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Aula 00 AFRB 2009 DIREITO CONSTITUCIONAL EM EXERCÍCIOS

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CURSO ON-LINE DIREITO CONSTITUCIONAL EM EXERCÍCIOS 
P/ RECEITA FEDERAL - QUESTÕES ESAF 
PROFESSORES: VICENTE PAULO E FREDERICO DIAS 
 
www.pontodosconcursos.com.br 
 
1
Aula 0 – Apresentação do curso de exercícios ESAF para AFRFB/2009 
Bom dia! 
Finalmente saiu o edital da receita! 
Bom, mais uma vez estamos aqui no site do Ponto lançando um curso 
online. 
É uma grande satisfação saber que através dele alcançaremos 
concursandos de todo o Brasil, ainda mais num concurso de altíssimo 
nível como o de Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil. Acredito que 
você deve estar bastante motivado para alcançar esse cargo, um dos 
mais almejados da Administração Pública Federal. 
Aliás, chamamos a sua atenção para o item 2 do edital: 
“2 - DA REMUNERAÇÃO INICIAL: subsídio mensal no valor de R$ 
13.067,00.” 
E não é só isso! Os auditores da receita desempenham uma função 
bastante relevante para nosso país. Sem contar o quanto a carreira e os 
seus servidores são valorizados. 
O nosso propósito aqui é auxiliá-lo na caminhada rumo a essa conquista, 
mais precisamente na disciplina Direito Constitucional. E para essa 
preparação final, o ideal é conhecer o estilo da banca examinadora, a 
fim de se entender a forma de cobrança da matéria e saber quais os 
tipos de questões têm mais incidência nos concursos. 
Considerando o fato de que você conhece pelo menos os conceitos 
básicos do Direito Constitucional, nosso curso terá atingido seu objetivo 
se, ao final, tiver funcionado como uma super-revisão dos principais 
aspectos da matéria. E, além disso, tiver possibilitado a você se atualizar 
quanto à jurisprudência e a forma de a ESAF cobrar cada um dos 
assuntos. 
Por isso, recorreremos às questões dos últimos concursos organizados pela 
banca. Regra essa que não será respeitada apenas naqueles assuntos 
em que não forem encontradas questões tão recentes. 
Mas o seu edital trouxe muitas novidades, não é? Por isso, evitamos fazer 
um curso muito extenso, que exigisse dedicação intensa de sua parte. 
Isso porque, considerando as alterações do edital, não dá para gastar 
muito tempo com as matérias que você já conhece (claro que não dá 
para desprezá-las totalmente também!). 
Inicialmente, queremos dizer que estaremos preparando o curso a quatro 
mãos, numa parceria entre nós, Frederico Dias e Vicente Paulo. 
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2
Acredito que muitos de vocês já me conhecem (Vicente Paulo), daqui 
do Ponto ou por meio dos meus livros publicados em coautoria com o 
Marcelo Alexandrino (Direito Administrativo Descomplicado, Direito 
Constitucional Descomplicado – entre outros), ou, ainda, das aulas que 
tenho ministrado nos últimos doze anos (putz, estou ficando velho!), em 
várias Capitais brasileiras. 
Muitos ainda não conhecem o Frederico Dias. Natural de Belo Horizonte, 
ocupa atualmente o cargo de Auditor Federal de Controle Externo do 
Tribunal de Contas da União, tendo obtido o 9° lugar no concurso de 
2008. É ex-ocupante do cargo de Analista de Finanças e Controle da 
Controladoria Geral da União - AFC-CGU (tendo alcançado o 1° lugar 
nacional em 2008). Em 2009 ministrou aulas em cursos preparatórios em 
Brasília e um curso online de auditoria de obras hídricas para o TCU/2009 
aqui no sítio do Ponto dos Concursos. Algumas dicas de preparação 
para concursos foram colocadas numa entrevista a este sítio (é só clicar 
na aba “entrevistas”). 
Eu conheci o Fred há poucos meses, mas, desde o início, tive uma 
grande admiração por ele, pela seriedade com que trata os seus alunos 
e, mais tarde, pela demonstração de sua didática, simplicidade e 
clareza, qualidades essenciais para aqueles que se dedicam a preparar 
candidatos para concursos públicos. Não foi à toa que o curso dele aqui 
no site, de Auditoria em Obras Hídricas para o concurso do Tribunal de 
Contas da União, foi um dos mais elogiados de toda a história do Ponto. 
Não há segredo: simplicidade e clareza no trato dos assuntos, humildade 
e respeito no trato com os alunos são as marcas de um bom professor 
para concursos – e essas qualidades o Fred mostrou que tem de sobra. 
E foi a partir dessa constatação – da seriedade, simplicidade, clareza e 
humildade em seu mister – que eu, Vicente, não tive nenhum receio em 
convidar o Fred para ensinar a disciplina Direito Constitucional aqui no 
Ponto, em parceria comigo, ou isoladamente. 
