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TCC ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO

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CENTRO UNIVERSITÁRIO CENTRAL PAULISTA – UNICEP 
ESPECIALIZAÇÃO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO 
 
 
 
 
FERNANDO BONETTI 
 
 
 
 
 
 
ESTUDO SOBRE EPI`S UTILIZADOS OBRIGATÓRIAMENTE NOS TRABALHOS 
EM ALTURA, CONFORME PROPAGA A NR35 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São Carlos 
2019
 
 
FERNANDO BONETTI 
 
 
 
 
 
ESTUDO SOBRE EPI’S UTILIZADOS OBRIGATÓRIAMENTE NOS TRABALHOS 
EM ALTURA, CONFORME PROPAGA A NR35 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao 
Centro Universitário Central Paulista - UNICEP, 
como exigência para conclusão da Especialização 
em Engenharia de Segurança do Trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São Carlos 
2019 
 
 
 
FOLHA DE APROVAÇÃO 
 
Centro Universitário Central Paulista - UNICEP 
Pós-Graduação 
 
Especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho 
 
ALUNO: FERNANDO BONETTI 
 
Título do Trabalho: ESTUDO SOBRE EPI’S UTILIZADOS 
OBRIGATÓRIAMENTE NOS TRABALHOS EM ALTURA, CONFORME 
PROPAGA A NR35. 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
Orientador Prof. Adaécio Martins Junior 
Assinatura:______________________________ 
 
 
Nota: __________ 
 
 
São Carlos, 22 de Abril de 2019. 
 
 
 
DECLARAÇÃO DE AUTENTICIDADE 
 
Eu, Fernando Bonetti, RG: 29.059.230-6, aluno regularmente matriculado no Curso de 
Especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho do Centro Universitário 
Central Paulista - UNICEP, declaro ser o autor do texto apresentado como Trabalho de 
Conclusão de Curso - TCC com o título “ESTUDO SOBRE EPI’S UTILIZADOS 
OBRIGATORIAMENTE NOS TRABALHOS EM ALTURA, CONFORME 
PROPAGA A NR35” 
 
Afirmo, também, ter seguido as normas da ABNT referentes às citações textuais 
utilizadas não serem de minha autoria, aja vista disso, endosso a autoria a seus 
verdadeiros autores (Lei n.9.610, 19/02/1998). 
 
Através dessa declaração dou ciência de minha responsabilidade sobre o texto 
apresentado e assumo qualquer responsabilidade por eventuais problemas legais, no 
tocante aos direitos autorais e originalidade do texto. 
 
 
 
 
 
 
São Carlos, 22 de Abril de 2019 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Assinatura 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
Agradeço em primeiro lugar a Deus pela vida e todas as bênçãos que concedeu. 
 
Inicialmente expresso o meu agradecimento aos meus pais, que sempre me ajudaram ao 
longo de toda a minha vida, e que acompanharam facultando-me tudo o que era 
necessário pelo apoio incondicional e paciência nos momentos difíceis durante esta 
jornada. 
 
Por fim, agradeço a todos aqueles que de alguma forma contribuíram para a conclusão 
deste trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 1: Andaimes .......................................................................................................................................... 22 
Figura 2: Guarda Corpo .................................................................................................................................... 23 
Figura 3: Andaime móvel ................................................................................................................................. 25 
Figura 4: Andaime Fachadeiro ......................................................................................................................... 26 
Figura 5: Balancim ........................................................................................................................................... 26 
Figura 6: Cadeira Individual ............................................................................................................................. 26 
Figura 7: Capacetes .......................................................................................................................................... 29 
Figura 8: Óculos de proteção ............................................................................................................................ 30 
Figura 9: Protetor auditivo ............................................................................................................................... 31 
Figura 10: Luvas para proteção ........................................................................................................................ 32 
Figura 11: Calçados para proteção .................................................................................................................. 33 
Figura 12: Cinto de segurança com dispositivo trava quedas ........................................................................... 33 
Figura 13: Trabalhador preso com talabarte ..................................................................................................... 34 
Figura 14: Trava quedas ................................................................................................................................... 34 
Figura 15: Cinturão abdominal ........................................................................................................................ 35 
Figura 16: Mosquetão ....................................................................................................................................... 35 
Figura 17: Absorvedor de energia .................................................................................................................... 36 
Figura 18: Cinto porta objetos .......................................................................................................................... 36 
Figura 19: EPI’s obrigatórios .......................................................................................................................... 38 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
 
 
 
ABNT Associação Brasileira de Normas e Técnicas 
CA Certificação de Aprovação 
CLT Consolidação das Leis de Trabalho 
EPC Equipamento de Proteção Coletiva 
EPI Equipamento de Proteção Individual 
NR Norma Regulamentadora 
PCMAT Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho 
PCMSO Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional 
PPRA Programa de Prevenção de Riscos Ambientais 
SAT Seguro de Acidente de Trabalho 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
O presente trabalho apresenta informações que demonstram a importância da utilização 
dos Equipamento de Proteção Individual (EPI’s) na construção civil, especialmente 
trabalho em altura. A partir dos de estudos e pesquisas estatísticas, criou-se leis, decretos 
e normas para conceituar o que é acidente de trabalho e segurança no trabalho, bem como 
para regulamentar como devem ser realizadas as atividades de maneira segura e protetora. 
Deve-se ter uma preocupação maior quando se trata em trabalho em altura. Normas 
devem ser seguidas quando se está usando andaimes e balancins para realizar este 
trabalho. E quando se está realizando essas atividades, estas normas permitem entender 
como se deve realizar as atividades utilizando andaimes e balancins; quais os EPI’s 
específicos devem ser usados. Essa obrigatoriedade deve ser tanto para a empresa quanto 
para o trabalhador, o que reduz os riscos de acidentes de trabalho e aumenta a segurança e 
qualidade de vida do trabalhador. 
 
 
Palavras-chave: Acidente de trabalho, Segurança no trabalho, Equipamento de 
Proteção Individual (EPI). 
 .
 
 
 
ABSTRACT 
 
This work presents information that shows how important the use of Personal Protective 
Equipment (PPE) in civilian buildings, especially in work at heights. For the worker has 
safety and to avoid accidents, such equipment should be used and therefore, the result of 
studies and statistical research, it created laws, decrees and standards to conceptualize what 
is work accidents and safety work, as well as to regulate the activities to be performed 
safely and protectively. This protection should have moreimportance when the civil work 
is done in high places. Should follow rules when using scaffolding and rockers to perform 
this work. And when it is carrying out these activities, these standards allow us to 
understand how to carry out the activities using scaffolding and rockers; which specific 
PPE should be used compulsorily by the worker, such as helmets, seat belts, fall arrest, 
safety glasses, suitable footwear and storage compartments belts. This requirement should 
be for both the company and the worker, which reduces the risks of accidents and increases 
the safety and quality of work life. 
 
