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Educação e Cidadania - 5

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1 
A TECNOLOGIA 
QUE FACILITA O 
CONTROLE SOCIAL
VALTER MOURA DO CARMO
RealizaçãoApoio
TCE
Educação e 
Cidadania
Controle social das contas públicas
MÓDULO 
5 
FUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA (FDR)
Presidente 
Luciana Dummar
Diretor Administrativo-Financeiro 
André Avelino de Azevedo
Gerente-Geral 
Marcos Tardin
Gerente Editorial 
Lia Leite
Gerente de Marketing e Design 
Andréa Araújo
Gerente de Audiovisual 
Chico Marinho
Gerente de Criação de Projetos 
Raymundo Netto
Analistas de Projetos 
Aurelino Freitas e Fabrícia Góis
Analista de Contas 
Narcez Bessa
UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTE (UANE)
Gerente Educacional 
Deglaucy Jorge
Coordenadora Pedagógica 
Jôsy Braga Cavalcante
Coordenadora de Cursos e Secretária Escolar 
Marisa Ferreira
Desenvolvedora Front-End 
Isabela Marques
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO CEARÁ (TCE)
Presidente 
José Valdomiro Távora de Castro Júnior
Vice-Presidente 
Edilberto Carlos Pontes Lima
Corregedora 
Patrícia Lúcia Mendes Saboya
Ouvidor 
Ernesto Saboia de Figueiredo Júnior
Conselheiros 
Luís Alexandre Albuquerque Figueiredo de Paula Pessoa
Soraia Thomaz Dias Victor
Rholden Botelho de Queiroz
Conselheiros Substitutos
Itacir Todero
Paulo César de Souza
David Santos Matos
Fernando Antônio Costa Lima Uchôa Júnior
Manassés Pedrosa Cavalcante
Ministério Público junto ao TCE/CE
Procurador-Geral de Contas 
Leilyanne Brandão Feitosa
Procuradores de Contas 
Gleydson Antônio Pinheiro Alexandre
Eduardo de Sousa Lemos
José Aécio Vasconcelos Filho
Júlio César Rola Saraiva
Cláudia Patrícia Rodrigues Alves Cristino
Diretor-presidente do Instituto Plácido Castelo 
Ernesto Saboia de Figueiredo Júnior
Diretor Geral do Instituto Plácido Castelo 
Luis Eduardo de Menezes Lima
TCE - Educação e Cidadania
Concepção e Coordenador Geral 
Cliff Villar
Coordenadora de Operações 
Vanessa Fugi
Coordenadora de Projetos e Relacionamento 
Larissa Viegas
Coordenador de Conteúdo 
Daniel Oiticica
Coordenadora Editorial 
Lia Leite
Revisora 
May Freitas
Projeto Gráfico e Editora de Design 
Andréa Araújo
Designer Gráfico 
Welton Travassos
Ilustrador 
Carlus Campos
Analista de Marketing 
Henri Dias
Analista de Projetos 
Hérica Paula Morais
Social Media 
Letícia Frota
T249 TCE Educação e Cidadania / vários autores ; ilustrado por Carlus 
Campos. - Fortaleza : Fundação Demócrito Rocha, 2023.
 372 p. : il. ; 1080px x 1920px. – (TCE Educação e Cidadania ; 10 v.)
 Inclui índice e bibliografia.
 ISBN: 978-65-5383-088-2
 1. Administração pública. 2. Prestação de contas. 3. Orçamento 
público. I. Campos, Carlus. II. Título. III. Série.
 CDD 350
2023-2807 CDU 35
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) de acordo com ISBD
Elaborado por Vagner Rodolfo da Silva - CRB-8/9410
Índice para catálogo sistemático:
1. Administração pública 350
2. Administração pública 35
5 
SUMÁRIO
1. Introdução ................................................................6
2. A importância do Controle Social para a 
transparência e a responsabilidade das 
instituições ...............................................................9
3. O conceito de Controle Social .......................... 12
4. A evolução tecnológica e a sociedade .......... 15
5. Ferramentas tecnológicas para o 
Controle Social ...................................................... 19
6. A transparência e o acesso à informação ... 21
7. Alguns desafios e possíveis limitações .........27
8. Casos de sucesso em que a tecnologia 
fortaleceu o Controle Social ............................ 32
9. O futuro do controle social: avanço e 
aprimoramento da interação entre 
tecnologia e Controle Social ............................36
10. Maximizando os benefícios da tecnologia e 
do Controle Social. ..............................................39
 Perfil do autor ...................................................... 42
 Bibliografia ............................................................ 43
 Glossário ................................................................ 45
6 
1. INTRODUÇÃO
Atualmente, não podemos ignorar o impacto profundo que a tecnologia tem exercido sobre todos os aspectos de nossas vidas. Em um 
mundo onde a inovação digital é a palavra do momento, 
as tecnologias emergentes têm dado forma às nossas 
vidas, moldando a maneira como nos comunicamos, 
interagimos e acessamos informações.
Este avanço ininterrupto tem moldado o nosso 
modo de viver, interagir e entender o mundo. A 
rapidez com que a tecnologia tem evoluído, nos 
surpreende e suas consequências têm afetado todos 
os setores da sociedade.
É inegável que a disseminação da tecnologia 
digital gerou mudanças profundas na dinâmica social, 
afetando desde a economia até a esfera pessoal. A 
maneira como nos comunicamos, por exemplo, sofreu 
grandes mudanças. 
Plataformas de mídia social (Instagram, YouTube, 
Facebook, X, TikTok, entre outros) e aplicativos de 
mensagens instantâneas (SMS, WhatsApp, Telegram, 
entre outros) conectam indivíduos ao redor do globo 
7 
em questão de segundos, transcendendo fronteiras 
geográficas e culturais. 
Com a popularização de smartphones e acesso 
à internet, nos encontramos em um cenário onde 
informações e comunicação são acessíveis a qualquer 
momento e em qualquer lugar. Redes sociais, aplicativos 
de mensagens e plataformas de compartilhamento de 
conteúdo têm alterado a maneira como nos conectamos 
e expressamos nossas opiniões. 
Essa acessibilidade pode trazer um maior senso de 
comunidade e permite uma interação, em escala global, 
entre pessoas de diferentes origens e ideais.
Contudo, essa evolução tecnológica também gera 
desafios que precisamos considerar. A proliferação de 
informações digitais levanta questões sobre a veracidade 
e a confiabilidade do que consumimos online. Muitas 
vezes nos deparamos com as fake news, notícias falsas 
que confundem e manipulam a opinião pública.
Enquanto a tecnologia oferece oportunidades 
significativas, ela também desperta preocupações sobre 
privacidade e segurança. A coleta constante de dados 
pessoais por parte de empresas e governos levanta 
questionamentos. Um deles é se o tratamento dos dados 
pessoais está restrito à finalidade pretendida.
