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01 02 03 Novembro/2022 APRESENTAÇÃO Em julho deste ano, o Ministério Público Estado do Acre ins- tituiu uma comissão encarregada de analisar o Relatório de Diagnóstico do sistema e-Prevenção do Programa Nacio- nal de Prevenção à Corrupção, criado pelo Tribunal de Con- tas da União (TCU) e pela Controladoria-Geral da União (CGU). Trata-se de uma proposta inovadora e que tem como objetivo reduzir os níveis de fraude e corrupção no Brasil. Além disso, o Programa visa ao estabelecimento de um arcabouço normativo para aumentar os mecanismos de compliance e, também, para a criação de uma política institucional anticorrupção, buscando blindar as institui- ções quanto às práticas inadequadas ou que podem favorecer atos de corrupção ou desvios de conduta por parte dos seus servidores. Entendemos que antes de cobrar é necessário primeiro fazer a tarefa de casa. Com esse entendimento, assumimos o compro- misso de implementar uma série de medidas administrativas voltadas a manter os padrões de integridade da nossa Institui- ção, dentre elas, o Código de Ética e de Conduta dos Servidores do Ministério Público do Acre. O documento reflete um conjun- to de valores que devem orientar a conduta dos servidores do MPAC e, por consequência, resguardar a imagem institucional. É por meio deste Código que vamos nos tornar ainda mais eficientes no cumprimento da nossa missão constitucional, na medida em que estaremos preservando o respeito e credibilidade que nos fizeram uma instituição referência na defesa dos direitos da sociedade acreana. Esta publicação, portanto, foi elabora para divulgar o Código de Ética e de Conduta dos Servidores do Ministério Público do Acre, servindo de farol para o comportamento institucional. Boa leitura! Danilo Lovisaro do Nascimento Procurador-Geral de Justiça 06 SUMÁRIO APRESENTAÇÃO ............................... 05 CAPÍTULO I ....................................... 09 Das disposições iniciais ............ 10 CAPÍTULO II ...................................... 13 Dos Princípios e das Normas de Conduta .................................... 14 CAPÍTULO III ..................................... 29 Dos Compromissos Éticos do Mi- nistério Público do Estado do Acre ................................................ 30 CAPÍTULO IV ..................................... 33 Da Comissão de Ética ............... 34 CAPÍTULO V ...................................... 37 Das Disposições Finais ............. 38 CAPÍTULO I 09 Das disposições iniciais Art. 1º. Este Código de Ética e de Conduta estabelece os princípios e normas de conduta ética aplicáveis aos servidores do Ministério Público do Estado do Acre, sem prejuízo da observância dos demais deveres e vedações legais e regulamentares. Parágrafo único. Consideram-se servido- res, para efeitos deste Código de Ética e de Conduta, todos aqueles que exercem cargo efetivo ou cargo comissionado no Ministério Público do Estado do Acre, aplicando-se as disposições e princípios es- tabelecidos neste Código também aos servidores requisitados, cedidos, colocados à disposição de outros órgãos, estagiários, terceirizados e demais colaboradores, no que couber. Art. 2º. O Código de Ética e de Conduta dos Servidores do Ministério Público do Estado do Acre tem o objetivo de: I - dispor sobre as regras de conduta que devem balizar o comportamento dos servidores no desempenho de suas atividades, nas diversas dimen- sões de suas relações, que vão além das responsa- bilidades legais; II - preservar a imagem e a reputação dos 10 servidores e do Ministério Público do Estado do Acre; III - reduzir a subjetividade das interpre- tações sobre normas éticas adotadas no Ministério Público do Estado do Acre; IV - oferecer por meio da Comissão de Éti- ca, instância de consulta, visando esclarecer dúvidas acerca da conformidade da conduta do Servidor com normas tratadas no Código; V - contribuir para transformar a Missão, a Visão, os Valores e os Objetivos Institucionais do Ministério Público do Estado