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ATIVIDADE PRÁTICA - MICROBIOLOGIA E IMUNOLOGIA

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CENTRO UNIVERSITÁRIO ANHANGUERA PITÁGORAS AMPLI 
LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS 
LUIZ NAZARENO DE SOUZA 
ATIVIDADE PRÁTICA - MICROBIOLOGIA E IMUNOLOGIA 
TIBAU - RN 
2023 
 
Luiz Nazareno de Souza 
ATIVIDADE PRÁTICA - MICROBIOLOGIA E IMUNOLOGIA 
Relatório apresentado ao Centro Universitário 
Anhanguera Pitágoras AMPLI, como requisito 
parcial para o aproveitamento da disciplina de 
Aula Prática de Microbiologia e Imunologia, 5º 
semestre do Curso Licenciatura em Ciências 
Biológicas. 
TIBAU - RN 
2023 
 
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................... 04 
2. ESTRUTURA CELULAR.................................................................................... 06 
2.1 Estruturas Celulares que constituem as Células Procariontes ............. 06 
2.2 Estruturas Celulares que constituem as Células Eucariontes ............... 07 
2.2.1 Quadro comparativo entre Procariontes e Eucariontes ....... 08 
2.3 Estruturas de membrana bem como as especializações ......................09 
2.4 Etapas da Divisão Mitótica....................................................................10 
2.5 Etapas da Diferenciação Celular ..........................................................11 
3. ATIVIDADE PRÁTICA – MICROBIOLOGIA E IMUNOLOGIA............................12 
3.1. Procedimento I: Reconhecer as estruturas referentes as células procariontes e 
eucariontes constituintes de microrganismos.........................................................13 
3.2. Procedimento II: Reconhecer as estruturas histológicas referentes as células 
eucariontes constituintes do sistema imunológico..................................................14 
3.3. Procedimento III: Reconhecer as estruturas anatômicas timo e tonsilas 
presentes no sistema linfático e imunológico.........................................................16 
4. CONCLUSÃO .....................................................................................................18 
5. REFERÊNCIAS .................................................................................................. 20 
4 
1. INTRODUÇÃO
A Biologia Celular, também conhecida na Microbiologia e Imunologia, 
constitui um campo científico dedicado ao estudo das células. Seu objetivo principal é 
analisar o funcionamento celular, incluindo as organelas que desempenham funções 
específicas dentro das células, além de investigar as relações entre tecidos, órgãos e 
organismos vivos que as células possibilitam. O surgimento desse campo coincidiu 
com a invenção do microscópio, que viabilizou o estudo das células e, posteriormente, 
das organelas. Com o aprimoramento dos microscópios, surgiram os microscópios 
eletrônicos, proporcionando imagens mais ampliadas e permitindo uma análise mais 
detalhada das estruturas celulares de células animais, vegetais e vírus. 
A Biologia Celular explora todas essas dinâmicas, investigando as 
potencialidades, funções e a importância das células em geral. O conhecimento 
gerado por essa disciplina contribui para abordar problemas degenerativos, nos quais 
células de tecidos específicos ou do corpo como um todo morrem sem serem 
substituídas no mesmo ritmo, podendo levar a condições graves e até mesmo à morte. 
No âmbito da Biologia Molecular, a complexidade do corpo humano 
permanece um mistério fascinante para os cientistas. A maquinaria intricada que 
coordena desde a respiração, repetida cerca de 576 vezes ao dia, até as 
transformações no corpo feminino durante o parto revela a presença de milhares de 
células, tecidos, órgãos e sistemas interconectados. Isso evidencia a vastidão de 
conhecimentos a serem explorados sobre o funcionamento humano. 
Cientistas apoiam a ideia de que há muito a ser descoberto sobre nosso 
organismo. Ao longo da história, os estudos sobre o funcionamento de cada parte do 
corpo intensificaram-se, abrangendo disciplinas como Biologia, Química, Física, e 
áreas subsequentes como Biofísica, Genética e Bioquímica, todas com pesquisas 
voltadas para desvendar os mistérios do corpo humano. 
Nesse contexto, a presente pesquisa tem como objetivo a instalação do 
software Image Scope. Esse software possibilita a visualização de lâminas disponíveis 
no laminário digital da Kroton, simulando um laboratório de microscopia. Ele será 
instalado nos computadores pessoais dos alunos para a realização das atividades 
práticas da disciplina de Microbiologia e Imunologia do Curso de Biologia. Essas 
5 
 
