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zootoxinaszootoxinas TOXICOLOGIATOXICOLOGIA veterináriaveterinária @nahnavet Serpentes Responsáveis por 80-90% dos acidentes ofídico com serpentes no Brasil; Encontradas principalmente na região Sul e Sudeste; Pertencem a este grupo: espécies de jararaca, urutu, cotiara, jararacuçu e caiçaca; Apresentam comportamento agressivo; Grandes animais são mais susceptíveis a estas espécies. PEÇONHA 90% da toxina botrópica são proteínas com atividade proteolítica (enzimas); Sendo elas: Hialuronidase: absorção e dispersão no tecido; Hematoxina e Citolisina: reação inflamatória e necrose; Fosfolipases e esterases: liberação de histamina e bradicinia; Agem de 4 formas: Ação inflamatória e necrosante: degrada proteínas causando edema, dor, eritema, hemorragias, isquemia local e necrose; Ação coagulante: transformação do fibrinogênio em fibrina + ativação fator II, V, VIII e X (cascata da coagulação) Pode levar CID (coagulação intracelular disseminada); Ação vasculotóxica: destrói o endotélio vascular, causando hemorragias; Ação nefrotóxica: destrói os túbulos renais e endotélio. Ambas ações ocorre de forma local e não se dissemina facilmente; Variando da susceptibilidade da espécie, individuo, local da instilação, quantidade de peçonha, etc. 1. 2. 3. 4. Zootoxinas são substâncias tóxicas produzidas por animais; Nestas estão incluídos animais peçonhentos e venosos; X VENENOSO PEÇONHENTO Possuem aparelho que inocula as toxinas através de presas, ferrões ou espinhos. Ex. abelhas, aranhas, serpentes, escorpiões, etc. Liberam a toxina de forma passiva através da pele e glândulas, quando a ataque ou ingestão pelo predador. Ex. anfíbios, lagartas, etc. Somente 15% das espécies brasileiras são peçonhentas; Picam ou mordem? Picar é o ato de dar o bote, morder exige fixação (elas podem fazer os dois, depende da espécie). Como identificar: Pele áspera; Presença da fosseta loreal (órgão termorecptor); Dentição (somente se ela estiver morta ou inconsciente); Essas características são validas, exceto para a cobra coral. Principais serpentes peçonhentas do BR Dividido em 4 gêneros: Botrópicas: serpentes do gênero Bothrops; Laquéticas: serpentes do gênero Lachesis; Crotálicas: serpentes do gênero Crotalus; Elapídicas: serpentes do gênero Micrucus. BOTRÓPICAS Responsáveis por 8 a 9% dos acidentes dos acidentes ofídico com serpentes no Brasil; Sendo 2% de mortalidade; Encontradas em campos abertos, áreas secas, arenosas e pedregosas; Pertencem a este grupo: espécies de cascavel, boicininga, maracamboia; Não apresentam comportamento agressivo, exceto quando ameaçadas. PEÇONHA Composta por proteínas com atividade proteolítica (enzimas); Sendo elas: Crotoxina: impede liberação de Acetilcolina, causando lesões neuromusculares e nas fibras; Crotamina: menos tóxica, ativa os canais de sódio e causa analgesia; Girotoxina: atua no sistema vestibular, causando sintomas labirínticos; Convulxina: causa agregação plaquetária, desencadeando crises convulsivas, perturbações circulatórias e respiratórias. Agem de 3 formas: Ação neurotóxica: inibe a liberação de acetilcolina, levando a bloqueio neuromuscular Também pode haver crise convulsiva e vestibulares; Ação coagulante: transformação do fibrinogênio em fibrina + agregação plaquetária; Ação miotóxica: causa ruptura de fibras musculares, levando a rabdomiólise e miosite necrótica focal. 1. 2. 3. SINAIS CLÍNICOS Reações locais: edema, equimose, hemorragia e dor; No focinho: dispneia e disfagia; Nos membros: claudicação; Associado a doença renal: apatia, prostração, inapetência, hipotensão, hipotermia, êmese; Complicações: infecção bacteriana secundaria (comum devido a flora bacteriana bucal das serpentes), abcessos, necrose tecidual e infecções (podem requerer reparo tecidual cirúrgico). ACHADOS LABORATORIAIS Anemia, leucocitose com neutrofilia, linfopenia, eosionopenia, monocitose, trombocitopenia, aumento no tempo de coagulação ou incoagubilidade, hipoproteinemia, aumento de ALT, FA e CK; Variam muito de acordo com o animal e fase da intoxicação (não é uma receita padrão, PODEM APRESENTAR). DIAGNOSTICO