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CENTRO UNIVERSITÁRIO CENTRAL PAULISTA – UNICEP ESPECIALIZAÇÃO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO FERNANDO BONETTI ESTUDO SOBRE EPI`S UTILIZADOS OBRIGATÓRIAMENTE NOS TRABALHOS EM ALTURA, CONFORME PROPAGA A NR35 São Carlos 2019 FERNANDO BONETTI ESTUDO SOBRE EPI’S UTILIZADOS OBRIGATÓRIAMENTE NOS TRABALHOS EM ALTURA, CONFORME PROPAGA A NR35 Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Centro Universitário Central Paulista - UNICEP, como exigência para conclusão da Especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho. São Carlos 2019 FOLHA DE APROVAÇÃO Centro Universitário Central Paulista - UNICEP Pós-Graduação Especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho ALUNO: FERNANDO BONETTI Título do Trabalho: ESTUDO SOBRE EPI’S UTILIZADOS OBRIGATÓRIAMENTE NOS TRABALHOS EM ALTURA, CONFORME PROPAGA A NR35. BANCA EXAMINADORA Orientador Prof. Adaécio Martins Junior Assinatura:______________________________ Nota: __________ São Carlos, 22 de Abril de 2019. DECLARAÇÃO DE AUTENTICIDADE Eu, Fernando Bonetti, RG: 29.059.230-6, aluno regularmente matriculado no Curso de Especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho do Centro Universitário Central Paulista - UNICEP, declaro ser o autor do texto apresentado como Trabalho de Conclusão de Curso - TCC com o título “ESTUDO SOBRE EPI’S UTILIZADOS OBRIGATORIAMENTE NOS TRABALHOS EM ALTURA, CONFORME PROPAGA A NR35” Afirmo, também, ter seguido as normas da ABNT referentes às citações textuais utilizadas não serem de minha autoria, aja vista disso, endosso a autoria a seus verdadeiros autores (Lei n.9.610, 19/02/1998). Através dessa declaração dou ciência de minha responsabilidade sobre o texto apresentado e assumo qualquer responsabilidade por eventuais problemas legais, no tocante aos direitos autorais e originalidade do texto. São Carlos, 22 de Abril de 2019 Assinatura AGRADECIMENTOS Agradeço em primeiro lugar a Deus pela vida e todas as bênçãos que concedeu. Inicialmente expresso o meu agradecimento aos meus pais, que sempre me ajudaram ao longo de toda a minha vida, e que acompanharam facultando-me tudo o que era necessário pelo apoio incondicional e paciência nos momentos difíceis durante esta jornada. Por fim, agradeço a todos aqueles que de alguma forma contribuíram para a conclusão deste trabalho. LISTA DE FIGURAS Figura 1: Andaimes .......................................................................................................................................... 22 Figura 2: Guarda Corpo .................................................................................................................................... 23 Figura 3: Andaime móvel ................................................................................................................................. 25 Figura 4: Andaime Fachadeiro ......................................................................................................................... 26 Figura 5: Balancim ........................................................................................................................................... 26 Figura 6: Cadeira Individual ............................................................................................................................. 26 Figura 7: Capacetes .......................................................................................................................................... 29 Figura 8: Óculos de proteção ............................................................................................................................ 30 Figura 9: Protetor auditivo ............................................................................................................................... 31 Figura 10: Luvas para proteção ........................................................................................................................ 32 Figura 11: Calçados para proteção .................................................................................................................. 33 Figura 12: Cinto de segurança com dispositivo trava quedas ........................................................................... 33 Figura 13: Trabalhador preso com talabarte ..................................................................................................... 34 Figura 14: Trava quedas ................................................................................................................................... 34 Figura 15: Cinturão abdominal ........................................................................................................................ 35 Figura 16: Mosquetão ....................................................................................................................................... 35 Figura 17: Absorvedor de energia .................................................................................................................... 36 Figura 18: Cinto porta objetos .......................................................................................................................... 36 Figura 19: EPI’s obrigatórios .......................................................................................................................... 38 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ABNT Associação Brasileira de Normas e Técnicas CA Certificação de Aprovação CLT Consolidação das Leis de Trabalho EPC Equipamento de Proteção Coletiva EPI Equipamento de Proteção Individual NR Norma Regulamentadora PCMAT Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho PCMSO Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional PPRA Programa de Prevenção de Riscos Ambientais SAT Seguro de Acidente de Trabalho RESUMO O presente trabalho apresenta informações que demonstram a importância da utilização dos Equipamento de Proteção Individual (EPI’s) na construção civil, especialmente trabalho em altura. A partir dos de estudos e pesquisas estatísticas, criou-se leis, decretos e normas para conceituar o que é acidente de trabalho e segurança no trabalho, bem como para regulamentar como devem ser realizadas as atividades de maneira segura e protetora. Deve-se ter uma preocupação maior quando se trata em trabalho em altura. Normas devem ser seguidas quando se está usando andaimes e balancins para realizar este trabalho. E quando se está realizando essas atividades, estas normas permitem entender como se deve realizar as atividades utilizando andaimes e balancins; quais os EPI’s específicos devem ser usados. Essa obrigatoriedade deve ser tanto para a