 
Key-words: Accident at work, Safety at work, Personal Protective Equipment (PPE).
10 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 - INTRODUÇÃO .......................................................................................................................................... 11 
1.1 – CARACTERIZAÇÃO DO TEMA .......................................................................................................... 11 
1.2 - OBJETIVOS ............................................................................................................................................ 12 
1.4 – PROBLEMAS E HIPÓTESES DA PESQUISA ..................................................................................... 12 
1.5 – METODOLOGIA E ESTRUTURA DO TRABALHO .......................................................................... 13 
2. CAPÍTULOS ABORDADOS ...................................................................................................................... 13 
2.1 – LEGISLAÇÃO DE SEGURANÇA DO TRABALHO E EPI’s ............................................................. 13 
2.2 – ACIDENTES DE TRAALHO (CONCEITOS) ....................................................................................... 17 
2.3.1 - TIPOS DE EQUIPAMENTOS ............................................................................................................ 21 
2.4 – EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (ANDAIMES E BALANCINS) ........................ 27 
3 – ESTUDO SOBRE EPI’s OBRIGATÓRIOS NA UTILIZAÇÃO DE ANDAIMES E BALANCINS ....... 37 
3.1 – EQUIPAMENTOS UTILIZADOS PARA TRABBALHO EM ALTURA FULCRO NR35 ................. 37 
4 - CONCLUSÕES .......................................................................................................................................... 38 
5 – REFÊRENCIAS BIBLIOGRAFICAS ...................................................................................................... 40 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
1.1 Caracterização do tema 
 
O ramo da construção civil representa um importante papel na 
economia nacional visto pela ótica econômica e social, principalmente, em países de 
economia emergente, como o Brasil, no qual o avanço do sistema produtivo e o aumento 
populacional buscam grandes investimentos em obras de infraestrutura, de ampliação 
industrial e habitacional (LIMA, 2013). 
 
Atualmente, segundo Dobrovolski et al. (2008), a obrigatoriedade das 
empresas em cumprirem as leis referentes à Segurança e Medicina no Trabalho, veio à tona 
a preocupação em evitar acidentes ou doenças ocupacionais. Com isso, inovações foram 
necessárias para melhorar a qualidade de vida no ambiente de trabalho, como segurança e 
diminuição do absenteísmo. 
 
Dobrovolski et al. (2008) afirmam que a Associação Brasileira de 
Normas Técnicas (ABNT) define acidente de trabalho como a situação não prevista e 
indesejável que pode ocorrer no exercício do trabalho. 
 
Para se evitar o acidente de trabalho, algumas alternativas estão 
previstas em lei, sendo a principal a utilização dos Equipamentos de Proteção Individual 
(EPI’s) e Equipamentos de Proteção Coletivos (EPC’s), que são os dispositivos ou 
produtos, de uso individual ou coletivo, usados pelo trabalhador, destinados à proteção de 
riscos que podem ameaçar a segurança e a saúde no trabalho (DOBROVOLSKI et al., 
2008). 
 
A Lei nº 6.514, de 22.12.1977 reza: 
 
 Art. 166 - A empresa é obrigada a fornecer aos 
empregados, gratuitamente, equipamento de 
proteção individual adequado ao risco e em perfeito 
estado de conservação e funcionamento, sempre que 
as medidas de ordem geral não ofereçam completa 
12 
 
 
proteção contra os riscos de acidentes e danos à 
saúde dos empregados. 
1.2. Objetivos 
 
O objetivo deste trabalho é demonstrar quais são os EPI’s utilizados 
na execução de obras civis quanto ao trabalho em altura, bem como demonstrar sua 
utilidade e importância para evitar acidentes. 
 
1.3. Justificativa 
 
Com o intuito de melhor entender como é importante a utilização dos 
EPI’s em obras civis, principalmente em andaimes e balancins, a presente pesquisa 
demanda informações que comprovem esta importância, pois, a utilização destes 
equipamentos, muitas vezes, não é levada a sério e sequer fiscalizado, desta forma, muitos 
trabalhadores correm risco de acidentes, quedas, podendo até ocasionar o óbito do 
laborista. 
 
De acordo com Azevedo (2014), no que diz respeito ao uso de 
andaime e balancim em obras civis, os EPI’s necessários são: cinto de segurança tipo 
paraquedista, com duplo talabarte; capacete; cinto porta-objeto; óculos de proteção; 
protetores auriculares; e luvas de raspa. 
 
Deve-se esclarecer que a importância do uso dos Equipamentos de 
Segurança devem ser usados em todo local de trabalho, qual seja necessário no exercício 
da função tal qual qualquer atividade realizada em altura, tendo como referencia os autores 
citados no decorrer da pesquisas, bem como a NR6, NR18, NR35 (portaria 3214), CLT e 
leis complementares. 
 
1.4. Problema e Hipótese da pesquisa 
 
Os EPI`s, são necessários quando as medidas de proteção coletiva 
(EPC) não são tão eficazes em mitigar o risco, tornando-se então medida adicional ao 
trabalhador. Quando a empresa contratante realiza o exame de risco no ambiente 
(PPRA/PCMAT/PCMSO), e verifica-se a necessidade de utilização de EPI`s específicos 
para determinadas funções, ela se torna a responsável para realizar a entrega, orientação e 
13 
 
 
treinamento quanto ao uso tão bem como manuseio, higienização pelo trabalhador. Um dos 
maiores problemas encontrados pelas Empresas é quando o trabalhador passando por todo 
esse processo, e por uma questão comportamental de imprudência e negligência não os 
utilizam, por não compreenderem a importância desses na atividade a ele executada, 
cabendo então por parte dos engenheiros e seguranças do trabalhos aplicar a reciclagem de 
treinamentos e mesmo não sendo eficiente tomar medidas mais severas como punições ou 
até mesmo o desligamento deste trabalhador para preservar sua própria vida. 
 
1.5 Metodologia e Estrutura do Trabalho 
 
O conteúdo desta pesquisa baseou-se em normas, leis, dados 
encontrados em artigos científicos virtuais, doutrinas de conceituados autores e 
monografias impressas correlacionados com o tema proposto. E, para melhor entender 
estes dados coletados, a presente pesquisa foi dividida em três capítulos: “Legislação de 
Segurança do Trabalho sobre EPI’s”, “Andaimes e Balancins”; e “Equipamentos de 
Proteção Individual (EPI’s) utilizados em Andaimes e Balancins”. 
 
2. CAPÍTULOS ABORDADOS 
 
2.1 LEGISLAÇÃO DE SEGURANÇA DO TRABALHO E EPI’S 
 
Segurança do trabalho pode ser conceituada como a ciência que estuda 
e propõe normas tecnicamente adequadas, com o objetivo de prevenir acidentes do 
trabalho e doenças do ocupacionais, garantindo a integridade física e saúde dos 
trabalhadores. 
 
