Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
W BA 08 68 _V 1. 0 SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 2 Camila Zoe Correa São Paulo Platos Soluções Educacionais S.A 2021 SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 1ª edição 3 2021 Platos Soluções Educacionais S.A Alameda Santos, n° 960 – Cerqueira César CEP: 01418-002— São Paulo — SP Homepage: https://www.platosedu.com.br/ Diretor Presidente Platos Soluções Educacionais S.A Paulo de Tarso Pires de Moraes Conselho Acadêmico Carlos Roberto Pagani Junior Camila Braga de Oliveira Higa Camila Turchetti Bacan Gabiatti Giani Vendramel de Oliveira Gislaine Denisale Ferreira Henrique Salustiano Silva Mariana Gerardi Mello Nirse Ruscheinsky Breternitz Priscila Pereira Silva Tayra Carolina Nascimento Aleixo Coordenador Nirse Ruscheinsky Breternitz Revisor Joubert Rodrigues dos Santos Júnior Editorial Alessandra Cristina Fahl Beatriz Meloni Montefusco Carolina Yaly Mariana de Campos Barroso Paola Andressa Machado Leal Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)_________________________________________________________________________________________ Correa, Camila Zoe C824s Segurança na construção civil / Camila Zoe Correa, – São Paulo: Platos Soluções Educacionais S.A., 2021. 22 p. ISBN 978-65-89965-55-8 1. Programa de gerenciamento de riscos na construção civil. 2. NRs. 3. Elaboração e implementação do PCMAT. I. Título. CDD 624 ____________________________________________________________________________________________ Evelyn Moraes – CRB: 8 SP-010289/O © 2021 por Platos Soluções Educacionais S.A. Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida ou transmitida de qualquer modo ou por qualquer outro meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação ou qualquer outro tipo de sistema de armazenamento e transmissão de informação, sem prévia autorização, por escrito, da Platos Soluções Educacionais S.A. https://www.platosedu.com.br/ 4 SUMÁRIO Introdução a segurança do trabalho na construção civil _____ 05 Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) na Construção civil __________________________________________________________ 23 SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 5 Introdução a segurança do trabalho na construção civil Autoria: Camila Zoe Correa Leitura crítica: Joubert Rodrigues dos Santos Júnior Objetivos • Compreender a importância da segurança do trabalho na Construção Civil. • Verificar e reconhecer os riscos potenciais em um canteiro de obras. • Conhecer os programas, projetos e documentos relacionados à segurança e à saúde do trabalho em atividades ligadas à construção civil. • Entender as principais normas relacionadas a segurança do trabalho na construção de edificações. 6 1. Segurança do trabalho na construção civil Com a eleição de Juscelino Kubitschek e com o estabelecimento do Plano de Metas, em meados de 1950, a construção civil passou a ser uma atividade de destaque econômico e social no Brasil. Entretanto, essas não foram as únicas áreas de destaque para esse setor. Em decorrência desta atividade, muitas vidas foram perdidas. De acordo com a Associação Nacional de Medicina do Trabalho (ANAMAT, 2019), no ano de 2019, no país, a construção civil foi classificada como o primeiro setor que mais registrou acidentes com incapacidades permanentes, o segundo em registro de óbitos e o quinto em afastamentos com mais de quinze dias. Quais seriam os motivos que levaram e ainda levam a estes números tão altos? Para responder a esse questionamento, é preciso entender como as atividades da construção são realizadas. 1.1 Perigos e riscos existentes em um canteiro de obras A indústria da construção é um dos ramos que apresenta os maiores índices de acidentes em todo mundo. Essa atividade apresenta uma série de fatores e características que influenciam esse resultado, entre os quais, segundo Peinado (2019, p. 35) ressaltam-se: as várias etapas construtivas presentes no canteiro de obras; a ausência do profissional capacitado no momento da execução do projeto; a não elaboração de projetos de segurança eficazes que possam antecipar e propor medidas de correção necessárias para a não ocorrência de acidentes; a rotatividade de mão de obra; o efeito do clima e o excesso de horas trabalhadas para compensar esse fator ambiental; o grande número de microempresas atuando no setor, além da não consideração dos custos com segurança do trabalho no orçamento dos empreendimentos. 7 Em um canteiro de obras, podemos encontrar diferentes fontes de riscos, como, por exemplo, trabalho em altura, em ambiente confinado, com eletricidade, com máquinas e com materiais de peso elevado. Esses perigos, quando não tratados adequadamente, podem representar riscos ao trabalhador, ocasionando acidentes e gerando, em alguns casos, doenças crônicas. As características e as especificidades de cada um destes riscos dependerão da fase da obra que está sendo executada. Na construção de um edifício, por exemplo, estão presentes pelo menos seis fases. Primeiro, é realizado o preparo do terreno, com a limpeza, fechamento e terraplenagem. Posteriormente, ocorrem as obras relacionadas às fundações e, em seguida, a construção da estrutura e das paredes. Na sequência, tem-se a cobertura, a instalação do sistema hidráulico, elétrico, sanitário e complementares e, por fim, o acabamento e pintura. Em cada uma das etapas citadas, temos uma atividade sendo desenvolvida e um profissional distinto, o que resultará, consequentemente, na identificação de um perigo e risco diferente. Maia (2014) realizou uma análise preliminar de riscos (APR) na etapa de execução de elementos estruturais de concreto armado, em uma obra de um edifício de dezoito pavimentos. Em cada etapa desse processo, o autor encontrou pelo menos quatro fontes de riscos, causadas, principalmente, pela falta de treinamento e uso incorreto dos equipamentos de segurança do trabalho. No total, foram encontradas treze fontes de riscos no processo, sendo que, dessas, seis teriam como consequência a morte do trabalhador. Faria et al. (2020), realizaram um estudo buscando identificar os riscos presentes no desenvolvimento de uma residência de 100 m2. Na etapa de execução dos elementos estruturais de concreto armado (concretagem da peça estrutural), os autores identificaram quatro fontes de riscos, sendo que duas teriam como consequência direta o óbito. 