empresa quanto para o trabalhador, o que reduz os riscos de acidentes de trabalho e aumenta a segurança e qualidade de vida do trabalhador. Palavras-chave: Acidente de trabalho, Segurança no trabalho, Equipamento de Proteção Individual (EPI). . ABSTRACT This work presents information that shows how important the use of Personal Protective Equipment (PPE) in civilian buildings, especially in work at heights. For the worker has safety and to avoid accidents, such equipment should be used and therefore, the result of studies and statistical research, it created laws, decrees and standards to conceptualize what is work accidents and safety work, as well as to regulate the activities to be performed safely and protectively. This protection should have moreimportance when the civil work is done in high places. Should follow rules when using scaffolding and rockers to perform this work. And when it is carrying out these activities, these standards allow us to understand how to carry out the activities using scaffolding and rockers; which specific PPE should be used compulsorily by the worker, such as helmets, seat belts, fall arrest, safety glasses, suitable footwear and storage compartments belts. This requirement should be for both the company and the worker, which reduces the risks of accidents and increases the safety and quality of work life. Key-words: Accident at work, Safety at work, Personal Protective Equipment (PPE). 10 SUMÁRIO 1 - INTRODUÇÃO .......................................................................................................................................... 11 1.1 – CARACTERIZAÇÃO DO TEMA .......................................................................................................... 11 1.2 - OBJETIVOS ............................................................................................................................................ 12 1.4 – PROBLEMAS E HIPÓTESES DA PESQUISA ..................................................................................... 12 1.5 – METODOLOGIA E ESTRUTURA DO TRABALHO .......................................................................... 13 2. CAPÍTULOS ABORDADOS ...................................................................................................................... 13 2.1 – LEGISLAÇÃO DE SEGURANÇA DO TRABALHO E EPI’s ............................................................. 13 2.2 – ACIDENTES DE TRAALHO (CONCEITOS) ....................................................................................... 17 2.3.1 - TIPOS DE EQUIPAMENTOS ............................................................................................................ 21 2.4 – EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (ANDAIMES E BALANCINS) ........................ 27 3 – ESTUDO SOBRE EPI’s OBRIGATÓRIOS NA UTILIZAÇÃO DE ANDAIMES E BALANCINS ....... 37 3.1 – EQUIPAMENTOS UTILIZADOS PARA TRABBALHO EM ALTURA FULCRO NR35 ................. 37 4 - CONCLUSÕES .......................................................................................................................................... 38 5 – REFÊRENCIAS BIBLIOGRAFICAS ...................................................................................................... 40 11 1. INTRODUÇÃO 1.1 Caracterização do tema O ramo da construção civil representa um importante papel na economia nacional visto pela ótica econômica e social, principalmente, em países de economia emergente, como o Brasil, no qual o avanço do sistema produtivo e o aumento populacional buscam grandes investimentos em obras de infraestrutura, de ampliação industrial e habitacional (LIMA, 2013). Atualmente, segundo Dobrovolski et al. (2008), a obrigatoriedade das empresas em cumprirem as leis referentes à Segurança e Medicina no Trabalho, veio à tona a preocupação em evitar acidentes ou doenças ocupacionais. Com isso, inovações foram necessárias para melhorar a qualidade de vida no ambiente de trabalho, como segurança e diminuição do absenteísmo. Dobrovolski et al. (2008) afirmam que a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) define acidente de trabalho como a situação não prevista e indesejável que pode ocorrer no exercício do trabalho. Para se evitar o acidente de trabalho, algumas alternativas estão previstas em lei, sendo a principal a utilização dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s) e Equipamentos de Proteção Coletivos (EPC’s), que são os dispositivos ou produtos, de uso individual ou coletivo, usados pelo trabalhador, destinados à proteção de riscos que podem ameaçar a segurança e a saúde no trabalho (DOBROVOLSKI et al., 2008). A Lei nº 6.514, de 22.12.1977 reza: Art. 166 - A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, equipamento de proteção individual adequado ao risco e em perfeito estado de conservação e funcionamento, sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa 12 proteção contra os riscos de acidentes e danos à saúde dos empregados. 1.2. Objetivos O objetivo deste trabalho é demonstrar quais são os EPI’s utilizados na execução de obras civis quanto ao trabalho em altura, bem como demonstrar sua utilidade e importância para evitar acidentes. 1.3. Justificativa Com o intuito de melhor entender como é importante a utilização dos EPI’s em obras civis, principalmente em andaimes e balancins, a presente pesquisa demanda informações que comprovem esta importância, pois, a utilização destes equipamentos, muitas vezes, não é levada a sério e sequer fiscalizado, desta forma, muitos trabalhadores correm risco de acidentes, quedas, podendo até ocasionar o óbito do laborista. De acordo com Azevedo (2014), no que diz respeito ao uso de andaime e balancim em obras civis, os EPI’s necessários são: cinto de segurança tipo paraquedista, com duplo talabarte; capacete; cinto porta-objeto; óculos de proteção; protetores auriculares; e luvas de raspa. Deve-se esclarecer que a importância do uso dos Equipamentos de Segurança devem ser usados em todo local de trabalho, qual seja necessário no exercício da função tal qual qualquer atividade realizada em altura, tendo como referencia os autores citados no decorrer da pesquisas, bem como a NR6, NR18, NR35 (portaria 3214), CLT e leis complementares. 