Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE JEAN PIAGET DE ANGOLA Licenciatura em Medicina Dentária BIOQUÍMICA ESTRUTURAL DOCENTES: Amélia da Costa - PhD Nilda Ramos - MSc Ester Simão – Lic. Matondu Tandu - Msc TEMA 4: ESTRUTURA DAS BIOMOLÉCULAS. SUMÁRIO: - Oligossacáridos - Polissacáridos - Funções especiais dos carboidratos no tecido corporal OLIGOSSACARÍDEOS São açúcares complexos que têm de 3 a 10 unidades de monossacarídeos; Encontram-se em forma de dissacáridos, trissacáridos, tetrassacáridos, etc. DISSACARÍDEOS São combinações de açúcares simples que, por hidrólise, formam duas moléculas de monossacarídos, iguais ou diferentes. Ligados por uma ligação O-glicosídica: grupo hidroxilo de 1 açúcar reage com o carbono anomérico de outro acúcar (formação de acetal). DISSACARÍDEOS Sacarose Lactose Maltose Isomaltose Celobiose Ligação Glicosídica Constituida por duas unidades de glucose unidas por uma ligação glicosidica alfa (1-4 ). MALTOSE É um açúcar redutor SACAROSE Açúcar não redutor alfa- glucose e beta- fructose unidas por uma ligação glicosídica (alfa 1 - beta 2) Formado somente por plantas CELOBIOSE Açúcar redutor Beta- glucose unidas por uma ligação glicosídica (beta 1 - 4) Formado somente por plantas LACTOSE Açúcar redutor; Presente no leite; Formada por Beta - galactose e Beta glucose, unidas por ligação glucosídica beta (1-4); Lactase intestinal: comum a ausência em africanos e orientais: Intolerância à lactose; DISSACARÍDEO COMPOSIÇÃO FONTE Maltose Glicose + Glicose Cereais Sacarose Glicose + Frutose Cana-de-açúcar Lactose Glicose + Galactose Leite DISSACARÍDEOS HIDRÓLISE DA SACAROSE POLISSACARÍDEOS São açúcares complexos que têm mais de 10 moléculas de monossacarídeos Amilose: linear, ligações glicosídicas (14) Amido: Formado por dois tipos de polímeros de -D-glicose (amilose e amilopectina) Amilopectina: ramificado; ligações glicosídicas (14) e (16) a cada 24 a 30 resíduos AMIDO GLICOGÊNIO Constituída por unidades de -D-glucopiranose unidas por ligações glucosídicas (1-4) com ramificações derivadas a ligações (1-6), também se referiram as ligações de tipo (1-3). Encontrado: Fígado e músculos esqueléticos. POLISSACARÍDEOS É um polímero não ramificado, constituída por unidades de glicose, ligações glucosídicas de tipo (1-4). CELULOSE É o principal componente estrutural das plantas, especialmente de madeira e plantas fibrosas. Apresenta cadeias individuais reunidas por pontes de H, que dão às plantas fibrosas sua força mecânica. Os animais não possuem as enzimas celulases, que são encontradas em bactérias, incluindo as que habitam o trato digestivo dos cupins e animais de pasto, como gados e cavalos. POLISSACARÍDEOS QUITINA: polímero de N-acetil-D-glicosamina/ Ligações (14) Heteropolissacarídeo: N-acetilglicosamina alternado com ác. N- acetilmurâmico (ligações (14). Ác.N-acetilmuramato e D-aminoácidos: ausentes em plantas e animais Componente do peptideoglicano da parede celular de Staphylococcus aureus (bactéria gram +) Forma um envelope que protege a bactéria de lise osmótica. Lisozima: rompe a Ligação 14. Penicilina (Fleming) inibe a enzima transpeptidase responsável pelas ligações cruzadas: bactéria é lisada Penicilinase (bactérias resistentes) desenvolvimento de penicilinas semi-sintéticas. Polissacarídeos estruturais: Peptídeoglicanos FUNÇÕES ESPECIAIS DOS CARBOIDRATOS NO TECIDO CORPORAL 1- Ação poupadora de energia: a presença de carboidratos suficientes para satisfazer a demanda energética impede que as proteínas sejam desviadas para essa proposta, permitindo que a maior proporção de proteína seja usada para função básica de construção de tecido. 2- Efeito anticetogênico: a quantidade de carboidrato presente determina como as gorduras poderiam ser quebradas para suprir uma fonte de energia imediata, desta forma afetando a formação e disposição das cetonas. 3- Coração: o glicogênio é uma importante fonte emergencial de energia contrátil. 4- Sistema Nervoso Central: O cérebro não armazena glicose e dessa maneira depende minuto a minuto de um suprimento de glicose sangüínea. Uma interrupção prolongada glicêmica pode causar danos irreversíveis ao cérebro. FUNÇÕES ESPECIAIS DOS CARBOIDRATOS NO TECIDO CORPORAL DIGESTÃO: BOCA • A saliva contém uma enzima que hidrolisa o amido: a amilase salivar (ptialina), secretada pelas glândulas parótidas. DIGESTÃO: ESTÔMAGO • A amilase salivar é rapidamente inativada em pH 4,0 ou mais baixo, de modo que a digestão do amido iniciada na boca, cessa rapidamente no meio ácido do estômago. • A amilase salivar consegue hidrolisar apenas 3 a 5 % do total, pois age em um curto período de tempo, liberando dextrinas (forma de maltose e isomaltose). DIGESTÃO: INTESTINO • Duodeno: A amilase pancreática é capaz de realizar à digestão completa do amido, transformando-o em maltose e dextrina. • Intestino Delgado: Temos a ação das dissacaridases ( enzimas que hidrolisam os dissacarídeos), que estão na borda das células intestinais. CARÊNCIA • A falta de carboidratos no organismo manifesta-se por sintomas de fraqueza, tremores, mãos frias, nervosismo e tonturas, o que pode levar até ao desmaio. É o que acontece no jejum prolongado. A carência leva o organismo a utilizar-se das gorduras e reservas do tecido adiposo para fornecimento de energia, o que provoca emagrecimento. EXCESSO • Os carboidratos, quando em excesso no organismo, transformam-se em gordura e ficam acumulados nos adipósitos, podendo causar obesidade e arterosclerose (aumento dos triglicerídeos sangüíneos). GLICEMIA • É a taxa de glicose no sangue. • Varia em função da nossa alimentação e nossa atividade. • Uma pessoa em situação de equilíbrio glicêmico ou homeostase possui uma glicemia que varia, em geral, de 80 a 110 mg/dL. • Segundo recente sugestão da Associação Americana de Diabetes, a glicemia normal seria de 70 a 99 mg/dL. HIPERGLICEMIA • Estimula a secreção da insulina pelo pâncreas. • Esse hormônio estimula as células do nosso organismo a absorver a glicose presente no sangue. • Se essas células não necessitam imediatamente do açúcar disponível, as células do fígado se responsabilizam pela transformação da glicose, estocando-a sob a forma de glicogênio. DIABETES • Quando o pâncreas pára de fabricar a insulina, ou o organismo não consegue utilizá-la de forma eficiente, a glicose fica circulando na corrente sanguínea, gerando a hiperglicemia e levando a uma doença conhecida como o diabetes GLICEMIA BAIXA • Estimula o pâncreas a secretar outro hormônio: o glucagon. • O fígado transforma o glicogênio em glicose e libera a glicose no sangue. • A glicemia retorna, então, ao valor de referência. OBRIGADA...
Compartilhar