Buscar

Segurança na construção civil_Leitura Digital

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 35 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 35 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 35 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

W
BA
08
68
_V
1.
0
SEGURANÇA NA 
CONSTRUÇÃO CIVIL
2
Camila Zoe Correa
São Paulo
Platos Soluções Educacionais S.A 
2021
 SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL
1ª edição
3
2021
Platos Soluções Educacionais S.A
Alameda Santos, n° 960 – Cerqueira César
CEP: 01418-002— São Paulo — SP
Homepage: https://www.platosedu.com.br/
Diretor Presidente Platos Soluções Educacionais S.A
Paulo de Tarso Pires de Moraes
Conselho Acadêmico
Carlos Roberto Pagani Junior
Camila Braga de Oliveira Higa
Camila Turchetti Bacan Gabiatti
Giani Vendramel de Oliveira
Gislaine Denisale Ferreira
Henrique Salustiano Silva
Mariana Gerardi Mello
Nirse Ruscheinsky Breternitz
Priscila Pereira Silva
Tayra Carolina Nascimento Aleixo
Coordenador
Nirse Ruscheinsky Breternitz
Revisor
Joubert Rodrigues dos Santos Júnior
Editorial
Alessandra Cristina Fahl
Beatriz Meloni Montefusco
Carolina Yaly
Mariana de Campos Barroso
Paola Andressa Machado Leal
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)_________________________________________________________________________________________ 
Correa, Camila Zoe
C824s Segurança na construção civil / Camila Zoe Correa, – 
São Paulo: Platos Soluções Educacionais S.A., 2021.
 22 p.
 ISBN 978-65-89965-55-8
 1. Programa de gerenciamento de riscos na construção civil. 
2. NRs. 3. Elaboração e implementação do PCMAT. I. Título.
 
CDD 624
____________________________________________________________________________________________
 Evelyn Moraes – CRB: 8 SP-010289/O
© 2021 por Platos Soluções Educacionais S.A.
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação poderá ser 
reproduzida ou transmitida de qualquer modo ou por qualquer outro meio, 
eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação ou qualquer outro tipo de 
sistema de armazenamento e transmissão de informação, sem prévia autorização, 
por escrito, da Platos Soluções Educacionais S.A.
https://www.platosedu.com.br/
4
SUMÁRIO
Introdução a segurança do trabalho na construção civil _____ 05
Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) na Construção 
civil __________________________________________________________ 23
SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL
5
Introdução a segurança do 
trabalho na construção civil
Autoria: Camila Zoe Correa
Leitura crítica: Joubert Rodrigues dos Santos Júnior
Objetivos
• Compreender a importância da segurança do 
trabalho na Construção Civil.
• Verificar e reconhecer os riscos potenciais em um 
canteiro de obras.
• Conhecer os programas, projetos e documentos 
relacionados à segurança e à saúde do trabalho em 
atividades ligadas à construção civil.
• Entender as principais normas relacionadas a 
segurança do trabalho na construção de edificações.
6
1. Segurança do trabalho na construção civil
Com a eleição de Juscelino Kubitschek e com o estabelecimento do Plano 
de Metas, em meados de 1950, a construção civil passou a ser uma 
atividade de destaque econômico e social no Brasil. Entretanto, essas 
não foram as únicas áreas de destaque para esse setor.
Em decorrência desta atividade, muitas vidas foram perdidas. De acordo 
com a Associação Nacional de Medicina do Trabalho (ANAMAT, 2019), no 
ano de 2019, no país, a construção civil foi classificada como o primeiro 
setor que mais registrou acidentes com incapacidades permanentes, o 
segundo em registro de óbitos e o quinto em afastamentos com mais de 
quinze dias.
Quais seriam os motivos que levaram e ainda levam a estes números tão 
altos? Para responder a esse questionamento, é preciso entender como 
as atividades da construção são realizadas.
1.1 Perigos e riscos existentes em um canteiro de obras
A indústria da construção é um dos ramos que apresenta os maiores 
índices de acidentes em todo mundo. Essa atividade apresenta uma 
série de fatores e características que influenciam esse resultado, entre 
os quais, segundo Peinado (2019, p. 35) ressaltam-se: as várias etapas 
construtivas presentes no canteiro de obras; a ausência do profissional 
capacitado no momento da execução do projeto; a não elaboração 
de projetos de segurança eficazes que possam antecipar e propor 
medidas de correção necessárias para a não ocorrência de acidentes; 
a rotatividade de mão de obra; o efeito do clima e o excesso de horas 
trabalhadas para compensar esse fator ambiental; o grande número de 
microempresas atuando no setor, além da não consideração dos custos 
com segurança do trabalho no orçamento dos empreendimentos.
7
Em um canteiro de obras, podemos encontrar diferentes fontes de 
riscos, como, por exemplo, trabalho em altura, em ambiente confinado, 
com eletricidade, com máquinas e com materiais de peso elevado. Esses 
perigos, quando não tratados adequadamente, podem representar 
riscos ao trabalhador, ocasionando acidentes e gerando, em alguns 
casos, doenças crônicas.
As características e as especificidades de cada um destes riscos 
dependerão da fase da obra que está sendo executada. Na construção 
de um edifício, por exemplo, estão presentes pelo menos seis fases. 
Primeiro, é realizado o preparo do terreno, com a limpeza, fechamento 
e terraplenagem. Posteriormente, ocorrem as obras relacionadas às 
fundações e, em seguida, a construção da estrutura e das paredes. 
Na sequência, tem-se a cobertura, a instalação do sistema hidráulico, 
elétrico, sanitário e complementares e, por fim, o acabamento e pintura.
Em cada uma das etapas citadas, temos uma atividade sendo 
desenvolvida e um profissional distinto, o que resultará, 
consequentemente, na identificação de um perigo e risco diferente.
Maia (2014) realizou uma análise preliminar de riscos (APR) na etapa 
de execução de elementos estruturais de concreto armado, em uma 
obra de um edifício de dezoito pavimentos. Em cada etapa desse 
processo, o autor encontrou pelo menos quatro fontes de riscos, 
causadas, principalmente, pela falta de treinamento e uso incorreto dos 
equipamentos de segurança do trabalho. No total, foram encontradas 
treze fontes de riscos no processo, sendo que, dessas, seis teriam como 
consequência a morte do trabalhador.
Faria et al. (2020), realizaram um estudo buscando identificar os riscos 
presentes no desenvolvimento de uma residência de 100 m2. Na 
etapa de execução dos elementos estruturais de concreto armado 
(concretagem da peça estrutural), os autores identificaram quatro fontes 
de riscos, sendo que duas teriam como consequência direta o óbito.
8
Das pesquisas apresentadas, fica claro que o perigo e, 
consequentemente, o número de riscos existentes no canteiro de obras, 
depende das características peculiares do que está sendo executado 
no local, o que demanda uma análise minuciosa e criteriosa deste 
ambiente.