 
 
atividades envolvem o uso da microscopia e a comparação das lâminas celulares 
apresentadas para fins de pesquisa pedagógica. 
6 
 
 
 
2. ESTRUTURA CELULAR 
 
 A microscopia eletrônica demonstrou que existem fundamentalmente duas 
classes de células: os procariontes (pro, primeiro, e cario, núcleo), cujos cromossomos 
não são separados do citoplasma por membrana, e as eucariontes (eu, verdadeiro, e 
cario, núcleo), com um núcleo bem individualizado e delimitado pelo envoltório 
nuclear. Como será visto a seguir, embora a complexidade nuclear seja utilizada para 
nomear as duas classes de células, há outras diferenças importantes entre 
procariontes e eucariontes. 
 
2.1 Estruturas Celulares que constituem as Células Procariontes 
 
 
 As células procariontes caracterizam-se pela escassez de membranas. 
Nelas, geralmente a única membrana existente é a membrana plasmática. Ao 
contrário das células eucariontes, os procariontes não contêm membranas que 
separam os cromossomos do citoplasma. Os seres vivos que têm células procariontes 
são denominados procariotas; essas células constituem as bactérias (as cianofíceas, 
ou algas azuis, também são bactérias). 
 A célula procarionte mais bem estudada é a bactéria Escherichia coli, que, 
por sua simplicidade estrutural e rapidez de multiplicação, revelou-se excelente para 
estudos de biologia molecular. A E. coli tem a forma de bastão, com cerca de 2 μm de 
comprimento, e é separada do meio externo por uma membrana plasmática 
semelhante à que envolve as células eucariontes. Por fora dessa membrana existe 
uma parede rígida. Conforme a bactéria, a espessura dessa parede é muito variável. 
Ela é constituída por um complexo de proteínas e glicosaminoglicanas. A parede 
bacteriana tem, sobretudo, função protetora. 
 No citoplasma das bactérias existem ribossomos ligados a moléculas de 
RNA mensageiro (mRNA), constituindo polirribossomos. Encontram-se, em geral, dois 
ou mais cromossomos idênticos, circulares, ocupando regiões denominadas 
nucleoides e, muitas vezes, presos a pontos diferentes da membrana plasmática. 
Cada cromossomo, constituído de DNA e proteínas tem espessura de 2 nm e 
comprimento de 1,2 mm. As células procariontes não se dividem por mitose, e seus 
7 
 
 
 
filamentos de DNA não sofrem o processo de condensação que leva à formação de 
cromossomos visíveis ao microscópio óptico, durante a divisão celular. 
 O citoplasma das células procariontes em geral não apresenta outra 
membrana além daquela que o separa do meio externo (membrana plasmática). Em 
alguns casos podem existir invaginações da membrana plasmática que penetram no 
citoplasma, no qual se enrolam, originando estruturas denominadas mesossomos. 
Além disso, no citoplasma das células procariontes que realizam a fotossíntese, 
existem algumas membranas, paralelas entre si, e associadas à clorofila ou a outros 
pigmentos responsáveis pela captação da energia luminosa. 
 Outra diferença entre a célula procarionte e a eucarionte é a falta de um 
citoesqueleto nas células procariontes. Nas eucariontes, o citoesqueleto é 
responsável pelos movimentos e pela forma das células, que, muitas vezes, é 
complexa. A forma simples das células procariontes, em geral esférica ou em 
bastonete, é mantida pela parede extracelular, sintetizada no citoplasma e agregada 
à superfície externa da membrana celular. Essa parede é rígidae representa também 
papel importante na proteção das células bacterianas. Na natureza são encontradas 
populações de bactérias nos mais diversos habitats, e a parede é essencial para 
proteger as células contra os fatores muitas vezes agressivos desses habitats. 
Todavia, a diferença mais marcante entre as células procariontes e as eucariontes é 
a pobreza de membranas nas procariontes. O citoplasma das células procariontes não 
se apresenta subdividido em compartimentos, ao contrário do que ocorre nas células 
eucariontes, nas quais um extenso sistema de membrana cria, no citoplasma, 
microrregiões que contêm moléculas diferentes e executam funções especializadas. 
 