De acordo com Cisz (2015), com o advento da Revolução Industrial e 
com expansão do capitalismo industrial, elevou-se o número de acidentes do trabalho, 
devido às péssimas condições de trabalho que existiam na época, o que acabou 
acarretando, até, falta de mão de obra nas indústrias, pois a quantidade de trabalhadores 
mortos e mutiladoseram muito grande. 
Como a situação estava muito dramática e ocasionou indignações 
públicas, na Inglaterra, geraram-se várias comissões de inquérito no Parlamento Inglês. 
Assim, começou-se a criar leis de proteção à saúde e à integridade física dos trabalhadores, 
14 
 
 
buscando preservar o novo modo de produção. “Algumas delas são as Leis da Saúde e 
Moral dos Aprendizes” (1802), que estabelecia o limite diário de 12 horas trabalhadas, 
proibia o trabalho noturno e tornava obrigatória a ventilação do local de trabalho e a 
lavagem das paredes das fábricas duas vezes ao ano; e a “Lei das Fábricas” (1833), criada 
também na Inglaterra, que fixava em 9 anos a idade mínima para o trabalho, proibia 
trabalho noturno para menores de 18 anos e exigia exames médicos de todas as crianças 
trabalhadoras (RODRIGUES, 1993 apud CISZ, 2015). 
 
 Segundo Campos (2001 apud CISZ, 2015), na França, no ano de 
1862, regulamentou-se a segurança e a higiene no local de trabalho e em 1865, foi na 
Alemanha e, em 1921, nos Estados Unidos. 
No século XX, devido desenvolvimento da administração científica, a 
preocupação com os acidentes do trabalho passou a fazer parte da gestão dos 
estabelecimentos industriais, que lançaram técnicas de engenharia para criar novos 
sistemas preventivos ou que controlasse essa problemática, como EPI’s e sistemas de 
ventilação industrial (CISZ, 2015). 
No Brasil no ano 1919, a primeira legislação que dispunha sobre 
acidentes do trabalho, o Decreto Legislativo nº. 3.724, de 15 de janeiro, tendo como ponto 
de partida a intervenção do Estado nas condições de consumo da força do trabalho 
industrial no país. Entretanto, ela não considerava acidente de trabalho como uma doença 
profissional atípica, exigindo reparação somente em casos de “moléstia contraída 
exclusivamente pelo exercício do trabalho, quando este for de natureza a só por si causá-
la”. Este Decreto institui o pagamento de indenização proporcional à sequela ocasionada 
pela moléstia. Com isso, as empresas se possibilitaram a contratarem o Seguro de Acidente 
de Trabalho (SAT), junto às seguradoras da iniciativa privada, até 1967, quando este tipo 
de seguro tornou-se prerrogativa da Previdência Social (MIRANDA, 1998 apud CISZ, 
2015). 
Em 1934 surge a segunda lei de acidentes do trabalho, com o decreto 
nº. 24.637, de 10 de julho, que modificou a legislação anterior. É criada a Inspetoria de 
Higiene e Segurança do Trabalho, que se transformaria ao longo dos anos em Serviço, em 
Divisão, em Departamento, em Secretaria e, mais recentemente, novamente em 
Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho. Amplia-se o conceito de doença 
profissional, abrangendo um maior número de doenças até então não consideradas 
15 
 
 
relacionadas ao trabalho, mas que passam a sê-lo. É reconhecida como acidente do 
trabalho a doença profissional atípica (mesopatia) (MIRANDA, 1998 apud CISZ, 2015, 
p.15). 
No ano de 1944, segundo Andrade (2001 apud CISZ, 2015), é 
criada a terceira legislação de acidentes do trabalho no Brasil, o Decreto-Lei nº. 7.036, de 
10 de novembro. Foi à primeira legislação exclusivamente disposta ao assunto, obrigando 
as empresas a organizarem comissões internas com o objetivo de prevenir acidentes do 
trabalho. Ela determinou que empresas com mais de 100 funcionários constituíssem essas 
comissões para representá-los, com a finalidade de estimular o interesse pelas questões de 
prevenção de acidentes. 
Andrade (2011 apud CISZ, 2015) diz que foi no ano de 1967 
que surgiu a quarta lei de acidentes do trabalho no Brasil, com o Decreto-Lei nº. 293, de 28 
de fevereiro. Ela dispunha sobre a integração do seguro de acidentes do trabalho na 
Previdência Social, retirando-o da iniciativa privada. Entretanto a duração desta nova lei 
foi curta, sendo totalmente revogada no mesmo ano, pela Lei nº. 5.316, de 14 de setembro. 
Esta que restringiu o conceito de doença do trabalho, excluindo doenças degenerativas e 
doenças inerentes a grupos etários. 
De acordo com Andrade (2001 apud CISZ, 2015), por meio do 
Decreto nº. 61.784, de 28 de novembro de 1967, foi aprovado o novo Regulamento do 
Seguro de Acidentes do Trabalho. No mesmo ano, foram realizadas várias alterações na 
legislação que diz respeito ao acidente de trabalho no Brasil, tornou-se uma prerrogativa 
estatal, reforçando a obrigatoriedade dele por parte das empresas; introduziu o conceito de 
acidente de trajeto; promoveu a prevenção de acidentes; e promoveu a reabilitação 
profissional. 
Segundo Cisz (2015), em 1976 é criada a sexta lei de acidentes do 
trabalho, a Lei nº. 6.367, de 19 de outubro, que amplia a cobertura da Previdência Social 
no que diz respeito ao acidente do trabalho. Junto a essa lei, foi criado do Decreto nº. 
79.037, de 24 de dezembro, que aprova o novo Regulamento do Seguro de Acidentes do 
Trabalho, ficando sem proteção especial contra acidentes do trabalho o empregador 
doméstico e os presidiários que trabalham sem remuneração. 
16 
 
 
Esta “lei identifica a doença profissional e a doença do trabalho como 
expressões sinônimas, equiparando-as a acidente do trabalho somente quando constantes 
da relação organizada pelo Ministério da Previdência e Assistência Social” (CISZ, 2015, 
p.16). 
De acordo com Cisz (2015), em 8 de junho de 1978 foi aprovada a 
Portaria nº. 3.214, que aprova as Normas Regulamentadoras (NR) da Consolidação das 
Leis de Trabalho (CLT) relativas à segurança e medicina do trabalho. Em seu artigo 200, 
de seu capítulo V, deu ao Ministério do Trabalho, o poder legal de instituir normas 
complementares (LIMA JR, 2005 apud LIMA, 2013). 
Segundo Lima Jr (2005 apud LIMA , 2013), o assunto segurança e 
saúde do trabalho começaram a ganhar maior conteúdo por meio da CLT, como, por 
exemplo, tornou-se obrigatória a constituição dos Serviços Especializados de Segurança e 
Medicina no Trabalho (SESMT) por parte das empresas. 
A Portaria nº. 3.214 aprovou as primeiras vinte e oito normas 
regulamentadoras que forneciam as diretrizes básicas sobre saúde e segurança do trabalho. 
Na época, o setor da construção civil teve a NR18, intitulada “Obras de Construção, 
demolição e reparos”, que em 1983, teve sua primeira reformulação com objetivo de torná-
la mais técnica e atual (LIMA JR, 2005 apud LIMA, 2013). Atualmente, está portaria conta 
com 36 normas regulamentadoras, devido as necessidades existentes nos diversos 
ambientes de trabalho, havendo alterações sempre que necessárias (CISZ, 2015). Lima 
(2013) afirma que, no ano de 1994, esta portaria foi discutida e reformulada por meio de 
uma comissão tripartite (trabalhadores, empregados e governo), entrando em vigor no ano 
de 1995, como NR18 – Condições e meio ambiente de trabalho na Indústria da Construção, 
vigente atualmente com este título, com inúmeras e frequentes alterações objetivadas pela 
necessidade de promover a melhoria no texto e na prática da saúde e segurança no setor da 
construção civil. 
 