O acesso à informação é outro aspecto transformado 
pela tecnologia. Bibliotecas digitais, mecanismos de 
busca e cursos online permitem a disseminação do 
conhecimento de forma mais ampla e democrática. 
A educação à distância, no período da pandemia 
de Covid-19, por exemplo, ganhou o nosso cotidiano 
e proporcionou oportunidades de aprendizado a um 
público que estava impedido de ir pessoalmente para o 
ambiente escolar.
8 
No entanto, é importante discutirmos a questão da 
acessibilidade digital para garantir que todos possam 
usufruir dos benefícios citados.
A economia também experimentou uma revolução 
tecnológica. Startups e empresas de tecnologia estão 
redefinindo setores tradicionais como transporte e varejo. 
A automação e a inteligência artificial estão moldando 
a indústria do trabalho, o que exige uma adaptação 
contínua das habilidades dos trabalhadores.
Toda essa contextualização do avanço tecnológico 
na sociedade é fundamental para você compreender o 
cenário em constante transformação ao nosso redor. A 
tecnologia está presente em nossas vidas de maneira 
profunda e complexa, moldando a forma como nos 
comunicamos, aprendemos, trabalhamos e interagimos 
uns com os outros. 
É necessário, portanto, um equilíbrio cuidadoso entre 
a adoção responsável da tecnologia e a consideração dos 
desafios éticos, sociais e econômicos que ela apresenta.
Neste módulo, você vai aprender um pouco mais 
sobre Controle Social e sua importância em uma 
sociedade democrática, a evolução tecnológica e suas 
ferramentas para o Controle Social, desafios, casos de 
sucesso em que a tecnologia fortaleceu esse controle e 
um pouco mais sobre o futuro do Controle Social.
Que essa jornada para conhecer um pouco mais sobre 
o Controle Social das contas públicas sejaenriquecedora 
rumo ao aprimoramento da gestão pública e à 
construção de uma relação sólida e confiável entre os 
gestores e a sociedade à qual eles servem.
Boa leitura!
9 
No cenário atual, a busca por uma governança eficiente e ética em instituições de todos os âmbitos nunca foi tão importante. Nesse 
contexto, aflora a importância do Controle Social 
como uma ferramenta fundamental para garantir a 
transparência e a responsabilidade das organizações. 
Você está aprendendo neste curso que, 
independentemente de formação, todos nós podemos 
compreender o papel que o Controle Social desempenha 
na construção de uma sociedade mais justa e igualitária.
DICA DE ESTUDO
Para saber mais sobre Controle Social, 
estude o Módulo 4 (Controle social: 
cidadãos empoderados).
O Controle Social ocorre quando os cidadãos 
comuns têm o poder de acompanhar e verificar o que 
as instituições públicas e privadas estão fazendo. Ele 
possibilita que a sociedade exerça vigilância sobre o uso 
2. A IMPORTÂNCIA 
DO CONTROLE 
SOCIAL PARA A 
TRANSPARÊNCIA E A 
RESPONSABILIDADE 
DAS INSTITUIÇÕES
10 
de recursos, tomada de decisões e conduta ética por 
parte dessas entidades. 
Isso não apenas promove a transparência, mas 
também cria uma cultura de prestação de contas, em que 
as organizações se sentem responsáveis por suas ações e 
seus impactos na comunidade.
O Controle Social, em sua essência, representa o 
engajamento ativo dos cidadãos na supervisão das 
atividades públicas e privadas que impactam suas 
vidas. Através desse mecanismo, a população ganha a 
capacidade de monitorar as ações das instituições, seja 
do governo ou setor privado, assegurando que seus 
interesses sejam levados em consideração.
EM RESUMO
Controle Social como contrapeso
Em todos os setores, seja na administração pública, 
nas empresas privadas ou nas organizações não 
governamentais, o Controle Social atua como um 
contrapeso para evitar abusos de poder, corrupção 
e tomada de decisões arbitrárias.
A participação cidadã em processos de fiscalização 
e monitoramento contribui para que os interesses 
da sociedade sejam respeitados e atendidos.
Quando a população exerce seu direito de 
questionar, fiscalizar e exigir prestação de contas, 
as instituições são incentivadas a agir de maneira 
ética e em conformidade com as leis e normas. Isso 
não apenas previne abusos de poder, mas também 
promove uma cultura de eficiência e eficácia.
11 
Qualquer pessoa pode participar do Controle Social, 
mesmo sem precisar de um conhecimento técnico muito 
avançado. Independente do nível de conhecimento 
acadêmico, todos podem reconhecer a importância de 
um ambiente no qual as instituições são responsáveis 
por suas ações. 
O Controle Social capacita cada indivíduo a se tornar 
um defensor da ética e da justiça, contribuindo para uma 
sociedade mais justa e equitativa. 
Isso pode ocorrer por meio do engajamento em 
conselhos consultivos, audiências públicas, denúncias 
de irregularidades ou pelo acompanhamento de 
relatórios de desempenho institucional. O simples ato 
de questionar e buscar informações já é um passo em 
direção a uma maior transparência.
Portanto, a importância do Controle Social reside 
em sua capacidade de construir uma sociedade 
mais justa e consciente. Ao empoderar os cidadãos a 
desempenharem um papel ativo na supervisão das 
instituições, ele contribui para a formação de uma cultura 
de integridade e responsabilidade. Todos têm o poder 
de serem agentes de mudança ao se envolverem no 
Controle Social, colaborando para a construção de um 
futuro mais transparente e confiável.
12 
3. O CONCEITO DE 
CONTROLE SOCIAL
O termo “Controle Social” pode parecer complexo à primeira vista, mas sua essência é fundamental para o bom funcionamento de qualquer 
sociedade. De maneira simples, o Controle Social se 
refere ao envolvimento ativo dos cidadãos na supervisão 
das atividades de instituições públicas e privadas. 
Esse princípio é como uma luz que ilumina os 
bastidores das ações das organizações, assegurando 
que seus passos sejam transparentes e alinhados com o 
interesse público. 
Na prática, o Controle Social é uma ferramenta 
de empoderamento para os cidadãos. Ele permite 
que indivíduos de todas as origens e formações 
desempenhem um papel ativo na tomada de decisões e 
na avaliação do desempenho de instituições. 
Isso não exige uma formação específica, mas sim uma 
disposição para fazer perguntas, buscar informações e 
participar ativamente da construção de uma sociedade 
mais justa.
A relevância do Controle Social se estende para 
além do âmbito local. Em níveis maiores, influencia a 
governança que “envolve a colaboração entre o governo 
e a sociedade na procura de respostas e conquistas para 
desafios compartilhados” (Gonçalves, 2005, p. 14). 