2.2 Estruturas Celulares que constituem as Células Eucariontes 
 
 Células eucariontes são compartimentadas. Essas células apresentam 
duas partes morfologicamente bem distintas - o citoplasma e o núcleo -, entre as 
quais existe um trânsito constante de moléculas diversas, nos dois sentidos. O 
citoplasma é envolvido pela membrana plasmática, e o núcleo, pelo envoltório 
nuclear. 
 Característica importante das células eucariontes é sua riqueza em 
membranas, formando compartimentos que separam os diversos processos 
metabólicos graças ao direcionamento das moléculas absorvidas ou produzidas nas 
8 
 
 
 
próprias células. Além disso, há grandes diferenças enzimáticas entre as membranas 
dos vários compartimentos. A célula eucarionte é como uma fábrica organizada em 
seções de montagem, pintura, embalagem etc. Além de aumentar a eficiência, a 
separação das atividades permite que as células eucariontes atinjam maior tamanho, 
sem prejuízo de suas funções. 
 O citoplasma das células eucariontes contém as organelas, como 
mitocôndrias, retículo endoplasmático, aparelho de Golgi, lisossomos e peroxissomos. 
O conceito de organela não é bem definido; varia um pouco de um autor para outro. 
Alguns consideram organelas apenas as estruturas envolvidas por membrana, como 
as mitocôndrias e os lisossomos, por exemplo; outros admitem como organelas todas 
as estruturas intracelulares presentes em todas as células e que desempenham 
funções bem definidas, mesmo que não sejam delimitadas por membrana (p. ex.: 
centrossomos, corpúsculos basais dos cílios). Além das organelas, o citoplasma pode 
apresentar depósitos de substâncias diversas, como grânulos de glicogênio e 
gotículas lipídicas. Preenchendo o espaço entre as organelas e os depósitos, também 
chamados inclusões, encontra-se a matriz citoplasmática ou citosol. O citosol 
contém água, íons diversos, aminoácidos, precursores dos ácidos nucleicos, 
numerosas enzimas, incluindo as que realizam a glicólise anaeróbia e as que 
participam da degradação e síntese de hidratos de carbono, de ácidos graxos, de 
aminoácidos e de outras moléculas importantes para as células. O citosol contém 
microfibrilas, constituídas de actina, e microtúbulos, constituídos de tubulina, cujas 
unidades monoméricas se podem despolimerizar e polimerizar novamente, de modo 
reversível e dinâmico, o que explica as modificações de sol para gel, e vice-versa, 
observadas no citoplasma. Quando despolimerizadas (separadas umas das outras), 
as moléculas das proteínas actina e tubulina conferem maior fluidez ao citosol. 
Quando polimerizadas em microfibrilas e microtúbulos, conferem a consistência de 
gel à região citoplasmática em que se encontram. 
 
2.2.1 Quadro comparativo entre Procariontes e Eucariontes: 
Procariontes Eucariontes 
Envoltório extracelular: cápsula e parede 
bacteriana (proteínas e glicosaminoglicanos) . 
Envoltório extracelular: glicocálix 
(glicoproteínas, glicolipídios e proteoglicanas) ou 
parede celular (celulose e pectina). 
9 
 
 
 
