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Atos Administrativos – 328813
DIREITO ADMINISTRATIVO
ATOS ADMINISTRATIVOS
a. Atos jurídicos: manifestação da vontade humana que visa à produção de efeitos 
jurídicos.
P. ex.: contrato de compra e venda, edital de concurso público.
Obs.: atos da administração pública
b. Atos ajurídicos (Fatos Administrativos): são aqueles que, por seu turno, não têm a 
finalidade de produzir efeitos jurídicos embora o produzam.
P.ex.: morte de servidor público, cujo efeito é a vacância do cargo.
Dentre os atos jurídicos, destacam-se os atos da administração, que indicam todo e qual-
quer ato que se origine na Administração Pública. Dos atos da administração, destacam-
-se os atos políticos, os atos de direito privado e os atos administrativos.
Obs.: todo ato administrativo é um ato da administração pública é um ato jurídico, no en-
tanto, nem todo ato jurídico é um ato da administração pública e nem todo o ato da 
administração pública é um ato administrativo.
Atos da
 Administração
Atos políticos
EXERCICIOS DE FIXACAO da função política. Ex.: veto presi-
dencial.
Atos de direito 
privado:
Atos da administração pública regidos pelo direito privado.
P.ex.: contratos de locação comercial feitos por sociedades 
de economia mista exploradoras de atividades econômicas
Atos administra-
tivos:
Atos por meios dos quais a Administração pública atua, no 
exercício da função administrativa, sob o regime de direito 
público e ensejando manifestação de vontade do Estado ou 
de quem lhe faça às vezes. P. ex. multas de trânsito.
Obs.: um veto presidencial é um ato político.
Vale ressaltar que nos atos de direito privado não existe uma relação de hierarquia e 
subordinação ou supremacia do interesse público.
Nos atos de direito privado há o equilíbrio entre as partes.
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Atos Administrativos – 328813
DIREITO ADMINISTRATIVO
CONCEITO
“A exteriorização da vontade de agentes da Administração Pública ou de seus delegatá-
rios, nessa condição, que, sob regime de direito público, vise à produção de efeitos jurídicos, 
com o fim de atender ao interesse público” (CARVALHO FILHO, 2019).
Obs.: uma concessionária de serviço público pode praticar um ato administrativo.
ELEMENTOS OU REQUISITOS DOS ATOS ADMINISTRATIVOS
São elementos ou requisitos que integram os atos administrativos:
competência (ou sujeito), finalidade, forma, motivo e objeto (ou conteúdo).
Co (sujeito) – Atribuições legais cometidas ao servidor
Fi – Busca pelo interesse público 
For – Revestimento exteriorizador do ato
M – Reúne os pressupostos de fato e de direito para a prática dos atos administrativos
Ob – É o conteúdo do ato administrativo
1. Competência:
Segundo José dos Santos Carvalho Filho (2019) competência é o círculo estabelecido 
em lei dentro do qual os agentes públicos exercem suas atividades.
A competência administrativa é improrrogável, imprescritível e irrenunciável.
a. Improrrogável: o agente público incompetente não se torna competente para a prá-
tica de um ato administrativo pela não objeção de terceiros.
b. Imprescritível: a competência do agente não se extingue pela sua inércia.
c. Irrenunciável: o agente público não pode abrir mão de sua competência, dada a indis-
ponibilidade do interesse público. Contudo, a irrenunciabilidade da competência poderá ser 
afastada pela delegação e avocação de competências.
A competência admite a delegação e avocação nos casos previstos em lei, no entanto, o 
art. 11 da lei n. 9.784/99 dispõe que a competência é irrenunciável, salvo nos casos admiti-
dos em lei.
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DIREITO ADMINISTRATIVO
I – Delegação (art. 12, Lei 9784/1999):
“Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não houver impedimento legal, delegar 
parte da sua competência a outros órgãos ou titulares, ainda que estes não lhe sejam hie-
rarquicamente subordinados, quando for conveniente, em razão de circunstâncias de índole 
técnica, social, econômica, jurídica ou territorial”.
O normal é que a delegação seja dada para aquele que seja diretamente subordinado, 
denominada de delegação própria.
