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MECANISMO DE AÇÃO Ts1- efeito simpático ou parassimpático determinado pelo neurotransmissor e fibra nervosa. Efeitos adrenérgicos: taquicardia, taquipneia, midríase, arritmia cardíaca e em casos de insuficiência cardíaca podendo haver choque cardiogênico e edema pulmonar agudo. Efeitos colinérgicos: aumento das secreções diversas, dificuldade respiratória, fasciculação, dispneia, bradicardia. Efeito cardiotóxico: Toxinas vão estimular a abertura dos canais de Ca+ nos cardiomiócios, o efeito inicial é inotrópico (tônus do miocárdio aumentado), vão precisar de mais O2 para continuar contrariando quando não vai chegando/diminui há uma deterioriação da função do miocárdio, os cardiomiócitos começam a morrer "cardiomiopatia escorpiônica", reversível. Óbito se dá devido ao colapso cardiovascular ou por edema pulmonar. As toxinas conseguem ativar alguns receptores NK1 (taquicinina) dentro dos mastócitos, liberando mediadores inflamatórios aumentando a permeabilidade vascular inclusive dos pulmões onde a água vai saindo, favorecendo o edema pulmonar. O veneno é lentamente eliminado por ter preferência por tecidos. COMPOSIÇÃO DO VENENO + de 100 mil substâncias e o que se conhece é apenas 1% delas. Há uma porção insolúvel que não é tóxica constituída de mucoproteínas e restos de membrana e uma outra porção, solúvel, tóxica constituída de toxinas, enzimas, íons e etc. A principal toxina é a TS1 que compões quase 15% do veneno, ativa canais de sódio em terminações sinápticas pós- ganglionares, despolarizando as membranas produzindo catecolaminas e acetilcolina, os dois sistemas nervosos vão atuar simultaneamente tendo efeito adrenérgico e colinérgico. Ts6, Ts7, Ts8, Ts15 e Ts16 inibem canais de potássio, vai haver ação sinérgica com a Ts1 contribuindo com sua ação. Ts4 provoca reação alérgica, lacrimejamento e aumento da dose dependente do gaba. Ts10 potencializa a produção de bradicinina aumentando a vasodilatação com consequente hipotensão. ESCORPIONISMO Tox ico log ia Veneno escorpiônico serve para sua alimentação e defesa. No Brasil há 5 gêneros: T. serrulatus ou escorpião amarelo, T. bahiensis ou escorpião marrom,T. costatus ou escorpião manchado, T. fasciolatus ou escorpião do cerrado e T. Stigmurus ou escorpião do nordeste, porém só 1 tem importância na toxicologia, o T. serrulatus que é encontrado em todo o território brasileiro principalmente no sudeste sendo MG e SP os estados com maior incidência e BH a cidade com maior incidência e considerado solo escorpinífero. Possuem boa adaptação e se encontram principalmente em lixos, entulhos, pilhas de tijolos ou telhas, sujeira e onde há alimentos (barata e outros insetos) e locais com bastante umidade, caracterizando as condições ideais. A prolificidade é alta, uma única fêmea consegue dar luz a uma população inteira. Em locais onde estão, geralmente não vão existir outras espécies pela prolificidade e canibalismo que diminuios competidores e predadores. T. fasciolatus Fonte: repositorio.unb T. stigmurus Fonte: Instituto Butantã T. costatus Fonte: researchGate T. bahiensis Fonte: wikipedia T. serrulatus Fonte: manual de controle de escorpiões DIAGNÓSTICO Histórico, bioquímica onde Ck, CK-Mb, AST, ALT, troponina 1 (marcador sensível de lesões cardíacas) e ácidos graxos livres (pode prejudicar a atividade plaquetária) estão aumentados, Ecocardiograma (será encontrada cardiomiopatia dilatada). TOCOCINÉTICA Rápida absorção e distribuição, lenta eliminação pela alta afinidade com tecidos. Jovens x adultos. ESCORPIONISMO Tox ico log ia SINAIS CLÍNICOS Dependem da gravidade da intoxicação, se é jovem ou adulto, quantidade do veneno inoculado, número de ferroadas, espécie do escorpião e predomínio dos efeitos do veneno como simpático ou parassimpático. Em 1-2h após a picada já é possível determinar a gravidade da intoxicação. Há bastante dor no local do picada com discreto edema, vocalização, inquietação e até agressividade. Intoxicação leve- naúseas, võmito, taquicardia e taquipneia entre outros que não apresentam risco de vida como aumento das secreções. Intoxicação grave- vômito profuso, hipotermia, hipermotilidade do TGI, arritmias cardíacas levando a parada ou insuficiência cardíaca, em alguns casos convulsões. TRATAMENTO Soroterapia não é muito usual não medicina veterinária, nem existe quando se trata de escorpiões. Tratamento é sintomático, no local da picada aplicar analgésico sem vasoconstritor ou anestésico local para não causar isquemia naquela região, diminuição da resistência periférica por estar apresentando hipertensão e aumento do retorno venoso, pressão do sangue que chega no coração cai e administra um antagonista alfa1 como a prasozina. Intensa bradicardia administra atropina. Dependendo dos sinais clínicos fornecer antiemético, corticóiede e anticonvulsivante. Observação do paciente de 4-6h no mínimo, se for grave 48h sendo as primeira 24h as críticas, monitoramento da frequência cardíaca, respiratória, desidratação e ECG.
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