Abundância de moléculas de lipopolissacarídeo 
na membrana plasmática, que conferem 
proteção como a resistência às enzimas 
hidrolíticas e aos sais biliares das bactérias 
entéricas. 
Membrana plasmática constituída por 
fosfolipídios, colesterol, glicolipídios, 
glicoproteínas e proteoglicanas. 
Ausência de organelas membranosas. Presença de organelas membranosas. 
Moléculas da cadeia respiratória presentes na 
membrana interna da membrana plasmática. 
Moléculas da cadeia respiratória situadas na 
membrana interna das mitocôndrias. 
Nucleoide: ausência de envoltório nuclear, DNA 
circular, não associado a proteínas histônicas e 
que não se condensa em cromossomos. 
Núcleo: presença de envoltório nuclear, 
moléculas de DNA lineares, associadas a 
histonas e que se condensam em cromossomos 
no momento da divisão. 
Presença de filamentos circulares de DNA 
extracromossômicos (plasmídeos). 
Não há plasmídeos. 
Ribossomos livres; coeficiente de sedimentação 
do ribossomo: 70S (subunidades ribossômicas: 
50S+30S). 
Ribossomos livres ou associados ao retículo 
endoplasmático; coeficiente de sedimentação do 
ribossomo: 80S (subunidades ribossômicas: 
60S+40S). 
Não há separação entre os processos de 
duplicação de 
DNA (replicação), síntese de RNA a partir do 
DNA (transcrição) e síntese de proteínas a partir 
do RNA (tradução). 
Há separação entre os processos de replicação 
e transcrição, que ocorrem no núcleo, e a 
tradução, que acontece no citoplasma. 
Ausência de citoesqueleto. Presença de citoesqueleto. 
Não realizam endocitose e exocitose. Realizam endocitose e exocitose. 
Frequentemente partem da superfície 
prolongamentos filamentosos: os flagelos e as 
fímbrias. Os flagelos são estruturas rígidas, 
constituídas por três espirais da polimerização 
da proteína flagelina e com um gancho na ponta, 
que servem para a movimentação da bactéria ao 
encontro de nutrientes ou afastando-se de 
substâncias tóxicas. As fímbrias são mais curtas 
e mais finas que os flagelos e promovem a 
aderência das bactérias às células hospedeiras 
ou a transferência de DNA entre duas bactérias 
durante a conjugação. 
Não há fímbrias e, naquelas células com flagelo, 
a sua constituição envolve a polimerização da 
proteína tubulina. 
Fissão. Mitose ou meiose. 
 
 
2.3. Estruturas de membrana bem como as especializações referentes a ela 
 
 É a parte mais externa do citoplasma, que separa a célula do meio 
extracelular, contribuindo para manter constante o meio intracelular, que é diferente 
do meio extracelular. Apresenta cerca de 7 a 10 nm de espessura e é mostrada nas 
eletromicrografias como duas linhas escuras separadas por uma linha central clara. 
10 
 
 
 
Essa estrutura trilaminar é comum às outras membranas encontradas nas células, 
sendo, por isso, chamada unidade de membrana ou membrana unitária. 
 As unidades de membrana são bicamadas lipídicas formadas 
principalmente por fosfolipídios e que contêm uma quantidade variável de moléculas 
proteicas, mais numerosas nas membranas com maior atividade funcional (as 
proteínas são responsáveis pela maioria das funções da membrana). O folheto 
externo da bicamada lipídica da membrana plasmática apresenta muitas moléculas 
de glicolipídios, com as porções glicídicas se projetando para o exterior da célula. Às 
porções glicídicas dos glicolipídios se juntam porções glicídicas das proteínas da 
própria membrana, mais glicoproteínas e proteoglicanas secretadas, que são 
adsorvidas pela superfície celular para formar um conjunto denominado glicocálice. 
Assim, o glicocálice é uma projeção da parte mais externa da membrana, com apenas 
algumas moléculas adsorvidas, e não uma camada inteiramente extracelular, como 
se pensou inicialmente. 
 