Muitos dos acidentes registrados nesse setor, poderiam ser evitados 
se as empresas ou construtoras adotassem e desenvolvessem 
adequadamente os programas de segurança e medicina do trabalho que 
a legislação exige.
Esses programas buscam a antecipação, o reconhecimento, a avaliação 
e o controle dos riscos existentes ou que possam existir no ambiente 
de trabalho, fazendo com que os trabalhadores sejam protegidos de 
situações inadequadas. Entre esses, destaca-se o Programa de Controle 
Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) e o Programa de Gerenciamento 
de Riscos (PGR).
1.2 Programas e projetos associados a segurança e 
saúde ocupacional na construção civil
O PCMSO tem como objeto a proteção e preservação da vida e da 
saúde dos empregados em relação aos riscos ocupacionais, que 
possam estar presentes no ambiente de trabalho. As diretrizes e 
requisitos para sua elaboração e desenvolvimento, são expostos na 
NR-07. Este programa faz parte do conjunto mais amplo de iniciativas 
de uma empresa no que se refere a saúde de seus trabalhadores, 
devendo sempre estar em consonância com o estabelecido nas 
demais normativas (BRASIL, 2020b, p. 1).
O PGR, que substitui o antigo Programa de Prevenção de Riscos 
Ambientais (PPRA) e o Programa de Condições e MeioAmbiente de 
Trabalho na Indústria da Construção (PCMAT), objetiva gerenciar de 
maneira adequada os riscos ocupacionais que possam estar presentes 
9
no ambiente de trabalho. É apresentado na NR-01 (BRASIL, 2020a) e 
novamente citado na NR-09 (BRASIL, 2020c) e NR-18 (BRASIL, 2020d).
Pode ser implementado por setor, unidade operacional ou atividade 
que esteja sendo executada na organização, podendo ser atendido 
por sistemas de gestão, desde que possam cumprir o previsto na NR-
01 (BRASIL, 2020a, p. 4) e nas demais NRS. De acordo com a NR-01, a 
organização deve:
[...] a) evitar os riscos ocupacionais que possam ser originados no trabalho;
b) identificar os perigos e possíveis lesões ou agravos à saúde;
c) avaliar os riscos ocupacionais indicando o nível de risco;
d) classificar os riscos ocupacionais para determinar a necessidade de 
adoção de medidas de prevenção;
e) implementar medidas de prevenção, de acordo com a classificação de 
risco e na ordem de prioridade estabelecida na alínea “g” do subitem 1.4.1; e
f) acompanhar o controle dos riscos ocupacionais. (BRASIL, 2020a, p. 4)
É importante destacar, como exposto na NR-01 (BRASIL, 2020a), que 
este programa também deve levar em consideração o disposto na NR-
17 (BRASIL, 2018b), que trata de aspectos relacionados a ergonomia no 
ambiente de trabalho.
A NR-18, traz instruções que objetivam a implementação de medidas de 
controle e proteção dos trabalhadores em atividades da construção civil 
(BRASIL, 2020d). Segundo o exposto em seu item 18.4.1 (BRASIL, 2020d), 
em um canteiro de obras é obrigatório o desenvolvimento e implantação 
do PGR. Esse programa deve abordar o comportamento de cada etapa 
da obra, incluindo a antecipação e reconhecimento de cada risco, e as 
medidas de proteção que serão necessárias aos trabalhadores, para 
minimizar ou mesmo eliminá-lo do ambiente.
10
De acordo com a NR-18 (BRASIL, 2020D), além de conter o exposto na 
NR-01 (BRASIL, 2020a), o PGR deve comtemplar:
[...] a) projeto da área de vivência do canteiro de obras e de eventual frente 
de trabalho, em conformidade com o item 18.5 desta NR, elaborado por 
profissional legalmente habilitado;
b) projeto elétrico das instalações temporárias, elaborado por profissional 
legalmente habilitado;
c) projetos dos sistemas de proteção coletiva elaborados por profissional 
legalmente habilitado;
d) projetos dos Sistemas de Proteção Individual Contra Quedas (SPIQ), 
quando aplicável, elaborados por profissional legalmente habilitado;
e) relação dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e suas respectivas 
especificações técnicas, de acordo com os riscos ocupacionais existentes. 
(BRASIL, 2020a, item 18.4.3, p. 2-3)
Antes do início da obra, algumas providências devem ser tomadas. 
Uma delas é a comunicação prévia de realização das atividades à 
Subsecretaria de Inspeção do Trabalho (SIT). Esta ação pode ser 
realizada no site da Secretaria de Trabalho, por meio do Sistema de 
Comunicação Prévio de Obras (SCPO). Ao se cadastrar, o responsável vai 
inserir as informações relativas ao empreendimento, como endereço, 
informações do contratante, empregado ou condômino, tipo de 
obra, datas previstas do início e conclusão e o número máximo de 
trabalhadores presentes na obra.
Além da comunicação prévia, outros procedimentos e documentos 
também são emitidos na realização de uma construção. Entre esses, 
destacam-se as ordens de serviço (OS), os atestados de saúde 
ocupacional (ASO), fichas de registros de entrega de equipamentos 
de proteção individual (EPI), documentos de equipamentos de 
transporte vertical, análise de risco (AR), permissões para o trabalho 
11
ou permissão de trabalho (PT) e procedimentos de trabalho. Nos 
parágrafos seguintes será apresentada uma breve explanação acerca 
destes documentos.
As OS são elaboradas pelo empregador e devem ser informadas aos 
trabalhadores por meio de procedimentos de trabalho ou instruções 
de segurança. Nelas, são colocadas as instruções por escrito em relação 
aos cuidados preventivos para evitar acidentes e doenças do trabalho 
(BRASIL, 2020a, p. 12).
Já os ASO, são emitidos pelo médico do trabalho, em cada exame clínico 
ocupacional realizado pelo trabalhador. Esse atestado deve conter, 
no mínimo: informações relativas a empresa contratante (razão social 
e CNPJ); informações pessoais do empregado (nome completo, CPF e 
função); descrição dos perigos e riscos a que o trabalhador está exposto, 
de acordo com o colocado no PGR e previsto no PCMSO; informações 
relativas aos exames ocupacionais realizados pelo trabalhador; parecer 
se apto ou inapto a execução da função; e por fim, as informações 
relativas ao médico do trabalho que realizou o parecer. O ASO deverá 
ser emitido toda vez que o trabalhador realiza um exame médico 
admissional, periódico, de mudança de função, retorno ao trabalho ou 
demissional (BRASIL, 2020a, p. 5).
As fichas de registros de acompanhamento de entrega dos EPIs, são 
consideradas documentos importantes que comprovam a entrega 
desses dispositivos de segurança ao trabalhador. Nessas fichas deve 
ser colocado o nome do trabalhador, o tipo de equipamento fornecido, 
bem como o número do certificado de aprovação (CA), data de entrega 
e coletada a assinatura do trabalhador, comprovando que ele recebeu 
estes equipamentos e que se compromete com o seu cuidado, segundo 
o especificado na NR-06 (BRASIL, 2018a). Um modelo deste documento é 
apresentado na Figura 1.