A legislação atual que trata de EPI no âmbito da segurança e saúde do 
trabalhador é estabelecida pela consolidação das Leis do Trabalho (CLT). 
A Lei 6514 de dezembro de 1977, que é o Capítulo V da CLT, 
estabelece a regulamentação de segurança e medicina no trabalho. 
17 
 
 
A Seção IV desse capítulo define a obrigatoriedade da empresa 
fornecer o EPI gratuitamente ao trabalhador, e a obrigatoriedade de o EPI possuir o 
Certificado de Aprovação (CA) emitido pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). 
“Artigo 166 - A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, 
gratuitamente, equipamentos de proteção individual adequado ao 
risco e em perfeito estado de conservação e funcionamento, sempre 
que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção 
contra os riscos de acidentes e danos à saúde dos empregados. 
Artigo 167 - O equipamento de proteção só poderá ser posto à venda 
ou utilizado com a indicação do Certificado de Aprovaçãodo 
Ministério do Trabalho”. 
 
A regulamentação sobre o uso do EPI é estabelecida pelas Norma 
Regulamentadora 06 do MTE 
 
NR-6 - 6.1 Para os fins de aplicação desta Norma Regulamentadora - 
NR, considera-se Equipamento de Proteção Individual - EPI, todo 
dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, 
destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e 
a saúde no trabalho. (...) 
 
2.2 Acidente de Trabalho e Legislação (Conceitos) 
 
De acordo com Azevedo (2014), o acidente de trabalho define-se 
como qualquer tipo de lesão corporal ou perturbação que possa ocorrer no momento em 
que o trabalhador está desenvolvendo suas funções. 
 
 O Artigo 19 da Lei nº. 8.213, que dispõe sobre os Planos de 
Benefícios da Previdência Social e dá outras providências, define o termo acidente de 
trabalho como: 
Aquele que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa 
ou pelo exercício do trabalho dos segurados especiais, provocando 
lesão corporal perturbação funcional que cause a morte ou a 
18 
 
 
perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para 
o trabalho (BRASIL, 1991 apud AZEVEDO, 2014, p.27). 
 
Em seu Artigo 20, esta lei (BRASIL, 1991, p.17) considera como 
acidente de trabalho as seguintes entidades mórbidas: 
 
I – doença profissional, assim entendida a produzida ou 
desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada 
atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo 
Ministério do Trabalho e da Previdência Social; 
II – doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou 
desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho 
é realizado e com ele se relacione diretamente, constante da 
relação mencionada no inciso I; 
§ 1º Não são consideradas como doença do trabalho: 
a) A doença degenerativa; 
b) A inerente a grupo etário; 
c) A que não produza incapacidade laborativa; 
d) A doença endêmica adquirida por segurado habitante de 
região em que ela se desenvolva, salvo comprovação de que é 
resultante de exposição ou contato direto determinado pela 
natureza do trabalho. 
§ 2º Em caso excepcional, constatando-se que a doença não 
incluída na relação prevista nos incisos I e II deste artigo resultou 
das condições especiais em que o trabalho é executado e com ele 
se relaciona diretamente, a Previdência Social deve considerá-la 
acidente de trabalho (BRASIL, 1991, p.17). 
 
De acordo com o Artigo 21 desta lei (BRASIL, 1991, p.17-18), as 
ações que podem sem consideradas também como acidente de trabalho são: 
 
I – o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a 
causa única, haja contribuído diretamente para a morte do 
segurado, para redução ou perda da sua capacidade para o 
19 
 
 
trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica para sua 
recuperação; 
II – o acidente sofrido elo segurado no local e no horário do 
trabalho, em consequência de: 
a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por 
terceiro ou companheiro de trabalho; 
b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de 
disputa relacionada ao trabalho; 
c) ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de 
terceiro ou de companheiro de trabalho; 
d) ato de pessoa privada do uso da razão; 
e) desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou 
decorrentes de força maior; 
III – a doença proveniente de contaminação acidental do 
empregado no exercício de sua atividade; 
IV – o acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e 
horário de trabalho: 
a) na execução de ordem ou na realização de serviço sob a 
autoridade da empresa; 
b) na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para 
lhe evitar prejuízo ou proporcionar proveito; 
c) em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo 
quando financiada por estar dentro de seus planos para melhor 
capacitação da mão-de-obra, independentemente do meio de 
locomoção utilizado, inclusive veículo de propriedade do 
segurado; 
d) no percurso da residência para o local de trabalho ou deste 
para aquela, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive 
veículo de propriedade do segurado (BRASIL, 1991, p.17-18). 
 
Segundo Azevedo (2014), a entidade responsável civilmente pela 
segurança do trabalhador é o empregador, tendo que zelar por seus funcionários 
obrigatoriamente tanto no que diz respeito ao zelo financeiro quanto ao profissional. 
 
20 
 
 
Se acaso houver algum acidente e o empregador omitir, bem como, se 
este oferecer atividades de risco para com seu trabalhador, cabe ao mesmo pagar uma 
indenização à vítima e responder por um processo judiciário (AZEVEDO, 2014). 
 
A Súmula nº. 229, do Supremo Tribunal Federal (apud AZEVEDO, 
2014, p.29), referem-se às responsabilidades e ao pagamento de indenização daquele que 
ocasionar dano aos seus funcionários; conceitua como responsável pelo acidente de 
trabalho “aquele que por ação ou omissão voluntária, negligencia imprudência ou 
imperícia”, o que o obriga a indenizar o trabalhador pelo prejuízo causado pelo acidente. 
Essa indenização acidentária realizada pela Previdência Social não exclui a indenização 
realizada por Direito Civil, quando o acidente de trabalho ocorre de maneira culposa ou 
dolosa, isto é, a vítima pode receber indenização pela Previdência Social e pela empresa. 
De acordo com Azevedo (2014), no que se refere à segurança do trabalho em construções 
civis, existe a Norma Regulamentadora NR18. Ela é a mais importante norma quando se 
fala de atividades exercidas em canteiros de obras, obrigando a elaboração e o 
cumprimento do Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da 
Construção (PCMAT) e determinam quais são as condições seguras para os trabalhadores 
nas atividades realizadas em canteiros de obras. 
 
Azevedo (2014) afirma que a NR18 tem como objetivo principal 
estabelecer diretrizes administrativas, de planejamento e de organização que têm como 
meta a implantação de medidas de controle e sistemas preventivos de segurança nos 
processos, nas condições e no meio ambiente em que o trabalhador da construção civil está 
exercendo sua função. Essas diretrizes referem-se também como se deve proceder quando 
ocorrer o acidente de trabalho, inclusive o fatal. 
 