do Acre em atitudes, comportamentos, regras de atuação e práticas or- ganizacionais, orientados segundo o mais elevado padrão de conduta ético-profissional; VI – contribuir para disseminação e o for- talecimento dos valores previstos nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), estabelecido pela Organização das Nações Unidas (ONU). CAPÍTULO II 13 Dos Princípios e das Normas de Conduta SEÇÃO I Das Regras Gerais Art. 3º. São princípios e valores fundamen- tais a serem observados pelos servidores, no exercí- cio de cargo ou função: I - a supremacia do interesse público, a preservação e a defesa do patrimônio público de acordo com as normas da ética, da cidadania e da responsabilidade social e ambiental; II - a honestidade, a dignidade, o respeito e o decoro; III - a qualidade, a eficiência e a equidade dos serviços públicos; IV - a integridade e transparência; V - a independência, a objetividade e a im- parcialidade, bem como a neutralidade político-parti- dária, religiosa e ideológica; VI - o sigilo profissional; 14 VII - a competência; VIII - o desenvolvimento profissional; IX - o reconhecimento e o respeito à diver- sidade individual e cultural; X - o profissionalismo; XI - a sustentabilidade. Art. 4º. A publicidade dos atos adminis- trativos constitui requisito de eficácia e moralidade e sua omissão enseja comprometimento ético, salvo quando o sigilo for previsto em lei. Art. 5º. O servidor deverá zelar para que os atos da vida particular não comprometam o exercício das atribuições do cargo que ocupa, nem a imagem do Ministério Público do Estado do Acre. Art. 6º. O servidor não poderá praticar atos discriminatórios ou preconceituosos de qualquer natureza relativos à etnia, sexo, religião, estado ci- vil, orientação sexual, faixa etária ou condição física especial, nem atos que caracterizem proselitismo partidário, intimidação, hostilidade ou ameaça, hu- milhações por qualquer motivação, assédios moral e sexual. Art. 7º. Compete às chefias imediatas e aos superiores hierárquicos aplicar e garantir que os 15 servidores, estagiários e prestadores de serviço que integram a Instituição, apliquem e respeitem os pre- ceitos estabelecidos neste Ato. Art. 8º. Recursos, bens patrimoniais, es- paço e imagem do Ministério Público do Estado do Acre não poderão, sob qualquer hipótese, ser usados para atender a interesses pessoais, políticos, partidá- rios ou sindicais. SEÇÃO II Dos Direitos Art. 9º. É direito do servidor do Ministério Público do Estado do Acre: I - trabalhar em ambiente adequado, que preserve sua integridade física, moral e psicológica, bem como o equilíbrio entre a vida profissional e a familiar; II - ser tratado com equidade nos sistemas de avaliação, reconhecimento de desempenho indivi- dual, remuneração, promoção e movimentação, bem como ter acesso às informações a eles inerentes; 16 III - participar das atividades de capacita- ção e treinamento necessários ao desenvolvimento profissional; IV - estabelecer interlocução livre com co- legas e superiores, podendo expor ideias, pensamen- tos e opiniões; V - ter respeitado o sigilo das informações de ordem pessoal, que somente a eles digam res- peito, inclusive médicas, ficando restritas ao próprio servidor ou servidora e aos responsáveis pela guar- da, manutenção e tratamento dessas informações; VI - ser cientificado, previamente, sobre a exoneração do cargo em comissão ou dispensa da função comissionada. SEÇÃO III Das Condutas Éticas Adequadas Art. 10. O servidor não poderá omitir ou falsear a verdade, ainda que contrária à pessoa inte- ressada ou à Administração Pública, sendo reprova- da a prática da opressão, da mentira e do erro. Art. 11. São deveres fundamentais do ser- vidor, sem prejuízo das demais obrigações legais e regulamentares: 17 I - desempenhar, com zelo e eficácia, as atribuiçõesdo cargo ou função, mantendo conduta ilibada, nos aspectos público e privado, inclusive nas redes sociais, em respeito à dignidade das funções e preservando a imagem, a dignidade e o prestígio do Ministério