12
Figura 1 – Recorte de uma ficha de acompanhamento de entrega 
de EPIs
Fonte: elaborada pela autora.
A AR é uma metodologia utilizada para identificar os perigos e os riscos 
inerentes à realização de alguma atividade, bem como suas causas e 
consequências. A partir da obtenção desses dados, é possível indicar 
as medidas de controle para a proteção dos trabalhadores. Já a PT, 
apresenta informações relativas à atividade que será realizada e as 
medidas necessárias para que ocorra de maneira segura, de acordo com 
o estabelecido na AR.
A NR-18 (BRASIL, 2020d), traz a especificação de algumas atividades em 
que são necessárias a AR e a PT. No item 18.10.1.19, a NR-18 (BRASIL, 
2020d) cita-se que deve ser elaborada AR específica para movimentação 
de cargas não rotineiras, com a respectiva PT. No item 18.10.1.34, essa 
norma traz que atividades sob condições de ventos com velocidades 
superiores a 42 km/h, devem ser precedidas de AR específica e 
autorizadas mediante PT. Nesta norma, ainda, é apresentado que 
quando o trabalho a quente for realizado próximo a materiais 
combustíveis ou inflamáveis ou for realizado em locais sem prévio 
isolamento e não destinados para este fim, deve ser elaborada a AR.
1.3 Dimensionamento das áreas de vivência em 
canteiros de obras
As áreas de vivência são locais designados para a alimentação, repouso 
e higiene em frentes de trabalho. Essas áreas devem ser dimensionadas 
13
buscando oferecer aos trabalhadores condições mínimas de conforto, 
segurança e privacidade, devendo sempre estar limpas e organizadas. 
Fazem parte da área de vivência, as instalações sanitárias (banheiros), 
os vestiários, os locais para refeição e, quando houver, os alojamentos 
(BRASIL, 2020d, p. 4).
Segundo a NR-18 (BRASIL, 2020d) as instalações sanitárias devem ser 
constituídas de:
[...] lavatório, bacia sanitária sifonada, dotada de assento com tampo, e 
mictório, na proporção de 1 (um) conjunto para cada grupo de 20 (vinte) 
trabalhadores ou fração, bem como de chuveiro, na proporção de 1 (uma) 
unidade para cada grupo de 10 (dez) trabalhadores ou fração. (BRASIL, 
2020d, p. 4)
O deslocamento máximo do trabalhador, do seu posto de trabalho até a 
instalação sanitária, deve ser de, no máximo, 150m.
Em frentes de trabalho, ou seja, áreas de trabalho móvel, devem ser 
disponibilizados:
[...] a) instalação sanitária, composta de bacia sanitária sifonada, dotada de 
assento com tampo, e lavatório para cada grupo de 20 (vinte) trabalhadores 
ou fração, podendo ser utilizado banheiro comtratamento químico dotado 
de mecanismo de descarga ou de isolamento dos dejetos, com respiro e 
ventilação, de material para lavagem e enxugo das mãos, sendo proibido o 
uso de toalhas coletivas, e garantida a higienização diária dos módulos;
b) local para refeição dos trabalhadores, observadas as condições mínimas 
de conforto e higiene, e com a devida proteção contra as intempéries 
(BRASIL, 2020d, p. 3-4).
Em caso de instalação de alojamento no canteiro de obras, é obrigatória 
a instalação de cozinha (quando ocorrer o preparo de refeições no local), 
ambiente específico para a realização das refeições, instalações de 
banheiros, lavanderia e área de lazer (BRASIL, 2020d, p. 4).
14
Em relação ao fornecimento de água, de acordo com a NR-18 (BRASIL, 
2020d, p. 4), é obrigatório o fornecimento de água potável, filtrada 
e fresca aos trabalhadores, por meio de bebedouros ou dispositivo 
similar. Deve ser fornecida uma unidade para cada grupo de 25 
trabalhadores ou fração, não sendo permitido o uso de copos coletivos. 
Os bebedouros devem ser alocados de forma que o trabalhador não 
tenha que se deslocar mais de 100 m no plano horizontal e 15 m no 
plano vertical, para seu acesso. Nos casos em que não seja possível a 
instalação de bebedouros no canteiro de obras, a empresa deve garantir 
o fornecimento de água potável e fresca em recipientes portáteis 
herméticos.
A empresa pode optar por não instalar áreas para alimentação no 
canteiro de obras. Neste caso, o atendimento ao disposto na norma 
deve ser feito mediante convênio formal com estabelecimentos nas 
proximidades do local onde está sendo realizada a obra, desde que 
sejam preservadas as condições de segurança, higiene e conforto neste 
local e que seja garantido o transporte dos trabalhadores ao mesmo.
É importar ressaltar que outras especificações para garantir as 
condições sanitárias e de conforto nos locais de trabalho podem ser 
encontradas na NR-24, alterada no ano de 2019 (BRASIL, 2019b).
1.4 Movimentação e transporte de materiais e pessoas 
(elevadores)
Devido aos cuidados relacionados a segurança dos trabalhadores na 
movimentação e transporte de materiais e pessoas, a NR-18 (BRASIL, 
2020d) traz um item que trata especificamente dos requisitos mínimos 
de segurança nesse processo.
Todo elevador instalado em canteiro de obras ou frentes de trabalho 
deve atender as normas técnicas nacionais vigentes e ser instalado 
e inspecionado por profissional legalmente habilitado. É importante 
15
ressaltar que a empresa usuária desses equipamentos deve possuir 
alguns documentos específicos à disposição no canteiro de obras. Entre 
esses, destacam-se: programa de manutenção preventiva; termo de 
entrega técnica de acordo com as normas vigentes; laudo de testes de 
freios de emergência a serem realizados (no máximo a cada 90 dias); 
registro das vistorias diárias realizadas antes do início dos serviços; 
laudos dos ensaios realizados nos eixos dos motofreios e dos freios de 
emergência; manual de orientação do fabricante; registro de manutenção 
de acordo com NR-12 (BRASIL, 2019a); e laudo de aterramento feito por 
profissional habilitado legalmente (BRASIL, 2020, p. 31).
Com relação aos elevadores usados na construção civil, a NR-18, no item 
18.11.17, estabelece que não é permitido, nos elevadores, o transporte 
de materiais juntamente com trabalhadores, exceto nos casos em que 
houver a necessidade do acompanhamento do operador ou responsável 
pela carga transportada. Nestes casos, o material e o trabalhador devem 
ficar separados por uma barreira física, com altura mínima de 1,8m, 
projetada com dispositivo de entravamento de segurança (BRASIL, 2020d).