Por que somente depois de dez anos aqui no Ponto eu decido convidar 
um professor para essa parceria no Direito Constitucional? Muito simples: 
porque sempre quis trazer para cumprir esse papel aqui no site um 
professor que, em minha opinião, possuísse as características 
fundamentais para ensinar Direito Constitucional para a área fiscal: não-
advogado (e aqui, não se trata de nenhum descrédito aos bacharéis em 
Direito não, muito pelo contrário, é simplesmente porque a maioria dos 
bons graduados em Direito preferem atuar na área jurídica), concurseiro 
e atualizado! 
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Ou seja, é o Fred: engenheiro, concurseiro típico e atualizadíssimo no 
estudo do Direito Constitucional, disciplina com que ele mais se 
identificou durante a sua preparação. 
Ao contrário do que muitos pensam, o fato de não ser formado em 
Direito, em vez de atrapalhar, ajuda na preparação de candidatos que 
também não são advogados e que precisam, na marra, aprender muito 
Direito. Por quê? Ora, porque ninguém melhor para ensinar Direito a um 
não-bacharel (para um matemático ou psicólogo, por exemplo) do que 
quem, como não-advogado, sentiu na pele as dificuldades para o 
estudo das disciplinas jurídicas para concursos. 
Aliás, registro, mais uma vez, a minha própria experiência: atualmente eu 
sou graduando em Direito e, mais do que nunca, eu tenho certeza de 
que o fato de não ser bacharel em Direito ajudou muito no sucesso que 
alguns livros meus (em parceria com o Marcelo Alexandrino, à época 
odontólogo!) conquistaram junto aos concursandos de todo o Brasil. 
Afinal, como eu havia aprendido Direito como economista, eu sempre 
tive – e ainda tenho – a preocupação de desmistificar (daí o termo 
“Descomplicado”, utilizado em algumas de nossas obras) o ensino do 
Direito, partindo sempre da premissa de que eu estava escrevendo para 
candidatos da área fiscal, não-graduados em Direito. 
Então, é isso! Este curso on-line faz parte de uma parceria entre Fred Dias 
e Vicente Paulo; mas é certo que haverá muitas outras parcerias entre 
mim e o Fred, não só em cursos online, mas também em outras frentes (só 
para você ter uma ideia, seremos parceiros em Direito Constitucional no 
meu maior projeto para 2010, aguardem!). 
Vamos dar uma olhada no nosso conteúdo programático: 
Aula 0 – Apresentação 
Aula 1 – Constituição: Conceito; Classificação; Aplicabilidade e 
Interpretação das Normas Constitucionais. Organização dos Poderes do 
Estado. Conceito de Poder: Separação, Independência e Harmonia 
(itens 1 e 5 do edital). 
Aula 2 - Poder Constituinte: Conceito, Finalidade, Titularidade e Espécies; 
Reforma da Constituição; Cláusulas Pétreas (item 2 do edital). 
Aula 3 – Princípios Fundamentais da Constituição Brasileira. Direitos e 
Garantias Fundamentais: Direitos e Deveres Individuais, Coletivos, Sociais, 
Políticos e Nacionalidade. Tutela Constitucional das Liberdades: 
Mandado de Segurança, Habeas Corpus, Habeas Data, Ação Popular, 
Mandado de Injunção e Direito de Petição. Ação Civil Pública (itens 4 e 6 
do edital). 
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Aula 4 - Supremacia da Constituição. Controle de Constitucionalidade. 
Sistemas de Controle de Constitucionalidade.Ação Direta de 
Inconstitucionalidade. Ação Declaratória de Constitucionalidade. 
Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (item 3 do 
edital). 
Aula 5 – Da Ordem Econômica e Financeira: Princípios Gerais da 
Atividade Econômica. Sistema Financeiro Nacional (item 7 do edital). 
Atenção 1: os assuntos de Seguridade Social (Ordem Social) e 
Administração Pública (itens 8 e 9 do edital) não serão tratados aqui, 
tendo em vista que esses temas são mais propriamente abordados pelos 
cursos das disciplinas de Direito Previdenciário e Direito Administrativo, 
respectivamente. 
Atenção 2: o item 5 do edital, infelizmente, não está suficientemente 
claro quanto ao seu alcance, razão pela qual será exposta, nos 
parágrafos seguintes, a orientação que adotaremos neste curso online. 
Afinal, o que a Esaf poderá cobrar a partir desse item 5 – Organização 
dos Poderes do Estado; Conceito de Poder: separação, independência e 
harmonia? Nossa resposta: qualquer conhecimento – literal, doutrinário 
ou jurisprudencial – sobre o Título IV da Constituição Federal, que vai do 
art. 44 a 135 da Carta da República de 1988. 
