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AVISO DE CONFIDENCIALIDADE. Esta mensagem pode conter informações e dados confidenciais, sendo seu sigilo e proteção regido protegido pela LGPD - Lei Geral de Proteção de Dados (Lei nº 13.709/2018), pelo Marco Civil na Internet (Lei n° 12.965/2014), pelas políticas internas da FAEL e demais legislações vigentes. Se você não for o destinatário ou a pessoa autorizada a receber tais dados ou informações, esteja ciente de que não deverá utilizá-los, distribuí-los ou divulgá-los sob qualquer hipótese, por isso, solicitamos que proceda com a devida exclusão e notificação ao remetente. FRANDSON ALVES DA COSTA RELATÓRIO IX CONFERÊNCIA ESTADUAL DA ADVOCACIA DO ESTADO DO PARÁ Lapa - PR 2023 AVISO DE CONFIDENCIALIDADE. Esta mensagem pode conter informações e dados confidenciais, sendo seu sigilo e proteção regido protegido pela LGPD - Lei Geral de Proteção de Dados (Lei nº 13.709/2018), pelo Marco Civil na Internet (Lei n° 12.965/2014), pelas políticas internas da FAEL e demais legislações vigentes. Se você não for o destinatário ou a pessoa autorizada a receber tais dados ou informações, esteja ciente de que não deverá utilizá-los, distribuí-los ou divulgá-los sob qualquer hipótese, por isso, solicitamos que proceda com a devida exclusão e notificação ao remetente. FRANDSON ALVES DA COSTA RELATÓRIO IX CONFERÊNCIA ESTADUAL DA ADVOCACIA DO ESTADO DO PARÁ Este trabalho apresentado a disciplina de Estágio Supervisionado III, do curso de bacharelado em Serviço Social, da Faculdade Educacional da Lapa, FAEL, com o objetivo de reposição de carga horária; Orientador Pedagógico: Priscila Kiekow; Lapa - PR 2023 AVISO DE CONFIDENCIALIDADE. Esta mensagem pode conter informações e dados confidenciais, sendo seu sigilo e proteção regido protegido pela LGPD - Lei Geral de Proteção de Dados (Lei nº 13.709/2018), pelo Marco Civil na Internet (Lei n° 12.965/2014), pelas políticas internas da FAEL e demais legislações vigentes. Se você não for o destinatário ou a pessoa autorizada a receber tais dados ou informações, esteja ciente de que não deverá utilizá-los, distribuí-los ou divulgá-los sob qualquer hipótese, por isso, solicitamos que proceda com a devida exclusão e notificação ao remetente. Sumário 1. IX CONFERÊNCIA ESTADUAL DA ADVOCACIA PARAENSE – OAB CONTEXTUALIZAÇÃO ............4 2. ESTRUTURAÇÃO DA MESA .......................................................................................................6 3. CONSIDERAÇÕES SOBRE A IMPORTANCIA DO SERVIÇO SOCIAL...............................................9 AVISO DE CONFIDENCIALIDADE. Esta mensagem pode conter informações e dados confidenciais, sendo seu sigilo e proteção regido protegido pela LGPD - Lei Geral de Proteção de Dados (Lei nº 13.709/2018), pelo Marco Civil na Internet (Lei n° 12.965/2014), pelas políticas internas da FAEL e demais legislações vigentes. Se você não for o destinatário ou a pessoa autorizada a receber tais dados ou informações, esteja ciente de que não deverá utilizá-los, distribuí-los ou divulgá-los sob qualquer hipótese, por isso, solicitamos que proceda com a devida exclusão e notificação ao remetente. 1. IX CONFERÊNCIA ESTADUAL DA ADVOCACIA PARAENSE – OAB CONTEXTUALIZAÇÃO A cada triênio a Ordem dos Advogados do Brasil realiza a Conferência da Advocacia com o fim de reunir profissionais, estagiários/as, estudantes e representantes da sociedade civil para um grande encontro. Nos dias 13 a 15 de setembro de 2023 o Hangar – Convenções e Feiras da Amazônia, sediou a IX Conferência da Advocacia Paraense com o tema “O papel da advocacia na defesa das liberdades democráticas e do desenvolvimento sustentável na Amazônia”. O evento é o maior promovido pela OAB-PA em 2023. O evento contou com grandes nomes do Direito nacional e internacional. Com presença: a ministra do Tribunal Superior do Trabalho (TST); Delaíde Alves Miranda Arantes; o ministro da Justiça e Segurança Pública do Brasil, Flávio Dino; o advogado, jurista e ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski. O objetivo da conferência é reafirmar o compromisso do Sistema OAB Pará com o Estado Democrático de Direito e com a defesa da região amazônica. Advogados, advogadas e estudantes participaram dos debates como foco o