Histórico + sinais clínicos + alteração de coagulação e resposta a soroterapia antibotrópica; Teste Elisa (utilizado mais em pesquisas, não na rotina clinica). TRATAMENTO Soro antibotrópico ou antibotrópico- crotálico; O uso dos soros variam de acordo com as espécies mais encontradas em cada região e normalmente são associados; A dose precisa ter neutralização de, no mínimo, 100mg do veneno; Se não houver resposta após 8-12 horas indica-se aplicar 1/2 dose adicional; + sintomático e suporte: oxigenioterapia, traqueostomia, fluidoterapia, transfusão sanguínea, uso de analgésicos e anti- inflamatório não esteroidal e monitoramento dos parâmetros vitais. CROTÁLICAS Responsáveis por 1 a 2% dos acidentes dos acidentes ofídico com serpentes no Brasil, pouco frequentes mas considerada grave; Encontradas na amazônia e mata atlântica; Pertencem a este grupo: espécies de surucucu (pico-de-jaca e malha-de- fogo); Não apresentam comportamento agressivo, exceto quando ameaçadas. PEÇONHA Composta por proteínas com atividade proteolítica (enzimas) semelhante as encontradas na peçonha botrópica, sendo coagulante, inflamatório, hemorrágico, com ação necrosante, miotóxica com atividade de tombina e reação local e sistêmica; Agem de 3 formas: Ação parassimpática: causa quadros gastrointestinais, hipotensão e bradicardia Ação coagulante: transformação do fibrinogênio em fibrina + agregação plaquetária; Ação miotóxica: causa ruptura de fibras musculares, levando a rabdomiólise e miosite necrótica focal + inflamação local e hemorragias. 1. 2. 3. SINAIS CLÍNICOS Há pouco reação local; De modo geral causa ataxia, paralisia flácida, sedação, midríase, oftalmoplegia, ptose palpebral, mialgia, vômito, diarreia, dispneia e insuficiência respiratória, mioglobinúria; Os sinais podem ser medidos em graus: LEVE: sem miastenia (falha na comunicação entre os nervos e músculos - causando fraqueza e fadiga muscular), mialgia discreta (dor muscular), sem ou leve alteração em tempo de coagulação; MODERADA: alteração miastênicas discretas a evidentes, mialgia discreta; Pode haver oligúria ou anúria e urina avermelhada; SEVERA: alteração miastênica evidente, mialgia intensa, urina vermelha/marrom, oliguria/anúria, sangue incoagulável. ACHADOS LABORATORIAIS Hemólise, leucocitose por neutrofilia com desvio á esquerda, linfopenia, eosinopenia, trombocitopenia, aumento de FA, ALT, CK, mioglobinúria, aumento da ureia e creatinina por lesão renal. DIAGNOSTICO Histórico + sinais clínicos + alteração de coagulação e resposta a soroterapia anticrotálica. TRATAMENTO Soro anticrotálico ou antibotrópico- crotálico; O uso dos soros variam de acordo com as espécies mais encontradas em cada região e normalmente são associados; A dose precisa ter neutralização de, no mínimo, 100mg do veneno; Se não houver resposta após 8-12 horas indica-se aplicar 1/2 dose adicional; + sintomático e suporte: oxigenioterapia, intubação com respiração mecânica, fluidoterapia, sondagem urinária com alcalinização da urina com bicarbonato de sódio (1 a 2 mEq/Kg/h) e analgésicos. LAQUÉTICAS SINAIS CLÍNICOS Reação local: dor, edema, equimose e hemorragia local; Comum infecções bacterianas secundárias; Hipotensão, bradicardia, dor abdominal, vômito, diarreia. ACHADOS LABORATORIAIS Igual a botrópica. Responsáveis por menos de 1% (em média 0,4%) dos acidentes ofídicos no Brasil, sendo raro mas muito grave; Encontradas em áreas aberta e matas das regiões sudeste e sul; Pertencem a este grupo: espécies de cobra coral; Não apresentam comportamento agressivo, exceto quando ameaçadas. PEÇONHA Composta por proteínas com atividade proteolítica (enzimas); As toxinas possuem baixo peso molecular e são facilmente absorvidas ultrapassando a BHC, causano neutoxicidade; além disso causa mionecrose, edema e hemorragias; DIAGNOSTICO Histórico + sinais clínicos + alteraçãode coagulação e resposta a soroterapia antilaquética. TRATAMENTO Soro anti-laquético ou antibotrópico- laquético; O uso dos soros variam de acordo com as espécies mais encontradas em cada região e normalmente são associados; A dose precisa ter neutralização, no mínimo, 250 a 400mg do veneno; Se não houver resposta após 8-12 horas indica-se aplicar 1/2 dose adicional; + sintomático e suporte: oxigenioterapia, fluidoterapia, lavagem do local, AINES, analgésicos, anti-inflamatórios, lavagem do local e atropina para quadros parassimpáticos. ELAPÍDICAS Agem de 2 formas: Ação neurotóxica: pré-sináptica impede a liberação de acetilcolina na fenda sináptica; pós-sináptica se fixam em receptores colinérgicos na junção neuromuscular (local da acetilcolina); Ação mionecrótica: causa influxo de cálcio nos microfilamentos levando a hipercontração e ativação de fosfolipases. 