2.2. Etapas da Divisão Mitótica (Prófase, Metáfase, Anáfase e Telófase) na 
Lâmina de Raiz de Cebola 
 
 As mitocôndrias são organelas esféricas ou, mais frequentemente, 
alongadas. Nas micrografias eletrônicas aparecem constituídas por duas unidades de 
membrana, sendo a interna pregueada, originando dobras em forma de prateleiras ou 
de túbulos. 
 A principal função das mitocôndrias é liberar energia gradualmente das 
moléculasde ácidos graxos e glicose, provenientes dos alimentos, produzindo calor e 
moléculas de ATP (adenosina-trifosfato). A energia armazenada no ATP é usada 
pelas células para realizar suas diversas atividades, como movimentação, secreção e 
divisão mitótica. As mitocôndrias participam também de outros processos do 
metabolismo celular (chama-se metabolismo o conjunto de processos químicos de 
degradação e síntese de moléculas), muito variáveis conforme o tipo de célula. 
 A mitose é um processo de divisão celular no qual uma célula dá origem a 
outras duas, as três com o mesmo material genético (e número de cromossomos). 
Ocorre em casos de reprodução assexuada, crescimento de organismos e 
regeneração de tecido. 
11 
 
 
 
 O período compreendido entre uma divisão e outra é denominado interfase, 
que ocupa aproximadamente 95% do tempo do ciclo celular. Neste, há três fases: I - 
quando não há atividades relacionadas à divisão; II - onde ocorre a duplicação do 
DNA; e III - fim da duplicação do DNA, antecedendo a mitose propriamente dita. 
 A mitose dura aproximadamente 45 minutos e é convencionalmente 
dividida em: prófase, metáfase, anáfase e telófase, sendo o último evento a 
citocinese, que corresponde à divisão do citoplasma. 
 Na prófase há a condensação dos cromossomos, tornando-os cada vez 
mais curtos e grossos. Estes - duplicados na interfase e denominados, agora de 
cromátides-irmãs, unidos pelo centrômero - passam a ser visíveis ao microscópio. Os 
nucléolos desaparecem; o fuso mitótico, um conjunto de microtúbulos localizados nos 
pólos da célula, formando fibras, começa a ser formado. Ao fim da prófase, a carioteca 
é rompida e as cromátides são espalhadas pelo citoplasma. 
 Na metáfase, as fibras alcançam a região ocupada pelo núcleo. Alguns 
microtúbulos das fibras polares se ligam a estruturas protéicas presentes na região do 
centrômero, denominadas cinetócoros. Assim, há um deslocamento progressivo das 
cromátides para a região equatorial da célula, formando a placa metafásica, ou placa 
equatorial, onde estas ficam alinhadas. 
 A anáfase consiste na separação dos centrômeros, separando duas 
cromátides de cada cromossomo sendo, assim, denominados cromossomos-irmãos. 
Estes vão para os pólos opostos da célula, com a ajuda das fibras do fuso, uma vez 
que seus microtúbulos se encurtam. 
 Na telófase, há novamente a condensação dos cromossomos e 
reorganização do nucléolo e carioteca - está situando ao redor de cada conjunto 
cromossômico, que se descondensam. 
 Começa a citocinese. Em células vegetais, a divisão se dá de dentro para 
fora – citocinese centrípeta. Nas células vegetais, a citocinese é centrífuga, de fora 
para dentro: há a formação de uma lamela, que cresce do centro para a periferia e 
separa as duas células. 
 
2.3. Etapas da Diferenciação Celular 
 
 A diferenciação celular consiste em um conjunto de processos que 
transformam e especializam as células embrionárias. Após estas transformações, sua 
12 
 
 
 