1.4. Problema e Hipótese da pesquisa Os EPI`s, são necessários quando as medidas de proteção coletiva (EPC) não são tão eficazes em mitigar o risco, tornando-se então medida adicional ao trabalhador. Quando a empresa contratante realiza o exame de risco no ambiente (PPRA/PCMAT/PCMSO), e verifica-se a necessidade de utilização de EPI`s específicos para determinadas funções, ela se torna a responsável para realizar a entrega, orientação e 13 treinamento quanto ao uso tão bem como manuseio, higienização pelo trabalhador. Um dos maiores problemas encontrados pelas Empresas é quando o trabalhador passando por todo esse processo, e por uma questão comportamental de imprudência e negligência não os utilizam, por não compreenderem a importância desses na atividade a ele executada, cabendo então por parte dos engenheiros e seguranças do trabalhos aplicar a reciclagem de treinamentos e mesmo não sendo eficiente tomar medidas mais severas como punições ou até mesmo o desligamento deste trabalhador para preservar sua própria vida. 1.5 Metodologia e Estrutura do Trabalho O conteúdo desta pesquisa baseou-se em normas, leis, dados encontrados em artigos científicos virtuais, doutrinas de conceituados autores e monografias impressas correlacionados com o tema proposto. E, para melhor entender estes dados coletados, a presente pesquisa foi dividida em três capítulos: “Legislação de Segurança do Trabalho sobre EPI’s”, “Andaimes e Balancins”; e “Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s) utilizados em Andaimes e Balancins”. 2. CAPÍTULOS ABORDADOS 2.1 LEGISLAÇÃO DE SEGURANÇA DO TRABALHO E EPI’S Segurança do trabalho pode ser conceituada como a ciência que estuda e propõe normas tecnicamente adequadas, com o objetivo de prevenir acidentes do trabalho e doenças do ocupacionais, garantindo a integridade física e saúde dos trabalhadores. De acordo com Cisz (2015), com o advento da Revolução Industrial e com expansão do capitalismo industrial, elevou-se o número de acidentes do trabalho, devido às péssimas condições de trabalho que existiam na época, o que acabou acarretando, até, falta de mão de obra nas indústrias, pois a quantidade de trabalhadores mortos e mutiladoseram muito grande. Como a situação estava muito dramática e ocasionou indignações públicas, na Inglaterra, geraram-se várias comissões de inquérito no Parlamento Inglês. Assim, começou-se a criar leis de proteção à saúde e à integridade física dos trabalhadores, 14 buscando preservar o novo modo de produção. “Algumas delas são as Leis da Saúde e Moral dos Aprendizes” (1802), que estabelecia o limite diário de 12 horas trabalhadas, proibia o trabalho noturno e tornava obrigatória a ventilação do local de trabalho e a lavagem das paredes das fábricas duas vezes ao ano; e a “Lei das Fábricas” (1833), criada também na Inglaterra, que fixava em 9 anos a idade mínima para o trabalho, proibia trabalho noturno para menores de 18 anos e exigia exames médicos de todas as crianças trabalhadoras (RODRIGUES, 1993 apud CISZ, 2015). Segundo Campos (2001 apud CISZ, 2015), na França, no ano de 1862, regulamentou-se a segurança e a higiene no local de trabalho e em 1865, foi na Alemanha e, em 1921, nos Estados Unidos. No século XX, devido desenvolvimento da administração científica, a preocupação com os acidentes do trabalho passou a fazer parte da gestão dos estabelecimentos industriais, que lançaram técnicas de engenharia para criar novos sistemas preventivos ou que controlasse essa problemática, como EPI’s e sistemas de ventilação industrial (CISZ, 2015). No Brasil no ano 1919, a primeira legislação que dispunha sobre acidentes do trabalho, o Decreto Legislativo nº. 3.724, de 15 de janeiro, tendo como ponto de partida a intervenção do Estado nas condições de consumo da força do trabalho industrial no país. Entretanto, ela não considerava acidente de trabalho como uma doença profissional atípica, exigindo reparação somente em casos de “moléstia contraída exclusivamente pelo exercício do trabalho, quando este for de natureza a só por si causá- la”. Este Decreto institui o pagamento de indenização proporcional à sequela ocasionada pela moléstia. Com isso, as empresas se possibilitaram a contratarem o Seguro de Acidente de Trabalho (SAT), junto às seguradoras da iniciativa privada, até 1967, quando este tipo de seguro tornou-se prerrogativa da Previdência Social (MIRANDA, 1998 apud CISZ, 2015). Em 1934 surge a segunda lei de acidentes do trabalho, com o decreto nº. 24.637, de 10 de julho, que modificou a legislação anterior. É criada a Inspetoria de Higiene e Segurança do Trabalho, que se transformaria ao longo dos anos em Serviço, em Divisão, em Departamento, em Secretaria e, mais recentemente, novamente em Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho. Amplia-se o conceito de doença profissional, abrangendo um maior número de doenças até então não consideradas 15 relacionadas ao trabalho, mas que passam a sê-lo. É reconhecida como acidente do trabalho a doença profissional atípica (mesopatia) (MIRANDA, 1998 apud CISZ, 2015, p.15). No ano de 1944, segundo Andrade (2001 apud CISZ, 2015), é criada a terceira legislação de acidentes do trabalho no Brasil, o Decreto-Lei nº. 7.036, de 10 de novembro. Foi à primeira legislação exclusivamente disposta ao assunto, obrigando as empresas a organizarem comissões internas com o objetivo de prevenir acidentes do trabalho. Ela determinou que empresas com mais de 100 funcionários constituíssem essas comissões para representá-los, com a finalidade de estimular o interesse pelas questões de prevenção de acidentes. Andrade (2011 apud CISZ, 2015) diz que foi no ano de 1967 que surgiu a quarta lei de acidentes do trabalho no Brasil, com o Decreto-Lei nº. 293, de 28 de fevereiro. Ela dispunha sobre a integração do seguro de acidentes do trabalho na Previdência Social, retirando-o da iniciativa privada. Entretanto a duração desta nova lei foi curta, sendo totalmente revogada no mesmo ano, pela Lei nº. 5.316, de 14 de setembro. Esta que restringiu o conceito de doença do trabalho, excluindo doenças degenerativas e doenças inerentes a grupos etários. De acordo com Andrade (2001 apud CISZ, 2015), por meio do Decreto nº. 61.784, de 28 de novembro de 1967, foi aprovado o novo Regulamento do Seguro de Acidentes do Trabalho. No mesmo ano, foram realizadas várias alterações na legislação que diz respeito ao acidente de trabalho no Brasil, tornou-se uma prerrogativa estatal, reforçando a obrigatoriedade dele por parte das empresas; introduziu o conceito de acidente de trajeto; promoveu a prevenção de acidentes; e promoveu a reabilitação profissional. Segundo Cisz (2015), em 1976 é criada a sexta lei de acidentes do trabalho, a Lei nº. 6.367, de 19 de outubro, que amplia a cobertura da Previdência Social no que diz respeito ao acidente do trabalho. Junto a essa lei, foi criado do Decreto nº. 79.037, de 24 de dezembro, que aprova o novo Regulamento do Seguro de Acidentes do Trabalho, ficando sem proteção especial contra acidentes do trabalho o empregador doméstico e os presidiários que trabalham sem remuneração. 