desenvolvimento sustentável da Amazônia e a defesa da democracia. A Conferência contou com mais de 60 painéis e mais de 200 palestrantes regionais, nacionais e internacionais, durante os três dias de evento, ocorrido na capital Paraense. A convite da Comissão dos Direitos da Criança e do Adolescente da OAB Pará (Comissão DCA), recebi a oportunidade para palestrar no Painel com o temática “Realidades amazônicas: uma visão interdisciplinar dos direitos sexuais de indígenas crianças”. Que trouxe um assunto fortemente marcado por camadas de desconhecimento ou de distanciamento da ampla maioria dos participantes da Conferência em relação ao seu conteúdo. Essas camadas de distanciamento, que são histórica e socialmente (re)produzidas e (re)forçadas, acabam por funcionar como possíveis barreiras para o reconhecimento da importância do tema para o fortalecimento da cidadania, e exatamente por isso como desafios para a Comissão no sentido de produzir um movimento que de algum modo interfira nessa realidade. E ao se tratar da temática não podemos partir, em grau de generalidade, de uma realidade amazônica, senão reconhecer que ela é plural e que, portanto, apresenta-se como AVISO DE CONFIDENCIALIDADE. Esta mensagem pode conter informações e dados confidenciais, sendo seu sigilo e proteção regido protegido pela LGPD - Lei Geral de Proteção de Dados (Lei nº 13.709/2018), pelo Marco Civil na Internet (Lei n° 12.965/2014), pelas políticas internas da FAEL e demais legislações vigentes. Se você não for o destinatário ou a pessoa autorizada a receber tais dados ou informações, esteja ciente de que não deverá utilizá-los, distribuí-los ou divulgá-los sob qualquer hipótese, por isso, solicitamos que proceda com a devida exclusão e notificação ao remetente. realidades amazônicas. Assim, há um primeiro desafio que é o de compreender que, mesmo no contexto amazônico, nós não falamos a partir do mesmo lugar. O painel de “Realidades amazônicas: uma visão interdisciplinar dos direitos sexuais de indígenas crianças”, foi apresentado no dia 14 de setembro de 2023, no horário das 10h45 às 13h, conforme pode ser visto na imagem 1, com os palestrantes destacados, e com envolvimento com a temática discutida e levantada pela Comissão. Imagem 1: Programação da IX Conferência Estadual da Advocacia. AVISO DE CONFIDENCIALIDADE. Esta mensagem pode conter informações e dados confidenciais, sendo seu sigilo e proteção regido protegido pela LGPD - Lei Geral de Proteção de Dados (Lei nº 13.709/2018), pelo Marco Civil na Internet (Lei n° 12.965/2014), pelas políticas internas da FAEL e demais legislações vigentes. Se você não for o destinatário ou a pessoa autorizada a receber tais dados ou informações, esteja ciente de que não deverá utilizá-los, distribuí-los ou divulgá-los sob qualquer hipótese, por isso, solicitamos que proceda com a devida exclusão e notificação ao remetente. É a partir da ideia de direitos humanos como processos através dos quais se abrem e se materializam espaços de luta pela dignidade humana (Herrera Flores) que se apresenta o tema do painel organizado pela Comissão de Defesa de Direitos da Criança e do Adolescente (CDCA), da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Pará (OAB-PA). Em 2023, ainda são muitos os desafios de afirmação e de concretização de direitos humanos básicos às crianças e adolescentes brasileiros. Alimentação adequada, saúde, educação, políticas para a primeirainfância, direito à participação cidadã são apenas alguns dos desafios no campo dos direitos dessa importante parcela da sociedade, mas é preciso que se reconheça que, ainda hoje, muitos direitos nem sequer aparecem como tais, quando se trata de pensar crianças e adolescentes como seus titulares. Esse é o caso de direitos relacionados à sexualidade. É preciso, porém, compreender do que se fala quando o tema é direitos sexuais. Mesmo dentre profissionais habilitados ao manejo de conceitos jurídicos, não são raras a confusão, a distorção, o preconceito e a moralização pessoal de um debate público que tem na sua centralidade o dever de reconhecimento pelos Estados, de direitos de prestação positiva relacionados à garantia do desenvolvimento de sexualidade livre de violações, da proteção à expressão de identidades – inclusive