MEDIDAS RELATIVAS AOS COMUNICANTES OU CONTATOS Comunicante: hospedeiro vertebrado supostamente infectado, que manteve contato com FI, que ingeriu alimento contaminado. Portanto, hospedeiro exposto ao risco de infecção. Sacrifício: deve ser analisada com muito cuidado Quando há: Disseminação rápida sem possibilidade de uso de outros métodos Infecção facilmente transmissível e de introdução recente População inacessível a outras medidas sanitárias Enfermidade altamente transmissível, em fase final de programa de controle Sacrifício massal: é utilizado para agentes de alta transmissibilidade, devendo então fazer o despovoamento através do abate individual, grupos ou populações Sacrifício individual: é praticado quando se referir a doença que não haja tratamento como a A.I.E. Quarentena: isolamento do comunicante pelo período máximo de incubação da doença, de maneira a evitar seu contato com animais comprovadamente sadios e, assim, impedir a propagação do AE Visa impedir a propagação da doença ao rebanho, principalmente na compra de animais novos, importação de animais e após contato com feiras e exposições. Quimioprofilaxia: uso de quimioterápicos com a finalidade profilática Viabilidade técnica e financeira Exemplos: ATB ração Vermífugo na ração Imunoprofilaxia: uso de vacinas ou soros com finalidade profilática Período de indução da vacina < PE da doença Imunoprofilaxia ativa (vacina) Imunoprofilaxia passiva (soro) Controle de trânsito Vigilância sanitária: é a observação dos comunicantes durante o período máximo de incubação da doença contado a partir da data do último contato com a fonte de infecção ou da data em que o comunicante abandonou o local em que se encontrava a fonte de infecção Animais sentinelas Camila Queiroz 2023.2 MEDIDAS RELATIVAS AOS SUSCETÍVEIS Medidas inespecíficas: Resistência individual Medidas de proteção ao animal: uso de telas, tratamento das soluções de continuidade e umbigo, alimentação adequada Manejo sanitário do rebanho: instalações adequadas, higiene, manejo correto EPI Medidas específicas: Imunização passiva natural: anticorpos da mãe x filho, via transplacentária e colostro Imunização passiva artificial: soroterapia Soros anti-tóxicos: anticorpos neutralizam toxinas (tetânico, botulínico, ofídico) Soros anti-infecciosos: anticorpos neutralizam agentes (rábico) Imunização ativa: resposta do hospedeiro com produção de anticorpos Ativa naturalmente adquirida: infecção natural – produz anticorpos Ativa artificialmente adquirida: vacinas MEDIDAS RELATIVAS A COMUNIDADE Educação sanitária: é a conscientização dos proprietários, tratadores e criadores de animais sobre os problemas causados pela doença. É a principal medida de qualquer programa sanitário. BIOSSEGURANÇA E BIOSSEGURIDADE: CONCEITOS BIOSSEGURIDADE: viabilizar uma produção animal rentável e de alta qualidade Refere-se ao conjunto de normas e procedimentos destinados a evitar a entrada de agentes infecciosos (vírus, bactérias, fungos e parasitas) no rebanho, bem como controlar sua disseminação entre os diferentes setores ou grupos de animais dentro do sistema de produção. Finalidade: proteção do plantel da introdução de doenças durante 24 horas por dia em um período de 365 dias por ano. BIOSSEGURANÇA: proteger a saúde humana É um conjunto de procedimentos, ações, técnicas, metodologias, equipamentos e dispositivos capazes de eliminar ou minimizar riscos inerentes as atividades profissionais... que podem comprometer a saúde do homem, dos animais, do meio ambiente ou a qualidade dos trabalhos desenvolvidos. Hospitais, laboratório, universidades, UBS, hemocentro, industrias A Biossegurança é considerada, na Saúde do Trabalhador, parte integrante da Segurança e da Higiene do Trabalho, que se preocupa com os trabalhadores da área de saúde e afins, em cujos ambientes de trabalho estão presentes não somente os fatores de riscos biológicos, mas outros que podem diretamente agravar a saúde ou podem ser desencadeadores de acidentes biológicos Existe com a finalidade de prevenção dos riscos gerados pelos agentes químicos e físicos envolvidos em processos de saúde, onde o risco biológico se faz presente ou não. Têm-se como principais medidas de biossegurança, as