Quando cidadãos se engajam no Controle Social, 
eles contribuem para a prestação de contas das 
instituições e influenciam a adoção de políticas 
que beneficiem a coletividade. Assim, a governança 
se torna mais representativa e responsiva às 
necessidades da população.
13 
É um mecanismo que contribui para prevenir abusos 
de poder e corrupção, garantindo que os recursos 
sejam direcionados para o bem comum. Em um mundo 
complexo, onde a informação é valiosa, o Controle 
Social é a lente pela qual os cidadãos podem observar 
o funcionamento interno das instituições e participar de 
maneira informada.
Para Silva, Cançado e Santos (2017, p. 54) o Controle 
Social da sociedade sobre o Estado refere-se ao processo 
de aprimoramento da democracia deliberativa, em que 
a sociedade exerce efetivamente sua cidadania para 
supervisionar as ações do Estado.
Isso inclui todos os meios e iniciativas usados 
pela sociedade para fortalecer o poder local e outras 
esferas de governo. Em última análise, o Controle 
Social representa o estabelecimento do domínio da 
sociedade sobre as decisões e ações do Estado por 
meio da gestão social.
O conceito de Controle Social é tão simples quanto 
poderoso. Para todos os cidadãos, compreender a sua 
importância é abraçar o papel ativo que cada um pode 
desempenhar na construção de uma sociedade justa, 
transparente e responsável.
O papel do Controle Social na promoção do 
bem comum
No cerne da prevenção de abusos, o Controle 
Social atua como um escudo que protege a integridade 
das instituições. Ao demandar transparência e 
responsabilidade, os cidadãos exercem um papel crucial 
na detecção e correção de desvios. 
Esse engajamento não apenas reduz o poder 
desmedido, mas também promove uma cultura de 
14 
respeito pelas normas e princípios éticos. Logo, o 
controle social desempenha um papel vital na promoção 
do bem comum.
Através da participação informada nas decisões 
públicas, os cidadãos moldam políticas e iniciativas que 
beneficiam toda a sociedade.
A diversidade de perspectivas trazida pelo Controle 
Social enriquece o processo de tomada de decisão, 
permitindo soluções mais abrangentes e inclusivas.
Todos nós podemos perceber o valor do Controle 
Social como um escudo contra injustiças e um motor 
para a coletividade. É um princípio que capacita cada 
indivíduo a se tornar um defensor da integridade e da 
justiça. E não depende da sua formação acadêmica.
A compreensão do papel do Controle Social na 
prevenção de abusos e promoção do bem comum é 
tão acessível quanto vital. Representando uma rede de 
segurança ética, ele garante que os interesses individuais 
não subjuguem os interesses da comunidade e, ao 
mesmo tempo, capacita cada cidadão a contribuir para 
um ambiente social mais equitativo e harmonioso.
15 
4. A EVOLUÇÃO 
TECNOLÓGICA E A 
SOCIEDADE
Agora que você já entendeu a importância do Controle Social na nossa sociedade, vamos aprender um pouco sobre tecnologia e como 
ela impacta nos conceitos vistos anteriormente. Para 
começar, é importante que você perceba que, nos 
últimos anos, testemunhamos uma transformação 
profunda e acelerada que está redefinindo todos os 
aspectos da nossa vida cotidiana.Essa transformação afeta a forma como nos 
comunicamos, como trabalhamos e até mesmo como 
nos divertimos. Essa mudança radical é resultado 
da Revolução Tecnológica, um fenômeno que está 
moldando o nosso presente e delineando o futuro de 
maneiras que antes pareciam inimagináveis.
No centro dessa revolução está a conectividade. 
A internet e a computação em nuvem tornaram-se a 
espinha dorsal da nossa sociedade digital, permitindo 
que dados e informações fluam livremente pelo mundo, 
sem fronteiras físicas. 
Isso não apenas democratizou o acesso à informação, 
mas também deu origem a inovações revolucionárias em 
áreas como inteligência artificial, automação, realidade 
virtual e blockchain.
16 
PARA ENTENDER MELHOR
O que é um blockchain?
Segundo definição da Amazon, uma das maiores 
empresas de tecnologia do mundo, a tecnologia 
blockchain “é um mecanismo de banco de dados 
avançado que permite o compartilhamento 
transparente de informações na rede de uma 
empresa. Um banco de dados blockchain armazena 
dados em blocos, interligados em uma cadeia. Os 
dados são cronologicamente consistentes porque 
não é possível excluir nem modificar a cadeia sem o 
consenso da rede”. 
A inteligência artificial está transformando indústrias 
inteiras. Capacita máquinas a aprender e a tomar 
decisões de maneira autônoma.
A automação está redefinindo o mercado de trabalho, 
com máquinas realizando tarefas repetitivas e permitindo 
que os seres humanos se concentrem em trabalhos mais 
criativos e estratégicos.
A realidade virtual está mudando a forma como 
experimentamos entretenimento, educação e até 
mesmo viagens.
Além disso, a blockchain está revolucionando as 
finanças e a segurança da informação, fornecendo novos 
meios de transações seguras e transparentes.
No entanto, com essa revolução também surgem 
desafios importantes. Questões de privacidade, 
segurança cibernética, acesso à internet e 
desigualdade digital precisam ser enfrentadas. 
17 
É crucial que a sociedade trabalhe para garantir 
que os benefícios da revolução tecnológica sejam 
compartilhados de forma igualitária.
À medida que continuamos a percorrer esses 
caminhos de inovação, é importante lembrar que a 
Revolução Tecnológica atual é apenas o começo. As 
possibilidades são infinitas, e cabe a nós moldarmos esse 
futuro para que seja mais inclusivo, ético e sustentável. 
O impacto das tecnologias na comunicação, 
acesso à informação e participação cidadã
Em um mundo cada vez mais conectado, as 
tecnologias digitais desempenham um papel 
fundamental na redefinição da forma como nos 
comunicamos, acessamos informações e participamos 
ativamente da sociedade.
A revolução digital trouxe consigo mudanças 
profundas e impactantes, moldando a maneira como 
interagimos com o mundo e uns com os outros. A 
Comunicação nunca foi tão acessível e instantânea. 
Com as atuais tecnologias é possível nos conectarmos 
com pessoas em todo o planeta com apenas alguns 
toques na tela. Essa conectividade global aproximou 
amigos e familiares separados por grandes distâncias, 
mas também abriu novos canais para a disseminação de 
informações, opiniões e experiências. 
Agora, qualquer pessoa pode ser um comunicador 
em potencial, compartilhando histórias e conhecimentos 
para pessoas de todo o mundo.
18 
O acesso à informação tornou-se ilimitado. A internet 
democratizou a disponibilidade de conhecimento, 
permitindo que qualquer pessoa, em qualquer lugar, 
acesse uma vasta gama de informações, desde notícias e 
pesquisas acadêmicas até tutoriais e cursos. 