De acordo com Lima (2013), em 2012, foi publicada a Portaria 313, 
do Ministério do Trabalho e Emprego, aprovando a Norma Regulamentadora de número 
35 (NR35), que tem como intuito regulamentar um tipo específico de atividade, o trabalho 
em altura, atividade presente em vários setores econômicos. Essa norma foi criada devido 
dados oficiais sobre acidentes ocorridos no Brasil, sendo que aproximadamente 40% dos 
acidentes estão relacionados a atividades realizadas em altura, principalmente na 
construção civil (BAU, 2012 apud LIMA, 2013). 
21 
 
 
 
2.3. O TRABALHO EM ALTURA NR 35 
 
É considerado Trabalho em Altura toda e qualquer atividade realizada 
acima de 2 metros de altura da base principal, com risco de queda do profissional. Esse 
tipo de trabalho requer um cuidado todo especial para que possa ser feito de forma segura, 
minimizando os riscos corridos pelo trabalhador e oferecendo toda a segurança para que a 
atividade possa ser feita de forma satisfatória. 
 
Esse tipo de atividade apresenta riscos ao trabalhador que podem ser 
fatais, por isso é importante seguir à risca todas as recomendações para que o Trabalho em 
Altura possa ser realizado da forma correta. É essencial que os trabalhadores estejam 
devidamente treinados e habilitados para executar o trabalho e que tanto empregado quanto 
empregador respeitem os procedimentos determinados pela NR-35. 
 
2.3.1. TIPOS DE EQUIPAMENTOS UTILIZADOS EM TRABALHO EM ALTURA 
 
Andaimes e Balancins são equipamentos utilizados em lugares 
elevados de plataforma, facilitando a locomoção do trabalhador quando o serviço realizado 
e feito em altura superior adois metros, na construção civil eles são muito utilizados em, 
pintura, limpeza e manutenção. 
 
A) ANDAIMES 
 
De acordo com Azevedo (2014), os andaimes são equipamentos 
utilizados em lugares elevados em forma de plataforma, facilitando a locomoção do 
trabalhador quando em atividade em altura. Na construção civil, podem ser usados quando 
o trabalhador for realizar o acabamento de fachadas de um prédio, pintura, limpeza e 
manutenção. 
 
De acordo com Pampalon (2002 apud DEL VALLE, 2013), no piso 
de trabalho dos andaimes é proibido o uso de escadas ou apoios móveis, bem como 
trabalhar em andaimes apoiados sobre cavaletes que possuam altura superior a dois metros 
e largura inferior a 90 centímetros. 
22 
 
 
 
Na montagem e desmontagem desses equipamentos deve-se 
observar se não estão próximos a redes elétricas, e se todos os 
dispositivos de segurança estão funcionando e se estão conforme 
recomenda as normas. Não é permitida de forma alguma a 
utilização de escadas nos andaimes para alcançar lugares mais 
altos (AZEVEDO, 2014, p.22). 
 
Segundo Del Valle (2013), para cada tipo de atividade é montada uma 
estrutura específica de andaime (figura 2), oferecendo um apoio e estrutura física 
adequados à segurança do trabalhador, e, entre essas estruturas, as mais usadas são os 
andaimes fachadeiros, os móveis, os suspensos mecânicos e a cadeira suspensa (balancim 
individual). A utilização do cinto duplo talabarte ou talabarte em Y (com trava-quedas) é 
necessária e obrigatória para assegurar ainda mais a vida do trabalhador, conforme visto na 
figura 3. 
 
 
Figura 1: Andaime 
 
Fonte: IME ANDAMIES (2016). 
 
 
 
Figura 2: Guarda-corpo 
23 
 
 
+ 
Fonte: PEDREIRÃO (2013) 
 
 
B) ANDAIMES MÓVEIS 
 
Os andaimes móveis (figura 4) são apoiados sobre rodas, o que facilita 
seu transporte e locomoção. É de fácil montagem e necessariamente não precisa de mão de 
obra especializada. Normalmente é usado para realizar serviços de instalações ou 
acabamentos, mas é proibido deslocá-lo com o trabalhador e os materiais nele 
(AZEVEDO, 2014). 
 
 
Figura 4: Andaime Móvel 
 
Fonte: LOCAFERR (2016) 
24 
 
 
De acordo com a NR18, itens:18.15.26 e 18.15.27: 
 
18.15.26 Os rodízios dos andaimes devem ser providos de travas, de 
modo a evitar deslocamentos acidentais. 
 
18.15.27 os andaimes tubulares podem ser utilizados sobre superfície 
plana, que resista a seus esforços e permita a sua segura 
movimentação através de rodízios”. 
 
C) ANDAIMES FACHADEIROS 
 
Segundo Azevedo (2014), os andaimes fachadeiros (Figura 5) são 
constituídos por quadros posicionados tanto na horizontal quanto na vertical, bem como de 
placas de base, guarda-copo, escada e tela. Como é mais difícil o acesso ao local de 
trabalho, normalmente é preciso incorporar uma escada em sua própria estrutura ou por 
uma torre de acesso. 
 
 
Figura 4: Andaime Fachadeiro 
 
Fonte: SECONCI-DF.ORG (2013, p.1 apud DEL VALLE, 2013, p.9) 
 
 
 
Este tipo de andaime é muito utilizado em fachadas e manutenção 
quando se tem acesso a parte interna da obra (AZEVEDO, 2014). 
 
25 
 
 
Para proteção dos trabalhadores os andaimes devem possuir tela 
de arame galvanizado ou um material de resistência de boa 
durabilidade, e isso deve ter desde a primeira plataforma até no 
mínimo a 2,00 metros acima da última plataforma de trabalho 
para evitar a queda de objetos (AZEVEDO, 2014, p.24). 
 
 
De acordo com a NR35. 
 
A NR-35 estabelece os requisitos mínimos e as medidas de proteção 
para o trabalho em altura, como o planejamento, a organização e a execução, afim de 
garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores com atividades executadas acima de dois 
metros do nível inferior, onde haja risco de queda. 
 
35.1.1 Esta Norma estabelece os requisitos mínimos e as medidas de 
proteção para o trabalho em altura, envolvendo o planejamento, a 
organização e a execução, de forma a garantir a segurança e a saúde 
dos trabalhadores envolvidos direta ou indiretamente com 
D) Balancins 
 
De acordo com Azevedo (2014), os balancins (figura 6) são 
equipamentos suspensos utilizados em serviços em que não se pode apoiar o andaime 
sobre o solo ou sobre qualquer superfície horizontal, ou seja, é um andaime em balanço ou 
suspenso. São projetados para serem usados na parte externa da construção e são mantidos 
presos, por uma ancoragem feita na parte superior da obra, por vigamento feito por 
madeiramento, por materiais metálicos ou por estruturas em balanço com engatamento ou 
contrabalanço (localizados na parte interna da obra). Eles podem ser fixos ou deslocáveis e 
devem suportar até três vezes os esforços solicitantes. 
 
Esses andaimes suspensos ou balancins, segundo Azevedo (2014), 
podem ser tanto pesados quanto leves, pois os estrados deles podem ser de madeira ou de 
metal, entretanto, a fixação, nos dois casos, devem ser realizadas na estrutura da obra de 
maneira perfeita e por profissionais qualificados. 
 