seguintes: a lavagem das mãos, a qual é considerada atitude básica das precauções-padrão; uso de Equipamento de Proteção Individual (EPI’S), como: capotes, gorro, máscara, sapato fechado, entre outros; uso de técnicas assépticas e as barreiras físicas, designadas também como isolamentos de contato e respiratório PRODUÇÃO ANIMAL Implantação e desenvolvimento de um conjunto de políticas e normas operacionais rígidas que terão a função de proteger os rebanhos contra a introdução de quaisquer tipos de agentes infecciosos. PROGRAMA GERAL DE BIOSSEGURANÇA Programa de biossegurança é um conjunto de atitudes e ações visando, pela ordem de sucessão, os seguintes objetivos: Impedir a entrada de agentes doentes no estabelecimento Impedir a propagação de doenças de um plantel a outro Reduzir os efeitos danosos das doenças Camila Queiroz 2023.2 Tentar erradicar doenças já instaladas no estabelecimento Implantação do programa Análise e definição dos riscos Riscos aos quais está sujeito BIOSSEGURIDADE ≠ BIOSSEGURANÇA Biosseguridade: Saúde animal Riscos assumidos Prevenção e seguridade Medicina veterinária preventiva Biossegurança Saúde humana Normas permanentes Riscos: 0% Proteção: 100% Princípio da precaução COMPONENTES DE UM PROGRAMA DE BIOSSEGURIDADE Isolamento Controle de trânsito Monitoramento e registro Educação continuada Plano de contingência Higienização Quarentena, medicação e vacinação Erradicação de doenças Auditoria e atualização CONCEITO AMPLO DE BIOSSGURIDADE Refere-se ao conjunto de normas e procedimentos destinados a evitar a entrada de agentes infecciosos (vírus, bactérias, fungos e parasitas) no rebanho, bem como controlar sua disseminação entre os diferentes setores ou grupos de animais dentro do sistema de produção. PROGRAMA GERAL DE BIOSSEGURANÇA Plano de contingência: conjunto de normas e procedimentos a serem tomadas no caso de ocorrência inesperada de um evento relacionado com o programa de biosseguridade e/ou a saúde animal. O objetivo maior de um plano de contingência é realizar um rápido esclarecimento. Localização: posição geográfica, posição dos lotes de animais, barreiras naturais ou físicas Controle de pessoas: Homem, vetor Protocolos de desinfecção Funcionários doentes:proibidos Uniformes, código de cores Desinfecção de veículo Limpeza Seca: Logo após a saída do lote Restos de ração dos comedouros Desmontar e/ou suspender os equipamentos Retirar toda a cama Esvaziar e limpar os silos Varrer o teto, paredes, telas, piso e áreas adjacentes Aplicar lança-chamas Limpar a área externa e realizar a poda do gramado Úmida Lavar o aviário, estrutura e equipamentos com solução de água sob pressão e detergente Utilizando-se de jatos fortes em movimentos de cima para baixo. Após a limpeza, devem ser desinfetados Desinfecção Ambientes e equipamento Microrganismos patogênicos Agente físico Agente químico Produto de amplo espectro Eficiente diante da presença de matéria orgânica Poder residual prolongado Relação custo benefício favorável Mais usados: Aldeído, fenol e surfactantes catiônicos Vazio sanitário: Limpeza e desinfecção do aviário Alojamento do lote seguinte Controle de vetores: Veiculam o agente Aviários locais de armazenamento de alimento Manter a cama seca Utilização de telas Qualidade da água: Veiculador de microrganismos Poluentes IN 56 de 2007, análise física, química e microbiológica Cloração Monitoria sanitária: Diagnóstico precoce diminui prejuízos reduzindo o risco de enfermidades Vacinação: Ferramenta essencial Programa, médico veterinário Principais enfermidades da região Plano de contingência: Prejuízo econômico Importância na saúde pública Objetivo: prover rápido diagnóstico e solução para o problema de saúde do plantel CONSIDERAÇÕES FINAIS: Programa de biosseguridade é constituído de diversas etapas e práticas de manejo, dessa forma, seu sucesso somente será obtido se todos os envolvidos no processo se comprometerem de forma consciente e rigorosa a cumprir cada detalhe descrito. Camila Queiroz 2023.2 BIOSSEGURANÇA E BIOSSEGURIDADE: AVES E SUÍNOS BIOSSEGURIDADE NA CADEIA AVÍCOLA Fluxo obrigatório de animais, veículos, pessoas e materiais (maior rigor e complexidade): Linhas puras → granja e incubatório de