Público e dos seus membros e servidores; II - ser probo, reto, leal e justo, escolhendo, sempre quando estiver diante de mais de uma opção, a que melhor atenda ao interesse público; III - desempenhar suas atividades com responsabilidade social, privilegiando a adoção de práticas que favoreçam a inclusão social, e com res- ponsabilidade ambiental, combatendo o desperdício de recursos materiais e evitando danos ao meio am- biente; IV - tratar autoridades públicas, colegas de trabalho, superiores, subordinados e demais pesso- as com quem se relacionar em função do trabalho com urbanidade, cortesia, respeito, educação e con- sideração, inclusive quanto às possíveis limitações pessoais; V - representar, de imediato, à chefia com- petente todo e qualquer ato ou fato que seja contrário ao interesse público e prejudicial ao Ministério Públi- co do Estado do Acre ou à missão institucional de que tenha tomado conhecimento em razão do cargo ou função; 18 VI - não aceitar pressões de superiores hie- rárquicos, de contratantes e de outros que visem a obter favores, interesses ou vantagens indevidas, em decorrência de ações imorais, ilegais ou antiéticas, devendo denunciar imediatamente tais fatos para adoção das providências cabíveis; VII - evitar assumir posição de insubordi- nação ou intransigência perante a chefia ou colegas de trabalho, respeitando os posicionamentos e as ideias divergentes, sem prejuízo de representação contra qualquer ato irregular; VIII - conhecer e cumprir as normas legais, bem como as boas práticas formalmente descritas e recomendadas por autoridade competente do Minis- tério Público do Estado do Acre, visando desempe- nhar suas responsabilidades com competência e ob- ter elevados níveis de profissionalismo na realização dos trabalhos; IX - empenhar-se em seu desenvolvimento profissional, mantendo-se atualizado quanto a novos métodos, técnicas e normas de trabalho aplicáveis à sua área de atuação; X - disseminar, no ambiente de trabalho, informações e conhecimentos obtidos em razão de treinamentos ou de exercício profissional e que pos- sam contribuir para a eficiência dos trabalhos realiza- dos pelos demais servidores; 19 XI - evitar quaisquer ações ou relações conflitantes, ou potencialmente conflitantes com suas responsabilidades profissionais, enviando à Comis- são de Ética, informações sobre relações, situação patrimonial, atividades econômicas ou profissionais que, real ou potencialmente, possam suscitar conflito de interesses, indicando o modo pelo qual pretende evitá-las, na forma definida pela Comissão de Ética; XII - manter-se afastado de quaisquer ativi- dades, laborativas ou não, que reduzam ou denotem reduzir sua autonomia e independência profissional; XIII - adotar atitudes e procedimentos ob- jetivos e imparciais, em particular nas instruções e relatórios, que deverão ser tecnicamente fundamen- tados e baseados exclusivamente nas evidências obtidas e organizadas de acordo com as normas do Ministério Público do Estado do Acre; XIV - manter neutralidade no exercício pro- fissional – tanto a real como a percebida – conser- vando sua independência em relação às influências político-partidárias, religiosas ou ideológicas, de modo a evitar que essas venham a afetar a capacida- de de desempenhar com imparcialidade suas respon- sabilidades profissionais; XV - manter sob sigilo dados e informa- ções de natureza confidencial obtidos no exercício 20 de suas atividades ou, ainda, de natureza pessoal de colegas e subordinados que só a eles digam respei- to, aos quais, porventura, tenha acesso em decor- rência do exercício profissional, informando à chefia imediata ou à autoridade responsável quando tomar conhecimento de que assuntos sigilosos estejam ou venham a ser revelados; XVI - facilitar a fiscalização de todos os atos ou serviços por quem de direito, prestando toda colaboração ao seu alcance; XVII - informar à chefia imediata ou ao superior hierárquico, caso a chefia imediata esteja envolvida, a notificação ou a intimação para prestar depoimento