8 Das pesquisas apresentadas, fica claro que o perigo e, consequentemente, o número de riscos existentes no canteiro de obras, depende das características peculiares do que está sendo executado no local, o que demanda uma análise minuciosa e criteriosa deste ambiente. Muitos dos acidentes registrados nesse setor, poderiam ser evitados se as empresas ou construtoras adotassem e desenvolvessem adequadamente os programas de segurança e medicina do trabalho que a legislação exige. Esses programas buscam a antecipação, o reconhecimento, a avaliação e o controle dos riscos existentes ou que possam existir no ambiente de trabalho, fazendo com que os trabalhadores sejam protegidos de situações inadequadas. Entre esses, destaca-se o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) e o Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR). 1.2 Programas e projetos associados a segurança e saúde ocupacional na construção civil O PCMSO tem como objeto a proteção e preservação da vida e da saúde dos empregados em relação aos riscos ocupacionais, que possam estar presentes no ambiente de trabalho. As diretrizes e requisitos para sua elaboração e desenvolvimento, são expostos na NR-07. Este programa faz parte do conjunto mais amplo de iniciativas de uma empresa no que se refere a saúde de seus trabalhadores, devendo sempre estar em consonância com o estabelecido nas demais normativas (BRASIL, 2020b, p. 1). O PGR, que substitui o antigo Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) e o Programa de Condições e MeioAmbiente de Trabalho na Indústria da Construção (PCMAT), objetiva gerenciar de maneira adequada os riscos ocupacionais que possam estar presentes 9 no ambiente de trabalho. É apresentado na NR-01 (BRASIL, 2020a) e novamente citado na NR-09 (BRASIL, 2020c) e NR-18 (BRASIL, 2020d). Pode ser implementado por setor, unidade operacional ou atividade que esteja sendo executada na organização, podendo ser atendido por sistemas de gestão, desde que possam cumprir o previsto na NR- 01 (BRASIL, 2020a, p. 4) e nas demais NRS. De acordo com a NR-01, a organização deve: [...] a) evitar os riscos ocupacionais que possam ser originados no trabalho; b) identificar os perigos e possíveis lesões ou agravos à saúde; c) avaliar os riscos ocupacionais indicando o nível de risco; d) classificar os riscos ocupacionais para determinar a necessidade de adoção de medidas de prevenção; e) implementar medidas de prevenção, de acordo com a classificação de risco e na ordem de prioridade estabelecida na alínea “g” do subitem 1.4.1; e f) acompanhar o controle dos riscos ocupacionais. (BRASIL, 2020a, p. 4) É importante destacar, como exposto na NR-01 (BRASIL, 2020a), que este programa também deve levar em consideração o disposto na NR- 17 (BRASIL, 2018b), que trata de aspectos relacionados a ergonomia no ambiente de trabalho. A NR-18, traz instruções que objetivam a implementação de medidas de controle e proteção dos trabalhadores em atividades da construção civil (BRASIL, 2020d). Segundo o exposto em seu item 18.4.1 (BRASIL, 2020d), em um canteiro de obras é obrigatório o desenvolvimento e implantação do PGR. Esse programa deve abordar o comportamento de cada etapa da obra, incluindo a antecipação e reconhecimento de cada risco, e as medidas de proteção que serão necessárias aos trabalhadores, para minimizar ou mesmo eliminá-lo do ambiente. 10 De acordo com a NR-18 (BRASIL, 2020D), além de conter o exposto na NR-01 (BRASIL, 2020a), o PGR deve comtemplar: [...] a) projeto da área de vivência do canteiro de obras e de eventual frente de trabalho, em conformidade com o item 18.5 desta NR, elaborado por profissional legalmente habilitado; b) projeto elétrico das instalações temporárias, elaborado por profissional legalmente habilitado; c) projetos dos sistemas de proteção coletiva elaborados por profissional legalmente habilitado; d) projetos dos Sistemas de Proteção Individual Contra Quedas (SPIQ), quando aplicável, elaborados por profissional legalmente habilitado; e) relação dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e suas respectivas especificações técnicas, de acordo com os riscos ocupacionais existentes. (BRASIL, 2020a, item 18.4.3, p. 2-3) Antes do início da obra, algumas providências devem ser tomadas. Uma delas é a comunicação prévia de realização das atividades à Subsecretaria de Inspeção do Trabalho (SIT). Esta ação pode ser realizada no site da Secretaria de Trabalho, por meio do Sistema de Comunicação Prévio de Obras (SCPO). Ao se cadastrar, o responsável vai inserir as informações relativas ao empreendimento, como endereço, informações do contratante, empregado ou condômino, tipo de obra, datas previstas do início e conclusão e o número máximo de trabalhadores presentes na obra. Além da comunicação prévia, outros procedimentos e documentos também são emitidos na realização de uma construção. Entre esses, destacam-se as ordens de serviço (OS), os atestados de saúde ocupacional (ASO), fichas de registros de entrega de equipamentos de proteção individual (EPI), documentos de equipamentos de transporte vertical, análise de risco (AR), permissões para o trabalho 11 ou permissão de trabalho (PT) e procedimentos de trabalho. Nos parágrafos seguintes será apresentada uma breve explanação acerca destes documentos. As OS são elaboradas pelo empregador e devem ser informadas aos trabalhadores por meio de procedimentos de trabalho ou instruções de segurança. Nelas, são colocadas as instruções por escrito em relação aos cuidados preventivos para evitar acidentes e doenças do trabalho (BRASIL, 2020a, p. 12). Já os ASO, são emitidos pelo médico do trabalho, em cada exame clínico ocupacional realizado pelo trabalhador. Esse atestado deve conter, no mínimo: informações relativas a empresa contratante (razão social e CNPJ); informações pessoais do empregado (nome completo, CPF e função); descrição dos perigos e riscos a que o trabalhador está exposto, de acordo com o colocado no PGR e previsto no PCMSO; informações relativas aos exames ocupacionais realizados pelo trabalhador; parecer se apto ou inapto a execução da função; e por fim, as informações relativas ao médico do trabalho que realizou o parecer. O ASO deverá ser emitido toda vez que o trabalhador realiza um exame médico admissional, periódico, de mudança de função, retorno ao trabalho ou demissional (BRASIL, 2020a, p. 5). As fichas de registros de acompanhamento de entrega dos EPIs, são consideradas documentos importantes que comprovam a entrega desses dispositivos de segurança ao trabalhador. Nessas fichas deve ser colocado o nome do trabalhador, o tipo de equipamento fornecido, bem como o número do certificado de aprovação (CA), data de entrega e coletada a assinatura do trabalhador, comprovando que ele recebeu estes equipamentos e que se compromete com o seu cuidado, segundo o especificado na NR-06 (BRASIL, 2018a). Um modelo deste documento é apresentado na Figura 1. 