morfologia e fisiologia são definidas, o que as tornam capazes de realizar determinada 
função. 
 Após a fecundação, a vida do organismo inicia-se com apenas uma única 
célula. Nesse sentido, todas as demais células que dela se originarem pela divisão 
celular (mitose) terão as mesmas informações genéticas, no entanto, exercerão 
funções diferentes por conta da expressão gênica. Em outras palavras, cada diferente 
tipo de célula possui a inibição ou a ativação de determinados grupos de genes, 
responsáveis por definir a função de cada uma delas. 
 A expressão gênica controla quatro processos para que a célula inicial 
origine perfeitamente o embrião. São eles: 
− Proliferação celular, garantindo que muitas células sejam produzidas; 
− Especialização celular, permitindo que as células se expressem de forma 
diferenciada para exercerem suas funções; 
− Interação entre as células, promovendo a coordenação e comportamento das 
células em relação às células vizinhas; 
− Movimentação celular, possibilitando que as células se organizem próximas 
às células com características em comum para a formação dos tecidos e 
órgãos. 
 Após a fecundação, o zigoto, já com aproximadamente 100 células, atinge 
o estágio de blástula. Nesta fase ocorrerão as primeiras diferenciações: as células que 
compõem a massa externa da blástula darão origem aos anexos embrionários, 
enquanto as células da massa interna darão origem a todos os tecidos e órgãos do 
embrião. Às células da massa interna é dado o nome de células-tronco embrionárias 
e são classificadas como pluripotentes. 
 À medida que a especialização celular vai avançando, vão surgindo as 
primeiras células envolvidas com a formação de tecidos específicos: são as células-
tronco multipotentes. Um tecido corresponde a um conjunto de células especializadas, 
iguais ou diferentes entre si, que realizam determinada função em um organismo. 
 Num organismo já formado, ocorrerão apenas dois tipos de células: as 
células tronco multipotentes e as células unipotentes. Estas últimas correspondem a 
células que já sofreram diferenciação completa, mas que não possuem a capacidade 
de originar outras células se não as delas. Algumas destas células possuem uma 
capacidade muito pequena de se dividir, como as células nervosas e os neurônios. 
13 
 
 
 
3. ATIVIDADE PRÁTICA 
 
 As atividades práticas da Disciplina de Microbiologia e Imunologia, tem 
como objetivo a realização de análise da lâminas no software Image Scope para: I) 
desenvolver os conhecimentos com relação ao estudo das células procariontes e 
eucariontes bem como a organização hierárquica dos organismos multicelulares; II) 
desenvolver os conhecimentos com relação eucariontes bem como a organização 
hierárquica dos organismos multicelulares: III) desenvolver os conhecimentos com 
relação as membranas celulares e suas especializações; e IV) desenvolver os 
conhecimentos com relação ao estudo das divisões celulares (mitose) e dos 
processos de diferenciação celular. 
 
 
3.1. PROCEDIMENTO I 
 
 O procedimento de microbiologia e imunologia para reconhecimento das 
estruturas celulares de microrganismos envolve a distinção entre células procariontes 
e eucariontes. Vamos abordar brevemente as características dessas células: 
 
3.1.1. Células Procariontes: 
Núcleo: Ausente. O material genético fica disperso no citoplasma. 
Organelas membranosas: Geralmente ausentes, com exceção de ribossomos. 
Membrana plasmática: Presente. 
Parede celular: Presente em bactérias, geralmente composta por peptidoglicano. 
Flagelos e fímbrias: Estruturas comuns. 
 
3.1.2. Células Eucariontes: 
Núcleo: Presente e separado do citoplasma por uma membrana nuclear. 
Organelas membranosas: Presentes, como retículo endoplasmático, complexo de 
Golgi, mitocôndrias, cloroplastos (em células vegetais), entre outras. 
Membrana plasmática: Presente. 
Parede celular: Presente em células vegetais e fungos, geralmente composta por 
celulose. 
14 
 
 
 
Flagelos e cílios: Presentes em algumas células, como em protozoários e células 
animais. 
 
Procedimento: 
 
Preparação de Amostras: Coleta de amostras microbiológicas para análise sob 
microscópio. 
Coloração: Uso de corantes específicos, como a coloração de Gram para distinguir 
entre bactérias Gram-positivas e Gram-negativas. 
Microscopia: Observação das amostras sob microscópio óptico para identificar 
características celulares, como forma, tamanho, presença de flagelos, etc. 
Cultivo: Crescimento de microrganismos em meios de cultura específicos para estudo 
de suas características bioquímicas e fisiológicas. 
 