No entanto, é possível ter a delegação em face dos que não estão diretamente subordi-
nados, denominada de delegação imprópria. 
II – Avocação (art. 15, Lei 9784/1999):
“Será permitida, em caráter excepcional e por motivos relevantes devidamente justifica-
dos, a avocação temporária de competência atribuída a órgão hierarquicamente inferior”.
III – Inadmissibilidade de delegação e avocação (art. 13, Lei 9784/1999):
“Não podem ser objeto de delegação:
I – a edição de atos de caráter normativo;
II – a decisão de recursos administrativos;
III – as matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade”.
Súmula 510 do STF:
“Praticado o ato por autoridade, no exercício de competência delegada, contra ela cabe 
o mandado de segurança ou a medida judicial”.
O mandado de segurança deverá ser impetrado contra ato de autoridade executora.
Vício de competência e convalidação.
A convalidação consiste em sanar um ato administrativo viciado, ou seja, eivado de irre-
gularidade, desde que o vício seja sanável, não haja lesão ao interesse público nem prejuízo 
a terceiros.
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Obs.: a convalidação consiste na correção do ato administrativo viciado.
Pressupostos da convalidação:
Vício sanável;
• Forma
• Competência
Obs.: se o vício for de competência, irá admitir convalidação, desde que a competência não 
seja exclusiva.
O vício de forma irá admitir a convalidação, desde que a forma não seja essencial ao ato.
Ausência de lesão ao interesse público;
Inexistência de prejuízo a terceiros.
O fundamento legal da convalidação dos atos administrativos está no art. 55 da Lei 
n. 9.784/1999: “Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse 
público nem prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão 
ser convalidados pela própria Administração”. 
Obs.: A convalidação é proveniente apenas do controle interno.
Segundo o art. 2º, § único, “a”, Lei n. 4.717/1965: a incompetência fica caracterizada 
quando o ato não se incluir nas atribuições legais do agente que o praticou.
Vício de competência e convalidação.
O vício de competência pode ser convalidado, desde que se trate de vício de competên-
cia não exclusiva, pois o vício de competência exclusiva é insanável.
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DIREITO ADMINISTRATIVO
EXERCÍCIOS
1. (2022/FGV/PC/RJ/Auxiliar Policial de Necropsia de 3ª Classe)
A auxiliar de necropsia da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro Maria está lotada 
no Posto Regional de Polícia Técnica e Científica do interior do Estado. Durante a ma-
drugada, Maria, única policial de plantão, recepcionou policiais militares um cadáver 
feminino para fins de perícia. Para adiantar o trabalho, mesmo não havendo naquele 
momento qualquer perito no órgão, Maria fez o exame pericial, além de ter emitido e 
assinado sozinha o auto de exame cadavérico (AEC), agindo em sentido contrário ao 
que dispõem as normas aplicáveis às atribuições de seu cargo. Pelos fatos narrados, 
percebe-se que a perícia feita por Maria é inválida, por vício no elemento do ato admi-
nistrativo da:
a. finalidade;
b. competência;
c. motivo;
d. objeto;e. motivação.
COMENTÁRIO
Considerando que a perícia do corpo não fazia parte das suas atribuições legais, o vício 
será de competência.
Finalidade
Finalidade é tudo aquilo que se busca atingir com o ato, o seu escopo. Todo ato adminis-
trativo deve estar destinado ao interesse público.
Sentidos:
• Finalidade genérica ou em sentido amplo: é a finalidade presente em todos os atos 
administrativos, ou seja, o interesse público.
Obs.: nenhum ato administrativo pode se afastar da busca pelo interesse público.
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DIREITO ADMINISTRATIVO
• Finalidade específica ou em sentido restrito: é a finalidade de cada ato especifica-
mente, ou seja, o seu objeto.
Em uma desapropriação para a construção de uma escola pública, a finalidade genérica 
é o interesse público, enquanto a finalidade específica é a própria construção da escola.
É importante destacar que o vício de finalidade é insanável, logo, não será objeto de con-
validação. 
Vício de finalidade (desvio de finalidade)
Ocorre desvio de finalidade quando o agente público atua visando fim diverso do inte-
resse público. Tal vício é insanável, ou seja, não admite convalidação.