Isso empoderou as pessoas com a capacidade de se 
manterem informadas, aprenderem novas habilidades 
e tomarem decisões mais embasadas. No entanto, 
também destacou a importância de desenvolver 
habilidades críticas de discernimento para navegar em 
um mar de informações.
A participação cidadã foi ampliada. As tecnologias 
digitais forneceram ferramentas poderosas para o 
engajamento cívico. Movimentos sociais, defensores 
de causas e ativistas encontraram nas redes sociais 
uma plataforma para mobilizar apoiadores, criar 
conscientização e pressionar por mudanças sociais. 
Além disso, a participação política evoluiu com a 
possibilidade de engajar-se em debates online, votar em 
eleições, opinar em proposições legislativas, participar de 
petições e campanhas políticas, tornando a política mais 
acessível e inclusiva.
No entanto, esse progresso não vem isento de 
desafios. A disseminação de desinformação e notícias 
falsas compromete a confiabilidade da informação 
online, minando a capacidade das pessoas de tomar 
decisões informadas. A questão da privacidade também 
se tornou necessária, com preocupações sobre o uso 
indevido de dados pessoais e vigilância online.
19 
5. FERRAMENTAS 
TECNOLÓGICAS 
PARA O CONTROLE 
SOCIAL
Agora que você já refletiu sobre o impacto das tecnologias na forma como nos comunicamos e acessamos informações, chegou a hora de 
começar a entender o impacto dessas transformações na 
forma como podemos exercer o Controle Social. 
Em um mundo cada vez mais conectado, as 
plataformas digitais e redes sociais desempenham um 
papel fundamental na maneira como as pessoas se 
expressam, compartilham pensamentos e se organizam 
para causas importantes. 
Essas ferramentas tecnológicas proporcionaram um 
cenário revolucionário para a expressão individual e 
coletiva, bem como para a mobilização social. 
As redes sociais oferecem a indivíduos de todas 
as esferas da vida a oportunidade de se expressarem 
de maneira única e criativa. De postagens de texto a 
imagens, vídeos e histórias em tempo real, as plataformas 
digitais são um espaço onde as pessoas podem 
compartilhar suas opiniões, paixões e experiências. 
A liberdade de expressão tornou-se mais acessível 
e ampla do que nunca, permitindo que as vozes sejam 
ouvidas em escala global.
Além da expressão pessoal, as redes sociais tornaram-
se ferramentas poderosas para a organização social. 
Movimentos sociais, ativistas e grupos de interesse 
podem usar plataformas online para mobilizar 
20 
apoiadores, criar conscientização e coordenar ações em 
prol de causas específicas. 
O ativismo digital se tornou uma extensão vital das 
lutas por direitos civis, justiça social e meio ambiente.
A amplificação da Participação Cidadã
A participação cidadã também foi amplificada pelas 
plataformas digitais. As pessoas agora podem se envolver 
em debates políticos, votar em pesquisas e assinar 
petições online para solicitar diversos direitos. 
Podem até mesmo interagir diretamente com 
seus representantes eleitos. Isso torna a política mais 
acessível e envolve um público mais amplo em questões 
governamentais.
No entanto, é importante reconhecer que essa 
exploração das plataformas digitais e redes sociais 
também apresenta desafios. A capacidade de 
influenciar massas pode ser usada de maneira negativa, 
alimentando o ódio e a divisão.
Para evitá-lo, à medida em que continuamos a 
explorar esses meios de expressão e organização, é 
crucial promover o letramento digital, incentivar a 
responsabilidade online e garantir que essas ferramentas 
sejam usadas para o bem comum. 
A exploração das plataformas digitais e redes sociais 
como meios de expressão e organização é uma parte 
fundamental do contexto contemporâneo. O equilíbrio 
entre a liberdade de expressão e a responsabilidade é 
essencial para um futuro digital mais justo e inclusivo.
21 
6. A TRANSPARÊNCIA 
E O ACESSO À 
INFORMAÇÃO
A tecnologia, ao longo das últimas décadas, transformou fundamentalmente a maneira como os governos interagem com seus cidadãos e 
como estes se envolvem com os órgãos governamentais. 
Uma das áreas em que essa transformação é mais 
visível é o acesso a dados e informações governamentais. 
A digitalização e a conectividade democratizaram o 
acesso a informações anteriormente confinadas em 
prateleiras empoeiradas de arquivos públicos. 
Hoje, o governo eletrônico, ou E-gov, é uma 
realidade que torna a governançamais transparente, 
participativa e eficiente.
22 
PARA ENTENDER MELHOR
O que é o governo eletrônico?
O governo eletrônico consiste em uma infraestrutura 
de comunicação compartilhada por diversos órgãos 
públicos. Por meio dessa infraestrutura, a tecnologia 
da informação e da comunicação é amplamente 
utilizada para aprimorar a gestão pública e o 
atendimento ao cidadão. O objetivo principal do 
governo eletrônico é tornar o governo acessível a 
todos, aumentando a transparência de suas ações e 
promovendo a participação cidadã (Rover, 2006). 
Ainda segundo Rover (2006, p. 99): o governo 
eletrônico tem duas faces. Do ponto de vista do 
Estado, é uma forma puramente instrumental de 
administração das funções do Estado (Poder Executivo, 
Poder Legislativo e Poder Judiciário) e de prestação 
dos serviços públicos. Do ponto de vista da sociedade, 
é uma das formas de realização dos fins estabelecidos 
pelo Estado Democrático de Direito, utilizando as 
novas tecnologias da informação e comunicação como 
instrumento de interação com os cidadãos.
A disponibilidade de dados governamentais online 
tem permitido aos cidadãos uma maior transparência 
sobre como o governo funciona. Anteriormente, a 
obtenção de informações sobre políticas públicas, 
gastos governamentais e funcionamento interno era um 
processo muito lento e burocrático. 
23 
Agora, com apenas alguns cliques, qualquer 
pessoa pode acessar uma riqueza de informações 
governamentais, desde orçamentos até dados 
demográficos e estatísticas. Essa transparência 
não apenas permite que os cidadãos monitorem 
ações governamentais, mas também fomenta a 
responsabilização. 
Os governos agora são mais facilmente 
responsabilizados por suas decisões e ações, já que as 
informações estão disponíveis para o exame público. Isso 
cria um ambiente mais propício para a democracia, onde 
os governantes são incentivados a prestar contas por 
suas políticas e ações.
Além disso, a tecnologia proporciona uma 
maior participação cidadã na tomada de decisões 
governamentais. Plataformas de consulta pública 
online, fóruns de discussão e redes sociais são 
utilizados para envolver os cidadãos em debates e 
discussões sobre política.