Ainda, com relação aos elevadores e de acordo com o especificado na 
NR-18:
[...] 18.11.19 O elevador de materiais e/ou pessoas deve dispor, no mínimo, 
dos seguintes itens de segurança:
a) intertravamento das proteções com o sistema elétrico, através de 
dispositivo de intertravamento com duplo canal e ruptura positiva, 
monitorado por interface de segurança que impeça a movimentação da 
cabine quando:
I. a porta de acesso da cabine, inclusive o alçapão, não estiver devidamente 
fechada;
II. a rampa de acesso à cabine não estiver devidamente recolhida no 
elevador de cremalheira, e;
16
III. a porta da cancela de qualquer um dos pavimentos ou do recinto de 
proteção da base estiver aberta.
b) dispositivo eletromecânico de emergência que impeça a queda livre da 
cabine, monitorado por interface de segurança, de forma a freá-la quando 
ultrapassar a velocidade de descida nominal, interrompendo automática e 
simultaneamente a corrente elétrica da cabine;
c) dispositivo de intertravamento com duplo canal e ruptura positiva, 
monitorado por interface de segurança, ou outro sistema com a mesma 
categoria de segurança que impeça que a cabine ultrapasse a última 
parada superior ou inferior;
d) dispositivo mecânico que impeça que a cabine se desprenda 
acidentalmente da torre do elevador;
e) amortecedores de impacto de velocidade nominal na base, caso o 
mesmo ultrapasse os limites de parada final;
f) sistema que possibilite o bloqueio dos seus dispositivos de acionamento 
de modo a impedir o seu acionamento por pessoas não autorizadas;
g) sistema de frenagem automática, a ser acionado em situações que 
possam gerar a queda livre da cabine;
h) sistema que impeça a movimentação do equipamento quando a carga 
ultrapassar a capacidade permitida (BRASIL, 2020d, p. 32-33).
Do exposto, fica claro que a norma prioriza a instalação de 
equipamentos de segurança para que, no caso de um imprevisto, 
os dispositivos de movimentação vertical possuam meios de parada 
automática, assegurando a não ocorrência de acidentes.
A instalação dos elevadores se torna obrigatória quando a construção 
possuir altura igual ou superior a 24m e o transporte dos funcionários 
deve ter prioridade em relação ao de cargas. Na movimentação de 
materiais, é expressamente proibido colocar objetos que possuam 
17
dimensões maiores do que a cabine no elevador, não os apoiar nas 
portas da cabine, acondicionar adequadamente os materiais a granel e 
utilizar qualquer parte da cabine ou da torre do elevador para içamento 
de materiais.
1.5 Treinamentos associados a segurança e saúde 
ocupacional na construção civil
Os treinamentos e as capacitações relacionadas à segurança e saúde 
do trabalho, na construção civil, são essenciais para garantir que todos 
os trabalhadores estejam cientes dos riscos existentes naquele local e 
preparados para as atividades que executarão.
No Anexo 1, da NR-18 (BRASIL, 2020d), são apresentadas algumas 
capacitações que devem ser realizadas. No Quadro 1, deste anexo, é 
especificado o que deve ser abordado na capacitação, a carga horária 
e periodicidade de realização. Além dos treinamentos especificados, 
deve-se ficar atento às exigências expostas nas demais NRs, no que 
se refere às atividades a serem realizadas no canteiro de obras, e a 
obrigatoriedade associada ao seu treinamento.
Os trabalhadores devem receber treinamento para realização de 
trabalho em altura (NR-35), prevenção e combate a incêndio (NR-23), 
instalações e serviços com eletricidade (NR-10), para operação de 
máquinas e equipamentos (NR-12) e para o transporte de materiais 
(NR-11). As especificidades relacionadas a cada um, encontram-se 
delimitadas nas NRs referentes a cada tema.
1.6 Normas associadas a segurança e saúde ocupacional 
na construção civil
Para garantir o gerenciamento adequado dos riscos existentes em um 
canteiro de obras e garantir o conforto e higiene dos trabalhadores 
18
presentes nesse ambiente, o engenheiro deve conhecer em detalhes o 
estabelecido nas NRs 1, 7, 9, 17, 18 e 24. Será que conhecer apenas estas 
normas é o suficiente?
A resposta a esse questionamento é não. Mesmo se tratando de uma 
atividade específica, é importante conhecer e entender o exposto nas 
demais NRs, como:
• NR-04:2016 – trata do dimensionamento e obrigatoriedade do 
Serviço especializadoem Engenharia de Segurança do Trabalho 
(SESMT).
• NR 05:2015 – define o que é a Comissão Interna de Prevenção de 
Acidentes (CIPA), sua importância e dimensionamento.
• NR-06:2018 – define o que um equipamento de proteção individual 
(EPI), sua importância e quando devemos utilizá-lo.
• NR 10:2019 – estabelece os requisitos e condições mínimas de 
segurança em trabalhos com eletricidade.
• NR 11:2016 – especifica as diretrizes relacionadas à segurança 
em atividades com transporte, movimentação, armazenagem e 
manuseio de materiais.
• NR 12:2019 – estabelece os requisitos mínimos associados ao 
trabalho com máquinas e equipamentos.
• NR 15:2019 – e seus anexos: apresenta quais atividades e 
condições são consideradas insalubres.
• NR 16:2019 – apresenta quais atividades e condições são 
consideradas perigosas para o trabalhador.
• NR 21:1999 – traz informações relativas aos cuidados que devem 
ser tomados quando a atividade é realizada a céu aberto.
19
• NR 23:2011 – estabelece as medidas associadas a prevenção e 
combate a incêndio.
• NR 26:2015 – presenta observações acerca das características da 
sinalização de segurança.
• NR 28:2020 – traz informações relativas a fiscalizações e 
penalidades quando houver o não cumprimento das normas de 
segurança no ambiente de trabalho.
• NR 33:2019 – estabelece os requisitos mínimos de segurança para 
atividades em ambientes confinados.
• NR 35:2019 – estabelece os requisitos mínimos de segurança para 
a realização de atividades acima de dois metros do nível inferior, 
em que existe risco de queda.
Todas as normas citadas anteriormente podem ser encontradas e 
consultadas, na íntegra, no site da Secretaria do Trabalho.
1.7 Recomendações técnicas de procedimentos
Com o objetivo de favorecer a compreensão e aplicação dos requisitos 
estabelecidos na NR-18, a Fundação Jorge Duprat de Figueiredo de 
Segurança e Medicina do Trabalho (FUNDACENTRO), publicou alguns 
relatórios com recomendações técnicas de procedimentos (RTP). 
(FUNDACENTRO, 2021):
• RTP 03:2002 – escavações, fundações e desmonte de rochas. 
Esta recomendação especifica as medidas técnicas de segurança 
relacionadas à proteção dos trabalhadores em atividades 
relacionadas a escavação, fundações e desmonte de rochas.
20
• RTP 01:2003 – medidas de proteção contra quedas de altura. Essa 
RTP trata das especificações técnicas relativas à proteção de riscos 
de queda de pessoas e materiais na construção civil.