16 Esta “lei identifica a doença profissional e a doença do trabalho como expressões sinônimas, equiparando-as a acidente do trabalho somente quando constantes da relação organizada pelo Ministério da Previdência e Assistência Social” (CISZ, 2015, p.16). De acordo com Cisz (2015), em 8 de junho de 1978 foi aprovada a Portaria nº. 3.214, que aprova as Normas Regulamentadoras (NR) da Consolidação das Leis de Trabalho (CLT) relativas à segurança e medicina do trabalho. Em seu artigo 200, de seu capítulo V, deu ao Ministério do Trabalho, o poder legal de instituir normas complementares (LIMA JR, 2005 apud LIMA, 2013). Segundo Lima Jr (2005 apud LIMA , 2013), o assunto segurança e saúde do trabalho começaram a ganhar maior conteúdo por meio da CLT, como, por exemplo, tornou-se obrigatória a constituição dos Serviços Especializados de Segurança e Medicina no Trabalho (SESMT) por parte das empresas. A Portaria nº. 3.214 aprovou as primeiras vinte e oito normas regulamentadoras que forneciam as diretrizes básicas sobre saúde e segurança do trabalho. Na época, o setor da construção civil teve a NR18, intitulada “Obras de Construção, demolição e reparos”, que em 1983, teve sua primeira reformulação com objetivo de torná- la mais técnica e atual (LIMA JR, 2005 apud LIMA, 2013). Atualmente, está portaria conta com 36 normas regulamentadoras, devido as necessidades existentes nos diversos ambientes de trabalho, havendo alterações sempre que necessárias (CISZ, 2015). Lima (2013) afirma que, no ano de 1994, esta portaria foi discutida e reformulada por meio de uma comissão tripartite (trabalhadores, empregados e governo), entrando em vigor no ano de 1995, como NR18 – Condições e meio ambiente de trabalho na Indústria da Construção, vigente atualmente com este título, com inúmeras e frequentes alterações objetivadas pela necessidade de promover a melhoria no texto e na prática da saúde e segurança no setor da construção civil. A legislação atual que trata de EPI no âmbito da segurança e saúde do trabalhador é estabelecida pela consolidação das Leis do Trabalho (CLT). A Lei 6514 de dezembro de 1977, que é o Capítulo V da CLT, estabelece a regulamentação de segurança e medicina no trabalho. 17 A Seção IV desse capítulo define a obrigatoriedade da empresa fornecer o EPI gratuitamente ao trabalhador, e a obrigatoriedade de o EPI possuir o Certificado de Aprovação (CA) emitido pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). “Artigo 166 - A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, equipamentos de proteção individual adequado ao risco e em perfeito estado de conservação e funcionamento, sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes e danos à saúde dos empregados. Artigo 167 - O equipamento de proteção só poderá ser posto à venda ou utilizado com a indicação do Certificado de Aprovaçãodo Ministério do Trabalho”. A regulamentação sobre o uso do EPI é estabelecida pelas Norma Regulamentadora 06 do MTE NR-6 - 6.1 Para os fins de aplicação desta Norma Regulamentadora - NR, considera-se Equipamento de Proteção Individual - EPI, todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho. (...) 2.2 Acidente de Trabalho e Legislação (Conceitos) De acordo com Azevedo (2014), o acidente de trabalho define-se como qualquer tipo de lesão corporal ou perturbação que possa ocorrer no momento em que o trabalhador está desenvolvendo suas funções. O Artigo 19 da Lei nº. 8.213, que dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social e dá outras providências, define o termo acidente de trabalho como: Aquele que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou pelo exercício do trabalho dos segurados especiais, provocando lesão corporal perturbação funcional que cause a morte ou a 18 perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho (BRASIL, 1991 apud AZEVEDO, 2014, p.27). Em seu Artigo 20, esta lei (BRASIL, 1991, p.17) considera como acidente de trabalho as seguintes entidades mórbidas: I – doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social; II – doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente, constante da relação mencionada no inciso I; § 1º Não são consideradas como doença do trabalho: a) A doença degenerativa; b) A inerente a grupo etário; c) A que não produza incapacidade laborativa; d) A doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em que ela se desenvolva, salvo comprovação de que é resultante de exposição ou contato direto determinado pela natureza do trabalho. § 2º Em caso excepcional, constatando-se que a doença não incluída na relação prevista nos incisos I e II deste artigo resultou das condições especiais em que o trabalho é executado e com ele se relaciona diretamente, a Previdência Social deve considerá-la acidente de trabalho (BRASIL, 1991, p.17). De acordo com o Artigo 21 desta lei (BRASIL, 1991, p.17-18), as ações que podem sem consideradas também como acidente de trabalho são: I – o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja contribuído diretamente para a morte do segurado, para redução ou perda da sua capacidade para o 19 trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica para sua recuperação; II – o acidente sofrido elo segurado no local e no horário do trabalho, em consequência de: a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro de trabalho; b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada ao trabalho; c) ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro ou de companheiro de trabalho; d) ato de pessoa privada do uso da razão; e) desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou decorrentes de força maior; III – a doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício de sua atividade; IV – o acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário de trabalho: a) na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da empresa; b) na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuízo ou proporcionar proveito; c) em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo quando financiada por estar dentro de seus planos para melhor capacitação da mão-de-obra, independentemente do meio de locomoção utilizado, inclusive veículo de propriedade do segurado; d) no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado (BRASIL, 1991, p.17-18). Segundo Azevedo (2014), a entidade responsável civilmente pela segurança do trabalhador é o empregador, tendo que zelar por seus funcionários obrigatoriamente tanto no que diz respeito ao zelo financeiro quanto ao profissional. 