em juízo sobre atos ou fatos de que te- nha tomado conhecimento em razão do exercício das atribuições do cargo que ocupa, com vistas ao exa- me do assunto; XVIII - tomar os cuidados necessários ao realizar publicações em seus perfis pessoais nas re- des sociais, agindo com reserva, cautela e discrição, evitando comprometer a imagem do Ministério Públi- co e dos seus órgãos ou violar direitos ou garantias fundamentais do cidadão; XIX - utilizar o e-mail funcional exclusiva- mente para a realização de atividades institucionais, guardando o decoro pessoal e agindo com urbani- dade no trato com os destinatários das mensagens. 21 SEÇÃO IV Das Vedações Art. 12. É vedado ao servidor do Ministério Público do Estado do Acre, sem prejuízo das demais obrigações legais e regulamentares: I - exercer advocacia judicial ou adminis- trativa; II - prestar consultoria técnica ou qualquer tipo de serviço a terceiro, pessoa física ou jurídica, ligada direta ou indiretamente ao processo judicial ou administrativo, bem como a empresa licitante ou que preste serviços ao Ministério Público do Estado do Acre; III - usar cargo ou função, facilidades, ami- zades, tempo, posição e influências para obter favo- recimento para si ou para outrem; IV - prejudicar deliberadamente a reputa- ção de outros servidores ou de cidadãos; V - usar de artifícios para procrastinar ou dificultar o exercício de direito por qualquer pessoa; VI - perseguir membros ou servidores por motivos de ordem pessoal; 22 VII - pleitear, provocar, sugerir ou receber ajuda financeira, gratificação, prêmio, comissão, do- ação ou vantagem econômica, financeira ou de qual- quer natureza ou outra retribuição indevida para si, para familiares ou outra pessoa, com vistas a cumprir sua missão ou influenciar outro servidor para o mes- mo fim; VIII - adotar qualquer conduta que interfira no desempenho do trabalho, ou que crie ambiente hostil, ofensivo ou com intimidação, tais como: ações tendenciosas geradas por simpatias, antipatias ou in- teresses de ordem pessoal, especialmente o assédio sexual de qualquer natureza ou o assédio moral, no sentido de desqualificar outros, por meio de palavras, gestos ou atitudes que ofendam a autoestima, a se- gurança, o profissionalismo ou a imagem; IX - atribuir a outrem erro próprio ou dificul- tar sua apuração; X - apresentar como de sua autoria ideias ou trabalhos de outrem; XI - fazer ou extrair cópias de relatórios ou de quaisquer outros trabalhos ou documentos ainda não publicados, pertencentes ao Ministério Público do Estado do Acre, para utilização em fins estranhos aos seus objetivos, ou à execução dos trabalhos a seu encargo, sem prévia autorização da autoridade competente; 23 XII - divulgar ou facilitar a divulgação, por qualquer meio, de informações sigilosas obtidas por qualquer forma, em razão do cargo ou função, e, ain- da, de relatórios, instruções e informações constan- tes em processos cujos objetos ainda não tenham sido apreciados, sem prévia autorização da autorida- de competente; XIII - publicar, sem prévia e expressa autori- zação, estudos, pareceres e pesquisas realizados no desempenho de suas atividades no cargo ou função, cujos objetos ainda não tenham sido apreciados; XIV - alterar ou deturpar, por qualquer for- ma, valendo-se da boa-fé de pessoas, órgãos ou entidades fiscalizadas, o exato teor de documentos, pareceres, informações, citações de obra, leis, deci- são ou atos do próprio Ministério Público do Estado do Acre; XV - solicitar, sugerir, provocar ou receber, para si ou para outrem, mesmo em ocasiões de fes- tividade, qualquer tipo de ajuda financeira, gratifica-ção, comissão, doação, presentes ou vantagens de qualquer natureza, de pessoa física ou jurídica inte- ressada nas atividades do servidor; XVI - apresentar-se embriagado ou sob efeito de quaisquer drogas ilegais no ambiente de tra- balho, ou fora dele, em situações que comprometam a imagem pessoal e, por via reflexa, a institucional; 24 XVII - exercer atividade incompatível com o afastamento concedido pelo