12 Figura 1 – Recorte de uma ficha de acompanhamento de entrega de EPIs Fonte: elaborada pela autora. A AR é uma metodologia utilizada para identificar os perigos e os riscos inerentes à realização de alguma atividade, bem como suas causas e consequências. A partir da obtenção desses dados, é possível indicar as medidas de controle para a proteção dos trabalhadores. Já a PT, apresenta informações relativas à atividade que será realizada e as medidas necessárias para que ocorra de maneira segura, de acordo com o estabelecido na AR. A NR-18 (BRASIL, 2020d), traz a especificação de algumas atividades em que são necessárias a AR e a PT. No item 18.10.1.19, a NR-18 (BRASIL, 2020d) cita-se que deve ser elaborada AR específica para movimentação de cargas não rotineiras, com a respectiva PT. No item 18.10.1.34, essa norma traz que atividades sob condições de ventos com velocidades superiores a 42 km/h, devem ser precedidas de AR específica e autorizadas mediante PT. Nesta norma, ainda, é apresentado que quando o trabalho a quente for realizado próximo a materiais combustíveis ou inflamáveis ou for realizado em locais sem prévio isolamento e não destinados para este fim, deve ser elaborada a AR. 1.3 Dimensionamento das áreas de vivência em canteiros de obras As áreas de vivência são locais designados para a alimentação, repouso e higiene em frentes de trabalho. Essas áreas devem ser dimensionadas 13 buscando oferecer aos trabalhadores condições mínimas de conforto, segurança e privacidade, devendo sempre estar limpas e organizadas. Fazem parte da área de vivência, as instalações sanitárias (banheiros), os vestiários, os locais para refeição e, quando houver, os alojamentos (BRASIL, 2020d, p. 4). Segundo a NR-18 (BRASIL, 2020d) as instalações sanitárias devem ser constituídas de: [...] lavatório, bacia sanitária sifonada, dotada de assento com tampo, e mictório, na proporção de 1 (um) conjunto para cada grupo de 20 (vinte) trabalhadores ou fração, bem como de chuveiro, na proporção de 1 (uma) unidade para cada grupo de 10 (dez) trabalhadores ou fração. (BRASIL, 2020d, p. 4) O deslocamento máximo do trabalhador, do seu posto de trabalho até a instalação sanitária, deve ser de, no máximo, 150m. Em frentes de trabalho, ou seja, áreas de trabalho móvel, devem ser disponibilizados: [...] a) instalação sanitária, composta de bacia sanitária sifonada, dotada de assento com tampo, e lavatório para cada grupo de 20 (vinte) trabalhadores ou fração, podendo ser utilizado banheiro comtratamento químico dotado de mecanismo de descarga ou de isolamento dos dejetos, com respiro e ventilação, de material para lavagem e enxugo das mãos, sendo proibido o uso de toalhas coletivas, e garantida a higienização diária dos módulos; b) local para refeição dos trabalhadores, observadas as condições mínimas de conforto e higiene, e com a devida proteção contra as intempéries (BRASIL, 2020d, p. 3-4). Em caso de instalação de alojamento no canteiro de obras, é obrigatória a instalação de cozinha (quando ocorrer o preparo de refeições no local), ambiente específico para a realização das refeições, instalações de banheiros, lavanderia e área de lazer (BRASIL, 2020d, p. 4). 14 Em relação ao fornecimento de água, de acordo com a NR-18 (BRASIL, 2020d, p. 4), é obrigatório o fornecimento de água potável, filtrada e fresca aos trabalhadores, por meio de bebedouros ou dispositivo similar. Deve ser fornecida uma unidade para cada grupo de 25 trabalhadores ou fração, não sendo permitido o uso de copos coletivos. Os bebedouros devem ser alocados de forma que o trabalhador não tenha que se deslocar mais de 100 m no plano horizontal e 15 m no plano vertical, para seu acesso. Nos casos em que não seja possível a instalação de bebedouros no canteiro de obras, a empresa deve garantir o fornecimento de água potável e fresca em recipientes portáteis herméticos. A empresa pode optar por não instalar áreas para alimentação no canteiro de obras. Neste caso, o atendimento ao disposto na norma deve ser feito mediante convênio formal com estabelecimentos nas proximidades do local onde está sendo realizada a obra, desde que sejam preservadas as condições de segurança, higiene e conforto neste local e que seja garantido o transporte dos trabalhadores ao mesmo. É importar ressaltar que outras especificações para garantir as condições sanitárias e de conforto nos locais de trabalho podem ser encontradas na NR-24, alterada no ano de 2019 (BRASIL, 2019b). 1.4 Movimentação e transporte de materiais e pessoas (elevadores) Devido aos cuidados relacionados a segurança dos trabalhadores na movimentação e transporte de materiais e pessoas, a NR-18 (BRASIL, 2020d) traz um item que trata especificamente dos requisitos mínimos de segurança nesse processo. Todo elevador instalado em canteiro de obras ou frentes de trabalho deve atender as normas técnicas nacionais vigentes e ser instalado e inspecionado por profissional legalmente habilitado. É importante 15 ressaltar que a empresa usuária desses equipamentos deve possuir alguns documentos específicos à disposição no canteiro de obras. Entre esses, destacam-se: programa de manutenção preventiva; termo de entrega técnica de acordo com as normas vigentes; laudo de testes de freios de emergência a serem realizados (no máximo a cada 90 dias); registro das vistorias diárias realizadas antes do início dos serviços; laudos dos ensaios realizados nos eixos dos motofreios e dos freios de emergência; manual de orientação do fabricante; registro de manutenção de acordo com NR-12 (BRASIL, 2019a); e laudo de aterramento feito por profissional habilitado legalmente (BRASIL, 2020, p. 31). Com relação aos elevadores usados na construção civil, a NR-18, no item 18.11.17, estabelece que não é permitido, nos elevadores, o transporte de materiais juntamente com trabalhadores, exceto nos casos em que houver a necessidade do acompanhamento do operador ou responsável pela carga transportada. Nestes casos, o material e o trabalhador devem ficar separados por uma barreira física, com altura mínima de 1,8m, projetada com dispositivo de entravamento de segurança (BRASIL, 2020d). Ainda, com relação aos elevadores e de acordo com o especificado na NR-18: [...] 