20 Se acaso houver algum acidente e o empregador omitir, bem como, se este oferecer atividades de risco para com seu trabalhador, cabe ao mesmo pagar uma indenização à vítima e responder por um processo judiciário (AZEVEDO, 2014). A Súmula nº. 229, do Supremo Tribunal Federal (apud AZEVEDO, 2014, p.29), referem-se às responsabilidades e ao pagamento de indenização daquele que ocasionar dano aos seus funcionários; conceitua como responsável pelo acidente de trabalho “aquele que por ação ou omissão voluntária, negligencia imprudência ou imperícia”, o que o obriga a indenizar o trabalhador pelo prejuízo causado pelo acidente. Essa indenização acidentária realizada pela Previdência Social não exclui a indenização realizada por Direito Civil, quando o acidente de trabalho ocorre de maneira culposa ou dolosa, isto é, a vítima pode receber indenização pela Previdência Social e pela empresa. De acordo com Azevedo (2014), no que se refere à segurança do trabalho em construções civis, existe a Norma Regulamentadora NR18. Ela é a mais importante norma quando se fala de atividades exercidas em canteiros de obras, obrigando a elaboração e o cumprimento do Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção (PCMAT) e determinam quais são as condições seguras para os trabalhadores nas atividades realizadas em canteiros de obras. Azevedo (2014) afirma que a NR18 tem como objetivo principal estabelecer diretrizes administrativas, de planejamento e de organização que têm como meta a implantação de medidas de controle e sistemas preventivos de segurança nos processos, nas condições e no meio ambiente em que o trabalhador da construção civil está exercendo sua função. Essas diretrizes referem-se também como se deve proceder quando ocorrer o acidente de trabalho, inclusive o fatal. De acordo com Lima (2013), em 2012, foi publicada a Portaria 313, do Ministério do Trabalho e Emprego, aprovando a Norma Regulamentadora de número 35 (NR35), que tem como intuito regulamentar um tipo específico de atividade, o trabalho em altura, atividade presente em vários setores econômicos. Essa norma foi criada devido dados oficiais sobre acidentes ocorridos no Brasil, sendo que aproximadamente 40% dos acidentes estão relacionados a atividades realizadas em altura, principalmente na construção civil (BAU, 2012 apud LIMA, 2013). 21 2.3. O TRABALHO EM ALTURA NR 35 É considerado Trabalho em Altura toda e qualquer atividade realizada acima de 2 metros de altura da base principal, com risco de queda do profissional. Esse tipo de trabalho requer um cuidado todo especial para que possa ser feito de forma segura, minimizando os riscos corridos pelo trabalhador e oferecendo toda a segurança para que a atividade possa ser feita de forma satisfatória. Esse tipo de atividade apresenta riscos ao trabalhador que podem ser fatais, por isso é importante seguir à risca todas as recomendações para que o Trabalho em Altura possa ser realizado da forma correta. É essencial que os trabalhadores estejam devidamente treinados e habilitados para executar o trabalho e que tanto empregado quanto empregador respeitem os procedimentos determinados pela NR-35. 2.3.1. TIPOS DE EQUIPAMENTOS UTILIZADOS EM TRABALHO EM ALTURA Andaimes e Balancins são equipamentos utilizados em lugares elevados de plataforma, facilitando a locomoção do trabalhador quando o serviço realizado e feito em altura superior adois metros, na construção civil eles são muito utilizados em, pintura, limpeza e manutenção. A) ANDAIMES De acordo com Azevedo (2014), os andaimes são equipamentos utilizados em lugares elevados em forma de plataforma, facilitando a locomoção do trabalhador quando em atividade em altura. Na construção civil, podem ser usados quando o trabalhador for realizar o acabamento de fachadas de um prédio, pintura, limpeza e manutenção. De acordo com Pampalon (2002 apud DEL VALLE, 2013), no piso de trabalho dos andaimes é proibido o uso de escadas ou apoios móveis, bem como trabalhar em andaimes apoiados sobre cavaletes que possuam altura superior a dois metros e largura inferior a 90 centímetros. 22 Na montagem e desmontagem desses equipamentos deve-se observar se não estão próximos a redes elétricas, e se todos os dispositivos de segurança estão funcionando e se estão conforme recomenda as normas. Não é permitida de forma alguma a utilização de escadas nos andaimes para alcançar lugares mais altos (AZEVEDO, 2014, p.22). Segundo Del Valle (2013), para cada tipo de atividade é montada uma estrutura específica de andaime (figura 2), oferecendo um apoio e estrutura física adequados à segurança do trabalhador, e, entre essas estruturas, as mais usadas são os andaimes fachadeiros, os móveis, os suspensos mecânicos e a cadeira suspensa (balancim individual). A utilização do cinto duplo talabarte ou talabarte em Y (com trava-quedas) é necessária e obrigatória para assegurar ainda mais a vida do trabalhador, conforme visto na figura 3. Figura 1: Andaime Fonte: IME ANDAMIES (2016). Figura 2: Guarda-corpo 23 + Fonte: PEDREIRÃO (2013) B) ANDAIMES MÓVEIS Os andaimes móveis (figura 4) são apoiados sobre rodas, o que facilita seu transporte e locomoção. É de fácil montagem e necessariamente não precisa de mão de obra especializada. Normalmente é usado para realizar serviços de instalações ou acabamentos, mas é proibido deslocá-lo com o trabalhador e os materiais nele (AZEVEDO, 2014). Figura 4: Andaime Móvel Fonte: LOCAFERR (2016) 24 De acordo com a NR18, itens:18.15.26 e 18.15.27: 18.15.26 Os rodízios dos andaimes devem ser providos de travas, de modo a evitar deslocamentos acidentais. 18.15.27 os andaimes tubulares podem ser utilizados sobre superfície plana, que resista a seus esforços e permita a sua segura movimentação através de rodízios”. C) ANDAIMES FACHADEIROS Segundo Azevedo (2014), os andaimes fachadeiros (Figura 5) são constituídos por quadros posicionados tanto na horizontal quanto na vertical, bem como de placas de base, guarda-copo, escada e tela. Como é mais difícil o acesso ao local de trabalho, normalmente é preciso incorporar uma escada em sua própria estrutura ou por uma torre de acesso. Figura 4: Andaime Fachadeiro Fonte: SECONCI-DF.ORG (2013, p.1 apud DEL VALLE, 2013, p.9) Este tipo de andaime é muito utilizado em fachadas e manutenção quando se tem acesso a parte interna da obra (AZEVEDO, 2014). 25 Para proteção dos trabalhadores os andaimes devem possuir tela de arame galvanizado ou um material de resistência de boa durabilidade, e isso deve ter desde a primeira plataforma até no mínimo a 2,00 metros acima da última plataforma de trabalho para evitar a queda de objetos (AZEVEDO, 2014, p.24). De acordo com a NR35. A NR-35 estabelece os requisitos mínimos e as medidas de proteção para o trabalho em altura, como o planejamento, a organização e a execução, afim de garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores com atividades executadas acima de dois metros do nível inferior, onde haja risco de queda. 