Os governos podem coletar feedback em tempo real e 
usar essas informações para tomar decisões. Isso torna o 
processo democrático mais inclusivo e permite que uma 
variedade de vozes seja ouvida, não apenas aquelas com 
acesso privilegiado aos corredores do poder.
24 
No Brasil, nossa Constituição, que você vem 
conhecendo ao longo dos módulos, prevê que “todos 
têm direito a receber dos órgãos públicos informações 
de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou 
geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de 
responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja 
imprescindível à segurança da sociedade e do Estado”. 
Esse direito foi regulado pela Lei de Acesso à 
Informação, de 18 de novembro de 2011. A principal 
finalidade da lei foi a de proporcionar uma maior 
transparência nas ações do governo, permitindo que 
os cidadãos tenham acesso às informações sobre as 
atividades e gastos do setor público. 
Além disso, a lei busca fortalecer a participação da 
sociedade no processo democrático, permitindo que 
os cidadãos exerçam um controle mais efetivo sobre as 
ações do governo. 
DICA DE ESTUDO
Para conhecer mais sobre a Lei de Acesso à 
Informação, estude o Módulo 2 (Acesso à 
informação pública, um direito de todos).
Exemplos de portais de transparência e bases de 
dados públicas que promovem o Controle Social
Existem diversos portais de transparência e bases 
de dados públicas em todo o mundo que promovem 
o Controle Social e fornecem acesso a informações 
governamentais. Está na hora de você conhecer alguns 
deles. Acesse, explore, estude!
Data.gov (Estados Unidos)
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/lei/l12527.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/lei/l12527.htm
https://data.gov/
25 
Este é o portal de dados abertos dos Estados Unidos. 
Ele fornece acesso a uma ampla variedade de conjuntos 
de dados do governo federal dos EUA, abrangendo 
tópicos como saúde, educação e transporte. 
Portal da Transparência (Brasil)
O Brasil tem seu próprio Portal da Transparência, que 
disponibiliza informações como gastos governamentais, 
contratos, convênios e salários de funcionários públicos. 
Dados Abertos da União Europeia (UE)
A União Europeia mantém um portal de dados 
abertos que oferece acesso aos conjuntos de dados 
de várias agências e instituições da UE, abrangendo 
questões como agricultura, comércio e ambiente. 
Open Data (Reino Unido) 
O governo do Reino Unido disponibiliza uma ampla 
variedade de dados abertos através do Open Data UK, 
incluindo informações sobre gastos governamentais, 
transporte público e muito mais. 
Dados Abertos (ONU) 
A Organização das Nações Unidas disponibiliza dados 
abertos relacionados a uma variedade de questões 
globais, como mudança climática, desenvolvimento 
sustentável e direitos humanos.
Transparency International’s Corruption 
Perceptions Index (Internacional)
Esta organização internacional classifica os países 
com base em sua percepção de corrupção. Esses índices 
são acessíveis ao público e usados para monitorar a 
transparência e a integridade global.
https://portaldatransparencia.gov.br/
https://data.europa.eu/data/datasets?locale=pt-pt
https://www.data.gov.uk/
http://data.un.org/Default.aspx
https://www.transparency.org/en/
https://www.transparency.org/en/
26 
Plataforma de Dados Abertos do Banco Mundial 
(Internacional)
O Banco Mundial disponibiliza uma ampla variedade 
de dados econômicos e sociais de todo o mundo, 
incluindo indicadores de desenvolvimento, estatísticas de 
pobreza e muito mais. 
DICA DE ESTUDO
Para aprender mais sobre o Portal da 
Transparência, estude o Módulo 4 
(Controle social: cidadãos empoderados).
Esses são apenas alguns exemplos de portais de 
transparência e bases de dados públicas que promovem 
o Controle Social. Eles permitem que os cidadãos 
acessem informações governamentais, monitorem as 
atividades do governo e participem de debates públicos. 
Muitos outros países e organizações também mantêm 
iniciativas semelhantes para promover a transparência e 
a responsabilidade.
https://databank.worldbank.org/
27 
7. ALGUNS DESAFIOS 
E POSSÍVEIS 
LIMITAÇÕES
V ivemos em tempos em que a informação flui livremente pela internet, proporcionando acesso a uma riqueza de conhecimento, 
notícias e perspectivas. No entanto, com essa 
abundância de informações, surgem preocupações 
fundamentais relacionadas à veracidade e à 
privacidade dos dados online.
Como sociedade, enfrentamos o desafio de encontrar 
o equilíbrio entre a livre circulação de informações e a 
proteção da integridade e privacidade dos indivíduos.
A veracidade das informações online é uma 
questão crítica. Com a disseminação de notícias 
falsas, desinformação e teorias da conspiração, a 
confiabilidade das fontes de informação tornou-se uma 
preocupação central.
Agências de verificação de fatos, como Agência Lupa, 
Aos Fatos, Comprova e Fato ou Fake e esforços de 
educação pública desempenham um papel importante 
na promoção da educação digital e na conscientização 
sobre a importância de verificar as fontes antes de 
compartilhar informações. 
Além disso, as plataformas de mídia social e os 
mecanismos de pesquisa têm a responsabilidade de 
implementar políticas que desincentivem a disseminação 
de informações enganosas e promovam a transparência 
na origem das informações.
https://lupa.uol.com.br/
https://www.aosfatos.org/
https://projetocomprova.com.br/
https://g1.globo.com/fato-ou-fake/
28 
A privacidade online é outra preocupação crescente. 
À medida que as pessoas compartilham mais 
informações pessoais e comerciais, a proteção desses 
dados se torna crítica.
Os escândalos de vazamento de dados e o uso 
indevido de informações pessoais por empresas e 
governos levaram a um aumentonas preocupações com 
a privacidade.
Leis de proteção de dados, como o Regulamento 
Geral de Proteção de Dados (GDPR) da União Europeia, 
foram promulgadas para dar aos indivíduos maior controle 
sobre suas informações pessoais e impor obrigações mais 
rigorosas às organizações que as coletam. 
No Brasil, temos a Lei Geral de Proteção de 
Dados (LGPD), promulgada em 2018 e que entrou em 
vigor em setembro de 2020 (à exceção das sanções 
administrativas, que passaram a ser exigíveis a partir de 
1º agosto de 2021, nos termos da Lei nº 14.010/2020). Ela 
representa um marco importante na regulamentação 
da proteção de dados pessoais no país e segue uma 
tendência global de legislação de privacidade de dados.
A LGPD foi inspirada no Regulamento Geral de 
Proteção de Dados da União Europeia e tem como 
objetivo estabelecer direitos e princípios para o 
tratamento de dados pessoais no Brasil. Ela também cria 
obrigações para as organizações que lidam com esses 
dados (Lannes, 2020). 
A proteção de dados pessoais também consta no 
rol de direitos e garantias fundamentais (Art. 5, LXXIX), 
a partir da promulgação da Emenda Constitucional 
n.115/2022.