Considerações: 
Identificação Microbiana: A observação dessas estruturas permite a identificação e 
classificação de microrganismos, sendo fundamental para diagnósticos clínicos, 
estudos ambientais e industriais. 
Imunologia: O conhecimento das características microbianas é essencial para estudos 
imunológicos,auxiliando no desenvolvimento de estratégias para combater infecções 
e no entendimento das respostas imunológicas. 
Esse procedimento é crucial para compreender a diversidade microbiana e sua 
relevância nos contextos biológicos, médicos e ambientais. 
 
3.2.PROCEDIMENTO II 
 
 O procedimento de microbiologia e imunologia para reconhecimento das 
estruturas histológicas das células eucariontes do sistema imunológico envolve a 
análise das células responsáveis pela defesa do organismo. Vamos abordar as 
principais células do sistema imunológico: 
 
3.2.1. Leucócitos (Células Brancas do Sangue): 
 
15 
 
 
 
Neutrófilos: Células fagocitárias que atuam na eliminação de bactérias. 
Linfócitos: Responsáveis pela resposta imunológica específica. 
Monócitos: Transformam-se em macrófagos, também envolvidos na fagocitose. 
Eosinófilos: Combatem parasitas e participam de respostas alérgicas. 
Basófilos: Contêm grânulos com substâncias envolvidas em reações alérgicas. 
 
3.2.2. Células Apresentadoras de Antígenos: 
Células Dendríticas: Atuam na captura e apresentação de antígenos a linfócitos T. 
3. Linfócitos T e B: 
Linfócitos T: Podem ser células T citotóxicas (destruição direta de células infectadas) 
ou células T auxiliares (regulação da resposta imunológica). 
Linfócitos B: Produzem anticorpos (imunoglobulinas) que neutralizam patógenos. 
 
Procedimento: 
Preparação de Amostras: Coleta de amostras de sangue ou tecidos linfoides. 
Coloração: Uso de corantes específicos para identificação de diferentes tipos 
celulares. 
Imunomarcação: Utilização de anticorpos marcados para identificar proteínas 
específicas em células. 
 
Microscopia e Imunofluorescência: 
Observação das amostras sob microscópio óptico para identificar características 
celulares. 
Uso de técnicas de imunofluorescência para destacar proteínas específicas 
relacionadas à função imunológica. 
 
Considerações: 
Identificação Celular: A observação das estruturas histológicas permite a 
identificação e classificação das células do sistema imunológico. 
Resposta Imunológica: O entendimento das características dessas células é 
essencial para compreender a resposta imunológica contra patógenos. 
 
16 
 
 
 
 Esse procedimento é fundamental para estudos imunológicos, diagnósticos 
médicos e pesquisa no campo da microbiologia e imunologia. 
 
3.3. PROCEDIMENTO III 
 
 O procedimento para reconhecimento das estruturas anatômicas do timo e 
das tonsilas no sistema linfático e imunológico envolve a análise desses órgãos 
essenciais para a resposta imunológica. Vamos abordar cada estrutura 
separadamente: 
 
3.3.1. Timo: 
Localização: O timo é um órgão linfático localizado na parte superior do peito, atrás 
do osso esterno. 
Estrutura: O timo é composto por dois lobos e está subdividido em compartimentos. 
Função: Desempenha um papel crucial no desenvolvimento e maturação de células T 
(linfócitos T), um tipo de célula do sistema imunológico. 
Microscopia: Em microscopia, o timo revela zonas corticais e medulares distintas, 
refletindo diferentes estágios de desenvolvimento celular. 
 
3.3.2. Tonsilas: 
Localização: As tonsilas são aglomeradas de tecido linfoide localizados na região da 
faringe. 
Tipos Principais: 
Amígdalas Palatinas: Localizadas na parte posterior da garganta, são as tonsilas 
mais conhecidas. 
Amígdalas Linguais: Encontradas na base da língua. 
Amígdalas Faringeanas: Localizadas na parede posterior da faringe. 
Função: As tonsilas são parte do sistema imunológico, ajudando na defesa contra 
infecções, filtrando agentes patogênicos e produzindo linfócitos. 
Microscopia: A análise microscópica revela a presença de folículos linfoides e criptas 
epiteliais. 
 