• RPT 04:2005 – escadas, rampas e passarelas, que objetiva a 
especificação e fornecimento de disposições relativas a escadas, 
rampas e passarelas utilizadas em obras.
• RTP 05:2007 – instalações elétricas temporárias em canteiros de 
obras. Essa RTP traz especificações acerca dos riscos e medidas de 
proteção coletiva e individual nestas atividades.
Trabalhar com projetos e programas voltados para segurança do 
trabalho, dentro da construção civil, é sempre um desafio, pois essa 
atividade reúne diferentes riscos em um mesmo ambiente. Ao mesmo 
tempo em que se deve abordar os riscos do trabalho em altura, existem 
atividades que podem ser realizadas em ambientes confinados. A 
pluralidade existente neste campo exige que o engenheiro de segurança 
do trabalho possua conhecimentos avançados em praticamente todas as 
normas regulamentadores, além da compressão da área da construção. 
Assim, ser especialista nesta área não demanda apenas tempo, mas 
muita dedicação e estudo para conhecer plenamente este ambiente e 
sua complexidade.
Referências
ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE MEDICINA DO TRABALHO. Construção civil está entre 
os setores com maior risco de acidentes de trabalho. 2019. Disponível em: 
https://www.anamt.org.br/portal/2019/04/30/construcao-civil-esta-entre-os-setores-
com-maior-risco-de-acidentes-de-trabalho/. Acesso em: 2 mar. 2022.
BRASIL. Ministério do Trabalho e Previdência Social. NR-01: disposições gerais e 
gerenciamento de riscos ocupacionais. Brasília, 2020a. Disponível em: https://www.
gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-
trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-
01.pdf/view. Acesso em: 2 mar. 2022.
https://www.anamt.org.br/portal/2019/04/30/construcao-civil-esta-entre-os-setores-com-maior-risco-de
https://www.anamt.org.br/portal/2019/04/30/construcao-civil-esta-entre-os-setores-com-maior-risco-de
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-01.pdf/view
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-01.pdf/view
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-01.pdf/view
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-01.pdf/view
21
BRASIL. Ministério do Trabalho e Previdência Social. NR-06: Equipamento de 
Proteção Individual – EPI. Brasília, 2018a. Portaria MTb n. 877, de 24 de outubro de 
2018. Disponível em: https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/lixo/images/
Documentos/SST/NR/nr-06-atualizada-2018.pdf/view. Acesso em: 2 mar. 2022.
BRASIL. Ministério do Trabalho e Previdência Social. NR-07: Programa de controle 
médico de saúde ocupacional. Brasília, 2020b. Revisão: Portaria SEPRT n. 6.734, de 
10 de março de 2020b. Disponível em: https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/
pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-
e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-07_atualizada_2020.pdf. Acesso 
em: 2 mar. 2022.
BRASIL. Ministério do Trabalho e Previdência Social. NR-09: Avaliação e controle das 
exposições ocupacionais a agentes físicos, químicos e biológicos. Brasília, 2020c. 
Portaria SEPRT n. 6.735, de 10 de março de 2020. Disponível em: https://www.gov.
br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-
trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-
09-atualizada-2020.pdf. Acesso em:2 mar. 2022.
BRASIL. Ministério do Trabalho e Previdência Social. NR 12: Segurança no trabalho 
em máquinas e equipamentos. Brasília, 2019a. Última modificação: Portaria 
SEPRT n. 916, de 30/07/2019, DOU 31/07/2019. Disponível em: https://www.gov.
br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-
trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-
12.pdf. Acesso em: 2 mar. 2022.
BRASIL. Ministério do Trabalho e Previdência Social. NR-17: Ergonomia. Brasília, 
2018b. Disponível em: https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/
composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-
saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-17.pdf/view. Acesso em: 2 mar. 
2022.
BRASIL. Ministério do Trabalho e Previdência Social. NR-18: Condições de segurança 
e saúde no trabalho na indústria da construção. Brasília, 2020d. Portaria SEPRT n. 
3.733, de 10 de fevereiro de 2020. Disponível em: https://www.gov.br/trabalho-e-
previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/
seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-18-atualizada-2020.
pdf. Acesso em: 2 mar. 2022.
BRASIL. Ministério do Trabalho e Previdência Social. NR-24: Condições Sanitárias e 
de Conforto nos Locais de Trabalho. Brasília, 2019b. Portaria SEPRT n. 1.066, de 23 
de setembro de 2019. Disponível em: https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/
pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-
e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-24-atualizada-2019.pdf. Acesso 
em: 2 mar. 2022.
FARIA, D. L. et al. Análise preliminar de riscos (APR) de uma obra residencial 
unifamiliar na cidade de Candeias/MG. Scire Salutis, v.10, n.2, p.88-97, 2020.
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/lixo/images/Documentos/SST/NR/nr-06-atualizada-2018.pdf/view
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/lixo/images/Documentos/SST/NR/nr-06-atualizada-2018.pdf/view
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-07_atualizada_2020.pdf
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-07_atualizada_2020.pdf
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-07_atualizada_2020.pdf
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-09-atualizada-2020.pdf
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-09-atualizada-2020.pdf
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-09-atualizada-2020.pdf
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-09-atualizada-2020.pdf
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-17.pdf/view
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-17.pdf/view
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-17.pdf/view
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-18-atualizada-2020.pdf
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-18-atualizada-2020.pdf
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-18-atualizada-2020.pdf
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-18-atualizada-2020.pdf
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-24-atualizada-2019.pdf
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-24-atualizada-2019.pdf
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-24-atualizada-2019.pdf
22
FUNDAÇÃO JORGE DUPRAT DE FIGUEIREDO DE SEGURANÇA E MEDICINA DO 
TRABALHO. Recomendações Técnicas de Procedimentos. Disponível em: http://
antigo.fundacentro.gov.br/biblioteca/recomendacao-tecnica-de-procedimento. 
Acesso em: 2 mar. 2022.
MAIA, A. L. M. Análise preliminar de riscos em uma obra da construção civil. Revista 
Tecnologia e informação, v. 1, n. 3, p. 55-69, 2014.
PEINADO, S. P. Segurança e saúde do trabalho na construção civil. In: Peinado, H. S. 
(Org). Segurança e saúde do trabalho na construção civil. p. 29-80. São Carlos: 
Scienza, 2019.
http://antigo.fundacentro.gov.br/biblioteca/recomendacao-tecnica-de-procedimento
http://antigo.fundacentro.gov.br/biblioteca/recomendacao-tecnica-de-procedimento
23
Programa de Gerenciamento de 
Riscos (PGR) na Construção civil
Autoria: Camila Zoe Correa
Leitura crítica: Joubert Rodrigues dos Santos Júnior
Objetivos
• Elaborar e implementar o Programa de 
Gerenciamento de Riscos (PGR) na Indústria da 
Construção Civil.
• Entender sobre os principais projetos que compõe o 
PGR.
• Desenvolver ações coletivas, administrativas e 
individuais, com objetivo de prevenção de acidentes.
