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Curso Introdução à Auditoria de Obras Públicas Realização: Apoio: Módulo 3: Análise da execução de contratos / aditamentos Apoio:Realização: 3 Sumário do Módulo 3 Aula 12: Auditoria e análise de execução contratual Aula 13: Roteiro para quantificação de dano ao erário Aula 14: Aditivos contratuais Aula 13: Roteiro para quantificação de dano ao erário 4 Data de origem dos débitos 5 ▷ O débito decorre do superfaturamento que surge do pagamento da parcela indevida; ▷ Os débitos sofrem influência do tempo; ▷ A data de origem do débito em tese é o momento em que o valor indevido foi pago – sobrepreço se transforma em superfaturamento; ▷ Em geral, três hipóteses de data, conforme art. 9º da IN76/2016; ▷ Nos casos de obras executadas mediante convênio considera-se como data de origem dos débitos na data dos efetivos pagamentos às empresas contratadas. 6 Data de origem dos débitos: “Art. 9º A atualização monetária e os juros moratórios incidentes sobre o valor do débito devem sercalculados segundo o prescrito na legislação vigente, a partir: I - da data do crédito na conta bancária específica, quando conhecida, ou da data do repasse dos recursos - no caso de omissão no dever de prestar contas ou de as contas apresentadas não comprovarem a regular aplicação dos recursos, exceto nas ocorrências previstas no inciso II deste artigo; II - da data do pagamento - quando houver impugnação de despesas específicas e os recursos tiverem sido aplicados no mercado financeiro ou quando caracterizada responsabilidade de terceiro. III - da data do evento, quando conhecida, ou da data de ciência do fato pela administração - nos demais casos. 7 Instrução Normativa IN 76/2016: Roteiro para a quantificação do dano ao erário 8 9 Modalidades Superfaturamento (IBR- 005/2012): por Alteração na Metodologia Executiva (TCU); por Distorção no Cronograma Físico-Financeiro (TCU); por Prorrogação Injustificada no Prazo Contratual (TCU). por Quantidade; por Qualidade; por Preços Excessivos; por Jogo de Planilha; por Alteração de Cláusulas Financeiras; por Superdimensionam ento; 10 Roteiro para Quantificação do Dano: Fonte: OT-IBR 005/2012 Apropriação do débito ao longo da execução contratual. 11 12 Apropriação do Débito ao longo da Execução Contratual: Formas de dividir o superfaturamento ao longo da execução do contrato: ▷ Débito por medição - distribuição ao longo das datas (forma minuciosa, detalhada, precisa e desejável); ▷ Fator multiplicativo do sobrepreço (forma expedita); ▷ Apuração por estimativa (casos excepcionais, previsão regimental exemplo: art. 210, § 1º, II, RITCU ). Fonte: Roteiro de Auditorias de Obras Públicas do TCU – 2012. A escolha do método deve ser analisado no caso concreto, pois as formas resultam em valores diferentes. 13 A) Método de Apuração de Débito por Medição: O cálculo do débito é feito a cada medição, considerando os quantitativos de serviços efetivamente pagos na referida medição. Forma mais precisa e mais trabalhosa. 14 A) Método de Apuração de Débito por Medição – Exemplo Hipotético: Fonte: Roteiro de Auditorias de Obras Públicas do TCU– 2012. 15 B) Método de apuração por aplicação de fator multiplicativo aplicado a cada medição: Quantifica-se o débito por meio do percentual total de superfaturamento ou sobrepreço aplicado ao valor total de cada parcela de medição ou de reajuste. No caso geral, a diferença entre os métodos são pequenas. Limitações do Método •1 – Em casos de desproporcionalidade de serviços superfaturados entre as medições. Exemplo: superfaturamento apenas nas fundações; •2 – Em casos de débitos atribuídos a mais responsáveis com responsabilidades distintas 16 C) Método de apuração de Débito por Estimativa: Método utilizado quando os elementos presentes nos autos não permitem a quantificação, com exatidão do real valor devido através do uso dos métodos anteriores. Para tanto, o método assegura que a quantia apurada, por estimativa, não excederia o valor real. Julgado: Acórdão 519/2006-TCU-Plenário “51.4- A ausência das informações e dos documentos acima citados impedem que se faça um cálculo preciso dos valores indevidos a cada data de pagamento. Torna-se necessário, assim, estimar uma data que sirva de base para a atualização do valor de sobrepreço inicial a ser considerado como débito, mas que venha a garantir que não seja imputado aos responsáveis um débito maior que o real, conforme preconiza o inciso II, do §1º, do art. 210 do Regimento Interno TCU. 17 Relatório Acórdão 519/2006-TCU-Plenário: Imputação de débito decorrente de “jogo de planilha”. 18 No caso de desequilíbrio econômico do contrato devido a jogo de planilha, a apuração do débito se processa aplicando, em cada medição, o percentual indevidamente reduzido do desconto inicial do contrato. 