ABUSO DE PODER
Excesso de Poder
• Vício de competência
Desvio de poder
• Vício de finalidade
Obs.: � a lei n. 4.717/65 é a lei da ação popular.
Segundo o art. 2º, § único, “e” da Lei n. 4.717/1965: “O desvio de finalidade se veri-
fica quando o agente pratica o ato visando a fim diverso daquele previsto, explícita ou 
implicitamente, na regra de competência”. 
Forma
A forma é o meio através do qual a Administração Pública exterioriza sua vontade. A forma 
dos atos administrativos é essencialmente escrita, em razão do princípio da solenidade das 
formas. Todavia, admite-se, excepcionalmente, atos administrativos exteriorizados através 
de gestos, sons e palavras. P. ex.: semáforo, apito do agente de trânsito.
Obs.: o decreto e o alvará são as formas dos atos administrativos.
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Decreto regulamentar
Alvará –
• de Licença
• de Autorização
Silêncio administrativo:
Em regra, o silêncio administrativo não produz qualquer efeito jurídico, salvo em situa-
ções excepcionais previstas em lei ou quando o silêncio da administração provoca danos ao 
administrador, ocasião em que estes poderão recorrer à via judicial em face do silêncio do 
poder público às suas pretensões.
Vício de forma e convalidação:
Segundo o art. 2º, § único, “d” da Lei n. 4.717/1965: o vício de forma consiste na omis-
são ou na observância incompleta ou irregular de formalidades indispensáveis à exis-
tência ou seriedade do ato.
O vício de forma pode ser convalidado, desde que se trate de vício de forma não essen-
cial ao ato, pois o vício de forma essencial é insanável.
FORMAS DE CON-
VALIDAÇÃO
CONCEITO EXEMPLO
Ratificação
É o ato administrativo pelo qual o órgão 
competente decide sanar um ato invá-
lido anteriormente praticado, suprindo 
a ilegalidade que o vicia.
A Administração, depois de retirar a 
parte inválida do ato anterior, processa 
a sua substituição por uma nova parte, 
de modo que o novo ato passa a conter 
a parte válida do ato anterior e uma 
nova parte, nascida com o aproveita-
mento.
Reforma
Admita que novo ato suprima a parte 
inválida do ato anterior, mantendo sua 
parte válida.
Ato anterior concedia licença e férias a 
um servidor; se se verifica depois que 
não tinha direito à licença. Pratica-se 
novo ato retirando a parte anterior e se 
ratifica a parte relativa às férias.
Conversão
A Administração, depois de retirar a 
parte inválida do ato anterior, pro-
cessa a sua substituição por uma nova 
parte, de modo que o novo ato passa 
a conter a parte válida do ato anterior 
e uma nova parte, nascida com o apro-
veitamento.
Um ato promoveu A e B por mereci-
mento e antiguidade, respectivamente, 
verificando após que não deveria ser 
B, mas C o promovido por antiguidade. 
Pratica-se novo ato mantendo a promo-
ção de A e insere a de C, retirando a 
de B.
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Motivo:
Entende-se por motivo os pressupostos de fato de fato e de direito que ensejam a 
prática do ato administrativo.
Não confunda motivo com motivação. Esta é a exposição dos motivos, ou seja, a fun-
damentação do ato administrativo.
Obs.: todo ato precisa ter competência, finalidade, forma, motivo e objeto.
Segundo o art. 50 da Lei n. 9.784/99, a motivação dos atos administrativos quando:
I – neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses;
II – imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções;
III – decidam processos administrativos de concurso ou seleção pública;
IV – dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório;
V – decidam recursos administrativos;
VI – decorram de reexame de ofício;
VII – deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou discrepem de parece-
res, laudos, propostas e relatórios oficiais;
VIII – importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato admi-
nistrativo.
Obs.: Mesmo nas situações em que a motivação não é obrigatória, se a administração mo-
tivar, irá se vincular.
Teoria dos motivos determinantes:
Pela teoria dos motivos determinantes, a motivação apresentada deve corresponder a 
um motivo verdadeiro, sob pena de nulidade do ato.
Ex.: exoneração dos comissionados.