Ministério Público do Estado do Acre; XVIII - ausentar-se injustificadamente do local de trabalho ou sem autorização do superior hie- rárquico; XIX - cooperar ou participar, de qualquer forma, com qualquer organização, que atente contra a dignidade da pessoa humana; XX - utilizar equipamentos, sistemas de informática, internet, intranet, correio eletrônico e ca- nais de comunicação do Ministério Público do Estado do Acre, em desacordo com as normativas institu- cionais, ou ainda, para a propagação e divulgação de trotes, boatos, pornografia, propaganda comercial, religiosa ou político-partidária; XXI - manifestar-se em nome do Ministério Público do Estado do Acre, quando não autorizado e habilitado para tal, nos termos da política interna de comunicação social; XXII - deixar, injustificadamente, qualquer pessoa à espera de solução na unidade em que exer- ça suas funções, permitindo a formação de longas filas ou causando outra espécie de atraso na presta- ção do serviço; 25 XXIII - manter sob subordinação hierárqui- ca, em cargo comissionado ou função de confiança, parente ou afim, em linha reta ou colateral, até o ter- ceiro grau inclusive; XXIV - receber salário ou qualquer outra remuneração de fonte pública ou privada, que esteja em desacordo com a lei; XXV - acumular ilegalmente cargos ou fun- ções públicas; XXVI - realizar publicações em redes so- ciais que possam ser percebidas como discrimina- tórias em relação à raça, gênero, orientação sexual, religião e a outros valores ou direitos protegidos, e que possam comprometer os ideais defendidos pelo Ministério Público do Estado do Acre; XXVII - realizar ou compartilhar em suas re- des sociais pessoais, publicações que incentivem a disseminação de notícias falsas; que atentem contra o regime democrático de direito; que incentivem ou apoiem a criminalidade, a violência, a discriminação, o preconceito religioso, a misoginia, classismo, ra- cismo, transfobia, homofobia, antissemitismo, gor- dofobia, capacitismo, xenofobia e quaisquer outros direitos universais da pessoa humana. § 1º Não se consideram presentes para os fins do inciso XV deste artigo os brindes: 26 I - que não tenham valor comercial; II - distribuídos por entidades de qualquer natureza a título de cortesia, propaganda, divulgação habitual ou por ocasião de eventos especiais, ou da- tas comemorativas. § 2º Os presentes referidos no inciso XV, que, por alguma razão, não possam ser recusados ou devolvidos sem ônus para o servidor, ou para a Administração Pública, serão doados a entidades de caráter filantrópico ou cultural. 28 CAPÍTULO II 29 Dos Compromissos Éticos do Ministério Público do Estado do Acre Art. 13. São compromissos éticos do Mi- nistério Público do Estado do Acre para com seus servidores: I - disseminar princípios, valores e normas deste Código, bem como orientar os servidores so- bre a necessidade do seu cumprimento; II - pautar decisões institucionais pela éti- ca, utilizando de forma responsável recursos econô- mico-financeiros, tecnológicos e força de trabalho; III - atuar conforme as boas práticas de go- vernança e gestão; IV - valorizar a meritocracia e propiciar igualdade de oportunidades para o desenvolvimen- to profissional dos servidores, combatendo todas as formas de nepotismo, seja para indicação de cargos em comissão ou funções comissionada, seja para contratação de estagiários ou terceirizados; V - fomentar a elaboração e o cumprimento de políticas institucionais em prol do respeito e da valorização das pessoas; 30 VI - estimular a interlocução livre entre os agentes servidores, independente de posição hierár- quica, por meio da exposição de ideias, pensamentos e opiniões, repudiando ameaças, chantagens, discri- minações, humilhações ou assédios de qualquer na- tureza nas relações de trabalho; VII - fomentar a elaboração e o cumpri- mento de política institucional que proteja o servidor envolvido em denúncia, seja como denunciante, seja como investigado, para preservar direitos, proteger a neutralidade das decisões e evitar