Mas, pela leitura do edital, parece-nos que a intenção da Esaf não é 
essa. Com efeito, acreditamos que a Esaf quis destacar, apenas, os 
aspectos doutrinários e jurisprudenciais relativos ao conceito, separação, 
independência e harmonia entre os Poderes. Esta é a linha – mais restrita 
- que adotaremos neste curso online. 
Vejamos, abaixo, dois exemplos, para que você entenda a nossa tese. 
Exemplo 1: saber que o prazo de eficácia de medida provisória é de 
sessenta dias, prorrogável por mais sessenta dias, e que o Poder Judiciário 
tem competência para examinar os pressupostos de urgência e 
relevância para adoção de uma medida provisória são dois aspectos 
ligados ao Poder Legislativo. Certo? Entretanto, pela nossa tese, esse 
primeiro aspecto – prazo de eficácia de uma medida provisória - não 
seria cobrado pela Esaf neste concurso de AFRFB, porque ele não tem 
nada a ver com separação, independência e harmonia entre os 
Poderes. Já o segundo aspecto – competência do Judiciário para 
examinar os pressupostos de urgência e relevância para adoção de 
medida provisória – seria cobrado pela Esaf, pois está diretamente ligado 
ao postulado da separação, independência e harmonia entre Poderes. 
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Exemplo 2: saber que o STF compõe-se de 11 Ministros e que a 
nomeação desses é feita pelo Presidente da República, após aprovação 
pela maioria absoluta dos membros do Senado Federal, são dois 
aspectos ligados ao Poder Judiciário. Certo? Entretanto, segundo a 
nossa tese, pelos mesmos motivos expostos acima, esse primeiro aspecto 
– número de Ministros do STF - não seria cobrado pela Esaf neste 
concurso de AFRFB, enquanto o segundo seria cobrado. 
Portanto, o curso está previsto para ser ministrado em 5 aulas (sem contar 
essa apresentação). 
A aula de hoje será uma amostra do nosso curso. Seguem os comentários 
de algumas questões para que você possa ter uma ideia do que vai 
encontrar ao longo do curso. 
Antes, porém, devemos destacar dois aspectos da nossa sistemática 
nesse curso. 
Um esclarecimento importante se faz necessário. Embora saibamos que a 
Esaf trabalha com questões do tipo múltipla escolha (e não do tipo 
“certo” ou “errado”), neste curso optamos, na maioria das vezes, por 
trabalhar com comentários a itens (assertiva isolada) dessa banca. Por 
quê? Bem, por vários motivos. Primeiro, porque a Esaf é campeã em 
misturar os mais diferentes assuntos numa mesma questão, com cada 
uma das assertivas tratando de tópicos totalmente distintos do Direito 
Constitucional – o que, convenhamos, é muito ruim em termos de 
didática para um curso de exercícios (fica um vai-e-vem danado!). 
Segundo, porque essa didática melhora o seu aprendizado, pois você é 
forçado a dar importância a todas as assertivas (nas questões de múltipla 
escolha, muitas vezes o candidato se preocupa apenas em “acertar a 
questão”, marcando o enunciado certo, sem dar importância aos 
demais!). Ademais, com a divisão em item (assertiva), o comentário 
passa a vir logo em seguida desse, e com isso você não perde o 
raciocínio. 
Outro aspecto é a forma dos nossos comentários. Considerando a 
escassez do seu tempo, optamos por comentários sucintos: sem deixar 
passar o que é mais importante, mas tentando ser breves quando o 
assunto já tiver sido abordado naquela aula, em questão anterior. 
É obvio que, em algumas ocasiões, escolhemos determinadas assertivas 
para fazermos uma revisão geral dos aspectos jurisprudenciais ou 
doutrinários relativos àquele assunto. Mas, feitos esses comentários, 
tentaremos ser sintéticos nas próximas questões sobre o tema. 
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Que Deus dê a você motivação e concentração para os estudos e nos 
ilumine na seleção das questões e na pertinência dos comentários. 
1) (ESAF/EPPGG/MPOG/2009) São classificadas como dogmáticas, 
escritas e outorgadas as constituições que se originam de um 
órgão constituinte composto por representantes do povo eleitos 
para o fim de as elaborar e estabelecer, das quais são exemplos as 
Constituições brasileiras de 1891, 1934, 1946 e 1988. 
Item errado. 
A assertiva trata de classificação das Constituições. Realmente, podemos 
dizer que são classificadas como dogmáticas e escritas as constituições 
que se originam de um órgão constituinte composto por representantes 
do povo, escolhidos em determinado momento para o fim de elaborar a 
Constituição como um documento solene. 
Todavia, essa definição não se aplica às Constituições outorgadas, que 
são aquelas impostas, originadas sem a participação popular. Daí o erro 
da questão. 
Observe que todas as Constituições brasileiras citadas na questão foram 
promulgadas ou democráticas. 