Segundo Di Pietro (2016) “a validade do ato se vincula aos motivos indicados como seu 
fundamento, de tal modo que se inexistentes ou falsos, implicam a sua nulidade”.
Carvalho Filho (2019) explica que mesmo que um ato administrativo seja discricionário, 
não exigindo, portanto, expressa motivação, esta, se existir, passa a vincular o agente aos 
termos que foi mencionada. Se o interessado comprovar que inexiste a realidade fática men-
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DIREITO ADMINISTRATIVO
cionada no ato como determinante da vontade, estará ele irremediavelmente inquinado de 
vício de legalidade”
2. (2022/FGV/DPE/MS/Defensor Público Substituto)
João, observadas as formalidades legais, firmou ato de permissão de uso de bem públi-
co com o Estado Alfa, para instalação e funcionamento de um restaurante em hospital 
estadual, pelo prazo de 24 meses. Passados seis meses, o Estado alegou que iria ins-
talar uma nova sala de UTI no local onde o restaurante está localizado, razão pela qual 
revogou unilateralmente a permissão de uso. Três meses depois, João logrou obter pro-
vas irrefutáveis no sentido de que o Estado não instalou nem irá instalar a UTI no local. 
Inconformado, João buscou assistência jurídica na Defensoria Pública, pretendendo 
reassumir o restaurante.
Ao elaborar a petição judicial, o defensor público informou a João que pleitear judicial-
mente a invalidação da revogação do ato de permissão é:
a. inviável, por se tratar de ato precário, mas cabe o ajuizamento de ação indenizatória 
diante da extinção da permissão antes do prazo previsto;
b. inviável, por se tratar de ato discricionário, mas cabe o ajuizamento de ação indeniza-
tória diante da extinção da permissão antes do prazo previsto;
c. viável, eis que, com base no princípio da continuidade dos serviços públicos, João 
tem direito de explorar o restaurante no prazo acordado, ainda que, de fato, o Estado 
Alfa fosse instalar a UTI no local;
d. viável, eis que, apesar de ser um ato discricionário, aplica-se a teoria dos motivos 
determinantes,de maneira que o Estado está vinculado à veracidade do motivo fático 
que utilizou para a revogação.
COMENTÁRIO
Ao elaborar a petição judicial, o defensor público informou a João que pleitear judicialmente 
a invalidação da revogação do ato de permissão é viável, eis que, apesar de ser um ato 
discricionário, aplica-se a teoria dos motivos determinantes, de maneira que o Estado está 
vinculado à veracidade do motivo fático que utilizou para a revogação. 
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Vício de motivo:
Tanto a inexistência do fato como a inequação jurídica configura vício no elemento motivo. 
Segundo o art. 2º, parágrafo único, alínea “d” da Lei n. 4.717/65: a inexistência dos motivos 
se verifica quando a matéria de fato ou de direito, em que se fundamenta o ato, é material-
mente inexistente ou juridicamente inadequada ao resultado obtido.
O vicio de motivo irá ocorrer nos casos de ato materialmente inexistente ou juridicamente 
inadequada ao resultado obtido.
3. (2022/FGV/PC/RJ/Técnico Policial de Necropsia)
José, técnico policial de necropsia da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro, praticou 
o chamado abandono de cargo, na medida em que se ausentou do serviço, sem justa 
causa, por trinta dias consecutivos. Após regular processo administrativo disciplinar, lhe 
foi aplicada a sanção da demissão.
No caso em tela, as razões de fato e de direito (e não a exposição dessas razões) que 
deram ensejo à prática do ato de demissão representam o elemento ou requisito do ato 
administrativo denominado:
a. motivação;
b. fundamentação;
c. forma;
d. objeto;
e. motivo.
COMENTÁRIO
No caso em tela, as razões de fato e de direito que deram ensejo à prática do ato de de-
missão representam o elemento ou requisito do ato administrativo motivo.
Objeto
O objeto é o próprio conteúdo material do ato administrativo, é dizer, a alteração no 
mundo jurídico que o ato pretende realizar. O objeto para ser válido, deve ser lícito e possível.
P. ex.: o objeto da demissão de um servidor é a própria demissão.
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Obs.: objeto = conteúdo dos atos administrativos.