18.11.19 O elevador de materiais e/ou pessoas deve dispor, no mínimo, dos seguintes itens de segurança: a) intertravamento das proteções com o sistema elétrico, através de dispositivo de intertravamento com duplo canal e ruptura positiva, monitorado por interface de segurança que impeça a movimentação da cabine quando: I. a porta de acesso da cabine, inclusive o alçapão, não estiver devidamente fechada; II. a rampa de acesso à cabine não estiver devidamente recolhida no elevador de cremalheira, e; 16 III. a porta da cancela de qualquer um dos pavimentos ou do recinto de proteção da base estiver aberta. b) dispositivo eletromecânico de emergência que impeça a queda livre da cabine, monitorado por interface de segurança, de forma a freá-la quando ultrapassar a velocidade de descida nominal, interrompendo automática e simultaneamente a corrente elétrica da cabine; c) dispositivo de intertravamento com duplo canal e ruptura positiva, monitorado por interface de segurança, ou outro sistema com a mesma categoria de segurança que impeça que a cabine ultrapasse a última parada superior ou inferior; d) dispositivo mecânico que impeça que a cabine se desprenda acidentalmente da torre do elevador; e) amortecedores de impacto de velocidade nominal na base, caso o mesmo ultrapasse os limites de parada final; f) sistema que possibilite o bloqueio dos seus dispositivos de acionamento de modo a impedir o seu acionamento por pessoas não autorizadas; g) sistema de frenagem automática, a ser acionado em situações que possam gerar a queda livre da cabine; h) sistema que impeça a movimentação do equipamento quando a carga ultrapassar a capacidade permitida (BRASIL, 2020d, p. 32-33). Do exposto, fica claro que a norma prioriza a instalação de equipamentos de segurança para que, no caso de um imprevisto, os dispositivos de movimentação vertical possuam meios de parada automática, assegurando a não ocorrência de acidentes. A instalação dos elevadores se torna obrigatória quando a construção possuir altura igual ou superior a 24m e o transporte dos funcionários deve ter prioridade em relação ao de cargas. Na movimentação de materiais, é expressamente proibido colocar objetos que possuam 17 dimensões maiores do que a cabine no elevador, não os apoiar nas portas da cabine, acondicionar adequadamente os materiais a granel e utilizar qualquer parte da cabine ou da torre do elevador para içamento de materiais. 1.5 Treinamentos associados a segurança e saúde ocupacional na construção civil Os treinamentos e as capacitações relacionadas à segurança e saúde do trabalho, na construção civil, são essenciais para garantir que todos os trabalhadores estejam cientes dos riscos existentes naquele local e preparados para as atividades que executarão. No Anexo 1, da NR-18 (BRASIL, 2020d), são apresentadas algumas capacitações que devem ser realizadas. No Quadro 1, deste anexo, é especificado o que deve ser abordado na capacitação, a carga horária e periodicidade de realização. Além dos treinamentos especificados, deve-se ficar atento às exigências expostas nas demais NRs, no que se refere às atividades a serem realizadas no canteiro de obras, e a obrigatoriedade associada ao seu treinamento. Os trabalhadores devem receber treinamento para realização de trabalho em altura (NR-35), prevenção e combate a incêndio (NR-23), instalações e serviços com eletricidade (NR-10), para operação de máquinas e equipamentos (NR-12) e para o transporte de materiais (NR-11). As especificidades relacionadas a cada um, encontram-se delimitadas nas NRs referentes a cada tema. 1.6 Normas associadas a segurança e saúde ocupacional na construção civil Para garantir o gerenciamento adequado dos riscos existentes em um canteiro de obras e garantir o conforto e higiene dos trabalhadores 18 presentes nesse ambiente, o engenheiro deve conhecer em detalhes o estabelecido nas NRs 1, 7, 9, 17, 18 e 24. Será que conhecer apenas estas normas é o suficiente? A resposta a esse questionamento é não. Mesmo se tratando de uma atividade específica, é importante conhecer e entender o exposto nas demais NRs, como: • NR-04:2016 – trata do dimensionamento e obrigatoriedade do Serviço especializadoem Engenharia de Segurança do Trabalho (SESMT). • NR 05:2015 – define o que é a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), sua importância e dimensionamento. • NR-06:2018 – define o que um equipamento de proteção individual (EPI), sua importância e quando devemos utilizá-lo. • NR 10:2019 – estabelece os requisitos e condições mínimas de segurança em trabalhos com eletricidade. • NR 11:2016 – especifica as diretrizes relacionadas à segurança em atividades com transporte, movimentação, armazenagem e manuseio de materiais. • NR 12:2019 – estabelece os requisitos mínimos associados ao trabalho com máquinas e equipamentos. • NR 15:2019 – e seus anexos: apresenta quais atividades e condições são consideradas insalubres. • NR 16:2019 – apresenta quais atividades e condições são consideradas perigosas para o trabalhador. • NR 21:1999 – traz informações relativas aos cuidados que devem ser tomados quando a atividade é realizada a céu aberto. 19 • NR 23:2011 – estabelece as medidas associadas a prevenção e combate a incêndio. • NR 26:2015 – presenta observações acerca das características da sinalização de segurança. • NR 28:2020 – traz informações relativas a fiscalizações e penalidades quando houver o não cumprimento das normas de segurança no ambiente de trabalho. • NR 33:2019 – estabelece os requisitos mínimos de segurança para atividades em ambientes confinados. • NR 35:2019 – estabelece os requisitos mínimos de segurança para a realização de atividades acima de dois metros do nível inferior, em que existe risco de queda. Todas as normas citadas anteriormente podem ser encontradas e consultadas, na íntegra, no site da Secretaria do Trabalho. 1.7 Recomendações técnicas de procedimentos Com o objetivo de favorecer a compreensão e aplicação dos requisitos estabelecidos na NR-18, a Fundação Jorge Duprat de Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho (FUNDACENTRO), publicou alguns relatórios com recomendações técnicas de procedimentos (RTP). (FUNDACENTRO, 2021): • RTP 03:2002 – escavações, fundações e desmonte de rochas. Esta recomendação especifica as medidas técnicas de segurança relacionadas à proteção dos trabalhadores em atividades relacionadas a escavação, fundações e desmonte de rochas. 20 • RTP 01:2003 – medidas de proteção contra quedas de altura. Essa RTP trata das especificações técnicas relativas à proteção de riscos de queda de pessoas e materiais na construção civil. • RPT 04:2005 – escadas, rampas e passarelas, que objetiva a especificação e fornecimento de disposições relativas a escadas, rampas e passarelas utilizadas em obras. • RTP 05:2007 – instalações elétricas temporárias em canteiros de obras. Essa RTP traz especificações acerca dos riscos e medidas de proteção coletiva e individual nestas atividades. Trabalhar com projetos e programas voltados para segurança do trabalho, dentro da construção civil, é sempre um desafio, pois essa atividade reúne diferentes riscos em um mesmo ambiente. Ao mesmo tempo em que se deve abordar os riscos do trabalho em altura, existem atividades que podem ser realizadas em ambientes confinados. A pluralidade existente neste campo exige que o engenheiro de segurança do trabalho possua conhecimentos avançados em praticamente todas as normas regulamentadores, além da compressão da área da construção. Assim, ser especialista nesta área não demanda apenas tempo, mas muita dedicação e estudo para conhecer plenamente este ambiente e sua complexidade. Referências ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE MEDICINA DO TRABALHO. Construção civil está entre os setores com maior risco de acidentes de trabalho. 