Sei que não é fácil guardar as características de todas as Constituições 
anteriores à CF/88, mas sabendo um pouquinho de história você pode 
ter uma noção inicial do perfil daquela Constituição. Quer ver? 
Observe que, além da Constituição Imperial de 1824 (que foi outorgada), 
as demais Constituições outorgadas foram aquelas que se seguiram aos 
regimes de força: 
I – 1937: durante o Estado Novo, com o regime totalitário de Getúlio 
Vargas; 
II – 1967 e 1969: constituição e emenda constitucional que seguiram ao 
golpe militar de 1964 e regeram o país até 1988. 
Viu? Agora você não se esquece mais. 
2) (ESAF/EPPGG/MPOG/2009) A supremacia da Constituição exige 
que todas as situações jurídicas se conformem com os princípios e 
preceitos da Constituição, mas ainda não existe instrumento 
jurídico capaz de corrigir omissão inconstitucional. 
Item errado. 
A supremacia formal coloca a Constituição no núcleo do ordenamento 
jurídico, sendo que todas as situações devem se conformar às suas 
normas. Essa é a base do sistema de controle de constitucionalidade. 
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Assim, não só os atos comissivos mas também os comportamentos 
omissivos devem estar em conformidade com a Constituição. Portanto, 
ao contrário do que afirma a questão, há instrumento destinado à 
correção da omissão inconstitucional. Trata-se da chamada ADI por 
omissão, prevista no art. 103, §2°. 
Ademais, o mandado de injunção é uma garantia constitucional com a 
mesma finalidade de controle da omissão inconstitucional (art. 5º, LXXI). 
3) (ESAF/EPPGG/MPOG/2009) São constitucionais as normas que 
dizem respeito aos limites, e atribuições respectivas dos poderes 
políticos, e aos direitos fundamentais. As demais disposições que 
estejamna Constituição podem ser alteradas pelo quórum exigido 
para a aprovação das leis ordinárias. 
Item errado. 
A assertiva trata da classificação das normas constitucionais em sentido 
material (ou substancial). Nesse conceito, há matérias que são 
constitucionais devido ao seu conteúdo. 
Aí você pergunta: E quais são esses temas substancialmente 
constitucionais? Bom, esse assunto não é totalmente pacificado, mas há 
um núcleo de temas sobre os quais não há muita controvérsia. Nesse 
sentido, pode ser considerado materialmente constitucional aquele 
conteúdo que verse sobre organização do Estado, distribuição de 
competências, regulação do exercício do poder e limites ao poder do 
Estado (direitos fundamentais). 
Todavia, quando determinado Estado concentra a Constituição em um 
documento solene, escrito por um órgão soberano, são consideradas 
constitucionais não só as normas materialmente constitucionais, mas 
também as demais. 
Veja o caso da nossa CF/88. Ao tratar de ordem econômica e social, ela 
traz normas que podem não ser materialmente constitucionais, mas não 
são hierarquicamente inferiores às demais, tendo sim caráter 
constitucional. E com isso, sua alteração requer procedimento mais rígido 
que o das leis ordinárias. Daí o erro da questão. 
Por fim, guarde os seguintes detalhes sobre esse assunto: 
I – O conceito de Constituição em sentido formal só existe em Estados de 
Constituição rígida e escrita; 
II – O fato de determinada norma não tratar de temas propriamente 
constitucionais não a torna inferior às demais; 
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III – Para fins de controle de constitucionalidade não importa se a norma 
inserida na Constituição é substancialmente constitucional. 
4) (ESAF/EPPGG/MPOG/2009) A constituição material é o peculiar 
modo de existir do Estado, reduzido, sob a forma escrita, a um 
documento solenemente estabelecido pelo poder constituinte e 
somente modificável por processos e formalidades especiais nela 
própria estabelecidos. 
Item errado. 
Observe que a assertiva trouxe a noção de constituição formal, que se 
relaciona com um documento solene, independentemente do conteúdo 
tratado. 
Como vimos, a constituição em sentido material tem conteúdo 
propriamente constitucional, independentemente de estar ou não 
sintetizada em determinado documento. 
5) (ESAF/EPPGG/MPOG/2009) No Brasil, o controle de 
constitucionalidade realiza-se mediante a submissão das leis 
federais ao controle político do Congresso Nacional e as leis 
estaduais, municipais, ou distritais ao controle jurisdicional. 
Item errado. 
No sistema de controle de constitucionalidade brasileiro, todos os 
membros do Poder Judiciário exercem jurisdição constitucional. 
Todavia, há ainda o controle não-jurisdicional, em que, de forma 
excepcional, os poderes Executivo e Legislativo exercem controle de 
constitucionalidade. 