MÉRITO ADMINISTRATIVO
Em relação aos elementos do ato administrativo, competência, finalidade e forma são 
sempre vinculadas, independentemente da espécie de ato. Já o motivo e o objeto podem 
ser vinculados, se o ato assim o for, ou discricionários, em se tratando de atos dessa espécie. 
No último caso, tem-se o chamado mérito administrativo.
Elementos Ato vinculado Ato discricionário
Competência Continua vinculado
Finalidade Continua vinculado
Forma Continua vinculado
Motivo Discricionário
Objeto Discricionário
ATRIBUTOS DOS ATOS ADMINISTRATIVOS
Os atributos são as características dos atos administrativos, tratando-se de prerrogativas 
do poder público decorrentes do princípio da supremacia do interesse público sobre o pri-
vado. São atributos dos atos administrativos a presunção de legitimidade e de veracidade, 
a autoexecutoriedade, a tipicidade e a imperatividade. 
Presunção de legitimidade:
O ato, quando editado, presume-se praticado em conformidade com o ordenamento jurí-
dico. Trata-se de presunção relativa, ou juris tantum, pois admite prova em contrário por 
terceiros prejudicados pelo ato. Tal prerrogativa encontra-se presente em todos os atos 
administrativos.
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Presunção de veracidade:
O ato administrativo é presumidamente verdadeiro, real, dada a fé pública de gozam os 
atos da administração pública. Cuida-se, também, de presunção relativa, ou juris tantum, 
pois permite prova em contrário por eventuais prejudicados pelo inverídico. A presunção de 
veracidade é atributo universal, ou seja, presente em todos os atos administrativos.
Autoexecutoriedade:
A autoexecutoriedade dispensa a Administração de ir previamente a juízo para execução 
de alguns atos administrativos, mas não afasta a possibilidade de controle judicial a posteriori.
Nem todos os atos administrativos gozam de autoexecutoriedade. Exemplificativa-
mente, as multas de trânsito não gozam do referido atributo, pois a sua cobrança demanda 
ação judicial.
A autoexecutoriedade é atributo dos atos administrativos e do poder de polícia.
A autoexecutoriedade é dividida em:
• Executoriedade
• Exigibilidade
Tipicidade:
Pelo atributo da tipicidade, os atos administrativos devem estar previstos em lei. Segundo 
Di Pietro (2019), “a tipicidade só existe com relação aos atos unilaterais; não existe nos con-
tratos, pois, em relação a eles, não há imposição de vontade da Administração, que depende 
sempre da aceitação do particular; nada impede que as partes convencionem um contrato 
inominado, desde que atenda melhor ao interesse público e ao do particular”.
Imperatividade:
Pelo atributo da imperatividade, a Administração Pública pode, unilateralmente, impor 
restrições e criar obrigações para os administrados.
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Ao fazer uso de sua supremacia na relação com os administrados, para impor-lhes deter-
minada forma de agir, o poder público atua com base na imperatividade dos atos admi-
nistrativos.
A imperatividade é o atributo do ato administrativo previsto apenas nos atos que dispõem 
acerca de obrigações e deveres aos particulares. Não há que se falar em imperatividade em 
atos negociais, a exemplo de autorizações e licenças.
A imperatividade manifesta o poder extroverso do Estado. 
EXTINÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS:
Extinção natural:
a. Cumprimento dos efeitos: diz respeito à execução da situação apresentada no ato.
b. Advento do termo: o fim do prazo estabelecido para a execução do ato.
EXTINÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS:
Renúncia:
O beneficiário renuncia a um ato ampliativo dado pela Administração Público.
Cassação:
Ocorre a cassação quando o beneficiário descumpre os requisitos autorizadores do ato. 
A cassação consiste em invalidar um ato administrativo que nasceu regular, mas se tornou 
irregular no momento de sua execução.
A legislação apresenta duas expressões:
• Cassação de aposentadoria
• Cassação de disponibilidade
Caducidade:
Obs.: A caducidade dos atos administrativos decorre dos efeitos de uma lei posterior.
Dá-se a caducidade quando lei superveniente prejudica a manutenção do ato até 
então válido. A ilegalidade é superveniente e decorre de alteração legislativa, sem culpa do 
beneficiário.