26 
 
 
 
 
Figura 5: Balancim 
 
Fonte: LOCAÇÃO DE ANDAIMES (2016) 
 
Os balancins são suportados por meio de cabos de aço, podendo se 
movimentar na direção vertical com a ajuda de guinchos (AZEVEDO, 2014). 
 
E) CADEIRA INDIVIDUAL 
 
A cadeira individual (figura 9) é usada apenas quando não é possível a 
disposição de andaime. Neste caso, sua sustentação ocorre por meio de cabo de aço ou 
fibra sintética (DEL VALLE, 2013). Segundo Pampalon (2002, p.12 apud DEL VALLE, 
2013, p.11), “o sistema de fixação da cadeira suspensa deve ser independente do cabo-guia 
do trava-quedas. Esta cadeira deve apresentar na sua estrutura, em caracteres indeléveis e 
bem visíveis”. 
 
Figura 6 Cadeira Individual 
 
Fonte: ANDAIMES URBE (2016) 
27 
 
 
2.4. Equipamentos de Proteção Individual (EPI’S) utilizados em Andaimes e 
Balancins. 
 
De acordo com Azevedo (2014) os Equipamentos de Proteção 
Individual (EPI’s) são todos aqueles equipamentos de uso individual indicado para 
situações onde o trabalhador tem ameaças a sua segurança e saúde no trabalho. 
 
A Portaria nº 3214/78 (apud CISZ, 2015, p.18), com última alteração 
pela portaria nº 292 de 2011, define EPI como “(...) todo dispositivo ou produto, de uso 
individual utilizado pelo trabalhador destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameação 
a segurança e a saúde no trabalho”. 
 
Cisz (2015) declara que a utilização dos EPI’s se encontra prevista na 
CLT e regulamentada pela Norma Regulamentadora do Ministério do Trabalho e Emprego, 
tornando obrigatório o uso dos mesmos. 
 
A entrega destes equipamentos deve ser fornecida pelo empregador 
que também tem a obrigação de fiscalizar o uso por parte de seus 
empregados e de promover ações que conscientizem seus 
trabalhadores da importância do uso dos EPI’s quando estes se 
recusam a usar (CISZ, 2015, p.18). 
 
Dobrovolski et al. (2008) dizem que o fornecimento dos EPI’s deve 
ser gratuito e que devem ser específico para cada tipo de atividade e adequado aos riscos, 
bem como em perfeito estado de conservação e funcionamento e com CA (certificado de 
aprovação expedido pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no 
trabalho no Ministério do Trabalho e Emprego, bem como a implantação da ficha de EPI 
para controlar o fornecimento e treinamento em sua utilização, com evidências do 
empregado. 
 
O treinamento do EPI fornecido pela empresa, que a mesma realiza 
treinamento de, como utiliza-lo e após o treinamento o trabalhador assina um relatório de 
treinamento o qual comprova que o mesmo recebe o treinamento e EPI`s para 
desempenhar determinada atividade. 
28 
 
 
 
De acordo com Cisz (2015), os EPI’s são capazes de neutralizar e 
evitar lesões em casos de acidentes, por isso, são de inteira importância quando se está 
realizando uma construção civil. 
 
Segundo Lima (2013), quando não se pode realizar as atividades no 
chãoe não se consegue eliminar todo o risco de queda do trabalhador, se faz obrigatória a 
utilização de medidas que diminuam as consequências da queda. Os EPI’s, em conjunto 
com os acessórios e os sistemas de ancoragem permitem a realização de atividades em 
altura, fornecendo, juntamente com a capacitação e a análise da saúde do trabalhador, a 
possibilidade de haver uma execução com níveis mínimos de insegurança. 
 
Os EPI’s usados na construção civil, conforme a NR-6 (apud CISZ, 
2015), são agrupados em EPI’s para proteção da cabeça, dos ombros e face; da audição; do 
tronco; respiratória; dos membros superiores; dos membros inferiores; e contra queda em 
diferença de nível. 
 
Monteiro (2011 apud CISZ, 2015) afirma que esse agrupamento é 
realizado focando atividades que apresentam risco devido o contato com águas, com 
alturas, com eletricidade, bem como riscos causados pelos trabalhos de escavações, de 
demolições, de alvenarias, de aplicação de pavimentos e revestimentos, de carpintaria e de 
serralheria. 
 
Vale salientar que nos casos do andaime ser do tipo tubular é preciso 
que o mesmo esteja equipado com todos os dispositivos de segurança 
necessários, sendo eles guarda-corpo, escada, rodapé, piso metálico e 
sapatas para aplanamento da torre. Outro fator que deve ser levado 
em conta ainda é durante a montagem e desmontagem do andaime, 
pelo qual é indispensável a utilização de capacete, cinto de segurança 
acoplado a uma estrutura fica, em alguns casos para maior 
segurança do trabalhador é necessária a utilização do cinto porta-
objeto, assim a mão do trabalhador e a cintura ficaram livres para 
que ele possa se movimentar com maior segurança (DEL VALLE, 
2013, p.11). 
29 
 
 
 
De acordo com Azevedo (2014, p.14), “para cada atividade há um 
determinado Equipamento de Proteção Individual e, para a realização dos trabalhos em 
alturas são utilizados” o cinto de segurança tipo paraquedista; o talabarte; o trava-quedas; o 
cinturão abdominal; o mosquetão; o absorvedor de energia; o cinto porta-objetos; o 
capacete; o calçado de segurança; os óculos de proteção; os protetores auriculares; as luvas 
de raspa; e macacão (CICHINELLI, 2013 apud DEL VALLE, 2013). 
 
Os EPI’s para proteção da cabeça são capacetes (figura 10), capuz ou 
bala clave. São usados em obras pequenas somente os capacetes que protegem o crânio 
contra impactos (CISZ, 2015). Segundo Nascimento et al. (2009 apud CISZ, 2015) 
afirmam que o dispositivo que protege o crânio é usado como suspensão, o que permite 
maior na cabeça e mais proteção, amortecendo os impactos; e que este dispositivo foi 
projetado para rebater o material em queda, evitando lesões no pescoço de seu usuário. 
 
Segundo Azevedo (2014), em um canteiro de obras, o capacete é um 
dos equipamentos mais importantes, pois tem como finalidade proteger a cabeça do 
trabalhador, sendo que até os visitantes devem usá-lo enquanto transita o local da obra. 
 
Figura 10: Capacetes contra impactos de objetos sobre o crânio 
 
 
Fonte: WALDHELM NETO (2012 apud CISZ, 2015, p.20) 
 
 
A figura 10 representa os seguintes EPI`s, Capacete, carneira, jugular, 
e o conjunto dos intens. 
 
Rosso e Oliveira (2005 apud CISZ, 2015) dizem que o casco deste tipo de capacete deve 
ser feito de material plástico rígido e de alta resistência à penetração e a impacto. 
 
30 
 
 
Os EPI’s para proteção de olhos e face, segundo Ramos (2009 apud 
CISZ, 2015) são os óculos (figura 11). São usados, principalmente, para evitar perfuração 
dos olhos por meio de corpos estranhos, como quando se vai cortar arames e cabos, ou 
quando se está usando chave de boca, talhadeiras, furadeiras, agentes químicos, entre 
outros equipamentos que podem prejudicar a visão. 
 