24
1. Programa e projetos voltados à segurança 
do trabalho na construção civil
No Brasil, existe uma estrutura normativa extensa que trata sobre a 
segurança e saúde dos trabalhadores. Como profissionais da área, 
conhecer essa estrutura é fundamental para garantir a implantação das 
medidas necessárias para a proteção dos trabalhadores.
Em 8 de junho de 1978, o antigo Ministério do Trabalho, que, a partir de 
janeiro do ano de 2019, passou a integrar a Secretaria de Inspeção do 
trabalho pertencente ao Ministério da Economia, instituiu e aprovou às 
Normas Regulamentadoras (NRS).
Até o ano de 2021, foram publicadas 37 normativas. Entre essas, a NR-
18 é a que se refere a segurança do trabalho em atividades relacionadas 
a indústria da construção civil, porém, devido à complexidade existente 
em um canteiro de obras, quando se trata desse tema, outras normas 
também devem ser consultadas, como: NR-01, NR-04, NR-05, NR-06, NR-
07, NR-09, NR-10, NR-12, NR-23, NR-33 e NR-35.
Além de entender as NRS citadas acima, o responsável técnico pela obra 
também deve conhecer o especificado nas Recomendações Técnicas de 
Procedimentos (RTP), publicadas pela Fundação Jorge Duprat Figueiredo, 
de Segurança e Medicina do Trabalho (FUNDACENTRO), bem como 
as Normas Técnicas publicadas pela Associação Brasileira de Normas 
Técnicas (ABNT) e as legislações municipais.
Com o objetivo de se ter uma visão geral sobre a legislação voltada a 
proteção dos trabalhadores em atividades realizadas na construção 
civil, ao longo deste tema você conhecerá a estrutura do Programa 
de Gerenciamento de risco (PGR), que deve ser elaborado para estas 
atividades de acordo com o instituído pela NR-18 (BRASIL, 2020b), e os 
projetos que o integram.
25
A NR-18 (BRASIL,2020b) tem como principal objetivo:
[..] Estabelecer diretrizes de ordem administrativa, de planejamento e de 
organização, que visam à implementação de medidas de controle e sistemas 
preventivos de segurança nos processos, nas condições e no meio ambiente 
de trabalho na indústria da construção. (BRASIL, 2020b, p. 1)
De acordo com o estabelecido nessa norma, são consideradas atividades 
da construção civil aquelas constantes na seção F, do Código Nacional 
de atividades econômicas (CNAE) e “[...] as atividades de serviços de 
demolição, reparo, pintura, limpeza e manutenção de edifícios em geral 
e de manutenção de obras de urbanização”. (BRASIL, 2020b, p. 2)
Até 2 de agosto de 2021, todas as atividades citadas no parágrafo acima, 
que necessitassem de vinte funcionários ou mais, eram obrigadas a 
elaborar e a cumprir o disposto no Programa de Condições e Meio 
Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção (PCMAT). Entretanto, a 
partir dessa data, esse programa foi substituído pelo PGR.
O PGR deve apresentar todos os riscos existentes em um canteiro de 
obras e as respectivas medidas de prevenção que deverão ser utilizadas. 
Deve ser elaborado por profissional legalmente habilitado na área e sua 
execução fica a cargo da organização (BRASIL, 2020b, p.02), porém, de 
acordo com o item 18.4.2.1:
[...] Em canteiros de obras com até 7 m (sete metros) de altura e com, 
no máximo, 10 (dez) trabalhadores, o PGR pode ser elaborado por 
profissional qualificado em segurança do trabalho e implementado sob 
responsabilidade da organização. (BRASIL, 2020b, p. 2)
Segundo o disposto na NR-18 (BRASIL, 2020b), o PGR, além de conter o 
disposto na NR-01 (2020a), deve incluir:
[...] a) projeto da área de vivência do canteiro de obras e de eventual frente 
de trabalho, em conformidade com o item 18.5 desta NR, elaborado por 
profissional legalmente habilitado;
26
b) projeto elétrico das instalações temporárias, elaborado por profissional 
legalmente habilitado;
c) projetos dos sistemas de proteção coletiva elaborados por profissional 
legalmente habilitado;
d) projetos dos Sistemas de Proteção Individual Contra Quedas (SPIQ), 
quando aplicável, elaborados por profissional legalmente habilitado;
e) relação dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e suas respectivas 
especificações técnicas, de acordo com os riscos ocupacionais existentes. 
(BRASIL, 2020b, p. 1)
A seguir será tratado de cada um dos projetos apresentado acima.
As áreas de vivência são instalações provisórias montadas nos canteiros de 
obras, com o objetivo de fornecer aos trabalhadores melhores condições na 
execução das suas tarefas e sanar suas necessidades pessoais.
As especificações relacionadas ao projeto desses locais, são 
apresentadas no item 18.5 da NR-18 (BRASIL,2020b), e para obtenção de 
mais detalhes, a NR-24 (BRASIL, 2019b) também deve ser consultada.
Na construção civil, o choque elétrico é um dos principais riscos 
e causas de acidentes graves e fatais. Esses acidentes ocorrem, 
principalmente, em função da falta de projeto adequado, das 
dificuldades na execução e na manutenção das instalações elétricas 
nas obras (VIANA et al., 2007, p. 10).
Em relação ao projeto elétrico, os responsáveis pela obra devem se atentar 
ao disposto na NR-18 (BRASIL, 2020b), NR-10 (BRASIL, 2019a) , RTP 05 
(VIANA et al., 2007) e no Manual de segurança e saúde no trabalho, para 
instalações elétricas temporárias na indústria da construção (2018).
O item 18.6 da NR-18, trata especificamente das diretrizes que devem 
ser seguidas na execução das instalações elétricas em obras. No 
27
primeiro parágrafo do referido item, a NR-18 traz que “[...] A execução 
das instalações elétricas temporárias e definitivas deve atender ao 
disposto na NR-10” (BRASIL, 2020b, p. 5).
A NR-10 (BRASIL, 2019a), por sua vez, dispõe sobre segurança em 
instalações e serviços em eletricidade, estabelecendo:
[...] Os requisitos e condições mínimas objetivando a implementação de 
medidas de controle e sistemas preventivos, de forma a garantir a segurança 
e a saúde dos trabalhadores que, direta ou indiretamente, interajam em 
instalações elétricas e serviços com eletricidade. (BRASIL, 2019a, p. 1)
Além da NR-18 (2020b) e NR-10 (2019a), como citado acima, na 
elaboração e implantação de projetos elétricos em canteiros de obras, 
a RTP 05, publicada pela FUNDACENTRO, no ano de 2007, também deve 
ser consultada.
Essa RPT tem como objetivo principal guiar os profissionais envolvidos 
com a segurança do trabalho nos canteiros de obras em relação aos 
riscos associados às instalações elétricas temporárias. Nesta, são 
apresentados conceitos relativos ao choque elétrico, tipos de proteção 
contra esse risco e sua localização, equipamentos de proteção aos 
funcionários, ferramentas manuais com isolamento elétrico e aspectos 
relacionados a prevenção e combate a incêndio (VIANA et al., 2007).
O Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Instalações Elétricas 
Temporárias na Indústria da Construção, publicada no ano de 2018, 
pelo Serviço Social da Industria (SESI), é outra ferramenta que deve ser 
consultada.
Esse manual foi elaborado em quatro capítulos, sendo sua estrutura 
organizada de acordo com as normas técnicas de gestão voltadas 
para Saúde e Segurança no Trabalho (SST), tendo como base uma das 
ferramentas de gestão mais utilizadas no mundo quando se busca a 
melhoria contínua de um processo, o ciclo PDCA.
28
O primeiro capítulo apresenta o que deve ser feito na fase de 
planejamento para start tap da instalação elétrica no canteiro de 
obras, traz o que deve ser adicionado no projeto e as recomendações 
e medidas de proteção necessárias na realização dos serviços e nas 
instalações elétricas na obra.
Neste tema, é apresentado um esquema tratando da hierarquia 
relacionada as medidas de controle, visando a redução dos riscos e sua 
efetividade nos canteiros (Figura 1). Esse esquema tem como objetivo 
mostrar que a efetividade das medidas inseridas no ambiente de 
trabalho, diminuem à medida que passam de soluções coletivas para 
individuais.
Figura 1 – Fluxograma apresentando hierarquia relacionado a 
efetividade das medidas de proteção em canteiros de obras
Fonte: adaptado de Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Instalações Elétricas 
Temporárias na Indústria da Construção (SESI, 2018).
O capítulo dois, deste manual, traz aspectos relacionas a execução ou 
implantação dos projetos. O três dispõe sobre algumas ferramentas 
que podem ser utilizadas para verificar a conformidade da gestão 
das instalações e, por fim, o capítulo quatro traz a importância de se 
realizar análises críticas nas instalações elétricas nos canteiros de obras, 
buscando sempre sua melhoria.
É importante ressaltar que todos os materiais apresentados acima 
trazem que todo e qualquer serviço com eletricidade, executados em 
canteiros de obras, deve ser realizado por profissional autorizado e 
treinado para tal.
29
Em relação ao projeto de medidas de proteção coletiva (EPC) contra 
queda de pessoas e materiais em canteiro de obras, a NR-18 (2020b) traz 
algumas citações a respeito da obrigatoriedade do seu uso:
[...] 18.9.1 É obrigatória a instalação de proteção coletiva onde houver 
risco de queda de trabalhadores ou de projeção de materiais e objetos no 
entorno da obra, projetada por profissional legalmente habilitado.
18.16.22 A madeira a ser usada para construção de escadas, rampas, 
passarelas e sistemas de proteção coletiva deve ser de boa qualidade, sem 
nós e rachaduras que comprometam sua resistência, estar seca, sendo 
proibido o uso de pintura que encubra imperfeições. (BRASIL, 2020b, p. 44)
No item 18.9, da norma, são apresentadas algumas especificações a 
respeito dos EPC contra queda. A seguir, serão tratadas algumas dessas 
peculiaridades (BRASIL, 2020b):
a. Quando houver aberturas no piso, essas deverão possuir 
fechamento provisório, fabricado de material resistente sendo 
esse travado ou fixado a estrutura (item 18.9.2) (Figura 0).
Figura 2 – Proteção de madeira disposta em abertura no piso
Fonte: Vieira et al. (2003).
b. As aberturas no piso também podem ser dotadas de sistema de 
proteção contra quedas constituídas de anteparos rígidos que 
30
proporcionem o fechamento total do vão, com altura mínima de 
1,2 m (item 18.9.2).
c. Quando iniciarem os serviços de concretagem na primeira laje, 
é obrigatória a instalação de proteções contra queda em sua 
periferia. Essa proteção deve possuir anteparos rígidos, com 
vão totalmente fechados e altura mínima de 1,2 m. Quando 
constituída em sistema de guarda-corpo e rodapé, deve:
[...] a) travessão superior a 1,2 m (um metro e vinte centímetros) 
de altura e resistência à carga horizontal de 90 kgf/m (noventa 
quilogramas-força por metro), sendo que a deflexão máxima não 
deve ser superior a 0,076 m (setenta e seis milímetros); b) travessão 
intermediário a 0,7 m (setenta centímetros) de altura e resistência à 
carga horizontal de 66 kgf/m (sessenta e seis quilogramas-força por 
metro); c) rodapé com altura mínima de 0,15 m (quinze centímetros) 
rente à superfície e resistência à carga horizontal de 22 kgf/m (vinte 
e dois quilogramas-força por metro); d) ter vãos entre travessas 
preenchidos com tela ou outro dispositivo que garantao fechamento 
seguro da abertura. (BRASIL, 2020b, p. 19)
A Figura 3 apresenta um esquema da estrutura especificada acima.
Figura 3 - Especificação para o projeto de guarda-corpo e rodapé
Fonte: adaptado de Vieira et al. (2003).
31
d. As plataformas de proteção primárias, secundárias ou terciárias, 
devem:
[...] ser projetadas por profissional legalmente habilitado e atender 
aos seguintes requisitos: a) ser projetada e construída de forma 
a resistir aos impactos das quedas de objetos; b) ser mantida em 
adequado estado de conservação; c) ser mantida sem sobrecarga que 
prejudique a estabilidade de sua estrutura. (BRASIL, 2020b, p. 19-20).
e. Em relação às redes de segurança, essas devem:
[...] ser confeccionadas e instaladas de acordo com os requisitos de 
segurança e ensaios previstos nas normas EN 1263-1 e EN 1263-2 ou 
em normas técnicas nacionais vigentes. (BRASIL, 2020b, p. 20)
Ainda devem possuir malha uniforme e quando utilizadas para proteção 
nas laterais da edificação, estarem associadas a um sistema com altura 
mínima de 1,2 m, buscando impedir a queda de materiais e objetos 
(BRASIL, 2020b, p. 20).
A Figura 4 apresenta o esquema de uma edificação com a instalação das 
plataformas de proteção e tela.
Quando se trata dos projetos de EPC além da NR-18 (BRASIL, 2020b), a 
RTP 01 (2003) também deve ser consultada.
Esta recomendação, “[...] específica as disposições técnicas relativas à 
proteção contra riscos de queda de pessoas e materiais na indústria 
da construção” (VIEIRA et al., 2003). Traz as especificações de projeto 
dos dispositivos protetores de plano vertical (sistema guarda-corpo e 
rodapé–GcR, sistema de barreira com rede, proteção de aberturas no 
piso e barreiras com cancelas ou dispositivos similares), plano horizontal 
e de proteção para limitação de quedas (VIEIRA et al., 2003).
32
Figura 4 – Esquema de um edifício de dez andares com suas 
plataformas de proteção e tela instalada
Fonte: Vieira et al. (2003).
