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Puerpério e distocias
PUERPÉRIO
Puerpério são modificações fisiológicas
que ocorrem no útero, na fase
imediatamente após o parto, quando este
órgão se recupera das transformações que
sofreu durante a gestação, preparando-se
para uma nova prenhez.
Acontece em duas fases: na primeira
acontece a eliminação das secundinas ou
delivramento; e a segunda fase
caracteriza -se, principalmente, pela
involução uterina e preparação do útero
para uma nova gestação, sendo
normalmente denominada fase de involução
uterina ou puerpério propriamente dito.
=> Puerpério bovino:
• 30 a 60 dias – raças taurinas
• Até 120 dias – zebuínos
=> Após 5 dias há perda da capacidade de
contração.
=> A involução uterina completa em 40
dias sem distocia.
Delivramento
Inicia -se imediatamente após o parto,
terminando com a eliminação das
membranas fetais.
Dois mecanismos estão ligados à
eliminação das secundinas: a atividade
contrátil do miométrio e a perda da
aderência materno fetal. A diminuição de
volume do útero atinge todas as camadas
da parede uterina. Em consequência das
contrações uterinas, os músculos lisos do
miométrio diminuem de comprimento,
observando- se um espessamento da
parede uterina, sendo que na mucosa
uterina formam-se inúmeras pregas. Nesta
fase, o útero apresenta-se com a metade
do volume atingido durante o parto. As
contrações uterinas continuam após o
nascimento do produto, promovendo, assim,
mais diminuição do volume do órgão e
particularmente do lúmen uterino. Com a
passagem do feto ou do último feto através
da cavidade pélvica, desfaz-se o reflexo
nervoso de expulsão fetal, que determina a
parada das contrações da parede
abdominal.
Com a diminuição do volume uterino que
ocorre logo após a expulsão do produto, os
longos vilos do cório fetal são forçados a
deixar as criptas carunculares, visto que a
firmeza com que os vilos se prendem às
criptas é determinada pela pressão
sanguínea e, após o parto, há diminuição do
fluxo sanguíneo para o útero devido à
contração do órgão e ao esvaziamento dos
vasos carunculares, fazendo com que a
placenta seja liberada.
=> Duração em bovinos: de 30 minutos a 8
horas. A não expulsão da placenta 12 h
após o parto é considerada patológica.
LÓQUIOS
As camadas celulares da superfície
endometrial são destruídas por morte
celular programada caracterizada por
degeneração gordurosa, dando origem à
secreção serosa da cavidade uterina,
Puerpério e distocias
constituindo os lóquios. O tecido
caruncular necrosa em 5 dias e seus restos
participam da constituição dos lóquios. A
eliminação destes permanece até 14 dias
após o parto. Nos primeiros 2 ou 3 dias
têm coloração sanguínea, tornando-se
mais claros posteriormente. Entre o 7º e o
14º dia os lóquios são misturados com uma
quantidade crescente de sangue
ocasionado pela hemorragia do tecido
caruncular em processo de separação. Os
lóquios desaparecem totalmente cerca de
30 dias após o parto, quando o tecido
caruncular materno está totalmente
restabelecido.
RESTABELECIMENTO DO CICLO ESTRAL
O crescimento folicular ovariano começa
logo após o parto e o corpo lúteo da
gestação prévia regride rapidamente.
A amamentação retarda o desenvolvimento
folicular pós parto e a ovulação, e prolonga
o intervalo entre o parto e o primeiro cio.
Na dependência disto, o intervalo do parto
até o próximo cio varia de 30 a 72 dias em
vacas leiteiras e de 46 a 104 dias em vacas
de corte.
O intervalo pós parto até o primeiro cio e a
ovulação depende não só da intensidade do
estímulo da amamentação, mas também do
plano nutricional e do manejo dos animais.
O intervalo ótimo entre partos é de 12
meses.
DISTOCIA DE CAUSA MATERNA
As distocias de causa materna podem
acometer todas as espécies domésticas.
Causas
1. ANOMALIAS PÉLVICAS
Pelve juvenil
Exostoses
Luxação sacroilíaca
Fraturas
Osteodistrofia.
=> Os ruminantes são mais propensos a
problemas pélvicos em função de sua
anatomia e, particularmente, de sua
fisiologia digestiva, sendo muito suscetíveis
a distúrbios metabólicos e carências ligadas
aos minerais. Carências nutricionais podem
provocar anomalias esqueléticas,
propensão a fraturas e luxações que
comprometem a via fetal dura. Em
pequenos animais, as anomalias de pelve
estão intimamente relacionadas com
fatores nutricionais ligados ao cálcio e ao
fósforo que influenciam a estrutura
esquelética.
2. ANOMALIAS VULVARES
Estreitamentos por cicatrizes
Tumores
Edema excessivo
Defeitos anatômicos
Infantilismo.
=> Por serem externas e visíveis e, na
maioria das vezes, corrigíveis por
episiotomia ou outro procedimento
Puerpério e distocias
cirúrgico, essas anomalias não constituem
um grande obstáculo para a progressão do
parto. Éguas submetidas à vulvoplastia e
vacas com uma sutura tipo Bühner, Flessa
ou similar podem apresentar fibrose sob a
pele vulvar e diferentes retrações
cicatriciais, levando à estenose parcial.
Cicatrizes de miíases podem provocar
retrações. Em grandes e médios animais,
não são frequentes os tumores na região
perineal. Animais de pele branca podem ser
acometidos. Em cadelas, o tumor venéreo
transmissível é o grande responsável pelas
obstruções ao parto por serem invasivos,
de fácil sangramento, sensíveis a traumas e
altamente mutilatórios e deformantes.