 
A questão está errada porque tanto as leis federais quanto as leis dos 
demais entes submetem-se a controles jurisdicional e não-jurisdicional. 
exercido por órgãos externos ao Poder Judiciário Controle não-jurisdicional 
Legislativo 
Executivo 
Veto do Poder Executivo (art. 66, §1°) 
Inaplicação da lei pelo chefe do executivo 
Processo de intervenção 
CCJ 
Veto legislativo (art. 49, V) 
Apreciação de medidas provisórias 
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6) (ESAF/EPPGG/MPOG/2009) No Brasil, a jurisdição constitucional 
concentrada é reconhecida a todos os componentes do Poder 
Judiciário e pode se dar mediante iniciativa popular. 
Item errado. 
Dando continuidade às explicações da questão anterior, o controle de 
constitucionalidade pode se dar: (i) de forma difusa ou (ii) de forma 
concentrada. 
De forma difusa, o controle é atribuição de todos os membros do 
judiciário. 
De forma concentrada, a atribuição de fiscalizar a constitucionalidade é 
restrita ao órgão de cúpula do Poder Judiciário. Assim, no Brasil, em 
âmbito federal, a jurisdição constitucional concentrada se dá apenas no 
Supremo Tribunal Federal. 
7) (ESAF/EPPGG/MPOG/2009) Quanto aos métodos de controle de 
constitucionalidade, a doutrina os classifica em difuso e 
concentrado. Segundo a doutrina constitucionalista mais 
respeitável, a nossa Constituição contempla espécies de controle 
concentrado. Assinale a opção que não se refere a uma espécie 
de controle concentrado. 
a) Ação direta de inconstitucionalidade. 
b) Ação direta de inconstitucionalidade interventiva. 
c) Ação direta de inconstitucionalidade por omissão. 
d) Ação declaratória de constitucionalidade. 
e) Ação direta de inconstitucionalidade por congruência. 
Gabarito: “e” 
Primeiramente, já comentamos algo sobre o controle concentrado. 
Também denominado de controle reservado, é aquele atribuído a 
somente um órgão de natureza jurisdicional (ou, excepcionalmente, a 
um número limitado de órgãos). 
Observa-se que, com exceção da letra E, todas as demais ações são de 
caráter concentrado. 
As ações apresentadas pelas letras A, C e D estão previstas no art. 103 da 
CF. 
Quanto à assertiva B, ela refere-se à chamada ADI Interventiva (ou, 
simplesmente, representação interventiva para fins interventivos), 
disposta no art. 36, III, que trata da intervenção causada por desrespeito 
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aos princípios sensíveis, enumerados no art. 34, VII, da Constituição. No 
caso, trata-se de controle concentrado, pois se inicia a partir do 
provimento, pelo Supremo Tribunal Federal, de representação do 
Procurador-Geral da República (art. 36, III). 
8) (ESAF/APOFP/SEFAZ/SP/2009) As opções desta questão contêm 
fundamentos e objetivos fundamentais da República Federativa do 
Brasil, nos termos da Constituição Federal de 1988. Assinale a 
opção que contempla apenas fundamentos. 
a) Soberania, solidariedade, valor social do trabalho. 
b) Cidadania, justiça, dignidade da pessoa humana. 
c) Cidadania, soberania, valor social da livre iniciativa. 
d) Liberdade, justiça, pluralismo político. 
e) Garantia do desenvolvimento nacional, solidariedade, dignidade 
da pessoa humana. 
Gabarito: “c” 
Essa questão versa sobre os princípios fundamentais da República 
Federativa do Brasil. Esse assunto é abordado pela nossa Constituição 
nos arts. 1° a 4° e para acertar as questões da ESAF relativas a ele você 
precisa apenas: (i) memorizá-los; e, principalmente, (ii) saber distinguir: 
I – os fundamentos; 
II – os objetivos fundamentais; e 
III – princípios que regem as relações internacionais. 
Fique tranquilo, pois não é difícil distinguí-los. 
A questão trata especificamente do art. 1°. O primeiro aspecto que você 
deve ter em mente é o de que nesse artigo são apresentadas as 
características essenciais do Estado brasileiro: forma de Estado 
(federação), forma de governo (república), regime político 
(democrático) e a característica de Estado de Direito (noção de 
limitação do poder estatal). 
O art. 1° ainda apresenta os fundamentos do nosso Estado. Observe que 
são 5 os fundamentos, que podem ser memorizados por meio do 
mnemônico: so-ci-di-va-plu. É ridículo? É, mas quem sabia o mnemônico 
acertou a questão...rsrs. 
O esquema abaixo apresenta os detalhes mais relevantes do art. 1°. 
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Assim, a letra “c” é a única em que todos os itens correspondem a 
fundamentos do Estado brasileiro. 
Vale destacar o teor do art. 1°, §único, que reforça o princípio 
democrático: 
“Parágrafo único. Todo o poderemana do povo, que o exerce por meio 
de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta 
Constituição.” 