culturais e da promoção de condições para a responsabilidade e autonomia de indivíduos no que diz respeito à expressão e ao exercício de suas sexualidades e identidades. Em que a mesa teve por objetivos: 1) proporcionar conhecimento acerca da temática dos direitos sexuais e da importância de discuti-lo no contexto das múltiplas realidades amazônicas; 2) contribuir com elementos para a compreensão da complexidade do tema, reduzindo os danos ao debate público decorrentes de recentes ondas de discursos conservacionistas e religiosos sobre o tema; 3) marcar a importância de construção de políticas públicas específicas e/ou itinerários de atendimento pautados no reconhecimento de direitos sexuais a essa população. 2. ESTRUTURAÇÃO DA MESA Dra. Maria Luiza (Advogada): Abertura e instalação da mesa, apresentação da CDCA e dos trabalhos desenvolvidos. Dr. Fernando Albuquerque (Advogado): AVISO DE CONFIDENCIALIDADE. Esta mensagem pode conter informações e dados confidenciais, sendo seu sigilo e proteção regido protegido pela LGPD - Lei Geral de Proteção de Dados (Lei nº 13.709/2018), pelo Marco Civil na Internet (Lei n° 12.965/2014), pelas políticas internas da FAEL e demais legislações vigentes. Se você não for o destinatário ou a pessoa autorizada a receber tais dados ou informações, esteja ciente de que não deverá utilizá-los, distribuí-los ou divulgá-los sob qualquer hipótese, por isso, solicitamos que proceda com a devida exclusão e notificação ao remetente. Após a instalação da mesa, será feita breve introdução à escolha do tema pela CDCA e a importância de promover a discussão no âmbito da Conferência Estadual da Advocacia paraense, mais especificamente como uma pauta de defesa de direitos de crianças e adolescentes. A introdução, ainda, objetiva trazer uma primeira e básica contextualização acerca dos direitos sexuais no campo específico das infâncias e juventudes, a fim de introduzir os participantes e ouvintes ao tema da mesa. Dra. Simei Santos Andrade (Nupea-Ufpa): Considerando a experiência da professora acerca de temas como sociologia da infância, culturas infantis e populares, a proposta da CDCA é que, após abertura da mesa e apresentações, o desenvolvimento do tema iniciou a partir da contextualização sobre infâncias indígenas, a partir dos aportes teóricos e empíricos que a professora eleja como importantes, localizando as infâncias indígenas dentro das múltiplas experiências de infância, como também no contexto da existência de plurais realidades amazônicas. Dr. Hugo Mercês (Advogado): A compreensão da gramática de direitos humanos passa pela elaboração histórico- política das lutas por direitos e da consequente repercussão nos instrumentos e mecanismos juridicamente formais. Assim também se estabelecem os processos de afirmação e de efetivação de direitos sexuais. Dr. Hugo Mercês, com forte atuação no campo do direito antidiscriminatório e da defesa de direitos humanos, contribuiu para o desafio de apresentar e contextualizar o específico caminho de luta por direitos sexuais, o protagonismo de movimentos sociais nesse processo, o conteúdo dessas lutas e da repercussão jurídica na positivação/efetivação de direitos relacionados à sexualidade. Dra. Eliene Putira (Saúde indígena/Sespa): O direito à saúde sexual e reprodutiva é uma das principais expressões dos direitos sexuais e a ausência/insuficiência/precariedade de itinerários/recursos de atendimento adequado em relação a essa dimensão da saúde coletiva compromete a dignidade e a cidadania de povos indígenas. AVISO DE CONFIDENCIALIDADE. Esta mensagem pode conter informações e dados confidenciais, sendo seu sigilo e proteção regido protegido pela LGPD - Lei Geral de Proteção de Dados (Lei nº 13.709/2018), pelo Marco Civil na Internet (Lei n° 12.965/2014), pelas políticas internas da FAEL e demais legislações vigentes. Se você não for o destinatário ou a pessoa autorizada a receber tais dados ou informações, esteja ciente de que não deverá utilizá-los, distribuí-los ou divulgá-los sob qualquer hipótese, por isso, solicitamos que proceda com a devida exclusão e notificação ao remetente. A partir da experiência da Dra. Putira no desenvolvimento e na articulação de políticas públicas na área da saúde indígena, podemos compreender quais os desafios