Entretanto, o responsável pelo projeto deve ficar atento às 
especificações apresentadas na RTP citada acima, pois as NRS 
estão sempre sendo atualizadas, então, é importante verificar se o 
especificado nesta recomendação está de acordo com a NR-18 (BRASIL, 
2020b) e, caso haja alguma divergência, deve ser seguido o disposto na 
norma.
No que se refere ao projeto dos dispositivos de proteção individual (EPI) 
contra quedas (SPIQ), a NR-18 (BRASIL, 2020b) apresenta os locais onde 
é exigido o seu uso, entretanto, para conhecer suas especificações de 
projeto é importante estudar e entender o disposto na NR-35 – Trabalho 
em altura (BRASIL, 2019c). Essa NR:
[...] Estabelece os requisitos mínimos e as medidas de proteção para 
o trabalho em altura, envolvendo o planejamento, a organização 
e a execução, de forma a garantir a segurança e a saúde dos 
trabalhadores envolvidos direta ou indiretamente com esta atividade. 
(BRASIL, 2019c, p. 1)
33
A relação dos EPI’s que devem ser utilizados na obra, dependerá dos 
riscos identificados na execução das atividades neste ambiente. Para 
sua determinação, é necessário que seja feita uma análise minuciosa 
dos perigos e riscos existentes em cada tarefa e, após implantadas 
todas as medidas de ordem administrativa e coletiva, ou enquanto 
essas ainda estiverem sendo implantadas, indicar os EPI’s adequados ao 
trabalhador.
Para realizar essa indicação, o Anexo I da NR-06 (BRASIL, 2018), 
pode ser consultado. Nele, será encontrada uma lista dos EPI e suas 
características.
Este tema teve ênfase aos projetos que devem, em alguns casos, 
estarem presentes no PGR de um canteiro de obras, porém a NR-18 
(BRASIL, 2020b) também traz outras especificações, visando a saúde 
e proteção dos trabalhadores nas diferentes etapas que podem estar 
presentes em uma obra, por isso, é importante que você leia e entenda 
esta normativa na integra, para que nada fique fora do especificado.
Como colocado ao longo do texto, o PGR deve contemplar todos os 
perigos e riscos existentes no canteiro de obra e deve ser atualizado de 
acordo com as modificações realizadas nesse ambiente.
Quando se trata dos projetos, várias normas e recomendações técnicas 
devem ser consultadas, o que demostra a complexidade de se trabalhar 
e garantir a segurança de todos os operadores nesse ambiente.
Referências
BRASIL. Ministério do Trabalho e Previdência Social. NR-01: disposições gerais e 
gerenciamento de riscos ocupacionais. Brasília, 2020a. Disponível em: https://www.
gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-
trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-
01.pdf/view. Acesso em: 2 mar. 2022.
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-01.pdf/view
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-01.pdf/view
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-01.pdf/view
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-01.pdf/view
34
BRASIL. Ministério do Trabalho e Previdência Social. NR-06: Equipamento de 
Proteção Individual – EPI. Brasília, 2018. Portaria MTb n. 877, de 24 de outubro de 
2018. Disponível em: https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/lixo/images/
Documentos/SST/NR/nr-06-atualizada-2018.pdf/view. Acesso em: 2 mar. 2022.
BRASIL. Ministério do Trabalho e Previdência Social. NR 10 – Segurança em 
instalações e serviços em eletricidade. Brasília, 2019a. Última modificação: 
Portaria SEPRT 915, de 30 de julho de 2019. Disponível em: https://www.gov.
br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-
trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/sst-portarias/2019/portaria_
seprt_915_-aprova_a_nova_nr_01.pdf. Acesso em: 2 mar. 2022.
BRASIL. Ministério do Trabalho e Previdência Social. NR-18: Condições de segurança 
e saúde no trabalho na indústria da construção. Brasília, 2020b. Portaria SEPRT n. 
3.733, de 10 de fevereiro de 2020. Disponível em: https://www.gov.br/trabalho-e-
previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/
seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-18-atualizada-2020.
pdf. Acesso em: 2 mar. 2022.
BRASIL. Ministério do Trabalho e Previdência Social. NR-24: Condições Sanitárias e 
de Conforto nos Locais de Trabalho. Brasília, 2019b. Portaria SEPRT n. 1.066, de 23 
de setembro de 2019. Disponível em: https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/
pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-
e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-24-atualizada-2019.pdf. Acesso 
em: 2 mar. 2022.
BRASIL. Ministério do Trabalho e Previdência Social. NR 35–Trabalho em altura. 
Brasília, 2019c. Portaria SEPRT n. 915, de 30 de julho de 2019. Disponível em: 
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/
secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/ctpp-nrs/norma-
regulamentadora-no-33-nr-33. Acesso em: 2 mar. 2022.
SESI. Manual de segurança e saúde no trabalho para instalações elétricas 
temporárias na indústria da construção: guia de boas práticas para instalações 
elétricas temporárias nos canteiros de obra. Brasília: SESI/DN, 2018.
VIANA, M. J.; SILVA, A. C. M. da.; MONTOVANI, O. C. et al. Recomendação Técnica de 
Procedimentos–Instalações elétricas temporárias em canteiros de obras. São 
Paulo: FUNDACENTRO, 2007.
VIEIRA, M. F.; FILHO, A. R.; SILVA, R. R. da. et al. Recomendação Técnica de 
Procedimentos – Medidas de proteção contra quedas de altura. São Paulo: 
FUNDACENTRO, 2003.
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/lixo/images/Documentos/SST/NR/nr-06-atualizada-2018.pdf/viewhttps://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/lixo/images/Documentos/SST/NR/nr-06-atualizada-2018.pdf/view
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/sst-portarias/2019/portaria_seprt_915_-aprova_a_nova_nr_01.pdf
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/sst-portarias/2019/portaria_seprt_915_-aprova_a_nova_nr_01.pdf
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/sst-portarias/2019/portaria_seprt_915_-aprova_a_nova_nr_01.pdf
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/sst-portarias/2019/portaria_seprt_915_-aprova_a_nova_nr_01.pdf
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-18-atualizada-2020.pdf
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-18-atualizada-2020.pdf
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-18-atualizada-2020.pdf
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-18-atualizada-2020.pdf
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-24-atualizada-2019.pdf
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-24-atualizada-2019.pdf
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-24-atualizada-2019.pdf
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/ctpp-nrs/norma-regulamentadora-no-33-nr-33
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/ctpp-nrs/norma-regulamentadora-no-33-nr-33
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/ctpp-nrs/norma-regulamentadora-no-33-nr-33
35
BONS ESTUDOS!
	Sumário
	Introdução a segurança do trabalho na construção civil
	Objetivos
	1. Segurança do trabalho na construção civil
	Referências
	Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) na Construção civil
	Objetivos
	1. Programa e projetos voltados à segurança do trabalho na construção civil
	Referências

Outros materiais