19 Imputação de Débitos em “Jogo de Planilha”: Métodos para rateio do débito em obras com várias fontes de recurso. 20 Casos de convênios, contratos de repasses ou instrumentos congêneres cada Tribunal de Contas tem competência de fiscalizar recursos de sua esfera federativa. Em caso de competência da União, o TCU adota como método a ser aplicado a imputação integral do superfaturamento como débito, limitado ao montante de recursos federais transferidos para a obra. 21 Métodos para Rateio do Débito – Várias Fontes: “7- Deve-se ter em conta, ainda, que não há possibilidade de identificar se os valores impugnados sãoprovenientes de recursos do complemento da União ou oriundos das outras fontes que não compõem o fundo (municipais e estaduais), pois todos são depositados na conta específica vinculadas ao Fundef de cada Estado/Município, nos termos do art. 3º da Lei 9.424/96. Assim, ao constatar desvio de valores, não se pode determinar se aquelas quantias são originárias de recursos da União, Estado ou Município. (...) 26. Assim, constatado débito decorrente de irregularidade em contrato devidamente fiscalizado pelo TCU, desde que o quantum invalidado se limite ao total dos recursos transferidos pela União, não há óbice à atuação desta Corte com vistas ao ressarcimento do dano. 22 Voto Condutor Acórdão 993/2009-TCU-Plenário: 23 Métodos para Rateio do Débito – Várias Fontes: Fonte: Roteiro de Auditorias de Obras Públicas do TCU – 2012. Exemplo: • Valor da obra: R$ 100.000,00 • Parcela de recursos federais na obra (60%): R$ 60.000,00 • Contrapartida do convenente (40%): R$ 40.000,00 • Superfaturamento comprovado: R$ 70.000,00 • Imputação do Débito pelo TCU: R$ 60.000,00 • Montante a ser cobrado pelo TCE: R$ 10.000,00 Imputação de débito aos responsáveis - casos particulares 24 Constatado dano decorrente de superfaturamento de preço simultâneo ao superfaturamento de quantidade pode ser utilizado três métodos para o cálculo do débito a cada responsáveis: 1º) Calcular, primeiro, o superfaturamento de quantidade e, depois, o de preço; 2º) Calcular, primeiro, o superfaturamento de preço e, depois, o de quantidade; 3º) Empregar a solução de se imputar a menor parcela individualmente para cada um dos responsáveis, e ratear solidariamente entre eles a diferença. 25 Métodos para Imputação de Débitos aos Responsáveis: Exemplo hipotético: 26 Métodos para Imputação de Débitos aos Responsáveis: Fonte: Roteiro de Auditorias de Obras Públicas do TCU – 2012. Irregularidade Responsável Quantidade medida e paga: 100 unidades Quantidade aferida: 70 unidades Fiscal da obra Preço unitário contratual: R$ 20,00 Preço unitário paradigma: R$ 15,00 Orçamentista Valor Contratado: 100 unid. x R$ 20,00/unid. = R$ 2.000,00 Valor Devido: 70 unid. x R$ 15,00/unid. = R$ 1.050,00 Superfaturamento: R$ 2.000,00 – 1.050,00 = R$ 950,00 27 Métodos para Imputação de Débitos aos Responsáveis: Fonte: Roteiro de Auditorias de Obras Públicas do TCU – 2012. CRITÉRIOS RESPONSÁVEIS QUANT. PREÇO DÉBITO TOTAL Critério 1 Fiscal 30 R$ 20,00 R$ 600,00 R$ 950,00 Orçamentista70 R$ 5,00 R$ 350,00 Critério 2 Fiscal 30 R$ 15,00 R$ 450,00 R$ 950,00 Orçamentista 100 R$ 5,00 R$ 500,00 Critério 3 Fiscal 30 R$ 15,00 R$ 450,00 R$ 950,00 Orçamentista 70 R$ 5,00 R$ 350,00 Solidário 30 R$ 5,00 R$ 150,00 No caso geral, utiliza-se o primeiro critério de imputação de débito. Isso porque se considera que o fiscal, ao medir a maior, sabia (ou deveria saber) exatamente o prejuízo que seu erro causaria ao erário. Já o orçamentista não tinha qualquer controle sobre a medição da obra, e não poderia responder por isso. 28 Métodos para Imputação de Débitos aos Responsáveis: • Data da origem dos Débitos; • Roteiro para a quantificação do dano ao erário; • Apropriação do débito ao longo da execução contratual; • Imputação de débito decorrente de “jogo de planilha”; • Métodos para rateio do débito em obras com várias fontes de recurso; • Imputação de débito aos responsáveis - casos particulares. Resumo da videoaula Apoio:Realização: Créditos Conteudistas & Docentes ▷ Francisco Marcelo Assunção de Queiroz (TCE/RN) ▷ Maurício Vinagre (TCE/RJ) ▷ Messias Anain Almeida Faria (TCM/GO) ▷ Omar da Silveira Neto (TCE/RS) ▷ Paulo Augusto Daschevi (TCE/PR) Coordenação do Programa ▷ Chrislayne Moraes (IRB e (TCE/PR) ▷ Karen Estefan Dutra (TCE/RJ) Coordenação Pedagógica ▷ Marcia Araujo Calçada (TCE/RJ) Créditos Este curso foi desenvolvido tendo como principal referência o curso Auditoria de Obras Públicas ofertado pelo Instituto Serzedello Corrêa - ISC, Escola Superior do Tribunal de Contas da União - TCU, no período de setembro à dezembro de 2020. Aproveitamos para agradecer ao ISC/TCU e seus docentes pela parceria. 31 Apoio:Realização:
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