2019. Disponível em: https://www.anamt.org.br/portal/2019/04/30/construcao-civil-esta-entre-os-setores- com-maior-risco-de-acidentes-de-trabalho/. Acesso em: 2 mar. 2022. BRASIL. Ministério do Trabalho e Previdência Social. NR-01: disposições gerais e gerenciamento de riscos ocupacionais. Brasília, 2020a. Disponível em: https://www. gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de- trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr- 01.pdf/view. Acesso em: 2 mar. 2022. https://www.anamt.org.br/portal/2019/04/30/construcao-civil-esta-entre-os-setores-com-maior-risco-de https://www.anamt.org.br/portal/2019/04/30/construcao-civil-esta-entre-os-setores-com-maior-risco-de https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-01.pdf/view https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-01.pdf/view https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-01.pdf/view https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-01.pdf/view 21 BRASIL. Ministério do Trabalho e Previdência Social. NR-06: Equipamento de Proteção Individual – EPI. Brasília, 2018a. Portaria MTb n. 877, de 24 de outubro de 2018. Disponível em: https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/lixo/images/ Documentos/SST/NR/nr-06-atualizada-2018.pdf/view. Acesso em: 2 mar. 2022. BRASIL. Ministério do Trabalho e Previdência Social. NR-07: Programa de controle médico de saúde ocupacional. Brasília, 2020b. Revisão: Portaria SEPRT n. 6.734, de 10 de março de 2020b. Disponível em: https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/ pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca- e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-07_atualizada_2020.pdf. Acesso em: 2 mar. 2022. BRASIL. Ministério do Trabalho e Previdência Social. NR-09: Avaliação e controle das exposições ocupacionais a agentes físicos, químicos e biológicos. Brasília, 2020c. Portaria SEPRT n. 6.735, de 10 de março de 2020. Disponível em: https://www.gov. br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de- trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr- 09-atualizada-2020.pdf. Acesso em:2 mar. 2022. BRASIL. Ministério do Trabalho e Previdência Social. NR 12: Segurança no trabalho em máquinas e equipamentos. Brasília, 2019a. Última modificação: Portaria SEPRT n. 916, de 30/07/2019, DOU 31/07/2019. Disponível em: https://www.gov. br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de- trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr- 12.pdf. Acesso em: 2 mar. 2022. BRASIL. Ministério do Trabalho e Previdência Social. NR-17: Ergonomia. Brasília, 2018b. Disponível em: https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/ composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e- saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-17.pdf/view. Acesso em: 2 mar. 2022. BRASIL. Ministério do Trabalho e Previdência Social. NR-18: Condições de segurança e saúde no trabalho na indústria da construção. Brasília, 2020d. Portaria SEPRT n. 3.733, de 10 de fevereiro de 2020. Disponível em: https://www.gov.br/trabalho-e- previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/ seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-18-atualizada-2020. pdf. Acesso em: 2 mar. 2022. BRASIL. Ministério do Trabalho e Previdência Social. NR-24: Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho. Brasília, 2019b. Portaria SEPRT n. 1.066, de 23 de setembro de 2019. Disponível em: https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/ pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca- e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-24-atualizada-2019.pdf. Acesso em: 2 mar. 2022. FARIA, D. L. et al. Análise preliminar de riscos (APR) de uma obra residencial unifamiliar na cidade de Candeias/MG. Scire Salutis, v.10, n.2, p.88-97, 2020. https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/lixo/images/Documentos/SST/NR/nr-06-atualizada-2018.pdf/view https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/lixo/images/Documentos/SST/NR/nr-06-atualizada-2018.pdf/view https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-07_atualizada_2020.pdf https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-07_atualizada_2020.pdf https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-07_atualizada_2020.pdf https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-09-atualizada-2020.pdf https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-09-atualizada-2020.pdf https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-09-atualizada-2020.pdf https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-09-atualizada-2020.pdf https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-17.pdf/view https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-17.pdf/view https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-17.pdf/view https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-18-atualizada-2020.pdf https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-18-atualizada-2020.pdf https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-18-atualizada-2020.pdf https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-18-atualizada-2020.pdf https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-24-atualizada-2019.pdf https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-24-atualizada-2019.pdf https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-24-atualizada-2019.pdf 22 FUNDAÇÃO JORGE DUPRAT DE FIGUEIREDO DE SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO. Recomendações Técnicas de Procedimentos. Disponível em: http:// antigo.fundacentro.gov.br/biblioteca/recomendacao-tecnica-de-procedimento. Acesso em: 2 mar. 2022. MAIA, A. L. M. Análise preliminar de riscos em uma obra da construção civil. Revista Tecnologia e informação, v. 1, n. 3, p. 55-69, 2014. PEINADO, S. P. Segurança e saúde do trabalho na construção civil. In: Peinado, H. S. (Org). Segurança e saúde do trabalho na construção civil. p. 29-80. São Carlos: Scienza, 2019. http://antigo.fundacentro.gov.br/biblioteca/recomendacao-tecnica-de-procedimento http://antigo.fundacentro.gov.br/biblioteca/recomendacao-tecnica-de-procedimento 23 Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) na Construção civil Autoria: Camila Zoe Correa Leitura crítica: Joubert Rodrigues dos Santos Júnior Objetivos • Elaborar e implementar o Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) na Indústria da Construção Civil. • Entender sobre os principais projetos que compõe o PGR. • Desenvolver ações coletivas, administrativas e individuais, com objetivo de prevenção de acidentes. 