Azevedo (2014) afirma que o uso dos óculos de proteção evita danos 
irreparáveis à visão de que o usa. Para cada atividade, existe um tipo de óculos, podendo 
também ter a diferenciação referente a transparência da lente, sendo claro quando o 
trabalhador estiver na área interna da obra, ou com lente escura, quando a obra for na área 
externa do local. 
 
A Figura 8 apresenta os óculos para proteção dos olhos. 
 
Figura 8: Óculos para proteção dos olhos 
 
Fonte: WALDHELM NETO (2012 apud CISZ, 2015, p.20) 
 
A proteção de face é realizada de acordo com a NR-6, através do 
uso do protetor facial para proteção da face contra impactos de 
partículas volantes; protetor facial para proteção da face contra 
radiação infravermelha; protetor facial para proteção dos olhos 
contra luminosidade intensa; protetor facial para proteção da face 
contra riscos de origem térmica; protetor facial para proteção da 
face contra radiação ultravioleta (CISZ, 2015, p.20). 
 
 De acordo com Cisz (2015), os EPI’s para proteção auditiva dividem-
se em três tipos, sendo circum auricular; de inserção; e semi-auricular. Intenciona-se, com 
eles, proteger o sistema auditivo contra níveis de pressão sonora superior ao permitido. 
31 
 
 
Silva (2009 apud CISZ, 2015) afirma que os protetores auriculares (figura 12) 
correspondem a equipamentos que protegem a audição dos trabalhadores que trabalham 
em locais com ruído elevado, acima do limite de tolerância; os mesmos devem sempre 
estar limpos e confortáveis, sendo necessária sua substituição para higienização mensal ou 
de acordo com a periocidade de uso. 
 
Segundo Azevedo (2014, p.20), o protetor auricular “é um aparelho de 
proteção para o trabalhador contra barulho acima de 85 decibéis recomendados”. 
 
Há diversos tipos de protetores, cada qual com sua funcionalidade 
para cada tipo de atividade (AZEVEDO, 2014). 
 
Figura 9: Protetor auditivo do tipo circum-auricular e Plug 
 
+ 
Fonte: SOLUÇÃO EPI (2013 apud CISZ, 2015, p.21) 
 
Os EPI’s para proteção dos membros superiores são luvas, cremes 
protetores, mangas de camisa, braçadeiras e dedeiras (CISZ, 2015). 
De acordo com Azevedo (2014, p.21), “as luvas são fundamentais para o trabalhador, pois 
ela protege as mãos dos trabalhadores”. 
 
As luvas (figura 13), segundo Cisz (2015) essa proteção é contra 
agentes abrasivos e escoriantes; agentes cortantes e perfurantes; choques elétricos; agentes 
térmicos, biológicos ou químicos; vibrações; umidade; e radiação ionizante. Cada proteção 
ocorre de acordo com as especificidades da atividade desenvolvida, ou seja, para cada 
atividade existe um tipo de luva. Azevedo (2014) diz que para maior comodidade do 
trabalhador, há vários tamanhos de luva. 
 
 
32 
 
 
Figura 10: Luvas para proteção de membros superiores 
 
Fonte: NAKAMURA (2009 apud CISZ, 2015, p.22) 
 
Segundo Cisz (2015), os EPI’s para proteção dos membros inferiores 
são equipamentos que protegem o trabalhador contra impactos de quedas de objetos sobre 
suas articulações; contra agentes provenientes de energia elétrica; agentes térmicos, 
abrasivos e escoriastes, cortantes e perfurantes; água; e produtos químicos. Neste caso, os 
equipamentos são calçados (figura 14), que protegem pernas e pés, de acordo com a 
atividade a ser efetuada. 
 
Azevedo (2014) diz que o calçado de segurança também protege o 
trabalhador de possíveis acidentes decorrentes de irregularidades e desníveis do terreno 
onde se localiza a obra. 
 
Os calçados protegem o trabalhador e seu uso é obrigatório em todos 
os locais do ambiente de trabalho durante toda a jornada de trabalho (SILVA, 2009 apud 
CISZ, 2015). 
 
 
 
 
 
 
 
 
33 
 
 
 
Figura 11: Calçados para proteção dos membros inferiores 
 
Fonte: WALDHELM NETO (2012 apud CISZ, 2015, p.23) 
 
De acordo com Cisz (2015), os EPI’s para proteção contra quedas com 
diferença de nível asseguram o trabalhador contra quedas com diferença de nível. São 
cinturões de segurança e trava-quedas, utilizados para proteger o trabalhador que está 
realizando trabalhos em altura, no que diz respeito ao seu posicionamento e movimentos 
verticais ou horizontais.Os dois devem ser usados ao mesmo tempo, em conjunto, 
conforme figura 15. 
 
Segundo Azevedo (2014, p.14), “é necessário o uso do cinto em 
serviços acima de 2,00 m de altura”. 
 
Cichinelli (2013 apud DEL VALLE, 2013) diz que o cinto de 
segurança tem que ter duplo talabarte (tira dupla). 
 
Figura 12: Cinto de segurança com dispositivo trava-queda 
 
Fonte: EQUIPROTEC (2016) 
 
34 
 
 
Azevedo (2014) diz que o talabarte faz a ligação ao ponto fixo da 
estrutura, que são cabos de aço, cordas, ou outros dispositivos que podem ser usados como 
talabarte. Nele estão providos ganchos que ligam o ponto da ancoragem ao cinturão, 
conforme visualizado na figura 13. Ele pode ser simples ou duplo. 
 
Figura 13: Trabalhador preso com talabarte 
 
Fonte: ALTEG (2016) 
 
O trava-quedas (figura 14) também é outro EPI importante para quem 
está trabalhando em locais altos. Ele é feito de aço e possui um freio que funciona por meio 
de uma mola e uma alavanca. (AZEVEDO, 2014). 
 
 “O trabalhador pode se movimentar no plano horizontal, vertical, 
subir e descer escadas, pilhas de materiais e rampas sem nenhum risco de quedas, caso 
ocorra algum movimento brusco inesperado, o equipamento se trava imediatamente” 
(AZEVEDO, 2014, p.15). 
 
Figura 14: Trava-quedas 
 
Fonte: IMPÉRIO EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA (2013) 
35 
 
 
 
De acordo com Azevedo (2014), outro EPI importante é o cinturão 
abdominal (figura 15), que é o equipamento que envolve a cintura do trabalhador, sendo 
ajustável ao tamanho deste trabalhador. Ele possui engates pelo qual fixa-se o talabarte 
utilizado. 
 
Figura 15: Cinturão abdominal 
 
Fonte: A S SOLUÇÕES (2016) 
 
 
Para o trabalho em altura, segundo Azevedo (2014), fazem parte dos 
EPI’s utilizados nesta atividade, os mosquetões (figura 16), que são feitos com material 
metálico (aço ou alumínio), com forma cilíndrica, e com fechos. Sua função é conectar-se 
em equipamentos de segurança, ficando presos em cordas ou cabos de aço, proporcionando 
melhor resistência de movimentação do trabalhador. 
 