É importante reconhecer que o equilíbrio entre 
a veracidade e a privacidade online não é simples. 
https://commission.europa.eu/law/law-topic/data-protection/data-protection-eu_pt#:~:text=Regulamento%20Geral%20sobre%20a%20Prote%C3%A7%C3%A3o%20de%20Dados%20(RGPD),-Regulamento%20(UE)%202016&text=Este%20regulamento%20constitui%20uma%20medida,p%C3%BAblicos%20no%20mercado%20%C3%BAnico%20digital
https://commission.europa.eu/law/law-topic/data-protection/data-protection-eu_pt#:~:text=Regulamento%20Geral%20sobre%20a%20Prote%C3%A7%C3%A3o%20de%20Dados%20(RGPD),-Regulamento%20(UE)%202016&text=Este%20regulamento%20constitui%20uma%20medida,p%C3%BAblicos%20no%20mercado%20%C3%BAnico%20digital
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2018/lei/l13709.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2018/lei/l13709.htm
29 
Medidas destinadas a combater a desinformação 
podem ser vistas como censura, prejudicando a 
liberdade de expressão. 
Da mesma forma, medidas estritas de privacidade 
podem dificultar a investigação de atividades criminosas 
e a proteção da segurança pública. Portanto, encontrar 
soluções que respeitem a liberdade de expressão e a 
privacidade é um desafio complexo.
A educação digital desempenha um papel importante 
na abordagem dessas preocupações. Os indivíduos 
precisam ser capacitados para diferenciar informações 
confiáveis de enganosas e entender os riscos e benefícios 
da divulgação de informações pessoais online. 
Além disso, as empresas de tecnologia e os governos 
devem trabalhar juntos para desenvolver políticas e 
regulamentações que promovam a veracidade e a 
privacidade, enquanto ainda permitem a inovação e a 
livre circulação de informações.
Em última análise, a abordagem das preocupações 
sobre a veracidade e a privacidade das informações 
online requer uma colaboração cuidadosa entre 
governos, empresas, sociedade civil e indivíduos. 
A tecnologia continuará a evoluir, e nossa 
capacidade de equilibrar a liberdade de expressão com 
a proteção dos dados pessoais determinará o futuro da 
sociedade digital.
A inclusão digital e a necessidade de garantir 
acesso equitativo às tecnologias
Com o avanço tecnológico, a inclusão digital emergiu 
como uma questão crítica que afeta todas as camadas da 
sociedade. O acesso à tecnologia deixou de ser apenas 
uma conveniência e tornou-se uma necessidade para 
30 
o pleno engajamento na vida moderna. No entanto, a 
realidade é que nem todos têm igualdade de acesso a 
essas ferramentas vitais.
O que é a inclusão digital? Ela se refere ao direito de 
todos os indivíduos acessarem e utilizarem as tecnologias 
da informação e comunicação (TICs) de maneira 
significativa. Isso abrange desde a disponibilidade de 
infraestrutura tecnológica até as habilidades necessárias 
para navegar na era digital.
A inclusão digital não é apenas sobre a disponibilidade 
de dispositivos e acesso à internet, mas também sobre a 
capacidade de as pessoas usarem essas ferramentas para 
melhorar suas vidas. 
Segundo Mattos e Chagas (2008, p. 89): “A formulação 
de políticas públicas, no Brasil, deve abarcar não apenas 
uma decisão de investimento em bens materiais (compra 
de equipamentos, ampliação de linhas telefônicas etc.). 
Ela deve representar também uma contínua melhoria 
das condições do ensino básico, que possa dotar a 
população em idade escolar de capacidade cognitiva 
para compreender e processar as informações e símbolos 
disponibilizados pelo acesso dessas pessoas à internet. 
Ou seja, para que também as camadas de baixa renda 
possam ter cada vez maior capacidade de exploração, de 
interpretação e de uso do enorme mundo de informações 
disponibilizado pela internet”.
A necessidade de garantir acesso equitativo às 
tecnologias é uma preocupação essencial em nossa 
sociedade. Sem acesso igualitário, as disparidades 
sociais e econômicas podem se agravar. 
Os benefícios da inclusão digital são vastos, 
abrangendo áreas como educação, saúde, emprego e 
participação cívica. Portanto, garantir que todos tenham 
31 
oportunidades iguais de participar da revolução digital é 
uma questão de justiça social e econômica.
O acesso às tecnologias também está estreitamente 
ligado à educação digital. A capacitação das pessoas com 
as habilidades necessárias para aproveitar ao máximo 
a tecnologia é essencial. Isso inclui a alfabetização 
digital, que vai além de saber usar um computador ou 
smartphone, envolvendo a compreensão de questões 
como segurança online.
Governos, empresas e organizações da sociedade 
civil desempenham um papel importante na promoção 
da inclusão digital. Isso envolve a criação de políticas 
que promovam o acesso universal à internet, a oferta de 
programas de capacitação digital acessíveis e a garantia 
de que as comunidades marginalizadas não sejam 
deixadas à margem na revolução digital.
32 
8. CASOS DE 
SUCESSO EM QUE 
A TECNOLOGIA 
FORTALECEU O 
CONTROLE SOCIAL
A tecnologia desempenhou um papel significativo no fortalecimento do controle social em vários contextos ao redor do mundo. 
Você vai conhecer agora alguns exemplos de 
casos em que a tecnologia facilitou a capacidade das 
pessoas de monitorar, influenciar e responsabilizar 
instituições e governos.
Primavera Árabe (2010-2012) 
Durante os levantes populares na região do Oriente 
Médio e Norte da África, as redes sociais desempenharam 
um papel central na organização e mobilização dos 
manifestantes. 
Plataformas como o Facebook e o Twitter (agora X) 
permitiram que as pessoas compartilhassem informações, 
coordenassem protestos e documentassem abusos 
dos direitos humanos em tempo real, aumentando a 
conscientização global sobre os movimentos.
Protestos em Hong Kong (2019-2020)
Os protestos em Hong Kong contra a legislação de 
extradição controversa foram amplamente organizados 
e documentados online. Os manifestantes usaram 
aplicativos de mensagens criptografadas, como o 
33 
Telegram, para coordenar atividades e proteger sua 
identidade. As mídias sociais desempenharam um papel 
crucial na divulgação de informações sobre a situação 
em Hong Kong para uma audiência global.
Monitoramento eleitoral no Brasil
Em eleições recentes no Brasil, aplicativos como 
o “Detector de Ficha de Político” permitiram que 
os eleitores verificassem as informações sobre os 
candidatos, incluindo processos judiciais e condenações 
criminais. Isso empoderou os eleitores com informações 
relevantes para tomar decisões informadas nas urnas.