24 1. Programa e projetos voltados à segurança do trabalho na construção civil No Brasil, existe uma estrutura normativa extensa que trata sobre a segurança e saúde dos trabalhadores. Como profissionais da área, conhecer essa estrutura é fundamental para garantir a implantação das medidas necessárias para a proteção dos trabalhadores. Em 8 de junho de 1978, o antigo Ministério do Trabalho, que, a partir de janeiro do ano de 2019, passou a integrar a Secretaria de Inspeção do trabalho pertencente ao Ministério da Economia, instituiu e aprovou às Normas Regulamentadoras (NRS). Até o ano de 2021, foram publicadas 37 normativas. Entre essas, a NR- 18 é a que se refere a segurança do trabalho em atividades relacionadas a indústria da construção civil, porém, devido à complexidade existente em um canteiro de obras, quando se trata desse tema, outras normas também devem ser consultadas, como: NR-01, NR-04, NR-05, NR-06, NR- 07, NR-09, NR-10, NR-12, NR-23, NR-33 e NR-35. Além de entender as NRS citadas acima, o responsável técnico pela obra também deve conhecer o especificado nas Recomendações Técnicas de Procedimentos (RTP), publicadas pela Fundação Jorge Duprat Figueiredo, de Segurança e Medicina do Trabalho (FUNDACENTRO), bem como as Normas Técnicas publicadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e as legislações municipais. Com o objetivo de se ter uma visão geral sobre a legislação voltada a proteção dos trabalhadores em atividades realizadas na construção civil, ao longo deste tema você conhecerá a estrutura do Programa de Gerenciamento de risco (PGR), que deve ser elaborado para estas atividades de acordo com o instituído pela NR-18 (BRASIL, 2020b), e os projetos que o integram. 25 A NR-18 (BRASIL,2020b) tem como principal objetivo: [..] Estabelecer diretrizes de ordem administrativa, de planejamento e de organização, que visam à implementação de medidas de controle e sistemas preventivos de segurança nos processos, nas condições e no meio ambiente de trabalho na indústria da construção. (BRASIL, 2020b, p. 1) De acordo com o estabelecido nessa norma, são consideradas atividades da construção civil aquelas constantes na seção F, do Código Nacional de atividades econômicas (CNAE) e “[...] as atividades de serviços de demolição, reparo, pintura, limpeza e manutenção de edifícios em geral e de manutenção de obras de urbanização”. (BRASIL, 2020b, p. 2) Até 2 de agosto de 2021, todas as atividades citadas no parágrafo acima, que necessitassem de vinte funcionários ou mais, eram obrigadas a elaborar e a cumprir o disposto no Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção (PCMAT). Entretanto, a partir dessa data, esse programa foi substituído pelo PGR. O PGR deve apresentar todos os riscos existentes em um canteiro de obras e as respectivas medidas de prevenção que deverão ser utilizadas. Deve ser elaborado por profissional legalmente habilitado na área e sua execução fica a cargo da organização (BRASIL, 2020b, p.02), porém, de acordo com o item 18.4.2.1: [...] Em canteiros de obras com até 7 m (sete metros) de altura e com, no máximo, 10 (dez) trabalhadores, o PGR pode ser elaborado por profissional qualificado em segurança do trabalho e implementado sob responsabilidade da organização. (BRASIL, 2020b, p. 2) Segundo o disposto na NR-18 (BRASIL, 2020b), o PGR, além de conter o disposto na NR-01 (2020a), deve incluir: [...] a) projeto da área de vivência do canteiro de obras e de eventual frente de trabalho, em conformidade com o item 18.5 desta NR, elaborado por profissional legalmente habilitado; 26 b) projeto elétrico das instalações temporárias, elaborado por profissional legalmente habilitado; c) projetos dos sistemas de proteção coletiva elaborados por profissional legalmente habilitado; d) projetos dos Sistemas de Proteção Individual Contra Quedas (SPIQ), quando aplicável, elaborados por profissional legalmente habilitado; e) relação dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e suas respectivas especificações técnicas, de acordo com os riscos ocupacionais existentes. (BRASIL, 2020b, p. 1) A seguir será tratado de cada um dos projetos apresentado acima. As áreas de vivência são instalações provisórias montadas nos canteiros de obras, com o objetivo de fornecer aos trabalhadores melhores condições na execução das suas tarefas e sanar suas necessidades pessoais. As especificações relacionadas ao projeto desses locais, são apresentadas no item 18.5 da NR-18 (BRASIL,2020b), e para obtenção de mais detalhes, a NR-24 (BRASIL, 2019b) também deve ser consultada. Na construção civil, o choque elétrico é um dos principais riscos e causas de acidentes graves e fatais. Esses acidentes ocorrem, principalmente, em função da falta de projeto adequado, das dificuldades na execução e na manutenção das instalações elétricas nas obras (VIANA et al., 2007, p. 10). Em relação ao projeto elétrico, os responsáveis pela obra devem se atentar ao disposto na NR-18 (BRASIL, 2020b), NR-10 (BRASIL, 2019a) , RTP 05 (VIANA et al., 2007) e no Manual de segurança e saúde no trabalho, para instalações elétricas temporárias na indústria da construção (2018). O item 18.6 da NR-18, trata especificamente das diretrizes que devem ser seguidas na execução das instalações elétricas em obras. No 27 primeiro parágrafo do referido item, a NR-18 traz que “[...] A execução das instalações elétricas temporárias e definitivas deve atender ao disposto na NR-10” (BRASIL, 2020b, p. 5). A NR-10 (BRASIL, 2019a), por sua vez, dispõe sobre segurança em instalações e serviços em eletricidade, estabelecendo: [...] Os requisitos e condições mínimas objetivando a implementação de medidas de controle e sistemas preventivos, de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores que, direta ou indiretamente, interajam em instalações elétricas e serviços com eletricidade. (BRASIL, 2019a, p. 1) Além da NR-18 (2020b) e NR-10 (2019a), como citado acima, na elaboração e implantação de projetos elétricos em canteiros de obras, a RTP 05, publicada pela FUNDACENTRO, no ano de 2007, também deve ser consultada. Essa RPT tem como objetivo principal guiar os profissionais envolvidos com a segurança do trabalho nos canteiros de obras em relação aos riscos associados às instalações elétricas temporárias. Nesta, são apresentados conceitos relativos ao choque elétrico, tipos de proteção contra esse risco e sua localização, equipamentos de proteção aos funcionários, ferramentas manuais com isolamento elétrico e aspectos relacionados a prevenção e combate a incêndio (VIANA et al., 2007). O Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Instalações Elétricas Temporárias na