35.1.1 Esta Norma estabelece os requisitos mínimos e as medidas de proteção para o trabalho em altura, envolvendo o planejamento, a organização e a execução, de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores envolvidos direta ou indiretamente com D) Balancins De acordo com Azevedo (2014), os balancins (figura 6) são equipamentos suspensos utilizados em serviços em que não se pode apoiar o andaime sobre o solo ou sobre qualquer superfície horizontal, ou seja, é um andaime em balanço ou suspenso. São projetados para serem usados na parte externa da construção e são mantidos presos, por uma ancoragem feita na parte superior da obra, por vigamento feito por madeiramento, por materiais metálicos ou por estruturas em balanço com engatamento ou contrabalanço (localizados na parte interna da obra). Eles podem ser fixos ou deslocáveis e devem suportar até três vezes os esforços solicitantes. Esses andaimes suspensos ou balancins, segundo Azevedo (2014), podem ser tanto pesados quanto leves, pois os estrados deles podem ser de madeira ou de metal, entretanto, a fixação, nos dois casos, devem ser realizadas na estrutura da obra de maneira perfeita e por profissionais qualificados. 26 Figura 5: Balancim Fonte: LOCAÇÃO DE ANDAIMES (2016) Os balancins são suportados por meio de cabos de aço, podendo se movimentar na direção vertical com a ajuda de guinchos (AZEVEDO, 2014). E) CADEIRA INDIVIDUAL A cadeira individual (figura 9) é usada apenas quando não é possível a disposição de andaime. Neste caso, sua sustentação ocorre por meio de cabo de aço ou fibra sintética (DEL VALLE, 2013). Segundo Pampalon (2002, p.12 apud DEL VALLE, 2013, p.11), “o sistema de fixação da cadeira suspensa deve ser independente do cabo-guia do trava-quedas. Esta cadeira deve apresentar na sua estrutura, em caracteres indeléveis e bem visíveis”. Figura 6 Cadeira Individual Fonte: ANDAIMES URBE (2016) 27 2.4. Equipamentos de Proteção Individual (EPI’S) utilizados em Andaimes e Balancins. De acordo com Azevedo (2014) os Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s) são todos aqueles equipamentos de uso individual indicado para situações onde o trabalhador tem ameaças a sua segurança e saúde no trabalho. A Portaria nº 3214/78 (apud CISZ, 2015, p.18), com última alteração pela portaria nº 292 de 2011, define EPI como “(...) todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameação a segurança e a saúde no trabalho”. Cisz (2015) declara que a utilização dos EPI’s se encontra prevista na CLT e regulamentada pela Norma Regulamentadora do Ministério do Trabalho e Emprego, tornando obrigatório o uso dos mesmos. A entrega destes equipamentos deve ser fornecida pelo empregador que também tem a obrigação de fiscalizar o uso por parte de seus empregados e de promover ações que conscientizem seus trabalhadores da importância do uso dos EPI’s quando estes se recusam a usar (CISZ, 2015, p.18). Dobrovolski et al. (2008) dizem que o fornecimento dos EPI’s deve ser gratuito e que devem ser específico para cada tipo de atividade e adequado aos riscos, bem como em perfeito estado de conservação e funcionamento e com CA (certificado de aprovação expedido pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho no Ministério do Trabalho e Emprego, bem como a implantação da ficha de EPI para controlar o fornecimento e treinamento em sua utilização, com evidências do empregado. O treinamento do EPI fornecido pela empresa, que a mesma realiza treinamento de, como utiliza-lo e após o treinamento o trabalhador assina um relatório de treinamento o qual comprova que o mesmo recebe o treinamento e EPI`s para desempenhar determinada atividade. 28 De acordo com Cisz (2015), os EPI’s são capazes de neutralizar e evitar lesões em casos de acidentes, por isso, são de inteira importância quando se está realizando uma construção civil. Segundo Lima (2013), quando não se pode realizar as atividades no chãoe não se consegue eliminar todo o risco de queda do trabalhador, se faz obrigatória a utilização de medidas que diminuam as consequências da queda. Os EPI’s, em conjunto com os acessórios e os sistemas de ancoragem permitem a realização de atividades em altura, fornecendo, juntamente com a capacitação e a análise da saúde do trabalhador, a possibilidade de haver uma execução com níveis mínimos de insegurança. Os EPI’s usados na construção civil, conforme a NR-6 (apud CISZ, 2015), são agrupados em EPI’s para proteção da cabeça, dos ombros e face; da audição; do tronco; respiratória; dos membros superiores; dos membros inferiores; e contra queda em diferença de nível. Monteiro (2011 apud CISZ, 2015) afirma que esse agrupamento é realizado focando atividades que apresentam risco devido o contato com águas, com alturas, com eletricidade, bem como riscos causados pelos trabalhos de escavações, de demolições, de alvenarias, de aplicação de pavimentos e revestimentos, de carpintaria e de serralheria. Vale salientar que nos casos do andaime ser do tipo tubular é preciso que o mesmo esteja equipado com todos os dispositivos de segurança necessários, sendo eles guarda-corpo, escada, rodapé, piso metálico e sapatas para aplanamento da torre. Outro fator que deve ser levado em conta ainda é durante a montagem e desmontagem do andaime, pelo qual é indispensável a utilização de capacete, cinto de segurança acoplado a uma estrutura fica, em alguns casos para maior segurança do trabalhador é necessária a utilização do cinto porta- objeto, assim a mão do trabalhador e a cintura ficaram livres para que ele possa se movimentar com maior segurança (DEL VALLE, 2013, p.11). 29 De acordo com Azevedo (2014, p.14), “para cada atividade há um determinado Equipamento de Proteção Individual e, para a realização dos trabalhos em alturas são utilizados” o cinto de segurança tipo paraquedista; o talabarte; o trava-quedas; o cinturão abdominal; o mosquetão; o absorvedor de energia; o cinto porta-objetos; o capacete; o calçado de segurança; os óculos de proteção; os protetores auriculares; as luvas de raspa; e macacão (CICHINELLI, 2013 apud DEL VALLE, 2013). Os EPI’s para proteção da cabeça são capacetes (figura 10), capuz ou bala clave. São usados em obras pequenas somente os capacetes que protegem o crânio contra impactos (CISZ, 2015). Segundo Nascimento et al. (2009 apud CISZ, 2015) afirmam que o dispositivo que protege o crânio é usado como suspensão, o que permite maior na cabeça e mais proteção, amortecendo os impactos; e que este dispositivo foi projetado para rebater o material em queda, evitando lesões no pescoço de seu usuário. Segundo Azevedo (2014), em um canteiro de obras, o capacete é um dos equipamentos mais importantes, pois tem como finalidade proteger a cabeça do trabalhador, sendo que até os visitantes devem usá-lo enquanto transita o local da obra. Figura 10: Capacetes contra impactos de objetos sobre o crânio Fonte: WALDHELM NETO (2012 apud CISZ, 2015, p.20) A figura 10 representa os seguintes EPI`s, Capacete, carneira, jugular, e o conjunto dos intens. Rosso e Oliveira (2005 apud CISZ, 2015) dizem que o casco deste tipo de capacete deve ser feito de material plástico rígido e de alta resistência à penetração e a impacto. 