na construção/efetivação de experiências de atenção à saúde indígena que assegurem o acesso a recursos de saúde relacionados à sexualidade e à saúde reprodutiva e como são desenvolvidos trabalhos nessa área, com o recorte das nossas realidades amazônicas. Frandson Costa: Assistente de Desenvolvimento Social e Indígena do Povo Xipaya do Xingu, Frandson Costa traz trouxe para a mesa a importância e o protagonismo das vozes locais para a construção de políticas e de normas que contemplem as realidades amazônicas. A partir de diálogo prévio junto à CDCA, apontou a questão da diferenciação entre indígenas citadinos e aldeados e a repercussão dessa diferença na formulação de políticas públicas. A importância da voz de Frandson Costa nesse debate contemplao ainda a possibilidade de debater como povos indígenas e comunidades tem se articulado na demanda pela ação formal e efetiva do Estado no que diz respeito à garantia de direitos e como tem se desenvolvido os processos de luta e de articulação, marcadamente aqueles que contemplem a proteção plural de indígenas crianças. Dr. Vinícius Machado: Reunindo repertórios jurídico e antropológico, além da experiência em práticas de Clínicas de Direitos Humanos, trouxer para a mesa a oportunidade de finalizarmos o debate percorrendo o caminho que se instaura entre a previsão de normas de direitos humanos aos povos indígenas, tais como Convenção 169 da Organização Mundial do Trabalho (OIT), Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas (DU), da Organização da Nações Unidas (ONU), e a Declaração Americana sobre os Direitos dos Povos Indígenas (DA), da Organização dos Estado Americanos (OEA) e os desafios de sua efetivação. A proposta se dá com o objetivo de enfatizarmos que, apesar de um caminho de positivação de direitos já trilhado em alguma medida, inclusive no âmbito do direito internacional dos direitos humanos, há inúmeros desafios que vão além do mero reconhecimento formal do Estado até a efetiva garantia de direitos. Ressalte-se que, possuindo um caráter propositivo, a mesa encerrou os trabalhos afirmando a importância do debate e propondo inserções na Carta final da Conferência AVISO DE CONFIDENCIALIDADE. Esta mensagem pode conter informações e dados confidenciais, sendo seu sigilo e proteção regido protegido pela LGPD - Lei Geral de Proteção de Dados (Lei nº 13.709/2018), pelo Marco Civil na Internet (Lei n° 12.965/2014), pelas políticas internas da FAEL e demais legislações vigentes. Se você não for o destinatário ou a pessoa autorizada a receber tais dados ou informações, esteja ciente de que não deverá utilizá-los, distribuí-los ou divulgá-los sob qualquer hipótese, por isso, solicitamosque proceda com a devida exclusão e notificação ao remetente. relacionados à temática desenvolvida, pelo que esperamos que a rica contribuição de cada um(a) dos(as) participantes norteie a relatoria para as referidas proposições. 3. CONSIDERAÇÕES SOBRE A IMPORTANCIA DO SERVIÇO SOCIAL A atuação profissional dos Assistentes Sociais junto aos povos indígenas, é interessante observar que somente recentemente que passou a ser objeto de reflexões de ordem teórico- metodológica. Apesar das sucessivas e históricas violações pelas quais passam. As peculiaridades de tais expressões precisam urgentemente serem introduzidas na base curricular do Serviço Social nacional, na qual as singularidades culturais e identitárias sejam respeitadas e articuladas ao processo de trabalho. Tal atuação do profissional do serviço social, para a inserção destes povos nas Políticas de Assistência Social, é fundamental. Em que se deve levantar as questões sociais desta populações com um olhar, observando as especificidades e realidades que são diferentes do modo comum de se vê, pois aqui se trata de povos e comunidades tradicionais inseridas em contexto urbano, rural e isolado. O profissional tem o importante papel como parte do seu processo metodológico, elaborar maneiras e ações, de abordagem que proporcionem o atendimento com qualidade respeitando o modo de vida diferenciado, seja nos espaços dos Centros de Referencias de Assistência Social, no Cadastro Único, ou seja por meio de atuação direta. Lapa - PR, 23 de novembro de 2023.
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