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2 Veja abaixo a matéria escrita por Guilherme Pena e veiculada no site da LDP Coaching e Carreira

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Veja a seguir a matéria escrita por Guilherme Pena e veiculada no site da LDP 
Coaching e Carreira. www.gestaodecarreira.com.br 
 
 
Educação contínua e planejamento fazem diferença na carreira. 
Guilherme Pena 
As tensões e os conflitos a que são submetidos os executivos no atual 
ambiente de negócios - cada vez mais competitivo - têm reforçado a 
necessidade de os profissionais terem o seu próprio projeto de carreira, 
garantindo a sua condição de empregabilidade e o direito de exercer o seu 
arbítrio na escolha da empresa empregadora. Mesmo que estas premissas 
pareçam utópicas, em época de desemprego estrutural e achatamento dos 
níveis hierárquicos e salariais, o professor Luiz Carlos de Queirós Cabrera, da 
Escola de Administração do Estado de São Paulo, da Fundação Getúlio Vargas 
(Eaesp/FGV), acredita que, quanto mais complexo se torna o mundo do 
trabalho, mais importante é o conceito de empregabilidade, como alternativa 
pessoal que resista às circunstâncias das crises. "Empregabilidade é a 
capacidade de o indivíduo acumular e manter atualizadas competências, rede 
de relacionamentos e conhecimento, de forma a ter, sempre em mãos, o 
arbítrio sobre o seu projeto de carreira", define Cabrera, que é diretor, no 
Brasil, da Amrop Hever, empresa de Recursos Humanos especializada em 
executive search. 
 
 "Marketing pessoal" 
 "Projeto de carreira" é, para Cabrera, o diferencial competitivo que um 
executivo pode ter no mercado de trabalho. "Se você não tem, está no 
projeto de alguém", afirma ele. "É preciso planejar a vida profissional, para 
não servir de escada para os outros". Isto implica, também, o equilíbrio entre 
o desenvolvimento profissional e o aprimoramento pessoal, entre a 
empregabilidade e a qualidade de vida, acrescenta. 
 
De acordo com ele, a competência profissional é o atributo que é percebido 
pela comunidade "através da geração de valor expressa por resultados, 
 2 
comportamentos e sentimentos". A imagem pessoal é um ingrediente 
importante deste perfil, afirma Cabrera. "Não é apenas fazer marketing 
pessoal. É preciso ser bom em alguma coisa, os outros acreditarem nisso e 
também contarem para mais gente", afirma. "Nada melhor que um desafio 
para desenvolver a competência, pois isso vem mais da história de vida do que 
da vida profissional", completa. A rede de relacionamentos profissionais - ou 
"networking", outro dos pilares da empregabilidade - é considerada por 
Cabrera como "a utilização ética do capital social do profissional, um 
patrimônio de sua carreira". Segundo ele, 80% das transações de emprego 
acontecem por meio de informações que circulam na rede de 
relacionamentos. "Este é um processo de duas mãos - pois conta com a 
reciprocidade - e exige continuidade, integridade e dedicação para sustentar 
as relações criadas ao longo da vida", afirma ele. O terceiro pilar da 
empregabilidade, no modelo de Cabrera, é o conhecimento, atributo que 
exige disciplina para o autodesenvolvimento, diante da profusão de temas a 
serem selecionados e da dificuldade de aprender, em vez de "ser ensinado". 
"Não há transfusão de conhecimento", afirma. Para o professor, a educação 
continuada é um fator decisivo para a empregabilidade, porque, além de 
agregar conhecimento, representa um desafio intelectual e social, aumenta a 
rede de relacionamentos e se dá "após" a graduação. "Não se trata de um 
produto, mas de um processo, que pode ser segmentado por demanda, com 
aprimoramentos em áreas de conhecimento como marketing, logística, 
finanças, etc”. 
 
Conflitos e tensões 
Empregabilidade, educação continuada e equilíbrio entre a vida pessoal e a 
profissão são fatores de pressão resultantes das tensões e dos conflitos do 
ambiente competitivo sobre o indivíduo. Pesquisa realizada entre executivos 
globais pela Amrop Hever, apresentada por Cabrera, relaciona como seis 
fatores críticos de tensão: a mudança permanente; a comunicação intensiva; 
a complexidade; a simultaneidade; a urgência competitiva e a escassez de 
atenção, tanto do cliente consumidor quanto do público interno da 
organização. “O indivíduo hoje tem uma intensa conectividade com o mundo - 
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um exercício diário de paciência, perseverança e atenção, diante de tantas 
informações", afirma Cabrera. "Outro fator de tensão é a complexidade - os 
modelos racionais nos quais fomos educados foram derrubados, as relações de 
incógnitas e equações se alteraram, com a utilização crescente da intuição". 
Ao mesmo tempo, estilos diferentes de gestão, negócios com níveis diversos 
de maturação e de processos convivem na mesma organização, aumentando a 
entropia do sistema. Interagem com estas tensões os conflitos representados 
pela globalização, a exigência por crescimento e os novos parâmetros de 
governança, diante da necessidade de conciliar interesses dos acionistas, do 
negócio em si e da sociedade.

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