9) (ESAF/EPPGG/MPOG/2009) São invioláveis a intimidade, a vida 
privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito de 
resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano 
material, moral ou à imagem decorrente de sua violação. 
Item certo. 
A questão está de acordo com os incisos V e X do art. 5°. Os direitos à 
intimidade e à própria imagem formam a proteção constitucional à vida 
privada. 
Sobre esse direito de proteção à intimidade e à vida privada, podemos 
comentar alguns aspectos: 
I – A indenização poderá ser cumulativa (dano material e moral); 
II – Para a condenação por dano moral não é necessário comprovar 
ofensa à reputação do indivíduo; 
III – A dor sofrida por um ente também é indenizável; 
I – soberania 
II – cidadania 
III – dignidade da 
pessoa humana 
IV – valores sociais 
do trabalho e da 
livre iniciativa 
V – pluralismo 
político 
Estado Democrático de Direito 
Forma de governo e forma de Estado Regime político 
formada pela união indissolúvel dos Estados e 
Municípios e do Distrito Federal 
 
 
 
tem como fundamentos 
República Federativa do Brasil 
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IV – As pessoas jurídicas também têm direito à indenização por danos 
morais, em razão de fato ofensivo à sua honra e à imagem. 
A propósito, vamos relembrar o teor da Súmula Vinculante 11, que 
remete à inviolabilidade da honra e imagem das pessoas: 
“Só é lícito o uso de algemas em casos de resistência e de fundado 
receio de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, por 
parte do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por 
escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente 
ou da autoridade e de nulidade da prisão ou do ato processual a que se 
refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado.” 
10) (ESAF/AUDITOR DE TRIBUTOS MUNICIPAIS/NATAL-RN/2008) A casa é 
asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem 
consentimento do morador, salvo por determinação judicial, ou, 
durante o dia, em caso de flagrante delito ou desastre, ou para 
prestar socorro. 
Item errado. 
Dentro da matéria de direitos fundamentais, talvez esse seja o inciso mais 
cobrado em questões de concurso. Vamos a ele (art. 5°, XI): 
“a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar 
sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou 
desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação 
judicial.” 
Caro aluno, se você entendeu o que leu, vamos a um teste. Imaginemos 
uma situação hipotética em que três agentes de polícia – Nascimento, 
Matias e Neto – adentrem na residência de Baiano sem seu 
consentimento no meio da noite, sem mandado judicial, e no momento 
em que ele está vendendo cocaína a várias pessoas. Houve desrespeito 
à Constituição por parte dos agentes? Não! Pois no caso de flagrante 
delito não é necessário que a ação ocorra durante o dia. 
Guarde esses detalhes: por determinação judicial, só será possível 
penetrar na residência sem o consentimento do morador durante o dia. 
Mas para prestar socorro, em flagrante delito ou desastre essa ação 
pode ocorrer durante o dia ou mesmo à noite. Daí o erro da questão. 
Em suma, como regra é inviolável o domicílio. Mas a própria CF 
estabelece exceções: 
1 – Flagrante delito ou desastre; 
2 – Prestação de socorro; 
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3 – Durante o dia, por determinação judicial. 
Aproveitando a questão relembremos as posições jurisprudenciais sobre 
esse assunto: 
I – o conceito de “casa” compreende também qualquer recinto 
fechado, não aberto ao público (escritório de contabilidade, consultório 
médico, quarto de hotel etc.); 
II – a escuta ambiental não se sujeita aos mesmos limites da violação 
domiciliar em geral. Assim, a determinação judicial é suficiente para esse 
expediente, mesmo que se dê à noite. 
11) (ESAF/AFC/STN/2008) Os tratados e convenções internacionais 
sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do 
Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos 
respectivos membros, serão equivalentes às leis complementares. 
Item errado. 
Inicialmente, devemos dizer que a assertiva pode ser respondida com o 
simples conhecimento do teor do art. 5°, § 3°, segundo o qual os tratados 
e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem 
aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por 
três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às 
emendas constitucionais. Portanto, errada a questão. 
Mas esse assunto merece uma revisão, tamanha a sua atual importância 
para concursos públicos. Isso porque, em dezembro de 2008, o STF, ao 
reapreciar a problemática da situação hierárquica dos tratados e 
convenções internacionais sobre direitos humanos celebrados pelo Brasil, 
alterou o seu entendimento sobre o tema. 
Assim, passou a entender que tais tratados e convenções internacionais 
têm status de supralegalidade (quando incorporados pelo rito ordinário, 
isto é, mediante aprovação de decreto legislativo por maioria relativa 
das Casas do Congresso Nacional) ou de emenda constitucional 
(quando incorporado por decreto legislativo aprovado segundo o rito 
previsto no § 3º do art. 5º da Constituição Federal). 