Procedimento: 
17 
 
 
 
Preparação de Amostras: Se necessário, coleta de amostras de tecido para análise 
histológica. 
Coloração: Utilização de técnicas de coloração, como a hematoxilina e eosina, para 
visualização adequada das estruturas celulares. 
Microscopia: Observação das amostras sob microscópio para identificação de 
características específicas. 
 
Considerações: 
Importância Imunológica: Tanto o timo quanto as tonsilas desempenham papéis 
essenciais na maturação e resposta do sistema imunológico. 
Adaptação a Diferentes Patógenos: As tonsilas, por estarem localizadas 
estrategicamente na entrada do trato respiratório e digestivo, são importantes na 
defesa contra patógenos inalados ou ingeridos. 
 
 Esse procedimento é valioso para a compreensão das estruturas que 
contribuem para a função imunológica e a resposta do organismo a agentes 
infecciosos. 
18 
 
 
 
4 CONCLUSÃO 
 
 O presente estudo oferece uma análise aprofundada da microbiologia e 
imunologia, explorando as intricadas características das diversas organelas que 
compõem esse microcosmo vital. A partir dessa investigação estrutural, 
estabelecemos conexões entre todas as células, traçando sua origem evolutiva 
comum. Além disso, propomos uma exploração das principais teorias que buscam 
elucidar a origem das primeiras células, incorporando perspectivas contemporâneas. 
 No âmbito dessa pesquisa, direcionamos nossa atenção para as distintas 
categorias celulares, compreendendo tanto organismos procariontes quanto 
eucariontes. Exploramos exemplares representativos dessas categorias na natureza, 
buscando compreender as nuances que as diferenciam. As observações foram 
conduzidas por meio do software Image Scope, aliadas às orientações minuciosas 
fornecidas nas videoaulas. Essa abordagem permitiu uma visualização precisa das 
lâminas disponíveis no laminário digital da Kroton, enriquecendo nossa compreensão 
das estruturas celulares. 
 Aprofundando nossas análises, concentramo-nos nos componentes 
celulares fundamentais, desvendando seus papéis cruciais nos processos 
metabólicos e no desenvolvimento celular. As observações realizadas não apenas 
contribuem para o entendimento desses processos, mas também ampliam nossa 
visão sobre a biodiversidade presente em nosso planeta. Cada detalhe observado por 
meio do Image Scope se revela uma peça valiosa no quebra-cabeça da complexa teia 
da vida. 
 O uso dessa tecnologia avançada não apenas facilita a exploração das 
minúcias celulares, mas também abre caminho para reflexões mais amplas sobre a 
interconectividade dos seres vivos. A interação entre estrutura e função celular é 
essencial para a compreensão dos processos biológicos e, por conseguinte, para o 
avanço do conhecimento científico. 
 Em síntese, as observações realizadas neste estudo não apenas oferecem 
uma análise aprofundada da estrutura celular, mas também lançam luz sobre 
questões fundamentais relacionadas à origem e evolução das células. O 
19 
 
 
 
conhecimento adquirido não apenas enriquece nosso entendimento da complexidade 
do mundo celular, mas também reverbera na compreensão mais ampla da vida em 
sua variedade e interconectividade. 
 
20 
 
 
 
5 REFERÊNCIAS 
 
ALBERTS, B. et al. Fundamentos da Biologia Celular. Uma Introdução à Biologia 
Molecular da Célula. Cap. 1 Trad. Augusto Schrank [et]. Porto Alegre: Artes Médicas, 
1999. 
AMABIS, José Mariano; MARTHO, Gilberto Rodrigues. Biologia das Células 1. 4ª 
edição. São Paulo: Editora Moderna, 2015. 
JUNQUEIRA, L.C; CARNEIRO, J. Biologia Celular e Molecular. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 9ed, 2012. 
KROTON, Software ImageScope, Laminário de Histologia.

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