Indústria da Construção, publicada no ano de 2018, pelo Serviço Social da Industria (SESI), é outra ferramenta que deve ser consultada. Esse manual foi elaborado em quatro capítulos, sendo sua estrutura organizada de acordo com as normas técnicas de gestão voltadas para Saúde e Segurança no Trabalho (SST), tendo como base uma das ferramentas de gestão mais utilizadas no mundo quando se busca a melhoria contínua de um processo, o ciclo PDCA. 28 O primeiro capítulo apresenta o que deve ser feito na fase de planejamento para start tap da instalação elétrica no canteiro de obras, traz o que deve ser adicionado no projeto e as recomendações e medidas de proteção necessárias na realização dos serviços e nas instalações elétricas na obra. Neste tema, é apresentado um esquema tratando da hierarquia relacionada as medidas de controle, visando a redução dos riscos e sua efetividade nos canteiros (Figura 1). Esse esquema tem como objetivo mostrar que a efetividade das medidas inseridas no ambiente de trabalho, diminuem à medida que passam de soluções coletivas para individuais. Figura 1 – Fluxograma apresentando hierarquia relacionado a efetividade das medidas de proteção em canteiros de obras Fonte: adaptado de Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Instalações Elétricas Temporárias na Indústria da Construção (SESI, 2018). O capítulo dois, deste manual, traz aspectos relacionas a execução ou implantação dos projetos. O três dispõe sobre algumas ferramentas que podem ser utilizadas para verificar a conformidade da gestão das instalações e, por fim, o capítulo quatro traz a importância de se realizar análises críticas nas instalações elétricas nos canteiros de obras, buscando sempre sua melhoria. É importante ressaltar que todos os materiais apresentados acima trazem que todo e qualquer serviço com eletricidade, executados em canteiros de obras, deve ser realizado por profissional autorizado e treinado para tal. 29 Em relação ao projeto de medidas de proteção coletiva (EPC) contra queda de pessoas e materiais em canteiro de obras, a NR-18 (2020b) traz algumas citações a respeito da obrigatoriedade do seu uso: [...] 18.9.1 É obrigatória a instalação de proteção coletiva onde houver risco de queda de trabalhadores ou de projeção de materiais e objetos no entorno da obra, projetada por profissional legalmente habilitado. 18.16.22 A madeira a ser usada para construção de escadas, rampas, passarelas e sistemas de proteção coletiva deve ser de boa qualidade, sem nós e rachaduras que comprometam sua resistência, estar seca, sendo proibido o uso de pintura que encubra imperfeições. (BRASIL, 2020b, p. 44) No item 18.9, da norma, são apresentadas algumas especificações a respeito dos EPC contra queda. A seguir, serão tratadas algumas dessas peculiaridades (BRASIL, 2020b): a. Quando houver aberturas no piso, essas deverão possuir fechamento provisório, fabricado de material resistente sendo esse travado ou fixado a estrutura (item 18.9.2) (Figura 0). Figura 2 – Proteção de madeira disposta em abertura no piso Fonte: Vieira et al. (2003). b. As aberturas no piso também podem ser dotadas de sistema de proteção contra quedas constituídas de anteparos rígidos que 30 proporcionem o fechamento total do vão, com altura mínima de 1,2 m (item 18.9.2). c. Quando iniciarem os serviços de concretagem na primeira laje, é obrigatória a instalação de proteções contra queda em sua periferia. Essa proteção deve possuir anteparos rígidos, com vão totalmente fechados e altura mínima de 1,2 m. Quando constituída em sistema de guarda-corpo e rodapé, deve: [...] a) travessão superior a 1,2 m (um metro e vinte centímetros) de altura e resistência à carga horizontal de 90 kgf/m (noventa quilogramas-força por metro), sendo que a deflexão máxima não deve ser superior a 0,076 m (setenta e seis milímetros); b) travessão intermediário a 0,7 m (setenta centímetros) de altura e resistência à carga horizontal de 66 kgf/m (sessenta e seis quilogramas-força por metro); c) rodapé com altura mínima de 0,15 m (quinze centímetros) rente à superfície e resistência à carga horizontal de 22 kgf/m (vinte e dois quilogramas-força por metro); d) ter vãos entre travessas preenchidos com tela ou outro dispositivo que garantao fechamento seguro da abertura. (BRASIL, 2020b, p. 19) A Figura 3 apresenta um esquema da estrutura especificada acima. Figura 3 - Especificação para o projeto de guarda-corpo e rodapé Fonte: adaptado de Vieira et al. (2003). 31 d. As plataformas de proteção primárias, secundárias ou terciárias, devem: [...] ser projetadas por profissional legalmente habilitado e atender aos seguintes requisitos: a) ser projetada e construída de forma a resistir aos impactos das quedas de objetos; b) ser mantida em adequado estado de conservação; c) ser mantida sem sobrecarga que prejudique a estabilidade de sua estrutura. (BRASIL, 2020b, p. 19-20). e. Em relação às redes de segurança, essas devem: [...] ser confeccionadas e instaladas de acordo com os requisitos de segurança e ensaios previstos nas normas EN 1263-1 e EN 1263-2 ou em normas técnicas nacionais vigentes. (BRASIL, 2020b, p. 20) Ainda devem possuir malha uniforme e quando utilizadas para proteção nas laterais da edificação, estarem associadas a um sistema com altura mínima de 1,2 m, buscando impedir a queda de materiais e objetos (BRASIL, 2020b, p. 20). A Figura 4 apresenta o esquema de uma edificação com a instalação das plataformas de proteção e tela. Quando se trata dos projetos de EPC além da NR-18 (BRASIL, 2020b), a RTP 01 (2003) também deve ser consultada. Esta recomendação, “[...] específica as disposições técnicas relativas à proteção contra riscos de queda de pessoas e materiais na indústria da construção” (VIEIRA et al., 2003). Traz as especificações de projeto dos dispositivos protetores de plano vertical (sistema guarda-corpo e rodapé–GcR, sistema de barreira com rede, proteção de aberturas no piso e barreiras com cancelas ou dispositivos similares), plano horizontal e de proteção para limitação de quedas (VIEIRA et al., 2003). 