30 Os EPI’s para proteção de olhos e face, segundo Ramos (2009 apud CISZ, 2015) são os óculos (figura 11). São usados, principalmente, para evitar perfuração dos olhos por meio de corpos estranhos, como quando se vai cortar arames e cabos, ou quando se está usando chave de boca, talhadeiras, furadeiras, agentes químicos, entre outros equipamentos que podem prejudicar a visão. Azevedo (2014) afirma que o uso dos óculos de proteção evita danos irreparáveis à visão de que o usa. Para cada atividade, existe um tipo de óculos, podendo também ter a diferenciação referente a transparência da lente, sendo claro quando o trabalhador estiver na área interna da obra, ou com lente escura, quando a obra for na área externa do local. A Figura 8 apresenta os óculos para proteção dos olhos. Figura 8: Óculos para proteção dos olhos Fonte: WALDHELM NETO (2012 apud CISZ, 2015, p.20) A proteção de face é realizada de acordo com a NR-6, através do uso do protetor facial para proteção da face contra impactos de partículas volantes; protetor facial para proteção da face contra radiação infravermelha; protetor facial para proteção dos olhos contra luminosidade intensa; protetor facial para proteção da face contra riscos de origem térmica; protetor facial para proteção da face contra radiação ultravioleta (CISZ, 2015, p.20). De acordo com Cisz (2015), os EPI’s para proteção auditiva dividem- se em três tipos, sendo circum auricular; de inserção; e semi-auricular. Intenciona-se, com eles, proteger o sistema auditivo contra níveis de pressão sonora superior ao permitido. 31 Silva (2009 apud CISZ, 2015) afirma que os protetores auriculares (figura 12) correspondem a equipamentos que protegem a audição dos trabalhadores que trabalham em locais com ruído elevado, acima do limite de tolerância; os mesmos devem sempre estar limpos e confortáveis, sendo necessária sua substituição para higienização mensal ou de acordo com a periocidade de uso. Segundo Azevedo (2014, p.20), o protetor auricular “é um aparelho de proteção para o trabalhador contra barulho acima de 85 decibéis recomendados”. Há diversos tipos de protetores, cada qual com sua funcionalidade para cada tipo de atividade (AZEVEDO, 2014). Figura 9: Protetor auditivo do tipo circum-auricular e Plug + Fonte: SOLUÇÃO EPI (2013 apud CISZ, 2015, p.21) Os EPI’s para proteção dos membros superiores são luvas, cremes protetores, mangas de camisa, braçadeiras e dedeiras (CISZ, 2015). De acordo com Azevedo (2014, p.21), “as luvas são fundamentais para o trabalhador, pois ela protege as mãos dos trabalhadores”. As luvas (figura 13), segundo Cisz (2015) essa proteção é contra agentes abrasivos e escoriantes; agentes cortantes e perfurantes; choques elétricos; agentes térmicos, biológicos ou químicos; vibrações; umidade; e radiação ionizante. Cada proteção ocorre de acordo com as especificidades da atividade desenvolvida, ou seja, para cada atividade existe um tipo de luva. Azevedo (2014) diz que para maior comodidade do trabalhador, há vários tamanhos de luva. 32 Figura 10: Luvas para proteção de membros superiores Fonte: NAKAMURA (2009 apud CISZ, 2015, p.22) Segundo Cisz (2015), os EPI’s para proteção dos membros inferiores são equipamentos que protegem o trabalhador contra impactos de quedas de objetos sobre suas articulações; contra agentes provenientes de energia elétrica; agentes térmicos, abrasivos e escoriastes, cortantes e perfurantes; água; e produtos químicos. Neste caso, os equipamentos são calçados (figura 14), que protegem pernas e pés, de acordo com a atividade a ser efetuada. Azevedo (2014) diz que o calçado de segurança também protege o trabalhador de possíveis acidentes decorrentes de irregularidades e desníveis do terreno onde se localiza a obra. Os calçados protegem o trabalhador e seu uso é obrigatório em todos os locais do ambiente de trabalho durante toda a jornada de trabalho (SILVA, 2009 apud CISZ, 2015). 33 Figura 11: Calçados para proteção dos membros inferiores Fonte: WALDHELM NETO (2012 apud CISZ, 2015, p.23) De acordo com Cisz (2015), os EPI’s para proteção contra quedas com diferença de nível asseguram o trabalhador contra quedas com diferença de nível. São cinturões de segurança e trava-quedas, utilizados para proteger o trabalhador que está realizando trabalhos em altura, no que diz respeito ao seu posicionamento e movimentos verticais ou horizontais.Os dois devem ser usados ao mesmo tempo, em conjunto, conforme figura 15. Segundo Azevedo (2014, p.14), “é necessário o uso do cinto em serviços acima de 2,00 m de altura”. Cichinelli (2013 apud DEL VALLE, 2013) diz que o cinto de segurança tem que ter duplo talabarte (tira dupla). Figura 12: Cinto de segurança com dispositivo trava-queda Fonte: EQUIPROTEC (2016) 34 Azevedo (2014) diz que o talabarte faz a ligação ao ponto fixo da estrutura, que são cabos de aço, cordas, ou outros dispositivos que podem ser usados como talabarte. Nele estão providos ganchos que ligam o ponto da ancoragem ao cinturão, conforme visualizado na figura 13. Ele pode ser simples ou duplo. Figura 13: Trabalhador preso com talabarte Fonte: ALTEG (2016) O trava-quedas (figura 14) também é outro EPI importante para quem está trabalhando em locais altos. Ele é feito de aço e possui um freio que funciona por meio de uma mola e uma alavanca. (AZEVEDO, 2014). “O trabalhador pode se movimentar no plano horizontal, vertical, subir e descer escadas, pilhas de materiais e rampas sem nenhum risco de quedas, caso ocorra algum movimento brusco inesperado, o equipamento se trava imediatamente” (AZEVEDO, 2014, p.15). Figura 14: Trava-quedas Fonte: IMPÉRIO EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA (2013) 35 De acordo com Azevedo (2014), outro EPI importante é o cinturão abdominal (figura 15), que é o equipamento que envolve a cintura do trabalhador, sendo ajustável ao tamanho deste trabalhador. Ele possui engates pelo qual fixa-se o talabarte utilizado. Figura 15: Cinturão abdominal Fonte: A S SOLUÇÕES (2016) Para o trabalho em altura, segundo Azevedo (2014), fazem parte dos EPI’s