Figura 16: Mosquetão 
 
Fonte: MUNDO DA NÁUTICA (2016) 
36 
 
 
Outros dois EPI’s importantes para trabalhos em alturas são o 
absorvedor de energia (figura 17) e o cinto porta-objeto (figura 18). O primeiro tem como 
função absorver uma importante parte da queda, se a mesma houver, pois sem ele, a 
energia do impacto é transmitida diretamente para o corpo do trabalhador. O segundo tem 
como finalidade facilitar a vida do trabalhador, pois comporta as ferramentas necessárias 
ao trabalho que está sendo realizado no local, deixando as mãos deste trabalhador livres, o 
que facilita a movimentação do mesmo na estrutura e reduz o risco de fazer com que a 
ferramenta caia e atrapalhe a atenção e equilíbrio do trabalhador (AZEVEDO, 2014). 
 
 
Figura 17: Absorvedor de energia Figura 18: Cinto porta-objeto 
 
Fonte: VGS – VISÃO GLOBAL (2016) Fonte: REFORMAFÁCIL (2016) 
 
Segundo Silva (2009 apud CISZ, 2015), deve-se evitar, durante o uso 
desses EPI’s, o contato com materiais cortantes e químicos; revisar o estado das costuras 
das partes metálicas, das conexões, do rabicho e do mosquetão; e revisar o cabo auxiliar de 
segurança, verificando se o mesmo está fixado de maneira correta. 
 
Atualmente, a preocupação com a segurança do trabalho vem 
crescendo, não é de agora que ela acontece, o que acarretou a criação de leis, decretos e 
normas durante vários anos. 
 
Estas leis, decretos e normas foram criados, especificando alguns itens 
importantes para que o trabalhador possa exercer sua função com segurança e qualidade de 
vida, quando o trabalho é em altura, a atenção com a segurança deve ser redobrada. 
 
Com bases nas normas que regem o funcionamento de cada atividade 
de construção civil, os equipamentos de proteção individual, conhecidos como EPI’s, será 
37 
 
 
sempre um importante adicional para preservar vidas quando o EPC não cercar todos os 
riscos e a segurança tão desejada ocorra, principalmente, para os trabalhos em altura. 
 
3. ESTUDO SOBRE EPI’s: OBRIGATORIEDADE NA UTILIZAÇÃO DE 
ANDAIMES E BALANCINS 
 
 
Os EPI’s são de extrema importância em todo processo produtivo 
sendo ele em parques fabris ou campos de construção civis, expondo o trabalho na altura 
como arquétipo, os trabalhos em andaimes e balancim, a preocupação com a segurança é 
ainda maior, portanto, não se deve realizar qualquer tipo de atividade nesses equipamentos 
sem a utilização de EPI’s corretos. 
 
EPI – Equipamento de proteção Individual, todo dispositivo ou 
produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos 
suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho. 
 
EPC – Equipamento de proteção coletiva, todo dispositivo coletivo de 
materiais rígidos, destinados a segurança e a saúde no trabalho. 
 
Nota: a função dos EPI`s não são para evitar o acidente ou qualidade 
para o trabalhador, ele é considerado adicional ao gerenciamento do 
risco no ambiente, ou considerado paliativo em casos de ocorrência. 
 
3.1. EQUIPAMENTOS UTILIZADOS PARA TRABALHO EM ALTURA FULCRO 
NR 35 
 
A NR 35, que regula esse tipo de trabalho em altura, em suas 
especificações mais precisamente no item 35.5 e seus subitens determina qual EPI’s 
utilizar sejam eles: 
 
 
 
 
38 
 
 
FIGURA 19 – EPI’s obrigatórios para trabalho em altura 
 
FONTE: SITE https://segurancadotrabalho.com 
 
 
4. CONCLUSÕES 
 
A utilização de equipamentos de segurança é fator importantíssimo 
para que a qualidade de vida no trabalho seja adequada e tranquila, evitando os acidentes 
ocorridos no trabalho. Com esse pensamento, estudos foram realizados e, com isso, leis, 
decretos, normas foram criadas para que as empresas zelem pela segurança de seus 
trabalhadores. 
 
Uma das leis que define acidente de trabalho é a Lei nº 8.213/1991 – 
PREVIDÊNCIA SOCIAL, especificando cada tipo e suas características, e deixando bem 
claro que a responsabilidade pela segurança do trabalhador é puramente do empregador, ou 
seja, da empresa. 
 
As atividades que mais possuem acidente de trabalho são as realizadas 
em construções civis, em especial, em trabalhos em alturas, onde os trabalhadores ficam 
mais suscetíveis a quedas, deixando-os impossibilitados de trabalhar ou até óbitos. 
 
39 
 
 
Para melhor proteger o trabalhador e reduzir os riscos de acidente no 
trabalho, foram criados normas, que conceituam os Equipamentos de Proteção Individual 
(EPI’s), para proteger o trabalhador na execução de sua atividade laboral. 
 
A NR35 é uma importante norma, que regulamenta o trabalho em 
altura, ou seja, trabalho realizado acima de dois metros do plano de referência e que 
oferece algum risco de queda. Para esse tipo de atividade são utilizados na maioria 
andaimes e balancins, muitos deles improvisados em obras de baixo custo deixando o 
trabalhador mais suscetíveis a acidentes, e diante ao exposto, a fiscalização está tomando 
medidas mais severas embargando ou interditando obras que desrespeitam as medidas de 
segurança. 
 
Os andaimes são equipamentos usados em locais elevados possui 
forma de plataforma, o que facilita a locomoção do trabalhador enquanto está trabalhando 
no alto, entretanto, sua base deve ser plana, geralmente são feitos de barras de ferro e 
possuem encaixes montáveis (por profissionais especializados). 
 
Os balancins são andaimes suspensos, presos por cabos de aço, que 
estão, por sua vez, presos em estruturas fixas na obra, esse tipo de equipamento deve ser 
utilizado por pessoal altamente treinado, por ser de alto risco, que qualquer deslize possa 
ocasionar o óbito do trabalhador. 
 
Para se trabalhar nestes dois equipamentos de locomoção facilitada, 
vários EPI’s são obrigatórios, sendo cada um para uma finalidade, como o capacete, que 
serve paraproteger a cabeça do trabalhador se algum objeto cair sobre ele; o cinto de 
segurança preso com talabarte e trava-quedas, que juntos reduzem o risco de queda, pois 
prende o trabalhador a algum dispositivo fixo da estrutura da obra; óculos, que protegem o 
trabalhador de possíveis contatos com produtos químicos e objetos cortantes; entre outros. 
Utilizando os EPI’S e EPC’S corretamente o risco de acidente não está iminentemente 
eliminado por ser um trabalho periculoso. 
 
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O importante, são as empresas de construção civil entender como é 
fundamental o uso dos EPI’s em suas obras, pois, além de proteger seus trabalhadores, 
fazem com que os mesmo se sintam seguros e trabalhem com mais produtividade, 
zelando por sua integridade física e qualidade de vida. 
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
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