32 Figura 4 – Esquema de um edifício de dez andares com suas plataformas de proteção e tela instalada Fonte: Vieira et al. (2003). Entretanto, o responsável pelo projeto deve ficar atento às especificações apresentadas na RTP citada acima, pois as NRS estão sempre sendo atualizadas, então, é importante verificar se o especificado nesta recomendação está de acordo com a NR-18 (BRASIL, 2020b) e, caso haja alguma divergência, deve ser seguido o disposto na norma. No que se refere ao projeto dos dispositivos de proteção individual (EPI) contra quedas (SPIQ), a NR-18 (BRASIL, 2020b) apresenta os locais onde é exigido o seu uso, entretanto, para conhecer suas especificações de projeto é importante estudar e entender o disposto na NR-35 – Trabalho em altura (BRASIL, 2019c). Essa NR: [...] Estabelece os requisitos mínimos e as medidas de proteção para o trabalho em altura, envolvendo o planejamento, a organização e a execução, de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores envolvidos direta ou indiretamente com esta atividade. (BRASIL, 2019c, p. 1) 33 A relação dos EPI’s que devem ser utilizados na obra, dependerá dos riscos identificados na execução das atividades neste ambiente. Para sua determinação, é necessário que seja feita uma análise minuciosa dos perigos e riscos existentes em cada tarefa e, após implantadas todas as medidas de ordem administrativa e coletiva, ou enquanto essas ainda estiverem sendo implantadas, indicar os EPI’s adequados ao trabalhador. Para realizar essa indicação, o Anexo I da NR-06 (BRASIL, 2018), pode ser consultado. Nele, será encontrada uma lista dos EPI e suas características. Este tema teve ênfase aos projetos que devem, em alguns casos, estarem presentes no PGR de um canteiro de obras, porém a NR-18 (BRASIL, 2020b) também traz outras especificações, visando a saúde e proteção dos trabalhadores nas diferentes etapas que podem estar presentes em uma obra, por isso, é importante que você leia e entenda esta normativa na integra, para que nada fique fora do especificado. Como colocado ao longo do texto, o PGR deve contemplar todos os perigos e riscos existentes no canteiro de obra e deve ser atualizado de acordo com as modificações realizadas nesse ambiente. Quando se trata dos projetos, várias normas e recomendações técnicas devem ser consultadas, o que demostra a complexidade de se trabalhar e garantir a segurança de todos os operadores nesse ambiente. Referências BRASIL. Ministério do Trabalho e Previdência Social. NR-01: disposições gerais e gerenciamento de riscos ocupacionais. Brasília, 2020a. Disponível em: https://www. gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de- trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr- 01.pdf/view. Acesso em: 2 mar. 2022. https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-01.pdf/view https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-01.pdf/view https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-01.pdf/view https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-01.pdf/view 34 BRASIL. Ministério do Trabalho e Previdência Social. NR-06: Equipamento de Proteção Individual – EPI. Brasília, 2018. Portaria MTb n. 877, de 24 de outubro de 2018. Disponível em: https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/lixo/images/ Documentos/SST/NR/nr-06-atualizada-2018.pdf/view. Acesso em: 2 mar. 2022. BRASIL. Ministério do Trabalho e Previdência Social. NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade. Brasília, 2019a. Última modificação: Portaria SEPRT 915, de 30 de julho de 2019. Disponível em: https://www.gov. br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de- trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/sst-portarias/2019/portaria_ seprt_915_-aprova_a_nova_nr_01.pdf. Acesso em: 2 mar. 2022. BRASIL. Ministério do Trabalho e Previdência Social. NR-18: Condições de segurança e saúde no trabalho na indústria da construção. Brasília, 2020b. Portaria SEPRT n. 3.733, de 10 de fevereiro de 2020. Disponível em: https://www.gov.br/trabalho-e- previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/ seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-18-atualizada-2020. pdf. Acesso em: 2 mar. 2022. BRASIL. Ministério do Trabalho e Previdência Social. NR-24: Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho. Brasília, 2019b. Portaria SEPRT n. 1.066, de 23 de setembro de 2019. Disponível em: https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/ pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca- e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-24-atualizada-2019.pdf. Acesso em: 2 mar. 2022. BRASIL. Ministério do Trabalho e Previdência Social. NR 35–Trabalho em altura. Brasília, 2019c. Portaria SEPRT n. 915, de 30 de julho de 2019. Disponível em: https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/ secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/ctpp-nrs/norma- regulamentadora-no-33-nr-33. Acesso em: 2 mar. 2022. SESI. Manual de segurança e saúde no trabalho para instalações elétricas temporárias na indústria da construção: guia de boas práticas para instalações elétricas temporárias nos canteiros de obra. Brasília: SESI/DN, 2018. VIANA, M. J.; SILVA, A. C. M. da.; MONTOVANI, O. C. et al. Recomendação Técnica de Procedimentos–Instalações elétricas temporárias em canteiros de obras. São Paulo: FUNDACENTRO, 2007. VIEIRA, M. F.; FILHO, A. R.; SILVA, R. R. da. et al. Recomendação Técnica de Procedimentos – Medidas de proteção contra quedas de altura. São Paulo: FUNDACENTRO, 2003. https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/lixo/images/Documentos/SST/NR/nr-06-atualizada-2018.pdf/viewhttps://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/lixo/images/Documentos/SST/NR/nr-06-atualizada-2018.pdf/view https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/sst-portarias/2019/portaria_seprt_915_-aprova_a_nova_nr_01.pdf https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/sst-portarias/2019/portaria_seprt_915_-aprova_a_nova_nr_01.pdf https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/sst-portarias/2019/portaria_seprt_915_-aprova_a_nova_nr_01.pdf https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/sst-portarias/2019/portaria_seprt_915_-aprova_a_nova_nr_01.pdf https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-18-atualizada-2020.pdf https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-18-atualizada-2020.pdf https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-18-atualizada-2020.pdf https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-18-atualizada-2020.pdf https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-24-atualizada-2019.pdf https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-24-atualizada-2019.pdf https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-24-atualizada-2019.pdf https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/ctpp-nrs/norma-regulamentadora-no-33-nr-33 https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/ctpp-nrs/norma-regulamentadora-no-33-nr-33 https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/ctpp-nrs/norma-regulamentadora-no-33-nr-33 35 BONS ESTUDOS! Sumário Introdução a segurança do trabalho na construção civil Objetivos 1. Segurança do trabalho na construção civil Referências Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) na Construção civil Objetivos 1. Programa e projetos voltados à segurança do trabalho na construção civil Referências
Compartilhar