Em face desse novo entendimento firmado pelo STF, podemos afirmar 
que os tratados e convenções internacionais celebrados pelo Brasil 
poderão assumir três diferentes posições hierárquicas ao serem 
incorporados ao nosso ordenamento pátrio, a saber: 
I - status de supralegalidade – tratados e convenções internacionais 
sobre direitos humanos incorporados pelo rito ordinário (mediante 
decreto legislativo aprovado por maioria simples nas Casas Legislativas); 
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II - status de emenda constitucional – tratados e convenções 
internacionais sobre direitos humanos incorporados pelo rito especial do 
§ 3º do art. 5º da Constituição Federal (mediante decreto legislativo 
aprovado, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por 
três quintos dos respectivos membros); 
III - status de lei ordinária federal – demais tratados e convenções 
internacionais que não tratam de direitos humanos. 
Vale lembrar, ainda, que em se tratando de matéria tributária, o Código 
Tributário Nacional contém disposição específica, segundo a qual “os 
tratados e as convenções internacionais revogam ou modificam a 
legislação tributária interna, e serão observados pela que lhes 
sobrevenha”. 
Por fim, uma última informação importante: os tratados e convenções 
internacionais, independentemente do status de sua incorporação – 
status de lei ordinária, de supralegalidade ou de emenda constitucional -
, submetem-se a controle de constitucionalidade, tanto na via abstrata 
quanto na via incidental. 
12) (ESAF/AFC/STN/2008) A prática do racismo constitui crime 
inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos 
da lei. 
Item certo. 
A assertiva pode ser resolvida com o conhecimento do art. 5°, XLII, 
segundo o qual a prática do racismo constitui crime inafiançável e 
imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei. Também é 
imprescritível o crime de ação de grupos armados, civis ou militares, 
contra a ordem constitucional e o Estado democrático (art. 5º, XLV). 
Nesse assunto, é necessário que você memorize os incisos XLII, XLIII e XLIV 
do art. 5°. Isso porque não há lógica nenhuma na distribuição do queé 
crime imprescritível e do que a CF/88 considera crime insuscetível de 
graça. Ou seja, essa divisão não se dá, por exemplo, pela gravidade do 
crime, como poderia parecer mais lógico. Assim, tente guardar essas 
informações: 
Imprescritíveis (XLII e XLIV) Insuscetíveis de graça ou anistia(XLIII) 
1 - Racismo 1 - Tortura 
2 - Ação de grupos armados, 
civis ou militares, contra a 
ordem constitucional e o 
2 - Tráfico ilícito de entorpecentes 
e drogas afins 
3 - Terrorismo 
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15
Estado Democrático 4 - Hediondos 
Por outro lado, todos esses crimes são inafiançáveis. 
Por fim, guarde a seguinte jurisprudência do Supremo: o conceito 
constitucional de racismo não está adstrito às discriminações ligadas 
propriamente às diferentes raças (branco, negro, amarelo etc.), mas 
também a outras espécies de discriminações (de índole religiosa, por 
exemplo). 
13) (ESAF/AFC/CGU/2008) Ainda que os Poderes Legislativo e Executivo 
detenham prerrogativas de formular e executar políticas públicas, 
o Poder Judiciário pode determinar a órgãos estatais inadimplentes 
que implementem políticas públicas definidas pela própria 
Constituição, cuja omissão possa comprometer a eficácia e a 
integridade de direitos sociais e culturais. 
Item certo 
Sabemos que, em regra, compete aos Poderes Executivo e Legislativo 
definir e implementar as políticas públicas, haja vista que são esses os 
legítimos representantes do povo. 
Entretanto, segundo a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, é 
possível ao Poder Judiciário, excepcionalmente, determinar a 
implementação de políticas públicas, sempre que os órgãos estatais 
competentes descumprirem os encargos político-jurídicos impostos pela 
Constituição Federal, comprometendo, com sua injustificada inércia, a 
concretização dos direitos sociais. 
Um exemplo desse ativismo judicial no Brasil pode ser atribuído àquela 
decisão do STF que determinou a aplicação temporária ao setor público, 
no que couber, da lei de greve vigente no setor privado. Naquela 
ocasião, o STF resolveu que não poderia se abster de reconhecer que, 
assim como o controle judicial deve incidir sobre a atividade do 
legislador, é possível que a Corte Constitucional atue também nos casos 
de inatividade ou omissão do Legislativo. 
Em diversos outros julgados, o STF tem determinado ao Poder Público que 
adote, de imediato, políticas públicas concretizadoras de direitos sociais, 
especialmente relacionados à saúde (fornecimento de medicação a 
portadores de vírus HIV, por exemplo) e à educação (garantia de 
matrícula em escola pública, independentemente da existência de 
vaga, por exemplo). 
É isso aí! Parece-nos que esses comentários foram suficientes para você 
ter uma noção de como serão nossas próximas aulas do curso de Direito 
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16
Constitucional em exercícios para o concurso de Auditor Fiscal da 
Receita Federal do Brasil. 