bisavós → granja e incubatório de avós → granja e incubatório de matrizes → granja de engorda Biosseguridade Principais patógenos que acometem frangos de corte: Vírus: anemia infecciosa das galinhas, bronquite infecciosa das galinhas, doença de Marek, doença de Gumboro, encefalomielite aviária, influenza aviária, reoviroses Bactérias: Campylobacter jejuni, clostridioses, Escherichia coli, Mycoplasma gallisepticum, Mycoplasma synovie, Salmonella spp., Staphylococcus aureus Fungus: Aspergillus spp. Protozoário: coccidiose Recomendações sanitárias: As aves devem ser criadas no sistema “todos dentro, todos fora” Na porta de entrada do aviário deve ser colocado um recipiente com solução desinfetante para que as pessoas desinfetem os calçados (pedilúvios) e rodolúvel para o caminhões Controle de moscas, roedores e cascudinhos Incinerar ou enterrar as aves mortas em fossas sépticas ou utilizavam postagem Caso a cama seja reutilizada deve-se fazer o seu enleiramento e repouso por pelo menos 7 dias, desde que o lote anterior não tenha tido doenças infecciosas Construção do aviário: Materiais que permitam limpeza e desinfecção, com superfícies lisas Controle zootécnico e sanitário: Organização Data de alojamento N° de aves Ações sanitárias Atividades de transito de aves Medicamentos administrados Uso de vacinas Mortalidade diária Cuidados na localização da granja Distâncias mínimas recomendadas entre granjas pelo Ministério da Agricultura: Distância entre granja de matriz e abatedouro: 5.000 metros Distância entre bisavozeiro e avozeiro: 5.000m Distância entre matrizeiros: 3.000m Distância mínima entre granjas: 2.000m Distância recomendada entre um aviário e outro: 100m Barreira natural: Reflorestamentos com árvores não frutíferas Utilizações das próprias elevações topográficas Barreira física: Servem para estabelecer os limites da granja e dos núcleos Objetivo: evitar o livre acesso de pessoas, veículos e animais entre granja e núcleos Acesso e fluxo do trânsito: Evitar o contato com outros plantéis pelo menos 3 dias antes da visita Tomar banho, trocar de roupas e calçados, e entrar em um núcleo por dia Fluxo interno: Em caso de doenças somente veterinário e funcionário poderão entrar A entrega de ração deve ser feita do lado de fora da granja e depois transportada por veículos internos O carregamento das aves deve ser realizado por caminhões internos durante as temperaturas mais amenas Proibido: outros animais próximos Manejo sanitário após a saída do lote: Limpeza e desinfecção das instalações Desmontar os equipamentos e retirar a cama Comedouros em silos deverão ser esvaziados Equipamentos e móveis deverão ser retirados e desinfectados Passar lança-chamas no piso para queimar as penas restantes Lava piso, paredes e teto com água sob pressão e detergente Após a secagem, proceder a desinfecção do aviário Usar desinfetantes, como formol, iodo, amônia quaternária Manejo sanitário de rotina: Limpeza dos bebedouros e comedouros Retirada de aves mortas e machucadas Limpeza e desinfecção: A limpeza e desinfecção faz parte de uma das etapas mais importantes de todo o ciclo de produção Não conseguem impedir totalmente os riscos da ocorrência de doença, entretanto minimiza os efeitos das infecções Principais doenças que podem estar presentes sem a devida limpeza e desinfecção: Purulose, tifo, coriza infecciosa, botulismo, enterite, Doença do Gumboro, Newcastle, Doença de Marek, bronquite infecciosa, EDS (síndrome da queda de postura), coccidiose. Vacinação: Principais vacinas: Marek (obrigatória), Gumboro e Bouba aviária. As vias de administração podem ser: água de bebida, ocular, aerossol, membrana da asa, intramuscular, subcutânea, via embrião (in ovo) Destino das aves mortas: Incineração o destino de fossa séptica revestir de coberta por laje de concreto ou utilizadas na compostagem Compostagem: Método mais eficiente Feito pela ação das bactérias termofílicas e aeróbias através da digestão que elas fazem dos animais mortos Camila Queiroz 2023.2 O nitrogênio proveniente da matéria orgânica é convertido em ácido, biomassa bacteriana e resíduos orgânicos (chamados de húmus) Sem odor e pode ser usado como adubo Usasse construção de concreto ou madeira