utilizados nesta atividade, os mosquetões (figura 16), que são feitos com material metálico (aço ou alumínio), com forma cilíndrica, e com fechos. Sua função é conectar-se em equipamentos de segurança, ficando presos em cordas ou cabos de aço, proporcionando melhor resistência de movimentação do trabalhador. Figura 16: Mosquetão Fonte: MUNDO DA NÁUTICA (2016) 36 Outros dois EPI’s importantes para trabalhos em alturas são o absorvedor de energia (figura 17) e o cinto porta-objeto (figura 18). O primeiro tem como função absorver uma importante parte da queda, se a mesma houver, pois sem ele, a energia do impacto é transmitida diretamente para o corpo do trabalhador. O segundo tem como finalidade facilitar a vida do trabalhador, pois comporta as ferramentas necessárias ao trabalho que está sendo realizado no local, deixando as mãos deste trabalhador livres, o que facilita a movimentação do mesmo na estrutura e reduz o risco de fazer com que a ferramenta caia e atrapalhe a atenção e equilíbrio do trabalhador (AZEVEDO, 2014). Figura 17: Absorvedor de energia Figura 18: Cinto porta-objeto Fonte: VGS – VISÃO GLOBAL (2016) Fonte: REFORMAFÁCIL (2016) Segundo Silva (2009 apud CISZ, 2015), deve-se evitar, durante o uso desses EPI’s, o contato com materiais cortantes e químicos; revisar o estado das costuras das partes metálicas, das conexões, do rabicho e do mosquetão; e revisar o cabo auxiliar de segurança, verificando se o mesmo está fixado de maneira correta. Atualmente, a preocupação com a segurança do trabalho vem crescendo, não é de agora que ela acontece, o que acarretou a criação de leis, decretos e normas durante vários anos. Estas leis, decretos e normas foram criados, especificando alguns itens importantes para que o trabalhador possa exercer sua função com segurança e qualidade de vida, quando o trabalho é em altura, a atenção com a segurança deve ser redobrada. Com bases nas normas que regem o funcionamento de cada atividade de construção civil, os equipamentos de proteção individual, conhecidos como EPI’s, será 37 sempre um importante adicional para preservar vidas quando o EPC não cercar todos os riscos e a segurança tão desejada ocorra, principalmente, para os trabalhos em altura. 3. ESTUDO SOBRE EPI’s: OBRIGATORIEDADE NA UTILIZAÇÃO DE ANDAIMES E BALANCINS Os EPI’s são de extrema importância em todo processo produtivo sendo ele em parques fabris ou campos de construção civis, expondo o trabalho na altura como arquétipo, os trabalhos em andaimes e balancim, a preocupação com a segurança é ainda maior, portanto, não se deve realizar qualquer tipo de atividade nesses equipamentos sem a utilização de EPI’s corretos. EPI – Equipamento de proteção Individual, todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho. EPC – Equipamento de proteção coletiva, todo dispositivo coletivo de materiais rígidos, destinados a segurança e a saúde no trabalho. Nota: a função dos EPI`s não são para evitar o acidente ou qualidade para o trabalhador, ele é considerado adicional ao gerenciamento do risco no ambiente, ou considerado paliativo em casos de ocorrência. 3.1. EQUIPAMENTOS UTILIZADOS PARA TRABALHO EM ALTURA FULCRO NR 35 A NR 35, que regula esse tipo de trabalho em altura, em suas especificações mais precisamente no item 35.5 e seus subitens determina qual EPI’s utilizar sejam eles: 38 FIGURA 19 – EPI’s obrigatórios para trabalho em altura FONTE: SITE https://segurancadotrabalho.com 4. CONCLUSÕES A utilização de equipamentos de segurança é fator importantíssimo para que a qualidade de vida no trabalho seja adequada e tranquila, evitando os acidentes ocorridos no trabalho. Com esse pensamento, estudos foram realizados e, com isso, leis, decretos, normas foram criadas para que as empresas zelem pela segurança de seus trabalhadores. Uma das leis que define acidente de trabalho é a Lei nº 8.213/1991 – PREVIDÊNCIA SOCIAL, especificando cada tipo e suas características, e deixando bem claro que a responsabilidade pela segurança do trabalhador é puramente do empregador, ou seja, da empresa. As atividades que mais possuem acidente de trabalho são as realizadas em construções civis, em especial, em trabalhos em alturas, onde os trabalhadores ficam mais suscetíveis a quedas, deixando-os impossibilitados de trabalhar ou até óbitos. 39 Para melhor proteger o trabalhador e reduzir os riscos de acidente no trabalho, foram criados normas, que conceituam os Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s), para proteger o trabalhador na execução de sua atividade laboral. A NR35 é uma importante norma, que regulamenta o trabalho em altura, ou seja, trabalho realizado acima de dois metros do plano de referência e que oferece algum risco de queda. Para esse tipo de atividade são utilizados na maioria andaimes e balancins, muitos deles improvisados em obras de baixo custo deixando o trabalhador mais suscetíveis a acidentes, e diante ao exposto, a fiscalização está tomando medidas mais severas embargando ou interditando obras que desrespeitam as medidas de segurança. Os andaimes são equipamentos usados em locais elevados possui forma de plataforma, o que facilita a locomoção do trabalhador enquanto está trabalhando no alto, entretanto, sua base deve ser plana, geralmente são feitos de barras de ferro e possuem encaixes montáveis (por profissionais especializados). Os balancins são andaimes suspensos, presos por cabos de aço, que estão, por sua vez, presos em estruturas fixas na obra, esse tipo de equipamento deve ser utilizado por pessoal altamente treinado, por ser de alto risco, que qualquer deslize possa ocasionar o óbito do trabalhador. Para se trabalhar nestes dois equipamentos de locomoção facilitada, vários EPI’s são obrigatórios, sendo cada um para uma finalidade, como o capacete, que serve paraproteger a cabeça do trabalhador se algum objeto cair sobre ele; o cinto de segurança preso com talabarte e trava-quedas, que juntos reduzem o risco de queda, pois prende o trabalhador a algum dispositivo fixo da estrutura da obra; óculos, que protegem o trabalhador de possíveis contatos com produtos químicos e objetos cortantes; entre outros. Utilizando os EPI’S e EPC’S corretamente o risco de acidente não está iminentemente eliminado por ser um trabalho periculoso. 40 O importante, são as empresas de construção civil entender como é fundamental o uso dos EPI’s em suas obras, pois, além de proteger seus trabalhadores, fazem com que os mesmo se sintam seguros e trabalhem com mais produtividade, zelando por sua integridade física e qualidade de vida. 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALTISEG. Talabarte. 2016. 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