Plataforma de dados abertos em Taiwan
O governo de Taiwan lançou a plataforma “Digital 
Minister” para fornecer acesso a dados governamentais 
em tempo real, permitindo que o público monitore o uso 
de recursos públicos e participe ativamente da tomada 
de decisões.
Esses exemplos destacam como a tecnologia pode 
capacitar os cidadãos a desempenhar um papelativo 
no Controle Social, na defesa dos Direitos Humanos, na 
transparência governamental e na responsabilização das 
autoridades. 
À medida que a tecnologia continua a evoluir, é 
provável que seu impacto no fortalecimento do controle 
social continue a crescer em escala global.
Exemplos de movimentos e campanhas online 
que geraram mudanças significativas
A partir de agora, você vai conhecer alguns exemplos 
de movimentos e campanhas online que geraram 
mudanças significativas nas sociedades:
34 
Movimento #MeToo
Este movimento começou como uma hashtag nas 
redes sociais em 2017, quando as mulheres começaram 
a compartilhar suas experiências de assédio sexual e 
abuso. O #MeToo rapidamente se tornou um movimento 
global que trouxe à tona questões de assédio sexual, 
desigualdade de gênero e cultura de silêncio. Isso levou 
a discussões mais amplas sobre o tema, demissões de 
figuras públicas acusadas e mudanças nas políticas 
corporativas em muitos setores.
Campanha Black Lives Matter 
O movimento Black Lives Matter começou em 2013, 
mas ganhou grande visibilidade nas redes sociais 
em 2020, após a morte de George Floyd. Protestos 
massivos ocorreram em todo o mundo, exigindo justiça 
e igualdade para as comunidades negras. A campanha 
levou a discussões sobre brutalidade policial, racismo 
estrutural e reforma das forças policiais.
Campanha #FridaysForFuture (Greve 
pelo Clima)
A ativista sueca Greta Thunberg iniciou a campanha 
#FridaysForFuture em 2018, fazendo greves escolares para 
chamar a atenção para a crise climática. O movimento 
se espalhou globalmente, mobilizando jovens em todo 
o mundo para exigir ação climática. Isso levou a debates 
políticos, mudanças na legislação e um aumento na 
conscientização sobre as questões climáticas.
35 
Campanha #IceBucketChallenge
Esta campanha de conscientização sobre a Esclerose 
Lateral Amiotrófica (ELA) se tornou viral em 2014. As 
pessoas foram desafiadas a despejar baldes de gelo 
sobre si mesmas e doar para a pesquisa da ELA. A 
campanha arrecadou milhões de dólares para a causa e 
aumentou a conscientização sobre a doença.
Esses são alguns casos de como as redes sociais e 
as campanhas online podem desencadear mudanças 
significativas na sociedade, mobilizando pessoas, 
conscientizando sobre questões importantes e 
pressionando por ações e reformas.
36 
9. O FUTURO DO 
CONTROLE 
SOCIAL: AVANÇO E 
APRIMORAMENTO 
DA INTERAÇÃO 
ENTRE TECNOLOGIA 
E CONTROLE 
SOCIAL
No cenário atual, é inegável que a interação entre tecnologia e Controle Social tem desempenhado um papel crucial em nossa sociedade. À medida 
que a tecnologia continua a evoluir rapidamente, é 
importante refletir sobre as possibilidades de avanço e 
aprimoramento dessa relação e como ela pode moldar 
nosso futuro coletivo.
Um dos aspectos mais notáveis dessa interação é a 
ampliação da participação cidadã. Você já aprendeu que 
a tecnologia democratizou a voz das pessoas, permitindo 
que compartilhem opiniões, preocupações e críticas de 
maneira ampla e imediata. 
As redes sociais, fóruns online e plataformas de 
petição digital deram poder às vozes individuais, 
possibilitando o ativismo em massa e o controle social 
mais direto.
37 
Além disso, a transparência governamental atingiu 
níveis sem precedentes. A disponibilidade de dados 
públicos, informações governamentais e orçamentos 
online permite que os cidadãos monitorem as ações 
do governo e exijam responsabilidade. Isso fortalece a 
democracia ao permitir que os governos prestem contas 
aos cidadãos de maneira mais eficaz.
A vigilância digital é uma faceta dessa interação 
que levanta preocupações, mas também oferece 
oportunidades.
A coleta de dados em grande escala por parte das 
empresas e governos levanta questões sobre privacidade, 
mas também pode ser usada para melhorar a prestação 
de serviços públicos e a segurança. O desafio é encontrar 
um equilíbrio entre a coleta de dados necessária e a 
proteção da privacidade.
A inteligência artificial (IA) é uma tecnologia que 
promete avançar ainda mais com a interação entre 
tecnologia e Controle Social. A IA pode analisar grandes 
volumes de dados para identificar tendências, prever 
problemas e otimizar recursos.
Isso tem o potencial de melhorar a eficiência dos 
serviços públicos, desde a saúde até a educação, e de 
auxiliar na tomada de decisões baseadas em evidências.
Porém, com a IA também surgem questões éticas, 
como a possibilidade de discriminação algorítmica 
e a necessidade de regulamentação adequada (Lara, 
2019). Portanto, o avanço da IA deve ser acompanhado 
por salvaguardas que garantam que seu uso seja justo 
e transparente.
38 
Como você pode perceber, as possibilidades 
de avanço e aprimoramento da interação entre 
tecnologia e controle social são vastas. Cabe a nós, 
como sociedade, moldar essa interação de maneira 
responsável, garantindo que a tecnologia sirva ao bem 
comum, promova a igualdade e respeite os direitos 
individuais. O futuro está em nossas mãos, e a tecnologia 
é uma ferramenta poderosa para moldar o mundo que 
queremos criar.
39 
10. MAXIMIZANDO 
OS BENEFÍCIOS DA 
TECNOLOGIA E DO 
CONTROLE SOCIAL
A colaboração entre governos e sociedade é fundamental para maximizar os benefícios da harmonia entre tecnologia e Controle Social. Você 
vai aprender agora sobre algumas sugestões de como 
essa colaboração pode ser eficaz.
Transparência e abertura de dados
Os governos podem promover a transparência 
tornando dados públicos em formatos abertos e 
acessíveis. Isso permite que a sociedade civil e empresas 
utilizem esses dados para criar aplicativos e soluções que 
beneficiem a comunidade.
Parcerias Público-Privadas (PPPs) 
Colaborações entre o setor público e empresas 
privadas podem acelerar o desenvolvimento de 
tecnologias e serviços que atendam às necessidades da 
sociedade. As PPPs podem abranger áreas como saúde, 
educação e infraestrutura.
40 
Consultas Públicas e Participação Cidadã 
Os governos podem envolver ativamente a sociedade 
civil em processos de tomada de decisão por meio de 
consultas públicas, fóruns online e outros métodos. Isso 
permite que os cidadãos contribuam com suas opiniões 
e experiências, influenciando políticas e iniciativas.