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Ex.: a prefeitura de uma cidade autorizou por 6 meses a montagem de um circo na praça 
pública mais movimentada.
Um mês depois, a Câmara Municipal da cidade trouxe uma lei proibindo a utilização de 
bens de uso comum do povo para essa finalidade.
Nota-se que irá incidir a caducidade.
Anulação
A anulação serve para atos ilegais e possui efeitos retroativos, ou seja, Ex tunc. A revo-
gação serve para atos legais que se tornaram inconvenientes e inoportunos e possui efeitos 
prospectivos, ou seja, Ex nunc.
A anulação é a retirada de atos inválidos, ou seja, ilegais, viciados. Trata-se de controle 
de legalidade do ato administrativo. Lei 9784/1999. Art. 53. A Administração deve anular 
seus próprios atos, quando eivados devício de legalidade, e pode revogá-los por motivo de 
conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos. 
Art. 54. O direito da Administração de anular os atos administrativos que decorram efei-
tos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram 
praticados, salvo comprovada má-fé.
Súmula 473 do STF: A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de 
vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo 
de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos 
os casos, a apreciação judicial.
Revogação:
A revogação é a retirada de um ato válido, mas inoportuno ou inconveniente. Cuida-se de 
controle de mérito administrativo.
4. (2022/FGV/TJ/MG/Juiz de Direito Substituto)
A Administração Pública pode
a. anular os próprios atos, se estiverem eivados de nulidade, desde que isso não atinja 
a segurança jurídica.
b. anular os próprios atos, se estiverem eivados de nulidade, a qualquer tempo.
c. revogar os próprios atos, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os 
direitos adquiridos.
d. revogar os próprios atos, por motivo de conveniência ou oportunidade, sem que isso 
possa gerar quaisquer direitos.
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Atos Administrativos – 328813
DIREITO ADMINISTRATIVO
COMENTÁRIO
A Administração Pública pode revogar os próprios atos, por motivo de conveniência ou 
oportunidade, respeitados os direitos adquiridos.
Maria dos Santos, médica de um hospital federal, é plantonista na emergência da uni-
dade de saúde. Determinado dia, ao chegar ao local de trabalho, é notificada pela ouvi-
doria do referido órgão acerca de uma reclamação feita por uma paciente da médica, na 
qual é narrado o péssimo atendimento prestado pela profissional de saúde. Na mesma 
notificação, a ouvidoria pediu esclarecimentos a Maria, que deveriam ser prestados em 
cinco dias. Por um lapso, Maria não deu sua versão sobre o ocorrido. A ouvidoria en-
tendeu, assim, que os fatos narrados pela paciente eram verdadeiros, razão pela qual 
a médica foi advertida - apontamento este incluído nos assentamentos funcionais da 
servidora. Insatisfeita, Maria recorreu. Para que o apelo fosse admitido, teve que fazer 
um depósito de R$ 500,00 (quinhentos reais) para cobrir custos administrativos decor-
rentes do pleito de reexame do processo. Sobre a hipótese apresentada, responda aos 
itens a seguir.
a. O silêncio de Maria implica sua concordância quanto aos fatos narrados pela paciente? 
(Valor: 0,65)
b. É lícita a exigência de caução como requisito de admissibilidade do recurso? 
(Valor: 0,60) 
COMENTÁRIO
a. A resposta é negativa. O não atendimento da notificação não implica o reconhecimento 
da verdade dos fatos narrados pela paciente OU A Administração deveria apurar os fatos 
antes de aplicar qualquer sanção administrativa, nos termos do Art. 27 da Lei n. 9.784/99 
OU Art. 5º, inciso LV, da CRFB/88
b. A resposta é negativa. A Administração Pública não pode exigir depósito ou caução como 
condicionante à análise de recursos administrativos, conforme a Súmula Vinculante 21 do 
STF ou Súmula 373 do STJ.
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Atos Administrativos – 328813
DIREITO ADMINISTRATIVO
GABARITO
1. b
2. d
3. e
4. c
��Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula 
preparada e ministrada pelo professor Gustavo Brígido. 
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo 
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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