1. 2. SINAIS CLÍNICOS Reação local: dor mas a picada não é aparente; Vômito, face miastênica, ptose palpebral, flacidez facial, oftalmoplegia, anisocoria, dificuldade de deglutição e mastigação, sialorreia, dificuldade respiratória, mialgia generalizada e rabdomiólise. DIAGNOSTICO Histórico + sinais clínicos + alterações de enzimas musculares e resposta a soroterapia anti-elapídica. TRATAMENTO Soro anti-elapífica ou soro polivalente (mais comum de uso, com soro de todas as classes de serpentes); A dose precisa ter neutralização, no mínimo, 100mg do veneno; Se não houver resposta após 8-12 horas indica-se aplicar 1/2 dose adicional; + sintomático e suporte: oxigenioterapia, intubação com ventilação mecânica fluidoterapia, lavagem do local, AINES, analgésicos, antibióticos, lavagem do local e anticolinesterásicos (neostigmina ou piridostigmina com previa atropinização). Reações ao soro Precoce: durante a infusão do soro anti- ofídico ou nas primeiras horas após administração pode acontecer prurido, tremores, dispneia, tosse e náusea; suspender a terapia e utilizar hidrocortisona e prometazina - IV; Tardia: 5-25 dias após a soroterapia, sem relatos em animais, mas pode acontecer febre, artralgia, linfadenomegalia, edemaciação nas articulação; Tratamento sintomático. Escorpiões Escorpionismo: acidentes com picadas de escorpiões; São artrópodes quelicerados pertencendo aos aracnídeos; O reconhecimento do animal é fácil devido as suas características, o corpo possui dois segmentos (cefalotórax e abdômen), após o último segmento vem o télson onde estão localizadas duas glândulas de veneno, ao final deste o agulhão no qual se divide em dois orifícios onde a peçonha é inoculada; De importância médica veterinária são: amarelo, marrom e amarelo do nordeste. AMARELO Tityus serrulatus; Espécie com maior importância veterinária; Encontrado em Minas Geras e São Paulo, Paraná, Bahia e Goiás; Possuem alta proliferacidade, ausência de predador, alimentação farta incluindo canibalismo. MARROM Tityus bahiensis ; Acidentes veterinários menos frequentes; Encontrado na região sul, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Goiás. AMARELO DO NORDESTE Tityus stigmurus ; Acidentes veterinários menos frequentes; Encontrado no Nordeste. Peçonha Apenas 1% do composto é conhecido; Contém proteínas de baixo peso molecular (atravessam a BHE), enzimas, aminoácidos e sais, atuando no sistema vascular e com ação neurotóxica; NEUROTOXINAS Compreendem boa parte da peçonha e causam gravidade a acidentes escorpiônicos TsTx-1/2/3/5: atua nos canais de sódio provocando despolarização pós- ganglionares e consequentemente liberação massiva de acetilcolina e catecolaminas; TsTx-4: gera reação alérgica; TsTx-6/7/8/9/15/16: atuam nos canais de potássio impedindo o influxo, em sinergismos com as toxinas atuantes nos canais de sódio. SINAIS CLÍNICOS Os sinais clínicos variam de acordo com o neurotransmissor liberado e da atuação nas fibras nervosas; Normalmente apresentam estes sinais e podem ser medidos de acordo com a gravidade: Reação local: dor moderada ou intensa, edema e rubor discretos, podendo apresentar claudicação sem apoio em casos de picada no membro; Grau leve: reação local e parestesia (formigamento); Grau moderado: reação local, náuseas e vômitos, sialorreia, agitação ou sonolência, taquicardia e taquipneia; Grau severo: reação local, vômitos profusos, prostração, crises epiléticas, bradicardia ou taquicardia, arritmias, edema pulmonar, choque, coma e morte. Aranhas DIAGNOSTICO Histórico + sinais clínicos; Não existem exames específicos para acidentes escorpiônicos na medicina veterinária. TRATAMENTO Soro anti-escorpiônico não disponível na medicina veterinária; Tratar os sinais e suporte: analgésicos, monitoramento dos parâmetros vitrais (principalmente ECG e O2), fluidoterapia, manter normotensão, antiemético e anticonvulsivantes. Araneísmo: acidentes com picadas de aranhas; São artrópodes quelicerados pertencendo aos aracnídeos; Morfologia semelhante a do escorpião, mas a peçonha é inoculada através das quelíceras e, ainda possuem pequenos apêndices abdominais que eliminam secreção, que em contato como o ar, essa secreção se transforma em fio, com o qual a aranha tece sua teia ou faz o casulo para os ovos. De importância médica veterinária são: marrom e armadeira Casos são raros, mais frequentes em cães; As aranhas normalmente não tem capacidade para ultrapassar a pele de grandes animais, sendo os casos mais raros ainda. MARROM Loxosceles spp.; Pequenas e de pata longa (méd. 4 cm); Possui hábitos noturnos; Encontram-se na região Sul e Sudeste; Não possuem comportamento agressivo; Intradomiciliar (vivem escondidas em armários, sapatos, etc.). PEÇONHA Composta por enzimas proteolíticas, como: Fosforolipase-D: causando lesões dermonecróticas, hemólise, agregação plaquetária; Metaloproteinase: com atividade fibrinogenolítica e gelatinolítica, levando a distúrbios hemostáticos; Hialuronidase: despolariza o ácido hialuronico, facilitando a penetração dos componentes da toxina nos tecidos. SINAIS CLÍNICOS Forma cutânea: isquemia, eritema, prurido, edema e áreas hemorrágicas com evolução necrótica, formação de ulcera de difícil cicatrização; Forma cutânea-visceral: lesões locais associados a reações hemolíticas, CID (coagulação intravascular disseminada) e insuficiência renal aguda. DIAGNOSTICO Histórico + sinais clínicos; Não existem exames específicos para araneísmo na medicina veterinária. TRATAMENTO Soro anti-loxoscélico (não disponível na medicina veterinária); Tratar os sinais e suporte: principalmente as feridas, fluidoterapia e monitoramento dos parâmetros vitais. Abelhas ARMADEIRA Phoneutria spp.; Corpo com 3 cm e as pernas até 15 cm; Possui hábitos noturnos e irregular, comum áreas úmidas e escuras (comumente encontrada em bananeiras) Possuem comportamento agressivo e postura de ataque, podem saltar até 40 cm. PEÇONHA Composta por proteínas de ação neurotóxica, sendo: PnTx2: age nos canais de sódio levando a despolarização; PnTx3: age nos canais de cálcio bloqueando a sua entrada e inibindo neurotransmissores. SINAIS CLÍNICOS Dor intensa, tremores, crises epilépticas, paralisia espástica, lacrimejamento, sialorreia, arritmias, alterações visuais; Em alguns casos: midríase, vômito, diarreia, incoordenação motora, tremores; Incomum na medicina veterinária. DIAGNOSTICO Histórico + sinais clínicos; Não existem exames específicos para araneísmo na medicina veterinária. TRATAMENTO Soro anti-phoneutria (não disponível na medicina veterinária); Tratar os sinais e suporte: fluidoterapia, anticonvulsivantes, monitoramentos dos parâmetros vitais, antiemético, etc. Apidismo: acidentes com picada de abelha; No Brasil existem cerca de 1.500 espécies; 300 delas são sociais (possuem uma sociedade distinta com os indivíduos de sua espécie); A maioria não possui ferrão; Os principais acidentes são associados as abelhas africanizadas (hibrido de colônias africanas e europeias) ➔ colmeias em locais populosose comportamento agressivo; Ferrão Presente apenas nas fêmeas, na extremidade posterior do abdômen; Possui parte glandular responsável pela produção da toxina; E estrutura queratinosa e muscular resposável pela protusão e introdução do ferrão e ejeção do veneno; Quando ocorre a ferroada todo sistema sofre protusão, causando a porte da abelha; O acidente pode acontecer como reação alérgica (hipersensibilidade individual), reação local (uma ou algumas ferroadas) ou reação sistêmica (muitas ferroadas). Peçonha Apitoxina; Composta principalmente por enzimas, sendo descritos melitina (50%), fosforolipase A, histamina, hialuronidase, apamina e fator degranulador