Educação Digital 
Investir na educação digital é essencial. Governos 
podem colaborar com escolas e instituições de ensino 
para garantir que os alunos desenvolvam habilidades 
digitais desde cedo. Isso inclui alfabetização digital, 
programação e compreensão ética da tecnologia.
Regulamentação Responsável 
É importante que os governos criem regulamentações 
que incentivem a inovação tecnológica, ao mesmo 
tempo em que protegem os direitos dos cidadãos. 
No caso brasileiro, é necessário novas regulamentações 
sobre segurança cibernética e uso ético da 
inteligência artificial.
Treinamento e Capacitação 
Oferecer programas de treinamento e capacitação 
para a sociedade civil, especialmente para grupos sub-
representados, é crucial. Isso pode incluir programas de 
capacitação em habilidades digitais, empreendedorismo 
social e liderança.
41 
Monitoramento e Avaliação 
Governos e sociedade podem colaborar na criação de 
mecanismos de monitoramento e avaliação para medir o 
impacto das tecnologias e iniciativas de controle social. 
Isso permite ajustes e melhorias contínuas.
Incentivos Fiscais e Financeiros 
Governos podem oferecer incentivos fiscais 
e financeiros para empresas e organizações que 
desenvolvam tecnologias e soluções inovadoras que 
tenham um impacto positivo na sociedade.
Essas sugestões destacam a importância da 
colaboração ativa entre governos, empresas e sociedade 
para garantir que a sinergia entre tecnologia e controle 
social beneficie a todos. É um esforço conjunto que pode 
impulsionar o progresso social, econômico e tecnológico 
de maneira sustentável e inclusiva.
42 
PERFIL DO AUTOR
Valter Moura do Carmo
Possui graduação em Direito pela UNIFOR, mestrado 
em Direito Constitucional pela UNIFOR e doutoradoem Direito pela UFSC, tendo realizado o doutorado 
sanduíche na Universidade de Zaragoza (Espanha). 
Atualmente é professor visitante do mestrado em Direito 
da UFERSA e professor colaborador do mestrado em 
Prestação Jurisdicional e Direitos Humanos da UFT em 
convênio com a Esmat/TJTO.
43 
BIBLIOGRAFIA
BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da 
República Federativa do Brasil. Brasília, DF: 
Presidência da República, 2023. Disponível em: http://
www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.
htm. Acesso em: 20 set. 2023.
BRASIL. Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011. 
Regula o acesso a informações previsto no inciso XXXIII 
do art. 5º, no inciso II do § 3º do art. 37 e no § 2º do art. 
216 da Constituição Federal; altera a Lei nº 8.112, de 11 de 
dezembro de 1990; revoga a Lei nº 11.111, de 5 de maio 
de 2005, e dispositivos da Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 
1991; e dá outras providências. Brasília, DF: Presidência 
da República, 2022. Disponível em: https://www.planalto.
gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12527.htm. 
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BRASIL. Lei nº 13.709, de 14 de agosto de 2018. Lei 
Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD). Brasília, DF: 
Presidência da República, 2022. Disponível em: https://
www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2018/lei/
l13709.htm. Acesso em: 20 set. 2023.
GONÇALVES, Alcindo. O conceito de Governança. 
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1-16. Disponível em: http://www.publicadireito.com.br/
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Brasil e os impactos jurídicos e econômicos: uma 
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Disponível em: https://dspace.mackenzie.br/items/
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DOI: 10.21527/2237-6453.2017.41.24-58. Disponível 
em: https://revistas.unijui.edu.br/index.php/
desenvolvimentoemquestao/article/view/5762 Acesso 
em: 12 set. 2023.
45 
GLOSSÁRIO
Blockchain: tecnologia que permite o registro seguro e 
transparente de transações ou informações em uma rede 
descentralizada de computadores, formando uma cadeia 
de blocos. É frequentemente usado em criptomoedas, 
como o Bitcoin.
Direitos Humanos: direitos básicos e universais que 
todas as pessoas têm, independentemente de sua raça, 
religião, gênero etc. Normalmente esses Direitos são 
positivados nas Constituições e recebem o nome de 
Direitos Fundamentais. Incluem direitos como liberdade 
de expressão, igualdade, o direito à vida, à educação etc.
Fake News: notícias falsas ou desinformação deliberada 
que é disseminada, muitas vezes pela internet, 
com o objetivo de enganar ou influenciar o público. 
Normalmente essas notícias são de caráter político, mas 
podem ser observadas em outras áreas como saúde e 
economia. As Fake News podem criar confusão, pânico, 
desinformação e prejudicar a capacidade das pessoas de 
obter informações precisas e confiáveis.
Governo Eletrônico (E-Gov): uso da tecnologia digital, 
como a internet, para melhorar a prestação de serviços 
públicos e a interação entre o governo e os cidadãos.
Inteligência Artificial: campo de pesquisa 
multidisciplinar que congrega várias áreas do 
conhecimento e se concentra em criar sistemas 
de computador que podem executar tarefas que 
normalmente requerem inteligência humana, como 
aprender, raciocinar e tomar decisões.
46 
Organização Não Governamental (ONG): 
organizações sem fins lucrativos que trabalham para 
causas sociais, ambientais ou humanitárias. 
Proteção de Dados: medidas e práticas para garantir 
que as informações pessoais das pessoas sejam 
tratadas de maneira segura e de acordo com as leis de 
privacidade.
Realidade virtual: tecnologia que cria um ambiente 
simulado por computador que pode ser explorado e 
interagido por uma pessoa, muitas vezes usando óculos 
especiais.
Redes sociais: plataformas online que permitem que 
as pessoas se conectem, compartilhem informações 
e interajam com outras pessoas, como o Facebook, 
Instagram e X.
Sociedade Civil: organizações, grupos e cidadãos que 
não fazem parte do governo ou do setor privado, mas 
que desempenham um papel ativo na sociedade, muitas 
vezes em questões de interesse público.
Startups: empresas emergentes, geralmente de 
tecnologia, que estão no início de sua jornada e 
geralmente buscam inovação e crescimento rápido.
Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs): 
termo abrangente que se refere a tecnologias usadas 
para processar, armazenar e transmitir informações, 
incluindo computadores, internet, telecomunicações e 
software.
Realização
Apoio
	1. Introdução
	2. A importância do controle social para a transparência e a responsabilidade das instituições
	3. O conceito de controle social
	4. A evolução tecnológica e a sociedade
	5. Ferramentas tecnológicas para o controle social
	6. A transparência e o acesso à informação
	7. Alguns desafios e possíveis limitações
	8. Casos de sucesso em que a tecnologia fortaleceu o controle social
	9. O futuro do controle social: avanço e aprimoramento da interação entre tecnologia e controle social

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