Mas, lembre-se: os comentários a essas poucas questões foram apenas 
para que você tenha uma ideia de como serão as nossas aulas; 
obviamente, as aulas deste curso online terão conteúdo muito mais 
abrangente, com um número muito maior de questões comentadas! 
Prepare-se para estudar páginas e páginas em nossas aulas! Aguarde! 
Um grande abraço e bons estudos! 
Vicente Paulo e Frederico Dias 
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17
RELAÇÃO DAS QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA 
 
1) (ESAF/EPPGG/MPOG/2009) São classificadas como dogmáticas, 
escritas e outorgadas as constituições que se originam de um 
órgão constituinte composto por representantes do povo eleitos 
para o fim de as elaborar e estabelecer, das quais são exemplos as 
Constituições brasileiras de 1891, 1934, 1946 e 1988. 
2) (ESAF/EPPGG/MPOG/2009) A supremacia da Constituição exige 
que todas as situações jurídicas se conformem com os princípios e 
preceitos da Constituição, mas ainda não existe instrumento 
jurídico capaz de corrigir omissão inconstitucional. 
3) (ESAF/EPPGG/MPOG/2009) São constitucionais as normas que 
dizem respeito aos limites, e atribuições respectivas dos poderes 
políticos, e aos direitos fundamentais. As demais disposições que 
estejam na Constituição podem ser alteradas pelo quórum exigido 
para a aprovação das leis ordinárias. 
4) (ESAF/EPPGG/MPOG/2009) A constituição material é o peculiar 
modo de existir do Estado, reduzido, sob a forma escrita, a um 
documento solenemente estabelecido pelo poder constituinte e 
somente modificável por processos e formalidades especiais nela 
própria estabelecidos. 
5) (ESAF/EPPGG/MPOG/2009) No Brasil, o controle de 
constitucionalidade realiza-se mediante a submissão das leis 
federais ao controle político do Congresso Nacional e as leis 
estaduais, municipais, ou distritais ao controle jurisdicional. 
6) (ESAF/EPPGG/MPOG/2009) No Brasil, a jurisdição constitucional 
concentrada é reconhecida a todos os componentes do Poder 
Judiciário e pode se dar mediante iniciativa popular. 
7) (ESAF/EPPGG/MPOG/2009) Quanto aos métodos de controle de 
constitucionalidade, a doutrina os classifica em difuso e 
concentrado. Segundo a doutrina constitucionalista mais 
respeitável, a nossa Constituição contempla espécies de controle 
concentrado. Assinale a opção que não se refere a uma espécie 
de controle concentrado. 
a) Ação direta de inconstitucionalidade. 
b) Ação direta de inconstitucionalidade interventiva. 
c) Ação direta de inconstitucionalidade por omissão. 
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d) Ação declaratória de constitucionalidade. 
e) Ação direta de inconstitucionalidade por congruência. 
8) (ESAF/APOFP/SEFAZ/SP/2009) As opções desta questão contêm 
fundamentos e objetivos fundamentais da República Federativa do 
Brasil, nos termos da Constituição Federal de 1988. Assinale a 
opção que contempla apenas fundamentos. 
a) Soberania, solidariedade, valor social do trabalho. 
b) Cidadania, justiça, dignidade da pessoa humana. 
c) Cidadania, soberania, valor social da livre iniciativa. 
d) Liberdade, justiça, pluralismo político. 
e) Garantia do desenvolvimento nacional, solidariedade, dignidade 
da pessoa humana. 
9) (ESAF/EPPGG/MPOG/2009) São invioláveis a intimidade, a vida 
privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito de 
resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano 
material, moral ou à imagem decorrente de sua violação. 
10) (ESAF/AUDITOR DE TRIBUTOS MUNICIPAIS/NATAL-RN/2008) A casa é 
asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem 
consentimento do morador, salvo por determinação judicial, ou, 
durante o dia, em caso de flagrante delito ou desastre, ou para 
prestar socorro. 
11) (ESAF/AFC/STN/2008) Os tratados e convenções internacionais 
sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do 
Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos 
respectivos membros, serão equivalentes às leis complementares. 
12) (ESAF/AFC/STN/2008) A prática do racismo constitui crime 
inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos 
da lei. 
13) (ESAF/AFC/CGU/2008) Ainda que os Poderes Legislativo e Executivo 
detenham prerrogativas de formular e executar políticas públicas, 
o Poder Judiciário pode determinar a órgãos estatais inadimplentes 
que implementem políticas públicas definidas pela própria 
Constituição, cuja omissão possa comprometer a eficácia e a 
integridade de direitos sociais e culturais. 
 
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GABARITOS OFICIAIS 
1) E 
2) E 
3) E 
4) E 
5) E 
6) E 
7) E 
8) C 
9) C 
10) E 
11) E 
12) C 
13) C

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