com medida de 2,5m x 1,5m Depositada aves mortas, cama contendo o resto de rações, esterco e água Depois de 6 meses retira-se húmus e se utiliza a construção novamente Qualidade da água Controle de pragas Qualidade da cama: Cama: Usada para evitar o contato direto com o piso, substrato para absorção de água, incorporação das fezes e penas, e reduzir a oscilação da temperatura Podem ser feitas de serragem, casca de arroz, maravalhas, etc A reutilização só deve ser feita se não houver tido problemas sanitários que ocorram riscos de contaminação para o próximo lote Deve ser misturada com cal virgem Diagnóstico Assistência técnica Abate BIOSSEGURIDADE NA GRANJA DE SUÍNOS Granjas de Reprodutores Suídeos Certificadas (GRSC): Granjas GRSC ou Granjas de Reprodutores Suídeos Certificadas são aqueles sistemas de produção de suínos para reprodução certificados oficialmente pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) em acordo com a Instrução Normativa da SDA (Secretaria de Defesa Agropecuária)No 19 (IN19) de 15 de Fevereiro de 2002 publicada no Diário Oficial da União, Seção 1, de 1° de Março de 2002 Biosseguridade interna: medidas para controlar a proliferação e disseminação de patógenos no interior do rebanho Biosseguridade externa: medidas para impedir a entrada de patógenos nos rebanhos Componentes de um programa de biosseguridade: Cerca de 1,5m de altura, 20m a 30m das instalações Barreira vegeral: 50m de largura a partir da cerca. 10m até a cerca. Biosseguridade: Art. 1° Estabelecer a biosseguridade mínima para estabelecimentos que produzem suínos para fins comerciais. Art. 2° Para efeito desta Portaria define-se: I.- Ciclo Completo (CC): estabelecimento de criação que realiza todas as fases de produção em instalações de ciclo contínuo; II.- Unidade Produtora de Leitões Desmamados (UPD): estabelecimento de criação especializado na produção de leitões, comercializados ou distribuídos para engorda em instalação diversa, imediatamente após serem desmamados; III.- Crechário ou Creche (CR): estabelecimento de criação de leitões desmamados; IV.- Unidade Produtora de Leitões Descrechados (UPL): estabelecimento de criação especializado na produção de leitões, comercializados ou distribuídos para engorda em instalação diversa, imediatamente após a saída da creche; VI - Unidade de Terminação (UT): estabelecimento de criação de leitões para crescimento e terminação; Disseminação de agentes entre granjas pelos animais vivos Núcleo genético – IN 19 Multiplicadores – IN 19 Unidades comerciais: não há legislação específica Normas que sejam efetivas e possíveis de serem aplicadas nas granjas comerciais de CC, EPD, EPL, ET Procedimento mais relevantes de biosseguridade: Cerca de isolamento da UP: UP nova: > 5m das instalações De tela, malha 6,0m, altura 1,5m, mureta de 10cm e portão único de entrada com cadeado UP instalada: Cerca com sistema de desinfecção para veículos que entram na UP Pode ser < de 5m Acesso único das pessoas pelo vestiário Compostagem de animais ou maravalha: junto ou fora da cerca de isolamento Sistema de tratamento/armazenagem de dejetos: fora da cerca de isolamento Recolhimento de animais mortos: depende da regulamentação Deve atender estas normas de biosseguridade Local de estoque: específico na cerca de isolamento ou fora dela Sistema acompanhado pela defesa Controle de vetores: físico e químico Documentado (fichas padrão) Ratos: eliminação de criadouros, croqui das porta-iscas Rato preto (telhado), ratazana (chão), camundongo (todo lugar) Fornecimento de água: documentado Reservatórios protegidos (fechados) Limpeza e desinfecção a cada 12 meses ou cada lote Exame microbiológico de potabilidade (coliformes fecais) a cada 12 meses Uso de água superficial: maior risco; tratamento obrigatório Uso de água de poço fundo: menor risco; recomendado após análise microbiológica positiva para coliformes fecais Camila Queiroz 2023.2 Utilização de vacinas na produção de suínos: Programa de vacinação: Aquisição de vacinas Acondicionamento Conservação entre 2 a 8°C Defesa contra agentes patogênicos Uso preventivo Implantação: Granjas novas: imediata Granjas instaladas: 48 meses
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