retaliações; VIII - fomentar os conceitos e a prática dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). CAPÍTULO IV 33 Da Comissão de Ética Art. 14. A Comissão de Ética é conside- rada instância de consulta e de apuração de infra- ção ao presente Código de Ética e de Conduta dos Servidores do Ministério Público do Estado do Acre, sendo encarregada de orientar e aconselhar sobre a ética profissional do servidor, no tratamento com as pessoas e com o patrimônio, competindo-lhe conhe- cer concretamente de imputação e aplicar a anota- ção, nos assentamentos do servidor, de censura por descumprimento das regras e preceitos éticos, sem prejuízo da apuração das responsabilidades adminis- trativa disciplinar e criminal. Art. 15. À Comissão de Ética incumbe: I - aplicar o Código de Ética e de Conduta dos Servidores do Ministério Público do Estado do Acre; II – fornecer à Diretoria de Gestão com Pes- soas informações sobre os registros da conduta ética do servidor, para o efeito de instruir e fundamentar promoções e para todos os demais procedimentos próprios da carreira do servidor; III - apurar, mediante denúncia ou de ofício, conduta em desacordo com as normas deste Código de Ética e de Conduta; 34 IV - responder às consultas sobre a aplica- ção e interpretação deste Código de Ética e de Con- duta; V - recomendar, acompanhar e avaliar o desenvolvimento de ações objetivando a dissemi- nação, capacitação e treinamento sobre as normas contidas neste Código de Ética e de Conduta; VI - orientar, divulgar e estimular uma cultu- ra de comportamento ético em conformidade com as normas deste Código de Ética e de Conduta. Art. 16. A pena aplicável ao servidor pú- blico pela Comissão de Ética é a de censura e sua fundamentação constará do respectivo parecer, assi- nado por todos os integrantes, com ciência ao servi- dor, sem prejuízo da apuração das responsabilidades administrativa disciplinar e criminal. CAPÍTULO V 37 Das Disposições Finais Art. 17. Todos os servidores do Ministério Público do Estado do Acre deverão observar o pre- sente Código de Ética e de Conduta e firmarão termo de compromisso declarando ciência, conforme mo- delo constante no Anexo II deste Ato. § 1º No ato de posse em cargo efetivo ou em cargo em comissão, deverá ser apresentado ter- mo de compromisso de acatamento e observância dos princípios e das normas estabelecidos por este Código de Ética e de Conduta. § 2º Este Código de Ética e de Conduta in- tegrará o conteúdo programático de edital de concur- so público para provimento de cargos de servidores no Ministério Público do Estado do Acre. § 3º Todos os servidores têm o dever de difundir este Código de Ética e de Conduta, denun- ciando adequadamente eventuais violações do mes- mo. Art. 18. O Centro de Estudos e Aperfeiço- amento Funcional do Ministério Público do Estado do Acre promoverá capacitação anual sobre o tema. 38 Art. 19. O disposto neste Código de Ética e de Conduta aplica-se, no que couber, a todo aquele que, mesmo pertencendo a outra Instituição, preste serviço ou desenvolva qualquer atividade no Minis- tério Público do Estado do Acre, de natureza perma- nente, temporária ou excepcional, ainda que sem re- tribuição financeira por parte da Instituição. Art. 20. Os servidores que descumprirem as disposições estabelecidas no presente Código de Ética e de Conduta receberão orientações construti- vas, sem prejuízo da apuraçãode condutas que pos- sam constituir infração disciplinar. Art. 21. O presente Código é válido por tempo indeterminado, a partir da sua publicação, e aplicável em todas as Unidades do Ministério Público do Estado do Acre. Art. 22. Os casos não previstos neste Có- digo de Ética e de Conduta serão decididos pelo Pro- curador-Geral de Justiça. 39 GABINETE DA PROCURADORIA-GERAL DE JUSTIÇA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO ACRE, Rio Branco/AC, aos quatro dias do mês de novembro de dois mil e vinte e dois. Danilo Lovisaro do Nascimento Procurador-Geral de Justiça
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