de mastócitos; Melitina: possui atividade hemolítica, cardiotóxica e citotóxica; Causa dano celular e inflamação promovendo a liberação de histamina; Age sinergicamente com a fosforolipase A; Fosforolipase A: hidrolisa os fosforolipídeos causando a desnaturação da membrana celular, levando a lise e morte celular e, ainda reduz os fatores de coagulação; Hialuronidase: a enzima despolimeriza o ácido hialurônico, promovendo a difusão do veneno por sua ação nas junções celulares. SINAIS CLÍNICOS Reação local: o tipo de reação mais frequente, quando o animal recebe uma ou poucas picadas; Causa reação inflamatória, dor, edema, eritema (vermelhidão) e urticária; Reação alérgica: quando o animal tem hipersensibilidade do tipo I, predisposição individual, mesmo com uma única picada; Causa angioedema, prurido intenso, eritema generalizado, edema de glote, angústia respiratória, choque e morte; Sapos Reação sistêmica: resultado de múltiplas picadas e é exposto a altas doses da toxina; Causa depressão, febre, apatia, anorexia, icterícia, hemoglobinúria, vômito, diarreia, edema, sinais neurológicos, entre outros. DIAGNOSTICO Histórico (localização dos ferrões) + sinais clínicos; Não existem exames específicos para acidentes de abelha na medicina veterinária. TRATAMENTO Tratar os sinais e suporte: remoção cuidadosa dos ferrões, compressas frias nas áreas edemaciadas, fluidoterapia, corticoides, anti-histamínicos, assegurar vias áreas, ventilar o paciente e se necessário oxigenioterapia, monitoramento dos parâmetros vitais e produção de urina. Todos os anfíbios produzem veneno, mas nem todos são capazes de causar toxidez; Os sapos habitam áreas de clima tropical e temperado úmido; Não possuem aparelho inoculador, por isso são animais venenosos; Possuem glândulas mucosas que produzem e estocam veneno de alta toxicidade (glândulas paratoides) na parte posterior á órbita ocular; Os cães são os mais acometidos por estes acidentes tóxicos, ao querer morder o sapo, ele solta o veneno; No Brasil, a principal família de interesse veterinário é a Bufonidae; Principais espécies: Rhinella marina, Rhinella icterica e Rhinella schneideri. Rhinella icterica Rhinella marina Rhinella schneideri Veneno Possui uma estrutura complexa e alguns componentes variam de acordo com a espécie, mas possui dois grupos principais de substâncias ativas: aminas biogênicas e derivados esteroidais; Aminas biogênicas: como a adrenalina e noradrenalina, bufoteninas, di- hidrobufoteninas e bufotioninas; A adrenalina e noradrenalina são agonistas do sistema nervoso simpático, atuando nos receptores α1, β1 e β2, causam efeitos inotrópicos (aumento da contração muscular) e cronotrópicos (aumento da frequência) no coração e musculatura, broncodilatação e vasodilatação; As bufoteninas, di-hidrobufoteninas e bufotioninas atuam no sistema nervoso central causando efeitos alucinógenos; Derivados esteroidais: como colesterol, ergoesterol e gama-sisteosterol (fração neutra) não causam efeitos especificos; E ainda bufotoxinas e bufadienólicos (ação semelhante aos fármacos digitálicos); As bufotoxinas e bufadienólicos bloqueiam a ação da bomba sódio- potássio causando despolarização ➔ entrada de sódio no interior da celular ➔ aumento da concentração de sódio intracelular ➔ ativa a proteína trocadora ➔ troca o sódio pelo cálcio, aumenta a contração muscular. SINAIS CLÍNICOS Variam de acordo com a gravidade: Leve: irritação da mucosa, sialorreia, formação de espuma, inapetência; Moderada: vômito, diarreia, depressão, fraqueza, ataxia, midríase, anormalidades no ritmo cardíaco; Grave: dor abdominal, decúbito, pupilas não responsiva, arritmias graves, edema pulmonar, cianose, crises epilépticas, estupor, fibrilação e morte. DIAGNOSTICO Histórico + sinais clínicos; Mensuração de digotoxina; Cromatografia em camada delgada, líquida e gasosa para detecção de butotoxina. TRATAMENTO Tratar os sinais e suporte: lavagem oral e gástrica (se necessário), indução do vômito (morfina), fluidoterapia, oxigenioterapia, monitoramento dos parâmetros vitais (principalmente cardíaco).
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