Outras alterações incluem vulva
subdesenvolvida, mal posicionada ou
deformada por depósitos de gordura ou
dobras de pele. Em gatas, são raríssimas as
anomalias vulvares.
3. ANOMALIAS VAGINAIS
Em condições normais, a vagina de éguas
não é um obstáculo à condução do parto.
Merecem atenção as fêmeas
anteriormente submetidas a cirurgia
corretiva de laceração de períneo de 2º e
3º graus, dado o risco de estenose do
vestíbulo ocasionada por retração
cicatricial.
As vacas podem apresentar dilatação
insuficiente do canal vaginal em função de
precocidade etária ou deficiências
multifatoriais na fase preparativa do parto.
Essa espécie é particularmente suscetível
a prolapsos parciais ou totais de vagina,
edema exagerado da mucosa, cistos de
retenção glandular, hematomas
submucosos e raramente a tumores que
reduzem ou bloqueiam essa porção da via
fetal mole.
Cadelas podem apresentar insuficiente
dilatação vaginal relativa ou absoluta, a
depender do porte do animal, do tamanho
dos filhotes e do número de partos
ocorridos.
4. ANOMALIAS CERVICAIS
Os ruminantes, particularmente bovinos,
são propensos a apresentar dilatação
insuficiente da cérvix, largura insuficiente e
estreitamento do corpo uterino.
Primeiro grau: a cabeça do feto e os
membros anteriores insinuam se pela cérvix
até a articulação cárpica ou, na
apresentação posterior, até as coxas
Segundo grau: o feto insinua se apenas
pelos membros até a articulação cárpica ou
társica, respectivamente
Terceiro grau: o feto não se insinua e a
abertura é de 2 a 3 dedos.
Se o feto estiver vivo, o tratamento de
opção é a cesariana. gradativamente. É
impossível realizar a abertura manual da
cérvix em vacas em trabalho de parto,
sendo necessário ter cuidado ao tentar
executar a tração forçada.
Puerpério e distocias
ATONIA UTERINA
Pode ser primária, quando o útero não
contrai a despeito de todo o preparo para o
parto, ou secundária, quando a musculatura
do útero entrou em exaustão verificada
principalmente nas distocias de causa fetal.
As etiologias da atonia uterina primária
são: disfunção hormonal (estrógeno,
ocitocina e relaxina); obesidade;
hipocalcemia, hipomagnesemia e
hipoglicemia de modo isolado ou em
conjunto; hidropisia dos envoltórios fetais
levando as fibras musculares ao limite de
distensão; gestação múltipla patológica;
gestação prolongada; aplasia ou hipoplasia
hipofisária fetal; degeneração do
miométrio; ruptura uterina, do tendão
pré púbico; histerocele gravídica e
reticulopericardite traumática; senilidade;
debilidade e fatores hereditários (cadelas).
DISTOCIAS DE CAUSA FETAL
Podem ser provocadas por deficiência de
esteroides adrenais,tamanho do feto
determinado pela raça ou gestação
prolongada, defeitos como duplicação de
membros ou cabeça, ascites, anasarca e
hidrocefalia ou alterações na estática fetal.
Classificação
1. Apresentação: posição entre o eixo
longitudinal do feto e da mãe.
Pode ser anterior (parto eutócico) ou
posterior.
2. Posição: dorsal ou ventral.
3. Atitude: estendida ou flexionada.
INTERVENÇÃO NO PARTO DISTÓCICO
O sucesso da manipulação obstétrica para
correção das distocias fetais dependerá da
espécie animal, do tempo de evolução do
parto, da viabilidade fetal, do grau de
dilatação das vias fetais dura e mole, da
característica espécie específica do parto,
do equipamento disponível no local de
Puerpério e distocias
execução do procedimento e do preparo do
pessoal de apoio.
Realiza -se inicialmente o exame obstétrico
interno específico por via vaginal para
verificar a estática fetal, sua viabilidade,
presença de rigor mortis, resposta
contrátil uterina, grau de lubrificação,
dilatação das vias fetais e tamanho do
produto.
De modo geral, se o feto estiver vivo ou
recém-morto, sem rigor mortis ou
anquiloses, a maior parte das distocias
serão facilmente corrigíveis, apresentando
certa dificuldade os transversos, as
monstruosidades fetais, as posições
inferiores e as apresentações posteriores
com flexão bilateral da articulação
coxofemoral. Nas distocias de impossível
correção com feto vivo, indica-se a
cesariana; e nos casos de morte fetal, a
fetotomia parcial ou total.
Tratamento medicamentoso
Gluconato de cálcio: 1ml/kg
Ocitocina 2: 5 ml IV ou IM
Glicose 50%
Retropulsão
Faz-se o reposicionamento do feto no
útero.
Extensão
Estende a porção projetada com o auxílio
de gancho ou correntes obstetrícicas.
Rotação
Feita para corrigir a distocia de
posicionamento fetal.
Versão
Feita para corrigir a apresentação
transversa.
Tração
Traciona o feto com o posicionamento
adequado.
Episiotomia
Utiliza anestesia epidural ou local, com
incisão na rafe mediana do períneo.
Epidural baixa: entre CO1 e CO2.
=> Deve-se fazer higienização prévia da
região (evitar contaminação).
Fetotomia
É feita a fragmentação do feto intrauterino,
sendo utilizado em grandes animais quando
há morte fetal.
Utiliza um fetótomo modelo Thygesen.
Sequência dos cortes
Puerpério e distocias
COMO SABER SE O FETO ESTÁ MORTO?
Não há:
Reflexo ocular
Reflexo interdigital
Reflexo de sucção
Reflexo do esfíncter anal
Pulsação umbilical

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